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OLÓFIN tinha uma filha muito bonita (OXUM) que todos os homens a queriam, mas este era muito

ciumento. Em um
rompante de ciúmes de pai, tomou a atitude de colocá-la para fora de casa.

Então OXUM foi à Terra e com a ajuda de YEMANJÁ criou os rios para que ela vivesse ali longe de seu pai.

Quando OLÓFIN se deu conta do que havia feito, começou a buscar sua filha predileta por todo o mundo e sua
nostalgia era tão grande que fazia chover mundo afora.

Assim buscou por muito tempo até que encontrou o PAVÃO REAL e perguntou se ele sabia onde estava sua filha. Ele
disse que sim e que lhe mostraria onde ela estava. OLÓFIN disse que se assim o fizesse, ele o tornaria o pássaro mais
belo de todos. O PAVÃO REAL indicou onde estava OXUM e assim se tornou o pássaro mais belo.
OLÓFIN se aproximou do rio e chamou OXUM e esta saiu. OLÓFIN pediu desculpas a sua filha e ela então o perdoou.
OLÓFIN quis que ela regressasse com ele, mas ela se negou, dizendo-lhe que quando ele quisesse vê-la, que poderia
ir até o rio e tocar seu sininho dourado cinco vezes e assim ela se apresentaria.

Assim se deu e OXUM permaneceu na Terra e OLÓFIN regressou ao céu.

Maferefun OXUM

Ifá Ni L’Órun
Personifica a sabedoria e a possibilidade de influir sobre o destino. Quem não acata os conselhos de Orula, sejam homens ou
Orishás, podem ser vítimas dos Osogbos que possam estar em seus destinos. Inseparável amigo de Shangó, quem lhe proporcionou
com permissão de Olófin o dom da adivinhação e de Eshú, seu fiel aliado. Orula forma uma importante trindade com Olófin e
Oduduwá . Só aqueles elegidos por ele podem entrar em seu culto através de “a mão de Orunmilá” (Awó Fakan) para os homens e
Iko Fá para a mulheres que são consideradas mulheres de Orunmilá e recebem o nome de Apetebi, sendo essa a maior e mais
importante consagração que uma mulher recebe no culto de Orula. No caso dos homens podem chegar a ser, se assim Orula decidir,
sacerdotes e receberão o nome de Babalawos.

Orula tem o conhecimento das coisas secretas do ser humano e da natureza, assim como o conhecimento acumulado sobre a história
da humanidade. No plano humano representa a espiritualidade de todos os Awós ni Orunmilá que já morreram. É o orishá detentor e
intérprete dos Odús do oráculo de Ifá. Não se assenta na cabeça e só se comunica através de seu oráculo (Opelé ou Ikins). Goza do
privilégio de conhecer o princípio e origem de todas as coisas, incluindo os Oshas e Orishás. Permite que o homem conheça seu
futuro e influa sobre ele. Está muito relacionado com Eshú e Osun ou Ozun (Não é Oshún é um outro Orishá).

Orula está presente no momento em que o espírito vai encarnar em um indivíduo e está elegendo seu destino. Representa a
segurança, o apoio e o conselho ante a insegurança da vida. Com sua ajuda tudo é possível. Seus sacerdotes poderão ser os melhores
líderes, os mais místicos e mais sábios. Eshú é o seu ajudante. O sacerdócio do Orishá Orula existe no mesmo conceito em que pode
existir o sacerdócio a outros Oshas e Orishás com a diferença de que babalawo é um título exclusivo para homens e esses não
entram em transe. As mulheres podem chegar a consagração de Ikofá ni Orunmilá e tem o privilégio de serem escutadas com maior
“atenção” do que os homens, pois as mulheres iniciadas se tornam Apetebis, ou seja, mulheres ou esposas de Orunmilá as quais ele
trata com muito carinho. Seus sacerdotes não entram em transe e não podem tirar caracóis (Meridilogun ou Búzios), somente Opelés
e Ikins.

Suas cores são o verde e o amarelo. Se saúda: Orula Iboru Orula Iboya Orula Iboshishe!

Quando Oduduwá concluiu a criação do primeiro homem, Olófin convocou a todos os Orishás para que estivessem presentes na
cerimônia de dar-lhe o sopro vital. Todos se ajoelharam e inclinaram a cabeça naquele momento sagrado, mas só Orunmilá, o qual
Olófin tomou como ajudante por sua reputada seriedade e sabedoria, pode ver como Olófin punha o Eledá (Orishá de cabeça) no Orí
dos humanos.

Terminada a cerimônia celebraram o acontecimento, então Olófin disse: Só Orunmilá foi testemunha da ação que realizei, por isso
quando o homem quiser conhecer o seu Eledá, Orunmilá será o único que poderá comunica-lo”.

Orunmilá Iboru Orunmilá Iboya Orunmilá Iboshishe!

Oluwo Siwaju Evandro Otura Airá Ifá Ni L’Órun Omo Oni Shangó
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