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Sistema Digestório

Prof.ª Ft. Juliana Ap. Rosa Pfister


Introdução

 O sistema digestório é o sistema que, nos humanos, é responsável por


obter dos alimentos ingeridos os nutrientes necessários às diferentes
funções do organismo, como crescimento, energia para
reprodução, locomoção, etc. É composto por um conjunto de órgãos que
têm por função a realização da digestão. É um tubo longo e musculoso,
com uma extensão desde a boca até o ânus de 6 a 9 metros em um ser
humano adulto.
 A especialidade médica que estuda a estrutura, a função, o diagnóstico
e o tratamento das doenças do estômago e do intestino é a
gastroenterologia. A especialidade médica que estuda o diagnóstico e o
tratamento de distúrbios do reto e do ânus é a proctologia.
Funções do Sistema Digestório
 Ao todo, o sistema digestório tem seis funções:
1. Ingestão: corresponde à introdução de alimentos e líquidos na boca.
2. Secreção: diariamente, as células da parede do trato gastrintestinal e dos
órgãos acessórios da digestão secretam água, ácidos e enzimas para o
espaço interno desse canal alimentar.
3. Mistura e propulsão: a contração e o relaxamento dos músculos lisos do
trato gastrintestinal misturam os alimentos e as secreções, impulsionando-os
em direção ao ânus. Essa capacidade do trato gastrintestinal de misturar e
deslocar o conteúdo ao longo de sua extensão é denominada motilidade.
4. Digestão: processo de transformação de macromoléculas em
micromoléculas pela ação de enzimas digestivas, para que os nutrientes
possam ser absorvidos.
5. Absorção: entrada de líquidos ingeridos e secretados, íons e produtos da
digestão pelas células do trato gastrintestinal. As substâncias absorvidas
entram no sangue ou na linfa e circulam para células de todo corpo.
6. Defecção: resíduos, substâncias indigeríveis, bactérias e materiais digeridos
que não foram absorvidos saem do corpo através do ânus em um processo
denominado defecção. O material eliminado é denominado fezes.
Componentes do Sistema Digestório

 O sistema digestório é constituído de dois grupos de órgãos: o trato


gastrintestinal (GI) e os órgãos acessórios da digestão.
 O trato gastrintestinal (GI) (ou canal alimentar) é um tubo contínuo que se
estende da boca até o ânus através das cavidades torácica e
abdominopélvica. Os órgãos do trato GI compreendem boca, faringe,
esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus.
 Os órgãos acessórios da digestão são dentes, língua, glândulas salivares,
fígado, vesícula biliar e pâncreas. Os dentes ajudam a quebrar o alimento,
e a língua auxilia a mastigação e a deglutição. Os outros órgãos acessórios
da digestão nunca entram em contato direto com o alimento. Eles
produzem ou armazenam secreções que fluem para o trato GI através de
ductos e auxiliam a decomposição química do alimento.
Digestão

 Após uma refeição, os nutrientes presentes nos alimentos devem chegar


às células. No entanto, a maioria deles não as atinge diretamente.
Precisam ser transformadas para então, nutrir o nosso corpo. Isto
porque as células só conseguem absorver nutrientes simples e esse
processo de “simplificação” recebe o nome de digestão.
 O nosso corpo produz vários tipos de enzimas digestórias. Cada tipo de
enzima é capaz de digerir somente determinada espécie de molécula
presente nos alimentos. Assim, as amilases são as enzimas que atuam
somente sobre o amido; as proteases agem sobre as proteínas; as
lípases sobre os lipídios, e assim por diante.
 O processo de digestão se inicia pela boca.
Boca
 A boca é a primeira estrutura do sistema digestório. Ela serve de
comunicação do tubo digestório com o meio externo; é por ela que
entram os alimentos. O “céu da boca” é também chamado de véu
palatino ou palato duro. Mais para o fundo está a “campainha” que
recebe o nome de úvula palatina.
 O arco dental superior e o arco dental inferior são as estruturas em forma
de arco em que os dentes estão dispostos e fixos.
 O assoalho da boca é ocupado pela língua. Ela contribui para a mistura
dos alimentos com a saliva, mantém o alimento junto aos dentes,
empurra o alimento para a faringe, limpa os dentes e é o órgão
importante da fala. A língua apresenta ainda as papilas linguais,
estruturas responsáveis pela gustação.
Boca
 Dentes: são órgãos acessórios da digestão localizados nos alvéolos dos
processos alveolares da mandíbula e da maxila. Os processos alveolares
são cobertos pela gengiva, que fixa os dentes.
 Os dentes cortam, prendem e trituram os alimentos. Em um ser humano
adulto, existem 32 dentes, dezesseis em cada arco dental, assim
distribuídos:
- Quatro incisivos – localizados na frente, dois do lado esquerdo e dois do
lado direito -, que cortam os alimentos;
- Dois caninos – também chamados de “presas”, um de cada lado -, que
perfuram os alimentos;
- Quatro pré-molares – dois de cada lado -, que trituram os alimentos;
- Seis molares – três de cada lado -, que também trituram os alimentos;
destes, o terceiro ou último molar (o dente do siso) pode nunca vir a
nascer.
Boca
 O dente é, basicamente, formado de três partes:
- Raiz – parte do dente presa aos ossos da face (maxilas e mandíbulas);
- Coroa – a parte branca visível do dente;
- Colo – a parte localizada entre a raiz e a coroa.
Boca
 Cortando um dente verticalmente ao meio, veremos:
- Polpa do dente – substância mole e vermelha, formada por tecido conjuntivo;
é rica em nervos e vasos sanguíneos;
- Dentina ou “marfim” – substância dura e sensível; contém sais de cálcio e
envolve a polpa do dente;
- Esmalte – formado por sais de cálcio, envolve a dentina na região da coroa;
na raiz a dentina é revestida pelo cemento. O esmalte é a substância que faz
do dente uma das partes mais duras do nosso corpo. É a parte do corpo com
maior grau de mineralização (concentração de sais minerais). Ao longo do
tempo ele pode ser corroído por ácidos que se formam na boca. Escovar os
dentes após cada refeição é, portanto, uma maneira de protegê-los.

O bebê, ao nascer, não possui dentes. Mas eles estão em desenvolvimento,


internamente nos ossos. Por volta dos seis meses, os dentes começam a
apontar, rompendo a gengiva. Primeiro surgem os incisivos, depois os caninos
e, por fim os molares. Forma-se assim a primeira dentição ou dentição de
“leite”. Ela estará completa em torno dos cinco anos de idade e compreende
vinte dentes: oito incisivos, quatro caninos e oito molares. Não há pré-molares.
Possuímos então duas dentições: a decídua (“de leite”), que começa a cair por
volta dos sete anos de idade; a permanente, com 32 dentes, que se completa
por volta dos vinte anos de idade.
Boca
 Língua: é um órgão acessório da digestão, constituído por músculo
esquelético recoberto por mucosa. Junto com os músculos associados,
forma o assoalho da cavidade oral. É o principal órgão do sentido do
gosto e um importante órgão da fala, além de auxiliar na
mastigação e deglutição dos alimentos, empurrando-os no trato
GI.
Boca
 Glândulas salivares: localizam-se no
interior e também em torno da
cavidade bucal tendo como objetivo
principal a produção e secreção da
saliva, que é um líquido aquoso de
consistência viscosa, que umedece a
boca, amolece a comida e contribui
para realizar a digestão. A presença
de alimento na cavidade bucal, bem
como sua visão e cheiro, estimulam
as glândulas salivares a secretar
saliva. A saliva contém a ptialina ou
amilase salivar, que é uma enzima
digestiva. Na cavidade bucal, a
ptialina atua sobre o amido
transformando-o em moléculas
menos complexas.
Três partes de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal;
parótida (próxima à orelha), submandibular (abaixo da mandíbula) e
sublingual (abaixo da língua).
Faringe
 A faringe é um tubo muscular, que se comunica com a boca e com o
esôfago. Dessa maneira, para chegar ao esôfago, o alimento, depois de
mastigado, percorre toda a faringe, que é um canal comum, tanto para o
sistema respiratório quanto para o sistema digestório..
 No processo de deglutição, a língua empurra o alimento para dentro da
faringe, que se contrai voluntariamente e leva o alimento para o esôfago.
Nesse momento a epiglote fecha o orifício de comunicação com a
laringe, impedindo a penetração do alimento nas vias respiratórias.
 A faringe é dividida em três regiões anatômicas: nasofaringe (localizada
posteriormente à cavidade nasal), orofaringe (localizada posteriormente
à cavidade oral) e laringofaringe (localizada na parte inferior da faringe,
onde esta se comunica com a laringe e o esôfago).
Esôfago
 O esôfago é um órgão em forma de tubo, com paredes flexíveis e que
mede aproximadamente 25 centímetros de comprimento. Em sua parede
superior, ele se comunica com a faringe; em sua parte inferior, comunica-
se com o estômago. Por meio de movimentos peristálticos, o esôfago
empurra o alimento para o estômago.
 A deglutição é um movimento voluntário, isto é, executamos
conscientemente o ato de engolir. A partir daí, os movimentos peristálticos
conduzem o bolo alimentar pelo tubo digestório. Esses movimentos são
involuntários, isto é, independem da nossa vontade. São contrações dos
músculos situados no esôfago, no estômago e nos intestinos, onde são
mais intensos. Além de empurrar o alimento ao longo do tubo digestório,
promovem a sua mistura.
 Os movimentos peristálticos participam da digestão mecânica, fazendo
com que o bolo alimentar seja empurrado do esôfago para o estômago.
Uma válvula, a cárdia, regula essa passagem do alimento.
Esôfago
 As contrações são repetidas em ondas que empurram o alimento em
direção ao estômago. A passagem do alimento sólido, ou
semissólido, da boca para o estômago leva 4-8 segundos ;
alimentos muito moles e líquidos levam cerca de 1 segundo.
 Ocasionalmente, o refluxo do conteúdo do estômago para o interior
do esôfago causa azia (ou pirose). A sensação de queimação é um
resultado da alta acidez do conteúdo estomacal. O refluxo
gastresofágico se dá quando o esfíncter esofágico inferior (localizado
na parte inferior do esôfago) não se fecha adequadamente após o
alimento ter entrado no estômago, o conteúdo pode refluir para a
parte inferior do esôfago.
 O esôfago é formado por três porções:
- Porção Cervical: porção que está em contato íntimo com a traqueia.
- Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás do
brônquio esquerdo (mediastino superior, entre a traqueia e a coluna
vertebral).
- Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado,
formando nele a impressão esofágica.
Estômago
 O estômago está situado no
abdome, logo abaixo do diafragma,
anteriormente ao pâncreas,
superiormente ao duodeno e a
esquerda do fígado. É parcialmente
coberto pelas costelas. O estômago
está localizado, portanto, na região
epigástrica do abdome, entre o
fígado e o baço.
 O estômago é o segmento mais
dilatado do tubo digestório, em
virtude dos alimentos
permanecerem nele por algum
tempo, necessita ser um
reservatório entre o esôfago e o
intestino delgado.
 O estômago é divido em 4 áreas
(regiões) principais: cárdia, fundo
gástrico, corpo gástrico e piloro.
Digestão no Estômago
 O estômago é responsável exclusivamente pela digestão das proteínas.
A entrada do estômago recebe o nome de cárdia, porque fica muito
próxima ao coração, separada dele somente pelo diafragma; possui uma
válvula (chamada esfíncter da cárdia) que impede o refluxo do alimento
para o esôfago. O estômago possui uma pequena curvatura superior e
uma grande curvatura inferior: a parte mais dilatada recebe o nome de
fundo gástrico (ou região fúndica), enquanto a parte final do estômago,
uma região estreita, recebe o nome de piloro. Na região pilórica também
existe uma válvula (chamada de esfíncter pilórico), que impede que o bolo
alimentar passe prematuramente ao intestino delgado.
Digestão no Estômago
 O simples movimento de mastigação dos alimentos, já ativa a produção do
ácido clorídrico no estômago, contudo, somente com a presença do
alimento, de natureza proteica, que se inicia a produção do suco gástrico:
uma solução aquosa, composta de água, ácido clorídrico e enzimas
digestivas (pepsina, lipase gástrica e renina) que fragmenta e desnatura
proteínas do bolo alimentar, atua sobre alguns lipídios, favorece a absorção
de cálcio e ferro, e mata bactérias. A pepsina é a enzima mais potente do
suco gástrico sendo regulada pela ação de um hormônio, a gastrina,
produzida no próprio estômago; sua função é a de quebrar moléculas
grandes de proteína e as transformar em moléculas menores.
 Durante, aproximadamente, três a quatro horas, água e sais minerais são
absorvidos nesta cavidade. O restante, agora denominado quimo, segue
para o intestino delgado (passando através do esfíncter pilórico).
 Importante notar que a mucosa gástrica é recoberta por uma camada de
muco, que a protege de agressões do suco gástrico, considerado bastante
corrosivo. A partir disso, quando ocorre um desequilíbrio na proteção, resulta
na inflamação da mucosa (gastrite) ou também no surgimento de feridas
(úlcera gástrica).
Intestino Delgado
 O intestino delgado é a parte do tubo digestivo que vai do estômago (do
qual está separado pelo piloro) até o intestino grosso (do qual está separado
pela válvula ileocecal), e mede de 6 a 9 metros de comprimento.
 No intestino delgado, ocorre a maior parte da digestão dos nutrientes, bem
como a sua absorção, ou seja, a assimilação das substâncias nutritivas.
 O intestino delgado está dividido em três porções: o duodeno, o jejuno e
o íleo.
Intestino Delgado
 O duodeno é a primeira porção do intestino delgado. Recebe este nome por
ter seu comprimento aproximadamente igual à largura de doze dedos (25
centímetros) . Recebe o quimo (massa branca e espumosa) que vem do
estômago. Quando o quimo chega ao duodeno, ainda está muito ácido de
modo que irrita a mucosa duodenal.
 No duodeno, são lançadas as secreções do fígado e do pâncreas. Nessa
primeira porção do intestino delgado, é realizada principalmente, a digestão
química – com a ação conjunta da bile, do suco pancreático e do suco
entérico ou intestinal atuando sobre o quimo.
 Portanto, a bile, secretada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar,
contém bicarbonato de sódio e sais biliares, que separam as gorduras em
partículas microscópicas, funcionando de modo semelhante a um
detergente. Isso facilita a ação das enzimas pancreáticas sobre os lipídios.,
fragmentando suas gotas em milhares de micro gotículas.
 Além disso, o quimo recebe também o suco pancreático, produzido no
pâncreas, contendo enzimas que atuam na digestão das proteínas, dos
carboidratos e dos lipídios, água e grande quantidade de bicarbonato de
sódio, de maneira que favorece a neutralização do quimo, diminuindo sua
acidez.
Intestino Delgado

 A digestão se encerra na segunda e terceira porção do intestino delgado,


o jejuno e o íleo, respectivamente, pela ação do suco intestinal. Essas
porções são consideradas as partes do intestino delgado onde o trânsito
do bolo alimentar é rápido, ficando a maior parte do tempo vazias,
durante o processo digestivo.
 Por fim, ao longo do intestino delgado, depois que todos os nutrientes
foram absorvidos (nutrientes, vitaminas e sais minerais atravessam as
células do intestino; ocorre a passagem das substâncias nutritivas para os
capilares sanguíneos e assim ocorre a absorção dos nutrientes pelo
organismo) sobra uma pasta grossa, com detritos não utilizados e não
absorvidos e com bactérias, já fermentado, denominado quilo, que segue
para o intestino grosso.
Intestino Grosso
 O intestino grosso, que mede cerca
de 1,5 m de comprimento e 6 cm de
diâmetro, se estende do íleo até o
ânus, e é o local de absorção de
água (tanto a ingerida quanto a das
secreções digestivas), de
armazenamento e de eliminação dos
resíduos digestivos.
 Algumas bactérias intestinais
fermentam e assim decompõem
resíduos de alimentos e produzem
vitaminas (a vitamina K e algumas
vitaminas do complexo B), que são
aproveitadas pelo organismo. Nessas atividades, as bactérias produzem gases –
parte deles é absorvida pelas paredes intestinais e outra é eliminada pelo ânus.
 O intestino grosso está dividido em partes: o ceco, o cólon (que se subdivide em
ascendente, transverso, descendente e a curva sigmoide), o reto e o canal anal
(incluindo o ânus).
Intestino Grosso
 O ceco, é o segmento de maior calibre, que se comunica com o íleo. Para impedir o
refluxo do material proveniente do intestino delgado, existe uma válvula localizada na
junção do íleo com o ceco - válvula ileocecal (ileocólica). No fundo do ceco,
encontramos o apêndice vermiforme. A função do apêndice ainda é desconhecida, mas
sabe-se que ele contém bactérias. Acredita-se que ele funcione como um depósito de
bactérias, cultivando “germes” bons. Alguns estudos indicam que essas bactérias
produzem anticorpos, portanto, hoje em dia, indicam que o apêndice faz parte do
sistema imunológico, produzindo glóbulos brancos no período da infância, tendo um
funcionamento semelhante ao timo.
 Os resíduos alimentares, já constituindo o bolo fecal, passam ao cólon ascendente,
depois ao cólon transverso, em seguida ao cólon descendente. Nesta porção, o bolo
fecal permanece estagnado por muitas horas, preenchendo as porções do cólon
sigmóide e do reto.
 Assim, o material que não foi digerido, as fibras, por exemplo, forma as fezes que são
acumuladas no reto, que é a parte final do intestino grosso e que termina com o canal
anal e o ânus, por onde as fezes são eliminadas. O bolo fecal é empurrado por
movimentos musculares ou peristálticos para fora do ânus. É quando sentimos vontade
de defecar, ou seja, eliminar as fezes.
 Para facilitar a passagem do bolo fecal, as glândulas da mucosa do intestino grosso,
secretam muco a fim de lubrificar o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua eliminação.
Intestino Grosso
 Portanto, as funções do intestino grosso compreendem:
- Absorção de água e de certos eletrólitos;
- Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais;
- Armazenagem temporária dos resíduos (fezes);
- Eliminação de resíduos do corpo (defecação).

 Assim, podemos observar que a transformação do alimento se dá da


seguinte maneira:
- Na boca é chamado de bolo alimentar;
- No estômago, se transforma em quimo;
- No intestino delgado se transforma em quilo;
- E por fim, no intestino grosso, passa a ser transformado em bolo fecal
ou fezes.
Órgãos anexos do Sistema Digestório
 O aparelho digestório é considerado como um tubo, recebe o
líquido secretado por diversas glândulas, a maioria situadas em
suas paredes como as da boca, esôfago, estômago e intestinos.
 Os órgãos anexos desse sistema incluem: dentes, língua,
glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar.
Pâncreas
 O pâncreas é uma glândula anexa do sistema digestório, localizado à esquerda do
plano mediano, posterior ao estômago. Divide-se em cabeça (aloja-se na curva do
duodeno), corpo e cauda.
 Possui duas funções: função endócrina, que é a de produzir insulina e glucagon que
controlam os níveis de glicose na corrente sanguínea; e a função exócrina, onde
auxilia na função digestiva, produzindo o suco pancreático que é lançado no intestino
delgado através do ducto pancreático (ou canal de Wirsung), e que é uma substância
que contém, além de água e bicarbonato de sódio, enzimas que atuam na digestão das
proteínas (tripsina e quimotripsina), dos carboidratos/amidos (amilase pancreática) e
dos lipídios (lipase pancreática).
Fígado
 O fígado é a maior glândula e o segundo maior órgão do corpo humano.
Sua maior extensão localiza-se no hipocôndrio direito. É um órgão vital,
que tem inúmeras funções. Entre algumas das funções do fígado,
podemos citar:
- produção de bile e emulsificação de gorduras no processo digestivo
através da sua secreção;
- metabolismo dos carboidratos, dos lipídios e das proteínas;
- processamento de fármacos e hormônios;
- excreção de sais biliares;
- síntese do colesterol;
- conversão de amônia em ureia;
- desintoxicação do organismo;
- síntese, armazenamento e quebra do glicogênio;
- armazenamento das vitaminas A, B12, D, E e K e de minerais, como o
ferro;
- reciclagem de hormônios.
Fígado
 Olhando o fígado na sua região anterior, podemos dividi-lo em lobos:
direito e esquerdo;
 Na sua porção posterior, é dividido em quatro partes: lobo direito, lobo
quadrado (inferior), lobo caudado (superior) e lobo esquerdo.
Vesícula Biliar
 A vesícula biliar se situa na
junção do lobo direito e do lobo
quadrado do fígado.
 É um órgão em forma de bolsa
muscular que armazena a bile
produzida pelo fígado. O ducto
que conduz a bile do fígado para
a vesícula biliar é o ducto cístico;
e a bile é lançada no duodeno
para participar do processo de
digestão (principalmente das
gorduras) pelo ducto colédoco. Ducto
colédoco
 Colecistectomia (convencional ou por
laparoscopia) é a cirurgia de retirada
da vesícula biliar, pelo acúmulo de
cálculos (litíase biliar – formados por
sais de cálcio e por cristais de
colesterol). Quando o cálculo não se
desloca, a bile represada irrita a
parede da vesícula e pode propiciar o
crescimento de bactérias, originando o
quadro clínico de colecistite aguda.
Para finalizar...
Referências Bibliográficas

 DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e


Segmentar. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2002. 671 p.

 TORTORA, G.J.; NIELSEN, M.T. Princípios de Anatomia Humana. 12.


ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 1092 p.

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