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"Saúde e economia não competem", diz novo Ministro da Saúde
Deputados e senadores apontaram ainda que Bolsonaro teria ficado incomodado com a
popularidade de Mandetta.
"Tenho certeza que falo em nome da maioria da Câmara dos Deputados num momento em
que o ministro Mandetta anuncia que foi demitido. A nossa homenagem ao ministro
Mandetta, à sua dedicação, ao seu trabalho, à sua competência", disse o presidente
da Câmara, acrescentando que o ministro deixou um "legado" e uma "estrutura" para o
combate à crise do coronavírus.
"É muito positivo quando um servidor realiza com galhardia e eficiência seu
trabalho... O ministro Luiz Henrique Mandetta, com muito esforço e dedicação,
honrou nossa nação e seu trabalho como médico, servindo à nação com base nos seus
conhecimentos técnicos e científicos. Merece nossos agradecimentos e nosso melhor
reconhecimento."
"Ao novo ministro Nelson Teich desejo sucesso e um bom trabalho. O Brasil necessita
e espera isso, especialmente nesse momento."
"A saída de Mandetta é uma notícia lamentada em boa parte do Brasil, pois
conquistou a confiança e o respeito da família brasileira com sua postura técnica.
Íntegro, permaneceu até o último minuto servindo ao país. Sai com sentimento de
dever cumprido, salvou muitas vidas enquanto prevaleceram suas orientações.
Obrigado Mandetta, você deixa exemplo para o Brasil e orgulho para o Democratas, de
quem tem total apoio e solidariedade."
"O que se espera, neste momento, é que seu substituto mantenha a linha de atuação
que os países, na sua grande maioria, estão adotando. Não é possível que o mundo
inteiro esteja errado. São vidas que estão em jogo e o esforço para preservá-las
deve estar acima de disputas políticas e ideológicas."
"O Brasil recebe com temor a demissão do ministro Mandetta. Como médico, mostrou
apreço pela vida. No ofício de ministro, teve coragem ao não se submeter às
loucuras de um presidente que se mostrou tantas vezes irresponsável."
"Desde o começo desta crise, Bolsonaro escolheu o caminho da negação e guiou suas
decisões pelo achismo, politizando o que deveriam ser ações técnicas com critérios
científicos."
"A demissão de Mandetta não passa de um acerto de contas por parte de um chefe que,
no auge de sua mediocridade, não tolera um auxiliar se destacando mais do que ele.
Um comportamento irresponsável de quem está mais preocupado com sua reeleição do
que em salvar as vidas dos brasileiros."
"É ciência, ciência e ciência. Esperamos que esse seja o parâmetro do novo titular
da Saúde. Com a saída de Mandetta, torcemos para que não seja demitida a política
do isolamento social, a transparência na divulgação de dados sobre o novo
coronavírus, a integração da pasta com municípios e Estados, ou seja, tudo aquilo
que era uma política pública bem desenvolvida até então."
"É claro que é prerrogativa do chefe do Executivo nomear e demitir seus ministros,
mas Câmara e Senado deverão redobrar a atenção no sentido de zelarem por tudo
aquilo que já foi deliberado. Ou seja, o Parlamento não poderá tolerar qualquer
medida palaciana que ponha em risco a saúde dos brasileiros."