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Semana Aula: 1
Federalismo com suas espécies, características e sua relação com o Estado Federal.
(CRÉDITO DIGITAL)
Tema
1. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO (ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA)
Objetivos
Selecionar casos de movimentos separatistas, fundamentado na indissolubilidade do pacto
federativo estabelecido, para evitar atos e medidas inconstitucionais.
Tópicos
1.1 FEDERALISMO, COM SUAS ESPÉCIES, CARACTERÍSTICAS E SUA RELAÇÃO
COM O ESTADO FEDERAL
Procedimentos de Ensino-Aprendizagem
Nesta aula, estaremos conectados ao conteúdo digital. O aluno, previamente, explora e
estuda o conteúdo digital disponível em seu ambiente virtual. Durante a aula, este conteúdo
será discutido em sala em atividade mediada pelo professor, detalhada abaixo.
Estudo de caso: suponha que um Estado da federação, em decorrência de sua extensa área
territorial e apelos incessantes da população local, pretenda desmembrar-se para formar
dois novos Estados. Diante do regramento constitucional vigente, juridicamente seria viável
tal empreitada? Justifique.
Recursos Didáticos
Sala de aula equipada com quadro branco, projetor multimídia, caixa de som, acervo
bibliográfico no ambiente virtual.
Leitura Específica
Leia o artigo de: SOUZA, Celina. Federalismo, desenho constitucional e instituições
federativas no Brasil pós-1988. Revista Sociologia Política, Curitiba, n. 24, p. 105-121, jun.
2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
44782005000100008&lng=en&nrm=iso.pdf. Acesso em: 02 jan. 2020.
Pacto federativo brasileiro depois de 30 anos da Constituição. 1 vídeo (24 min). Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=siyqGM-jNn8. Acesso em: 2 jan. 2021.
Ouça o podcast:
SUPREMO CAST #37: FEDERALISMO BRASILEIRO: HISTÓRICO E CRISES. [Locução de]: Bruno
Zampier. jun. 2020. Podcast. Disponível em:
https://open.spotify.com/episode/1BpnuUuFxXDJgOsyr69tOW?
si=5weVKb0lQZCUJJQizUVoDw Acesso em: 2 jan. 2021.
Pacto federativo: 2020 e a questão federativa. Raphael Sodré Cittadino. Revista Consultor
Jurídico, 25 de dezembro de 2020, disponível em: https://www.conjur.com.br/2020-dez-25/pacto-
federativo-2020-questao-federativa. Acesso em 01/01/2021.
Olá, seja bem-vindo/a! Sabemos que você quer aprender mais, por isso, selecionamos duas
questões que revisitam o tema/tópico ministrado nesta aula. Você deve resolvê-las,
completando, assim, sua jornada de aprendizagem do dia.
c) Constitucional, pois é vedado à União, mas permitido aos Municípios, aos Estados e ao
Distrito Federal estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.
2. FEDERALISMO
2.1 - ESTADO UNITÁRIO
A) Estado unitário puro - Leda Pereira Mota e Celso Spitzcovsky: “esta forma, que se
caracteriza por uma absoluta centralização do exercício do Poder, tendo em conta o
território do Estado, não encontra exemplo histórico, evidentemente, por não ter
condições de garantir que o Poder seja exercido de maneira eficiente”.
B) Estado unitário descentralizado administrativamente - Apesar de ainda concentrar a
tomada de decisões políticas nas mãos do Governo Nacional, avança descentralizando a
execução das decisões políticas já tomadas. Criam-se pessoas para, em nome do Governo
Nacional, como se fossem uma extensão deste (longa manus), executar, administrar, as
decisões políticas tomadas.
C) Estado unitário descentralizado administrativa e politicamente - A forma de Estado
mais comum hoje em dia, principalmente nos países europeus, ocorre não só a
descentralização administrativa mas também a política, pois, no momento da
execução de decisões já tomadas pelo Governo Central, as “pessoas” passam a ter,
também, certa autonomia política para decidir no caso concreto a melhor atitude a ser
empregada na execução daquele comando central.
2.2 - CONFEDERAÇÃO
Tal princípio federativo caracteriza o Estado Federal, identificado como uma aliança de
estados, que renunciam à sua independência, mas não à sua autonomia, em prol dos
interesses comuns previstos na celebração de um pacto de união denominado
Constituição Federal.
2.3.2 - Histórico
A forma federativa de Estado tem sua origem nos EUA, e data de 1787.
Anteriormente, em 1776, tivemos a proclamação da independência das 13 colônias
britânicas da América, passando cada qual a se intitular um novo Estado, soberano, com
plena liberdade e independência.
Os Estados resolveram formar, através de um tratado internacional, intitulado Artigos
de Confederação, a Confederação dos Estados Americanos, um pacto de colaboração a
fim de se protegerem das constantes ameaças da antiga metrópole inglesa. No aludido pacto
confederativo, permitia-se a denúncia do tratado a qualquer tempo, consagrando-se, assim,
o direito de retirada, de separação, de secessão do pacto.
A permissão do direito de secessão aumentava o problema das constantes ameaças e a
fragilidade perante os iminentes ataques britânicos. Nesse sentido, buscando uma
solução para aquela situação em que se encontravam, os Estados Confederados (ainda era
uma Confederação de Estados soberanos) resolveram reunir-se na cidade da Filadélfia
(todos, ausentando-se apenas o Estado de Rhode Island), onde, então, estruturaram as
bases para a Federação norte-americana.
Nessa nova forma de Estado proposta não se permitiria mais o direito de secessão. Cada
Estado cedia parcela de sua soberania para um órgão central, responsável pela centralização
e unificação, formando os Estados Unidos da América, passando, nesse momento, a ser
autônomos entre si, dentro do pacto federativo.
2.3.2 – Classificação
A) Centrípeto e Centrífugo
B) Agregação ou Desagregação
C) Dual ou Cooperativo
d) Simétrico ou Assimétrico
2.3.3 – Características
A) descentralização política: a própria Constituição prevê núcleos de poder político,
concedendo autonomia para os referidos entes;
B) repartição de competência: garante a autonomia entre os entes federativos e, assim,
o equilíbrio da federação;
C) Constituição rígida como base jurídica: fundamental a existência de uma Constituição
rígida no sentido de garantir a distribuição de competências entre os entes autônomos,
surgindo, então, uma verdadeira estabilidade institucional. Lembrando, inclusive, que a
forma federativa de Estado é um dos limites materiais ao poder de emenda, na medida
em que, de acordo com o art. 60, § 4.º, I, não será objeto de deliberação a proposta de
emenda tendente a abolir a forma federativa de Estado;
D) inexistência do direito de secessão: não se permite, uma vez criado o pacto
federativo, o direito de separação, de retirada. Tanto é que, só a título de exemplo, no
Brasil, a CF/88 estabeleceu em seu art. 34, I, que a tentativa de retirada ensejará a
decretação da intervenção federal no Estado “rebelante”. Eis o princípio da
indissolubilidade do vínculo federativo;
E) soberania do Estado federal: a partir do momento que os Estados ingressam na
Federação perdem soberania, passando a ser autônomos. Os entes federativos são,
portanto, autônomos entre si, de acordo com as regras constitucionalmente previstas, nos
limites de sua competência; a soberania, por seu turno, é característica do todo, do “país”,
do Estado federal, no caso do Brasil, tanto é que aparece como fundamento da República
Federativa do Brasil (art. 1.º, I, CF/88). Hoje se fala em flexibilização da ideia clássica de
F) auto-organização dos Estados-membros: através da elaboração das constituições
estaduais (vide art. 25 da CF/88);
G) órgão representativo dos Estados-membros: no Brasil, de acordo com o art. 46, a
representação dá -se através do Senado Federal;
H) guardião da Constituição: no Brasil, o STF;
OBS: Soberania X Autonomia
SOBERANIA
Soberania é o atributo que se dá ao poder do Estado em razão de ser ele juridicamente
ilimitado.
Um Estado não deve obediência jurídica a nenhum outro Estado. Isso o coloca, pois,
em um lugar de coordenação com os demais integrantes da cena internacional e de
superioridade dentro do seu próprio território.
AUTONOMIA
Autonomia é a margem de discrição que uma pessoa possui para decidir sobre os seus
negócios, mas sempre delimitada pelo próprio Direito.
Também pode ser política, quando a subdivisão interna tem o poder de fazer leis, ou
administrativa, quando o novo centro tem liberdade somente para executar, cumprir as
ordens do poder central. Como se observa, só haverá autonomia se existir mais de um
centro de competências e decisões.
Art. 1º CF/88 - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos: