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1) Para compreender a implementação das leis a partir das políticas sociais

é necessário conhecer a estrutura e o funcionamento do Estado nos


níveis federais, estaduais e municipais. O Brasil sendo uma Republica
Federativa, democrática, presidencialista. A relação entre federalismo e
presidencialismo apresenta certa peculiaridade. Com base no que foi
estudado apresente os determinantes dessas peculiaridades.

R: o Brasil tem como sistema de governo o Presidencialismo, comum nas repúblicas,


onde se configura a separação das três esferas de poder: Executivo, Legislativo
e Judiciário. O presidencialismo foi criado nos Estados Unidos da América, a
partir da Constituição de 1787, baseados na teoria política de divisão de poderes
do filósofo francês Montesquieu, os estadunidenses criaram um sistema em que
cada poder (Executivo, Legislativo e Judiciário) teria a obrigação de fiscalizar os
demais. Portanto a primeira peculiaridade esta na divisão dos poderes e
iniciativas entre os três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário, ambos
possuindo autonomia sobre os órgãos sobre sua gerencia. Além disso, no
federalismo brasileiro a organização política desses poderes é tripartite, pois os
três, união, estados e municípios, possuem autonomia político-legislativo
reconhecidos pela CF. (art. 29 e 30), autonomia aos municípios é também uma
peculiaridade do federalismo Brasileiro. Tanto que no art. 1º da CF, assevera que
a federação brasileira é a união indissolúvel entre Estados e municípios.

2) Em um Estado federativo como o Brasil de que forma o poder é dividido?

R: Poder legislativo: é aquele que se preocupa em elaborar ou modificar as leis.


É composto pelos parlamentares, vereadores, deputados estaduais, e os
deputados federais. Além deles, existe também o Senado, que é composto pelos
senadores.

Poder executivo: é aquele que se preocupa em aplicar as leis e as políticas


sociais. É representado pelos administradores, prefeitos, os governadores, e pelo
presidente.

Poder judiciário: é o responsável por julgar os crimes e avaliar as leis, se elas são
constitucionais ou não, isto é, se elas obedecem à Constituição Federal. É
representado pelos juízes e desembargadores, sendo o único dos três poderes
que não é eleito democraticamente pelo povo. A sua principal instância é o
Supremo Tribunal Federal (STF). Para garantir o funcionamento dos Três Poderes,
é preciso que eles se fiscalizem mutualmente, de modo que cada um deles
garanta e avalie o funcionamento dos demais. Caso um deles apresente erros ou
problemas, os demais devem fiscalizar e avaliar o caso.

E Poder público é dividido entre União, Estados, o Distrito Federal e os


municípios, com suas respectivas fontes legislativas (Congresso Nacional,
assembleias legislativas e câmaras de vereadores), executivo e judiciário.

3) Faca uma explicação de no mínimo 5 linhas sobre a autonomia dos


Estados membros.
R: todos os municípios detém autonomia (Artigo 18 da CF), a qual nem o poder
federal nem o estadual podem invadir e que se expressa em suas Leis Orgânicas
(A lei maior de um município ou do Distrito Federal) (art. 29 CF). A autonomia dos
municípios é uma característica genuína da organização federativa brasileira. Os
entes federativos detém autonomia política, caracterizada por possuir poder
legislativo próprio. Os Estados membros tem autonomia para instituir, nos limites
da CF: a sua própria Constituição (lei orgânica), elegem uma cidade centro e
podem formular leis. Portanto todas as atribuições, que não sejam de
competência exclusiva do poder central, pode ser livremente exercida pelos
poderes estaduais, de modo concorrente ou privado. Dessa forma perante a
União, sua autonomia é encarada em pé de igualdade dos poderes de auto-
organização, autogoverno, autolegislação e autoadministração.

4) No federalismo, o chefe do executivo (federal, estadual e municipal)


detém grande número de competências e atribuições, dentre elas o poder
de sanção das leis do Congresso Nacional; a competência privativa para
propor projeto de lei em matéria de sua competência privativa,
estritamente descrita na Constituição; tem o poder de delegar leis, mas
sua iniciativa de leis é reduzida, já que quem é o responsável por essa
competência é o legislativo. Diante da autonomia do legislativo sobre
executivo regime presidencialista exige alianças partidárias constantes,
forçando o Executivo a negociá-la e a distribuir poder entre os aliados.
No que se refere as alianças partidárias explique essa afirmativa.

R: o poder legislativo não detém qualquer prerrogativa em face do Congresso


Nacional, como o de interferir em suas atividades e decisões. O congresso
brasileiro detém o poder de interpelar e investigar os atos do Executivo e o
direito de convocar os ministros para prestar informações a cerca de questões
previamente determinadas. Da mesma forma para ter mais poder de decisão o
chefe do poder executivo deve fazer alianças partidárias. As alianças ou
coligações é um pacto entre dois ou mais partidos políticos, normalmente de
ideias afins, para governar um país, uma região ou outra entidade
administrativa. As coligações podem formar-se antes ou depois da celebração
das eleições e temo objetivo de alcançar objetivos políticos. Na política
brasileira é sempre importante buscar apoio dentro desse sistema tão diversos
a fim de somar forças e articular benefícios, mesmo que sejam individuais.
São por esses motivo que no Brasil, o regime presidencialista exige alianças
partidárias constantes, forçando o Executivo a negociá-la e a distribuir poder entre os
aliados (CLIENTELISMO). O presidente é compelido a distribuir cargos
proporcionalmente ao peso político dos partidos e definir uma agenda de consenso
para a conquista de postos-chaves no Congresso, tendo em vista a aprovação de seus
projetos (presidencialismo de coalisão).

https://www.youtube.com/watch?v=dENdxn4mEjE

5) A quem cabe a aprovação da lei orçamentária do Brasil?

R: Cabendo ao congresso a aprovação de lei orçamentária. A competência do


Executivo é meramente propositiva.
6) O estado brasileiro e o poder público são únicos e indivisíveis. Sendo
divisível somente o exercício de suas competências entre os Estados e
municípios e os três poderes, segundo a constituição Federal (Bonavides,
1983). Explique essa afirmativa.

R: Os estados membros e os municípios, por isso, não são entes soberanos


porque são subordinados a União, mas detêm autonomia (art 18 da CF), para as
suas competências legislativas privativas ou concorrentes de sua organização
institucional (art. 20 a 36 da CF). Portanto os municípios também são reconhecidos
como entes autônomos com relação à união e os estados membros. Por meio das
leis orgânicas, os municípios constituem-se de dois poderes. No regime federativo,
a união representa a unidade dos Estados e, por isso, somente ela detém a
soberania e a independência nacional consubstanciada na reserva da defesa dos
interesses nacionais (...). Essa hierarquia institui os limites de poderes e
competências por meio dos quais a República, decide acerca das questões de
interesses nacional, estadual e municipal. A CF (segundo o STF) é o cimento
jurídico dessa supremacia, imposta por meio de regras limitativas de poderes e
competências estaduais municipais.

7- A distinção conceitual entre Estado e governo é de grande importância


para todos os profissionais que, de alguma forma, trabalham com políticas
públicas. Portanto apresente a diferença entre Governo e Estado?

R: quando falamos de governo estamos nos referindo, aos governos federal,


estadual ou municipal, portanto governo é modo como essa organização é
exercida, pelo partido político ou aliança partidária eleita, nos limites
constitucionais. Governo é a expressão política de comando é a soma organizada
dos representantes do Estado, executando funções que este se propõe realizar
para cumprir expressa e refletidamente os fins estatais que a CF, constituição
estadual ou lei orgânica instituem Ou seja, governo é a corporificação concreta e
operacional do Estado em uma ação política, seu funcionamento, uma entidade
objetiva que se refere aos agentes públicos, incumbidos da responsabilidade de
realizar aqueles fins. Governo é como as competências são exercidas pelos
agentes públicos (parlamentares, magistrados, e governos eleito). Governo é seria
apenas uma das instituições que compõem o Estado, com a função de administrá-
lo. Já o Estado constitui, a unidade da sociedade civil, política e juridicamente (A
Constituição Federal, as constituições estaduais e as leis orgânicas) organizada
(união Estados e municípios), dotada de soberania e, internamente, de
autonomia.Não existe Estado sem território.ou seja, Estado é o conjunto formado
pelas instituições (executivas, jurídicas e legislativa), entes federativos (união,
estados e municípios), as instituições e respectivas competências e as políticas
públicas, os indivíduos que atuam nas instituições e qual compõem todo o seu
território. O Estado é formado pelo conjunto de instituições públicas que
representam, organizam e atendem (ao menos em tese) os anseios da população
que habita o seu território.

8- Qual a diferença entre administração direta e administração indireta?


R: No âmbito da administração pública, a administração direta consiste na
prestação dos serviços públicos e funções do Estado prestados diretamente por
órgãos do próprio Estado e seus órgãos. A Administração Pública Direta é formada
por órgãos públicos, ou seja, partes de uma pessoa jurídica. São exemplos de
órgãos do ente União Federal: os Ministérios, as Forças Armadas, a Receita
Federal, e, inclusive, os próprios Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A
administração indireta do Estado é o conjunto de pessoas administrativas que,
vinculadas à administração direta, têm o objetivo de desempenhar as atividades
administrativas de forma descentralizada. Seu objetivo é a execução de algumas
tarefas de interesse do Estado por outras pessoas jurídicas. A administração
indireta do Estado é o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à
administração direta, têm o objetivo de desempenhar as atividades administrativas
de forma descentralizada. Compõem a administração indireta as autarquias, as
fundações públicas, as empresas públicas e sociedades de economia mista. As
primeiras são entidades administrativas autônomas, criadas por lei específica, com
patrimônio próprio e atribuições estatais específicas. A criação das entidades da
Administração Indireta se dá mediante um processo de descentralização (art. 37,
XIX e XX, da CF), que, por meio de lei, cria uma nova pessoa jurídica.

9- qual a diferença entre Autarquias e sociedade de economia mista?

Autarquia: são as entidades administrativas autônomas que possuem leis


específicas e imunidade tributária, patrimônio, renda e serviços ligados aos seus
processos essenciais, as autarquias prestam serviços relevantes à sociedade,
como serviços sociais e científicos, por exemplo. Ela são instituídas para prestar
serviço social e desempenhar atividades que possuam prerrogativas públicas

Sociedade de economia mista: é uma empresa estatal em que parte da sociedade


é composta pelo Estado e outra por sócios privados, possui personalidade jurídica
formada por capital público e privada. O Estado tem a maior parte das ações, mas
as empresas não são conceituadas como públicas, mas como sociedade anônima.
Esta companhia assume a forma de uma sociedade anônima (S/A), onde o capital
é dividido em ações. No Brasil, este é o exemplo de empresas como o Banco do
Brasil e a Petrobras. A empresa em sociedade mista explora a atividade
econômica em que realiza, seja pela produção de bens ou pela oferta de serviços.
Da mesma forma, visa o lucro em suas atividades que retorna aos caixas do
governo, tendo como regime jurídico o de direito privado.

OBS: órgãos públicos não possuem personalidade jurídica, ou seja, não podendo
exercer direitos, nem contrair obrigações em nome próprio. Ex: o Ministério da
Saúde não tem personalidade jurídica, quem a possui é a União Federal.

10- Qual a diferença entre fundações públicas e empresas públicas?

Fundação pública é a “entidade dotada de personalidade jurídica (podendo exercer


direitos, nem contrair obrigações em nome próprio.) de direito privado, sem fins
lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de
atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público,
com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos
de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
Empresa pública: são pessoas jurídicas com capital público, que podem realizar
atividades ou serviços públicos pertencentes à administração indireta.

11- Qual a diferença de centralização e descentralização?

12- Citem e expliquem os princípios fundamentais da CF.

R: Os princípios fundamentais são aquilo que sustenta a República do Brasil, ou seja, a


República Federativa Brasileira foi construída tendo como parâmetros esse fundamentos, tais
princípios encontram-se expressos no art. 1º e seus incisos, e tem como objetivo evitar as
desigualdades sociais e também o domínio das classes dominantes. O princípios são:
Soberania – capacidade de que um país tem de fazer o seus ordenamento político, as suas
leis, os seus direitos dentro do seu território.
Cidadania – não é apenas a capacidade de votar e ser votado, mas a capacidade de agir em
quanto cidadão em todas as esferas.
Dignidade da pessoa humana - É o valo moral e espiritual, inerente à pessoa, ou seja, todo
ser humanos é dotado desse preceito, constitui o princípio máximo do Estado democrático. É o
valor que dá unidade e coerência ao conjunto dos direitos fundamentais. Retrata os
fundamentos dos direitos humanos. Nos brasileiro não temos somente o direito a vida,
mas há uma vida digna de um ser humano.
Os valores sociais do trabalho e livre iniciativa – temos um capitalismo limitado pelos
valores sociais do trabalho. (art. 6º ao 11art. Direitos do trabalho)
Pluralismo político - a liberdade de convicções - respeito a diversidade religiosa, política,
raça, sexo, idade etc.

13-Explique direitos fundamentais da CF e esclareça sua relação com os direitos


Humanos?

R: A constituição de 1988 assegura, em seu Título II, os direitos civis


(nacionalidade, direitos individuais), políticos e sociais, e os qualifica como direitos
fundamentais, cujo conteúdo assenta em um conjunto de valores éticos (éticos
constitucionais), a serem respeitados tanto na ações estatais quanto nas relações
civis. Os Direitos Fundamentais sugiram para proteger os indivíduos de governos
arbitrários e autoritários, ou seja, quando o Estado for se relacionar com os
indivíduos que ele preserve o mínimo de direitos que cada indivíduo possui. Os
Direitos Fundamentais são uma evolução ou implementação daquilo que e
conhecido como direitos humanos, são adaptações dos direitos humanos à
realidade e a cultura do Brasil.

14- Cite e explique as características dos Direitos fundamentais:

Universalidade – são para todos e não somente para um grupo;

Relatividade ou Limitabilidade – não há direito fundamental absolutos – podem


sofres limitações – que não o anule por completo – todo direito pode encontra
limites em outro direito.
Irrenunciáveis – não pode abrir não de seus direitos, embora pode deixar de
exercê-los;

Inalienável – não pode ser vendidos, são intransferíveis e inegociáveis

Imprescritível – não prescreve –não se perde um direito porque não se recorreu a


ele num determinado tempo, ele sempre estará disponível – não se perde com o
tempo.

Historicidade – varia de acordo com o regime e o princípios adotados por esse


regime – sendo sujeito a ampliação;

Complementabilidade – compõem um sistema único que se complementam e por


isso devem ser interpretados em conjunto;

Indivisibilidade - não podem ser divididos, fazem parte de um sistema


harmônico e coerente com a proteção da pessoa humana;

Concorrência – os direitos fundamentais podem ser exercidos


concomitantemente;

Efetividade - o poder publico tem a missão de efetivar os direitos fundamentais.

Proibição de retrocesso - não podem ser enfraquecidos ou suprimidos. Isso quer


dizer que as nos que os instituiu não podem ser revogadas ou substituídas por
outras que as restrinjam ou suprimam.

15- Defina direitos Humanos.

R: Direitos humanos é o nome dado às necessidades básicas de todo ser humano,


como os direitos à vida, à alimentação, à saúde, à moradia, à educação, à liberdade
de expressão, à liberdade política e outros. São direitos inerentes a todos os seres
humanos, independentemente de sua idade, sexo, raça, etnia, opção em relação à
religião, ideologia, orientação sexual, ou qualquer característica pessoal ou social,
possuem direitos humanos. Os direitos humanos servem para empoderar as pessoas.
As pessoas devem ser as protagonistas, os “atores e atrizes principais” das suas
próprias vidas. A instituição Direitos Humanos é uma construção, portanto a sociedade
precisa se organizar para reivindicar seus direitos, seja através das associações de
bairro, sindicatos ou até partidos políticos ou ONGs.

16- Defina garantias fundamentais.

R: são instrumentos utilizados com a finalidade de assegurar que os direitos


possam ser exercidos pela população, ou seja, são formas de proteger e
assegurar esses direitos, como exemplo temos: Habeas corpus - proteger o direito
de liberdade de locomoção;Habeas data - segura o livre acesso de qualquer
cidadão a informações a ele próprio relativas, constantes de registros, fichários ou
bancos de dados de entidades; Mandato de segurança - esta é uma medida que
tem como objetivo a proteção de direito líquido e
17- No dia 10 de dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas
adotou e proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Logo após, a
Assembléia Geral solicitou a todos os Países - Membros que publicassem o texto
da Declaração. Qual era o objetivo da Assembleia ao fazer essa solicitação aos
países membros?

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