A dor exagerada em relação à mente de uma pessoa querida; a recusa em aceitar a
separação de um amante; o desejo de ver um inimigo morto ou sofrendo; ou as fantasias (sexuais ou outras) de um solitário: qualquer um desses exemplos pode iniciar uma produção de imagens numa psique desprotegida, cada uma delas emocionalmente carregada de energia. Os elementais nunca são intrinsecamente "maus". Em seu estado natural, são entidades inocentes e bonitas; algumas vezes seu aspecto é terrível (como, por exemplo, os elementais do fogo, num vulcão em erupção), mas tal aparência terrível é, simplesmente, nossa resposta humana ao poder completo do seu elemento. Se nos contentarmos só em observá-los, nosso interesse nos elementais não nos causará dano. No entanto, existem alguns seres humanos que acham os elementais absolutamente fascinantes e existem ainda muitos elementais que desenvolveram uma fome em absorver as energias humanas e compartilhar da vida humana o mais próximo possível. Muitos dos elementais existentes em níveis astrais elevados aquecem-se nas atmosferas da devoção e da Alta Magia. Alguns deles permanecem nos locais de trabalho, instigando os devotos a darem mais de si num nível elevado mas ainda emocional; alguns deles são bem-vindos nas cerimônias de poder, onde sua presença estimulante ajuda a criar o ambiente pretendido. A sociedade humana, no entanto, não é sempre elevada e alguns desses elementais, que vivem nos níveis astrais baixos, tornaram-se consideravelmente sujos através dos contactos humanos. Uma das espécies assim contaminadas compreende certos elementais fortes, que têm sido chamados, desde séculos passados, de "demoníacos", embora não sejam capazes de maiores danos morais que um animal. Durante essa mesma época, encontramos cães, porcos e outras criaturas que foram sujeitos a serem trazidos solenemente ao tribunal e condenados por danos causados a seres humanos. Na medida em que tais elementais adquiriram uma má reputação, as bruxas do passado e do presente freqüentemente os obrigaram a cumprir ordens para aqueles requisitos que não poderiam ser executados por seres superiores. Ameaçados, degradados, familiarizados com as paixões humanas mais furtivas e mais violentas, tais espíritos e sua recuperação tornaram-se a preocupação maior de adeptos de certas ordens ocultas. Enquanto isso, um grande número de dementais de menos importância no mundo astral inferior aprendeu, de algumas atividades humanas, várias maneiras de aproveitar-se das energias da humanidade. O resultado, infelizmente, foi o de tornar tais elementais inocentes parasitas desagradáveis, arruinando os humanos; isso pode ser visto claramente em alguns tipos de alcoolismo e na hipersexualidade. Uma outra classe de ser humano com uma combinação intensamente desenvolvida de emoção e imaginação, embora isto seja até certo ponto aprendido e dirigido pelo intelecto e pela vontade, é o artista criativo. Com muita freqüência, o artista está inteiramente preocupado ern explorar o seu assunto escolhido, porém, ocasionalmente, um pintor vislumbrará as linhas laterais, por assim dizer, para procurar o que aconteceu com as energias não usadas, fora do controle da mente consciente. Algumas pinturas, incluindo as de Hieronymus Bosch e Salvador Dalí, dão-nos assim uma idéia clara e incomum das orlas inferiores do mundo astral. Um tipo desses parasitas é aquele que atormenta os alcoólatras. Normalmente, o problema inicial de um alcoólatra é derivado da imaginação: tanto a aparência imaginada, o sabor, o perfume e mesmo o próprio som do líquido, ou o convidativo "brilho dourado" de uma leve intoxicação, ou imagens de alguma situação que incitam ao escape através da bebida. Se a imaginação pudesse ser acalmada, a necessidade de beber em excesso desapareceria. Porém, com a participação dos elementais, essa necessidade não desaparecerá. Quando a pessoa está intoxicada, a imaginação correrá desenfreada cada vez mais, a emoção responderá aos estímulos das imagens, a energia ficará, conseqüentemente, liberada, sendo que um pouco dessa energia acrescentará mais realismo às imagens e assim por diante, como numa espiral. Tudo o que os elementais desejam é assegurar-se de que eles tenham mais energia de onde alimentar-se e formas astrais para vestir-se. Ao mesmo tempo, o que é inevitável, a saúde física da vítima, assim como a moralidade, deteriora-se sob a combinação de um envenenamento vagaroso e um esgotamento constante, até que a aura fique completamente quebrada, destruída por dentro. Quando os elementais têm controle suficiente da situação, suas próprias imagens distorcidas podem ser vistas. Como já foi amplamente divulgado, quando as pessoas alcançam o estágio de "horrores" do alcoolismo — delirium tremens — suas assim chamadas ilusões já não possuem a qualidade personalizada de suas primeiras imagens. Já não é o drinque tentador, o cônjuge cruel ou a sociedade robotizada, nem nenhum outro engodo ou sofrimento imaginado; agora as "coisas" que aparecem aterrorizantes através das paredes ou do assoalho podem variar do aspecto de uma formiga ao aspecto de um elefante, mas todas são grotescas, ameaçadoras, causadoras de medo. Tais "coisas" foram vistas por outras pessoas, além dos alcoólatras. São elementais depravados, que existem numa região astral inferior, visitada por uma minoria de ocultistas e psíquicos valentes no curso de suas explorações do universo. Um número de tais entidades infelizes — seduzidas por e seduzindo a humanidade errática — pode ser visto através da vidência, freqüentando bares ou lugares onde sentem que podem conseguir uma vítima. Dessa forma, um bar que teve má reputação por causa de seus clientes ébrios no passado, pode fechar suas portas e ser iniciado ali um outro negócio durante alguns anos; se um novo bar for aberto naquele lugar, com uma nova geração de direção e clientela, em alguns casos, o velho problema "inadvertidamente" começa outra vez. No entanto, ele não passa inadvertido para o oculista que conhece o motivo, nem para o psíquico, que vê os elementais esperando, incitando e famintos por energias humanas. É desnecessário dizer que ninguém com tendência para o alcoolismo, ou com um passado de alcoolismo, deveria visitar tal lugar, não importa qual possa ser o seu "interesse histórico". É relativamente muito pouco o que o alcoólatra pode fazer por si mesmo, no nível da autodefesa; a primeira necessidade é a de reconstruir a personalidade e isso normalmente pede uma grande dose de assistência e cuidados, embora, uma vez que a vítima seja afastada das causas agravantes (o que é essencial!) algumas pessoas foram capazes de continuar a sua jornada sozinhas. Separar-se de um parente neurótico ou psicótico, por exemplo, foi tudo que algumas pessoas precisaram fazer para dizer adeus a seu problema de bebida. No entanto, em qualquer caso, torna-se necessário reconstruir a personalidade — talvez em moldes mais maduros que a anterior — e reestabelecer a energia normal; então a aura tem uma chance de tornar-se naturalmente reintegrada e a prática da Torre de Luz dará uma ajuda valiosa. Nos primeiros estágios de volta à normalidade, no entanto, os elementais obsessivos farão tudo o que puderem para reverter ou, pelo menos, impedir o processo; e todo e qualquer meio que possa ser usado para ajudar a vítima a encher a sua imaginação com outras imagens saudáveis ajudarão a expulsar os atacantes e a conseguir a cura. Existem duas práticas que podem ser de imenso valor aos alcoólatras, mesmo nos estágios iniciais da busca para a melhora. Uma delas é a visualização do seu "Sinal Especial". Isso confere um grau de proteção real e ajuda também na autoestima. A outra prática é a do valor supremo para aquele que, nestes estágios iniciais, não pode efetivamente realizar a Torre de Luz Regular. Um amigo deveria freqüentemente realizar por ou com o paciente uma das técnicas "variantes" dadas nos textos anteriores. A hipersexualidade é outra das condições humanas nas quais os elementais se envolveram de maneira considerável e que, muito freqüentemente, é causada ou muito aumentada por eles. A relação sexual normal, entre parceiros regulares, não é muito problematizada pelos elementais; as duas pessoas envolvidas estão acostumadas a trocar suas energias, não existe um alto nível de emoção e não há nada que prejudique suas auras — ou, podemos dizer em tal caso, sua aura conjunta. Onde exista qualquer sentimento de culpa, que é, basicamente, uma forma de medo, a aura pode ser enfraquecida; e uma relação onde exista uma reação emocional e, portanto, energética, de violência incomum (que geralmente acompanha uma situação de "culpa"), é responsável por atrair elementais. A mulher hipersexual é com freqüência chamada de "ninfomaníaca", baseando-se numa antiga crença de que ela estaria obsecada pelas ninfas, ou seja, por espíritos da natureza, elementais; e, embora a causa inicial de seu problema possa ser físico, ou provavelmente psicológico, os antigos viram, com verdade, que ela era logo rodeada por uma aglomeração de elementais, convidados por sua imaginação febril, alimentados pelas emanações de sua energia e, sem dúvida, apresentando um amplo material para imaginações posteriores. A palavra ninfa significa noiva, e foram assim chamados, desde tempos remotos, esses seres gentis que têm uma afinidade com a natureza feminina. Atraídos por uma natureza feminina, eles tornam os humanos mais e mais como eles mesmos. Existem duas coisas, no entanto, que os elementais não podem fazer. Eles não podem compreender a existência de padrões humanos de moralidade sexual, porque em seu mundo nativo o livre dar e tomar a energia, de qualquer maneira, é apenas um divertimento natural da vida e não tem nenhuma das conotações que o "sexo" tem para os humanos. Em conseqüência, eles não podem compreender e não podem realmente aprender que existem muitos seres humanos que estão contentes em aceitar as regras da sociedade e não estão, de forma alguma, ansiosos por oportunidades em que possam afrouxar, mas encontram segurança em sua solidariedade. Portanto, os elementais são absolutamente incapazes de perceber os problemas que criam para sua vítima humana, destinada a viver numa sociedade da qual eles a alienaram. Existem outros elementais que possuem, ou adquiriram, uma afinidade com a natureza masculina. Essas entidades satíricas, quando se ligam a um homem, procuram fazê-lo asseme- lhar-se o mais possível a elas mesmas. Primeiro, elas aumentam as imagens que formam uma ligação entre eles e, em seguida, estimulam atos de sexualidade e estupro que novamente elas não podem, de forma alguma, compreender as implicações humanas; nem podem compreender aquelas complexidades da natureza humana, que faz daquilo que elas vêm como uma alegre e espontânea troca de vida uma questão de tragédia e destruição para os participantes humanos. Os dois tipos de entidades acima descritos permanecem "atrás da cena" em suas atividades. Existem outros, no entanto, que se manifestam quase fisicamente. Existem as entidades que foram chamadas, no passado, de íncubos ou súcubos, conforme procurem uma mulher ou um homem como companheiro. Parece que eles possuem em geral uma origem humana: raramente uma "alma terrestre" inteira, algumas vezes a consciência e o veículo astral de uma pessoa viva, mas com maior freqüência um fragmento psíquico — uma das "lascas" anteriormente mencionadas — representando a sexualidade reprimida ou rejeitada de um homem ou uma mulher vivos ou mortos. (No último caso existe a possível complicação de que a esta "casca" possa ser tirada ou dada, conforme o caso, um novo período de "vida" por um elemental com semelhantes inclinações.) Essas entidades são comparativamente incomuns — ou pelo menos, pouco conhecidas —, mas elas são de uma realidade inquestionável, existindo num nível astral muito baixo, ou "etérico", logo acima do mundo material. Para manifestarem-se, elas tiram a quantidade extra necessária de substância astral de seu companheiro naquele momento e, portanto, podem ser consideradas vampiros, assim como, ou mesmo mais especificamente que os elementais sexuais comuns. (Elas são também muito mais ciumentas e possessivas.) Elas aparecem como seres humanos, com corpos firmes mas anormalmente flexíveis, sem ossos e muito macios. Podemos lembrar que as manifestações verdadeiras de corpos ectoplásmicos, tais como ocorrem nas sessões de mediunidade físicas, foram algumas vezes fraudulentemente parodiadas pelo uso de luvas de látex cheias d'água e fechadas; isso dá uma idéia da textura do objeto genuíno. Essas entidades são parecidas, exceto porque lhes falta a frieza pegajosa. Esta descrição é baseada em casos, alguns dos quais conhecidos por nós muitos anos antes do começo da moda atual de bonecas infláveis de tamanho natural; um exemplo curioso da maneira pela qual vemos invenções terrenas seguirem modelos astrais. No entanto, as entidades em si mesmas comportam-se muito como seres vivos. Um jovem, enquanto estudante, recebeu por alguns anos as atenções de uma "senhora" dessa espécie, sem achar nada desagradável na associação. Depois ele casou-se, presumindo aparentemente que sua entidade amiga iria facilmente compreender a indireta; mas ele teve uma surpresa. A primeira coisa que ficou sabendo acerca do estado real da situação foi um grito de sua noiva: "Tire o seu braço — ele está apertando o meu pescoço!", seguido por um horrorizado: "Existe alguém mais na casa!". A entidade ciumenta tinha de fato se materializado entre os dois seres humanos abraçados e o marido não teve outra escolha senão pedir à Mulher que fosse para um outro quarto, enquanto ele acalmava e dispensava a intrusa. Depois de várias ocorrências como esta, teve de procurar por uma ajuda ocultista ou seu casamento teria terminado. A entidade provou ser um elemental que tomou a "forma astral" de uma ninfomaníaca que havia morrido de uma morte violenta e estava, portanto, ainda imbuída por seus instintos desregrados. Um homem e uma mulher, companheiros sexuais, normalmente absorverão uma quantidade considerável das energias um do outro, especialmente nos primeiros dias juntos; porque ela está naturalmente em falta de energia masculina e ele de energia feminina. Com o amadurecimento desse dar e tomar psicologicamente também em outros níveis, esta absorção mútua, depois de anos de casamento, ajuda a efetuar um desenvolvimento equilibrado e assim tende a produzir uma integração interior em cada parceiro. Portanto, uma quantidade considerada pequena da energia que é liberada por sua união fica inabsorvida, a menos que eles deliberadamente tomem medidas — como no Tantra — para manter essa energia num nível superior; neste caso existe um propósito explícito para o excesso de energia, de forma que ela não permanece sem uso. Pessoas solitárias, que se masturbam freqüentemente, com acompanhamento de fantasias mórbidas, violentas ou degradantes, podem vir a tornar-se vítimas de elementais e/ou de vampiros astrais e voyeurs, cada um deles construindo um sorvedouro de fantasias caóticas em volta delas, levando-as cada vez mais fundo na irrealidade; principalmente apoderando-se de suas energias, uma vez que não há um companheiro que ajude a absorvê-las. Numa corrente moderna, buscando aumentar e permitir atitudes mais naturais em assuntos sexuais, muito da perplexidade honesta em relação ao velho tabu da masturbação foi removida. Ao mesmo tempo, a idéia tão popular entre pais e guardiães das gerações passadas de que esta prática podia possivelmente causar desordens nervosas e mesmo insanidade era talvez baseada no conhecimento e experiência de algumas poucas pessoas, mesmo que esse conhecimento fosse mal interpretado por desconhecimento de fatos ocultos. A humanidade apareceu com várias respostas. A mais arrebatadora e, no entanto, a menos prática delas foi evite o sexo. Mas evitar o sexo não é tão fácil como parece (mesmo que você ache parece fácil) . No presente contexto isso significa não só evitar atos de sexo e evitar pensamentos, emoções e impulsos sexuais instintivos, mas também evitar reprimi- los dentro do Inconsciente. Isto requer tanto uma alta espiritualidade quanto esperar até que você atinja uma idade muito, muito avançada. Portanto, o que é preciso fazer a fim de autoproteger-se contra entidades desagradáveis e perigosas, que podem transformar divertimentos sexuais naturais num pesadelo de escravidão e doença? A atitude mais razoável é a de Aceitar o instinto como parte de sua vida, seja respondendo totalmente a ele ou não. Seja franco e admita a si mesmo que você aprecia a companhia das pessoas que o atraem fisicamente. Curta as suas fantasias, mas mantenha-as inteiras e de acordo com os iluminados valores humanos. O sexo e o auto respeito formam uma grande dupla! Se você realmente sentir que precisa de muito sexo para sentir-se confortável nas circunstâncias presentes, existe uma maneira fácil e inofensiva de lidar com isso. (A menos que você seja alérgico a cenouras!) Isso é conhecido desde muito tempo pelas Ordens Ocultas e funciona igualmente para homens e mulheres: tomar simplesmente uma taça de suco de cenoura logo após levantar-se, durante três semanas!