Você está na página 1de 14

O Principezinho é uma criança que vive num planeta muito pequenino,

asteroide B 612, onde vê o Pôr-do-sol várias vezes ao dia e onde existem três vulcões
e uma flor.
Caracterização física do Principezinho:

• Vozinha engraçada
• Figura encantadora
• Ri muito e tem um riso doce
• Cabelos dourados
• Frágil
• Rosto pálido
• Traz um cachecol do qual não se separa
Caracterização psicológica do principezinho:

• Curioso
• Sensível à beleza
• Persistente
• Ajuizado
• Preocupado
• Organizado e disciplinado
• Irrita-se com a falta de sensibilidade
• Puro
• Educado
Relação do narrador com o Principezinho:

• Ressurreição/ encontro com a criança que existe em cada adulto


• Pretexto para:
- Criticar os adultos que só se preocupam com os bens materiais e a
fama
- Denunciar os vícios que cegam as pessoas e não as deixam ver a beleza
das coisas: a ambição desmesurada, o poder absoluto, a vaidade, a
embriaguez, o conformismo, o egoísmo.
Criticas aos adultos:

• Perderam a inocência, a imaginação a criatividade;


• Não têm tempo para nada, compram tudo feito;
• Não há amigos porque não há vendedores de amigos;
• Perderam a ingenuidade, a paciência e o poder de abstracção, só
gostam do concreto;
• Julgam os outros pela aparência;
• São materialistas, só gostam de números;
• Esqueceram-se de ver com o coração;
• Estão sós no meio da multidão
A acção desenrola-se em quatro etapas:

Etapas Conteúdos
1.ª Encontro do Principezinho com o piloto no deserto do Saara

2.ª Visita do principezinho aos asteroides

3.ª Visita do Principezinho à terra

4.ª O encontro no poço e a partida do Principezinho


Capítulo VII

Preocupações do Principezinho Preocupações do Narrador


O facto de a ovelha poder comer a Consertar o motor do avião deixa-o
rosa deixa-o inquieto e preocupado. inquieto e irritado, sem tempo para
Ela é única no mundo e, num pensar em mais nada.
instante, pode ser reduzida a nada.
Moral
Espiritualidade/Mentalismo

Cada um só se preocupa com os seus problemas e as pessoas não dão valor aos
problemas dos outros. Os adultos não têm tempo para parar e observar a beleza
que os rodeia; tornam-se amargos e insensíveis.
Visita do Principezinho aos asteroides: denúncia dos vícios
(a visita aos asteroides tem um caracter simbólico e crítico)

• 1.º planeta: Poder absoluto, orgulho


O rei é muito arrogante e egocêntrico. A sua superioridade só lhe traz solidão e faz
com que todos se afastem dele.

• 2.º planeta: Vaidade, egoísmo, cegueira


O vaidoso quer a atenção toda para ele e aplausos constantes. Considera-se a
pessoa mais maravilhosa do mundo e adora elogios.

• 3.º planeta: Vício, dependência e incapacidade para os deixar


O bêbado é uma pessoa triste e solitária que bebe para esquecer que tem
vergonha de beber. É um círculo vicioso. Representa a dependência provocada pelos
vícios e a incapacidade para mudar.
• 4.º planeta: Ambição, materialismo
.
O homen de negócios tem os números como única preocupação. É muito sério e detesta
distracções. Representa a obsessão pela riqueza e ambiciona apenas os bens materiais.

• 5.º planeta: Absurdo, inadaptação à mudança


O acendedor de candeeiros simboliza o absurdo, a inadaptação à mudança, o
cumprimento de ordens pois acende e apaga candeeiros sem questionar.

• 6.º planeta: Rejeição da novidade, conformismo


O geógrafo é um sábio conformado com a realidade; não conhece o seu planeta nem vai
à sua descoberta porque não faz parte das suas funções. Fica à espera que outros lhe dêem a
informação que precisa.
7.º planeta: Visita à Terra
Seres visitados Objectivo Crítico Frase
Serpente A solidão do ser humano. “- Também se está só entre os homens, disse a
serpente.”

Flor e as pétalas A instabilidade do ser humano. “Os homens?... O vento leva-os de um lado
para o outro.”

Eco Ausência de originalidade. “E os homens têm cá uma falta de imaginação!


Só querem repetir o que se lhes diz…”

Jardim das rosas A massificação dos homens e a falta de “E afinal ali tinha cinco mil, todas iguais, só
originalidade. num jardim.”

Raposa O valor da amizade. “Mas, se tu me cativares passamos a precisar


um do outro.”

Agulheiro A eterna insatisfação dos homens. “Nunca se está bem onde se está.”

Comerciante O artificialismo dos homens. “Porque é uma enorme economia de tempo…


Poupa-me cinquenta e três minutos por
semana.”
(capítulo da raposa)
• Só os laços afectivos conferem sentido à vida:
- “a vida fica cheia de sol”
- “os teus passos hão-de chamar-me como a música”
- “como o trigo é dourado há-de fazer-me lembrar de ti”
- “hei-de gostar do vento a bater no trigo”

• Para criar laços é preciso:


- Ter paciência.
- Observar.
- Aproximar-se progressivamente.
- Evitar mal-entendidos.
- Cumprir rituais.
• Estar preso a alguém:
.- Torna as pessoas únicas.
- A atenção dedicada às coisas e às pessoas é que as torna diferentes.
- Sentir é a verdadeira forma de ver (ver com o coração).
- É ser responsável.
- É gastar tempo (dar atenção ao outro).

Você também pode gostar