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• CFSD 2005;
• CFO 2008-2010;
• Curso Operacional de Rotam 2007 /BOPE-AP;
• Curso de Aplicações Táticas- CAT 2011 / BOPE-RN;
• Curso de Gerenciamento de Crise 2012/ BOPE-AP;
• Curso de Operações de Choque- COC 2013/ BOPE-AP
• Curso de Operações Químicas – COQ 2014/ BPCHOQUE- DF
• Curso de Especialização em Operações de Choque - CEOC- 1
BOE - RS
• Multiplicador em TASER e SPARK
SUMÁRIO
1. Objetivos
2. Crises
3. Gerenciamento de Crises
4. Equipe de Primeira Resposta
5. Graus de Risco
6. Níveis de Resposta
7. Perímetros de Segurança
8. Tipologia dos Causadores do Evento Crítico
9. Alternativas Táticas
10. Posto de Comando
11. Requisitos do Posto de Comando
12. Papel do Gerenciador
13. Estágios da Crise
14. Síndrome de Estocolmo
15. Conclusão
16. Referência Bibliográfica
1. Objetivos
• Esclarecer ao Policial o conhecimento da Doutrina de
Gerenciamento de Crises e sua atuação junto ao teatro
de operações;
* Necessidade de:
a) Postura Organizacional não rotineira:
Seus efeitos podem ser minimizados, graças a um
preparo e a um treinamento prévio da organização
para o enfrentamento de eventos críticos.
b) Planejamento Especial: A análise e o
planejamento durante o desenrolar de uma crise são
consideravelmente prejudicados por fatores como a
insuficiência de informações sobre o evento crítico, a
intervenção da imprensa e o tumulto de massa
geralmente causado por situações dessa natureza.
c) Considerações Legais Especiais: Além de
reflexos sobre temas como estado de necessidade,
legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal,
responsabilidade civil, etc., o aspecto da competência
para atuar é aquele que primeiro vem à baila, ao se ter
notícia do desencadeamento de uma crise. “Quem
ficará encarregado do gerenciamento ?”
3. Gerenciamento de Crises
3.1. Conceito:
“Éo processo de identificar, obter e aplicar
os recursos necessários à antecipação,
prevenção e resolução de uma crise“
(FBI.)
Gerenciamento de crise...
• …..é:
um proceso racional e analítico pelo qual se
resolvem problemas;
uma responsabilidade secundária para a
maioria das agências.
• ….. não é:
um proceso rápido e fácil;
uma ciência exata.
Gerenciamento de Crises é acima de tudo:
GERENCIAR
EGOS!!!
3.2. Objetivos
Salvar Vidas
• CONTER
• ISOLAR
• NEGOCIAR
4. Equipe de Primeira Resposta
Quando surgir uma Crise, o que fazer?
perímetro interno
GATE
G Negoc
grupo tático
grupo de negociação
PCM
G Apoio
Gerenciador
grupo de apoio
técnico grupo de perímetro
inteligência
externo
ponto de reunião
TV
8.1.Criminoso
. Comum:
Normalmente provocam a crise por
acidente.
O causador busca assegurar a
própria incolumidade física;
A captura é uma oportunidade de
conseguir novas e maiores
vantagens
Ex.: Assaltos frustrados, fuga,
perseguições.
8. Tipologia dos Causadores da Crise
8.2. Emocionalmente ou Mentalmente
Perturbado:
• O indivíduo mentalmente perturbado busca
reparar o que percebe estar errado;
• Imagina que tem uma missão sagrada;
• Tenta realizar algo de grande importância.
Pessoas com problemas ligados ao trabalho ou
família, ou pessoas com problemas mentais.
Ex.: Transtorno Emocional Extremo (surto
emocional), Suicidas, Esquizofrênicos,
Psicopatas, Neuróticos,etc.
8. Tipologia dos Causadores da Crise
8.3. Terrorista:
• Querem demonstrar ao público ineficiência dos Osama Bin Laden
mecanismos governamentais de proteção;
• A captura de pessoas garante imediata
repercussão e acesso à imprensa;
• Induz as autoridades governamentais a tomar
medidas drásticas e que afetem
significativamente parcelas da população.
• Pessoas que promovem suas ideologias através do Cheique Ayman
Terror. Zawahiri
Ex.:
Fanáticos religiosos, motivação política, social,
econômica.
(Ex.: Al-Queada, IRA, ETA, OLP, Resbolar, Etc.)
9. Alternativas Táticas
• Negociação;
• Sniper (Tiro de
comprometimento);
Técnicas
Não-Letais
Tiro de
Comprometimento
Invasão
Tática
ALTERNATIVAS TÁTICAS
Solução da
Crise
TIPOS DE NEGOCIAÇÃO
A) Real, Pura ou Estratégica;
B) Tática ou Preparatória.
CONCEITO
NEGOCIAÇÃO REAL:
Processo de convencimento de rendição dos
tomadores de reféns por meios pacíficos,
trabalhando-se da psicologia, barganha ou
atendimento de reivindicações razoáveis.
É a opção prioritária à resolução da Crise;
Mais de 90% das Crises são solucionadas pela
negociação sem perdas de vida (FBI, 1984);
A exigências estavam dentro do razoável;
Concessões para ambos os lados;
É o que os reféns mais desejam.
NEGOCIAÇÃO TÁTICA:
Coleta de informações visando-se suprir as demais
alternativas táticas, caso sejam necessárias na
resolução da crise, ou mesmo para preparar o
ambiente.
A decisão é irreversível;
Chega ao fim com a neutralização do causador;
Deixa sequelas traumatizantes para todos os
envolvidos;
Aumenta o risco de vida para TODOS envolvidos.
10. Posto de Comando
É o espaço físico destinado aos policiais e pessoas
que estão envolvidos diretamente na crise.
O PC pode ser instalado em diversos locais
dependendo da situação da crise, como exemplo:
uma residência, traller, sala, Iveco, etc.
Em determinadas situações, o Posto de Comando
pode ser improvisado, sendo instalado até mesmo na
rua.
11. Requisitos para um Posto de Comando
* Comunicação;
* Segurança;
* Infra estrutura;
* Distribuição de Tarefas.
12. O papel do Gerenciador
Gerenciador:
- Necessita de conhecimento na área de Gerenciamento
de Crises;
- Normalmente é a mais alta autoridade no local.
- Organiza a cena da crise.
- Tem poder de decisão.
- Todas as ordens partem do gerente da crise.
- Responsável pelo teatro de operações.
13. Estágios da Crise
13.1. Estágio Pré-Crise:
É o tempo durante o qual as coisas normais estão
acontecendo com os negociadores, seqüestradores e
reféns.
As emoções estão sob controle, os níveis de
estresse estão baixo, e tanto a polícia quanto os
seqüestradores estão pensando e planejando.
13. Estágios da Crise
HISTÓRICO DA OCORRÊNCIA :
O termo “Síndrome de Estocolmo” foi criado pelo Dr. Harvey
Schlossberg, um detetive policial que se tornou psicólogo clínico,
com base numa ocorrência na capital da Suécia.
DATA: 23 a 28 de agosto de 1973
LOCAL: Banco de Crédito Sveriges – Estocolmo - Suécia
DURAÇÃO: 130 horas
CAUSADORES: JAN-ERIK “Jane” OLSSON e CLARK OLOFSSON,
OLSSON atingiu um policial na troca de tiros inicial;
PERFIL DO CAUSADOR: Criminoso Comum
REFÉNS: 03 mulheres e 01 homem
EXIGÊNCIAS: Libertação do comparsa; duas armas, colete
balístico, capacete, U$ 750,000.00, veículo, avião para sair do País
• ATITUDES DOS REFÉNS:
• Recusaram a testemunhar contra os
causadores;
• Falavam a favor deles perante o público;
• Tentaram angariar fundos para a defesa de
ambos;
• Os reféns fizeram uma barreira humana para
os causadores não serem atingidos pela polícia
na rendição;
• Uma mulher espectadora noivou com o Olsson.
A Síndrome se desenvolve a partir da consciência
de que ambos se tornam interdependentes com
sentimento comum contra uma ameaça comum.
Os reféns se tornam dependentes dos marginais
em todas as suas necessidades, de alimentação,
segurança, necessidades fisiológicas,
movimentação, conforto, etc.
Tempo para Instalar a Síndrome:
Aproximadamente 45 min.
Características: Elo psicológico.
COMPONENTES DA SÍNDROME DE
ESTOCOLMO
• Segundo Ochberg (1980) e Strentz (1982),
temos:
• Primeiro: Os reféns desenvolvem
sentimentos positivos e afeição com seus
captores.
• Segundo: Os reféns desenvolvem atitudes
negativas para com a Polícia.
• Terceiro: Os captores desenvolvem
sentimentos positivos em relação aos reféns.
DESENVOLVENDO A SÍNDROME DE ESTOCOLMO
• Pedir aos causadores que lhe dê os nomes das
pessoas;
• Pedir aos causadores para descobrir se alguém precisa
de cuidados médicos ou considerações especiais;
• Quando se referir às necessidades, inclua todas as
pessoas;
• Não use o termo REFÉM, chame-os pelo nome;
• Pedir para transmitir recados as “pessoas” que estão
com os causadores;
• Conte com a passagem do tempo, desde que reféns e
causadores fiquem juntos.
QUANDO A SÍNDROME NÃO ESTÁ SE
DESENVOLVENDO
• O causador se mantêm distante (física e
psicologicamente) dos reféns;
• O causador continuar a despersonalizar os
reféns.
FATORES QUE DIFICULTAM O SURGIMENTO
DA SÍNDROME
• Violência injustificada ou tortura contra os
reféns;
• Barreira na língua;
• Isolamento dos reféns;
• Conhecimentos de fenômenos psicológicos
pelo refém;
• Valores culturais conflitantes entre
reféns/sequestradores;
ASPECTOS NEGATIVOS DA SÍNDROME
Estabilizar a situação
• Começa com a primeira pessoa a chegar no local
• Contactar os tomadores de reféns
• Evitar negociações face à face
CAUSADORES DA CRISE
Porque alguém captura um Refém?
Obs: Os motivos podem mudar / variar
4. Terroristas Reconhecimento
Cobertura de Imprensa
Mudanças no Governo
5. Fanáticos Busca produzir mudanças através da
ameaça ou uso da violência
Perguntas feitas pelo
NEGOCIADOR a si próprio
MOTIVAÇÃO
3.Prevenir a fuga;
Obs.:
• Isto favorece ao Time Tático para treinar
em outro local e durante a sua aproximação.
O perímetro é de responsabilidade da polícia
uniformizada e não do Time.
NEGOCIAÇÃO DE REFÉNS
Obter informação inicial
• Ouvir o que se diz
- Para estabelecer ambigüidades
- Em busca de indicações de franqueza
- Procurando estabelecer autoridade
• Ouvir em busca de indicações sobre o
seguinte:
- Número de suspeitos
- Número e tipos de armas
- Local e condição dos reféns
- Condição física e emocional
NEGOCIAÇÃO DE REFÉNS
Evitar erros
• Não perder a paciência
• Não intervir rapidamente
• Não fazer juízos de valor
As negociações bem sucedidas envolvem:
• Boas aptidões de ouvir
• Permanecer objetivo
• Manipular as demandas e expectativas do
tomador de reféns
NEGOCIAÇÃO DE SUCESSO
NEGOCIAÇÃO DE SUCESSO
2. Negociador Secundário
• Escuta as negociações
• Anota as negociações
• Sugere temas de negociação
• Proporciona apoio moral ao NP
• Está pronto para substituir, se necessário
APRESENTAÇÃO
Continua
Nunca lembrar que outro seqüestrador tenha morrido;
Argumentar sempre : • VAMOS VER O QUE PODE
SER FEITO
• VAMOS TENTAR O MELHOR
POSSÍVEL
• POR QUE PUNIR INOCENTES ?
Nunca provocar ou ameaçar;
Nunca enfatizar a palavra refém;
Sugerir libertação de crianças, mulheres, idosos e doentes;
Se pedirem médico, não fornecer;
Não fale com arma apontada para você,exija que a abaixe;
Nunca dê as costas ou faça movimentos bruscos;
Elabore perguntas que exijam respostas além do “sim”ou “não”
Use linguagem acessível;
Tente convencê-lo que ambos estão ganhando;
Continua
Assegure que, qualquer que tenha sido os últimos atos do
meliante, o que importa é o vai acontecer para frente;
Deixe o bandido falar;
Não ofereça nada ao sequestrador;
Seja tão honesto quanto possível e evite truques;
Não deixe de atender exigência, por menor que seja;
Nunca diga “NÃO”, diga que entendeu, anotou e repassará;
Nunca faça sugestões alternativas;
Não envolva pessoas não-policiais na negociação; e
Não permita a troca de reféns.
EXEMPLOS DE LOCUÇÕES
OUTROS SINAIS
OPERACIONAIS
• falta de comunicação entre o grupo de negociação e o
grupo tático;
• falta de confiança entre o grupo de negociação e o grupo
tático por falta de entendimento;
• deficiência na obtenção de informação e divulgação da
informação;
• permitir que o apoio psicológico se transforme em
negociador principal.
ADESTRAMENTO