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1.

CONTEXTO GERAL DO LIVRO


2. CONFIRMAÇÃO DO LIMITE DA PASSAGEM
3. ANÁLISE MORFOLÓGICA
v.2 - φρονεῖν verb infinitive present active from Pensem de uma
φρονέω maneira específica,
tenham a mesma
inclinação.
v.4 Χαίρετε verb imperative present active 2nd Regozijem-se,
person plural from χαίρω alegrem-se – A
ênfase na está na
atitude. O tempo
presente, denota
uma ação que deve
ser feita
continuamente,
portanto, Paulo
expressa a
necessidade de se
alegrar o tempo
todo.
v. 4 πάντοτε adjective adverb from πάντοτε Sempre em todo o
tempo – a ênfase de
Paulo é dupla. Ele,
portanto, enfatiza
tanto no próprio
tempo verbal como
no uso do advérbio
a necessidade de
estar se alegrando o
tempo todo.
v.5 ἐπιεικὲς adjective pronoun nominative Brandura, gentiliza,
neuter singular from ἐπιεικής probidade,
integridade. – Essa
brandura é dada no
na seguinte ação: a
palavra denota uma
firmeza paciente e
humilde capaz de
submeter-se a
injustiças,
desgraças e maus
tratos, sem ódio ou
maldade, confiando
em Deus em tudo.
v. 6 μεριμνᾶτε verb imperative present active 2nd Estar ansioso – O
person plural from μεριμνάω tempo verbal
denota a ideia de
ação contínua,
assim, Paulo
ordena a não
preocupação o
tempo todo, denota
que o crente não
deve estar ansioso
com coisa alguma.
v.6 προσευχῇ noun dative feminine singular from Oração, pedido de
προσευχή ajuda
v. 6 δεήσει noun dative feminine singular from Pedir, orar, suplicar
δέησις –
v.6 εὐχαριστίας noun accusative feminine plural Ações de graça
OR (simple) noun genitive
feminine singular from εὐχαριστία
v.6 αἰτήματα noun nominative neuter plural from Pedido
αἴτημα
v. 6 γνωριζέσθω verb imperative present passive 3rd Fazer ser
person singular from γνωρίζω conhecido – o
imperativo
expressa a ordem
de Paulo contra a
ansiedade e
preocupação, o que
deve ser feito é
fazer os nossos
pedidos
conhecidos.
v.7 εἰρήνη noun nominative feminine singular Paz
from εἰρήνη
v.7 ὑπερέχουσα verb participle present active Ultrapassando,
nominative feminine singular from excedendo
ὑπερέχω

4. ANÁLISE LEXICAL
 Χαίρετε: O termo alegria neste texto é profundo, pois é mais do que a alegria
meramente humana. Paulo expressa não somente a ordem de alegrar-se, mas
esse alegrar-se deve ser uma alegria no Senhor. Diante deste fato, a alegria neste
texto se refere a uma ação baseada em toda a obra do Senhor: a alegria da fé, a
alegria da justificação, a alegria da participação no reino, a alegria da volta da
esperança da volta de Jesus. Portanto, o alegrar-se, baseia-se em Deus.
Por isso, Sempre há motivos para a alegria independente das circunstâncias. A
alegria pode ser definida como um “mesmo assim”. Isso quer dizer que
independente da situação “mesmo assim” o cristão deve se alegrar. Essa alegria
gera no homem o contentamento descrito no v.5 que é capaz de enfrentar
qualquer situação.
 ἐπιεικὲς: No contexto grego, há palavra expressa alguém que é equilibrado,
inteligente, decente, em constraste com a licenciosidade. É uma verdadeira
oposição aqueles que utilizam-se da ira desenfreada, à severidade, à brutalidade.
Na filosofia grega, o termo era utilizado para expressar virtudes sociais e ideais
de alto valor.
No NT em geral, a palavra remete a mesma ideia com algumas implicações. Ela
se refere a marca do domínio de Cristo, principalmente se refere a atitude de
Jesus que ia contra os ideais dos judeus que defendiam que era necessário a
atualização da força para que o reino de Deus fosse instaurado. Dessa maneira, a
palavra denota uma atitude que todos os cristãos devem ter como prova do amor
cristão.
A palavra denota uma firmeza paciente e humilde capaz de submeter-se a
injustiças, desgraças e maus tratos, sem ódio ou maldade, confiando em Deus
em tudo. Essa foi a mesma atitude que Jesus teve, sofreu tudo injustamente,
todavia assim não se utilizou da força para se prevalecer. A alegria no Senhor
está intimamente ligada a isto. O cristão que se alegra no senhor, e espera nele,
não tem motivos para se usar da violência e força, mas pode esperar no senhor
na certeza de que perto está o senhor.
 μεριμνᾶτε: A palavra se refere ao “cuidado”, pode ser tanto positiva em cuidar
de alguém, algo, mas também negativa, estar com um cuidado ansioso, elevado
ao extremo. No texto ela tem o sentido negativo, se refere ao cuidado ansioso, a
preocupação.
 προσευχῇ: A palavra tem uma conotação de invocar uma divindade, e abrange
todos os elementos dessa invocação, pedir, clamar, suplicar, etc.
 δεήσει: pedido que geralmente surge de uma situação específica. É o pedido
mais enfático. A oração por alguém ou algo específico
 εὐχαριστίας: É a atitude de agir de maneira que agrade a Deus como forma de
gratidão pela salvação. É o reconhecimento da ações de Deus na vida do crente.
 εἰρήνη: A palavra eireme tem sua conotação ligada diretamente ao AT. A paz é
entendida não como a ausência de Guerra, mas como a ação de Deus na vida das
pessoas. É algo que só pode vir de Deus, está ligada as bençãos, as ações de
Deus. Paulo estava preso, todavia ele poderia falar de paz, pois tinha suas
necessidades conhecidas por Deus, e isso lhe trazia paz, além da esperança de
que perto está o senhor.

5. FLUXOGRAMA DAS ORAÇÕES


Rogo a Evódia e rogo a Síntique
1
: A conjunção é uma conjunção
pensem concordemente, no Senhor.
adversativa, ela enfatiza a qual a
A ti, fiel companheiro de jugo, peço
atitude que o crente deve tomar em
também que
contraposição a primeira, todavia,
as auxilies,
pode ser empregada também como
pois
um conjunção explicativa. - ideia
juntas se esforçaram comigo no evangelho, também com Clemente e com
de porque o cristão não deve andar
os demais cooperadores meus, cujos nomes se encontram no Livro da
ansioso: porque pode apresentar a
Vida.
Deus súplica, oração e a ação de
Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.
graça
Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens.
Perto está o Senhor.
Não andeis ansiosos de coisa alguma;
porém1,
em tudo, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas
petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o
vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.

 Esboço analítico
1. Paulo exorta a um pensar específico no senhor, e clama pelo auxilio,
demonstrando a importância de Evodi e Síntique. (v.2,3)
2 Rogo a Evódia e rogo a Síntique pensem concordemente, no Senhor. 3 A ti, fiel
companheiro de jugo, também peço que as auxilies, pois juntas se esforçaram comigo
no evangelho, também com Clemente e com os demais cooperadores meus, cujos nomes
se encontram no Livro da Vida.

2. Exortação para viver em alegria, e assim, enfatizando a moderação do


crente como testemunho. (v. 4,5)
4 Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.
5 Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor.

3. A ordem do não viver ancioso, mas apresentar a Deus as preocupações,


tendo como consequência a paz. (6,7)
6 Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de
Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.
7 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa
mente em Cristo Jesus.

6. CONTEXTO HISTÓRICO PARTICULAR


O texto fala de Evódia e Síntique, ambos os nomes são nomes gregos. Filipos
era uma colônia romana, ambas poderiam ser de Roma. Pelo o que texto apresenta,
aparentemente ambas estavam tendo discordância entre si, Paulo refaz uma exortação
que já foi trabalhada no capítulo 2. Agora ele enfatiza a necessidade de ambas terem um
pensamento específico no Senhor. É necessário que as duas pensem cordialmente.
Há ainda na igreja de Filipos alguns cooperadores de Paulo, os quais Paulo
ressalta sua importância na cooperação no evangelho, deixando ainda mais claro a
necessidade do problema que existia entre elas. Esse pedido é feito a alguém a qual
Paulo chame de fiel companheiro de jugo.
O texto não apresenta nenhuma outra informação importante, como informação
geográfica, ou política. Todavia, diante das exortações feitas algumas informações
podem ser tiradas a ênfase da ordem de Paulo para que não ficassem ansiosos pode-se
entender que os filipenses estariam ansiosos, pela própria condição de Paulo e pela
própria perseguição que estava eminente.

7. ANALISE REDACIONAL DO TEXTO


Paulo não utiliza nenhuma fonte extrabíblica ou o AT aparentemente. Todavia,
pode-se tentar observar qual a fonte de pensamento de Paulo. Paulo no v.5 ordena que a
moderação dos seus leitores esteja sendo conhecida por todos os homens. Como foi
visto anteriormente o termo apresenta ideia de estar moderado em qualquer situação, em
especial em situação em que a pessoa é oprimida, injustiçada, etc. Essa ideia é uma ideia
defendida fortemente pela filosofia estoica, portanto, é possível pensar na utilização do
pensamento estoico pelo apóstolo Paulo.
Paulo utiliza esse pensamento entendendo que aquele que se alegra no Senhor,
ele deve estar moderado, pois sua alegria não depende das situações da vida, ou dos
impasses ao quais o crente está envolvido. Mas sua alegria está no Senhor, portanto, o
cristão não faz uso da violência, da força e da brutalidade para estar alcançando seus
objetivos, mas depende do Senhor, pois sua alegria depende dele.
O parágrafo estudado é a ultima vez que Paulo ordena para que os seus leitores
se alegrem. De tal modo, o parágrafo conclui o principal pensamento de Paulo. O
propósito de Paulo é de agradecer a igreja em Filípos, logo, com o sentimento de
agradecimento ele exorta a igreja a se alegrar. Também é visto que com os temos da não
ansiedade, da paz que vem de Deus, ele conforta a própria igreja diante de sua própria
situação.

8. ANÁLISE DA FORMA
O presente texto possui uma grande quantidade de verbos imperativos,
portanto, o texto faz parte de uma serie de exortações de Paulo. Pode ser visto como
uma tradução parenética, na qual Paulo concede várias exortações a como os crentes
devem agir.
Juntamente a isso pode ser vista dentro do próprio texto uma contraposição de
ideias: no v. 7 Paulo expressa: não andeis ansiosos por coisa algumas, mas que suas
petições sejam apresentadas diante de Deus com oração, súplica, e ações de graça.
Portanto, o que Paulo mostra é que ao invés de a atitude de ansiedade, o crente deve
apresentar seus pedidos a Deus. São duas ações contrapostas.

9. ANÁLISE TEOLÓGICA DO TEXTO


O texto trabalha alguns pontos específicos dentro dele: fala da necessidade do
mesmo pensamento, da alegria no senhor, sendo moderado diante dos homens na
esperança do retorno de Cristo, e diante do estar ancioso, apresentar a Deus as petições,
pois ele concede a paz que excede todo entendimento. Tudo isso está relacionado
intimamente com o tema geral da carta Alegria.
Paulo inicia trabalhando questões de intriga na igreja. Diante deste fato, fica
evidenciado que a harmonia entre os irmãos é importante para o próprio progresso do
evangelho e para a alegria que deve ser vivenciada por cada crente no senhor.
Outro ponto de ênfase do apostolo é sobre a “alegria no Senhor”, Paulo deixa
claro qual a fonte dessa alegria, no Senhor. Portanto, para Paulo a alegria deve ser
demonstrada e vivenciada em Deus, baseado em toda sua ação e amor. Diante disto
pode ser relembrado a alegria pela salvação que há em Jesus, pela fé, e pela esperança
do retorno de Cristo. Para o apostolo essa alegria gera moderação. O crente que vive
alegre no Senhor não tem motivo para utilizar-se da violência, da força, da brutalidade
para que lute contra a injustiça, mas pelo contrário, assim como sua alegria depende
completamente do Senhor, assim também suas dificuldades estarão sendo resolvidas
com confiança em Deus, não dependendo de sua própria força.
Por fim, Paulo condena a ociosidade. Para o apostolo Paulo, o cristão não deve
viver preocupado com as questões da vida, isso é relembrado o texto que Jesus
expressou em Mt. 16: “mão vos preocupeis com o dia de amanhã”. Portanto, seguindo
os próprios conselhos do mestre, Paulo ordena que o cristão não viva ansioso pelos
cuidados que a vida exige de todo homem. A atitude contraria é uma atitude de
verdadeira devoção a Deus, o homem deve apresentar as suas preocupações a Deus. O
resultado disso é a paz de Deus que excede todo entendimento.
Por fim, é preciso entender qual a ideia central do texto. Os irmãos precisam
viver no mesmo pensamento, se alegrando sempre no Senhor, vivenciando a moderação
cristã, entregando a Deus seus pedidos, sabendo que ele concede Paz.
10. IDEIA CENTRAL DO SERMÃO
 A alegria no Senhor traz união entre os irmãos, moderação na vida, evita a
ansiedade sendo entregue a Deus todos os pedidos, o que gera a paz que excede
todo entendimento.

11. PROPÓSITO DO SERMÃO


 Elucidar aos irmãos que a fonte de alegria do crente é no Senhor, e por isso o
crente deve deixar de lado as preocupações e apresentá-las ao Senhor.
12. PÚBLICO ALVO
a. Como o propósito do sermão e o público alvo se interagem
13. APLICAÇÕES
 Que o motivo da nossa alegria seja sempre no Senhor.
o Não procuremos alegria em outras coisas, mas que estejamos todos os
dias nos alegrando no Senhor.
 Pela salvação, pela fé, pela esperança de que um dia ele voltará.
o O mundo, as coisas do mundo, essa vida são passageiros, mas o senhor é
eterno, portanto, nos alegrando nele temos alegria eterna.
 Que as nossas preocupações sejam entregues ao Senhor, como evidência da
certeza de alegria nele.
o “irei entregar ao Senhor porque sei que nele eu tenho alegria e posso
descansar”
o Que a oração, a súplica e ações de graça sejam presentes a cada instantes
na nossa vida.
 Andemos mais alegres e menos preocupados.
 Nos alegremos, pois a paz que excede todo o entendimento é dada aos que se
alegram no Senhor.
o O shalom de Deus, a paz em meio a guerra pode ser vivenciada por nós.
o Que os problemas da vida, as inquietudes do nosso coração, não nos
atormente.
 Tenhamos coração em paz, e em alegria, pois somos guardados
pela Paz do Senhor.
Sermão Expositivo Filipenses 4.2-7

 Título do sermão: Alegria como base da moderação cristã.


 Proposito do sermão: Elucidar aos irmãos que a fonte de alegria do crente é no
Senhor, isso gera moderação no crente de tal modo queo crente deve deixar de
lado as preocupações e apresentá-las ao Senhor obtendo assim a verdadeira paz.

INTRODUÇÃO
 Preocupações, impasses, problemas são coisas que o ser humano não pode fugir.
o Isso tira a alegria de muitos, faz com que pessoas andem
demasiadamente preocupadas e estressadas.
 A busca pela felicidade e alegria é uma busca de todo ser humano. Mais
profundo que é isso, é a busca pela paz.
o Setembro é simbolicamente chamado de o mês “amarelo”, no qual há
uma ênfase da sociedade no combate ao suicídio.
 Ênfase em que as pessoas andem alegres, andem em paz.
 A alegria é um tema crucial para a sociedade hoje. (carta de filipenses como
resposta).
 A carta de Paulo aos filipenses é conhecida como a carta da alegria, ele escreve
para agradecer a igreja em Filipos os donativos enviados a ele enquanto ele
estava na prisão.
o Paulo exorta neste texto as atitudes que o crente deve ter, acerca da
alegria, das preocupações, e da paz que é tão buscada pelas pessoas hoje.
EXPLICAÇÃO
Paulo roga a união de pensamento de duas mulheres (v.2,3).
 Paulo entende que era preciso concertar um último problema antes de fazer sua
última exortação a alegria.
o Évodia e Síntique são nomes gregos, muito provavelmente essas
mulheres tinham vindo de Roma e estavam na cidade de Filipos como
comerciantes.
o Tenham o mesmo pensamento “no Senhor”
 O pensamento “no senhor” gera uma concordância, um mesmo
pensamento. – O objetivo é que elas chegassem a uma
concordância, a um pensamento comum.
 Estando elas no Senhor deveriam pensar juntas para o bem do
próprio evangelho.
 Isso não quer dizer que deveriam pensar iguais, mas que as suas
diferenças não deveriam ser motivos que atrapalhassem no
desenvolvimento do evangelho.
 A desunião delas deveria ser extinguida, pois as mesmas foram cooperadoras do
evangelho
o Como atuantes no Evangelho do Senhor não poderiam viver em
desunião, ou com pensamentos contrários entre si.
o Paulo roga a ajuda de “um companheiro fiel, de jugo”, ele deveria
auxiliá-las nessa tarefa de se conciliarem.
 Paulo exorta primeiramente a uma união entre aquelas irmãs, para depois exortar
à alegria.
o Para que o apóstolo voltasse a exortar à uma alegria no Senhor, era
necessário primeiramente que as desuniões fossem resolvidas. (Paulo
está no final de sua carta)
o Paulo volta a tratar de união entre os irmãos, pois já tinha tratado no cap.
2. – Agora ele trata um problema específico de desunião.
o Seria estranho se Paulo exortasse aos irmãos a se alegrarem no senhor, se
antes não tratasse sobre o problema.
 É incoerente dizer que o cristão está alegre no Senhor, mas está
com desavença com seu irmão.
 Desavenças impedem alegria.
 Lição acerca da alegria: Para que estejamos verdadeiramente
alegres, é necessário que evitemos desavenças e problemas com o
próximo.
 Para que o evangelho avance as discórdias dentro da própria
igreja precisam ser acabadas.
Importante se atentar: A partir daqui Paulo segue uma estrutura concêntrica. Todos os
pontos vão gerando outros pontos.
Paulo exorta à alegria (tema da carta) (v.4)
 Ênfase tripla na ação de alegrar-se.
o O tempo do verbo denota uma ação de continuidade: viveis alegres o
tempo todo.
o O uso do advérbio: Sempre.
o A repetição da ordem: outra vez digo, alegrai-vos.
 Em todo o tempo o crente deve viver alegre.
 A alegria tem um fundamento específico: “No senhor”.
o Em que consiste essa alegria? – Alegria na obra de Deus na vida do
cristão.
 Alegria da fé, da salvação, da esperança da volta de Cristo.
o O crente todos os dias ao acordar, durante seu dia, e ao dormir,
independentemente da situação que esteja vivendo, tem motivo para se
alegrar.
 Alegria “mesmo assim” – Karl Barth.
o O cristão pode passar por qualquer situação, que “mesmo assim” tem
motivo para se alegrar.
 Perca, injustiças, doença, etc. – mesmo assim o crente pode ser
alegrar.
o A alegria tem fundamento exclusivo em Deus e na sua obra.
Essa alegria gera moderação na vida do crente. (v.5)
 Moderação: uma pessoa equilibrada, decente, no sentido de que isto é uma
virtude. – Seja a vossa virtude conhecida por todos os homens.
 Qual é essa virtude que Paulo exige do cristão?
o A palavra se refere a uma marca do domínio de Cristo – é uma atitude
que todo aquele que é de cristo de ter, e que o próprio Jesus teve.
o A palavra se refere alguém que não se altera, alguém que é paciente e
humilde capaz de submeter-se a injustiças, desgraças e maus tratos, sem
ódio ou maldade, confiando em Deus em tudo.
 É uma verdadeira oposição aqueles que utilizam-se da ira
desenfreada, à severidade, à brutalidade.
o Exemplo de Jesus: sofreu injustiças, foi preso injustamente, açoitado,
maltratado, todavia não reagiu com raiva, ou ódio, revidando os maus
tratos que recebera.
 Ex. Mateus 26.47-54. –
 Ele poderia utilizar-se de sua força e autoridade. Ele diz a Pedro:
Se quisesse poderia enviar uma legião de anjos para me defender.
 Apesar de toda a injustiça sofrida, Jesus continua com firmeza,
aguentando tudo com humildade, com paciência e amor,
confiando em Deus.
o Não se voltar para exaltação, para o uso da força, da ira, da vingança
apesar de sofrer injustiça. – atitude do cristão.
 Essa atitude está intimamente ligada ao viver em alegria no Senhor.
o Quando o crente vive alegre no Senhor, o motivo da sua alegria é o
Senhor, não dá espaça para atitudes de ira, ódio, vingança, de
brutalidade.
o Sua alegria está no Senhor independentemente do que sofra aqui. –
Depende exclusivamente do Senhor.
 Trás muitas implicações aos crentes hoje, em um mundo com um alto nível de
discursos a favor da violência, da vingança, do revidar.
o O crente passa por todas as coisas com alegria, pois sua alegria está no
Senhor e não neste mundo, por isso ele vive com a virtude da moderação,
atitude de Jesus.
 A atitude de moderação é enfatiza com a esperança de que perto está o senhor?
o Qual o significado de que o Senhor está perto?
 A ideia é de uma (grande) aproximação – o Senhor está perto, de
tal modo que, ele pode intervir, se posicionar a nosso favor.
 Para Paulo o crente não precisa utilizar forças excessivas para a
solução de seus problemas, ou daquilo que preocupa o crente,
pois o Senhor está perto e cuida do seus, age em favor do seus.
o Nós podemos viver neste mundo tão conturbado, cheio de problemas,
sofrendo vários tipos de coisas ruins, mas podemos continuar, alegres e
moderados, porque sabemos que Jesus está perto.
 Paulo prova isso a frente: Fp. 4.11,13.
O fato de o Senhor está perto leva o crente a não andar preocupado. (v.6)
 Não andar ansioso:
o Dificuldade de não andar preocupado demais.
o Não andar preocupado demais, um cuidado exagerado.
o O termo tem a conotação de não viver o tempo todo preocupado.
 A atitude oposta é: apresentar a Deus todos os pedidos, tudo aquilo que causa a
preocupação.
o Isso é uma ordem de Paulo: não andeis ansiosos, mas façam suas
petições serem conhecidas por Deus.
 O crente faz isso através de duas atitudes: oração, súplica com ações de graça.
o Oração: tem a ideia de oração mais geral, era utilizada na invocação de
alguma divindade. Portanto, se refere a uma oração geral a Deus, quando
clamamos pela sua ação na nossa vida.
o Súplica: Um pedido específico, proveniente de algo especifico. Quando
se ora especificamente por alguém ou algo.
o Ações de graça: São as atitudes que demonstram o agradecimento a Deus
por tudo o que ele fez por nós. Inclusive pela própria resposta daquilo
que foi apresentado a Deus.
 Ao invés de se preocupar, o crente deve apresentar.
 A segunda parte do texto pode ser vista como explicativa. (embora a ideia seja
uma atitude contraposta, ao invés disso, faça isso)
o Há aqui uma explicação do porquê o crente não deve andar ansioso.
o Nós não devemos andar preocupados, porque temos um Deus que é todo
poderoso, e escuta as nossas orações e suplicas e está atento as nossas
ações de graça.
 Existem pessoas que andam tão preocupadas na vida, talvez não porque estão
passando preocupação de mais, mas porque não apresentam suas preocupações à
Deus.
o Isto está também ligado a alegria.
o Se orarmos mais seremos mais alegres, pois as nossas preocupações
estarão entregues ao Senhor. – mais uma vez alegria será no Senhor.
O resultado disso tudo: Paz que excede todo entendimento (v.7)
 Paz de Deus dada ao homem.
 A paz dada por Deus não é possível ser compreendida pelo entendimento
humano.
Porque
o O crente pode passar pelas mais diversas situações, os mais incríveis
problemas, mas mesmo assim estar em Paz, porque a sua paz procede de
Deus.
o O descanso vem, exatamente do saber que seus problemas foram
entregues a Deus. – Isso nos traz paz.
 A ideia de paz está muito ligada a “plenitude”, uma paz que envolve todas as
áreas da vida.
 Shalom só pode ser dada por Deus. E só a tem quem tem
comunhão com ele.
 Essa paz não se trata de ausência de guerras e aflições, mas paz
em meio a guerra. – Isso excede todo entendimento.
o Essa paz é evidente quando se vê Paulo embora preso, dizendo essas
palavras.
 Essa paz guarda o homem.
o A palavra guardar se refere ao soldado que ficava na frente do portão da
cidade controlando que entrava e quem saia da cidade.
o A paz está nos guardando, impedindo que as preocupações e ansiedades
da vida adentrem em nós, mas permitindo que toda a alegria no Senhor
entre na nossa vida.
o Coração e mente eram termos essências para o grego que falavam do
homem por completo. – Aquilo que era mais essencial no homem.
 Todo o nosso ser está guardado em Cristo Jesus.
 Já que nossa alegria é nele, então nós estamos guardados em paz
nele.
APLICAÇÃO
 Que o motivo da nossa alegria seja sempre no Senhor.
o Não procuremos alegria em outras coisas, mas que estejamos todos os
dias nos alegrando no Senhor.
 Pela salvação, pela fé, pela esperança de que um dia ele voltará.
o O mundo, as coisas do mundo, essa vida são passageiros, mas o senhor é
eterno, portanto, nos alegrando nele temos alegria eterna.
 Que as nossas preocupações sejam entregues ao Senhor, como evidência da
certeza de alegria nele.
o “irei entregar ao Senhor porque sei que nele eu tenho alegria e posso
descansar”
o Que a oração, a súplica e ações de graça sejam presentes a cada instantes
na nossa vida.
 Andemos mais alegres e menos preocupados.
 Nos alegremos, pois a paz que excede todo o entendimento é dada aos que se
alegram no Senhor.
o O shalom de Deus, a paz em meio a guerra pode ser vivenciada por nós.
o Que os problemas da vida, as inquietudes do nosso coração, não nos
atormente.
 Tenhamos coração em paz, e em alegria, pois somos guardados
pela Paz do Senhor.
 Que todas essas verdades sejam presentes na nossa vida, gerando moderação nas
nossas vidas.
o Que sejamos cristãos moderados que não se preocupam excessivamente
com as dificuldades do mundo, mas estejamos entregues a Paz de Deus.

Perguntas conclusivas:
1. Onde está a sua alegria? Você depende de coisas outras, ou somente Deus basta-
te para alegrar? Você tem se entregado a pensar nas obras de Deus sendo esse
motivo para você alegrar-se?
2. O quão você tem dependido de Deus? Você tem confiado mais em suas forças
do que em Deus?
3. Seus problemas tem te tirado o foco ou você tem reconhecido o poder de Deus e
deixado que sua paz invada sua vida?

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