05/07/2015
É a sigla de Digital MultipleX com 512 peças
DMX 512
Antes do DMX-512 surgir, havia outros padrões para
a comunicação de dispositivos, como o 0-10VDC
analógico.
A comunicação era feita por “analogia” ou seja,
10V equivaliam a 100% da potência disponível, e, ao
receber 5V, o sistema entendia que deveria liberar
50% de sua capacidade.
No padrão analógico, 0-10VDC, cada canal
é comandado por um fio, então, 24 canais dimmer,
significa ter 24 fios ligados ao rack e mais 1 de
referência ou aterramento, tornando o cabeamento
complexo e caro, fora os problemas com loops de terra
e ruídos gerados.
Quando os primeiros equipamentos eletrônicos
foram adotados em iluminação cênica, cada
fabricante desenvolvia seu próprio protocolo. Ou seja:
cada dispositivo só funcionava com um console
próprio. Na prática, havia um comando para os
dimmers, outro para os movings, outro para a
máquina de fumaça etc.
Os primeiros movings, as Vari-Lite, de tão
complexos exigiam operadores treinados pela própria
empresa.
Para mudar este quadro o Instituto Americano de
Tecnologia Teatral (USITT) criou o DMX 512 em 1986.
Era um protocolo livre de royalties, isto é, gratuito.


de informação em uma rede de comunicação digital.
Portanto, é um Protocolo de Comunicação, isto é,
um conjunto de regras que possibilitam o envio de
dados de um emissor aos receptores de forma mais
simples do que em um sistema analógico.
Originalmente criado para possibilitar a
comunicação entre as mesas e os dimmers, logo
tornou-se padrão para equipamentos mais complexos
além de atender outras utilizações não “teatrais”
como na iluminação arquitetural.
Já no DMX, um único cabo com apenas 3 vias é
capaz comandar 512 canais, e com a comunicação
digital, ruídos não são reconhecidos pelos aparelhos e
dispositivos.
A comunicação é feita de forma serial na razão de
250kbps (250 kilobits por segundo) o que permite o
trafego de 40 pacotes de 512 canais a cada segundo.
Quando mais de 512 canais são necessários,
podemos utilizar diversos consoles ou então consoles
com mais de um universo (saída) DMX-512.
Uma mesa com 4 saídas, por exemplo, controla
2048 canais DMX.
Além de padronizar protocolo e equipamentos, o
que foi muito bem recebido, o USITT impôs uma
norma de “não obsolescência” dos produtos que
utilizassem o DMX 512. Isto garantiu aos usuários
que seus equipamentos sempre seriam compatíveis
com os novos modelos, no que diz respeito à sua
comunicação.
Em 1998, o DMX foi encampado pela Associação de
Serviços e Tecnologia do Entretenimento (ESTA),
entidade sem fins lucrativos que desenvolveu um
fórum de debate para trocar idéias, informações e
também estabelecer normas e certificações de
equipamentos tradicionais.
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Para tornar mais claro, podemos fazer uma analogia
com a TV a cabo. A Emissora da TV, neste caso, envia
muitos canais de uma só vez em um sinal misto
através de um único cabo. Ao chegar a seu destino, os
sinais passam por um decodificador que se encarrega
de separar os sinais e enviar para o aparelho de TV só o
canal escolhido pelo assinante.
Assim como na TV, um console digital irá enviar até
512 canais através de um cabo. Alguns destes sinais
não serão usados, mas serão transmitidos como exige
o protocolo. No destino, que pode ser dimmer, aparelho
ou outro dispositivo, é preciso informar o chamado
“endereço base” ou endereço de DMX.


Quanto ao seu envio, a transmissão de dados será:
# Síncrona:
Síncrona: Que envia os dados em um fluxo único
(bitstream).
# Assíncrona:
Assíncrona: Que envia dados um byte por vez.
A primeira exige sincronismo perfeito entre
transmissor e receptor através de mecanismos de
contagem de tempo (cronômetros) em ambos os
lados. Já na segunda, uma margem de 5% de sincronia
entre os sinais é o bastante. Por ser de baixo custo, foi
o escolhido para as comunicações em DMX 512.
O padrão utilizado no DMX 512 é baseada no padrão
EIA/TIA-485 (RS-485) que usa transmissão assíncrona
e diferencial de dados.
Este padrão determina quatro parâmetros básicos:
# Sistema master/slave - (mestre e escravos)
# Máximo de 32 aparelhos em rede
# Rede de no máximo 1.200m
# Terminação
Vamos por partes:
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É formada por pulsos elétricos em sistema binário,
isto é “0” ou “1”. Onde o pulso positivo é representado
por um e a ausência de pulso (nenhuma voltagem) é
igual a zero.
zero No sinal digital, a menor unidade é o bit
que só poderá ter dois valores: “0” ou “1”. Um grupo de
oito bits é chamado de byte,
byte e é capaz de transmitir
uma “informação”, isto é, um valor entre “0” e 255.
O método mais comum de envio de sinais é de um
bit por vez, em uma única direção, através de um fio.
Por serem transmitidos em série, este modelo é
chamado de Comunicação Serial.
Serial
Quanto a seu cabeamento, os padrões são divididos
em duas grandes categorias:
# Terminação única (ou não balanceado )
# Terminação diferencial (ou balanceado)
A transmissão diferencial utiliza dois fios, de
polaridade oposta, para enviar o sinal, ao invés de
apenas um na transmissão única.
Isto ajuda a eliminar interferências no sinal.
A terminação é simplesmente a utilização de um
resistor de 120 Ohms ligado entre os conectores 2 e 3
do cabo ligado ao ultimo dispositivo. Ela evita o
retorno do sinal pelo cabo evitando ruído.
1.200m é a distância máxima, no entanto, os
fabricantes de aparelhos recomendam não ultrapassar
300 metros sem utilizar repetidor de sinal.
O número de 32 aparelhos por rede também pode
ser ampliado utilizando spliters/repetidores DMX
específicos. Mas sempre respeitar o limite de 32 por
cada rede dividida.
O sistema determina que somente um dispositivo
poderá funcionar como gerador de sinal (master), no
caso a mesa de luz e os outros apenas receberão os
dados (os “slaves”).
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Caso o aparelho utilizado não tenha dispositivo de
terminação instalado, este deve ser confeccionado e
conectado à saída do último aparelho. Um resistor de
120 Ohms e 0,5V soldado entre os pinos 2 e 3 de um
conector XLR macho.
NUNCA dividir o sinal DMX por medusas ou cabos
“Y”. Os spliters/repetidores DMX específicos
costumam usar isolamentos óticos para proteger o
sinal.
Estes dados são enviados de forma específica para
que o receptor entenda corretamente. São
basicamente duas referências numéricas, já em
conjuntos de byte:
byte
1º) ENDEREÇO DMX – 2º INTENSIDADE – pausa –
3º) NOVO ENDEREÇO DMX – 4º) INTENSIDADE – pausa
5º) NOVO ENDEREÇO DMX – 6º) INTENSIDADE – pausa
E assim sucessivamente!!
O valor do endereço DMX é um número de 0 a 512 e
o valor da intensidade é um número de 0 a 255.
Os dados em DMX 512 são transmitidos em 250
KHz (quilohertz), o que significa que 250 mil bits (0
0e
1) podem ser enviados a cada segundo. Cada bit é
medido em intervalos de quatro microssegundos.
O mínimo de um pacote DMX totalmente carregado,
com cada universo de 512 canais, será em torno de
5.700 bits de tamanho. Isto significa que cerca de 44
pacotes DMX podem ser enviados a cada segundo.
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Este é o diferencial entre DMX e comunicação
analógica. Nesta, havia um sinal para cada canal do
rack, ou seja, para ligar 512 canais era preciso 513
fios, sendo um para cada canal do rack e 1 sinal de
controle. Para um canal de dimmer analógico ficar a
40% de intensidade o fio relativo ao canal recebia da
mesa 4 Volts, e assim sucessivamente para cada canal
do rack.
Já com o sinal DMX, através de apenas um par de
cabos a mesa envia uma mensagem diferente para
cada canal. Por exemplo: canal 45 fique a 50% e 508
você a 35%“, e do mesmo modo, para todos os 512.
Como eles fazem isso?
Através da comunicação digital ou seja 0 e 1. Caso
só fossem enviados estes bits teríamos apenas a
lâmpada ligada ou desligada. Já com a série de 8 bits
(o byte)
byte podemos ter 256 combinações que vão desde
00000000 (0%, desligado) até 11111111(100%
11111111 ou
ligado a total potência) e pode ter valores
intermediários como 10000000 que significa 50% de
intensidade.
O protocolo DMX 512 tem somente uma via de
comunicação, não tendo prevenção de erros.
Por causa disto é PROIBIDO O USO EM:
# Pirotecnia
# Cenário automatizado
# Sistemas de elevação
Este tipo de dispositivo deve ser controlado
por um protocolo de comunicação bidirecional
para maior segurança.
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O entendimento do sistema é somente parte do
trabalho, para que o DMX 512 funcione corretamente,
é fundamental que as normas sejam aplicadas a toda a
parte física do sistema, isto é, além dos equipamentos,
também os conectores e os cabos.
Conectores: Por norma, o DMX exige conectores
XLR de 5 pinos, embora somente três tenham seu uso
padronizado. Os dois restantes previam o envio de
sinais dos aparelhos para a mesa, com informações do
tipo: temperatura de trabalho, horas de uso, falhas na
comunicação etc.
Mas, por economia, o padrão de três pinos foi
adotado pela maioria.
CABOS:
O padrão DMX exige um cabo trançado, blindado, de
baixa capacitância. A configuração trançada garante
que qualquer interferência afete igualmente ambos os
sinais.
Esta é uma técnica muito comum para cabos que
transmitem dados e ajuda o condutor de sinais a
eliminar qualquer interferência. A blindagem tem a
mesma função, evitar interferência.
Como vimos, a norma especifica a ligação de no
máximo 32 aparelhos na mesma série. Para
compensar esta limitação existem outros aparelhos.
Vejamos os mais comuns:
Repeater – Sua função é regenerar um sinal DMX
que já passou por diversos aparelhos e apresenta
ruídos queda de tensão e permitir uma nova série com
até 32 aparelhos.
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Distribuição
1- Terra / 0V
2- Dados ( – )
3- Dados ( + )
4- Dados ( – ) - VAGO
5- Dados ( + ) – VAGO
Características do cabeamento
# Impedância de 110 – 120 Ohms
xxx (recomendado)

# Capacitância:

< 25 pF (condutor para condutor)

< 40 pF (condutor para blindagem)

# Nº de condutores: Mínimo um par.

# Bitola do cabo – 0,75 ou 0,50mm.

# Cabos trançados
Isolator – Sua função, além de regenerar o sinal,
é isolar as pontas evitando problemas com loops de
aterramento. São usados em segmentos longos de
cabo que estejam recebendo uma interferência muito
alta.
Splitter – Sua principal função é dividir o sinal que
ele também regenera limpando-o de ruídos. Funciona
como um concentrador que permite conectar diversas
séries a partir da mesma saída DMX.
Buffer – Age como o isolator, só que com diversas
saídas todas isoladas. Geralmente o buffer é ligado
diretamente à mesa, e nele são ligados os splitters,
dependendo da necessidade.
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Atualmente – Um bom splitter já abarca todas as NÃO CUSTA LEMBRAR:

funções: dividindo, regenerando e limpando o sinal e
isolando de ruídos. Seu uso é aconselhado
A diferença entre duas tábuas bem
principalmente como proteção às saídas de consoles pregadas e um dedo machucado não é o
geralmente mais caras e mais difíceis de substituir. martelo...
Outro uso muito interessante é dividir os aparelhos
em linhas diferentes, ao invés de ligar todos um no
outro. Além de facilitar a descoberta de algum ponto
com falha de sinal (o que é muito útil quando se tem
muitos aparelhos), reduz a possibilidade – sempre
presente – de incompatibilidades.