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PPGCTA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

Disciplina: Estágio de Docência I

Mestranda: Adriana Núncio


Doutoranda: Carla Alves
Passo Fundo, 02 de abril de 2020.
Por que continuamos com a mesma
metodologia de aprendizagem?
Pressupostos:

▪ Implícitos ou explícitos, cunhados nas diferentes Teorias


(Pedagógicas, Psicológicas, Históricas, Sociológicas, etc.)

▪ Culturais

▪ Experiência pessoal
“A escola padronizada, que ensina e avalia a todos de
forma igual e exige resultados previsíveis, ignora que a
sociedade do conhecimento é baseada em competências
cognitivas, pessoais e sociais, que não se adquirem da
forma convencional e que exigem pró-atividade,
colaboração, personalização e visão empreendedora.”
(MORAN, 2015)
“A expectativa dos alunos não mudou”

Emprego?
Dinheiro fácil?
Prestígio?
Empresa?

Fonte: Domínio Público

https://www.youtube.com/watch?v=zDZFcDGpL4U
“O acesso à informação não mudou”

Fonte: Domínio Público

Por que os professores continuam repassando tanta informação?


“Educação = Linha de Produção”

Fonte: Domínio Público


“A educação nas universidades geralmente permanece
dentro da forma tradicional de educação, referida como
abordagem centrada no professor ou em aula, e embora essa
abordagem tenha sido aplicada às universidades durante
séculos, as exigências reais da prática exigem sua mudança.”
(SEGEC et al., 2015)
Nossa linha de produção

Especificação
Perfil do Egresso

Matéria prima
Candidatos
Processo Mercado
Currículo Mercado
Nossa linha de produção
A linha de produção mudou!

➢ Produtos + customizados
➢ Linhas de produção + flexíveis

Fonte: Domínio Público

Sistema da Atividade

Fonte: Jonassen (1999)


O que motiva os trabalhadores intelectuais?

✓ Autonomia
✓ Proficiência
✓ Propósito

Fonte: Domínio Público


Autonomia
➢ Qual a autonomia fornecemos
aos nossos alunos?

Fonte: Domínio Público


Proficiência
➢ Oferecemos oportunidades
para que os alunos gostem da
proficiência?

Fonte: Domínio Público


Propósito
➢ Oferecemos oportunidades
para que os alunos
desenvolvam um senso de
propósito?

Fonte: Domínio Público


“Os cursos de graduação devem ter os objetivos da
aprendizagem formulados como competências que devem
ser conquistadas pelos alunos.”
(WEENK & VAN DER BLIJ, 2011)

Teoria do Construtivismo
Os alunos são aprendizes ativos que constroem seu caminho
de compreensão e dirigem seu próprio aprendizado.
(SEGEC et al., 2015)
Suposições básicas do Construtivismo:
1. A aquisição do conhecimento é um processo de construção do
conhecimento no qual o conhecimento anterior representa o ponto de
referência para as novas informações;

2. O aprendizado envolve interação com outros alunos e professores;

3. A construção do conhecimento se beneficia de habilidades


metacognitivas como planejar, monitorar e avaliar o processo de
aprendizado;

4. É importante que a aprendizagem se dê em um contexto autêntico,


preferivelmente parecido com o futuro contexto profissional.
“O modelo de aprendizagem baseada em projetos, em
conjunto com a utilização de novas tecnologias, traz um novo
sentido para a aprendizagem, pois ajuda os estudantes a
desenvolverem habilidades e competências para a vida numa
sociedade baseada no conhecimento e altamente tecnológica.”
(PENUEL, 1999)
Origem do trabalho com projetos
Final do século XVII na Itália, sob uma perspectiva de ensino
profissionalizante, especificamente na área da Arquitetura.

Porém, a abordagem da aprendizagem baseada em projetos


surgiu no início do século XX, com trabalhos de especialistas
americanos como John Dewey, William Heard Kilpatrick e
Jerome Seymour Bruner.
• John Dewey (1859 – 1952) foi um filósofo americano que a
partir de 1900 comprovou o “aprender mediante o fazer”,
valorizando, questionando e contextualizando a capacidade
de pensar dos alunos numa forma gradativa de aquisição de
um conhecimento para resolver situações reais.

• Segundo Dewey, o papel dos professores não era o de impor


aos seus alunos um conceito ou forma de abordar um
problema, mas sim estimular os jovens a construir a sua
própria maneira de resolução do dilema que estava a sua
frente.
• William Heard Kilpatrick (1871 – 1965) foi um pedagogo
americano, aluno, colega e sucessor de John Dewey.

• Segundo Kilpatrick, o conceito de projeto na educação deve


realçar a importância da experiência do educando no
processo educativo, em oposição ao ensino tradicional no
qual o aluno é reduzido à simples condição de receptor de
conteúdos.

• Propôs as quatro fases essenciais de um projeto com fins


educacionais: intenção (objetivos), planejamento, execução,
e julgamento (avaliação).
• Jerome Seymour Bruner (1915 – 2016) foi um psicólogo,
americano, cognitivista e acreditava que a aprendizagem é
um processo que ocorre internamente, no qual o
conhecimento é armazenado na mente em forma de
estruturas organizadas.

• Segundo Bruner, o primeiro objetivo de um ato de


aprendizagem é ter utilidade no futuro, ou seja, precisa ter
significado para o indivíduo.
Todos pesquisadores foram responsáveis por desenvolver os
fundamentos conceituais e a metodologia, que representa até os
dias atuais uma visão inovadora no processo de aprendizagem.
Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP ou ABProj.)
do inglês Project Based Learning (PBL)
Método de ensino centrada no aluno e baseada em 3 princípios
do construtivismo:
1. A aprendizagem é específica do contexto;
2. Os alunos estão envolvidos ativamente no processo de
aprendizagem;
3. Atingem os seus objetivos através de interações sociais e
partilha de conhecimento e compreensão.
Aprendizagem Baseada em Projetos

• Essa aprendizagem consegue envolver o ensino híbrido de


diferentes recursos e métodos, além da transdisciplinaridade.
• Engloba temáticas, competências e recursos de várias
matérias acadêmicas.
• Desenvolve habilidades como autonomia, proatividade e
curiosidade para a resolução de problemas.
Projetos no âmbito da educação
Tipologia de Projetos Educacionais
Três tipos de Aprendizagem baseada em
Projetos
Exemplo de
Projeto:
• Desde 1990 o Buck Institute for Education, uma associação
norte-americana especializada em práticas por projetos, tem
agregado pesquisadores e interessados em estudar e
difundir esse método. (LARMER, MERGENDOLLER & BOSS, 2015)

https://www.pblworks.org/what-is-pbl
https://www.youtube.com/watch?v=c3FIWpbusfU
No site do Buck Institute for Education, PBL é definida da
seguinte maneira:

“A Aprendizagem Baseada em Projetos é um método de


ensino pelo qual os alunos adquirem conhecimentos e
habilidades trabalhando por um longo período para
investigar e responder a uma questão, um problema ou
um desafio autênticos, envolventes e complexos.”
(LARMER, MERGENDOLLER & BOSS, 2015)
É possível encontrar muito materiais para se trabalhar a
técnica, inclusive modelos de projetos para serem utilizados
nas mais diversas áreas do conhecimento.
Elementos essenciais de design de projetos incluem:
a) habilidades essenciais de conhecimento, compreensão e sucesso: o projeto é focado
em objetivos de aprendizagem do aluno, incluindo conteúdos e habilidades padrões,
como pensamento crítico/solução de problemas, colaboração e autogestão;
b) problema ou pergunta desafiadora: o projeto é enquadrado por um problema
significativo a ser resolvido ou uma pergunta a ser respondida, no nível apropriado de
desafio;
c) investigação sustentável: os alunos se envolvem em um processo rigoroso e longo de
fazer perguntas, buscar recursos e aplicar informações;
d) autenticidade: o projeto apresenta contexto, tarefas e ferramentas, padrões de
qualidade ou impacto reais — ou atende às preocupações, interesses e questões
pessoais dos alunos em suas vidas;
e) voz e escolha dos alunos: os alunos tomam algumas decisões sobre o projeto,
incluindo como funcionam e o que eles criam;
f) reflexão: os alunos e os professores refletem sobre a aprendizagem, a eficácia de suas
atividades de investigação e projetos, a qualidade do trabalho dos alunos, obstáculos e
como superá-los;
g) crítica e revisão: os alunos dão, recebem e usam feedback para melhorar seus
processos e produtos; Fonte: pblworks.org/what-is-pbl
h) produto público: os alunos tornam público seu trabalho de projeto, explicando,
exibindo e/ou apresentando-o a pessoas além da sala de aula.
Como funciona ABProj.?
• O professor não deve expor
todo o conteúdo de ensino
planejado para que a classe
comece os trabalhos de
pesquisa.
Fonte: Domínio Público

• O projeto deve ser o foco da disciplina gerando indagações


que demandarão a reflexão do estudante, e o conteúdo precisa
ser desenvolvido em torno dele, ou seja, é o meio pelo qual os
estudantes possuem contato com o conteúdo.
Como funciona ABProj.?
• Os próprios estudantes que devem buscar os materiais e
conhecimentos para alcançar os propósitos de aprendizado
propostos.

• Deve ser um processo evolutivo que ofereça desafios aos


estudantes, que deverão resolvê-los para que possam
evoluir.

• Devem reproduzir situações da vida real, para que possam


ser abordadas questões reais de uso.
Metodologia ABProj.

• Sugere-se um problema;
• Os alunos investigam suas possíveis causas e elaboram
hipóteses;
• Após conhecer melhor o desafio e suas origens, definem
táticas para a resolução do desafio;
• Estabelecem um plano;
• Apresentam o plano e o executam, podendo demonstrar os
resultados depois;
• Ao final, ocorre a avaliação do orientador.
A metodologia ABProj. relaciona-se com modelos
educacionais importantes na literatura, como a taxonomia de
Bloom e o ciclo de aprendizagem de Kolb.

Taxonomia de Bloom Ciclo de Aprendizagem de Kolb

Fonte: Tavares e Campos (2014) Fonte: Tavares e Campos (2014)


Ferramentas necessárias
Recursos tecnológicos
Laptops, projetores, celulares, leitores
eletrônicos ou qualquer outro meio que
permita a busca pela internet. Fonte: Domínio Público

Além do uso de videogames, simulações e jogos, e realidades


virtuais de maneira interativa.

Os estudantes iniciam o projeto com a coleta de informações,


tornando-se os protagonistas na busca de conhecimentos.
O Professor na ABProj
O Aluno na ABProj
Como avaliar o desenvolvimento integral (cognitivo,
emocional, social) de um aprendente, os seus interesses, o
aperfeiçoamento de seus talentos, o projeto de vida que ele
começa a esboçar, o progresso na direção da vida para a qual
o projeto aponta?
Formas de avaliar o Planejamento de Projeto
“Avaliar é tudo menos aplicar testes padronizados que
medem apenas o cognitivo.”

Avaliação de forma observacional, interativa, envolvida, constante,


por todas as pessoas envolvidas no processo – inclusive o avaliado.

Verificar se o aprendente está desenvolvendo as competências e


habilidades requeridas.

Fonte: Domínio Público


Instrumentos de avaliação
Mecanismos de registro diário de observações, critérios de
avaliação e indicadores de desenvolvimento — sistema de
gestão da aprendizagem que englobe currículo e metodologia.

Exemplos:
• Avaliação incremental dos produtos;
• Avaliação da participação;
• Auto-avaliação;
• Rúbricas;
Exemplo de
Rúbrica:
Exemplo de
Rúbrica:

Fonte: PBL 2010 Congresso Internacional. São Paulo, Brasil, 8-12 de fevereiro de 2010.
Indicadores do potencial da abordagem
Pesquisas feitas no Brasil
Meta análises: (Albanese e Mitchell, 1993; Vernon e Blake,
1993; Dotchy et al., 2003)
• Alunos são favoráveis a metodologia
- Ambiente de aprendizagem mais flexível e satisfatório
- Maior apoio emocional e educacional
- 4% a 20% não se adaptam
• Desempenho igual ou pouco menor em testes objetivos e
padronizados (controverso);
- Alunos ABProj melhoram mais com o andamento do curso
• Desempenho superior em testes de conhecimentos práticos e
de procedimentos;
- Melhor avaliação nos estágios
• Capacidade de aprendizagem autônoma;
- Busca da compreensão, evitam memorização
- Buscam mais fontes (biblioteca, internet, etc)
• Docentes favoráveis à metodologia, mas consideram que é
necessário dedicar mais tempo.
Indicadores do potencial da abordagem
Pesquisas feitas no Brasil

STEM Brazil Learning Program (Pugliese, 2017)


• Como parte da Iniciativa Global de Educação, o Credit Suisse fez
uma parceria com a Worldfund Brasil para aumentar a relevância
da educação e treinar professores de ciências, engenharia,
tecnologia e matemática (STEM) para melhorar a qualidade do
ensino de STEM nas escolas secundárias do Brasil.
• O Worldfund Brasil treina professores de STEM em
metodologias de aprendizado interativas e baseadas em
projetos que se concentram em problemas e desafios do mundo
real;
• Os problemas incluem poluição, problemas de saúde, resíduos
tóxicos, mobilidade urbana, entre outros;
• Como resultado, os alunos criam vários projetos de pesquisa
científica: extração de etanol a partir de resíduos orgânicos
gerados por feiras de rua que vendem frutas e legumes; energia
eólica colhida para iluminação de vias públicas, usando o vento
gerado por carros; desenvolver uma bengala que usa um GPS e
pontos de ônibus interativos para deficientes visuais;
• Alguns projetos foram premeados em feiras regionais, nacionais
e internacionais de ciências em 2013 e 2014;
• O treinamento ocorre em 4 áreas: física, química, biologia e
matemática e é complementado pelo treinamento de
habilidades no local de trabalho adaptado aos professores;
• As habilidades incluem gerenciamento de informações,
resolução de problemas, comunicação e networking.
Indicadores do potencial da abordagem
Pesquisas feitas no Brasil
USP Leste (Araújo e Arantes, 2008)
• Escola de Artes, Ciência e Humanidades;
- Inovação
- Integração com a comunidade
• Ciclo básico: um ano comum a todos os cursos;
- 20 horas semanais, classes e trabalhos multidisciplinares
- Solução de problemas: 4h/semana
• Solução de problemas
- Em cada semestre são apresentados 3 temas
- Os alunos elaboram problemas a partir desses temas
- As turmas são compostas por 10 equipes de 6 membros +
docente
- 4 aulas coletivas + 12 reuniões da equipe com tutores
• Metodologia
- Análise do problema + planejamento da pesquisa
- Desenvolvimento de ações que resolvam o problema
- Produção de relatório científico
• Avaliação
- Relatório científico parcial + relatório científico final
- Seminário de apresentação de resultados
- Nota individual
- Auto-avaliação
- Avaliação da equipe
Indicadores do potencial da abordagem
Pesquisas feitas no Brasil
UNIFEI – Projeto Semestral (Paula, 2017)
• Universidade Federal de Itajubá-MG, curso de Engenharia de
Produção;
• Projeto Semestral teve início no ano de 2013
• Trata-se de uma iniciativa conjunta entre a universidade e uma
empresa multinacional
• Proporcionar aos alunos o contato com o meio corporativo, e à
empresa um trabalho prático de estudantes de engenharia
• Desde seu início, foram realizadas 4 edições
- 19 projetos em diferentes áreas da empresa
- Mais de 140 alunos e 50 profissionais da empresa participaram,
além de docentes universitários e alunos de pós-graduação
• Estrutura:
- Tutores profissionais
- Tutores acadêmicos
- Aulas expositivas
- Visitas periódicas
- Autonomia
- Relatórios e avaliações
• Avaliação dos alunos sobre o método de ensino - ABProj.
- Fatores que mais contribuem

- Você considera o ABProj. PAULA (2017)

melhor que o método tradicional?”

PAULA (2017)
Indicadores do potencial da abordagem
Pesquisas feitas em outros países
Projeto Semestral Europeu (EPS) (Andersen, 2011)
• Um programa para graduandos em engenharia de diversos países,
os quais trabalham, durante um semestre, em projetos
interdisciplinares atendendo as necessidades reais das empresas.
• Início em Helsinger, na Dinamarca, com 6 estudantes em 1995 e
10 alunos em 1996, se mudando em 1997 para a Faculdade de
Engenharia de Copenhagen, mais tarde a Universidade Técnica da
Dinamarca.
• O programa é desenvolvido atualmente em 18 universidades,
conforme o quadro 4, em 12 países diferentes.

Fonte: EPS (2016)


• Essas instituições de ensino compartilham um site comum - o
site EPS Providers - onde os candidatos potenciais podem obter
informações sobre o programa, bem como sobre os provedores.

O programa EPS possui algumas diretrizes como:


- Treinar estudantes para o trabalho em equipe e enfatizar situações
da vida real;
- Demonstrar a habilidade de usar ferramentas e técnicas modernas;
- Demonstrar como planejar e gerenciar um projeto baseado em
equipe;
- Mostrar a habilidade de se comunicar claramente através da
redação de um relatório adequado ou por outros meios.
Indicadores do potencial da abordagem
Pesquisas feitas em outros países
New Technology High School (Adams & Duncan Grand, 2019)
• Escola estadunidense de Napa, Califórnia, que segue totalmente o
Project Based Learning desde a sua fundação em 1996.
• Os educadores desenvolvem suas instruções em torno de
resultados de aprendizagem desejados, que são incorporados em
todos os projetos, relatórios de classificação e avaliações.
Sendo eles:
• Pensamento crítico — para conseguir desenvolver essa habilidade, é preciso enfrentar
desafios complexos;
• Comunicação oral — essa competência é desenvolvida estando presente;
• Colaboração — para saber como contribuir com os demais, é necessário atuar em
equipe;
• Comunicação escrita — requer que os alunos sejam instigados a escrever;
• Preparação de carreira — para atender a esse item, é importante realizar estágios;
• Cidadania e ética — esse aspecto requer o enfrentamento a questões cívicas e
globais;
• Alfabetização tecnológica — os alunos precisam manusear recursos tecnológicos para
que esse propósito seja alcançado;
• Padrões de conteúdo (áreas de conteúdo específicas que os estudantes devem
aprender) — para os alunos adquirirem os aprendizados desejados, é fundamental
pesquisar e realizar os itens acima.
Indicadores do potencial da abordagem
Pesquisas feitas em outros países

Instituições americanas de
ensino superior com
programas interdisciplinares
baseados em aprendizagem
de projetos.

Fonte: Domínio Público


Indicadores do potencial da abordagem
Pesquisas feitas em outros países
Worcester Polytechnic Institute (Pfeifer & Stoddard, 2019)
• WORKSHOP Institute on Project-Based Learning
• Workshop intensivo em que equipes de faculdades e
universidades de todos os tipos trabalham com treinadores
especializados para criar planos de ação para promover a
aprendizagem baseada em projetos em seus cursos e programas.
• Em parceria com a AAC & U, o Instituto é realizado anualmente
no campus da WPI em Worcester, Massachusetts.
O que a ABProj contribui em um ambiente corporativo?
Empreender em sala de aula utilizando a ABProj – Aprendizagem
Baseada em Projetos é uma alternativa de aproximar o aluno do
mercado de trabalho ao mesmo tempo que modifica a imagem do
transmissor de conteúdos vinculados ao professor durante séculos
dando lugar ao orientador e mentor.

O ensino superior deve preparar os alunos não apenas para seus


primeiros empregos, mas para vidas e carreiras difíceis de prever.

Os empregadores valorizam as habilidades


adquiridas com a ABProj., como a comunicação,
o trabalho em equipe e a resolução de problemas.
Fonte: Domínio Público
E nós?
Temos medo de inovar?
Estamos dispostos a nos expor?
Temos energia e disposição para rever as nossas práticas
pedagógicas?
Estamos interessados apenas no conteúdo ou no
comportamento também?
“O exemplo é um
comportamento
contagioso.”
(Charles Reade)
Referências
ADAMS, J., & DUNCAN GRAND, D. (2019). New Tech Network: Driving systems change and equity through project-based learning. Palo Alto, CA: Learning Policy
Institute.
ALBANESE, M. A.; MITCHELL, S. Problem-based learning: a review of literature on its outcomes and implementation issues. Academic Medicine, v. 68, n. 1, p. 52-
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Paulo: EDUC, 2011.
ARAUJO, U. F.; ARANTES, V. A. El Aprendizaje Basado en Problemas: una nueva perspectiva de la enseñanza en la universidad. Gedisa, 2008, v. 1, p. 153-170.
DOCHY, F. et al. Effects of problem-based learning: a meta-analysis. Learning and instruction, 3: 533-568, 2003.
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LARMER, John; MERGENDOLLER, John; BOSS, Suzie. Setting the Standard for Project Based Learning: a proven approach to rigorous classroom instruction.
Alexandria: ASCD.
MORAN, J. Mudando a educação com metodologias ativas. In: Coleção Mídias Contemporâneas. Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações
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PAULA, Vinícius Renó de. Aprendizagem baseada em projetos: Estudo de caso em um curso de Engenharia de Produção. 2017. 172 f. Dissertação (Mestrado em
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PENUEL, W.R. & MEANS, B. (1999). “Observing Classroom Process in Project-Based Learning Using Multimedia: A Tool for Evaluators”.
PFEIFER, Geoffrey and Elisabeth A. STODDARD (2019). “Equitable and Effective Teams: Creating and Managing Team Dynamics for Equitable Learning Outcomes”
in Kristin Wobbe and Elisabeth A. Stoddard, eds. Beyond All Expectations: Project-Based Learning in the First Year.
PUGLIESE, Gustavo Oliveira. Os modelos pedagógicos de ensino de ciências em dois programas educacionais baseados em STEM (Science, Technology,
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SEGEČ, P.; DROZDOVÁ, M.; MIKUŠ, Ľ. New educational strategy in engineering education—Case study. In: Emerging eLearning Technologies and Applications
(ICETA), 2015 13th International Conference on. IEEE, p. 1-6, 2015.
VERNON, D. T. A.; BLAKE, R. L. Does problem-based learning work? A meta-analysis of evaluative research. Academic Medicine, 68(7): 550-563, 1993.
WEENK, W.; VAN DER BLIJ, M. Tutors and teachers in project-led engineering education: a plea for PLEE tutor training. In: 3rd International Symposium on Project
Approaches in Engineering Education: aligning engineering education with engineering challenges. Lisbon: PAEE. 2011.
Adriana Souto Pereira Núncio
adrianaspn@hotmail.com

Carla Alves
carlaalves53@gmail.com

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