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09/05/2020 ConJur - Rodrigo Ribeiro: Análise sobre racismo na obra de Monteiro Lobato

OPINIÃO

Literatura e racismo: uma análise sobre


Monteiro Lobato e sua obra
12 de dezembro de 2015, 7h19

Por Rodrigo de Oliveira Ribeiro

Mais conhecido por suas histórias infantis, o escritor paulista Monteiro Lobato,
nascido no fim do período da escravidão (1882) e neto do Visconde de Tremembé,
frequentemente tem seu nome associado ao racismo. Em 2014, foi levado ao
Supremo Tribunal Federal um mandado de segurança no qual se discutia a retirada
do livro Caçadas de Pedrinho da lista de leitura obrigatória em escolas públicas.
Publicada em 1933, a obra faz parte do Programa Nacional Biblioteca da Escola, do
Ministério da Educação, e foi distribuída em escolas de todo o país. O ministro Luiz
Fux, do STF, julgou improcedente o pedido.

Sem pretender entrar no mérito da mandamental citada (noticiada na ConJur),


entendemos que o escritor deveria ser analisado não somente pela sua literatura
infantil, mas também à luz de sua biografia e do que escreveu no âmbito de sua
literatura adulta, tendo em vista o poder influenciador de uma obra literária. O
livro, a rigor, não deve ser apreciado separadamente de seu autor.

Seu livro de contos, Urupês, considerado por parte da crítica seu ponto alto, finaliza
condenando gravemente a miscigenação (“o caboclo é o sombrio urupê de pau
podre”)[1] e criando a polêmica figura do Jeca Tatu.

A memória dominante da figura do Jeca Tatu é a do paciente esquecido por um


governo omisso e irresponsável. Porém, essa não era a figura original. Como
registram os historiadores, o Jeca, antes inferior e inapto, com o passar dos anos
passou a se tornar vítima da omissão do Estado[2].

A abordagem sobre o personagem do Jeca Tatu geralmente se encerra na


constatação de que Lobato teria se baseado numa amostragem equivocada do
caipira brasileiro. O caboclo, para o autor de Urupês, era o “funesto parasita da
terra”, “seminômade, inadaptável à civilização”.

É sabido que Monteiro Lobato, além de escrever ficção, era um grande entusiasta da
eugenia, assim como muitos sanitaristas e personagens de sua época, e mantinha
uma relação estreita com Renato Kehl, considerado o pai da eugenia no Brasil[3].

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Isso tudo já era sabido e discutido, até que em 2011 se tornou pública uma carta do
escritor enviada a Arthur Neiva, em 10 de abril de 1928, publicada na revista Bravo!
(maio de 2011) e reproduzida pela Carta Capital[4]. Ali vemos que o criador do
Visconde de Sabugosa e de Barnabé defendia a Ku Klux Klan e seus ideais, que
envolviam a morte do outro, repugnando-lhe a formação do povo de seu próprio
país:

"País de mestiços, onde branco não tem força para organizar uma
Kux-Klan (sic), é país perdido para altos destinos [...] Um dia se
fará justiça ao Ku-Klux-Klan; tivéssemos aí uma defesa desta
ordem, que mantém o negro em seu lugar, e estaríamos hoje
livres da peste da imprensa carioca — mulatinho fazendo jogo do
galego, e sempre demolidor porque a mestiçagem do negro
destrói a capacidade construtiva".

É conhecido o surrado argumento indulgente de que o “momento histórico”


autorizava certas liberdades de que o escritor lançava mão em sua literatura
infantil do período pós-escravocrata de cunho nostálgico. Porém, é necessário
observar que o contexto histórico não é uma imunidade ou conformidade, como se
todo contemporâneo de Stalin devesse cultivar o stalinismo, e por aí vai. Thomas
Mann, um contemporâneo de Lobato (apenas sete anos mais velho que o brasileiro),
adotara uma posição muito diversa, de antagonismo às tendências então
dominantes na Alemanha de seu tempo. Em seu discurso de 31 de dezembro de
1943[5], o Nobel de Literatura afirmara que:

“Na cabeça dos nazistas, a ideia de um ‘povo de senhores’ levou à


perda de qualquer resto de dignidade e atenção aos direitos
humanos, de qualquer consciência de responsabilidade e de toda
sensibilidade sã em relação àquilo que o mundo pode admitir ou
não. Tornou-se apenas a justificativa para o roubo e o
assassinato, para o saque, a opressão, a castração e a violação dos
outros povos (...)”.  

Outro Nobel de Literatura, também contemporâneo de Lobato, mas de uma geração


anterior, Anatole France (1844-1924)[6] definiu o que considerava raça em sua obra
Na Pedra Branca:

“Na maioria das vezes é tão difícil distinguir num povo as raças
que o compõem como seguir no curso de um rio os riachos que se
jogaram nele. E que é uma raça? Há realmente raças humanas?
Vejo que há homens brancos, homens vermelhos e homens
negros. Mas não se trata de raças, senão variedades de uma
mesma raça, de uma mesma espécie, que formam entre eles
uniões fecundas e se misturam constantemente”.

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Aqui no Brasil, no entanto, em 1926, Monteiro Lobato publicava seu único romance,
um libelo racista, o qual foi fracasso.

A fim de atingir o público norte-americano e de divulgar as ideias da eugenia no


Brasil, lançou a obra O Choque das Raças, posteriormente renomeada para O
Presidente Negro. Publicada em partes no jornal A Manhã, a história se passe no
distante ano de 2228, quando nos Estados Unidos elegeriam o primeiro presidente
da República negro, a elite branca levaria a cabo um plano para esterilizar todos os
negros e extinguir a raça: tudo em prol da supremacia da raça ariana e a criação de
uma Supercivilização ariana (com esse maiúsculo no original mesmo).

Nesse livro, vemos o que o autor pensa da miscigenação ao apontar uma piora no
caráter de quem é miscigenado, o que consubstancia uma generalização ofensiva a
todo um grupo social (se não a toda a humanidade mesmo), representado pelos
miscigenados:

“Solução medíocre. Estragou as duas raças, fundindo-as. O negro


perdeu as suas admiráveis qualidades físicas de selvagem e o
branco sofreu a inevitável piora de caráter, consequente a todos
os cruzamentos entre raças díspares”[7].

É fácil verificar que o tratamento é ofensivo e depreciativo em todo o livro, mas fica
bem evidenciado quando o autor se refere à cor das mulatas, de forma depreciativa,
comparando-as a uma barata descascada[8]. Em outro trecho, é mais explícito:

“A mim chega repugnar o aspecto desses negros de pele


branquicenta e cabelos carapinha. Dão-me a ideia de
descascados”[9].

Noutra demonstração de discriminação evidente, o autor contrapõe a ebriedade do


negro, ao orgulho do branco, de forma patentemente depreciativa:

“Se não contivermos de rédeas presas os dois monstros — o


monstro da ebriedade negra e o monstro do orgulho branco — a
chacina vai ser espantosa...”[10].

Sobre a imigração americana: “Ficava a flor. O restolho voltava. (...) A semente de


que nasceu a América não continha em seus cotilédones essas venenosas
toxinas”[11].

Lendo O Choque das Raças, percebe-se claramente que as ideias eugenistas do autor
marginalizavam mesmo misturas de outras etnias. Considerava repugnante a
mistura racial, e essa ideia fica evidente quando a “cientista” afirma que “a
permanência no mesmo território de duas raças díspares e infusíveis perturbava a
felicidade nacional”[12]. É a marginalização do pardo, do mulato, do asiático, do
caboclo, do cafuzo, do “brasileirinho amarelo”[13]. 
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Nessa toada, Monteiro Lobato chega a partes mais extremas de seu romance
panfletário pela eugenia, quando um personagem diz: “(...) O problema transcende a
esfera política e torna-se racial. (...) Acima das leis políticas vejo a lei suprema da
Raça Branca. Acima da Constituição vejo o Sangue Ariano (...)”[14].

Ao fim do livro, findo o desfecho em que ocorre a esterilização da raça negra — feita
clandestinamente —, “grupo étnico” que “ajudara a criar a América”, o narrador
explica que “tinha-o como obstáculo ao ideal da Supercivilização ariana que
naquele território começava a desabrochar, e pois não iria render-se a fraquezas de
sentimento, nocivas à esplendorosa florescência do homem branco”[15].

É de Montaigne a seguinte sentença: “Eu não fiz o livro mais do que meu livro me
fez, livro da mesma substância que o seu autor, com objetivo próprio, membro de
minha vida; não de objetivo e propósito terceiros e estranhos, como todos os demais
livros”[16].

Não sabemos com certeza se Lobato tinha objetivos e propósitos terceiros e


estranhos, mas a historiadora Pietra Diwan, em sua obra sobre a eugenia no Brasil,
consegue detectar que o escritor poderia querer usar a literatura como meio para
dizer indiretamente o que não se pode dizer às claras. Ela cita uma das cartas de
Lobato, de setembro de 1930, em que o criador de Caçadas de Pedrinho afirma: “É
um processo indireto de fazer eugenia, e os processos indiretos, no Brasil, work
muito mais eficientemente”[17].

Falando direta ou indiretamente por meio de livros, o próprio protagonista de O


Presidente Negro, um aspirante a escritor (um assumido alter ego) chega a profetizar
(ou manifestar seu desejo?): “Mas um dia a humanidade se assanhará diante das
previsões do escritor, e os cientistas quebrarão a cabeça (...)”[18].

Diante dos fragmentos acima, podemos cruzar alguns dados com os parâmetros
definidos pelo Supremo Tribunal Federal no HC 82.424-2. Não pretendemos aqui
fazer uma análise completa da obra desse relevante editor e tradutor brasileiro. No
entanto, com alguns fragmentos do livro citado e com base no precedente do
Tribunal Constitucional, nos parece que o livro O Choque das Raças (ou O Presidente
Negro) contém os mesmos ingredientes que se prestaram a condenar cidadãos em
tempos recentes por escritos racistas e motivariam mesmo (nos termos do parágrafo
4º, do artigo 20, da Lei 7.716/1989) a destruição desses escritos.

Nos diversos trechos acima, selecionados do livro O Choque das Raças, ou O


Presidente Negro, encontramos os elementos fundamentais do núcleo do
pensamento do nazismo:

a) a ideia de que a raça ariana prevalece sobre as demais;


b) a de que as demais raças [ou misturas delas] seriam inferiores, nefastas e infectas;
c) apontando tais defeitos da raça como legitimadores de seu extermínio.

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O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Habeas Corpus, analisou


o conceito de raça e considerou os elementos acima como caracterizadores da
violação à liberdade de expressão. Diz a ementa do acórdão:

“Fundamento do núcleo do pensamento do nacional-socialismo


de que os judeus e os arianos formam raças distintas. Os
primeiros seriam raça inferior, nefasta e infecta, características
suficientes para justificar a segregação e o extermínio:
inconciabilidade com os padrões éticos e morais definidos na
Carta Política do Brasil e do mundo contemporâneo, sob os quais
se regue e se harmoniza o estado democrático. Estigmas que por
si evidenciam crime de racismo. Concepção atentatória dos
princípios nos quais se erige e se organiza a sociedade humana,
baseada na respeitabilidade e dignidade do ser humano e de sua
pacífica convivência no meio social (...)”.

Em que pese ser a liberdade de expressão uma garantia fundamental, ela não pode
ser utilizada de forma abusiva, de forma a se permitir atos de discriminação racial
(entendendo-se de forma ampla o conceito). O crime de racismo atinge aquilo que a
doutrina já definiu como “a percepção que a maioria das pessoas tem dos
integrantes desses grupos, reforçando estigmas e estereótipos negativos e
estimulando discriminações”[19].

Da mesma forma que a liberdade de expressão encontra limites, o formato literário


(enquanto subespécie ou veículo da liberdade de expressão) igualmente se encontra
limitado por outros valores externos com os quais se inter-relaciona, mormente se é
utilizado com fins de fazer propaganda de alguma ideologia. O fato dos dizeres
racistas serem colocados em formato de romance, em fôrma literária, na verdade,
não se presta a servir de chancela para se escrever qualquer coisa, sobre qualquer
pessoa, ou qualquer grupo social, sem nenhuma condição de responsabilidade ou
limite. 

Embora para alguns, como Oscar Wilde, “não há livros morais e livros imorais. Há
livros bem escritos ou mal escritos. E é só”[20], Tolstói dissera certa vez: “eu escrevo
livros, por isso sei todo o mal que eles fazem”.[21] Entendemos que o racismo pode,
sim, se materializar em obras literárias.

O preconceito se evidencia pela noção de superioridade inata de um grupo sobre


outro, ideias que tanto o autor quanto o personagem de seu romance aderem
ostensivamente, sendo dele derivada a prática discriminatória contida em diversos
trechos do romance panfletário (o qual, publicado capítulo a capítulo, em jornal da
época, atingiu uma quantidade maior do que atingiria se fosse apenas publicado).

Como dizia Joseph de Maistre[22], “na verdade, só aprendemos em livros que nós
não podemos julgar. O autor de um livro que nós pudéssemos julgar deveria
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aprender conosco”.

Uma produção literária reveladora de um autor que analisa o pardo, o negro e o


asiático como raças inferiores (em uma linha equivalente à da criminologia
positivista etiológica, que acredita[va] que a criminalidade derivava de certos
indivíduos, desde o nascimento) está em desacordo com os parâmetros
democráticos que a nova ordem constitucional erigiu, ao repudiar distinções raciais,
de cor, credo, descendência ou origem regional, nacional ou étnica. O Choque das
Raças, ou O Presidente Negro, ao que tudo nos leva a crer, é obra “não recepcionada”
pela nova ordem constitucional de nossa democracia multicultural. Os livros de seu
autor, além de anacrônicos, não se prestam a figurar na lista de leitura compulsória
das escolas públicas de uma democracia plural, livre e moderna como o Brasil.

[1] LOBATO, Monteiro. Urupês. São Paulo: Globo, 2009. p. 177.


[2] DIWAN, Pietra. Raça Pura: uma História da Eugenia no Brasil e no Mundo. São
Paulo: Contexto, 2007. p. 102. Esta reabilitação do Jeca ocorreu quando Monteiro
Lobato se uniu ao farmacêutico Cândido Fontoura, em 1924, em uma lucrativa
parceria comercial. O Jeca Tatuzinho virou assim o garoto propaganda do Biotônico.
[3] DIWAN, Pietra. Op. Cit. p. 110.
[4] DIAS, Maurício. Monteiro Lobato, racista empedernido. Carta Capital. (Edição de
17/5/2013) Traz a carta em sua escrita original: “Paiz de mestiços onde o branco não
tem força para organizar uma Kux-Klan, é paiz perdido para altos destinos. André
Siegfried resume numa phrase as duas attitudes. ‘Nós defendemos o front da raça
branca — diz o Sul — e é graças a nós que os Estados Unidos não se tornaram um
segundo Brazil’. Um dia se fará justiça ao Klux Klan (...) que mantem o negro no seu
lugar”. Disponível in : http://www.cartacapital.com.br/revista/749/monteiro-lobato-
racista-empedernido.
[5] MANN, Thomas. Ouvintes alemães!: Discursos contra Hitler. Rio de Janeiro, 2009.
Jorge Zahar. p. 161. Seus discursos eram gravados em Los Angeles, enviados por
avião a Nova Iorque, onde eram transmitidos por telefone para Londres. De lá, a
BBC emitia em ondas longas (ouvidas pelo único tipo de rádio que os alemães então
tinham permissão de ter), os discursos para a Alemanha, com o fim de influenciar o
público alemão durante a guerra.
[6] FRANCE, Anatole. Sur la pierre blanche. Paris: Calmann-Lévy, 1905. pp. 24-25.
[7] LOBATO, Monteiro. O Presidente Negro. São Paulo: Globo, 2009. p. 92.
[8] Idem. p. 102.
[9] Idem. p. 129.
[10] Idem. p. 149.
[11] Idem. p. 91.
[12] Idem. p. 121.
[13] Idem. p. 77.
[14] Idem. p. 157.
[15] Idem. p. 196.
[16] MONTAIGNE, Michel de. Ensaios: Do Desmentir. Ensaios de Montaigne, Brasília,
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UnB/Hucitec, 2. ed. 1987.


[17] DIWAN, Pietra. Raça Pura: uma História da Eugenia no Brasil e no Mundo. São
Paulo: Contexto, 2007. p. 111.
[18] LOBATO, Monteiro. O Presidente Negro. São Paulo: Globo, 2009. p. 73.
[19] Op. Cit. p. 90.
[20] WILDE, Oscar. O Retrato de Dorian Grey. São Paulo: Saraiva.
[21] TOLSTÓI, Léon. Carta. Apud SCHNAIDERMAN, Boris. Tolstoi – Antiarte e
Rebeldia. São Paulo: Brasiliense, 1983.
[22] MAISTRE, Joseph de. As Noites de S. Petersburgo. 

Referências bibliográficas
CIRINO DOS SANTOS, Juarez. A Criminologia Radical. Curitiba/Rio de Janeiro:
ICPC/Lúmen Júris, 2008, 3a edição.
DIAS, Maurício. Monteiro Lobato, racista empedernido. Carta Capital. (Edição de
17/5/2013). Disponível in : http://www.cartacapital.com.br/revista/749/monteiro-
lobato-racista-empedernido.
DIWAN, Pietra. Raça Pura: uma História da Eugenia no Brasil e no Mundo. São Paulo:
Contexto, 2007.
FRANCE, Anatole. Sur la Pierre Blanche. Paris: Calmann-Lévy, 1905.
GREENBLATT, Stephen. Como Shakespeare se Tornou Shakespeare. São Paulo:
Companhia das Letras, 2011.
MANN, Thomas. Ouvintes alemães!: Discursos contra Hitler. Rio de Janeiro, 2009.
Jorge Zahar.
MAISTRE, Joseph de. As noites de S. Petersburgo.
MENDES, Gilmar. A jurisdição constitucional no Brasil e seu significado para a
liberdade e a igualdade. Disponível em:
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaartigodiscurso/anexo/munster_port.pdf .
Acessado em 13/4/2015.
SARMENTO, Daniel. A Liberdade de Expressão e o Problema do hate speech. Revista
de Direito do Estado, 4:99-101, 2006.
SILVEIRA, Fabiano Augusto Martins. Da Criminalização do Racismo: Aspectos
Jurídicos e Sociocriminologicos. Belo Horizonte: Del Rey. 2007.
LOBATO, Monteiro. Urupês. São Paulo: Globo, 2009.
LOBATO, Monteiro. O Presidente Negro. São Paulo: Globo, 2009.
TOLSTOI, Léon. Carta. Apud SCHNAIDERMAN, Boris. Tolstoi – Antiarte e rebeldia. São
Paulo: Brasiliense, 1983.
WILDE, Oscar. O retrato de Dorian Grey. São Paulo: Saraiva.

Rodrigo de Oliveira Ribeiro é advogado criminalista e membro do Conselho


Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro.

Revista Consultor Jurídico, 12 de dezembro de 2015, 7h19

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