MEDIDAS ELÉTRICAS

Prof. Dr. Rogério Bonette Klepa

Engenharia de Produção
Engenheiro Eletricista em Telecomunicações
Email: rbklepa@uni9.pro.br
 Conteúdo Programático
• Sistema SI de unidades;
• Erros de medições, exatidão e precisão;
• Classificação geral dos instrumentos de medidas;
• Aspectos construtivos (CC e CA, instrumentos analógicos);
• Medição de corrente;
• Medição de tensão;
• Medição de resistência;
• Multímetro analógico;
• Erros devido a inserção de instrumento analógico no circuito
(voltímetro, amperímetro);
• Multímetro digital;
• Sensores.
 Referências Bibliografia
• TORREIRA, Raul Peragallo; Instrumentos de medição elétrica, 3a Ed.
São Paulo: Hemus, 2002.
 Referências Bibliografia
• SENRA, Renato. Instrumentos e Medidas Elétricas. São Paulo:
Baraúna, 2011.
 Referências Bibliografia
• BALBINOT, Alexandre. Instrumentação e fundamentos de medidas. Rio
de Janeiro: LTC, 2010. v.1
 Referências Bibliografia

• Bibliografia Auxiliar:
• SOISSON, Harold E. Instrumentação industrial. São Paulo: Hemus,
c2002.
• ALVES, José Luiz Loureiro. Instrumentação, controle e automação de
processos. Rio de Janeiro: LTC, 2005.
• ROLDAN, José. Manual de medidas elétricas. São Paulo: Hemus, 2002.
 Avaliação
• 70 % da nota será realizada através da AV1 (a
prova pode conter questões dissertativas, múltipla
escolha e resolução de exercícios;

• Até 30%
- Participação e frequência em sala de aula;
- Exercícios realizados em sala;
- Lista de exercícios;

- AV2 – Aguardar informações coordenação.

 Erros de Medição
• Medição

– É o processo pelo qual obtemos a magnitude de

uma grandeza física, comparando a quantidade
dessa grandeza com a quantidade padrão dessa
grandeza.
• Exemplo:
– 6,25 metros

– 6x o comprimento do padrão internacional mais ¼ do mesmo.

 Erros de Medição
• Instrumento de medição, não deve perturbar o que
está sendo medido;
• É necessário a utilização do instrumento projetado
para sua aplicação específica;

• Os instrumentos podem ser divididos em 2 tipos:

– Instrumentos padrão;
– Instrumentos de medida;
 Erros de Medição
• Instrumentos padrão:
– Simular ou reproduzir uma grandeza;
– Restrito a laboratórios ou à avaliação de
instrumentos de medida;
– Melhor qualidade, condições especiais de uso;
– Erro é muito pequeno, praticamente zero;
– Usado para calibração de outros equipamentos de
qualidade inferior.
 Erros de Medição
• Instrumentos de medida:
– Usados para obter a medida de uma grandeza;

– Não possuem grau de sofisticação elevado;

– Seu erro é considerável, entre ±0,5% e ±5%;

 Erros de Medição
• Instrumentos não devem alterar o
sistema sob medição:

– Tanque d`água;

– Termômetro;

– Amperímetro.
 Erros de Medição
• Tipos de Erros:
– Internos do instrumento;
– Devido ao processo de medição;
– Por falta de experiência ou de habilidade do operador;
– Por condições externas do ambiente;
– Erros transferidos ou propagados;
– Por variação na entrada do valor medido;
– Por escrituração dos resultados.
 Erros de Medição
• Erros sistemáticos: São devidos a causas identificáveis
e podem em princípio ser eliminados.

– Devidos aos instrumentos;

– Devidos às condições externas;
– Devidos ao mau uso dos instrumentos;
– Devidos à maneira própria de leitura de cada observador;
– Erros metodológicos.
 Erros de Medição
• Devidos aos instrumentos:
– Alteração no atrito das partes móveis;

– Alteração na tensão da(s) mola(s);

– Calibração incorreta;

– Escala deslocada ou ponteiro torto.

 Erros de Medição

• Devidos às condições externas:

– Temperatura ambiente acima ou abaixo do valor
ótimo;

– Campos magnéticos ou elétricos externos numa

dada direção e sentido;

– Vento numa dada direção e sentido.

 Erros de Medição
• Devidos ao mau uso dos instrumentos:
– Uso de instrumentos sem o ajuste prévio do zero;
– Erros decorrentes de arranjo incorreto;
– Sobrecarga no instrumento durante ou anterior à leitura;
– Uso de instrumentos não adequado à medição desejada;
– Erro por efeito da carga imposta pelo instrumento ao
circuito ou ao sistema.
 Erros de Medição
• Devidos à maneira própria de leitura de cada
observador:

– Tendência de arredondar todas as leituras para

cima ou para baixo ou de desprezar parte do
valor indicado, leitura atrasada por excessivo
tempo de reação ou leitura antes da
estabilização.
 Erros de Medição
• Erros metodológicos:
– Ocorrem pela aplicação de um método de medição
que não é rigorosamente exato para caracterizar o
evento ou a grandeza a medir.
 Erros de Medição
• Erros são chamados sistemáticos por
ocorrerem respeitando um padrão:
• Ex: Galvanômetro, com atrito acima do normal;

– Fácil solução uma vez que detectados;

– Varias medições não alteram o resultado;

– Desvio constante e proporcional:

• Ex: voltímetro com +5V ou 2% acima do real
 Erros de Medição
• Erros randômicos ou aleatórios:
– Podem ocorrer em qualquer instrumento;
– Dificuldade em determinar sua causa;
– Quando possível determinar a causa, é difícil prever o
comportamento;
– Pode ser compensado por um conjunto de várias
medições;
– Também chamados de erros residuais;
 Erros de Medição
• Erros de leitura:
– Erros humanos na leitura ou interpretação da escala;
• Erro de paralaxe – erro provocado pela observação errada
na escala de graduação causada por um desvio óptico
causado pelo ângulo de visão do observador.

– Falta de cuidado, posição do ponteiro, estabilização

da indicação ou uso incorreto do instrumento;
– Incapacidade do operador;
– Seleção incorreta do instrumento;
 Erros de Medição
• Erro Absoluto:
– Dispõe-se apenas do valor medido. É a diferença
entre o valor medido e o valor de referência;
 Erros de Medição
• Erro Absoluto:
– Indica apenas o quanto o instrumento de medição
errou:
– Exemplo:
– Erro de +3 A para um valor de 10 A.
– Erro de +3 A para um valor de 1000 A.
 Erros de Medição
• Correção da leitura:
– Indica o valor da grandeza que deve ser adicionado ou
subtraído da medida do instrumento sob teste para se
obter o valor exato;
 Erros de Medição

• Erro relativo:
– Indica a relação entre o valor do erro absoluto e o valor de
referência da grandeza;

– Esta informação é muito mais consistente porque

considera o erro proporcionalmente ao valor de referência;
 Erros de Medição

• Erro relativo:
– Duas leituras apresentaram o mesmo erro
absoluto de +3 A, mas a segunda leitura é,
proporcionalmente, muito mais próxima do valor
de referência, indicada pelo menor erro relativo.
 Erros de Medição

• Métodos de medição:
– Medição por zero;
– Medição direta;
– Medição indireta;
 Erros de Medição

• Medição por zero:

– “A grandeza desejada ou a medir é obtida por uma
relação de equilíbrio através do ajuste de uma ou
mais grandezas diretamente associadas a ela.”

– “A ponte de Wheatstone é um exemplo desse tipo de

medição para obtenção da resistência elétrica por
equilíbrio de correntes (por detecção de corrente nula
ou zero).”
 Erros de Medição

• Medição direta:
– O resultado da medição é obtido diretamente do
instrumento de medida;
– Método mais utilizado;
– Menor incerteza;
– Exemplos:
• Medição de tensão elétrica com voltímetro;
• Medição de pressão com manômetro;
• Medição de resistência elétrica com ohmímetro;
 Erros de Medição

• Medição direta por comparação:

– O resultado da medição é obtido por comparação
com um “modelo”;
• Exemplo:
– Medir comprimento com uma régua graduada.

– A incerteza é determinada pela classe de exatidão

do instrumento quando disponível ou pela metade
da menor subdivisão da escala.
 Erros de Medição

• Medida indireta:
– A Grandeza que se deseja medir não é obtido de
modo direto:
• Exemplo:
– Medição de resistência elétrica usando um voltímetro e um
amperímetro.
 Erros de Medição

• Erro absoluto de uma medição indireta

– Tomemos a uma grandeza W qualquer, onde W
pode ser escrita por:
• W = f ( X, Y , Z );

– Tomemos apenas X para um representação

gráfica.
 Erros de Medição
• Erro absoluto de uma medição indireta
 Erros de Medição
• Erro absoluto de uma medição indireta
– Do gráfico:

• Expandindo a série de Taylor e desprezando os

termos de ordem igual ou superior a 2.
 Erros de Medição
• Erro absoluto de uma medição indireta

– Como:

– Então:
 Erros de Medição
• Erro absoluto de uma medição indireta
– Então o erro final, ao adicionarmos a termo em Z:

– E a expressão geral para o erro absoluto fica:

 Erros de Medição
• Erro relativo de uma medição indireta:
– Pela definição de erro relativo:

E como W = f (xi)
– Temos:
 Erros de Medição
• Erro relativo de uma medição indireta:
– Evoluindo a equação temos:

– Para as equações mais utilizadas de w=f(x,y)

temos:
Erros de Medição
Erros de Medição
Erros de Medição
Erros de Medição
Erros de Medição
Erros de Medição
Erros de Medição
 Exercícios vale nota
1-) A partir da interligação dos componentes representados no
circuito elétrico a seguir, determine:
a-) Determine o sentido da corrente em cada resistor;
b-) Determine o valor da corrente e da potência em cada resistor;

Dados: Vfonte = (1430 ± 0,08) V

R1= (15k ± 0,05) Ω
R2= (30k ± 0,05) Ω
R3= (20k ± 0,05) Ω
R4= (23k ± 0,05) Ω
R5= (60k ± 0,05) Ω
 Classe de Exatidão

• Trata-se do erro máximo percentual apresentado

pelo instrumento, em relação ao fundo de escala.

Onde:
CE = classe de exatidão;
fe = final de escala do instrumento.
 Classe de Exatidão

• Exemplo: A tabela a seguir mostra os

resultados de um ensaio em um instrumento
de início de escala em zero e final de escala
em 50,0. As medidas estão indicadas em
passos de 1/10 do final da escala e os erros
relativos são determinados em relação a esse
valor.
Classe de Exatidão
Classe de Exatidão
Classe de Exatidão
Classe de Exatidão
Classe de Exatidão
Classe de Exatidão
Classe de Exatidão
Classe de Exatidão
Classe de Exatidão
 Classe de Exatidão
• Instrumentos analógicos X digitais
– Analógicos:
• Erro no tratamento interno da grandeza a ser
medida;
• Decorrentes da má qualidade do circuito e
componentes eletrônicos do instrumento.

– Digitais:
• Erro na indicação da grandeza a ser medida;
• Circuito interno tende a arredondar o dígito
menos significativo.
Classe de Exatidão
 Classe de Exatidão
• Exemplo:
– Um amperímetro analógico com classe de exatidão ± 2%
e final de escala 300 A indica de 200 A. A Mesma indicação
é feita por um amperímetro digital de 3½ dígitos com
classe de exatidão ± 2% + 2 dms (dígito menos
significativo). A incerteza na indicação de cada um será:
Classe de Exatidão
Classe de Exatidão
 Precisão

• Entende-se por precisão o dado:

– de uma única medida,
– um conjunto de medidas
– instrumento;

• É a qualidade em definir claramente e

detalhadamente um valor.
Precisão
Precisão
Precisão
 Precisão
• Para uma única medida:
– Quantidade de algarismo significativos.
• Exemplo:
– Π= 3,1416
Precisão
 Precisão

• Em um conjunto de medidas:
– Consistência nas medidas;

– Repetitividade;
 Precisão

• Nos instrumentos analógicos:

– Qualidade da indicação
• Qualidade da escala
 Precisão

– Algarismos garantidos:
• Qualquer quantidade (mesmo nenhum)

– Algarismos duvidosos:
• Incerteza da medição

• Qualquer quantidade
 Precisão

• A figura mostra uma escala de um

instrumento onde o ponteiro indica
um valor maior que 1,2 e menor
que 1,3.

• Os algarismos 1 e 2 são garantidos

enquanto que o 3 é duvidoso.
1,27 ±0,01
• Pode-se estimar: 1,26; 1,27 ou
1,28.
 Precisão

• Qualquer algarismo diferente de zero é sempre

significativo, independente de sua posição. Pode
acontecer confusão se há um algarismo zero no
número. O(s) algarismo(s) zero não é (são)
significativo(s) se estiver(em) à esquerda do primeiro
significativo não zero, antes ou depois da vírgula.
• Exemplo:
– 0,3020mV = 0,0003020 V = 302,0μV, todos com 4
algarismos significativos.
 Referências Bibliográficas
• Referências bibliográficas:
– TORREIRA, Raul Peragallo; Instrumentos de medição elétrica, 3a Ed.
São Paulo: Hemus, 2002
– SENRA, Renato. Instrumentos e Medidas Elétricas. São Paulo:
Baraúna, 2011.
– BALBINOT, Alexandre. Instrumentação e fundamentos de medidas.
Rio de Janeiro: LTC, 2010. v.1
– Bibliografia Auxiliar:
– SOISSON, Harold E. Instrumentação industrial. São Paulo: Hemus,
c2002.
– ALVES, José Luiz Loureiro. Instrumentação, controle e automação de
processos. Rio de Janeiro: LTC, 2005.
– ROLDAN, José. Manual de medidas elétricas. São Paulo: Hemus,
2002.
– Teixeira, F. M. B. Análise Dimensional em Cálculos de Qu􏰅mica: Ou
Regra de Três 2.0 [internet]. K􏰅􏰅l. Dispon􏰅vel em:
http://knol.google.com/k/francisco-teixeira/an%C3%A1lise-
dimensional-em-c%C3%A1lculos-de/1cj9b3aczk232/5#view