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1. INTRODUÇÃO
2. MÉTODOS
● Qual é a frequência?
Após a observação das atividades e separação das entrevistas por função dos
funcionários (houve a comparação dos resultados da entrevista por função), analisou-se
os riscos ocupacionais e as possíveis medidas de controle que podem ser adotadas para a
minimização dos riscos.
A ordem dos processos que ocorrem nos frigoríficos de frango, são sempre de
forma linear conforme foram detalhadas acima, pois existe a portaria 210 de 1998 da do
Ministério da Agricultura, que discorre sobre a padronização dos Métodos de
Elaboração de Produtos de Origem Animal no tocante às Instalações, Equipamentos,
Higiene do Ambiente, Esquema de Trabalho do Serviço de Inspeção Federal, para o
Abate e a Industrialização de Aves no país (BRASIL, 1998; NEVES, 2018).
Riscos Físicos: são causados por ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não
ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade.
Riscos Químicos: são causados por poeiras minerais, poeiras vegetais, poeiras
alcalinas, fumos metálicos, névoas, neblinas, gases, vapores e produtos químicos
diversos.
Riscos Biológicos: são causados por vírus, bactérias, parasitas, fungos e bacilos.
Setor de Produção Riscos Físicos Riscos Químico Riscos de Acidente Riscos Biológicos Riscos Ergonômicos
Escaldagem / Ruído, Baixa temperatura - Cortes e Risco de queda Sangue de animais Movimento repetitivo,
Depenagem e Umidade. contaminados Má postura e Estresse
Ruído, Baixa temperatura - Cortes e Risco de queda Sangue de animais Movimento repetitivo,
Evisceração
e Umidade. contaminados Má postura e Estresse
Classificação / Ruído, Baixa temperatura - Cortes e Risco de queda Sangue de animais Movimento repetitivo,
Corte e Vibração. contaminados Má postura e Estresse
Ruído e Baixa - - - -
Embalagem
temperatura.
Riscos de
Setor de Riscos Riscos Riscos Riscos
Acidente /
Produção Físicos Químico Biológicos Ergonômicos
Mecânicos
Recepção e
Abate
Atordoamento
Sangria
Escaldagem /
Depenagem
Evisceração
Lavagem / Pré e
Resfriamento
Classificação /
Corte
Desossa
Embalagem
Congelamento /
Armazenagem
Através dos quadros 1 e 2 podemos notar que exceto para a fase de embalagem,
existe ao menos três riscos ocupacionais para cada função. Descreveremos mais sobre
cada tipo de risco a seguir.
Riscos Biológicos - Prevalentes na etapa após a sangria do animal, que decorre das
demais etapas da produção. Como a sangria é um processo que não pode ser retirado ou
isolado da produção, a medida de controle mais eficaz é o uso de material de proteção
individual como luvas e máscaras de proteção.
Através dos resultados obtidos foi possível verificar que o trabalho no frigorífico
é uma atividade muito desgastante para o trabalhador devido a quantidade exaustante de
movimentos repetitivos, pelo período em postura inadequada, necessidade constante de
esforço físico e local úmido com temperatura baixa. Portanto é uma atividade que pode
gerar muitas doenças ocupacionais.
O objetivo do estudo de caso foi alcançado, pois foi possível detalhar as etapas
de produção do frigorífico de frango, assim como identificar e detalhar os riscos
ocupacionais existentes para cada fase do processo, e propor algumas medidas de
controle para a redução de cada tipo de riscos. As maiores queixas caíram sobre os
riscos ergonômicos.
Como sugestão de novos estudos que podem contribuir nesta área, deixo a
sugestão de estudos voltados para medidas de controle que visem minimizar doenças
ocupacionais ligadas a riscos ergonômicos.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Acidentes de Trabalho Lei nº. 8213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os
Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências, Diário Oficial
da União (DOU), Brasília, 1991.
Takeda, F., Merino, E. A. D., Merino, G. S. A. D., Moro, A. P. R., & Dias, N. F. (2016).
Avaliação dos indicadores de acidentes de trabalho como proposta de intervenções
ergonômicas em um abatedouro de frangos. Revista Produção Online, v.16, p.182-209,
2016.
VILELA, Rodolfo Andrade de Gouveia; ALMEIDA, Ildeberto Muniz de; MENDES,
Renata Wey Berti. Da vigilância para prevenção de acidentes de trabalho: contribuição
da ergonomia da atividade. Ciência & Saúde Coletiva, v.17, p.2817-2830, 2012.