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IIZ~ em.Ass~CIAÇÂo uos~n&osAL"Il:NOS DAPoJ.tnícNICA
~ SÊOE ADMINI STRATIVA: CLUB OE ENG~NHARIA
SÉOE SOCIA L : ESCOLA NACIOAAL OE I!NGENHARIA

CURSO DE PROJETO E EXECUÇAO' 'DE BARRAGENS DE ·coNCRETO


UNIDADE II- - FUNDAÇOES

ASSUNTO: TRATA}ffiNTO DAS FUNDAÇOES DE BARRAGENS COM INDEÇOES

PROFESSOR: CASEMIRO JOS~ MUNARSKI

RESUMO

O trabalho apresenta o tratamento · das fundações de barragens cujo


objetivo é o controle da percolação d'água utilizando injeções de
cimento e drenagem, bem como· outrós métodos que visam a ·rnelhoría
das propriedades da rocha de fundação e da s ombreiras. Estão tam
·' bém descritcs os equipamentos para a injeção, a qualidade das cal
das de cime nto e recomendações para a pressão de injeção. Ao mes
mo tempo, é recomendada a instrumentação da fundação para a veri-
ficação da eficiência do tratamento.

S U M M A R ·y

The paper deals on dam foundations treatment, Their scope which


is the seepage control through · the foundations using cement
grouting and drainage. The rock properties can be improved by
others methods. Besides, · are described the grouting pressure-
equipment, cement and water mixes and recomendations for grouting
pressure. Finally, is recomended.instrum.ention to check the
quali ty of foundation treatme~t: .• ·

1.) INTRODUÇ~O E OBJETIVO

No projeto de uma barragem é necessário determinar as. forças que


podem existir afetando a estabilidade da estrutura. Consideram-
-se as forças devidas à pressão externa da água;· a pressão inter
na da água (subpressão e poropressão) na barragem e na fundação;
a pressão de sedimentos acumuláveis (silte); a pressão do gelo(se
fôr o caso); aos sismos; ao peso da estrutura, comportas e outros
mecanismos.
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Como nem todas as forças se manifestam com plena intensidade ao
mesmo tempo, a sua combinação na verificação da estabilidade da
barragem deve ·ser intencionalmente selecionada .

No tratamento das fundações interessa especilamente a pressao da


água na estrutura, nas rochas das fundações e dos encontros. A
pressão externa é calculada nas estruturas sem vertedou~ em fun-
ção da altura no nÍ:vel d'água sobre as fundações. Existindo uma
lâ.~dna d 'água vertesóura, considera-se· o nível máximo . no reserva-
tÕr·io .

A pressao interna ou subpressão ocorre nos poros, fendas e juntas


tanto na barragem como na sua fundação. ~evidente que . estes es -
paçoes cheios d'á~ua vão exercer pressões em todas as direções.
Esta pressãq pode . ter ~m efeito · i~portante na estabilidade da bnr
ragem e portanto, dev~cluida na análise da sua estabili_dade . -
Admite-se que a subpressão são seja afetada pela. força de sismos.

Nas barragens de concreto sobre -rocha é difícil determinar a sub-


pressao. Admite-se geralmente que a pressão nos poros na . ro·cha
ou no concreto se exerce em toda a secção da base da barragem. As
sim sendo, a intensidade da subpressão na face de montante é igual
a pressão do reservatório, com variação linear até a pressão de
ju sante se houver algum armazenamento d'água, ou pressão nula quan
do não existir. ~sto é real não somente no contato ·da barragem e
sua fundação mas, também, no corpo da ba~agem.

A subpressão. pode ser reduzida com a implantaçãq de drenos no cor


po da b~rragem e na rocha de fundação. A sua localização mais i~
dicada é proxima . da face de montante, com cuidado de eyi tar qual-
quer interligação com o reservatório, o que conduziria a perigo
para a obra.._.

Outras maneiras de reduzir a subpressão no contato da barragem


com a fundação, incluem a introdução de septos de estanqueidade
na face de montapte, consttução de ·canais de drenagem (tubos) en-
tre a barragem e .sua fundação e injeções de cimento ou outros ma
teriais com pressãó.

O peso da estrutura -incl_u e o peso do concreto mais as comportas,


mecanismos e pontes. O peso total atua verticalmente no ce'ntro
de gravidade da secção transversal da barragelfl. Con_si dera- se tam
bém as demais forças relacionadas. (Fig la e Fig lb).
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Nas condições de estabilidade, as cargas horizontais e verticais da
barragem, ·estarão em equilÍbrio por forças i guais e opostas, que
constituem a fundação da barragem. · Pode-se computar as reações ve r
ticais que passam pelas faces de montante e jusante , utilizando as
fÓrmulas compressão excêntrica sem considerar a subpressão . O dia
grama combinado , se obtém na superposição.

Esta aval iação deverá ser procedida para verificar a compatibilida-


de 20m as condiçÕes ·· da rocha de fundação.

Dependendo de sua qualidade, serão recomendáveis os métodos de tra -


tamento da rocha, visando a sua melhoria ou compatibilização .

2 . ) litTOOOS DE TRATAMENTO DA ROCHA DE FUNDAÇJtO

A me lh.o ria das propriedades da rocha de fundação, pode ser obtida


por trê s tipos diferentes de tratamento, como sejam:
a .) redução da deformação
b .) aumento da r esistênc ia
c . ) controle das forças hidrá ulicas
Eles não são de mesma valia para todos os casos e a sua escolha no
tratamento ~as fundações depende mais de uma apreciação subjetiva.
Existem obras que foram cons truídas sem qualquer tratamento. da ro-
cha de f undação e n?utras, foram utilizados t odos os corretivos sem

atL<gir plenamente o objeti vo ~

Os métodos co nve ncionai s e os mais recentes ã disposição dos enge-
nheiros incluem:
1.) injeções de consolidação
2 . ) escavaçao e conc r e tagem de juntas e f a lhas
3 .) enrije cimento superficial
q.) atirantamento com aço
5 .) cortinas de injeção e drenagem
Para atingir a certo grau de segurança nas fundações, será necessa-
ria talvez a combinaç ão del es e muitas vezes nem todos eles soluc io
nam totalmente os problemas . A escolha de um certo tipo de obra e
no estudo integra,do e~tre as inves tigaÇões e o projeto, pode se en-
cont rar uma s Õlução mais compatível com o provável comportamento da
ro cha.

As injeções de co~solidàção t ê m por objetivo a umentar a compacidade


das rochas .de fundaç ão , melhorando a sua res i stência mecânica em e s
. -
p ecial · no· caso de rochas f issuradas . Elas se empregam nas zonas
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prÓximas do fUJ!c;lO das e _l?cq.vações __na -~~i~_ri_~ ...<!~s_..Fand~s-~~~~agens.
Os principai;· ..ef~· i·~-~s· sã~ ··~-;~d~ção da parte i;.re;;t;5i~el das de-
formações e o aumento dos módulo de elesticidade da rocha. Para
isto, as rocha~ devem se apresentar com fissura s e também, serem
injetáveis .

A exist ência de juntas e falhas nas fundações das barragens, não


deve ser razão suficiente para a c~n'tra indicação do local . Existem
poucos locais livres de · acidentes geolÓgicos importantes. Os mate-
rla~s molaes de reenchimento de juntas ou fissuras, são removíveis
o em se
e l aváva1s; su st~tuido s por concreto manual ou cal da de cimento in-
j etada. Muitas vezes este tratamento não se t orna necessário em
~oda a área da junta ou falha e a simpl es concret agem de uma r êde o

retangular de galerias e poços , localizados na zona di a clasada, po


de ser a solução. O problema da substituição ou ree nqhimento com
concret o das juntas ou falhas, pode conduzir a variações no estado
de tensões, c uj a determinação não é facil • . Recomenda-se que o lo-
cal seja convenientemente ins trumentado par a as possíveis verifica
çoes.

O afroouxamento superficial' progressivo de rochas fissuradas, pode


ter origem no relaxamento das tensões confinantes quando se f az
a escavação . Pode se r acompanhado por r otação ou translação de
blocos e matações, que r eduzem consideravelmente a resistência e a
r igidez da massa, em profundidade . A apl icação de gunita ou arga-
massa proj e t ada na rocha imediatamente após as escavações , . deve
exercer prot eção e f etiva cóntra Ó intemperismo. Com ela se preen-
cherá todas as depre ssões e vácuos, podendo aumentar a rigidez da
"epiderme" da rocha . Com o mesmo objetivo, podem ser empregados
contrafortes ou escoras . A sua eficácia, entretant o , não será tão
completa , pelo i nconveniente de trazer descontinuidade entre os
contrafort es .

A falta de res istência ã tração e mesmo na~


fracas ~e~sões de ci-
zalhamento da r ocha , dev~da.s a . des cc;>ntinuiqade da massa, podem ser
solucionados com atirantamento com aço. Trata-se de. reforço . passi -
vo com~ no ca~o do concreto armado e ativo, no concr eto pretendido .
A rocha fissurada sendo ~ si te-ma descontinuo .~ de comportamento
radicalmente diferente do que o concreto. Cada vergalhão ou cabo
de aço incorporado a rocha é solicitado por carga bem definida. O
efeito des~a nova carga aplicada na r ocha , é reduzir a import ância
das outra.s car gas aplicadas, especialmente as que são perigosas p~
ra a sua estab~~idade . ·· CPEBC- 23/10 /80 - pág. 4 de 34
Ela deve elevar a resistênc i a ao c i zal hamento de certas junt as pelo
aumento da compressão entre elas. Ainda , deve intr oduzir uma com -
pressao suficiente para e vitar a apariç ão de fissuras e também eli-
minar parte da deformação. definit i va , fechando as f i ssuras abertas
-
da rocha . Uma das desvantagens da pro t ensao e~ a concentraçao - de
tensões proxirno das ancoragens e também , a possibilidade de pertur-
bar o equilÍbrio em blocos de rocha pela aplicação dess.a nova força.
Noutras, a pretensão sómente pode ser real izada s i multaneamente com
in j eção de cimento de toda a massa . Existe , ainda, o inconveniente
de risco da corrosão do aço em altas te n sões , especialmente em pre -
...
sença da agua .

... O controle de percolação pel as fundações e pe l os encontros pode ser


feito por duas técnicas mutualmente complementares , ainda que pos-
sam ser empregadas isol adas. Refer imo- nos a cortinas d~ injeção e
drenagem (fig 2) .

Na maioria das fundações em rocha , ant igamente se injetava para re-


duzir as infil~rações de água dos reservatórios e mais recente me nte ,
a s barragens têm cortinas mais prof undas para aumentar o caminho de
percolação d ' água e sómente as barr~gens de peso possuem dren agem
restri ta á zona de contato .

• A drenagem é considerada como um meio e f e t i vo para o controle da


subpressão •
.,
As cortinas de injeção executa das numa ou mais linhas de furos ·são
projetadas para obturar o escoame~to d ' água e teóricamente devem re
sistir a pressão hidrostátic~total pelo' lado de monta~te , nao de -
vendo passar água através del a. As infiltrações de jusante , i gual-
mente , não devem trazer per igo para q est abilidade da fundação.

Nem sempre este obj etivo é atingido pois as caldas de cimento nao
penetram nas pequenas fissuras ou não são f orçadas a remover os s il
tes ou outras partículas das juntas . Em larga escala o jateame nto
das fissuras o u o emprego de produt o s quí micos que solucionariam o
...
problema , e ge ralm~nt~ conside rado muito oneroso .

As cortinas podem ~er afet adas por defeitos l ocai s de e xecuçao , es-
, : ~ cilamente no caso de rochas finamente f i ssur adas .

A dificuldade em injetar a rocha finamente fraturada é contra balan


çada , felizmente , pela efet i~idade da drenage m que conservará o po-
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tencial hidráulico em b~ixo nível na ~ace de jusante.

Os resultados atingidos são os mesmos pelas injeções e pela drena


gem, considerando-se q~e a drenagem aumenta a infiltração enquan-
t o que a inj eção a. reduz. (Fig 3).

Quando a condutibilidade. de rocha .é baixa , os aspectos são de po~


c a conse'q uencia; se , entretanto, inversamente for a lta, a rocha
serâ inj et ada igualmente, para a sua cons olidação .

Em vi s ta destes considerações pode-se re s umir:


o

A drenagem é essencial e a .injeção desnecessária nas rochas de


baixa permeabilidade. (5 Lugeon ) (Fig 4).

A i nj eção é necessária para reduzir as infiltrações e a drenagem


é dispensavel nas rochas fissurada s , de a lta permeabilidade . (50
Lugeon)

Nas rochas de permeabilidade moderada a drenagem é util e. a cor


tina de injeções pode se~ sempre executada preenchendo a s abertu
ras ou reduzindo as infiltrações.

3.) INJEÇOES E DRENAGEM


As injeções de cimento na rocha de fundação são r ealizadas para


crear uma barreira efetiva á perc~lação d 'água debaixo da barra-
gem e a sua cons0lidação •. O espaçament o , extensão e orientação
dos furos de injeção e o procedimento a ser seguid0 nas injeções ,
dependem do porte da estrutura e das cara-t erísticas geolÓgicas
da fundação . Como as caraterísticas d.e uma fundação :variam para
cada l oca l, o plano de injeção deve se adatar á s condições espe -
cíficas para cada obra .

As . operações de injeção podem ser executadas após a escavaçao da s


. . ' ·. ·
fundaçõ es n o paramento de. montante da barragem
. ou sobre platafor
--
ma já concretada no interior de g~ler~a s de barragen~ e . também
de tuneis, escavados nos encontros e a combinação desses locais.

As injeções de rocha d e fundação da bar rage m são inic i a lmente a-


plicadas com pressões baixas e rasa s, s eguidas por pressões e l e -
vadas em cor t inas profundas . A p~ssão .a plicada <;leve ~er conve-
nientemente normal , é aquela que : pre~nche. os ~a~ios · e f endas co~
pletamente, sem causar elevação ou deslocament o da fundação .
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3.a) Injeções de consolidação

Os furos levam a d,esignação B e referem-se a injeções de baixa pre~


são para preenchimento de vazios, de zonas fraturaàas e fendas nas
escavações das fundações e possuem pouca profundidade. O tamanho
da área a ser injetada e a profundidade dos furos. dependem das con-
dições locais.

Nas estruturas com 30m ou mais de altura, costuma-se adotar linhas


de furos paralelos ao eixo da barragem de montante para jusante, e~
• paçados aproximadamente de 3 a 6m.. Os furos fieam escalonados nas
linhas alternadas para o melhor recobrimento da area. A sua profu~
didade varia de 6 a 15m dependendo das condições locais e também,do
porte da estrutura. Para barragens menores do que 30m de altura,
este tratamento é realizado somen~e na parte de montante. Assim,
as injeções se tornam um septo para as injeções de alta pressão da
c9rtina.

Os furos "B" geralmente são normais aos planos de escavação, poden-


do ser inclinados se forem intercptadas falhas, cortes, fraturas,
juntas ou rachas. O mesmo pode .ser realizado nos encontro~ da bar-
ragem. Essas injeções de consolidação raramente são executadas de~
tro de galerias depois do lançamento de camada de concr~to até cer-
ta altura. Nesses casos é necessário verificar se as injeções nao
provocaram algum desligamento. do corpo da barragem da sua fundação. ·

Na execução do programa de injeções de consolidação, os furos de-


vem ter pelo menos 38mm de diâmetro e injetados de 12 a 24m entre
si para posterior subdivisão das distancias dos furos. Pela quanti
dade de calda injetada pode-se avaliar a maior necessidade de furos
adicionais. Ao término das injeções a tomada de calda deve
. I
ser
considerada desprezível e igualmente observado um razoável preenchi
mento das rachas, fendas e fraturas.
. .
A dosagem de água e cimento depende da permeabilidade da rocha de
fundação e a.s pr~ssões de injeção de consolidação variam muito e
em especial com as carater!sticas da rocha, isto é, sua resistência,
estratificação, juntas e da profundidade da rocha a ser injetada.

3.b) Cortina de Injeções

Nas cortinas de injeções executadas de dentro de galerias, deixadas


no maciço da barragem, abrindo furos geralmente de 50mm que recebem
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a designação "A", espaçados entre s i de 3,0m, podendo ser executa-
dos furos intermedi ários . As injeçÕes são realizadas após as inj~
ções de consolidação e a execução de concreto da barragem até cer-
ta altura. No caso de não existir galeria e para barragens de me
nor porte, se executam as injeções nos furos l ocalizados na parte
de montante da barragem que recebem a designação " C" e sao i!:jeta-
.. .. dos um pouco an·t es do e~chimento do reservatÓrio. (Fig 5)

A localização do alinhamento da cortina situa-se geralmente na pro


jeÇão que passa ' pel o topo da barragem. No caso de injeções dentro
de galeria~ estas podem ter a inclinação de cêrca de lS~. Em tu-
neis ~ as .declividades podem variar entre a · vertical e a inclinação •
· pára JOC)ntante. (Fig 7). ··

Costuma-se· deixar tubos com SOmm de diâmetro incorporados no con -


creto das galerias, que sao perfurados em seguida para as injeções.
A distância -entre às - duas injeções pode ser de 12m, que posterior-
mente se injetam nas dimensões intermediárias, abrindo préviamente
os furos.

A profundidade dos furos depende . das característi~as . da fundação e


da ·carga hidrostática. Nas.. rochas duras, a profundidade pode va-
riar de 30 a 4 0% da carga hidrostática. Nas de qualidade inferior,
este valor poderá atingir a 7Ó% .

As injeções sao executadas· núma ou mais linhas paralelas ·de furos G

e se localizam na face de montante da barragem. Empre~am-se mais


linhas de furos geralménte quando ~ necessário injetar prbfundame~
te com elevadas pressões e simultâne~mente realizar i~jeÇôes de
consolidação das camad~s mais superfi ciais , em áreas maiores.

· O caso ma~s simples de plano de· in) eçãà é uma_ cortina ·com todos os
furos á profundidade Única, o que acontece nas pequenas barragens
e também nas maiores, onde o · coef1ciente de permeabilidade da ro-
cha é relativamente uniforme e mais estanq ue abaix? da camada. Os
furos · ficam distanciados entre si geralmente de 3m.; dependendo da
natureza da ro~ha de 4,5. a 7,5m. Sã~ submetidos a prova d'água e
injetado s. Nova sér~e de furos intermediários são perfurados, en-
saiados e 'injetados ' e se fÔr o caso , ~ais uma série de furos, redu
zindo a /4 as distancias entre si, igualmente injetados. O pro-
1

cesso prossegue até se obter a suficiente estanqueidade.

AlgUmas vezes emprega-se a injeção descendente onde a · r ocha de fun


dação apresenta planos : horizontais e de fraqueza,, · que poderiam
ser erguidó's pela pre ssão de' injeção.
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Inicia-se com perfurações razas que são injetadas a baixa pressao.
A seguir, são lavadas antes do endurecimento da calda e continuada
. a perfuração parà estágio mais profunO:o; novamente é injetado :o f.!!_
ro com pressão· maior ·e o processo se repete atê o estãgfo ·final.

Como geralmente a estanqueidade da rocha aumenta com a profundida-


de, não é necessári o <fue todos os furos atinjam a mais profunda
das · perfurações. · ·· ·

As perfurações para as inj e çõe·s quando rotativas tràzem a vantagem


de obstruir menos· as fendas, fissuras e rachas do furo e faci l i:tar
a p.enetração' da calda de cimento.· O s eu custo é elevado e s o mente

se empregam para a real i zação de. ensaios de verificação das inje -
ções. As perfurações por percussão, mais econômicas se empregam a
té profundidades de 12m.

Nas perfurações maiores emprega-se a sondagem ro!ativa. O diâmetro


desta é de SOmm~ podendo ·iniciar-se com diâmetro de 120 a lSOrrun .
nas camadas superiores.

Os furos deverão ser limpos com ar e água antes da .injéção. A


água ê injetada nos furos COJI\ pressão moderada para a limpeza · ·das
fissuras e localização de surgências na superfície, que deverão

ser fechadas antes com a inje ção.

o liquido· introduzido se denomina calda de injeção e como as cal-


das ralas são melhor injetâveis .que as espessas, inici~se os tra
··balhos com calda de maior
.. fator A/C,
.
reduzindo-se gradualmente
.. a
água atê proporções iguais ao cimento. Onde se torna difícil es-
tancar com caldas e spessa:s, pode-se ·;;.~troduzir partículas mais gra
udas de areia, cinza volante e mesmo serragem de madeira e outro s
materiais.

Dentre estes, têm-se ·· a bentonita; que pode ser empre.gada nas inje-
çõe s também isoladamente. · Por apresentar a proprie'dade de tixotro
pia, ela tem · alguns empregos esp:cíficos, espe cialmente qua.ndo se
deseja retardar a pega.

O método de injeção · deve · 's e r 'c onstantemente adatado á obra em :fô~o.


Cada ob~a· pode ter o curso do tratamentÓ mudado~ se.fôr o caso, em
vista da experiência obtida durante o desenvolviment~ : do trabalho.

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~.c) Drenagem

Embora a cortina de injeções reduza a percolação, em ·alguns casos


é ne.ce&sá~io inter~eptar a água .que percola através da cortina ou
que a contorna, pois poderão ser criadas elevadas pressões hidro~
tâticas na base da estrutura. Com a drenagem obtida. pela perfur~
ção de uma ou mais linha d~ furos a jusante da ' cortina, pode-se
reduzÍ•la. O tamanho, espaçamento e profundidade de~ses furos de
pendem das p~priedades fÍsicas da rocha. Os furos geralmente
têm ?Snun e seu espaç.amento fica . em cêrca de 3m. Os ·furos variam
de. 20 a 4 O\ da J>rofundidade do reservatório e 35 a 75% d e profun-
did~de da q.ortina • .<Fig 6). Um sistema de coleta ·.das.. águas é !:.
bért~unda~5es,' que as conduzem para a s galerias ou túneis. (Fig
8)

3.d) Caldas de cimento

Embora as injeções de·. <;!aldas sejam . aplicáveis a yarios produtos


e·s tá mais desenvol vida para o c i mento. As caldas são s~spensões
de cimento em água, limitadas ao tamanho de partícula de 0,2mm p~
dendo conter par-tÍculas cem vezes menores quando se lhes adicione
argila.


Os ensaios mostram que as caldas de Gimento injetâveis podem.ser
comparadas a fluÍdos plasticos. Esses não podem escoar em regime o
lamelar se ~ão ~hes são aplicados esforçoes que ultrapassem a um
certo valôr ~ue ~orrespond~ ao limite ·de escoamento. Quando ·a
- . ~ 4
suspensao esta escoando, as P.artl.c.u las se deslocam uma~ em rela •
ção ás .oÚtras
. . cizalhamento é aplicado ao . fluido que
e. o esforço de
as contem., A forma e a f;inura das partÍculas em su,spensão pode
· tornar o escoamento mais móvel.

Para a calda penetrar no meio injetado, influem a sua fluidez e


estabilidade. A fluidez da ~ald~ é que determina a potência ou
vazão da bomba de injeçã9 e pode ser conhecida no canteiro pelo
ensaio do cone. A falta de estabilidade se traduz .P or uma separ~
ção t'âcil dos constituintes intr{nsecos da suspensão e isto. ocor"':'
re quando a água abandona as partículas solidas sob o efeito da
pressão. O ensªio de e x~udação serve.para medir a estabilidade
da .calda e corresponde~ quantida~e de água li~e que aparece na
superfÍcie do recipiente de.ixado em repouso .por ·certo ·tempo (120
min).

CPEBC - 23/10/80 - pág. lO de 34


As çaldas ·ralas . apresentam m~ior penet~ação (fatorA/C ,- 2:1) p~
rém são pouco estáveis, têm alto fator de sedimentação e .baixa re
sistência á compressão.

As. caldas que apresentam maior injetabilidade s~o a~ ··de· fator(A/C


- 0,7/1 e 0 , 5/l) (peso). Elas se posicionam na região de menor
curvatura da curva, tempo de escoamento e fator de sedimentação,
aliando assim maior fluidez e estabilidade.

Com base nos ensaios pode se comparar a injetabilidade das varias


caldas~ basta prepará-las para a mesma fluidez. Aquela que pos -
suir a estabil.idade ~is elevada certamente será a mais injetâvel.
.. A injetabilidade é também influenciada pela finur~ e compo~ição
do cimento, pela natureza de aditivos utilizados e . teor de água.

A finura pode · se.r carateriza<:Ja com a moagem variável do clinquer.


Quando a mo~gem . é . fraca, ocorre a aglomeração das partículas finas
na cald~, qu~ entret~ nto ..desaparece quando se faz a agitação. Tem
_ -s. e. , o~_servado que os c;imentos com maior superfície especifica,peE_
·.-manecend~ constante o fator agua-cimento, apresentam escoamento
proporcional. Observa-se igualmente que o aumento da finura do
cimento para o mesmo teor de água provoca um aumento da estabili-
dade da suspensão, acompanhada de redução da fluidez.

Dois fatores importantíssimos devem ser levados em qonsideração


..
na injetabil_idade da_s_ caldas , que são: a pressão de injeção e o
raio de alcance da cal da . A prática americana~ européia .preconi
za a injeção de caldas mais ralas, inicialmente A/C = 211 ou até
AIC - ~Q/1 que s~o progre~si'?a~nte engrossadas até A/C = 1/1.

A injeção de caldas espessas com pressões baixas (0,25 kg/cm2-;m)


·pode não ser e.f ~ciente pai_'a. a,~:guns tipos de maciços. rochosos. O
a~ento da pressão de injeção . poàerâ conduzir a resultados melho-
res. Por outro lado, pode se calcular o raio de alcance de uma
injeção para a mesma pressão. Uma calda de ''A/C = 2/1 tem cêrca
do dobro do raio de alcance de uma calda de A/C = O, 7/1. O r esul
tado prático imediato é aumentar o raio de alcance da calda, dimi
nuindo assim o· numero de furos do programa de injeção.

No caso· das injeções de consolidação ond·e existe a preocupação da


resistência do meio ijetado, deve ser considerado igualmente este
ângulo.
' ... CPEB·c - 23/10/80 - pág. 11 de 34
Paralelamente, a injetabilidade das caldas pode ser melhorada utili
zando certos· proces·sos· e matet-iais. Cita-se a agitação violenta e
· prolongada dur.ante minutos, que confere novas propriedades á calda.
O cimento, por efeito dos choques violentos sofre uma e levação de
temperatura do meio e também, uma hidrataÇão acelerada que libera
ceJ>ta quantidade 'de partículas coloidais, intervindo na estabilida-
de e fluidez da calda.

A elevação da temperatura condu.z a caldas mais estáveis e por isto


certos autores aconselham aquecer os componentes na hora da mistura.

A argila betonitica em pequenas quantidades, acrescentada ao cimen-


.· to modifica o· comportamento da suspensão, melhorando a sua injetab!
o
lidade, além de. contribuir com a tixotropia.
• '<

Usualmente, com o objetivo de caraterizar a injetabilidade de uma


calda, executa-se um ensaio, que consiste na medida do tempo de es-
coamento de um dado · volume, injetado á pressão 'c ontante, acompanha-
qo do ensaio .de exsudação. Elábora-se um diagrama de injetabilidade
relacionando os dois resultados de ensaio. A análise do diagrama
...
.permite conhecer a calda de · maior segurança quanto ao teor de agua
e ~s· diversas proporções do cimento. ·

Independentemente dos fatores .inerentes do maciço rochas quanto ao


seu fraturamento, estratificação , juntas e falhas que influem no
projeto :de tratamento das fundações por meio· de injeções de cimento,
existem .a·lguns . parâmetros · que podem ser variados para atingir ao ob
· jetivo "desejado •.

Destacam-se entre eles , a relação água/cimento, o espaÇamento entre


furos e a pressão de injeção.

A relação A/C carateriza o comportamento da calda.. Quando ela é su


perior a unidade, o seu comportamento· é como o fluÍdo Newtoniano;en
tretanto, se for menor do que. um; comporta-se como corpos ~e Bingham,
que ·p ossuem carater!sticas viscoso - plásticas e com limite de esco
amento.
... ...
A velocidade das caldas ·newtonianas numa fissura e proporcional a
pressão de injeção e inversamente proporcional á viscosidade. Qua!:
do a velocidade cái ·abaixo de certo limite é que as partículas soli
das começam :a ..sedimentar; ·portanto; a injeção das · fissuras corres -
ponde ao preenchimento delas com os solidas transportados em suspe!!
são e que ~ediment~m, de~ido a redução da velocidade.
CPEBC - 23/10/80 - pág. 12 de 34
No espaçamento dos furos ~eve se considerar que quanto maior a
pressão e menor a v iscosidade da calda, maior é o raio de açao da
injeção e portanto, atinge- se maior área com menor número de fu -
ros.

A pressão de injeção deve ser a maior admissível, o que deve ser


previsto no proj et o através de ensaio "in situ", com controle do
deslocamento do maciço , inclusive durante o andamento das inj eções
-.
na · obra.

3 . e) Equipamento e pressão de injeção

O equipame nto de inje ção consisteem um mistura dor de calda , de um


agitador, bomba de injeção e um sistema de tubos e mangueiras pa-
: ·ra a circulação ·da calda. (fig 9). ·Tanto a tubulaçãó como o sis -
:tema de distribuição perJti te controlar a press~.o de injeção sobre
~ ~ boca ..'do ,f uro. A caida é normalmente injeta da com bo~a de pis-
tão duplo ou do tipo de rotor, d e parafuso helicoidal. (Fig. 10).

Dependendo do porte da obra, a i nstalação pode ser fixa·. Nas gra_!!


. des obras , onde muito s milhares de sacos de cimento serão injeta-
dos, uma usina pode ser plename nte justificável . Nos trabalhos
de menor porte, a s injeções são executadas com o mínimo de equipa
mento, tanto quanto possível, port~til. (Figs li e 12). Em qual-
quer caso, deve se r adequadamente protegido do tempo, congelamenw
to, cal or excessivo e t empo umido ou chuvo so . Ele deve ser di s-
posto de forma flexível , de modo que a quantidade de injeções po.§_
sa variar de · acordo com a tomada de calda pelo furo qu e está sen-
do injetado. (Fig 13). Nas instalações fixas.,o suprime nto d·e cime_!!
to deve ser bem loca lizado, para evitar perdas de calda nas tubu-
lações apôs o término da injeção de cada furo . Nas instalaÇões
móveis, · o deslocamento do equipamento deve ser feito sem maior di
ficuldade. Para isolar certas porções do's furos , emprega.~-:- se ob-
turadores que permitem injetar ·melhor as fendas ou zonas mais pe~
meâveis da rocha de fundação. (Figs 14 e 15).

A pressão de injeção é influenciada pelo s seguintes fatores :

1.) tipo da rocha


2.) estado d e fraturamento
3.) sistema de juntas na rocha
4.) estratificação dà rocha

CPEBC - 23/10/80 - pág . 13 de 34


S.? . profundidade d~s inje~ões
6.) locaÇão qo furo a ser injetado
7.) sobrecarga devido á estrutura

A primeira recomendação para a pressao é nao ultrapassar ao valor


que possa causar .danos a rocha e que nao ocorra o seu ·l evantamen-
to . A pressão execissiva pode enfraquecer as camadas rochosas
por ruptura, ou mesmo destruição_, de cortl:na já executada. :re.sultan
do Gm consequência um aumento de permeabilidade. A p~ssão máxi-
ma é difícil de determinar pois cada fundação apres~nta suas pec~
l iaridades seja pelo tipo ·de .rocha ou pela conformação . das juntas
e e stratificação. Ela normalmente é determinada no início das
injeções ou por ensaios de injeção executados antes do. tratamento
..
das fundações. Pode-se definir com~ pressão ideal de injeção a
pre ssão máxima que não causa movimento ~o maciço· rochoso. O cri-
tério normalmente estabelecido pela prática americana é de · uma
libra/pol2 por pé de profundidade, ou seja, de 0,23 · kg/cm2/m. Es
te critério não. leva em conta . a resistência do maciço, sendo apli
câvel a rohca com estratificação e fraturas horizontais bem desen
volvidas, proximas á superfície da. fundação • . Caso se leve em co~
ta a r~sistência do maciço, as pressões podem ser consideravelmen
te aumentadas.

Dependendo da estrutura geolÓgica da densidade qa rocha, o Bureau


of Reclamation recomenda pressoes entre O,17 kg/ cm2 /m a O, 58 . kg/ crn2
/rn.

As pressoes de injeção recomendadas pela pratica . europ~ia são maio


res do que a americana. A pressão de inj.eção típiqa é de 1 kg/cm2
!m. (Fig 16). Não é dada maior im9ortância a propagaçao de fratu-
r a s ou levantamento do subsolo, poi s seus autore s pensam que as
fraturas abertas serão preenchidas pela calda e consequentemente
obtu~gdas. A aplicação dessa pratica não seria poss!vel para as
ob~ injeção seria executada após a construção da barragem.

Entre nós, nas injeções de cimento para a impermeabilização das


funcl.ações õas grandes hidroelétricas, geralmente, têm sido empre ga-
das pressões de injeção de 0,25 kg/cm2/m, talvez influenciada pela
prática norte americana. (Fig 17 e 18)

Em ibitinga e Rio Casca III . foram e~pregadas pressões de 0,35 kg/crn2


/m e 0,50 kg/cm2/m. Em Ilha Solteira. .a~ pressões · de · {) .,75 kg/cm2/m
resultaram em deformações desprezíveis do maciço rochoso. Nesse
CPEBC - 23/10/80 - pág. 14 de 34
local foi . verificada a ruptura do maciço rochoso sómente com ~nJe­
ções d 'água ã pressões superiores a 0 , 99 kg/cm2 ma 2 m de profun-
didade e ls54 kg/cm 2 /m a 15m de profundidade.

Na barragem do Funil não foram registrados movimentos do maciço ro


ch~so com p-r essões de até S kg/cm2 /m na profundidade de 15m , enqua~
to que, pressões d ' água de 4 kg/cm2/m causaram movimentos verticais
do maci ço . Nesses ensaios verificou- se que há um pronunciado d~ -
créscimo de pressão de injeção com a distância do furo.

Esses r esultados mostram que os maciços rochosos são mais sensíveis


~~
a aplicação de altas pressoes d'água do que arpressões de injeção
.. de cimento .

Cr eager , Justin e Hinds apresentaram várias fÓrmulas para a pres -


são de injeção em l ibras por polegada quadrada em f unção da altura
-
em pes: Rocha maciça

Rocha estratificada

Rocha estratificada sobrepost a por injeções

4.) INSTRUMENTAÇÃO E DESEMPENHO

Visa- se, com a instrumentação das. fundações, concluÍ da a estrutura ,


a confirmação de que a situação da obra corresponde às hipoteses
de seu pr ojet o . A aparelhagem deve · ser conveniente ment e escolhida
_para colher as melhores informações. Assim, um cer to número de ex
tensômetros convenientemente dispostos nas fundações em diferentes
pontos, antes da construção, podem ser instal ados a baixo custo , u
til ~ zando as perfurações para as injeções e drenagem. Poder- se - á
igualmente caraterizar as variações nas prôpriedades geométricas ·
das rochas . Os pendulos . in~~rtidos conduzem á informações valiosas
do movimento relativo da barragem e a um ponto profundo das funda -
ções que se imagina fixo ou . e ·s tacionário. Trata- se de instrumento
de fácil utilização e muito apurado nas medidas . · DifÍ cil pode ser
a sua ancoragem pela grande profundidade de instalação , tornando - o
proibitivo. CPEBC - 23/10/80 - pág. 15 de 34
o movimento r elativo da barragem e sua fundação .
pode t ambém
. ser me
-
dido com recurso da topografia de precisão. Mais ·recentemente o
deslocamento relativo de dois pontos numa fundação pode ser obtido
com Elongametros do tipo de fio distend ido. Trata-se de um proce-
dimento delicádo é é ' empregado sómente para distâncias ·curtas. A
meC. i da com raios ..,,L.a ser" ê evidentemente um procedimento atualiza-
do .

A in strumentação das fundações no que toca a medidas das pressões


neutras e pezornétrica s, ê que vai nos a l ertar em temp·o' ~.a~a as con
d i çõe s desfavoráveis e ocorrência de perigo para a obra . Nela se
empregam piezôrnetros, registro de descarga de drenagem e medidas
·o
d e quaisquer infiltrações. As medidas piezométricas nas rochas de
fundação cujas caraterísticas revelam anisotropia di s continuidade
e falta de homogenéidade, não sao faceis de obter e também·, de ·in-
terpretar.

A medida dos piezômetro~ ou poços abertos que são aparentes em t o


da a extensão podem fornecer resultados sem maior significado fÍsi
co, dando-se preferência nesses casos, a medidas de . p:Lezôniétros i o
cali zados.

As d e scargas de drenes da mesma forma devem ser convenientemente i


dentificadas. Essas medidas ~ erão caraterizadas por . ~e ~ çõ e s para
a identificação de heterogeneidades , podendo-se medir isoladamente
alguns trechos do sistema de drenagem.

Um ensaio que não é feito com frequência é o da permeabilidade d a


rocha nas diferentes zo nas da fundação. Ele pode ser executado e -
xatarnente nas áreas tratadas fornecendo uma idêa sobre as variações
de suas qualidades com o temp0, devidas às injeções.

A coleta de dados não deve ser simplesmente mais uma ·átivida.d e a


ser cumprida na execução da obra, mas registrada, ·estudada:, ana:J.i-
sad2. para ter-se um melhor conhecimento do comPortamento· 'da obra .

O C(' 3empenho das barragens estudado pelo Corro'llittee on Failures And


Acc identes - do "Icold" relatam que 1 /3 representa a falta de estu
dos o u investigações mais completa das fundações. Os demais e viden
temente .fogem a nossa apreciação~ · Especialmente com a ass ertivà
de que a construção de urna barragem é sempre urna riova experiência,
com

CPEBC - 23/10/80 - pág. 16 de 34


B I B L I O GR A F I A

1 . ) CONTROL OF SEEPAGE THROUGH FOUNDATI ONS AND ABUTMENTS ON DAMS


Prof . Arthur C~sagrande - Geot e chnique , vo1 XI , n9 3 - 1 961
2 . ) CRITERIOS DE I NJEÇl\0 DE CIMENTO - Nelson Infanti Jr e Tento
Nitta - 29 Congresso Brasileir o de Geologia de Engenharia -
- 1 978
3. ) .DAMS , .DAM FOUNDATI ONS AND RESERVO IR SITES - Ernest E Walhs -
trom - El sevier - 197 4
4 . ) DESIGN OF GRAVITI DAMS - .us Bureau of Reclamation- 1976
5. ) DESIGN OF SMALL DAl1S - VS Bureau of Recl amation - 1974
6 . ) ENGINEERING FOR ~~S - vol II- Crea ger , Justin a nd Hinds
194 5
7 . ) ENGINEERING GEOL·)GY AND DAM FOUNDATION - F. Sabarl y - Te -
ma VI Seconà Int E:~rnati onal Co ngress of En gineering Geo l ogy
S. Paulo - 19 7'.;.
8.) INJEÇOES E D~EKú(J.2t.i E~i FUNDAÇOES DE BARRAGENS EM ROCHA -
POUCO PERMEÁV EL ~ ? . Sabarly - 1971 - Associação Paulista
de Geol ogia Apl i cada
9. ) INJEÇOES DE VEDAÇÃO EM FUNDAÇOES BASALTICAS DE BARRAGENS- GRA
'v'IDADE - A. A. A.zc ·tcdo - A . M. dos Santos Oliveira e Lindol fo
Soares - 29 Congr esso Brasileiro de Geologia de Engenharia -
- 1978
lO.) INJEÇOES NO TE~~~O - Eng9 A. J. da Costa Nunes - Manual
Técnico Tecnoso1o En genharia de Sol os e Materiais S/A
11 . ) INJECTION DES SOLD - Henri Cambefort - 196 4
12 .) L ' INJECTABILIT~
DE COULIS ET MORTIERS DE CIMENT - Revue - de
Materiaux de Cons truction n9 531 - De z, 1959
13 . ) PRESSURE GROOT DlG EQUIPl1ENT - A. \\1 . Simonds Techical Memorandum
6 38 - Bur eau cf Reclamat i on
14 . ) PROCEDIMENTOS APLICADOS NA EXECUÇl\0 DA CORTINA DE INJEÇOES
NAS ESTRUTURAS DI: CONCRETO DA BARRAGEM DE ITUMB IARA - Clovis
Ren , Vl adim.i r Ho rP.:_n~'a Vuarte , Takashi Matsamura e J . E. Morei-
ra Ge Mor aes 29 Co~g~cs so Brasilei ro de Geologia de Enge nh~
ria - 1978

CPEBC - 23/10 /80 - pág. 1 7 de 34


15.) PROPOSTA DE ADOÇÃO DE UMA SISTEMATICA DE ENSAIOS DE CARATE
RIZAÇ~O DE CALDAS DE CIMENTO USADAS NAS INJEÇOES - T. Tat~
mira - F. Fernandes da Silva - A.M. dos Santos Oliveira e
G. Guidici ~ VIII Seminario Nacional de Grandes Barragens
1972 - S. Paulo
16.) ROCK MECHANICS AND DAM FOUNDATION DESIGN- ICOLD- 1973

17.) QUELQUES REFLEXIONS SUR L'UTILIZATION DES INJECTIONS DANS


LES .BARRAG'ENS - Armand Mayer - Geotechnique - vol XI - 1961
18.) SUGESTED SPECIFICATIONS FOR PRESSURE GROUTING- Judson P.
Eistón - Journa1 of Soi1 Mechanics and Foundations Division
- ASCE - Paper 1548
19.) THE USE OF ADMIXITURE .IN CEMENT GROUT- Alexandre Klein and
Miles Olivira . - ASCE - Paper 1574 - Sete 1958
20.) USO DA PROTENSÃO EM BARRAGENS E ESTRUTURAS AUXILIARES- Prof.
A.J. _da Costa Nunes- Saneamento n9 28 ~ Jan- mar, 1966.

CPEBC - 23/10/80 - pág. 18 de 34


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CPEBC - 23/10/80 - pag . 19 de 34


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23/10/80 - pag. 21 de 34
ENSAIO LUGEON

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CPEBC - 23/10/80 - pág . 22 de 34


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CPEB C - 23/10/80 - pág . 25 de 34


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CPEBC - 23/ 10 /80 - pág . 28 de 34


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CPEB C - 23/10/ 8 0 - pág . 30 de 34


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CPEBC - 23/10/80 - pag . 31 de 34
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CPEBC - 23 / 10/80 - pi g . 33 d e 34
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