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Despedidas de
Tétis e Regresso
a Portugal
Os Lusíadas
Luís de Camões
Professora Vanda Barreto 2
Contextualização
• Estrutura externa: Canto X, est. 142-146,154-156
• Estrutura interna: Narração
• Narrador: Poeta
• Plano narrativo: Plano mitológico (a),
da viagem (b)
e das considerações do poeta (c)
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[a] Despedida de Tétis (est. 142 - v.
2 est. 143)
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Estrofe 145
O poeta, que, por diversas vezes, ao longo do poema, convocou as ninfas para que
estas o inspirassem, vem agora afirmar que não precisa mais da sua inspiração. Tem a lira
«Destemperada» e a «voz enrouquecida», ou seja, não consegue mais continuar o seu
canto, o seu poema. Este cansaço deve-se não ao longo poema construído, mas à
consciência de que está a cantar para uma «gente surda e endurecida».
Constata, assim, tristemente, que a pátria não o protegerá, porque «está metida / No
gosto da cobiça e na rudeza / Düa austera, apagada e vil tristeza». Os portugueses do
tempo de Camões são, assim, apresentados como totalmente diferentes daqueles que o
poeta louvou ao longo do poema, pois vivem dominados pela cobiça e pela tristeza.
O poeta mostra não compreender por que razão a pátria (os portugueses do seu
tempo) não encara, com alegria e vontade de trabalhar, os desafios que vão
surgindo.
• Adjetivação: «gente surda e endurecida» (est. 145), «humilde, baxo e rudo» (est.
154) - permite caracterizar e destacar os traços que o poeta pretende associar à pessoa
descrita.
• Imperativo: «Olhai» (est. 146) - marca a exortação feita pelo poeta ao rei D.
Sebastião.
• Anáfora: «Pera servir-vos, braço às armas feito, / Pera cantar-vos, mente às Musas
dada» (est. 155) - está ao serviço da enumeração das características pessoais que o
poeta oferece ao rei D, Sebastião.
• Apóstrofe: «Musa» (est. 145), «o Rei» (est. 146) - permitem indicar o interlocutor do
poeta, a quem ele se dirige em cada momento.
• Metáfora: «Lira tenho / Destemperada e a voz enrouquecida»(est. 145) - associando
a lira, instrumento musical, à voz que canta, o poeta pretende referir a produção
poética, feita de voz e musicalidade.
• Repetição: «Não mais, Musa, não mais» (est. 145) - o poeta reitera a desconvocação
da musa, o que expressa o seu desânimo.
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Bibliografia:
MARQUES, Carla; SILVA, Inês: Letras & Companhia 9.º Ano. ASA