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2.1 - Pagamento
2.2 - Remissão
Inicialmente, é importante diferenciar remissão de remição. A primeira significa
perdão e a segunda significa pagamento.
Assim, remissão é o perdão legal do débito tributário, que pode ser total ou
parcial. Somente a lei pode perdoar o débito tributário (lei remissiva), não
podendo, a remissão, ser concedida por decretos, portarias ou qualquer outro
ato que não seja lei propriamente dita (princípio da legalidade e princípio da
indisponibilidade do interesse público). Somente lei específica da pessoa
política tributante pode conceder a remissão. (art. 150, § 6.º, da CF/88).
2.3 - Compensação
Não pode subsistir a relação jurídica tributária se uma das partes deixa
de existir, sem deixar sucessores. Exemplo: desaparecimento de
Município em razão de inundação da área onde se localizava (isso
ocorreu no Nordeste, na década de 60).
O desmembramento de Goiás e Tocantins não fez desaparecer os débitos
tributários, pois houve sucessão.
Os arts. 173 e 150, § 4.º, ambos do Código Tributário Nacionaal, dispõem sobre
a decadência do direito de efetuar o lançamento. O art. 174 do Código Tributário
Nacional dispõe sobre a prescrição da ação de cobrança do crédito tributário
devidamente constituído pelo lançamento. Antes do lançamento, pode ocorrer a
decadência; após o lançamento, pode ocorrer a prescrição. Ambos os institutos
importam na extinção do crédito tributário (art. 156, inc. V, do CTN).
2.7.1 - Prescrição
No art. 151 do CTN e arts. 2.º, § 3.º, e 40 da Lei 6.830/80 estão previstas as
causas suspensivas do crédito tributário aquelas hipóteses que suspendem a
exigibilidade do crédito tributário já definitivamente constituído (moratória,
recurso administrativo, liminar ou antecipação de tutela, depósito integral do
montante tributário, parcelamento).
O art. 174, par. Ún., do Código Tributário Nacional prevê as causas interruptivas
do lapso prescricional, são elas:
A regra do art. 173 é aplicada para tributos que são lançados de ofício ou por
declaração. A regra do § 4.º do art. 150 é aplicada para tributos que são lançados
por homologação. O art. 173 do Código Tributário Nacional estabelece que o
direito do fisco, de constituir o crédito tributário, se extingue após cinco anos,
contados: a) do primeiro dia do ano seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido efetuado; b) da data em que for anulado, por vício formal, o
lançamento anteriormente realizado; c) da data em que for tomada qualquer
providência administrativa conducente ao lançamento.
O parágrafo único do art. 173 estabelece que “o direito a que se refere este artigo
extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da
data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela
notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável
ao lançamento”. O Fisco tem cinco anos para constituir o crédito tributário.
A Lei n. 8.212/91, art. 45, estabelece que a decadência do direito de lançar tais
contribuições opera-se em 10 anos, contados das mesmas hipóteses previstas no
art. 183 do Código Tributário Nacional.
A prescrição da ação de cobrança dá-se, também, em 10 anos, conforme o art.
146 da referida lei. Alguns autores, fundados no art. 146, inc. III, “b”, da
Constituição Federal, sustentam a inconstitucionalidade desses dispositivos,
pois, prescrição e decadência devem ser reguladas em lei complementar. Porém,
essa posição é minoritária, pois, a lei complementar dispõe apenas sobre
normas gerais.
3 - Considerações Finais
4 - Referências
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 12ª Ed. São Paulo:
Saraiva, 2006.