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Curso para

Liderança I. II. III

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Este estudo faz parte de uma série de três. Nós valorizamos grandemente o treinamento dos líderes de
células, de modo que, além do treinamento básico através dos manuais “Igreja em Células – Uma Visão
Geral” e “Igreja em Células – Manual do Líder”, nós também realizamos uma série de treinamentos de fim-
de-semana. Este é o primeiro deles.
Como não poderia deixar de ser, nós reconhecemos e agradecemos ao Pr. Billy Honrsby de “Related
Churches”, um dos pastores que elaboraram todo o treinamento de Bethany World Center, por ter nos
cedido gentilmente este material.
Uma sugestão: as palavras sublinhadas podem ser substituídas por espaços em branco para que aqueles
que receberem o treinamento possam preencher e interagir melhor com o material.
Estudo 1
Estabelecendo um Núcleo de Valores
“Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele
bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se”, Daniel 1.8.
Daniel foi tomado de sua terra Israel quando era um adolescente e se tornou um escravo da Babilônia,
aonde ele recebeu instrução e treinamento para servir ao rei. Ordenaram-lhe que comesse e bebesse em
violação da sua consciência, ações que eram contrárias às instruções de Deus nas Escrituras. Daniel sabia
quem ele era, e ele sabia quais eram os seus valores. Viver por estes valores ajudou-o a fazer as escolhas
certas e permanecer conectado com o propósito de Deus para sua vida. Assim, também, seus valores e
princípios formarão o fundamento de sua vida e guiarão você através de cada situação.
Núcleo: A parte central de alguma coisa; a parte mais interior ou essencial.
Valores: a dignidade, mérito, utilidade ou importância de uma coisa; qualidades, costumes, padrões ou
princípios que são exigidos e desejados, estimados.
Núcleo de valores cristãos: as qualidades mais centrais e essenciais que nós consideramos importantes para
uma vida moral, produtiva e inteiramente digna; princípios de vida que guiam-nos em nosso caminhar com
Deus e nosso relacionamento com o homem.
Fervorosamente considerar as seguintes declarações como valores fundamentais para ajudar você a viver
uma vida agradável ao nosso Senhor Jesus Cristo:
“Eu valorizarei conhecer a Deus e coloca-lo em primeiro lugar em minha vida”.
“Eu viverei uma vida rendida ao senhorio de Cristo”.
“Eu valorizarei outros”.
“Eu alcançarei o perdido”.
I. “Eu valorizarei conhecer a Deus e coloca-lo em primeiro lugar em minha vida”. Filipenses 3.10; Mateus
6.33.
Reconhecendo que Deus é a fonte de toda a vida e bênçãos, e o Único a quem, em última instância,
deveremos prestar contas, nós estabelecemos como nossa primeira prioridade conhecer a Deus e dar-lhe o
centro de nossas vidas.
A. ADORAÇÃO - dando dignidade e valor ao nosso relacionamento com Deus e compreendendo quem Ele é
(João 4.23).
1. Nosso objetivo final deverá ser intimidade com Deus.
2. Quando nós adoramos a Deus, nós abraçamos Seus atributos – que Ele é.
Deus está em todo lugar (onipresença).
Deus sabe todas as coisas (onisciência).
Deus é Todo-Poderoso (onipotente).
Deus é Santo.
Deus é Justo.
Deus é Amor.
Deus é Bom.
Deus é Eterno.
Deus é Imutável.
Deus é o soberano governante do universo.
A. A PALAVRA DE DEUS - dando dignidade e valor a Bíblia, crendo que é a infalível Palavra de Deus (2
Timóteo 3.16-17).
1. Como líderes nós devemos permanecer cheios da Palavra de Deus (Jeremias 15.16).
2. A Bíblia deve ser o guia diário para nossas vidas (Salmos 119.105).
3. A Escritura é a lei moral para nosso sistema de valores (Salmos 119.9-11)
C. ORAÇÃO - dando dignidade e valor à oração como a chave que muda vidas e circunstâncias.
1. Jesus ensinou Seus discípulos que eles deveriam sempre orar e nunca desistir porque a oração muda as
coisas (Lucas 18.1).
2. Nós também somos ensinados pelas Escrituras que nós devemos orar uns pelos outros porque a oração é
eficaz e poderosa (Tiago 5.16).

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II. “Eu viverei uma vida rendida ao senhorio de Cristo”.
Dando dignidade e valor ao senhorio de Cristo, nós elevamos o padrão de pureza pessoal, ou santidade, ao
nível de buscar agradar ao Senhor em todas as coisas que nós fazemos (1 Tessalonicenses 4.7; Hebreus
12.14).
A. Os pecados da carne – converter-se dos pecados de nosso passado e entregar-se ao Espírito Santo nos
transforma (Gálatas 5.19-23).
1. Quando nós somos salvos, nós abandonamos nossos pecados. Jesus disse que quando um pecador se
arrepende do pecado, isto é, quando abandona o pecado e se volta para Deus, há alegria no céu (Lucas
15.7).
2. Jesus disse à mulher que foi pega em adultério que Ele não a condenava, mas também que ela deixasse
sua vida de pecado (João 8.11).
A. A vida crucificada – entregar-se os membros de nosso corpo a Deus como “instrumentos de justiça”
(Romanos 6.12-13).
1. Submeter-se a Cristo como o Senhor de nossas vidas é mais do que deixar uma vida de pecado: é viver
nossas vidas para o propósito de Deus. É seguir a Jesus e obedecê-lo (Lucas 9.23).
2. Nós devemos buscar o que Deus quer que façamos e então fazê-lo (Tiago 4.17).
A. Padrões de Liderança – estabelecer padrões de liderança que nós cremos refletir os valores de Deus
sobre questões sociais e morais.
Os contínuos escândalos morais envolvendo líderes governamentais ilustram a importância de formar um
fundamento de integridade pessoal. Aqui estão algumas das áreas nas quais nós devemos examinar a nós
mesmos e ver se nós estamos sustentando estes padrões de santidade:
Jogatina e loteria
Filmes
Drogas
Álcool e fumo
Música
Pornografia
Linguagem
Imoralidade
Dinheiro
Família
Aparência e padrões de vestimenta
Fidelidade
Fofoca
Rebelião
Ética no trabalho
Preconceito
III. “Eu valorizarei outros”.
Dando dignidade e valor a todas as pessoas, nós reconhecemos que eles são criados à imagem de Deus e
que eles possuem um destino digno e eterno.
A. FAMÍLIA - dando dignidade e valor ao lar como uma instituição de Deus.
1. Nós devemos honrar a aliança do casamento (Mateus 19.5-6).
2. Nós devemos edificar nossas famílias e procurar suprir suas necessidades (1 Timóteo 5.8).
3. Nós devemos valorizar as crianças como um Dom do Senhor (Salmos 127.3).
A. Relacionamentos piedosos – reconhecendo que eu preciso de outras pessoas para ser realizado e feliz, e
para cumprir meu propósito na vida (Eclesiastes 4.9-10).
B. A Vida – dando dignidade à vida e reconhecendo que ela começa na concepção (Jeremias 1.5).
C. O MUNDO - dando a mesma dignidade ao perdido como Deus dá e amar as pessoas com Seu amor (João
3.16).
IV. “Eu alcançarei o perdido”.
Dando dignidade e valor ao coração de Deus para alcançar o perdido, nós evangelizaremos (Lucas 19.10).
A. O julgamento sobre os perdidos é certo – eterna separação de Deus (Hebreus 9.27; Apocalipse 21.8)
B. A responsabilidade da igreja – fazer discípulos (Mateus 28.19-20).
C. O motivo de recebermos o poder do Espírito Santo – sermos testemunhas (Atos 1.8).
D. O tempo de colheita – AGORA! (João 4.35-36)!
Estudo 2
Desenvolvendo uma Atitude Vencedora
Leia Filipenses 2.5. “Sua atitude deve ser a mesma que a de Cristo Jesus” (tradução do original).

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Sua atitude determina sua altitude. O modo como você pensa, sente e olha o outro é no que consiste sua
atitude. O que está diante de você e o que está por trás de você é muito pequeno comparado ao que está
dentro de você.
Atitudes Vencedoras de um Líder:
Ser um entusiasta
Demonstrar sinceridade
Ter iniciativa
Exibir flexibilidade
Ter uma perspectiva positiva
Mostrar preocupação pelos outros
Possuir um espírito ensinável
Ter um coração sacrifical
Anulando as atitudes que devem ser evitadas como Líder:
Abrigar ressentimentos
Desencorajamento
Autopiedade
Auto-rejeição
I. Atitudes Vencedoras de um Líder
A. Ser um entusiasta - 2 Coríntios 8.17.
1. Entusiasmo pode ser definido como procurar a melhor solução possível e dirigir todas as energias para
capitalizar naquele potencial.
2. Entusiasmo é uma ESCOLHA, ou uma determinação, para tirar o melhor de uma oportunidade.
3. É escolher ver as situações com excitação ao invés de ceticismo.
4. “Nada grande pode ser alcançado sem entusiasmo”.
5. Otimismo é a filosofia de que tudo coopera para o bem. Entusiasmo é um compromisso de fazer o melhor
em todas as coisas.
6. “Entusiasmo capitaliza sobre o potencial ao invés de tornar-se desencorajado pelos obstáculos”. “Ele
procura por caminhos para fazer a obra, ao invés de concentrar-se nas razões pelas quais a obra não pode
ser feita”.
7. Entusiasmo é um doador de energia, não um consumidor ou estragador de energia.
A. Demonstrar sinceridade – Atos 2.46
1. Jesus disse a Natanael que ele era um homem sem culpa: não havia nada falso nele (João 1.47). Ele era
sincero.
2. “Pessoas de vontade fraca não podem ser sinceras”.
3. Sinceridade envolve uma disposição para ser transparente e deixar os fatos serem conhecidos.
4. Sinceridade é honestidade de mente ou intenção, e estar livre de simulação ou hipocrisia.
5. Sinceridade é revelada como um reflexo do caráter de uma pessoa através de motivações e tendências.
6. Hipocrisia, ou encenação é o oposto de sinceridade, que revela motivos com transparência.
A. Ter iniciativa – Mateus 14.28
1. Pedro não era uma pessoa passiva. Ele considerava as oportunidades e alargava o momento. Quando ele
viu Jesus andando sobre as águas, ele quis ir ter com o Senhor. Ele teve iniciativa.
2. Iniciativa é reconhecer e fazer o que necessita ser feito ANTES de ser solicitado. É introduzir ou começar
uma ação, e tornar as idéias em realidade.
3. Iniciativa significa começar com força. “Um mau começo é pior do que todos os erros posteriores
colocados juntos”.
4. Ser irresponsável é o oposto de ter iniciativa. “Não é minha responsabilidade”.
5. Ter iniciativa é:
Ver a necessidade.
Reivindicar a responsabilidade.
Identificar a solução.
Pessoalmente ver através da solução para o sucesso.
A. Exibir Flexibilidade – Atos 10.28-29
1. Quando o Senhor pediu a Pedro para ir à casa de um gentio e pregar o Evangelho, uma mudança foi
requerida dele. Ele tinha idéias preconcebidas e preconceitos sobre aquilo. Contudo, porque ele foi flexível
nas mãos de Deus, o Senhor o usou como um líder para tocar aquele povo perdido.
2. Ser flexível é tirar o máximo de cada mudança e aprender a curvar-se.
3. Flexibilidade é a força que floresce num ambiente de mudança. Ela envolve ser obediente às novas
instruções mesmo quando as antigas parecem mais favoráveis.
4. Flexibilidade inclui adaptar-se às instruções de nossas autoridades, e ela capacita-nos a aceitar as
mudanças quando elas ocorrem. Quando nós somos inflexíveis, nós resistimos às mudanças.

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5. Flexibilidade livra-nos de gastar energia com queixas inúteis. Flexibilidade não é apenas uma abertura à
mudança, mas um convite para ela.
6. Falhar em ser flexível em tempos de mudança produzirá uma atitude insensível. Por sermos inflexível, nós
perderemos a sensibilidade às necessidades daqueles ao nosso redor.
A. Ter uma perspectiva POSITIVA - Filipenses 4.8.
1. Treinar nossas mentes para permanecer no que é bom e excelente é um processo longo. Paulo
reconheceu a importância de conduzir nossos pensamentos em cativeiro como uma maneira de proteger-se
de pensamentos negativos que podem nos derrotar emocionalmente (2 Coríntios 10.5).
2. Se você pensa que está derrotado, você está. Se você gostaria de vencer, mas pensa que não poderia, é
quase certo que você não vencerá. As batalhas da vida nem sempre são vencidas pelos mais fortes ou mais
rápidos, mas cedo ou tarde, aquele que vence é exatamente aquele que pensa que pode vencer. Mateus
7.7.
A. Mostrar preocupação pelos outros – Marcos 8.3-4.
1. Jesus viu as pessoas e suas necessidades, e Ele fez alguma coisa para ajudá-las, porque Ele teve
compaixão delas.
2. Como líderes, nós nunca devemos abraçar uma causa de modo que esqueçamos das pessoas e de suas
feridas.
A. Possuir um espírito ENSINÁVEL. Marcos 14.4-6,10.
1. Não foi nenhuma coincidência o fato de que Judas decidiu trair Jesus logo depois do incidente no qual
Maria ungiu Jesus. Judas não gostou do que aconteceu e manifestou-se. Jesus repreendeu-lhe abertamente,
e Judas, em resposta, ficando irado e ferido, procurou aqueles que eram inimigos de Jesus. Judas não
recebeu a correção.
2. Em contraste, Pedro foi abertamente repreendido em diversas ocasiões pelo Senhor. Cada vez, contudo,
Pedro humilhou-se a si mesmo e admitiu que ele estava errado. Ele era ensinável.
A. Ter um coração sacrifical – 1 Crônicas 29.2-3.
1. Davi compreendeu o princípio de sacrifício. Ele alegremente deu o seu melhor para a obra do Senhor,
muito embora soubesse que isto lhe custaria algum sacrifício.
2. Como líderes, nós devemos estar preparados para sacrificar tanto o nosso TEMPO quanto nossos
RECURSOS na obra do Senhor. É nosso privilégio fazê-lo.
II. Anulando atitudes que devem ser evitadas como Líder
Enquanto você é treinado para o ministério, o diabo atacará suas emoções e tentará persuadir você a
desistir. Aqui estão quatro atitudes derrotistas que ele pode tentar colocar em sua mente.
A. Abrigar RESSENTIMENTOS - O líder que está lutando com o ressentimento pode sentir que não está
sendo reconhecido, que ele está sendo usado, ou que ele não é apreciado.
1. O mundo quer ser independente, não dependente dos outros ou ser útil para os outros.
2. Deus, contudo, quer usá-lo e deseja que você seja dependente Dele.
3. Lembre-se que você não está servindo pessoas – você está servindo a Deus. E Deus já libertou-o do que
as pessoas pensam!
A. Desencorajamento – Isto pode ocorrer quando você não vê nenhum fruto no seu ministério. Cada um
pode pescar quando os peixes estão mordendo a isca, mas algumas vezes você vai pescar e nada morde a
isca.
1. O diabo lhe dirá que você não está conseguindo nada, que você não está progredindo e que você deve
desistir.
2. Nosso foco deve estar voltado para fazer a vontade de Deus e não somente para buscar resultados.
3. PERSEVERANÇA é a chave do sucesso.
C. Autopiedade – Muitas vezes os líderes pensarão, “Senhor, eu estou sozinho!” Eles pensarão: “Por que me
chamou e depois me deixou sozinho?”
1. Elias sentiu-se sozinho e cheio de autopiedade, querendo até morrer (1 Reis 19.4-5).
2. Quando nossas mentes estão no controle ao invés de nossos espíritos, nós nos tornamos sensíveis até às
pequenas coisas e isto resulta em autopiedade.
D. Auto-rejeição – Quando você sente que todos estão contra você, você está sendo tentado a rejeitar a si
mesmo e seu autovalor.
1. Rejeição pode levá-lo a perder sua AUTOCONFIANÇA.
2. Freqüentemente as pessoas que se sentem rejeitadas atraem mais rejeição.
3. Jesus cresceu na graça de Deus e dos homens, e esta deve ser nossa expectativa diária também (Lucas
2.52)
Estudo 3
Seguindo o Estilo de Liderança de Jesus
Leia Mateus 4.19.

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Se nós seguimos a Jesus, Ele nos ensinará como trabalhar efetivamente com as pessoas. Neste estudo, nós
queremos examinar alguns dos princípios de liderança que Jesus ensinou e modelou aos Seus doze
discípulos.
A. Seja um líder-servo (Marcos 10.45; João 13.3-4).
1. Serviço começa com SEGURANÇA. Jesus sabia quem Ele era e onde Ele estava indo. Ele não sentiu-se
compelido a demonstrar Sua importância para os outros por impressioná-los, nem sentiu-se inferior por
cumprir tarefas serviçais para os outros. Ele foi um líder-servo. Porque Ele era uma pessoa segura, Ele
colocou uma toalha em torno de si e lavou os pés dos Seus discípulos.
Os seguros usam as toalhas...
Os inseguros usam os títulos...
Os seguros estão conscientes acerca das pessoas...
Os inseguros estão conscientes acerca de posições...
Os seguros querem adicionar valor aos outros...
Os inseguros querem receber valor dos outros...
II. Deixe seu PROPÓSITO determinar suas prioridades.
A. Jesus ensinou-nos que se seguirmos as prioridades certas, tudo o mais será acrescentado às nossas vidas
(Mateus 6.33).
B. Jesus disse aos Seus discípulos que Ele apenas faria o que Ele viu o Pai fazer (João 5.19). Ele nunca agiu
independentemente. Seu propósito estava ligado a necessidade de agradar a Deus e fazer a Sua vontade.
Mesmo quando o diabo tentou-lhe para converter pedras em pão para provar que Ele era o Filho de Deus,
Ele recusou porque aquilo era contrário ao seu propósito (Mateus 4.3-4). Se a comida fosse sua primeira
prioridade, Ele teria ouvido a sugestão de Satanás.
C. Houve um incidente, uma vez, quando as multidões queriam que Jesus permanecesse com eles por mais
tempo. Eles esperavam que Ele fizesse milagres e, de fato, eles tinham muitas necessidades. Contudo, os
propósitos de Jesus é que estabeleciam suas prioridades, e Ele preferiu ir às outras cidades e vilas próximas
dali, porque elas também precisavam do Evangelho, do que ficar ali mais tempo (Marcos 1.36-38).
D. Porque Jesus desenvolveu prioridades baseadas em Seu propósito...
1. Ele foi capaz de tratar com distrações (Mateus 21.23-27).
2. Ele podia suportar rejeição pessoal (João 6.66-67).
3. Ele estava disposto a sofrer dor (Hebreus 12.2).
III. VIVA o que você prega.
A. Jesus viveu tal vida de integridade que até mesmo seus inimigos não podiam encontrar coisa alguma para
acusá-lo (Mateus 26.59-60).
B. Jesus não apenas tinha vida pessoal acima de qualquer reprovação, como também Ele vivia uma vida
para ajudar os outros (Atos 10.38).
C. Jesus nunca implorou para as pessoas crerem Nele. Ele sabia que a integridade não pode ser provada;
ela deve ser discernida. Ele nunca gastou seu tempo com os críticos. Ele manteve Sua atenção no alvo.
D. Jesus nunca se “matava” para fazer o bem. Ele simplesmente era bom. Ele não lutava para parecer fiel.
Ele era fiel.
Ele nunca lutou para ter uma boa reputação. Ele tinha caráter.
IV. Gaste TEMPO com aqueles que você lidera.
A. Jesus disse que aqueles que eram Seus conheciam a Sua voz, e Ele as conhecia pelo nome (João 10.3).
Eles estavam acostumados com Ele e com Seus caminhos porque Ele gastava tempo com eles.
B. Jesus foi ao mercado e entrou nos barcos dos pescadores. Ele foi à sinagoga e aos lares das pessoas. Ele
passava pelas cidades, pregando o Evangelho e curando a todos. Jesus passou muito tempo entre as
pessoas.
C. Sucesso envolve pessoas. As pessoas que capacitam você para o sucesso, talvez nem sempre venham até
você. Você é quem, freqüentemente, vai até elas.
V. REABASTEÇA a si mesmo e seus Líderes.
A. Jesus gastou tempo descansando (Mateus 14.23).
B. Quando nós ministramos, poder e energia fluem de nós, e nós devemos passar um tempo renovando a
nós mesmos (Lucas 8.46).
C. Jesus também observou sua equipe – os doze – para assegurar-se que eles repousavam o corpo e o
espírito de modo que não ficassem exaustos (Marcos 6.30-32).
VI. Chame seus líderes ao COMPROMISSO.
Embora Jesus tenha falado coisas maravilhosas sobre o céu, Ele nunca pintou um quadro distorcido. Ele
deixou Seus discípulos saberem que havia um preço a pagar para segui-lo.
A. Ele disse-lhes para esperar perseguição (Lucas 6.22).
B. Ele desafiou-lhes para fazer sacrifícios (Lucas 14.26-27).

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C. Ele não implorou para as pessoas segui-lo, nem açucarou o chamado do discipulado; ao contrário, Ele
insistiu para que eles calculassem o custo (Lucas 14.31-33).
VII. Esteja disposto a lidar com as questões DIFÍCEIS.
A. Jesus corrigiu Seus discípulos quando suas atitudes estavam erradas (Lucas 9.46-50).
B. Jesus abertamente repreendeu pecado e hipocrisia (Lucas 11.43-44).
C. Jesus quebrou costumes e questões sociais para alcançar as pessoas com o Evangelho (João 4.4-42).
D. Jesus recusou-se permitir que os outros o manipulassem para seus próprios propósitos ambiciosos
(Mateus 20.20-23).
E. Jesus não tentou tomar o caminho mais fácil para evitar sacrifício e sofrimento pessoal (Mateus 16.21).
VIII. Procure pelo POTENCIAL das pessoas.
A. Jesus viu além das necessidades das pessoas; Ele viu o potencial delas.
1. Ele viu num homem cheio de demônios o potencial para, ao ser libreto, evangelizar sua cidade (Lucas
8.39).
2. Ele viu em uma mulher que havia se casado cinco vezes e estava vivendo um relacionamento imoral o
potencial para, ao ser liberta, alcançar toda a sua cidade com o Evangelho (João 4.39-42).
3. Ele viu num trapaceiro e desonesto coletor de impostos o potencial para, ao ser salvo, usar seu dinheiro e
influência no Reino de Deus (Lucas 19.7-9).
4. Ele viu num pescador inculto o potencial para tornar-se um grande pregador do Evangelho e alguém que
conduziria milhares para Cristo (Mateus 4.18-19).
A. Um dos maiores traços de um bom treinador ou líder é a capacidade de ver o potencial das pessoas e
então ajudá-las a desenvolvê-lo ao máximo.
IX. Edifique uma forte EQUIPE para realizar o propósito de Deus.
A. Jesus não era “solista”. Ele era um jogador de equipe e um formador de equipe. Ele escolheu Sua equipe
após muita oração e ela consistia de doze homens que já estavam seguindo-o (Lucas 6.12-13).
B. Jesus demonstrou como edificar uma equipe piedosa:
1. Ele escolheu-a
2. Ele amou-a.
3. Ele ensinou-a.
4. Ele ministrou para ela.
5. Ele ministrou com ela.
6. Ele capacitou-a para ministrar.
7. Ele enviou-a para ministrar.
X. Aprenda a DELEGAR.
A. Jesus envolveu Seus discípulos na obra ao invés de tentar fazer tudo por si mesmo. Por exemplo, Ele
alimentou os cinco mil por delegar muitas das responsabilidades aos discípulos, trabalhando com eles para
fazer coisas grandiosas (Marcos 6.38-43).
1. Jesus disse aos Seus discípulos para descobrir quanto alimento tinham disponível.
2. Ele, então, orientou os discípulos para fazerem as pessoas sentarem em grupos de cinqüenta.
3. Depois, Ele deu graças, partiu o pão, e deu os pães aos discípulos para repassarem às pessoas.
4. Por fim, os discípulos recolheram os pães que sobraram.
A. Delegação não é acomodação – é treinar e equipar os outros para fazerem as coisas no seu lugar. Eles
representam você e você capacita-os para fazerem a obra.
B. O líder que tentar fazer tudo será muito limitado em sua efetividade e dentro de pouco tempo ficará
exausto.
Liderança II
Uma sugestão: as palavras sublinhadas podem ser substituídas por espaços em branco para que aqueles
que receberem o
treinamento possam preencher e interagir melhor com o material.
Estudo 1
Administrando Seu Tempo
Leia Efésios 5.15-16.
Para ser um líder efetivo, você deve aprender como administrar seu tempo apropriadamente. Há 168 horas
numa semana. Deus não vai fazer parar o sol porque você não tem suficiente tempo para fazer tudo que
deve ser feito. Este estudo o ensinará como tirar o máximo proveito de seu tempo e como usar sabiamente
as oportunidades que Deus lhe dá.
Ao estudar a administração do tempo, nós queremos enfatizar os seguintes cinco pontos:
Tenha uma atitude correta em relação a administração do tempo.
Estabeleça objetivos.
Organize suas prioridades.
Planeje para o sucesso.

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Trate com os “roubadores” de tempo.
I. Tenha uma ATITUDE correta em relação a administração do tempo.
A. Não gaste seu tempo rebuscando os pecados, falhas e retrocessos do passado – Filipenses 3.13.
B. Deixe o fruto do autocontrole, ou autodisciplina, ser cultivado em sua vida – Gálatas 5.22-23.
C. Tenha uma atitude de “eu posso fazer” acerca da vida e da administração do seu tempo – Filipenses
4.13.
II. Estabeleça OBJETIVOS.
A. Estabeleça objetivos que você crê que o Senhor deseja que você alcance, e então se esforce para
alcançá-los com a ajuda de Deus – Tiago 4.13,15.
Estabelecer objetivos não é errado – estabelecê-los à parte do Senhor é que é errado.
B. Mantenha-se concentrado em seus objetivos – Filipenses 3.13-14.
C. Objetivos devem ser:
1. Específicos
2. Mensuráveis
3. Realistas
4. Agendados
5. Escritos
III. Organize suas PRIORIDADES.
A. Sucesso na vida e no ministério depende de conhecer as coisas que são mais importantes e viver sua vida
por meio destas prioridades – 1 Reis 3.11-12.
Salomão compreendeu as prioridades quando o Senhor disse-lhe para pedir qualquer coisa que ele quisesse.
Ele não pediu por saúde, longa vida ou mesmo vitória sobre seus inimigos. Ao invés, ele pediu por sabedoria
para governar o povo de Deus. Ele compreendeu o que era verdadeiramente mais importante.
B. Diferencie entre as coisas mais importantes e as menos importantes - 1 Samuel 13.12-13.
1. Foi dito a Saul para ir à batalha somente depois que Samuel chegasse e oferecesse holocaustos aos
Senhor. Contudo, Saul apavorou-se porque ele sentiu a urgência da situação – a batalha devia começar
logo! A coisa mais importante era esperar no Senhor e confiar Nele. Mas Saul deixou-se compelir para
tomar as questões em suas próprias mãos e fazer alguma coisa JÁ. Porque ele falhou em discernir o que era
mais importantes, seu reino não foi estabelecido.
2. As coisas verdadeiramente importantes ajudam-nos a alcançar nossos objetivos - Provérbios 24.27
3. Algumas tarefas demandam que sejam feitas imediatamente e parecem importantes na ocasião, mas em
longo prazo, elas não trazem nenhum benefício para nós.
A. Relembre-se da regra “80/20”: “Oitenta por cento dos valores vêm de 20 por cento dos itens, enquanto
que apenas 20 por cento dos valores vêm de oitenta por cento dos itens”. Se nós relacionarmos isto com
nossa lista de tarefas diárias, nós veremos a importância de priorizar nosso tempo para fazermos
corretamente aquelas coisas que produzirão maiores resultados.
IV. Planeje para o SUCESSO.
A. Planejamento envolve lançar os passos para a bem sucedida conclusão de um projeto.
1. Lucas 14.28-29
2. Lucas 14.31-32
B. Passos para um efetivo planejamento.
Faça a si mesmo estas perguntas:
1. Quais são os meus objetivos?
2. Quais são as atividades que eu necessito realizar para alcançar meus objetivos?
3. Quais são as prioridades que eu tenho que reorganizar?
4. Quanto tempo cada atividade levará?
5. Quanto tempo eu preciso dar aos eventos que eu não posso controlar?
V. Trate com os GASTADORES DE TEMPO.
A. Procrastinação ( deixar p/ depois)– divida a tarefa em unidades trabalháveis e comece a trabalhar agora
(Provérbios 6.9-11).
B. Interrupções – controle as interrupções tanto quanto possível por mantê-las curtas e ter uma boa atitude
quanto às mesmas.
C. Desordem – mantenha sua área de trabalho livre de desordem (1 Coríntios 14.40).
D. Falha em delegar – Aprenda o quê e quando delegar, e capacite a pessoa com a autoridade e recursos
para fazer a tarefa.
E. Atraso – Desenvolva o hábito de estar dentro do tempo previsto.
F. Indecisão – Tome decisões quando você precisar (Tiago 1.5).
G. Falta de preparação – Faça seu “dever de casa” a tempo, e vá para o trabalho (reuniões, etc.) pronto
para trabalhar e participar.
Estudo 2

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Aprenda a Comunicar-se Efetivamente
Leia Atos 14.1.
O apóstolo Paulo foi um grande comunicador. Ele estava queimando com uma mensagem, e ele sabia como
efetivamente comunicar aquela mensagem aos outros, atraindo-os com o que ele dizia. Neste estudo, nós
aprenderemos como ampliar nossas habilidades de comunicação por estudarmos os métodos que Paulo
usava para ministrar aos outros. Aqui, então, estão os modos de efetivamente se comunicar em nossas
células, conforme ilustrado na vida de Paulo.
I. Fale com CONVICÇÃO - crendo no que você está dizendo. Romanos 1.16; Atos 19.8.
II. Fale com INTEGRIDADE - comunique de um coração limpo. Atos 24.16; 2 Coríntios 1.12; Romanos 9.1.
III. Seja TRANSPARENTE - seja real com as pessoas e aberto com respeito à sua própria vida. 1 Timóteo
1.15;
2 Coríntios 12.7-9.
IV. Use ILUSTRAÇÕES - sempre ilustre o que você está dizendo para torná-lo claro e interessante. 2
Coríntios
2.13.
A. Da Bíblia – Paulo freqüentemente citou a Escritura e usou ilustrações dela para confirmar seus pontos.
Um exemplo disto é encontrado em Romanos 4.1-24, onde Paulo usou a vida de Abraão para mostrar que
nós somos justificados perante Deus pela fé e não pelas obras.
B. Da vida em geral – Paulo foi aprisionado quando ele escreveu a epístola à igreja dos Efésios. Ele
constantemente tinha guardas ao redor dele. Em Efésios 6, ele descreve as armas espirituais de nossa
guerra contra o diabo, usando a analogia das armas e peças das armaduras dos guardas que estavam
diante dele.
C. Da literatura secular – Paulo fez citações de um poeta Grego quando pregando aos filósofos na Montanha
de Marte em Atenas (Atos 17.28).
V. Fale palavras OPORTUNAS - seja sensível aos falar as palavras certas no tempo certo.
Em Atos 27.1-44, Paulo falou as palavras apropriadas para um capitão de navio e seus tripulantes. Suas
palavras não teriam sido recebidas anteriormente, e se ele tivesse esperado uns poucos dias mais, teria sido
tarde demais. Todos os que ouviram as palavras de Paulo – o capitão, a tribulação e os demais
companheiros de viagem, todos foram encorajados e preservados. Leia Provérbios 15.23; 25.20.
VI. ENCORAJE aqueles que fazem parte de sua célula – sempre procure edificar e encorajar as pessoas pelo
que você diz à elas. 1 Tessalonicenses 4.18; 2 Coríntios 1.3-4; 1 Tessalonicenses 5.11.
VII. Fale TERNAMENTE - evite falar áspera e criticamente aos membros da célula.
1 Tessalonicenses 2.7-8; 2 Coríntios 13.10.
VIII. ALEGRE-SE - deixe a alegria e o riso amolecer suas palavras e tornar sua mensagem mais aceitável.
1 Tessalonicenses 5.16; Filipenses 4.4; Provérbios 17.22.
IX. SE IMPORTE com os membros de sua célula – confie neles e mostre-lhes que você realmente se importa
com eles. 2 Coríntios 7.16; 2 Tessalonicenses 2.11-12; Filipenses 1.3-7.
X. Faça aplicações PRÁTICAS - fale de modo que as pessoas possam compreender o que você está dizendo
e o que você está pedindo-lhes para fazer.
As pessoas querem saber como viver suas vidas e o que Deus espera delas. Quando o carcereiro de Filipos
perguntou como ser salvo, Paulo foi capaz de responder-lhe clara e brevemente. Como resultado, tanto o
carcereiro quanto sua família foram salvas. Atos 16.30-31.
Nas epístolas de Paulo, ele normalmente ensinava verdades doutrinárias na primeira parte das cartas, mas
ele sempre concluía com aplicações práticas para o dia a dia, contando às pessoas como viver. Nós,
também, devemos ajudar as pessoas a encontrar claras respostas para os dilemas que elas enfrentam na
vida.
XI. OUÇA os membros de sua célula – localize-os espiritualmente para saber quais são as suas necessidades
e determinar como melhor comunicar-se com eles. Atos 19.1-6.
Lembre-se: suas palavras têm o poder da vida e da morte (Provérbios 18.21) e em grande medida
determinará o sucesso do seu ministério com as pessoas.

Estudo 3
Ministrando às Necessidades dos Outros
Ao liderar uma célula, você encontrará pessoas com necessidades, e elas freqüentemente buscarão sua
ajuda. Nós cremos que Deus ajudará você a ajudar outros. Nenhum de nós reivindica ter todas as respostas,
mas nós podemos dirigir as pessoas para Aquele que tem ajudado-nos através das provas e dificuldades, e
nós podemos mostrar às pessoas a esperança da Palavra de Deus. 2 Coríntios 1.3-4.
Aqui estão algumas maneiras práticas de ajudar aqueles que virão a você com seus problemas
I. PREPARE-SE para ajudar os outros.

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A. Desenvolva um íntimo relacionamento com o Senhor. (Os filhos de Ceva tentaram ajudar outras pessoas
antes de conhecerem o Senhor pessoalmente – Atos 19.13-16).
B. Permaneça cheio do Espírito Santo (Efésios 5.18).
C. Ore freqüentemente por aqueles que são da sua célula (1 Timóteo 2.1).
D. Estude a Palavra de Deus diariamente, e deixe Deus revelar Sua verdade e graça para você (2 Timóteo
2.15).
E. Ame as pessoas – 1 Timóteo 1.5.
F. Não leve toda a carga do mundo nos seus ombros. Apenas veja a si mesmo como alguém que ajuda a
dirigir às pessoas para o Senhor (João 1.20,23,29).
II. Permaneça dentro das diretrizes da PALAVRA quando aconselhando outros.
A. É a verdade que liberta as pessoas – João 8.31-32.
B. Ignorância da Palavra de Deus leva à escravidão – Oséias 4.6.
C. Ajude as pessoas a tomarem decisões, usando a Bíblia como um guia – Salmos 119.105, 130.
D. As Escrituras devem ser usadas para ensinar, convencer, corrigir e treinar – 2 Timóteo 3.16.
E. Fale aonde a Bíblia fala, e fique calado onde ela fica calada.
III. Permaneça CONECTADO com a liderança da igreja, e mantenha-se dentro de suas diretrizes quando
aconselhando outros. Hebreus 13.17.
A. Fale dos casos mais difíceis para seu pastor de área ou distrital.
B. Saiba quais são os ensinamentos e práticas da igreja e permaneça dentro destas diretrizes quando
aconselhando outros. Por exemplo, não aconselhe sozinho alguém do sexo oposto.
IV. OUÇA enquanto você ministra. Tiago 1.19.
A. Escute para determinar onde a pessoa está espiritualmente.
B. Escute para discernir qual é realmente o problema; não ouça apenas as palavras que a pessoa está
falando.
C. Escute a “linguagem corporal” da pessoa.
D. Escute o Espírito Santo enquanto você está atento a pessoa.
V. Dê ESPERANÇA às pessoas. Romanos 15.4; 15.13.
VI. Leve as pessoas à JESUS, o Maravilhoso Conselheiro. Isaías 9.6; 1 Pedro 5.7; João 3.30.
VII. Ajude as pessoas a se conectarem com o poder do ESPÍRITO SANTO em suas vidas. João 14.16-17;
Romanos 5.5.
VIII. Ensine as pessoas a serem RESPONSÁVEIS por suas próprias ações e atitudes. Provérbios 11.13.
Guarde o que dizem para você com você mesmo; não compartilhe com os outros membros da célula ou
líderes. Contudo, deixe a pessoa saber com antecedência que você pode se reservar o direito de
compartilhar esta informação com seu pastor de área ou supervisor, se você sentir que é apropriado fazê-lo.
IX. Se há PECADO, leve a pessoa à confissão, arrependimento e responsabilidade. Tiago 5.16.
Liderança III
Este é o terceiro e último deles.
Estudo 1
Lançando Um Fundamento Bíblico para o Ministério em Células
Leia Atos 5.42.
Ministério começa com visão, e visão deve começar com Deus. Em adição, é imperativo que a visão
ministerial, para ser autêntica, esteja baseada em um firme fundamento na Palavra de Deus. Nós cremos
que Deus gerou o ministério em células e que ele é biblicamente fundamentado. Nós sentimos que temos
sido conduzidos de volta aos princípios bíblicos do discipulado como a igreja primitiva o conheceu. Embora
muitas razões práticas pudessem ser dadas sobre o por quê do ministério em células ser importante e
efetivo, o princípio mais importante para apoiar o ministério celular é que ele é fundamentado nas
Escrituras.
Neste estudo, nós examinaremos sete princípios bíblicos que apóiam o ministério em células.
I. O Ministério em Células segue o padrão bíblico de compartilhar A LIDERANÇA.
Leia Êxodo 18.25-26.
A. Quando Moisés foi escolhido por Deus para guiar Israel para fora do Egito, ele teve que aprender como
ser um líder efetivo. Primeiro ele tentou fazer tudo sozinho e quase se “queimou”. Seu sogro Jetro visitou-o
e observou que ele tomava todas as decisões e julgava todos os problemas que surgiam. Com um grupo tão
grande para liderar, o seu trabalho era, comprovadamente, impossível de ser realizado.
Ele estava rumando ao desastre até que Jetro providenciou um excelente conselho sobre como liderar o
povo de Deus. Como resultado deste conselho, Moisés estabeleceu líderes de mil, líderes de cem, líderes de
cinqüenta e líderes de dez. O “Princípio de Jetro” é o princípio de liderança compartilhada.
B. Vantagens do “Princípio de Jetro”
1. Moisés não tinha que sentar e julgar o povo desde a manhã até a noite e, assim, exaurir suas próprias
forças no processo.

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2. O Povo não tinha que esperar em fila longos dias para que seus casos fossem ouvidos.
3. Cada um tinha acesso à liderança.
II. O Ministério em Células segue o padrão bíblico de RESPONSABILIDADE compartilhada.
Leia Neemias 2.17-18.
A. Neemias era o líder que Deus escolheu para ajudar os judeus a reconstruírem os muros ao redor de
Jerusalém. Ele tinha a visão e ele sabia o que devia ser feito. Ele chamou as pessoas para a obra e elas se
dispuseram. No capítulo 3 de Neemias, ele organizou o povo em pequenas unidades, cada grupo sendo
responsável para reconstruir uma porção do muro. A enorme tarefa foi dividida em pequenas partes,
seguindo o padrão de responsabilidade compartilhada. Nós chamamos isto de o “Princípio de Neemias”.
B. Nós temos implementado este princípio através de nossas células, dividindo o trabalho voluntário da
igreja em áreas de responsabilidade compartilhada. Cada área reveza a cada 12 semanas para estar “na
lida”. Durante sua semana de serviço rotativo, os membros das células ajudam a guardar os carros, a
receber os visitantes, ajudar com as crianças, orar e interceder durante os cultos e recepcionar/aconselhar
aqueles que se convertem nos cultos da igreja. Assim, cada um de nós assume sua “parte do muro” ao
ajudar a igreja a funcionar mais suavemente e ministrar às necessidades daqueles que nos visitam em
nossos cultos.
III. O Ministério em Células segue o padrão bíblico de ORAÇÃO coletiva.
A. O princípio da oração de concordância foi ensinado por Jesus aos Seus discípulos. Ele falou de dois ou
três reunidos em seu nome para orar. Isto é o que acontece em nossas células. – pessoas orando umas
pelas outras, experimentando a presença de Deus e intercedendo pelos outros. Deus, então, ouve e
responde.
Leia Mateus 18.29-20.
B. Quando Pedro foi aprisionado para esperar a execução, um grupo caseiro intercedeu a noite toda por ele
e, como resultado, Deus miraculosamente libertou-o da prisão (Atos 12.11-12).
IV. O Ministério em Células segue o padrão bíblico da igreja como uma FAMÍLIA.
A. O conceito da igreja sendo uma família é encontrado freqüentemente em todo o Novo Testamento.
Termos familiares são usados para descrever nosso relacionamento com outros crentes, tais como “irmão”
(Atos 9.17), “irmã” (Romanos 16.1), “pais” (1 Coríntios 4.15) e “mãe” (Mateus 12.49-50). A igreja é
mencionada como “a família na terra e o céu” (Efésios 3.15). Todos estes termos denotam relacionamentos
íntimos e calorosos.
B. Em nossas famílias naturais, diversas coisas acontecem ali:
1. Provisão
2. Proteção
3. Amor e cuidado incondicionais uns pelos outros
4. Gastar tempo juntos
5. Responsabilidades e posições
6. Prestação de contas
7. Mentoria e exemplificação
8. Vínculo
9. Capacitação
10. Educação
Nós queremos que estas mesmas coisas aconteçam em nossas células. Por sua própria natureza, muitos
destas coisas não podem acontecer nas reuniões coletivas da igreja, mas apenas em reuniões menores, em
ambientes mais íntimos, como nas reuniões das células.
V. O Ministério em Células segue o padrão bíblico de MENTOREAR outros.
Leia Marcos 3.13-15.
A. Jesus chamou Seus Doze e foi-lhes por mentor.
1. Ele gastou tempo com eles.
2. Ele ensinou-lhes.
3. Ele demonstrou-lhes como Deus é.
4. Ele os discipulou.
5. Ele capacitou-lhes para o ministério.
6. Ele os enviou.
7. Ele manteve um relacionamento contínuo com eles (Mateus 28.20; Hebreus 13.5; Atos 4.13).
A. A mentoria acontece nos pequenos grupos e com pessoas que estão comprometidas umas com as outras.
Nós estamos comprometidos com o processo de mentoria em nossas células.
1. Enquanto treinamos e servirmos como mentores aos líderes em potencial, eles se tornarão líderes por si
mesmos. Foi isto que Paulo disse para Timóteo fazer em 2 Timóteo 2.2.
2. Até mesmo o mundo reconhece o poder da mentoria. Fidel castro, falando sobre a sua estratégia que
trouxe a revolução Cubana, disse: “Eu comecei minha revolução com oitenta e dois homens”.

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Se eu tivesse que fazer outra vez, eu faria com apenas 10 ou 15 homens, e fé absoluta. Não importa o quão
pequeno você seja, contanto que você tenha fé e um plano de ação.
VI. O Ministério em Células segue o padrão bíblico de permitir que cada membro seja um
MINISTRO (ministério do corpo).
A. Desde o começo da Igreja no dia de Pentecostes e através dos séculos, a Igreja tem se afastado do
sacerdócio de todos os crentes (1 Pedro 2.5; Apocalipse 5.10) e mudado para uma divisão eclesiástica entre
clérigos e leigos, com o clero fazendo todo o “ministério”. Contudo, este não é o plano de Deus, conforme é
revelado no Novo Testamento.
B. Deus coloca cada um de nós em Seu Corpo, a Igreja, por uma razão e com um propósito especial.
Leia 1 Coríntios 12.11-14; Efésios 4.16.
C. Uma das principais funções da liderança da igreja é equipar os crentes para o ministério.
Leia Efésios 4.11-12.
D. Os dons ministeriais do Corpo podem ser mais bem aproveitados, desenvolvidos e liberados nas células,
sob a liderança de um submisso e comprometido líder. Isto é assim porque ali há mais oportunidades e
tempo para cada pessoa compartilhar. 1 Coríntios 14.26.
VII. O Ministério em Células segue um sólido padrão bíblico de EVANGELISMO e expansão.
A. Jesus não enviou Seus discípulos apenas para evangelizar – Ele enviou-lhes em pequenas equipes.
1. Ele enviou os Doze juntos (Mateus 10.5-6).
2. Ele enviou Seus seguidores em duplas (Lucas 10.1).
A. Jesus desenvolveu Seus discípulos e apóstolos. Um discípulo é um aprendiz, mas um apóstolo é um
“enviado”. Jesus manteve um bom equilíbrio entre ministrar às necessidades dos Seus Doze e concentra-los
em levar o Evangelho ao perdido. Semelhantemente, o propósito das células não é apenas ministrar aos
membros individualmente; mas é também manter o contínuo foco de expansão do
Evangelho.
B. Células podem ser vistas como estratégicos faróis, colocados através de toda a cidade, na vizinhança, nas
indústrias e no comércio, com o propósito de atrair o perdido para Cristo. Por exemplo, quando uma célula
se encontra na casa de um dos seus membros, os amigos, os vizinhos e os parentes dele são mais
facilmente alcançados.
Estudo 2
Liderando uma Reunião de Célula
Células funcionam porque elas são mais do apenas reuniões – elas providenciam um ambiente relacional no
qual o ministério ocorre naturalmente e aonde as pessoas experimentam a presença de Deus. O fluir da
reunião da célula deve ser natural e também refletir um relacionamento sincero entre os membros da célula.
A chave para uma reunião bem sucedida não é a estrutura, mas sim a VIDA. Neste estudo nós veremos
quatro componentes de uma reunião de células que dá vida. Leia Atos 2.42, 25, 46-47.
I. BOAS-VINDAS - “De mim para você” – (20 a 25 minutos).
Leia 1 Coríntios 11.33-34.
Durante as festas ágape (ou festas de amor) da Igreja primitiva, os crentes se reuniam e tinham uma
refeição antes deles celebrarem a Ceia do Senhor. Na igreja dos Coríntios, alguns estavam comendo demais,
não estavam compartilhando e alguns estavam ficando sem nada. Tudo, menos amor, era mostrado ali. A
maneira como eles se conduziam no início de suas reuniões impedia o relacionamento uns com os outros.
Assim como naqueles dias, como nós conduzimos nossas reuniões é de suma importância, desde o estágio
inicial até o tempo final de ministração.
A. Faça seu “dever de casa” e planeje antes da reunião começar.
1. Esteja preparado para ensinar sobre o assunto.
2. Esteja orando e pronto para ministrar.
3. Se possível, gaste algum tempo jejuando e orando, pelo menos alguma parte do dia da reunião da célula.
4. Reúna-se com seu auxiliar antes da reunião, orem juntos e planejem o que cada um fará.
5. Tenha a casa limpa e um grande sorriso no rosto quando as pessoas chegarem.
6. Em particular, faça os convidados se sentirem bem-vindos e incluídos quando eles chegarem. O
Dom de hospitalidade deve estar fluindo através do grupo neste momento. 1 Pedro 4.9-10.
Comece com comunhão e comida. Não há um caminho melhor para envolver as pessoas do que
Quando elas estão compartilhando bebidas e tira-gostos enquanto as pessoas vão chegando. É embaraçoso
e difícil para novos convidados entrarem numa sala silenciosa cheia de estranhos; então, faça com que ela
fique repleta de vozes, risos e de pessoas se relacionando durante este período. Este estágio da reunião é
uma boa ocasião para ajudar as pessoas relaxarem e sentirem-se confortáveis.
Dê os avisos necessários e permita que alguém dê testemunho de vitórias ou ações de graças.
Formalmente dê as boas-vindas aos visitantes.
1. Dê os avisos sobre os eventos futuros.

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2. Planeje brevemente para a próxima reunião – aonde será e quem será responsável pelas diferentes
partes da reunião (lanche, estudo bíblico, crianças, etc.).
3. Pergunte se alguém tem um breve testemunho para compartilhar.
II. ADORAÇÃO - “De nós para Deus” (10 a 15 minutos).
Leia Efésios 5.19-20.
A. Há diversas razões porque nós cremos que a adoração é importante em nossas células.
1. Nós existimos como um grupo, primeiro e antes de tudo, para glorificar a Deus (Apocalipse 4.11).
2. A adoração estabelece o tom de uma reunião e convida a presença de Deus para mover entre nós
(Salmos 50.23).
3. A adoração tem o efeito de derrotar os inimigos espirituais em nossas vidas e afugentar o diabo (2
Crônicas 20.21-22).
4. A adoração ajuda-nos a colocar nossos problemas em perspectiva por relembrar-nos que Deus está
no Seu trono (Salmos 93.1).
A. Você pode não ter um músico liderando louvor e adoração na sua célula, mas este não é realmente o
problema, já que existem CDs e Fitas com muitas músicas maravilhosas de adoração. Quer seja ao vivo
ou em CD/Fita, a adoração deverá ser bem preparada e planejada com antecedência.
B. Duas a quatro canções são apropriadas na maioria das vezes. Escolha cânticos que edificam e exaltam
o Senhor e que sejam familiares às pessoas.
C. Você talvez precise ter listas de cânticos para os convidados sentirem-me mais confortáveis e como parte
do grupo.
III. PALAVRA - “De Deus para nós” (30 a 40 minutos).
Colossenses 3.16.
A. Use um quebra-gelo para começar a reunião. Um quebra-gelo é qualquer brincadeira ou questão que
ajuda a iniciar a discussão em grupo. Algumas pessoas usam o quebra-gelo antes da adoração, enquanto
outros incluem-no como uma parte do estudo da Palavra. O propósito do quebra-gelo é deixar as pessoas
mais confortáveis para falar. O quebra-gelo deve começar com o líder e circular entre os participantes de
modo que todos tenham uma chance de responder. Eles deverá demorar entre trinta a sessenta segundos
por pessoa. Não permita que o quebra-gelo tome a reunião toda. Peça respostas curtas. Lembre-se que o
quebra-gelo não deve ser ameaçador ou de natureza muito pessoal, ou que impeça as pessoas de entrarem
na discussão.
B. Neste ponto, as crianças pequenas devem ser separadas dos jovens e adultos. Algum adulto deverá ficar
com as crianças e providenciar uma lição para elas. É de responsabilidade de cada um do grupo cuidar das
crianças. Você precisa, então, dividir esta responsabilidade entre os membros à cada semana. As crianças
que mostram interesse e são capazes de participar, e podem compreender o assunto discutido, podem
permanecer com os adultos.
C. Leia as referências e as declarações de abertura do estudo bíblico, e inicie a discussão para o grupo.
Desde que há apenas três ou quatro questões no estudo, você deverá conhecê-las o suficientemente bem,
de modo que você não precise ficar lendo constantemente do papel.
D. Ao invés de pregar ou ensinar o grupo, deixe-lhes experimentar a alegria de descobrir a verdade
enquanto você ajuda-os por guiá-los na discussão. Resumir, redeclarar e dar o pano de fundo são boas
habilidades para ajudar a trazer clareza à discussão.
E. Boas dinâmicas de pequenos grupos para relembrar
1. Todos os membros compartilham igualmente da responsabilidade da reunião. Todos podem compartilhar.
2. O grupo segue um formato de duas semanas, alternando de ministério do corpo (edificação) para
expansão (evangelismo) Isto permite uma variedade de assuntos interessantes.
3. O compartilhar deve seguir as regras gerais de brevidade, propriedade e cortesia. Ninguém deve dominar
a discussão. Todos devem estar livres para falar aberta e honestamente.
4. A interação no grupo deverá manter-se alinhada com o que Cristo está fazendo em nosso meio, e nós
precisamos refrear aquilo que for irrelevante ao assunto em discussão.
5. Todas as questões compartilhadas no grupo deverão ser mantidas em estrita confidência dentro do
grupo.
6. Nós devemos estar consistentemente alcançando nossas famílias, vizinhos e amigos.
A. Assegure-se que todos sentem em círculo. Do ponto de vista do líder, a discussão deverá fluir de pessoa
para pessoa, e quem fala deverá falar ao grupo todo e não apenas ao líder. Evite arrumar as cadeiras/sofás
de modo que alguém fique “escondido” ou olhando para a nuca dos outros.
B. Não é necessário que cada um responda todas as questões, mas todos deverão sentir-se livres para
participar. Mantenha a reunião aberta para todos. Você pode se dirigir a uma pessoa em particular e pedir-
lhe para falar alguma coisa, mas nunca forçar alguém a responder. Qualquer pressão sobre uma pessoa,
para ela responder algo, pode ser embaraçoso e ela talvez se sinta desafiada ou inferiorizada.

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C. A regra motora é reciprocidade e intensidade. Dê a cada um, uma oportunidade para compartilhar, e
mantenha-os interessados e intensos. Um ânimo retraído e relaxado pode ser chato e mortal para a reunião.
A atmosfera necessita permanecer fervorosa e apaixonada.
IV. MINISTRAÇÃO - “Deus através de nós” (20 a 25 minutos).
Atos 1.8.
Jesus sabia que a tendência de Seus seguidores seria permanecer em Jerusalém e ministrar ali. Ele queria
que Seus seguidores ministrassem tanto em Jerusalém quanto fora dela. Do mesmo modo, nós queremos
que nossas células tenham suas necessidades supridas; mas também queremos que elas sejam capacitadas
para estender o Reino de Deus fora de suas reuniões. Durante o tempo de “ministração”, nós lutamos para
manter o equilíbrio entre ministrar ao nosso grupo e cumprir a Grande Comissão de alcançar o perdido com
o Evangelho.
A. Ministração Interna – ministério para os membros do grupo
Após a discussão, permita um tempo para ministração. Incentivar os membros para ministrar e encorajar
uns aos outros é essencial. Às vezes, é bom dividir em duplas ou trios e orar uns pelos outros. Seja sensível
enquanto as pessoas compartilham seus corações e necessidades (Tiago 5.16).
B. Ministração Exterior – focalizando a expansão
1. Orem pelos amigos e familiares não crentes (1 Timóteo 2.1-2).
2. Orem pelos missionários (2 Tessalonicenses 3.1).
3. Brevemente compartilhe a visão da célula, eventos futuros, datas para iniciar outras células, e redeclare o
propósito do grupo de edificar e evangelizar.
Estudo 3
Edificando Sua Célula Entre as Reuniões
A célula não termina com a reunião. De fato, o que você faz entre as reuniões é o que realmente
determinará a contínua saúde e crescimento do seu grupo. Neste estudo nós veremos as coisas que você
precisa fazer entre as reuniões das células para assegurar o sucesso do seu grupo. As três seguintes
atividades são o núcleo de cada grande igreja em células no mundo.
A. ORE pelos membros de sua célula.
Leia Romanos 1.9.
A. Oração é a única atividade que traz os melhores resultados para o crescimento e a saúde da célula.
Todos os membros da célula desenvolverão uma vida de oração que engloba as pessoas e ministérios. de
sua célula. O próprio líder de célula deverá orar diariamente por seus membros, nome por nome, e por suas
necessidades. Jejuar no dia da reunião até o início da mesma, juntamente com a oração pela presença de
Deus e a liderança do Espírito Santo, é essencial para o sucesso da célula. Aí deverá haver também uma
consciência da resistência do inimigo e o líder da célula e seu membros deverão ir contra esta resistência
através de guerra espiritual e oração intercessória.
B. Oração é tanto um privilégio quanto uma responsabilidade para os líderes. Ela não é uma opção se nós
queremos ser efetivos no ministério. Samuel, um profeta do Antigo Testamento, reconheceu sua
responsabilidade como um líder e juiz de Israel para orar pelo povo de Deus. 1 Samuel 12.23.
C. Enquanto você ora pelos diferentes membros de sua célula, você descobrirá que Deus pode dar-lhe uma
Escritura para falar com eles, impressioná-lo com respeito a alguma necessidade que eles tenham, ou falar
com você sobre alguma coisa que os abençoará. Quando isto acontece, escreva em algum lugar e
compartilhe com sua célula depois. Não somente a passagem bíblica ou a palavra que você trouxer-lhes os
abençoará, mas também os encorajará para que você continue orando regularmente com eles.
II. MANTENHA CONTACTO com os membros de sua célula pessoalmente.
Leia Provérbios 27.23.
A. Um pastor permanece em íntimo contato com suas ovelhas. Se Deus tem confiado-lhe o pastoreamento
de uma célula, você precisa conhecer como seus membros estão indo. Jesus ilustrou para nós este princípio
em João 10.3-4;11,14-15.
B. O Líder e seu auxiliar deverão contatar os membros da célula semanalmente. Isto pode ser realizado por
“fonovisitas”, visitas pessoais, ou mesmo antes e após os cultos da igreja. Algumas vezes é apropriado ir a
casa de uma pessoa ou no seu local de trabalho para encorajá-la ou apenas bater um papo.
C. Acompanhamento de necessidades específicas. Os membros da célula freqüentemente expressam uma
necessidade na reunião ou durante uma conversa por telefone. Sempre acompanhe estas necessidades por
telefone, visita pessoal ou por enviar outra pessoa do grupo para ver como estão as coisas.
Durante uma reunião, nós freqüentemente fazemos compromissos com as pessoas para ajudá-las ou entrar
em contato com elas depois. Nós devemos cumprir nossos compromissos e levar à sério nossas promessas.
D. Uma visão geral de nossas células indicam que os grupos nos quais os líderes visitam e convidam seu
membros de células para seus próprios lares para visitas sociais, freqüentemente, obtêm um crescimento
muito maior do que as células que não visitam.

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E. Nada substitui a visitação face a face. Estas visitas são com o propósito de ministrar e o lar de um
membro da célula é o lugar ideal para ministrar às necessidades daquela pessoa assim como às
necessidades de sua família. Dra. Karen Hurston tem sugerido algumas diretrizes básicas para a visitação de
modo que esta seja bem orientada. Ela usa o “Princípio OPM”:
O = Ore. Quando entrar no lar de uma pessoa, a primeira coisa que o líder precisa fazer é estabelecer um
tom espiritual para a visita. Gaste um pouco do tempo orando pela pessoa, por sua família e seu lar. O Novo
Testamento traz diversos relatos de Jesus entrando nas casas de seus discípulos e orando pelos que
estavam presente. A oração antes da visita é também útil para preparar os corações para o que o Espírito
quer fazer.
P = Peça. Após a oração, peça a pessoa para compartilhar alguma preocupação com respeito à sua vida,
necessidades e desejos. Dê as pessoas uma chance para dizer o que elas querem dizer e escute-as
enquanto elas falam! Isto providenciará ampla informação para dar-lhe direção para ministrar.
M = Ministre. A mais produtiva aproximação para ministrar é guiar a pessoa aos princípios bíblicos ou
promessas que suprem suas necessidades. Tenha algumas promessas das Escrituras memorizadas ou
escritas na Bíblia ou bloco de notas e leia aquelas que são apropriadas para a pessoa. Depois, concordem
juntos em adoração para que Deus supra as necessidades expressadas. Talvez seja necessário acompanhar
alguma necessidade prática que foi expressa. Lembre-se: ministrar é servir, e servir requer ação. Esteja
pronto para agir pelo bem de qualquer membro da célula que precise de ajuda.
F. O tipo de cuidado que se desenvolve enquanto os membros interagem pessoalmente e regularmente se
chama comunidade. Quando um senso de comunidade está presente, a reunião da célula avançará por si
mesma para uma nova dimensão de alegria e expectativa. Enquanto os visitantes, novos crentes e membros
das células começam a se vincular, uns aos outros, a comunidade é desenvolvida e cada vida envolvida será
enriquecida. Gálatas 6.2. Um forte senso de família será o resultado de comunidade. Conforme nós
oferecemos aos novos crentes um lugar para construir relacionamentos que encorajam seu caminhar em
Cristo e conforme nós os suportamos quando eles lutam com os problemas da vida eles ficarão ligados à sua
nova família.
Nenhuma família é capaz de amar mais e suportar mais uns aos outros do que a família de Deus.
G. Líderes de células devem considerar uma prioridade incluir seus auxiliares nas visitas aos membros da
célula. Isto providencia uma excelente oportunidade para equipar os futuros líderes no ministério celular. Se
possível, o líder de célula deverá gastar uma hora ou mais cada semana com seu auxiliar, visitando os lares
e hospitais juntos, compartilhando tempos de oração e planejando para o grupo.
III. ACOMPANHE os visitantes e novos convertidos.
Mateus 28.19-20.
A. A Igreja só está cumprindo ativamente a Grande Comissão quando as pessoas aparecem nos cultos da
igreja ou nas reuniões da células como visitantes, ou quando elas fazem uma decisão por Cristo. Nós somos
chamados para fazer discípulos e isto envolve acompanhar as pessoas. Atos 15.36.
B. Muitas vezes as “redes” apresentam buracos por causa de um acompanhamento mal organizado. Nosso
acompanhamento no ministério em células, contudo, providencia uma rede segura para reter os novos
convertidos e visitantes.
C. O objetivo do acompanhamento aos visitantes é encontrar-se com eles face a face e verificar sua
salvação. Isto pode ser feito com o livreto Cristianismo. Marque uma visita com o visitante e leve o livreto de
presente; então, leia o primeiro capítulo do livreto com ele. Após a leitura do livreto e de responder as
questões, você saberá se o indivíduo está genuinamente convertido ou não. Se ele é verdadeiramente
convertido, então você simplesmente ajuda-o a conectar-se com sua célula. Se ele não é salvo, você tem a
oportunidade levá-lo a Cristo.
D. Os mais recentes estudos sobre o acompanhamento dos novos convertidos mostram que é imperativo
que a primeira fase de acompanhamento ocorra imediatamente após a decisão por Cristo (possivelmente
dentro de 24 horas).
1. Quando uma pessoa primeiro recebe a Cristo “no altar”, seu espírito é aberto para Deus de um modo que
jamais poderia. Ela quer perdão para seus pecados e ajuda para vencer os problemas em sua vida que lhe
causaram dor e desespero. Ele está pronto para mudar seus relacionamentos atuais para novos
relacionamentos que o ajudarão a colocar a sua vida em ordem e levá-lo para mais perto de Deus. Quanto
mais alguém da igreja demorar em entrar em contato com ela e ter uma interação face a face com ela,
tanto menos aberta ela estará.
2. O objetivo durante a primeira visita a um novo convertido é verificar sua salvação e prepará-lo para o
batismo nas águas. Você pode dar ao novo crente uma cópia de Cristianismo e então ler o primeiro capítulo
com ele para verificar sua salvação. Você pode simplesmente perguntar o que ele esperava que Deus fizesse
com ele quando respondeu ao apelo e o que ele sentiu como resultado de ter atendido ao mesmo. Esteja
espiritualmente alerta para responder às necessidades expressadas. (Certifique-se de visitar em grupos de
dois ou três, especialmente quando visitando alguém do sexo oposto).

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3. Ajude o novo convertido a ficar conectado com sua célula, até mesmo oferecendo-se para dar-lhe uma
carona na primeira reunião. As pessoas querem ser amadas e aceitas.
Quando nos tornamos bem sucedidos em nossas atividades entre as reuniões de células, nós assimilamos
mais novos convertidos para nossa igreja local. Estes novos crentes crescerão em Cristo no ministério da
igreja em células e terão uma profunda compreensão e apreciação por tudo o que a igreja em células
providencia. Eles serão motivados para ver reproduzido em si mesmos o que eles viram em cristãos que os
amaram e cuidaram deles.
Estudo 4
Compreendendo os Quatro Princípios Chaves do Ministério
Neste estudo, nós esperamos que você esteja plenamente convencido de que você tem um chamado e um
propósito em sua vida e que você esteja animado para cumprir o que Deus colocou você para fazer nesta
terra. Você é um ministro e você está destinado a liderar outros. Aqui estão quatro princípios chaves que
nós queremos que você tenha fortemente impresso em seu espírito.
I. O Princípio de PRODUTIVIDADE - Deus quer que você seja frutífero e multiplique no ministério.
Leia Lucas 5.9-10; Gênesis 1.22.
Nós devemos abraçar a verdade de que nós fomos criados para fazer alguma, e não apenas receber. Nós
somos abençoados para abençoar. Deus criou-nos para uma obra especial alinhada com nossos dons e
chamado, com o resultado de sermos preenchidos.
A. Observe o padrão de produtividade no Novo Testamento:
1. Marcos 16.20
2. Mateus 5.16
3. 2 Coríntios 9.8
4. Atos 8.4
5. Atos 8.5
6. 2 Coríntios 6.1
7. Efésios 2.10
A. Coloque estas dicas de produtividade para funcionar em sua vida:
1. Sua atitude determinará o quanto você produzirá.
2. Não há muita diferença entre sucesso e falha.
3. Crescimento pessoal precede ao crescimento dos outros.
4. Ajudar outros a serem bem sucedidos ajuda-o a ser também.
5. Seja você mesmo.
6. Pessoas não se importam com o quanto você conhece até que elas vejam o quanto você se importa.
7. Viva o que você ensina, e ensine o que você vive.
8. Pague o preço agora e divirta-se depois.
II. O princípio de PARCERIA - Para você cumprir seu ministério, você deve conectar-se com outros e ser
parte de uma equipe. Lucas 5.6-7.
“Nenhum homem será um grande líder se ele quiser fazer tudo sozinho ou tomar todo o crédito ao fazê-lo”
– Andrew Carnegie.
Evangelismo deve ser feito com uma “rede” ao invés de com uma simples “vara”.
Quando nós nos tornamos parceiros dos outros na célula, nós combinamos nossas forças. Levítico 26.8.
Parceria definida: o todo é maior do que a soma de suas partes (sinergia).
Cinco áreas de Parceria:
A. SERVIÇO - João 13.14-15; Gálatas 5.13
B. ENCORAJAMENTO - João 14.1; Hebreus 10.25
C. PRODUTIVIDADE - João 15.5; 2 Coríntios 3.6-8
D. PRESTAÇÃO DE CONTAS (Mateus 25.14-30); Atos 14.26-27
E. ORAÇÃO - Lucas 22.32; Atos 4.31
III. O Princípio de ORAÇÃO - Sua força e frutificação vem diretamente de sua vida de oração.
Leia Lucas 5.16.
Sua força vem da oração. Você deve orar para o poder de Deus ser manifestado em vez de sua vida e
ministério (Atos 4.31; 2 Timóteo 3.1-5). A Oração também providencia a “unção que quebra o jugo” (Isaías
10.27). Não deveria ser nenhuma surpresa, mas estudos estatísticos tem mostrado que há uma direta
correlação entre a multiplicação das células e a quantidade de tempo que os líderes gastam com Deus.
A. Cinco modos de orar por uma hora:
1. A oração do Senhor – use cada frase como uma área para orar através dela.
2. Oração do Tabernáculo – Use os objetos do Tabernáculo como áreas pelas quais orar.
3. Cartazes ou Faixas de oração. Ore diante dos cartazes e faixas que mostram os alvos primários da igreja
e vá mudando faixa a faixa. Por exemplo, nós temos faixas com os seguintes alvos: avivamento, grupos não

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alcançados, almas, crianças, pastores e missionários, famílias, Jerusalém, células, ministério de radiodifusão,
líderes governamentais, movimentos e ministérios pró-(vida) e cura.
4. Oração de onda – Comece consigo mesmo e vá estendendo o foco da oração mais e mais, como as ondas
que se forma quando você atira uma pedra na água.
5. Oração objetiva – Concentre-se numa área específica por um extenso período de oração até que haja um
rompimento.
A. Três recomendações para você como líder de célula:
1. Gaste uma hora diária com um tempo devocional com Deus através de oração e leitura da Bíblia.
Mateus 26.40-41.
2. Jejue um dia por semana até a refeição noturna, talvez no dia da reunião da célula. Atos 14.23.
3. Nós desafiamos você para ter extensos períodos de jejum periodicamente.
IV. O princípio de PENETRAÇÃO - você deve entrar nos “botes” dos perdidos se você quiser impactar-lhes
com o Evangelho. Lucas 5.3.
A. Vastos campos de almas humanas estão amadurecendo ao redor de nós e nós agora estamos prontos
para colher. A visão da imensidão da colheita deve estar diante de nossos olhos continuamente. João 4.35-
36.
B. As células providenciam um lugar para consistente evangelismo ao permitir-nos sermos a “luz do mundo”
e irmos onde as pessoas estão e entrarmos em “seus botes”.

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