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Técnicas de amostragem

Metodologias de Base Quantitativa

1. Probabilísticas ou não
probabilísticas?
• Qual a probabilidade que um indivíduo tem de
ser contemplado numa amostra?

• Qual a intencionalidade/aleatoriedade da
selecção da população em estudo?

• Como seccionar populações extensas de


acordo com critérios sociologicamente
relevantes?
2. Amostragem probabilística
• Uma amostra é probabilística quando existe
uma «probabilidade conhecida e não nula de
ser representado na amostra» (Almeida e
Pinto, 1990: 105)

• Seja aleatoriamente ou sujeita a critérios de


estratificação, a amostragem probabilística
procura ser representativa de uma população
mais vasta.

2.1. Amostragem simples ou aleatória


Não obedece a quaisquer critérios ou variáveis teoricamente
relevantes;

• POR LISTAGEM – De uma listagem existente, em função do


número de inquéritos aplicados e da população a abranger.
Explo: 100 inquéritos para uma população de 1000.
1000/100=10. Inquiriria 1 em cada 10 da lista.

• POR CONTAGEM – Numa situação concreta (eleições, por


exemplo) selecciona-se 1 inquirido em cada intervalo,
obedecendo à mesma lógica da listagem;

• POR “SORTEIO” – Por número, extracção ao acaso, etc.


2.2. Amostragem estratificada
• Pretende estratificar categorias relevantes,
que influenciem a representação da
população em estudo;

• Na presença de mais de uma categoria, deve-


se produzir cachos, procurando representar
de forma equitativa as diferentes
características da população

Exemplo
• Imaginemos que determinado estudo
pretende representar características
heterogéneas de uma população em 1.000
inquéritos, tendo em conta
• Sexo
• Idade
• Origem regional
Exemplo (cont.)
• Dadas as características da investigação e os
pressupostos teóricos, considerou-se que a
distribuição entre homens e mulheres deveria
ser equitativa;

• Recorrendo aos dados do INE, distribuíram-se


de forma representativa da realidade nacional
os estratos IDADE (+ de 15 anos) e ORIGEM
REGIONAL

Exemplo (cont.)
• IDADE: consideraram-se 3 grandes grupos:
– Jovens (15-29 anos), que representam 25% da
população
– Adultos (30-65 anos), que representam 50% da
população
– Idosos (66 anos e +), que representam 25% da
população
Exemplo (cont.)
• ORIGEM REGIONAL: Consideraram-se 4
grandes regiões:
– Lisboa e Vale do Tejo (30%)
– Região Centro (20%)
– Região Norte (30%)
– Alentejo e Algarve (20%)

1000
Inquéritos

Homens Mulheres
50% (500) 50% (500)

15-29 30-65 66+ 15-29 30-65 66+


25% (125) 50% (250) 25% (125) 25% (125) 50% (250) 25% (125)

LVT CENTRO
CENTRO NORTE ALENT/ALG LVT NORTE
30% (75) 20% ((25) ALENT/ALG
20% (50) 30% (75) 20% (50) 30% (38) 30% (37) 20% (25)
3. Amostragem não probabilística
• Não obedece a qualquer critério de
estratificação. A selecção da amostra é feita
de forma intencional, acidental ou mista (por
quotas ou etapas)
• Acidental – “quem apareça” até contemplar o número
• Intencional – Escolher intencionalmente determinadas
características
• Amostragem por “bola de neve” – Contempla
populações difíceis de catalogar ou de recolher. Um
investigado informa de uma situação idêntica de outro
e por aí fora, até se obter a amostra.

3. Amostragem mista ou por etapas


• Combina técnicas probabilísticas com técnicas
não probabilísticas, por fases ou etapas.

• Por exemplo, pode-se escolher


intencionalmente uma amostra e depois
sujeitá-la a critérios de estratificação (ou o
inverso).

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