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PLANO DE SESSÃO Nr 08
Hora: 0900h
FONTE(S) DE CONSULTA:
1. EB70-PP-11.011 – Programa Padrão de Instrução Individual Básica;
2. PPB/4 - Formação Básica do Combatente de Selva, 2003;
3. CI 32/1 – COTER - Prevenção de Acidentes na Instrução;
4. CI 32/2 – COTER - Gerenciamento de Risco Aplicado às Atividades Militares;
5. Port nº 129-Cmt Ex, de 11 MAR 2010 - Campanha de Prevenção à Rabdomiólise; e
6. Diretriz de Comando do Comandante da Companhia de Comando da 12ª região Militar.
Assinatura: Visto: Visto:
MAI
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO E
Obs
I – INTRODUÇÃO
SUMÁRIO
I- INTRODUÇÃO
1. GENERALIDADES
II- DESENVOLVIMENTO:
1. ÁGUA
a. Necessidades
b. Fontes de água
15 min c. Filtragem da água
1º Ten Lima d. Purificação da água
2. FOGO
a. Necessidades
b. Preparação e acendimento do fogo
c. Fogueiras e fogões
III- CONCLUSÃO QM 03
1. Prática
1. GENERALIDADES
MAI
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO E
Obs
II – DESENVOLVIMENTO
1. ÁGUA
a. NECESSIDADE
1) Apesar do enorme caudal hidrográfico representado pela abundância de
cursos de água e do alto índice pluviométrico da AMAZÔNIA, haverá situações em
QM 01
que não será fácil a obtenção de água. Sendo a primeira das necessidades para a
sobrevivência do homem, abastecer-se dela deve constituir uma preocupação
constante.
1) Águas Correntes
Rios, igarapés e olhos d'água, devendo a água ser recolhida do fundo,
evitando desmoronar as margens ou revolver os leitos. Quando necessário, serão
demarcados locais para banho, cozinha e coleta de água potável. Sempre que
possível deve ser purificada, pois pode conter impurezas, tais como: coliformes
fecais humanos ou de animais, resíduos de material orgânico em decomposição,
entre outros.
2) Águas Paradas
Lagos, igapós, pântanos e charcos, devendo seu consumo ser realizado
após a purificação. Outro recurso, de fácil prática, é colhê-la de um buraco cavado a
uma distância de 5 metros da fonte de água, o qual, após algum tempo, pela
porosidade do solo, encher-se-á de água já filtrada.
4
MAI
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO E
Obs
3) Água das Chuvas e Orvalho
Poderão ser colhidas diretamente em: recipientes, em buracos ou com
o emprego do telheiro da rede de selva, poncho ou plástico. Quando houver troncos
pelos quais ela escorra, para colhê-la bastará interromper o fluxo com um pano, cipó Mostrar
ou folhagem, canalizando-a para qualquer vasilhame. Na falta de outro material, as poncho
próprias roupas poderão ser expostas à chuva e, uma vez encharcadas e torcidas, a com água
água delas resultante deverá ser purificada pela fervura.
5) Vegetais
Vários são os que poderão fornecer água ou indicar a sua presença.
Os principais são:
Mostrar
o cipó e
técnica
da obten-
ção da
água
1. As águas colhidas diretamente das chuvas ou cipós d' água não necessitam
ser purificadas para o consumo. Entretanto, se for o caso, elas e as provenientes de
igarapés ou de outras fontes poderão sofrer um dos vários processos de purificação
que se seguem: Mostrar o
caneco no
fogo
a ) Pela fervura durante cinco minutos, no mínimo.
e. Pela água sanitária, na dose de uma gota por cantil, esperando trinta
minutos para bebê-la. No caso de 1000 litros usar uma tampa de cantil, misturar no
cantil com água e depois depositar no recipiente contendo os mil litros
2. Servindo apenas para a filtração, poderão ser seguidos os seguintes
processos:
Mostrar a
garrafa
plástica
com
camadas
10 min
3º Sgt
Sampaio
Mostrar
o coador
improvi-
sado com
camise-ta
MAI
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO E
Obs
15 min 2. FOGO (QM 01)
1º Ten
Lima a. NECESSIDADE
7
Se bem que não alcance a importância representada pela água, o fogo também
é uma necessidade, para que seja possível prolongar a sobrevivência. Será mais um
valioso recurso para aumentar e melhorar as condições de vida na selva, pois através
dele se conseguirá:
- purificar a água;
- cozinhar;
- secar a roupa;
- aquecer o corpo;
- sinalizar;
- iluminar e fazer uma segurança noturna. Mostrar
as
b. PREPARAÇÃO E ACENDIMENTO DO FOGO diversas
1) Local iscas:
Será sempre conveniente fazer uma limpeza da área onde será feito o fogo. algodão,
Mesmo que o chão esteja seco (o que não será normal) é interessante cobri-lo com bombril,
liga de
um estrado de troncos de árvores, os quais poderão servir também para alimentar o
borracha,
fogo. Quando a permanência no local for prolongada, será indispensável à papel,
construção de um abrigo para o fogo, do tipo tapiri. látex, etc.
2) Isca
Convenciona-se denominar de isca ao amontoado inicial de folhas secas,
papéis, palhas, gravetos finos, cascas de árvores, sobre os quais operamos para a
obtenção inicial do fogo. Na selva, há árvores como a mombaca ou o marajá e
outras palmáceas que, mesmo verdes ou molhadas, pela raspagem de seus caules dão
uma espécie de maravalhas que facilitam a obtenção inicial do fogo. Podemos
também obter maravalha do vegetal chamado guarumã ou arumã. Outro auxílio para
Mostrar
a isca é o emprego do breu vegetal, resina extraída da árvore do breu, que, além de
álcool,
aceitar facilmente o fogo, ainda o conserva por muito tempo; além disso, é aromático gasolina,
e espanta os mosquitos. Outro breu é o do índio que parede com uma casca lenhosa. querosen
Sempre que se dispuser de querosene, gasolina, fluido para isqueiro e pólvora, serão e, banha
eles úteis na tentativa de obter fogo, desde que utilizados com o devido cuidado. de sucuri,
Outras iscas também utilizadas são: Banha de sucuri (obtida após exposição do etc.
couro da cobra ao sol), a andiroba (aquecendo o seu caroço macerado) e o óleo de
copaíba (fazendo um furo no caule de sua árvore, o óleo escorrera).
Demonst
rar a
técnica e
escalar
um aluno
para
executar
Demons-
trar a
técnica e
escalar
um aluno
para
Fig.8 Caule da Mombaca Fig.9 Mombaca preparada p/ raspagem
executar
3) Acendimento da Isca
a) Por processos convencionais: - Os fósforos e isqueiros poderão ser
economizados com o emprego de uma vela, se houver, ou de uma tocha de galhos
secos. Ao se aproximar a chama da isca, soprando-se suavemente, poder-se-á
15 min facilitar a obtenção do fogo inicial, ao qual serão adicionados, progressivamente,
1º Ten pequenos gravetos secos, com o cuidado de não abafá-lo. Sendo a combustão uma
Lima queima de oxigênio, é preciso deixar o fogo ventilado, colocando os gravetos
maiores e a lenha grossa paulatinamente. É comum, obtido o início do fogo, haver
uma precipitação em se colocar lenha grossa em quantidade, o que, geralmente,
contribui para apagá-lo.
b) Por processos de fortuna: - Não será fácil conseguir o fogo por Comen-
processos de fortuna; muita prática será necessária para fazê-lo; os mais comuns são: tar
(1) Lentes (Fig. 10) - A chama poderá ser obtida fazendo-se incidir na
isca os raios solares, através da lente de um binóculo, de uma câmara fotográfica ou
de uma luneta ou lanterna.
30 min
1º Ten
Lima
QM 01
c. FOGUEIRAS E FOGÕES (QM 01 e fogões) e
fogões
1. Conservação do fogo
Obtido o início do fogo através do acendimento da isca, bastará ir
adicionando madeira, a princípio o mais seca possível. Uma vez firmado o fogo,
poderá ser usada mesmo lenha verde. Dependendo da permanência no local e do uso
que se fará da fogueira, dever-se-á ir reunindo junto a ela o máximo de lenha
possível, para que vá secando, caso esteja úmida ou verde.
2. Transporte de iscas
a) As iscas deverão ser transportadas tomando-se a preocupação de
impermeabilizá-las com sacos plásticos, tubos de filmes, etc.
b) Outra forma de prepara o transporte de iscas à base de tecido de algodão
é queimando-o até carbonizá-lo. Deve-se tomar o cuidado para não desmanchá-lo.
Feito isso, deve-se acondicioná-lo na forma descrita acima.
3. Conselhos Úteis e Práticos
a) Não desperdiçar fósforos nem isqueiro, tentando acender uma fogueira
com isca mal preparada.
b) Não esbanjar esses meios para acender cigarros ou outras fogueiras, caso
já exista uma; utilizar brasas ou tições.
c) Antes que se acabem os fósforos ou o fluido do isqueiro, dever-se-á
tentar aprender a praticar o acendimento pelo meio de fortuna que achar mais viável.
15 min d) Guardar bem protegido o material para a isca; o isqueiro e os fósforos
1º Ten deverão ser guardados dentro de um saco plástico, a fim de evitar a grande umidade
Lima que impera na selva.
e) Por onde se andar, se houver material para isca, este deverá ser
recolhido e guardado para o futuro.
f) Boa lenha para o fogo será a obtida de árvores secas e em pé.
g) Para manter um braseiro em condições de futura utilização, bastará
cobri-lo com cinzas e, sobre estas, uma camada de terra seca.
h) Para transportar fogo de um local para outro, bastará levar um tição ou
brasas de bom tamanho e colocá-los sob a nova fogueira, atiçando o fogo.
c. Tipos de Fogão
10 min
05 min 4) Fogão Móvel (Fig. 15) - É o fogão feito com três varas de
aproximadamente um metro e vinte, amarradas no alto formando um vértice,
enquanto suas pontas no solo formam um triângulo equilátero. A 1/3 de sua altura,
três estacas são amarradas horizontalmente com cipó, a fim de fixar o conjunto e
permitir ainda a armação de uma grelha. Com este tipo de fogão, poderá o fogão ser
deslocado para diferentes locais, estando ele sempre pronto e, inclusive, com a
grelha podendo ser utilizada para moquear.
III – CONCLUSÃO
(Prática)
- A prática se desenvolverá da seguinte forma:
- Os instruendos serão divididos em equipes para a obtenção do fogo e construção
dos fogões, buscando a prática da instrução e o desenvolvimento dos atributos da
área afetiva, em particular a PERSISTÊNCIA.