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História

´HISTÓRIA DE BARRA DO MENDES

No início do século XIX, era uma fazenda


chamada Barra, justamente porque ficava
no encontro de dois rios. O Mendes foi
acrescentado em homenagem ao
proprietário, desta família. É ao redor desta
fazenda Barra que surgiram outras e
posteriormente uma grande aglomeração de
pessoas.

Até 1917, Barra do Mendes e Ipupiara eram


distritos de Brotas. E após exercer o cargo
de Intendente (prefeito) de Brotas de 1914 a
1916, Militão Coelho solicitou ao
governador a separação do município e a
formação de outro com sede em Barra do
Mendes e tendo Ipupiara e Morpará como
distritos. O então governador, Antonio
Muniz Aragão, atende seu pedido e, pela
Lei Estadual nº 1.203 de 21 de Julho de
1917, o município é criado.

Em 1918, Militão Coelho invade Brotas de


Macaúbas a fim de prender o 'major Venas'
(Joviniano dos Santos Rosa, tabelião), que
lhe desobedecera. O major era compadre de
Horácio, inclusive criando-lhe duas filhas
naturais.

Dando mostras de seu estilo, o velho


coronel ainda atira no maxilar de sua
vítima, para que este nunca mais discuta
suas ordens. Horácio vê que somente pela
força pode se entender com Militão: invade
Brotas de Macaúbas, resgatando seu aliado
e preparando-se para a resposta. Militão,
que estava na capital, retorna e os combates
têm início.

Duas batalhas decidem o destino desta


primeira refrega, após dois meses de
intenso combate: Pega e Fundão. Horácio
assume a chefia política da cidade, feito
Intendente, ao passo em que Militão
fortifica-se, em Barra do Mendes, então
distrito de Brotas.

Derrotado em armas, Militão obtém uma


vitória política, junto ao governador
Antônio Muniz, com a emancipação de
Barra do Mendes, levando ainda o distrito
de Fundão e exigindo o distrito de Guigós
ao vizinho Gameleira. Renovato Alves
Barreto, líder daquela cidade, pede ajuda a
Horácio, que envia cinqüenta homens a
Gentio do Ouro, então um povoado entre as
duas localidades.

Militão manda crucificar um amigo de


Horácio, Onésimo Lima, e seus jagunços
expropriam a Fazenda Melancia e tomam
todo o gado de um seu parente. A guerra
estava declarada.

A pedido do Governador Dr. Antonio


Muniz Ferrão de Aragão, em Lençóis, o
Coronel Horácio de Matos exigiu que
Militão fosse afastado da política local e
que a SEDE do município de Barra do
Mendes fosse transferida para o Jordão,
(atual Ipupiara). Horácio de Matos e João
Arcanjo reanexam informalmente o
território de Barra do Mendes ao de Brotas
de Macaúbas. A extinção oficial do
município se deu pela Lei Estadual nº 1.388
de 24 de Maio de 1920.

Somente em 1958, na gestão do governador


Antonio Balbino de Carvalho Filho, foram,
Ipupiara e Barra do Mendes, separadas e
puderam se constituir como cidades. Neste
período era prefeito de Brotas, em primeira
gestão, o senhor Gaudêncio Oliveira.

O município de Barra do Mendes foi


restaurado, com territórios de parte dos
Municípios de Gentio do Ouro e Brotas de
Macaúbas, pela Lei Estadual nº 1.034, de
14 de Agosto de 1958, e reinstalado em 7
de Abril de 1959.
1. História
ORIGEM E FUNDAÇÃO
A Fazenda Barra, desmembrada da Barra de
São Rafael, foi comprada pelo CAPITÃO
FELIPE MENDES DE VASCONCELOS,
ao procurador do Conde da Ponte, Senhor
Felipe Alves Ferreira, em março de 1818. O
Capitão Felipe, era um grande latifundiário
e além da Fazenda Barra, possuía muitas
outras.
A Fazenda Barra, do Capitão Felipe, como
é mencionada em vários documentos da
época, foi divida em duas partes e uma
delas fora vendida ao CAPITÃO
PRUDENTE RODRIGUES DE ARAÚJO
BARRETO. Na verdade, Felipe Mendes,
tudo leva a crer que era solteiro e nunca
tenha residido na Fazenda Barra, pois
morava em Brotas, onde faleceu em data
desconhecida, deixando sua herança para a
família Araújo Barreto.
Para entendermos essa trança, voltemos lá
em Brotas, quando CARLOS RODRIGUES
DE ARAÚJO BARRETO e sua esposa,
MESSIAS RODRIGUES PAZ, chegaram e
começaram a povoação daquelas paragens.
Carlos e Messias tiveram 10 filhas e 02
filhos, sendo eles, MATIAS RODRIGUES
DE ARAÚJO BARRETO E PRUDENTE
RODRIGUES DE ARAÚJO BARRETO.
Na FAZENDA JACURUTUM, no
município de Oliveira dos Brejinhos,
morava o Fazendeiro JOÃO OLÍMPIO, que
tinha uma filha chamada ANA MARIA
OLÍMPIA. Pois bem, da cidade de
Salvador, viera o caixeiro viajante
ANTONIO SODRÉ DOS SANTOS, que ao
passar por Jacurutu, se apaixonou por ANA
MARIA, pedindo-a em casamento e se
estabelecendo na Fazenda, pois fora
condicionado assim, para se casar com a
moça. O casal teve duas filhas, JOSEFA
CAETANA OLÍMPIA SODRÉ E RITA
CAETANA OLÍMPIA SODRÉ.
OS dois filhos varões de Carlos, se casaram
com as duas filhas de Antonio Sodré, sendo
que MATIAS CASOU-SE COM JOSEFA
E PRUDENTE CASOU COM A JÁ
VIÚVA, PORÉM MUITO JOVEM RITA.
Mathias e Josefa, tiveram muitos filhos e
filhas, já Prudente e Rita tiveram um único
filho, que nasceu morto, segundo ele
mesmo, Prudente, afirmou no seu
testamento. A Fundação da área onde se
localiza hoje a sede do município de Barra
do Mendes foi desbravada pela família
Rodrigues de Araújo Barreto e Sodré,
sobrinhos do Capitão Prudente Rodrigues
de Araújo Barreto. Há indícios em uma
série de documentos, que após o
fechamento do inventário do já citado
Capitão, alguns de seus sobrinhos tenham
ficado com as terras da segunda metade da
Fazenda Barra, posto que um deles,
ANTONIO JOAQUIM BATISTA
(ANTONINHO), casado com DONA
ROSALINA MARIA DE JESUS, já residia
por cá, sendo o administrador das “coisas”
que Prudente tinha aqui, conforme consta
do Testamento do mesmo.
Outro que encontramos residindo na Barra
de Duas Veredas, nome pelo qual era
também conhecida a Fazenda Barra, foi
FRANCISCO XAVIER DE ARAÚJO
BARRETO, que a história oral registrou
como CHICO SODRÉ, também sobrinho
do Capitão, que era casado com LUIZA
ROSA DOS SANTOS (DONA
MOCINHA). Também veio logo no inicio
um sobrinho de Chico Sodré, JOAQUIM
SODRÉ DE ARAÚJO BARRETO, com
sua prima e esposa, SOLINA OLÍMPIA
SODRÉ, segundo a oralidade pois não
aparecem em nenhum documento
evidenciando essa antiguidade, não
compram, não herdam, não vendem nem
assinam papel algum que tenha vindo a
conhecimento píblico, apenas por ouvir
dizer, e cujos foram os únicos que deixaram
descendência, já que nem Chico Sodré ou
Antoninho deixaram filhos.
Na caravana estava ainda a Senhora
EMILIANA OLÍMPIA SODRÉ (1850-
1935), filha do Major ANTONIO SODRÉ
DE ARAÚJO BARRETO e irmã de
Joaquim Sodré de Araújo Barreto, cuja
depois de viúva de seu primeiro marido,
José Martins de Andrade, com quem teve
dois filhos, se casou com REGINALDO DE
SOUZA PACHECO (VELHO RÉGIS),
tendo os outros filhos.
Ainda não se pode afirmar com exatidão a
data em que esse pessoal veio para cá,
apenas que foi na segunda metade do século
XIX, mas a não ser que surja alguma
evidencia documental, o que
cronologicamente está inviável, podemos
afirmar que ninguém precedeu a
ANTONIO JOAQUIM BATISTA
(ANTONINHO) que é RODRIGUES DE
ARAÚJO BARRETO de sangue, pois com
certeza era filho de uma das várias irmãs do
Capitão Prudente Rodrigues de Araújo
Barreto, que depois foi seguido pelo primo
FRANCISCO XAVIER DE ARAÚJO
BARRETO (CHICO SODRÉ), já que era
filho de MATIAS RODRIGUES DE
ARAÚJO BARRETO E JOSEFA
CAETANA OLÍMPIA SODRÉ.
Excetuando a fundação da parte da sede,
temos o restante do município. A região
serrana tem sua fundação muito mais
antiga. Em 1790 já vivia na região serrana
de Barra do Mendes, no Povoado de
Lameiro, o Sr. Eduardo José de Oliveira e
sua esposa D. Andrezza Rosa de Oliveira, e
desse casal saíram os principais
desbravadores daquelas serranias. Em
Areias, Canabrava dos Barbosas e Retiro
existiam alguns índios Tapuias que se
misturaram aos descendentes de Eduardo e
assim deram origem a quase todos os
povoados serranos em Barra do Mendes.
A Fazenda Canabrava (dos Barbosas) foi
comprada na primeira metade do Século
XIX por Aleixo Barbosa de Magalhães e
seus filhos Francisco José Barbosa e João
Barbosa de Magalhães, e a Fazenda Ferreira
em 1839 pelos Senhores José Geraldo de
Souza e Clemente Mendes de Brito, mas
nas próprias escrituras eles já davam como
garantia todos as benfeitorias e demais bens
por eles possuídos nas mesmas localidades,
ou seja já residiam lá antes de adquirirem
legalmente as terras.
Chapada Velha, essa não foi possível fazer
nem uma “base” de quando surgiu, de tão
antiga que era.
Assim sendo, as origens das Terras de Barra
do Mendes remontam ainda do século
XVIII, a povoação do território que
corresponde a sede, que era metade da
Fazenda Barra foi depois da segunda
metade do Século XIX, e seus fundadores
foram, na sequência: ANTONIO
JOAQUIM BATISTA, FRANCISCO
XAVIER DE ARAÚJO BARRETO E
JOAQUIM SODRÉ DE ARAÚJO
BARRETO.
AS INDEPENDÊNCIAS POLÍTICAS
Até 1917, Barra do Mendes e Ipupiara eram
distritos de Brotas. E após exercer o cargo
de Intendente (prefeito) de Brotas de 1914 a
1916, Militão Coelho, através de Cézar Sá,
solicitou ao governador interino, Frederico
Augusto Costa, então presidente do Senado
Estadual, que assumira na ausência do
Governador que estava em viagem à
Europa, a separação do município e a
formação de outro com sede em Barra do
Mendes e tendo o Fundão (atual Ipupiara) e
Morpará como distritos. Atendendo seu
pedido e, pela Lei Estadual nº. 1.203 de 21
de Julho de 1917, o município é criado e o
Capitão Adelino Rodrigues Coelho toma
posse como primeiro e único intendente.
Em 1918, Militão Coelho invade Brotas de
Macaúbas a fim de prender o "major
Venas" (Joviniano dos Santos Rosa,
tabelião), que lhe desobedecera. O major
era compadre de Horácio de Matos,
inclusive criando-lhe duas filhas naturais.
Dando mostras de seu estilo, o velho
coronel ainda atira no maxilar de sua
vítima, para que este nunca mais discuta
suas ordens. Horácio vê que somente pela
força pode se entender com Militão: invade
Brotas de Macaúbas, resgatando seu aliado
e preparando-se para a resposta. Militão,
que estava na capital, retorna e os combates
têm início.
Duas batalhas decidem o destino desta
primeira refrega, após dois meses de
intenso combate: Pega e Fundão. Horácio
assume a chefia política da cidade, feito
Intendente, ao passo em que Militão
fortifica-se, em Barra do Mendes, então
distrito de Brotas.
No governo do Dr. J.J.Seabra, deu-se a
extinção do município se deu pela Lei
Estadual nº. 1.388 de 24 de Maio de 1920.
Deputado Nestor Coelho faleceu em pleno
mandato e assume na suplência Hélio
Victor Ramos em 1954, cujo deputado,
junto a Antonio Sodré Barreto, Rui Coelho
e Antonio Coelho dão início a uma épica
batalha para que Barra do Mendes voltasse
a ser cidade, o que só conseguiram em
1958, na gestão do governador Antonio
Balbino de Carvalho Filho.
O município de Barra do Mendes foi
restaurado, com territórios de parte dos
Municípios de Gentio do Ouro e Brotas de
Macaúbas, pela Lei Estadual nº. 1.034, de
14 de Agosto de 1958, e reinstalado em 7
de Abril de 1959, sendo empossado o eleito
primeiro prefeito, Dr. Aurelino Alves
Barreto.

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