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CIÊNCIAS

Sequências Didáticas
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Apresentação
O Guia de recursos pedagógicos está organizado de modo a oferecer algumas
possibilidades para o trabalho do professor em sala de aula. O objetivo é apresentar subsídios
que possam enriquecer o dia a dia do docente, auxiliando-os no desenvolvimento das
competências e habilidades exigidas pela Base Nacional Comum Curricular.
É um material que traz conteúdos complementares ao livro impresso, além de subsídios
que enriquecem as práticas didáticas e contribuem para a atualização contínua dos
professores. Importante enfatizar que todas as propostas deste Guia são sugestões, tendo o
professor total liberdade para adequar cada material à sua realidade escolar.
Este conteúdo compromete-se, também, com a formação inicial e continuada de
professores, definindo linhas gerais para seu desenvolvimento, além de viabilizar maior
inserção de tecnologias digitais na educação, uma vez que o uso de ferramentas digitais no
ensino já faz parte da cultura contemporânea e se impõe como uma realidade para todos os
educadores.

Sequências didáticas
As sequências didáticas propõem diversas atividades durante a progressão da
aprendizagem e são complementares àquelas propostas no livro do aluno.
Elas são instrumentos de orientação do professor para uma certa quantidade de aulas,
explicitando o planejamento aula a aula e abordando tanto a organização dos alunos para as
atividades (em grupos, em duplas, individualmente etc.) quanto à disposição do espaço e do
tempo necessários para o desenvolvimento de cada aula. São listados os materiais e recursos
necessários para o andamento das aulas, sugerindo, sempre que possível, materiais
reaproveitáveis e de fácil acesso, que não ofereçam riscos aos alunos. Entre esses materiais, o
uso de recursos tecnológicos é incentivado.
Cada sequência didática indica as habilidades e competências da BNCC com as quais as
atividades estão conectadas, os objetivos de aprendizagem e os conteúdos específicos a
serem explorados.
Ao final da sequência são indicadas propostas de avaliação, mostrando possíveis formas
de acompanhar a aprendizagem dos alunos, suas prováveis respostas e indicações de direção
da aula com base nas dúvidas e nas dificuldades que surgirem. Explicitam-se, nesse momento,
o processo avaliativo de aprendizagem e desempenho e os instrumentos de avaliação
utilizados.
Há também um tópico específico para trabalhar dúvidas dos estudantes, que indica ao
professor algumas dificuldades que os alunos podem enfrentar no percurso das atividades e
oferece sugestões de exercícios e encaminhamentos didáticos extras.
Por fim, um conjunto de exercícios extras e uma lista de fontes de pesquisa cumprem a
função de ampliar o conteúdo da sequência didática.

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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

1a sequência didática:
Som: o que é e como produzi-lo?
Nesta sequência, será abordada a origem dos sons a partir de diferentes fontes, com foco
nos instrumentos musicais. Estudaremos como diferentes meios podem interferir na sua
propagação e como somos capazes de “ouvir” diferentes sons.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos


Objeto de conhecimento  Produção de som
 (EF03CI01) Produzir diferentes sons a partir da vibração de
Habilidade variados objetos e identificar variáveis que influem nesse
fenômeno.
 Compreender o que é o som.
 Identificar possíveis materiais e condições necessárias para a
Objetivos de aprendizagem produção de um som.
 Construir experimento para investigar o efeito do meio de
propagação em nossa percepção sonora.
 Caracterização de ondas sonoras e de sua propagação
Conteúdos
 Produção de ondas sonoras com diferentes materiais

Materiais e recursos
● Caderno
● 1 pedaço de barbante com 5 metros de comprimento
● 2 latas de alumínio, com um pequeno furo no fundo de modo que o barbante passe
● 1 prego e um martelo (para fazer o furo na lata de alumínio)
● 1 elástico de borracha (ou um violão, ou, ainda, uma tampa de panela e uma colher,
metálicas)

Desenvolvimento
● Quantidade de aulas: 3 aulas

Aula 1
Apresentar aos alunos a questão: “Como se pode produzir som?”. Anotar na lousa as
contribuições dos alunos, em forma de tópicos. Algumas possíveis respostas são: quando
objetos se movimentam ou se chocam, quando falamos, quando os diversos animais
produzem sons, quando se toca algum instrumento, quando o vento passa pelas árvores, entre
outros.
Apresentar a seguinte pergunta: “O que nos permite ouvir os sons?”. Registrar na lousa as
ideias expressas pelos alunos. Buscar estimular os seguintes apontamentos: a produção de
sons a determinada distância entre a fonte primária e quem a ouve; se existem, ou não, objetos
entre a fonte primária do som e quem a ouve.

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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Solicitar aos alunos que façam, em duplas, um desenho representando de que maneira
somos capazes de ouvir sons. A ideia é que, de modo geral, os alunos representem algum
fenômeno que produza som, a sua propagação pelo espaço e a sua chegada até os ouvidos
humanos. Auxiliá-los diretamente e também apresentar apontamentos para toda a turma em
momentos em que houver mais erros e dúvidas.
Reservar os desenhos para as próximas aulas.

Avaliação
Analisar as produções dos alunos. Sistematizar na lousa que o desenho precisa de três
elementos principais: a produção do som, a sua propagação pelo espaço e a sua recepção por
um ser humano. Solicitar aos alunos, caso necessário, que terminem o desenho em casa.

Aula 2
Iniciar a aula retomando o que foi visto na aula anterior. Para isso, eleger um dos desenhos
e reproduzi-lo (ou fixá-lo) na lousa. Retomar os três elementos centrais apontados.
Apresentar as seguintes informações complementares:

 Quando estamos submersos na água, somos capazes de ouvir sons produzidos dentro ou
fora-d’água.
 No espaço, onde não há ar, se dois satélites se chocam, não é possível ouvir o som da colisão.

Perguntar aos alunos se eles sabem o que é necessário para que o som se propague entre
um ponto (a fonte de produção) e outro (o receptor). De maneira mais concreta, é possível que
eles percebam a necessidade da presença do ar e da água. A ideia, entretanto, é que haja uma
generalização do assunto, isto é, que seja construída a ideia de que o som precisa de algum
meio material para se propagar.
Realizar a seguinte oficina simplificada: construção de um telefone com fio.

Materiais necessários:
● 1 barbante com 5 metros de comprimento.
 2 latas de alumínio, com um pequeno furo no fundo de modo que o barbante passe.
 prego e martelo (para fazer o furo na lata de alumínio)

Procedimentos:
 Furar a lata de alumínio com o auxílio do prego e do martelo. Essa etapa deve ser feita pelo
professor.
 Passar o barbante pelo furo e realizar um nó na parte que passou pela lata.
 Repetir o procedimento, com a outra ponta do mesmo barbante, na outra lata.
 Em dupla, solicitar que cada aluno pegue uma latinha e se distancie de modo a deixar o fio
bem esticado.
 Solicitar a um aluno que diga duas palavras pelo telefone e que o outro colega anote o que
foi dito.
 Solicitar a realização do procedimento com o fio pouco esticado e ver se conseguem se
comunicar (o telefone só funciona se o fio estiver tensionado, ou seja, muito esticado).
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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Sintetizar tudo o que foi discutido até o momento e solicitar aos alunos que relatem a
experiência do telefone com fio. Repetir a pergunta: “O que é necessário para o som se
propagar entre um ponto (a fonte de produção) e outro (o receptor)?”
De maneira concreta, os alunos podem responder: da água, do ar ou de uma corda. É
importante sistematizar a seguinte informação: “O som é capaz de se propagar em todos os
meios materiais, em alguns de forma melhor do que em outros.”.

Avaliação
Avaliar a participação dos alunos na produção do telefone com fio, na participação das
discussões e nos registros. É necessário buscar um equilíbrio nas atividades. Uma participação
oral em excesso sem registro compromete a capacidade de sistematização, enquanto a pouca
participação não permite um envolvimento mais significativo com o conhecimento, por
exemplo.

Para trabalhar dúvidas


Caso algum grupo apresente dificuldade na elaboração do desenho final, procurar delimitar
a dúvida e auxiliá-lo nessa superação. Se necessário, incentivar os colegas a debaterem,
recordando o desenho feito na aula anterior.

Aula 3
Iniciar a aula pedindo aos alunos que se juntem nas mesmas duplas da aula 2.
Pedir a eles que relatem a experiência feita com o telefone com barbante. Enfatizar a
necessidade de que o barbante estivesse esticado para que o som pudesse se propagar entre
as latas.
Explicar o seguinte fenômeno: “Os sons são originados pela vibração dos materiais, que
fazem com que os materiais que estão ao seu redor também sofram vibração. A nossa fala é
formada pela vibração de nossas cordas vocais.”. Realizar um breve experimento
demonstrativo: vibrar a corda de um instrumento musical, vibrar um “elástico de dinheiro” ou
bater com uma colher metálica em uma tampa de panela metálica. Observar que o choque
promove a vibração dos materiais. Interromper a vibração apertando os materiais. Dizer que
essa vibração só é escutada porque o ar passa a vibrar, pois está em contato direto com esses
materiais. Comentar com os alunos que, quanto mais tempo o material for capaz de vibrar, por
mais tempo o som será emitido.
Solicitar que, utilizando o conceito de vibração dos materiais e dos meios de propagação,
eles produzam um desenho explicando como é possível que haja a comunicação entre dois
indivíduos utilizando o “telefone com fio” da aula anterior. A ideia é que a representação mostre
os seguintes elementos:

 Produção de som pelo primeiro indivíduo.


 Propagação do som produzido pelo ar, até a primeira lata e, consequentemente, até o
barbante.
 Propagação do som pelo barbante até a próxima lata.
 Propagação do som novamente pelo ar, depois da vibração da segunda lata.

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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

 Recepção do som pelo segundo indivíduo.

Ressaltar a necessidade de as duplas se ajudarem, de os registros das aulas anteriores


serem lidos e de solicitar a ajuda do professor quando necessário.

Avaliação
O desenho solicitado na Aula 3 permite a observação de todos os elementos trabalhados
na sequência didática:
 a produção dos sons;
 a explicação de sua produção baseada na vibração dos materiais;
 a sua propagação por diferentes materiais, que passarão a vibrar também;
 a sua recepção por seres com capacidade auditiva.
Assim, a produção é uma importante ferramenta para analisar a necessidade de se
trabalhar, de modo mais específico, com alguns alunos, pois é possível determinar qual aspecto
do conteúdo não foi bem compreendido.

Ampliação
Propor as perguntas a seguir, como dever de casa, para que os alunos busquem as
respostas utilizando os conhecimentos adquiridos até o momento. A ideia é, além de ampliar o
conhecimento a respeito da propagação das ondas sonoras, criar uma oportunidade para
aqueles alunos que tiveram certa facilidade na realização das atividades e gostariam de
investigar outros aspectos relacionados ao fenômeno sonoro estudado.

1. Por que o violão, além das cordas que vibram, tem uma parte chamada “caixa acústica”?
O aluno deve observar que a caixa acústica é usada para amplificar o som produzido pela
vibração da corda, tornando-o mais audível.

2. Os instrumentos de percussão, como os tambores, devem ter a pele (onde se bate) bem
esticada. Por quê?
Espera-se que o aluno conclua que somente assim poderá haver uma boa vibração do
material e, consequentemente, boa produção de som.

3. Faça um desenho representando o funcionamento do violão ou de um tambor.


Espera-se que o desenho apresente a vibração dos materiais (da corda, no caso do violão,
ou da pele, no caso do tambor), o que origina o som e a sua respectiva propagação pelo ar.

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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

2a sequência didática:
Ouvir o mundo ao redor, com saúde!
Nesta sequência didática será abordada a relação entre sons e a produção de música. A
ideia central é observar que os instrumentos emitem sons de diferentes maneiras, de modo que
os humanos podem usá-los e compor um produto cultural que denominamos música.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos


 Produção de som
Objetos de conhecimento
 Saúde auditiva e visual
 (EF03CI01) Produzir diferentes sons a partir da vibração de
variados objetos e identificar variáveis que influem nesse
fenômeno.
Habilidades
 (EF03CI03) Discutir hábitos necessários para a manutenção da
saúde auditiva e visual considerando as condições do ambiente em
termos de som e luz.
 Os sons dos objetos
Objetivos de aprendizagem  A voz
 A audição e o som
 Caracterização de ondas sonoras e de sua propagação
Conteúdos  Produção de ondas sonoras com diferentes materiais
 Capacidade auditiva

Materiais e recursos
● Caderno
● Cartolina
● Lápis de cor
● Canetas hidrográficas coloridas

Desenvolvimento
● Quantidade de aulas: 3 aulas

Aula 1
Revisar os conceitos de produção de som. Para isso, eleger um dos desenhos produzidos
na Sequência Didática 4, com o objetivo de representar o funcionamento do telefone feito com
latas e barbante. Destacar com ênfase que os sons são produzidos quando os materiais
vibram, ou seja, apresentam um movimento de oscilação repetida. Solicitar aos alunos que
respondam a esta questão: “Por que diferentes materiais emitem sons tão diferentes? Mediar
as respostas de modo a chegar à seguinte ideia: “Se o som produzido vem da vibração dos
materiais, mas os sons são diferentes, é porque os objetos vibram de maneiras diferentes.”.

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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Apresentar os seguintes conceitos descritos na sequência. A vibração é a capacidade de o


material apresentar oscilações. O número de oscilações que um material realiza a cada
segundo, por exemplo, irá definir um som diferente. As diferentes notas musicais existem
justamente por essa diferenciação. A nota Lá é formada quando um material vibra 440 vezes
por segundo. Já a nota Sol é produzida quando um material vibra 396 vezes por segundo. Esse
material pode ser uma corda, por exemplo, originando diferentes instrumentos musicais como
o contrabaixo, o violão, a guitarra ou a harpa. Trata-se de uma vibração muito rápida desses
materiais.
Continuar apresentando as seguintes informações: “A quantidade de vezes que um objeto
vibra a cada segundo pode ser chamada também de frequência; o ser humano só é capaz de
ouvir frequências entre 20 oscilações por segundo e 20.000 oscilações por segundo, e cada
animal apresenta capacidade distinta de ouvir os sons.”. Um bom exemplo para ser
apresentado aos alunos são os cachorros, que conseguem ouvir frequências mais baixas que
os seres humanos.
Por esses conceitos serem bastante abstratos, apresentar as seguintes questões para os
alunos responderem, auxiliando-os a responderem de maneira completa, de modo que possam
fazer o registro detalhado dos temas. Observar que as questões a seguir são mais qualitativas
que quantitativas, pois os números apresentados não são importantes de serem memorizados;
o que se quer é destacar a ideia mais ampla de oscilação e de diferentes oscilações
produzirem diferentes sons.
1. Como os materiais emitem sons?
O aluno deve responder que os sons emitidos pelos materiais são formados a partir de sua
vibração. Quanto mais tempo um material oscila, ele é capaz de emitir um som por mais
tempo. É importante lembrar que apenas seremos capazes de ouvi-lo se a vibração tiver um
meio para se propagar (pode ser o ar, a água ou um barbante, por exemplo).

2. Por que os materiais emitem sons diferentes?


Uma vez que os sons são originados das vibrações, é porque os materiais são capazes de
vibrar (ou oscilar) de maneiras diferentes.

3. Conseguimos ouvir todos os sons? Por quê?


Não. Os sons são emitidos quando os materiais oscilam. Entretanto, só conseguimos ouvir
sons produzidos quando as oscilações acontecem entre 20 vezes por segundo e 20.000
vezes por segundo.

4. O que é a frequência do som?

É o número de vezes que um material oscila a cada segundo. Cada corda do violão, por
exemplo, é capaz de oscilar de maneiras diferentes entre si, emitindo, assim, diferentes
notas musicais. Cada nota musical apresenta uma frequência diferente da outra.

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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Avaliação
Analisar as respostas dos alunos no caderno. Buscar construir um registro em lousa
completo, para que os alunos possam ter um registro do tema abordado.

Aula 2
Estudou-se, nas últimas aulas, como é possível produzir sons, até mesmo como a nossa
fala é produzida: pela vibração das nossas cordas vocais. Temos a capacidade muito
importante de falar, chorar, rir, ou seja, emitir diferentes sons que permitem expressar uma
série de mensagens para outros indivíduos. Explicar que somos capazes de receptar sons por
meio de nosso sistema auditivo. O som que ouvimos são vibrações sendo propagadas no ar,
que chega ao nosso sistema auditivo e o faz vibrar. A vibração de estruturas internas é
interpretada pelo nosso cérebro como som. Cada vibração, com frequências diferentes, é
interpretada como sons diferentes. Altas frequências são sons mais agudos; baixas
frequências são sons mais graves.

Medical Art Inc/Shutterstock.com


Ilustração esquemática das estruturas que compõem a orelha humana.

Apresentar na lousa o sistema auditivo simplificado (orelha externa, conduto auditivo e


orelha média e interna; este último é que de fato capta as vibrações). Essa apresentação pode
ser feita através de desenho, de algum cartaz que a escola possua ou da projeção de uma
imagem encontrada na internet. Solicitar aos alunos que produzam um desenho ou
complementem os desenhos feitos previamente que abordavam a produção do som e a sua
propagação, com a explicação de como somos capazes de captar os sons do ambiente.

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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Avaliação
Avaliar o registro dos conceitos trabalhados e do desenho elaborado. Apesar da
complexidade dos conceitos envolvidos, é importante perceber os elementos importantes na
representação: a propagação do som pelo ar, a sua captação e uma possível explicação de
como os sons são interpretados. Novamente, os conceitos mais importantes estão centrados
na propagação do som e a sua origem na vibração de materiais.

Para trabalhar dúvidas


Procurar delimitar as dúvidas dos alunos e auxiliá-los com materiais específicos: registro no
caderno e com livros ou pesquisas mais aprofundadas. Incentivar os alunos a conversarem
entre si, pois os conhecimentos deles podem ser complementares. É importante analisar que
os conceitos relacionados a sons são complexos, mas que podem ser simplificados para
explicar os principais mecanismos de produção, propagação e recepção dos sons.

Aula 3
Solicitar aos alunos que produzam, em trios ou quartetos, um cartaz, utilizando uma
cartolina, com o seguinte tema: “Proteja a sua audição!”. A ideia é que, nessa cartolina, eles
utilizem o desenho da aula anterior para explicar como funciona o nosso aparelho auditivo e
que apresentem pelo menos cinco ações que diminuam os danos à nossa audição, por
exemplo:

● usar fones de ouvido externos à orelha em vez dos internos;


● usar o volume na metade da graduação máxima do aparelho;
● fazer pausas sem som para descansar a audição;
● manter os fones limpos e guardá-los em locais apropriados.

Podem-se espalhar os cartazes pela escola, em uma campanha de conscientização. A


proteção de nossa capacidade auditiva é um tema importante relacionado à saúde humana.

Avaliação
Analisar a participação dos alunos nos grupos, na realização da pesquisa e na construção
da cartolina. Buscar avaliar o percurso completo deles com base na leitura dos registros
produzidos nos cadernos.

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3a sequência didática:
Luz e obstáculos
Nesta sequência didática serão abordadas as interações entre a luz e diferentes materiais
para a observação dos fenômenos luminosos resultantes.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos


Objeto de conhecimento  Efeitos da luz nos materiais
 (EF03CI02) Experimentar e relatar o que ocorre com a passagem da
luz através de objetos transparentes (copos, janelas de vidro,
Habilidade lentes, prismas, água etc.), no contato com superfícies polidas
(espelhos) e na intersecção com objetos opacos (paredes, pratos,
pessoas e outros objetos de uso cotidiano).
 Caracterizar diferentes materiais conforme sua interação com a
Objetivos de aprendizagem
luz.
Conteúdos  Interações da luz com diferentes materiais.

Materiais e recursos
 Colheres de metal bem polidas (limpas)
 Papel celofane
 Papel sulfite
 Cartolina

Desenvolvimento
 Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1
Iniciar a aula pedindo aos alunos que formem duplas, para que possam responder às
seguintes questões que devem ser previamente escritas na lousa:
1. No dia a dia, como podemos enxergar os objetos que nos rodeiam? Troque ideias com os
colegas sobre suas experiências.
Respostas pessoais.

2. A visão é um de nossos sentidos. Para vermos, a luz precisa chegar até nossos olhos
depois de atingir um objeto. Vocês já foram enganados pela imagem de um espelho
achando que ela era real?
Resposta pessoal. É bem provável que sim, isso pode ocorrer quando não percebemos que
há um espelho, como em um truque de mágica.

3. Vocês já repararam em como suas imagens ficam quando são refletidas na parte de fora de
uma colher bem polida? E na parte de dentro?

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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Na parte de fora, a imagem fica menor e na parte de dentro fica de cabeça para baixo.

4. Vocês já viram alguém ou algum animal bater em uma porta de vidro porque não percebeu
que ela estava fechada?
Isso é comum, por isso muitas portas feitas com esse material possuem uma faixa para
indicar que há vidro ali.

Para finalizar a aula, entregar as colheres aos alunos para que possam analisar suas
imagens refletidas e corrigir/debater as questões com a turma toda, sempre pedindo que, a
cada questão, um grupo diferente leia e justifique sua resposta. Escrever na lousa tópicos
importantes e inserir no debate informações relevantes (como as respostas esperadas de cada
questão), caso não sejam levantadas pelos alunos. Além disso, deve-se incluir na discussão
que um objeto que tenha sua superfície bem lisa, como a superfície da água parada ou um
metal polido, reflete quase toda a luz que o atinge. É por isso que os espelhos são geralmente
formados por camadas de metal e de vidro.

Aula 2
Iniciar a aula com uma discussão coletiva a respeito de objetos opacos, translúcidos e
transparentes. Incluir na discussão as seguintes informações:
Quando a luz atinge um objeto, podem ocorrer, basicamente, três coisas: ela é absorvida
pelo objeto, ela atravessa o objeto ou ela é refletida pelo objeto.
Quando a luz é absorvida por um objeto, não sendo capaz de atravessá-lo, dizemos que ele
é opaco. Por exemplo, a luz não atravessa um tijolo, um tronco de árvore ou um tapa-olho.
Alguns objetos não são totalmente opacos, nem totalmente transparentes, deixando passar
um pouco de luz, mas alterando sua trajetória. Dizemos, nesse caso, que ele é translúcido.
Quando a luz passa por um objeto em uma trajetória bem definida, isto é, quando ela
atravessa o objeto e nos permite ver uma imagem através dele, dizemos que ele é
transparente.
Pedir aos alunos que formem pequenos grupos, para que possam responder às questões
abaixo. Para auxiliá-los, entregar a eles os materiais (listados em Materiais e recursos).

1. Analisem os 3 papéis e digam qual deles é opaco, qual é translúcido e qual é transparente.
Cartolina é opaca, sulfite é translúcido e celofane é transparente. Alguns alunos podem citar
o sulfite como opaco. Neste caso, o professor deve aproximar o papel da luz, para facilitar a
visualização de algum objeto através do papel.

2. Completem adequadamente as duas frases a seguir:


a) Nossa pele é um exemplo de meio _______, pois a luz não consegue atravessá-la.
Opaco.
b) Enxergamos o que está à nossa frente porque o ar é um exemplo de meio ___________.
Transparente.

3. Citem mais dois exemplos para cada tipo de objeto (opaco, translúcido e transparente).
Respostas pessoais.
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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Para finalizar a aula, corrigir/debater as questões com a turma, pedindo que, a cada
questão, um grupo diferente leia e justifique sua resposta. Escrever na lousa tópicos
importantes e inserir no debate informações relevantes (como as respostas esperadas de cada
questão), caso não sejam levantadas pelos alunos.

Avaliação
Avaliar a postura individual do aluno no debate, sempre promovendo perguntas, de modo a
garantir que aqueles alunos mais tímidos se expressem e tirem suas dúvidas.
Analisar a postura de trabalho individual do aluno em relação ao grupo. Incentivar o debate
e a participação de todos, evitando que apenas um aluno faça o trabalho e os outros percam o
foco.

Para trabalhar dúvidas


Em momentos de trabalho em grupo, deve-se deixar que os alunos resolvam suas dúvidas
em grupo. É importante estimular o debate entre eles, para que aprendam a expressar suas
dúvidas e a debatê-las, construindo assim um raciocínio em direção à resposta, em vez de
recorrerem à “alternativa fácil”, que é perguntar ao professor. O professor pode intermediar e
direcionar a discussão, sem revelar a resposta.

Ampliação
Pedir aos alunos que formem duplas. Em seguida, entregar a imagem de ilusão de óptica a
seguir a cada dupla (ou projetá-la para a turma toda) e solicitar que respondam às questões:

lotan/Shutterstock.com

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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Figura construída com técnica para gerar ilusão de óptica.

1. Observem atentamente as imagens. Elas estão paradas ou em movimento?


Movendo-se a cabeça ou simplesmente movendo-se os olhos, temos a impressão de que
as figuras giram. Trata-se de uma ilusão de óptica, pois elas estão fixas. Alguns alunos
podem ter dificuldade nesta questão. Neste caso, o professor deve solicitar aos alunos que
olhem calma e fixamente para a imagem, para que possam vê-la “parada”.

2. A palavra “óptica” ou “ótica” está relacionada à nossa visão. Você conhece algum tipo de
ilusão de óptica?
Resposta pessoal. Um exemplo é quando observamos uma imagem torta de haste rígida,
como um lápis ou vara, mergulhado na água.

3. Vocês veriam essas figuras se movendo se a sala estivesse totalmente escura?


Não. Espera-se que os alunos associem o escuro com a falta de visão. Sem luz, não
podemos enxergar. Essas imagens parecem se mover pela ação da luz sobre elas e pela
forma como nosso cérebro interpreta a imagem formada.

Para finalizar a aula, corrigir/debater as questões com a turma, pedindo que, a cada
questão, uma dupla diferente leia e justifique sua resposta. Além disso, o professor pode
mostrar aos alunos outras imagens de ilusão de óptica.

Sugestão de material para pesquisa do aluno


 Mega Curioso. Diferentes exemplos de ilusões de óptica. Disponível em:
<http://livro.pro/ogmvmy>. Acesso em: 26 ago. 2019.

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4a sequência didática:
A luz e os nossos olhos
Nesta sequência, serão abordadas as formas de obtenção de sombras, o funcionamento
das pupilas e tópicos relacionados à saúde visual.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos


Objetos de conhecimento  Efeitos da luz nos materiais
 Saúde auditiva e visual
 (EF03CI02) Experimentar e relatar o que ocorre com a passagem da
luz através de objetos transparentes (copos, janelas de vidro,
lentes, prismas, água etc.), no contato com superfícies polidas
(espelhos) e na intersecção com objetos opacos (paredes, pratos,
Habilidades
pessoas e outros objetos de uso cotidiano).
 (EF03CI03) Discutir hábitos necessários para a manutenção da
saúde auditiva e visual considerando as condições do ambiente em
termos de som e luz.
 Identificar os materiais e as condições necessárias para a
formação de uma sombra.
 Construir experimento para reproduzir fenômenos científicos
Objetivos de aprendizagem
associados à luz.
 Entender o funcionamento da pupila.
 Aprender os cuidados necessários da saúde visual.
 Propagação retilínea da luz
 Formação de sombra
Conteúdos
 Características da pupila
 Cuidados da saúde visual

Materiais e recursos
 Fontes luminosas (lanternas de tamanhos variados, flash de celular, lâmpada de projetor etc.)

Desenvolvimento
 Quantidade de aulas: 3 aulas

Aula 1
Iniciar a aula propondo aos alunos a seguinte pergunta (já copiada na lousa): “Quem sabe
dizer o que são sombras?”. Em seguida, pedir que levante a mão quem quiser responder a ela.
Conforme os alunos forem respondendo, anotar na lousa um resumo de suas respostas em
forma de tópicos. Lembrar-se de variar sempre os alunos escolhidos, estimulando a
participação de todos na discussão. É importante também incentivar aqueles que não
costumam levantar as mãos para participar.
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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Em seguida, propor uma atividade de investigação. Com os materiais necessários (listados


em Materiais e recursos) já distribuídos aos alunos organizados em grupos (a quantidade de
grupos depende da quantidade de fontes luminosas disponíveis), estes devem propor uma
resposta à seguinte questão: “O que é necessário para que se forme uma sombra?”. Tornar a
sala o mais escura possível durante alguns momentos da atividade, e, nos momentos
seguintes, deve escurecê-la o suficiente para facilitar a formação de sombras. Caso a sala não
possua cortinas, pode-se improvisar pendurando alguns panos nas janelas.
Passado um tempo determinado previamente, corrigir/debater a atividade com a turma,
pedindo que os alunos exponham o que concluíram da investigação. Escrever na lousa tópicos
importantes levantados pelos alunos, direcionando a resposta da questão inicial para que
contenha as seguintes informações: “As sombras se formam porque a luz se propaga em linha
reta. Quando a luz atinge um objeto opaco, forma uma sombra atrás dele.”.

Avaliação
Observar a postura de trabalho individual do aluno em relação ao grupo. Incentivar os
debates e a participação de todos, evitando que apenas um aluno faça o trabalho e os outros
percam o foco.
Avaliar a postura individual do aluno no debate, sempre promovendo perguntas, de modo a
garantir que aqueles alunos mais tímidos se expressem e tirem suas dúvidas.

Para trabalhar dúvidas


Em momentos de trabalho em grupo, deve-se deixar que os alunos resolvam suas dúvidas
coletivamente. É importante estimular o debate entre eles, para que aprendam a expressar suas
dúvidas e a debatê-las, construindo assim um raciocínio em direção à resposta, em vez de
recorrerem à “alternativa mais fácil”, que é perguntar ao professor. Pode-se intermediar e
direcionar a discussão, sem, no entanto, revelar a resposta.

Aula 2
Iniciar a aula com a seguinte fala: “Bom dia, turma. Por favor, fiquem em silêncio. Eu vou
apagar a luz e quero que vocês reparem naquilo que conseguem ver.”. Em seguida, apagar a luz
da sala, de modo a torná-la o mais escura possível.
Passado algum tempo, questionar os alunos: “Vocês conseguem ver melhor agora do que
conseguiam quando eu apaguei a luz?”. Em seguida, pedir a alguns alunos que respondam,
chamando-os pelo nome. Espera-se que eles digam que sim.
Em seguida, acender as luzes. Questionar os alunos novamente: “Quem sabe dizer por que
isso acontece?”. Pedir para levantar a mão quem quiser responder. Conforme os alunos forem
respondendo, anotar na lousa um resumo de suas respostas em forma de tópicos. Lembrar-se
de variar sempre os alunos escolhidos, estimulando a participação de todos na discussão. É
importante, também, incentivar aqueles que não costumam levantar as mãos para participar.

16
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Dirigir a discussão para que ela contenha as seguintes informações: “Para podermos
enxergar, é necessário que haja luz e que a luz entre em nossos olhos, que são os órgãos
responsáveis pela visão (chamados de receptores de luz). A luz entra em nossos olhos através
da pupila, que é uma abertura no centro de nossos olhos. A pupila pode se adaptar à
quantidade de luz disponível, aumentando ou diminuindo sua abertura. É por isso que logo
quando a luz foi apagada podia se ver menos do que um tempo depois. Nesse tempo, a pupila
mudou o tamanho de sua abertura. A maioria dos animais apresenta olhos que são capazes de
detectar a luz refletida dos objetos. Essa informação luminosa do ambiente captada pelos
olhos é transmitida para o cérebro, onde é interpretada e criam-se as imagens que vemos.”.
Para finalizar a aula, pode-se reproduzir a atividade abaixo na lousa e pedir que algum aluno
vá até ela para resolvê-la. Em seguida, discutir a resposta com o restante da sala. Para facilitar,
imprima com antecedência as figuras de pupilas mostradas abaixo e fixe-as na lousa com o
auxílio de uma fita adesiva.

A pupila se contrai evitando a entrada de


luz em excesso pelo olho.
Luz forte

A pupila se dilata permitindo a entrada de


mais luz pelo olho.
Luz normal

A pupila se mantém normal, pois a


luminosidade é adequada.

Luz fraca
RYGER / shutterstock.com

Avaliação
Avaliar a postura individual do aluno no debate, promovendo perguntas, de modo a garantir
que aqueles alunos mais tímidos se expressem e tirem suas dúvidas.

Para trabalhar dúvidas


Caso algum aluno tenha dificuldade na atividade inicial, com a luz apagada, manter a luz
apagada por mais algum tempo, pedindo ao aluno que fixe a visão em algum objeto e que, ao
longo do tempo, repare na definição com que consegue vê-lo.

17
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Aula 3
Iniciar a aula, propondo aos alunos a seguinte pergunta (já copiada na lousa): “Vocês
sabem como cuidar da saúde dos seus olhos?”. Em seguida, pedir para levantar a mão quem
quiser responder. Conforme os alunos forem respondendo, anotar na lousa um resumo de suas
respostas em forma de tópicos. Lembrar-se de variar sempre os alunos escolhidos,
estimulando a participação de todos na discussão.
Em seguida, realizar uma leitura coletiva do texto a seguir, que poder ser escrito na lousa,
para que os alunos copiem no caderno, ou fotocopiado, sugerindo que alunos diferentes leiam
trechos diferentes (realizar a leitura duas vezes, revezando os alunos):

Os olhos são órgãos muito sensíveis e delicados.


Nunca introduza nada neles nem os toques com as mãos sujas.
Irritações e infecções podem ser causadas por sujeiras presentes em
nossas mãos.
Além disso, a poluição do ar e o excesso de luz podem trazer
problemas aos olhos.
Ficar muito tempo exposto às telas de computadores, tablets e
celulares pode ser prejudicial, pois resseca bastante os olhos.
É importante fazer pausas e relaxar os olhos, abrindo-os e
fechando-os lentamente.

Para finalizar a aula, discutir o que os alunos entenderam do texto. Caso julgue necessário,
ler o texto mais uma vez em voz alta (somente o professor), para complementar o
entendimento dos alunos. Incluir na discussão o fato de que nem todas as pessoas enxergam
com a mesma nitidez, e que algumas pessoas usam óculos. Caso algum aluno da sala utilize
óculos, pode-se pedir que ele conte aos colegas como é essa experiência. Para ilustrar melhor
como é a experiência da necessidade de usar óculos, apresente aos alunos o projeto “Ensaio
sobre a miopia”, da brasileira Layana Leonardo, disponível em: <http://livro.pro/2iuduw>.
Acesso em: 26 ago. 2019.
Deve-se conduzir a conversa de modo que os alunos aprendam a respeitar as diferenças
individuais. Deixar bem clara a seguinte frase aos alunos: “Se você perceber que está com
dificuldade para enxergar, converse com um adulto sobre isso.”, explicitando mais uma vez que
é muito comum usar óculos e que se devem respeitar as diferenças individuais.

OBSERVAÇÃO: Se, na sua escola ou região próxima, houver um oftalmologista disponível,


convide-o para conversar com os alunos.

18
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Para trabalhar dúvidas


Caso algum aluno apresente dificuldade em relação à leitura compartilhada, deve-se
incentivá-lo, dando apoio para que termine a leitura e não tenha “vergonha”. Deve-se também
desencorajar possíveis atitudes desrespeitosas dos colegas.

Ampliação
No início da atividade, dizer aos alunos: “Se vocês olharem apenas para a frente, também
verão o que está ao lado, em cima e embaixo.”. O limite de espaço que é visto pelos olhos é
denominado campo de visão. Depois perguntar: “Vocês querem conhecer seu campo de
visão?”. Em seguida, pedir a eles que formem duplas. Um aluno da dupla deve ler as instruções
para o outro, que as realiza. Ao final, eles devem trocar de função.
 Olhe fixamente para um ponto. Sem mover os olhos ou a cabeça, repare em tudo o que você
vê. Isso é o seu campo de visão.
 Estique os braços para frente e levante o dedo indicador de cada mão.
 Mantenha os dedos indicadores levantados e, olhando para frente, em um ponto fixo, abra
os braços e os afaste até o ponto em que você começa a deixar de ver seus dedos. Volte
um pouco até conseguir ver seus dedos novamente.
 Recomece o teste. Mantendo seu olhar à frente, em um ponto fixo, erga um braço e abaixe o
outro, com os dedos levantados.
 Até onde você pode abrir seus braços sem deixar de ver os dedos? Conte para sua dupla.
 Em qual dos testes você conseguiu abrir mais os braços? Conte para sua dupla.

NOTA: Se julgar necessário, realizar uma demonstração para que a classe compreenda melhor
o que se deve fazer.

19
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

5a sequência didática:
Fases da vida
Nesta sequência didática, serão abordadas as fases da vida do ser humano, estabelecendo
comparações com as fases da vida de outros animais. As atividades propostas propiciam o
reconhecimento de cada fase, com a intenção de trabalhar a construção de valores, como
respeito, solidariedade e consideração, especialmente quanto a pessoas que se encontram na
fase da velhice.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos


Objeto de conhecimento  Características e desenvolvimento dos animais
 (EF03CI05) Descrever e comunicar as alterações desde o nascimento
Habilidade que ocorrem em animais de diferentes meios terrestres ou aquáticos,
inclusive o homem.
 Identificar as principais fases da vida do ser humano.
 Reconhecer que os seres vivos, ao longo do processo de crescimento
Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, passam por transformações no corpo.
 Verificar que o processo de desenvolvimento pode ser diferente entre
os seres vivos.
 Fases da vida
Conteúdos
 Desenvolvimento direto e indireto

Materiais e recursos
 Cartolina
 Cola branca
 Lápis grafite
 Lápis de cor
 Imagens que mostrem diferentes formas de desenvolvimento entre animais
 Computador com acesso à internet
 Projetor multimídia

Desenvolvimento
 Quantidade de aulas: 3 aulas

Aula 1
O objetivo desta aula é despertar a curiosidade e o interesse dos alunos sobre as fases da
vida pelas quais os seres humanos e os demais seres vivos passam.
Organizar os alunos para uma roda de conversa, promovendo trocas de ideias e
estimulando a participação e a valorização das opiniões e contribuições dos colegas na
conversa.

20
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

É importante considerar que os alunos podem contribuir com seus conhecimentos.


Portanto, para que explicitem o que pensam e como consideram as fases da vida do ser
humano, estimular a conversa sobre o assunto com eles, realizando os seguintes
questionamentos:
1. O ser humano é um animal? Por quê?
Espera-se que os alunos respondam que sim, considerando que o ser humano, como os
demais animais, precisa buscar os recursos da natureza para sobreviver, como alimento,
água e abrigo. Os alunos ainda podem considerar que todos os animais nascem, crescem,
desenvolvem-se, reproduzem-se ou não, envelhecem e morrem.

2. Se o ser humano é um animal, ele passa por diferentes fases da vida. Quais são essas
fases?
Espera-se que os alunos respondam que os seres humanos passam pelas seguintes fases:
infância, adolescência, adulta e velhice.

3. Você e os colegas encontram-se em qual fase da vida?


Espera-se que os alunos respondam que eles se encontram na fase de infância.

4. E as pessoas da sua casa, em qual fase da vida se encontram?


Espera-se que os alunos respondam que os pais se encontram na fase adulta. Caso morem
também com os avós, estes se encontram na fase da velhice. Alguns poderão se referir a
algum irmão na fase de adolescência ou de infância, como eles.

5. Que diferenças você pode observar entre a fase em que se encontra e a fase dos seus pais?
Os alunos poderão considerar que eles próprios se encontram na fase de infância, portanto
estão em período de crescimento e desenvolvimento. Eles ainda poderão citar diferenças
comportamentais como, por exemplo que na fase de infância podem brincar, enquanto os
pais, que estão na fase adulta, preocupam-se mais em trabalhar.

6. Será que todos os animais se desenvolvem da mesma forma?


Espera-se que os alunos tenham a noção de que o desenvolvimento pode ser diferente
entre alguns animais. Por exemplo, animais como os seres humanos, os cachorros e os
gatos desenvolvem-se de forma direta, ou seja, o indivíduo nasce e, à medida que cresce e
se desenvolve, adquire a forma do adulto sem precisar de transformações radicais do
corpo. Animais como borboletas e mosquitos modificam profundamente o corpo, pois
passam pela fase de larva e de pupa antes de se tornarem adultos.

Avaliação
Solicitar aos alunos que registrem as respostas em forma de textos. Finalizar os
questionamentos solicitando a eles que representem a si próprios por meio de desenho.
Depois, desenhem um familiar que esteja em fase de vida diferente. Verificar como os alunos
caracterizam cada fase, considerando aspectos físicos ou comportamentais, caso os tenham
representado.

21
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Com base nos questionamentos propostos, fazer diagnóstico dos conhecimentos prévios
dos alunos, assim como das suas representações iniciais. A finalidade é avaliar os
conhecimentos referentes às fases de vida, sejam do ser humano ou de outros animais.

Aula 2
O objetivo desta aula é introduzir conceitos sobre o desenvolvimento de certos animais,
destacando as diferentes fases de vida pelas quais passam. Comentar com os alunos que
todos os seres vivos nascem, crescem, desenvolvem-se, são capazes de se reproduzir, ou seja,
de deixar descendentes, envelhecem e morrem. No entanto, pode haver algumas fases de
desenvolvimento diferentes entre os animais.
Para introduzir essa temática, usar imagens de animais com diferentes formas de
desenvolvimento. Por exemplo:
 Mostrar aves e répteis, que desenvolvem o embrião dos seus filhotes dentro de ovos,
independentemente do corpo da mãe.
 Apresentar mamíferos em que o embrião de seus filhotes se desenvolve dentro do corpo da
mãe.
 Mostrar o canguru, cujo embrião se desenvolve parte da vida dentro da barriga da fêmea e
parte dentro de uma bolsa que a fêmea possui no corpo.
 Exibir o ciclo de vida de uma borboleta, destacando as fases da vida pelas quais ela passa:
ovo, larva (lagarta), crisálida, borboleta adulta.
 Expor o ciclo de vida de um sapo, destacando a fase aquática desse animal, representada
pelo ovo e pelo girino. Ao se desenvolver, o girino adquire adaptações para a vida terrestre e
se transforma em sapo, que representa o indivíduo adulto.
 Mostrar uma mulher grávida em diferentes fases da sua gravidez até o nascimento da
criança. Destacar o desenvolvimento da criança, que ocorre totalmente na barriga da mãe.

As imagens podem ser obtidas na internet e, depois, organizadas na forma de apresentação


para serem projetadas na sala de aula. Considerar a função pedagógica das imagens
sugeridas, pois representam importante meio de comunicação com os alunos. Cada uma delas
permite ativar a imaginação dos alunos, auxiliando-os na construção dos conceitos centrais
relacionados às diferentes fases da vida dos seres vivos.
Para a aula seguinte, solicitar a eles que tragam recortes de revistas de pessoas em
diferentes fases da vida: infância, adolescência, vida adulta e velhice.

22
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Avaliação
Verificar o conhecimento prévio dos alunos sobre as diferentes formas de desenvolvimento
que ocorrem nos animais. Durante a exposição das imagens, eles poderão relatar fatos
observados em casa, como o nascimento, o crescimento e o desenvolvimento de filhotes de
animais de estimação, como gato, cachorro, entre outros. Alguns alunos podem ter
presenciado um pintinho quebrando o ovo no momento do nascimento. Nesse caso, perguntar
a eles se conseguiram observar as diferentes fases de desenvolvimento desse pintinho,
destacando a substituição e a mudança de cor das penugens que revestem o corpo desse
animal. Outros alunos poderão relatar que já observaram girinos em um lago do parque, por
exemplo. Ainda é possível que alguns alunos tenham acompanhado o desenvolvimento e o
crescimento de irmãos mais novos. Verificar como eles comparam e percebem as diferenças
entre as fases da vida que ocorrem durante o desenvolvimento do ser humano e as fases da
vida que ocorrem em outros animais. É importante que eles percebam que alguns animais,
como o ser humano, apresentam desenvolvimento direto, ou seja, não têm fase larval. Em
contrapartida, outros passam por fase larval e fase de pupa (mosquitos) ou crisálida
(borboletas e mariposas).

Aula 3
O objetivo desta aula é trabalhar as características das principais fases de desenvolvimento
da vida do ser humano. Solicitar aos alunos que coloquem sobre a carteira as imagens
selecionadas em casa para caracterizar as fases de infância, adolescência, adulta e velhice.
Depois, organizá-los em grupo a fim de que montem um painel, usando uma cartolina.
Fornecer uma cartolina e um tubo de cola para cada grupo realizar o trabalho.
Em seguida, orientá-los a selecionar as imagens que melhor representam cada uma das
fases de desenvolvimento do ser humano. Solicitar a eles que colem as imagens na cartolina e,
ao lado delas, escrevam uma legenda caracterizando cada fase.
Orientá-los a escrever a faixa etária característica de cada fase e anotem também
características físicas predominantes. É importante circular pelos grupos para analisar as
discussões entre os alunos e auxiliá-los na organização das imagens que vão compor o painel.
Na medida do possível, fazer interlocuções com eles, com o objetivo de auxiliá-los no
redimensionamento de conceitos relacionados às fases da vida do ser humano e na
representação das características de cada uma delas.
Ao final, pedir aos grupos que apresentem os painéis para a turma, mostrando as imagens
e comentando as características de cada fase.

Avaliação
Durante as apresentações, verificar como os alunos reconhecem cada fase da vida do ser
humano, comentando características físicas e comportamentais. Problematizar as imagens
apresentadas para instigá-los a falar sobre a fase da vida em que se encontram, o que mais
gostam de fazer no dia a dia e o que pensam ser mais desagradável para eles. Pedir aos alunos
que comparem a fase de vida deles com a dos familiares e de pessoas que fazem parte da
comunidade escolar.

23
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Averiguar até que ponto os alunos expressam respeito às pessoas em fases da vida
diferentes da fase em que se encontram, especialmente as pessoas idosas. Problematizar as
diferenças entre as fases da vida, reportando-se a valores como respeito, solidariedade e
consideração.

24
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

6ª sequência didática:
Solo e sua formação
Nesta sequência serão abordadas a importância do solo e a sua formação, referindo-se aos
cuidados que todos devem ter para a conservação desse recurso não renovável essencial à
vida e ao equilíbrio do planeta.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos


Objeto de conhecimento  Usos do solo
 (EF03CI10) Identificar os diferentes usos do solo (plantação e
Habilidade extração de materiais, dentre outras possibilidades), reconhecendo a
importância do solo para a vida.
 Identificar os componentes do solo.
Objetivos de aprendizagem  Reconhecer os agentes responsáveis pela formação do solo.
 Conhecer as camadas do solo.
 O que é o solo.
Conteúdos
 A formação do solo.
Materiais e recursos
 Folhas de cartolina branca ou folhas A3
 Giz de cera e lápis de cor
 1 caixa de papelão cortada na altura de 10 cm
 Pedaços de papelão da caixa
 Rochas grandes e pedregulhos (disponibilizados pelo professor)
 Diferentes tipos de solo (argiloso, arenoso, humífero)
 Plástico transparente
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 2

Aula 1
O objetivo da aula é trabalhar a importância do solo, que se configura como recurso natural
utilizado nas atividades humanas. A percepção dessa importância, bem como a da
conservação do solo e a compreensão de que sua formação se dá em um processo de
milhares de anos deve ser transmitida com o intuito de explorar elementos relevantes para a
sensibilização dos alunos quanto à questão ambiental.

Como fazer
 Iniciar a aula solicitando aos alunos que representem, por meio de desenhos, o que é o solo
para eles.

25
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

 Se for possível, exibir o vídeo “Aprenda mais sobre solos” (até 1 min45s), disponível em
<http://livro.pro/w8cdp5> (acesso em: 26 ago. 2019.). Destacar as ilustrações que mostram
o processo de formação do solo e como ele é estruturado. Comentar as informações
abordadas no vídeo, promovendo interlocuções com os alunos, a fim de que as comparem
com os desenhos que fizeram.
 Pedir aos alunos que mostrem seus desenhos. Após analisá-los, passar na lousa a visão
deles sobre o solo. Promover a participação de todos realizando os seguintes
questionamentos:
1. O que é o solo?
O solo é a camada superficial do planeta Terra. Ele é sempre parte integrante da paisagem
natural e serve de sustentação para a vida vegetal e para os outros recursos naturais, como
a água.
2. Para você, qual é a utilidade do solo?
Espera-se que os alunos tenham o conhecimento de que o solo é essencial para a
sobrevivência das plantas e elas são fundamentais para a vida no planeta. O solo também
absorve a água da chuva e abastece os rios e os lençóis freáticos, além de servir de suporte
para as práticas agrícolas e para a pecuária.
3. O que são microrganismos? Qual é a sua importância na formação dos solos?
São seres microscópicos, como as bactérias, que ajudam a decompor a matéria orgânica
que cai no solo. Dessa forma, nutrientes são liberados no solo e absorvido pelas plantas.

Avaliação
Verificar se os alunos compreenderam a importância do solo e que este é um recurso não
renovável. Avaliar se tal conhecimento despertou nos alunos sensibilização e consciência
sobre do uso responsável do solo e sua conservação.

Ampliação
Organizar um trabalho de campo pela escola ou a locais próximos a ela, em que os alunos
possam analisar o uso do solo. Eles devem verificar a situação em que o solo se encontra e
para qual finalidade está sendo utilizado. Se o ambiente em questão estiver com lixo, aproveitar
para falar sobre a contaminação do solo e o descarte correto de resíduos.
Solicitar aos alunos sugestões de ações que a comunidade escolar possa fazer naquele
espaço com o objetivo de que o solo retome as qualidades naturais ou, se o ambiente estiver
em equilíbrio, que assim permaneça.
Essas ações podem ser organizadas na sala de aula e, posteriormente, colocadas em
prática no ambiente. Algumas ações que podem ser realizadas são a colocação de cartazes e
placas, um mutirão de limpeza, o plantio de mudas ou a instalação de uma horta comunitária.

26
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Aula 2
Nesta aula, trabalhar com os alunos as etapas de formação do solo, observando suas
diferentes características. O objetivo da aula é mostrar que o solo se constitui de diferentes
camadas.
Orientar a formação de grupos. Entregar uma caixa e 3 divisórias de papelão a cada um.
Solicitar a cada grupo que divida o espaço da caixa em quatro partes, colocando os pedaços de
papelão paralelamente.
Orientá-los a colocar as rochas e o solo de acordo com o tempo de formação do solo:
1ª divisão da caixa: apenas rochas grandes.
2ª divisão da caixa: uma base de rochas grandes e pedregulhos acima.
3ª divisão da caixa: uma base de rochas grandes, pedregulhos e solo humífero (terra preta).
4ª divisão da caixa: repete o que foi feito na 3ª divisão, porém, com o acréscimo de solo
argiloso (argila) abaixo do solo humífero.
Para mais informações sobre como montar a caixa com as divisões, acessar o endereço
eletrônico: <http://livro.pro/k9uydw> (acesso em: 26 ago. 2019).

Avaliação
Pedir aos grupos que mostrem à turma como ficaram seus modelos. Se possível, conseguir
diferentes tipos de rochas e solos para cada grupo, a fim de que identifiquem a importância da
rocha matriz no tipo de solo que ela vai formar. Solicitar aos alunos que expliquem como
ocorre a formação do solo, quanto tempo isso leva e quais fatores propiciam esse fenômeno.
Sugestões de questionamentos para trabalhar a oralidade dos alunos e avaliar os
conhecimentos construídos.
1. Qual material estava na crosta terrestre para formar o solo?
É provável que os alunos respondam que é a rocha.
2. Por que existem diferentes tipos de solo?
Porque o solo é formado a partir de diferentes tipos de rochas que sofrem a ação do
intemperismo.
3. O que acontece se a camada superficial do solo for retirada?
É importante que os alunos percebam que a retirada da camada superficial altera o solo e,
quanto mais exposto estiver o solo, maior será o dano ao ambiente.
4. O que pode ser feito para conservar o solo?
Evitar a erosão; mantê-lo, de preferência, com plantas adaptadas a cada tipo de solo; não
fazer queimadas; não retirar solo de um local para outro; evitar a poluição.

27
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

7a sequência didática:
Tipos de solo
Nesta sequência serão abordados os tipos de solo e suas características, referindo-se à
importância dos cuidados com esse recurso, sua influência na vegetação, na drenagem e
escoamento da água, na formação dos lençóis freáticos. Além de tratar sobre os diferentes
usos do solo, considerando sua conservação e o equilíbrio do planeta.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos


Objeto de conhecimento  Usos do solo
 (EF03CI09) Comparar diferentes amostras de solo do entorno da
Habilidade escola com base em características como cor, textura, cheiro,
tamanho das partículas, permeabilidade etc.
 Identificar os tipos do solo.
Objetivos de aprendizagem  Reconhecer as principais características dos diferentes tipos de solo.
 Reconhecer a permeabilidade de acordo com o tipo de solo.
 Classificação dos solos.
Conteúdos
 Permeabilidade do solo.
Materiais e recursos
 6 garrafas de PET de 2 L
 Barbante
 Tipos diferentes de solo: argiloso, arenoso e humífero
 Folhas secas de plantas
 Plantas de pequeno porte
 Água
 Regador
 Folhas brancas A4
Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1
O objetivo desta aula é trabalhar as características diferenciais do solo empregadas como
critério de classificação. São elas: cor, textura, cheiro, consistência das partículas e
permeabilidade.
A análise e a classificação do solo são de grande relevância para a utilização agrária desse
recurso, bem como para a construção civil, a identificação de contaminação ambiental e outros
aspectos, e também para a produção de materiais à base de argila ou areia.
Muitas vezes, é pela análise dos solos que se conseguem dados para recuperá-los quando
estão degradados e com poucos nutrientes.

28
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

A importância do reconhecimento do tipo de solo e a conservação das suas características


devem ser apresentadas a fim de explorar elementos relevantes para a sensibilização dos
alunos quanto à questão ambiental.
Como fazer
1. Análise da textura
Objetivo: perceber a composição do solo em relação à presença de argila, silte ou areia.
 Colocar sobre a mesa as folhas A4 brancas.
 Sobre cada uma delas, depositar uma porção dos diferentes tipos de solo.
 Borrifar um pouco de água nas amostras de solo.
 A textura pode ser percebida pelo manuseio de porções.
 Depois de umedecer uma porção do solo, trabalhar com ela entre os dedos, atentando-se
para a sensação tátil. Se a sensação for de uma massa áspera e pouco pegajosa,
predomina areia. Se a massa ficar sedosa, mas sem possibilidade de trabalhar como
massinha de modelar, semelhante ao talco, a amostra é rica em silte. Se a massa tiver
suavidade e for pegajosa moldando-se em rolinhos, a amostra apresenta argila.
2. Análise da cor
Objetivo: perceber a composição de solo de acordo com a quantidade de matéria orgânica,
ferro e outros elementos.
 Colocar uma porção do solo sobre o papel branco.
 Explicar aos alunos que a cor dependerá dos materiais que se encontram ali dissolvidos,
atuando como corante. Por exemplo:
– cor preta: presença de matéria orgânica;
– cor branca: presença de argila e quartzo;
– cor alaranjada e avermelhada: presença de argila e ferro.
3. Experimento de permeabilidade
Objetivo: simular o efeito da água da chuva sobre diferentes tipos de solo, percebendo a
permeabilidade pela drenagem e a importância da cobertura do solo pela vegetação.

 Cortar três garrafas PET tirando parte da lateral onde serão colocados os solos do
experimento.
 Nas outras três garrafas PET, retirar os fundos para a coleta da água que sairá do
experimento. Utilizar barbante para pendurá-las.
 Em cada garrafa, colocar os diferentes tipos de solo disponíveis. Se houver mais solos
diferentes, preparar mais garrafas.
 Em duas garrafas, colocar o mesmo tipo de solo: uma receberá as plantas de pequeno porte
e, se quiser, folhas secas; a outra ficará só com o solo exposto.
 Simular a chuva com o regador.
 Observar as características da água que escoou.

29
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Aula 2
Analisar o experimento no dia seguinte. Pedir aos alunos que observem nos coletores a
qualidade da água.
Promover a participação deles realizando os seguintes questionamentos:
1. Por que a água coletada tem cor diferente?
Para a resposta correta, analisar o tipo de solo: solo humífero (com matéria orgânica) retém
mais água do que solo arenoso; então, a água passa mais lentamente e é, assim, filtrada. O
solo exposto perde mais partículas que o solo protegido.
2. Por que a quantidade de água que passou é diferente em cada tipo de solo?
O solo argiloso não é permeável; então, uma boa quantidade de água ficará retida. O solo
arenoso não retém nada de água e toda ela sairá. O solo humífero deixará uma quantidade
de água passar, mas manterá a umidade para os seres vivos.
3. Na natureza, para onde vai essa água que escoa do solo?
Espera-se que os alunos tenham o conhecimento de que a água ficará retida no solo,
formando os lençóis freáticos, que é uma reserva importante de água doce do planeta.
4. O que se pode concluir sobre o experimento que apresenta as pequenas plantas?
Espera-se que os alunos tenham o conhecimento de que a cobertura de folhas amortece as
gotas de água e protege o solo, fazendo a água infiltrar lentamente, o que impede que ele
seja transportado.
Pedir aos alunos que reproduzam os experimentos em desenhos e indiquem qual solo é o
melhor para a vegetação.

Avaliação
Verificar a participação dos alunos e até que ponto o conhecimento sobre os tipos de solo e
a importância da cobertura vegetal despertou neles sensibilização e consciência acerca do uso
responsável do solo e sua conservação.
Problematizar as observações e as conclusões dos alunos, provocando a construção de
argumentos que reportem aos conceitos trabalhados na atividade.
Ampliação
Que tal usar o conhecimento adquirido e montar uma horta? Pode ser em um terreno na
escola ou mesmo em vasos onde os alunos poderão pôr em prática o conhecimento sobre as
características do solo estudadas até agora.
A horta na escola permite trabalhar diferentes conteúdos, como a alimentação saudável, e
até mesmo realizar projetos interdisciplinares com Matemática e outras áreas afins.

30
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

8a sequência didática:
Técnicas de preparação do solo para o plantio
Nesta sequência didática, serão abordadas algumas técnicas de manejo do solo, realizadas
para otimizar a produtividade na lavoura. Tais técnicas, como aração, drenagem, irrigação e
adubação, são utilizadas por agricultores com o objetivo de adequar as condições físicas,
químicas e hídricas do solo, visando favorecer o crescimento e o desenvolvimento das plantas.
Será proposta uma atividade investigativa que mobilizará os alunos na observação, análise
e avaliação da concentração adequada de adubo orgânico (esterco bovino e de galinha) para
garantir melhor produtividade na lavoura. Nessa atividade, será abordada a importância da
adubação nas práticas agrícolas. O destaque está na necessidade de planejar a concentração
adequada de adubo para garantir o crescimento e a produtividade das plantas e também para
evitar prejuízos que podem comprometer a fertilidade do solo e, consequentemente, o
desenvolvimento das plantas.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos


Objeto de conhecimento  Usos do solo
 (EF03CI10) Identificar os diferentes usos do solo (plantação e
Habilidade extração de materiais, dentre outras possibilidades), reconhecendo
a importância do solo para a vida.
 Compreender a adubação como um dos procedimentos
necessários em práticas agrícolas para garantir bom
Objetivos de aprendizagem desenvolvimento e produtividade das plantas.
 Reconhecer que a adubação dever ser planejada para evitar riscos
de comprometimento do solo e perda da produtividade agrícola.
 Técnicas básicas de manejo do solo (aração, irrigação, drenagem,
Conteúdo
adubação).

Materiais e recursos
 Imagens sobre as etapas de plantio (aração, adubação, irrigação, drenagem)
 1 pacote (médio) de esterco bovino
 1 pacote (médio) de esterco de galinha
 8 vasos plásticos de tamanho médio
 8 mudas de um mesmo tipo de hortaliça (rúcula, alface ou couve-manteiga, por exemplo)
 Solo comum retirado do terreno da escola (ou 1 pacote de terra comum)
 Pá de jardinagem
 Luvas
 Copo medidor
 Projetor multimídia

31
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Desenvolvimento
 Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1
O objetivo da aula é mobilizar os conhecimentos prévios dos alunos acerca de
procedimentos realizados no preparo do solo para o plantio, como a aração, a adubação, a
irrigação, a drenagem, entre outros.
Projetar imagens que representam esses procedimentos, solicitando aos alunos que
explanem sobre a finalidade e a importância de cada um deles. Instigá-los a fazer inferências,
com o intuito de avaliar as representações construídas acerca do assunto.
Ao mostrar a imagem da aração, estimular os alunos a falar sobre essa prática e comentar
que, embora muito utilizada por agricultores para melhorar a oxigenação do solo, a aração é um
procedimento que pode prejudicá-lo, caso não seja corretamente executada. Especialistas
consideram que a aração realizada com animais é mais vantajosa se comparada à aração
efetuada com tratores. Durante o processo, o peso dos tratores compacta área significativa do
solo, comprometendo a circulação do ar dentro dele. A aração feita por animais provoca menos
compactação pelo pisoteio, portanto, favorece mais a oxigenação do solo.
Ao mostrar a irrigação, citar a importância dessa técnica a fim de suprir as necessidades
hídricas da atividade agrícola, especialmente em locais cuja região apresenta períodos longos
de estiagem ou com pouca disponibilidade de água para o plantio. Comentar que existem
várias técnicas de irrigação e que o agricultor deve escolher aquela mais adequada para a sua
plantação. Com a finalidade de obter mais subsídios sobre o processo de irrigação, ler o texto
Os métodos de irrigação, disponível em: <http://livro.pro/8xyoix>. Acesso em: 26 ago. 2019.
Se a irrigação é empregada, principalmente, em locais onde há pouca disponibilidade de
água, a drenagem é usada em solos encharcados. A técnica consiste em escoar o excesso de
água por meio de tubos, túneis, canais, valas e fossos. Comentar que solos encharcados
dificultam a oxigenação das raízes das plantas, prejudicando o desenvolvimento e a
produtividade da plantação. Por isso, o excesso de água deve ser removido adequadamente e
com planejamento para evitar danos ao terreno.
Ao mostrar imagens que representam a adubação, comentar a relevância dessa prática
para suprir as necessidades nutricionais das plantas cultivadas. Ao mesmo tempo que as
plantas obtêm do ar o carbono e o oxigênio de que necessitam, por meio do CO 2, obtêm do solo
os demais nutrientes minerais de que precisam para o seu crescimento e desenvolvimento. Os
adubos têm a finalidade de fornecer ao solo todos os nutrientes necessários para que as
plantas cresçam e se desenvolvam. No entanto, essa prática deve ser realizada com cautela,
pois pode alterar as condições químicas do solo, comprometendo o cultivo das plantas.

Avaliação
Verificar as possíveis articulações que os alunos podem realizar durante a exposição das
imagens que apresentam as técnicas frequentemente utilizadas na agricultura. Estimular os
alunos a expressarem suas dúvidas e conhecimentos sobre as técnicas da aração, da irrigação,
da drenagem, da adubação, entre outras que forem consideradas.

32
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Ampliação
Durante a atividade, criar, juntamente com os alunos, um texto coletivo baseado em suas
observações sobre as imagens projetadas. Ao final, pedir-lhes que escolham uma das etapas
do plantio e façam um desenho para ilustrá-la. Os desenhos podem ser expostos no mural da
sala de aula ou em algum outro ambiente da escola.

Aula 2
Nesta aula os alunos deverão avaliar a melhor concentração de adubo para o crescimento e
o desenvolvimento das plantas.

Como fazer:
Organizar os vasos em dois grupos para testar a concentração adequada de esterco bovino
e de esterco de galinha no solo em que se pretende promover o plantio de hortaliças.
 GRUPO 1: quatro vasos para testar a concentração adequada de esterco bovino.
 GRUPO 2: quatro vasos para testar a concentração adequada de esterco de galinha.
Em cada grupo, identificar os vasos com os números de 1 a 4 e a qual grupo pertence, para
que não haja confusão.
No grupo 1, testar a concentração ideal de esterco bovino, definindo uma sequência
crescente dessa concentração no solo:
 Vaso 1: uma parte de esterco bovino para cinco partes de terra comum.
 Vaso 2: duas partes de esterco bovino para cinco partes de terra comum.
 Vaso 3: três partes de esterco bovino para cinco partes de terra comum.
 Vaso 4: quatro partes de esterco bovino para cinco partes de terra comum.
Selecionar mudas de um mesmo tipo de hortaliça, por exemplo, rúcula, alface ou
couve-manteiga, verificando qual é a mais adequada para a época da realização da atividade, e
plantar uma muda em cada vaso. Procurar escolher mudas com o mesmo tamanho, ou seja,
em fase semelhante de desenvolvimento.
Regar os vasos da mesma forma e deixá-los em local iluminado, sem contato direto com o
Sol.
Realizar o mesmo processo no grupo 2 para testar a concentração adequada de esterco de
galinha.
 Vaso 1: uma parte de esterco de galinha para cinco partes de terra comum.
 Vaso 2: duas partes de esterco de galinha para cinco partes de terra comum.
 Vaso 3: três partes de esterco de galinha para cinco partes de terra comum.
 Vaso 4: quatro partes de esterco de galinha para cinco partes de terra comum.
Em seguida, plantar no grupo 2 de vasos o mesmo tipo de hortaliça que foi utilizado no
grupo 1 de vasos.
Todos os vasos devem ser submetidos às mesmas condições, ou seja, devem apresentar
iluminação semelhante, regados na mesma hora e com a mesma quantidade de água (utilize
um medidor para facilitar).

33
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Preparados os grupos de vasos, organizar os alunos para que eles observem o


desenvolvimento das plantas ao longo de duas ou três semanas. Solicitar a eles que façam
registros a cada observação. Orientá-los a escrever pequenos textos relatando o que
conseguem observar. Pedir que façam desenhos dos vasos de cada grupo para registrar o
aspecto do desenvolvimento das plantas.
Problematizar as situações do desenvolvimento das plantas em cada grupo considerando
as seguintes informações:
 Esterco bovino geralmente oferece bons resultados no crescimento e no desenvolvimento
das plantas na seguinte proporção: uma parte de esterco bovino para duas partes de terra
comum.
 Esterco de galinha é mais forte, se comparado ao esterco bovino. Portanto, é mais eficiente
na seguinte proporção: uma parte de esterco de galinha para seis partes de terra comum.
 Espera-se que os alunos percebam, ao longo do período de observação, que os vasos que
se aproximam das concentrações ideais apresentam plantas que crescem e se
desenvolvem melhor, mostrando boa produtividade. Os vasos com concentrações altas de
adubo orgânico (esterco bovino ou de galinha) prejudicam o crescimento e o
desenvolvimento das plantas.

Avaliação
Espera-se que os alunos percebam que a adubação é uma prática que deve ser planejada
eficazmente pelo agricultor, levando em consideração as concentrações adequadas para o
bom crescimento e o desenvolvimento do cultivo de plantas. Verificar como eles compreendem
as relações entre as quantidades de esterco e de terra comum, utilizadas no experimento,
reportando-se a conceitos da Matemática, como o de fração e o de proporção.

Para trabalhar dúvidas


Caso os alunos apresentem dificuldade durante a observação do desenvolvimento das
mudas, orientá-los a observar inicialmente pequenas mudanças, como o tamanho da muda, a
cor da planta e a cor da terra.

Ampliação
O professor poderá fotografar as etapas de desenvolvimento das mudas com o objetivo de
criar um álbum do projeto. Ao final, fazer uma exposição das fotos em um ambiente apropriado
da escola.

34
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

9a sequência didática:
Desgaste e poluição do solo
Nesta sequência didática, será abordada a degradação do solo decorrente de atividades
humanas, como a agricultura e o acúmulo de resíduos sólidos, que podem provocar alterações
que comprometem a fertilidade do solo, a produção de alimentos e de matérias-primas.
Pretende-se ampliar a percepção dos alunos com relação aos cuidados que se deve ter com o
solo, destacando a sua importância para os seres vivos e a forma como o ser humano o utiliza.
Para isso, os alunos farão maquetes representando cenários que evidenciam as alterações do
solo devido ao mau uso.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos


Objeto de conhecimento  Usos do solo
 (EF03CI10) Identificar os diferentes usos do solo (plantação e
Habilidade extração de materiais, dentre outras possibilidades), reconhecendo a
importância do solo para a vida.
 Reconhecer a importância do solo para a vida na Terra.
 Relacionar algumas técnicas agrícolas com as suas finalidades.
Objetivos de aprendizagem
 Reconhecer práticas agrícolas que comprometem a fertilidade do
solo.
 A importância do solo para os seres vivos
Conteúdos  Animais que vivem no solo
 Algumas técnicas agrícolas

Materiais e recursos
 Música Cio da terra, de Chico Buarque e Milton Nascimento
 Placa de isopor (o tamanho dependerá da disponibilidade da escola)
 Papel celofane de cor azul
 Areia
 Massa de modelar
 Folha de papel sulfite A4
 Materiais diversos de sucata
 Cola branca
 Cola para isopor
 Tesoura com ponta arredondada
 Fita adesiva
 Tinta guache
 Pincel

Desenvolvimento
 Quantidade de aulas: 3 aulas
35
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Aula 1
O objetivo desta aula é sensibilizar e despertar o interesse dos alunos acerca de práticas de
agricultura que podem promover a degradação e a perda da fertilidade do solo, resultando em
prejuízo à produtividade de alimentos e de matéria-prima.
Previamente, preparar a música Cio da terra, de Chico Buarque e Milton Nascimento,
disponível na internet, apresentar em sala de aula para que os alunos a ouçam. Para auxiliá-los
no acompanhamento da música, projetar a letra, imprimir uma cópia para cada aluno ou ainda
escrevê-la na lousa. Ao terminar, ler pausadamente a letra e explicar aos alunos as metáforas
presentes na música. Nesse momento, é vital intensificar interlocuções com eles, a fim de
diagnosticar as percepções que apresentam em relação ao trabalho do ser humano no campo
e também até que ponto percebem a importância do solo para a obtenção de alimentos e de
matérias-primas diversas, utilizadas no dia a dia. Valorizar o trabalho das pessoas no campo,
comentando com os alunos o empenho que elas têm no cultivo da terra para obter desta o
sustento de que necessitam.
Após essa etapa, solicitar aos alunos que registrem na parte superior de uma folha de papel
sulfite A4 a frase ou o trecho de que mais gostaram da música. Depois, orientá-los a
representar, por meio de um desenho, no centro da folha, a ideia da frase ou do trecho
escolhido, articulando com a interpretação e os comentários feitos a respeito da mensagem
que a letra da música traz.
Ao final da atividade, solicitar que leiam o trecho escolhido e mostrem o desenho para a
turma, comentando sua escolha e a ilustração.
À medida que realiza as interlocuções com os alunos, referir-se a práticas de agricultura
que podem provocar degradações e empobrecimento do solo. Comentar com eles sobre:
 o processo de desertificação resultante do uso do solo sem o manejo adequado.
 a erosão do solo e o assoreamento de rios decorrentes do mau uso dele e do
desmatamento associado a práticas inadequadas de agricultura.
 a prática da queimada usada para limpar o terreno visando ao cultivo de plantas ou à
criação de espaço para a pecuária.
 a poluição do solo e do lençol freático em razão do uso indiscriminado de agrotóxicos e
fertilizantes.
 a poluição e a infiltração de materiais orgânicos poluentes (chorume) no solo resultante da
decomposição em aterros sanitários.

Enfatizar a poluição provocada por substâncias químicas, como fertilizantes, agrotóxicos e


chorume, que se infiltram no solo, podem atingir camadas mais profundas e contaminar lençóis
freáticos que abastecem rios e lagos. Dessa forma, a poluição alcança não só ecossistemas
próximos, mas também distantes.
Depois, retornar à letra da música Cio da terra e pedir aos alunos que comentem o que
entenderam da metáfora da última estrofe. Durante as interlocuções, mencionar que esse
trecho da música se refere à necessidade do ser humano de conhecer o solo, ou seja, suas
características físicas e químicas. Refere-se ainda a conhecer as formas adequadas de
utilizá-lo, com o objetivo de obter dele, com o mínimo de degradação, os alimentos e a
matéria-prima necessária para esta geração e para as gerações futuras.

36
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Expor os desenhos dos alunos na sala de aula, com o intuito de prestigiar o trabalho e as
inferências que realizaram durante a aula. Em seguida, organizar os alunos em grupos, de 3 a 5
componentes, e distribuir os seguintes temas:
 Cuidados com o solo.
 Erosão do solo.
 A prática da queimada na agricultura.
 Poluição do solo na agricultura.
 Poluição do solo pelo chorume produzido por lixões.

Distribuídos os temas, encaminhar os grupos de alunos à sala de informática para que


pesquisem sobre os respectivos assuntos. Orientá-los a procurar textos e imagens
relacionados ao tema do grupo.

Avaliação
Nesse momento, priorizar uma avaliação diagnóstica, com a finalidade de verificar os
conhecimentos dos alunos acerca das temáticas que serão trabalhadas nas próximas aulas.
Avaliar até que ponto as ações mediadoras precisarão de maior ou menor interferência. O
objetivo é auxiliar os alunos no redimensionamento ou na ampliação dos seus conhecimentos
prévios e nas representações iniciais sobre como o ser humano utiliza o solo em suas
atividades.
Usar a estratégia de registrar na lousa as ideias centrais das inferências dos alunos, a fim
de ajudá-los a acompanhar os questionamentos, as contraposições e os comentários. Os
diagnósticos obtidos nesta aula devem servir de base para os encaminhamentos didáticos e
para a abordagem dos assuntos propostos nas próximas aulas.

Aula 2
O objetivo da aula é auxiliar os alunos na leitura e no reconhecimento do tema do grupo,
fazendo uso dos textos pesquisados na aula anterior. Organizá-los nos grupos já definidos
anteriormente e solicitar a leitura dos textos. Orientá-los a anotar no caderno as informações
que julgarem mais relevantes para o tema do grupo. Circular pelos grupos para acompanhar e
orientar continuamente a produção. Prestar atenção ao que os alunos conversam sobre o tema
e, à medida do possível, fazer interlocuções com eles, a fim de auxiliá-los na compreensão e na
seleção de algumas abordagens inseridas nos textos.
Em seguida, solicitar aos grupos que comentem as informações selecionadas. Nesse
instante, é vital ajudá-los a definir com clareza quais são as ideias centrais.
Depois, solicitar aos grupos que pensem em maneiras de representar as ideias centrais de
cada tema na forma de uma maquete e as discutam. Orientar os alunos a utilizar uma placa de
isopor para montar a maquete.
Providenciar previamente as placas de isopor, verificando se a escola tem à disposição
esse tipo de material. Solicitar aos grupos que tragam para a aula seguinte os materiais de
sucata que utilizarão para montar a maquete.

37
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Os alunos poderão usar papel-celofane de cor azul para representar a água de rios ou lagos,
areia para representar o solo em processo de desertificação, pequenas rochas para compor o
cenário, além de: massa de modelar, papelão, papel-toalha, plástico de garrafa de PET, tinta e
pincel para pintar, entre outros materiais que julgarem convenientes a fim de representar
elementos que vão compor o cenário referente ao tema do grupo.
Buscar sugestões sobre como montar maquetes, visando auxiliar os alunos na confecção
dos cenários.

Avaliação
Verificar se os alunos estão selecionam informações pertinentes e adequadas ao tema do
grupo.

Para trabalhar dúvidas


Caso os alunos tenham dificuldade para planejar a maquete, auxilie-os com base nas
informações selecionadas por eles, questione-os como poderiam montar as representações.
Perguntar a eles quais materiais seriam adequados para representar as ideias centrais do tema
do grupo. Oferecer sugestões de quais materiais eles podem utilizar na montagem da maquete.

Aula 3
O objetivo desta aula é orientar os alunos na montagem das maquetes. Visitar cada grupo e
solicitar a eles que relatem qual é o cenário que pretendem montar. Perguntar a eles como
pensaram em montá-lo e quais materiais pretendem utilizar para representar os componentes
dele. Se necessário, dar dicas aos alunos sobre quais materiais empregar e como fazer.
Se possível, convidar o professor de Artes para acompanhar o trabalho dos alunos. Ao final,
pedir aos grupos que apresentem à turma a maquete, explicando o tema ao se referirem ao
cenário montado.

Avaliação
Avaliar se o cenário representando na maquete corresponde ao tema dos grupos. Verificar
se os elementos que compõem o cenário se aproximam da ideia central do tema. Averiguar
também os conhecimentos que os alunos construíram ao longo deste trabalho, diagnosticando
até que ponto eles articulam conhecimentos adquiridos pela pesquisa e durante as
interlocuções com o professor, com o cenário que construíram.
Após a apresentação dos alunos, expor as maquetes em espaço comum na escola, com o
intuito de prestigiar o empenho e os conhecimentos adquiridos por eles.

Ampliação
Verificar com a coordenação pedagógica da escola a possibilidade de organizar uma
apresentação das maquetes para as outras turmas da escola ou em uma reunião de pais.

38
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

10a sequência didática:


Os resíduos e o solo
Boa parte dos resíduos sólidos gerados no meio urbano ainda vai para aterros sanitários
clandestinos ou controlados, aumentando assim os riscos de contaminação do solo, dos
lençóis freáticos, de rios e lagos.
Nesta sequência didática, serão propostas atividades com o intuito de instigar discussões
sobre a produção e o descarte de resíduos sólidos, visando sensibilizar os alunos e a
comunidade escolar sobre a responsabilidade de todos na preservação do ambiente.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos


Objeto de conhecimento  Usos do solo
 (EF03CI10) Identificar os diferentes usos do solo (plantação e
Habilidade extração de materiais, dentre outras possibilidades), reconhecendo a
importância do solo para a vida.
 Reconhecer a necessidade da realização de ações coletivas para
Objetivo de aprendizagem solucionar os problemas ambientais e de saúde decorrentes de
descaso da população quanto ao destino dos resíduos sólidos.
 Resíduos sólidos
Conteúdos  Degradação do solo pelo acúmulo de resíduos sólidos nos espaços
urbanos

Materiais e recursos
 Cartolina
 Cola branca
 Tesoura com ponta arredondada
 Revistas e jornais
 Lápis grafite
 Lápis de cor
 Caneta colorida hidrográfica
 Sacos de lixo de 20, 40, 60 ou 100 litros
 Luvas de látex
 Celular com câmera ou câmera fotográfica

Desenvolvimento
 Quantidade de aulas: 3 aulas

39
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Aula 1
O objetivo desta aula é sensibilizar os alunos sobre as degradações do solo decorrentes do
descaso e do acúmulo de resíduos produzidos pela sociedade e despertar seu interesse pela
solução de tais problemas, a partir de atividades dentro da própria escola.
Organizar a turma em grupos e, para cada grupo, fornecer os seguintes materiais: cartolina,
cola, tesoura. Solicitar aos grupos que busquem e recortem imagens, em revistas e jornais, de
situações que caracterizam alguma forma de degradação do solo. Em seguida, pedir aos
alunos que utilizem a cartolina para produzir um cartaz com essas imagens, prevendo espaços
para a inserção de legendas e pequenos textos em uma outra etapa.
Os alunos poderão pesquisar imagens de resíduo sólido acumulado em terrenos baldios,
praias ou locais públicos da cidade e observar encanamentos despejando esgoto em rios,
pessoas descartando resíduos pela janela do carro, entre outras situações. Eles poderão ainda
encontrar imagens de queimadas em áreas rurais ou em terrenos baldios no meio urbano.
Acompanhar o trabalho e a interação dos alunos em seus grupos, observando como se
mobilizam para buscar e identificar em revistas e jornais as situações de degradação do solo.
Fazer interlocuções em cada grupo, problematizando as imagens selecionadas pelos alunos.
Verificar quais são suas hipóteses sobre a degradação do solo representada nas imagens que
selecionaram. Orientá-los na elaboração de legendas para cada imagem, as quais deverão
sinalizar a forma de degradação que ocorre no solo.
Ao terminarem, pedir a cada grupo que apresente o cartaz à turma, bem como as hipóteses
levantadas sobre os fatos representados nas imagens. Durante as apresentações, fazer
perguntas que levem os alunos a pensarem sobre os danos causados aos seres vivos e ao
ambiente, devido à degradação do solo. Perguntar-lhes se veem solução para os problemas e
quais seriam elas. Sempre procurar fazer ligações com situações do cotidiano a fim de que os
alunos possam articular o conhecimento que se pretende desenvolver com questões do
contexto sociocultural.

Avaliação
Conversar com os alunos e fazer questionamentos para verificar como compreendem que
determinadas ações de degradação podem interferir e comprometer as condições do solo.
Durante as apresentações, verificar a necessidade de retomar conceitos básicos a respeito do
solo, comentando sobre os seres que vivem nele e a importância deles para a manutenção da
fertilidade natural do solo e preservação do ambiente.
Lembrar aos alunos que a eliminação desses seres que vivem diretamente no solo, por
interferência da poluição causada pelo ser humano, pode comprometer todos os demais seres
vivos que dependem de modo direto ou indireto do solo.

Aula 2
Nesta aula os alunos deverão verificar a quantidade de resíduos sólidos produzidos por
algumas turmas da escola. Esta atividade deve ser previamente combinada com o professor da
outra turma e seus alunos. É muito importante informar-lhes o que se pretende investigar com
a coleta dos resíduos e como ela será feita.

40
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Organizar os alunos em grupos e fornece-lhes luvas de látex e sacos de lixo de diferentes


volumes: 20, 40, 60 ou 100 litros.
Cada grupo será responsável por verificar o volume de resíduos sólidos produzidos em uma
turma da escola. Definidas as turmas para cada grupo, orientar os alunos a utilizar os sacos
plásticos para coletar os resíduos depositados no cesto de lixo de cada sala de aula. Combinar
o dia em que devem fazer a coleta e o melhor momento para realiza-la: no final do período das
aulas (manhã ou tarde). Pedir a eles que usem o celular ou a câmera fotográfica da escola para
fotografar o chão da sala, havendo ou não resíduos sólidos. É importante ressaltar que todos
deverão usar luvas durante a coleta.
Terminada a coleta dos materiais, orientar os grupos a identificar os sacos plásticos com o
nome dos alunos do grupo e a turma em que coletaram os resíduos sólidos. Combinar
previamente com a direção e a equipe de limpeza da escola um local para guardar esses sacos
até a próxima aula. Estes devem estar bem fechados para evitar atrair insetos e roedores ou
sujar o ambiente.

Avaliação
Verificar a postura individual dos alunos durante o trabalho em grupo. Avaliar se seguem os
critérios definidos de organização e planejamento das ações referentes à coleta dos resíduos
sólidos produzidos nas salas de aula da escola. Atentar-se às possíveis conclusões dos grupos
em relação à forma como as turmas lidam com os resíduos sólidos produzidos na sala de aula.
Observar como os alunos analisam o comportamento das turmas onde foram coletados os
resíduos. Questione-os: “Os alunos costumam dar destino correto ao resíduo sólido que
produzem, jogando-o no cesto de lixo?”. Caso exista mais de um cesto na sala de aula para
armazenamento de diferentes tipos de resíduos: “Eles observam e o usam corretamente ou
misturam diferentes tipos de resíduos?”, “Havia muitos resíduos pelo chão?”, “A quantidade de
resíduos, na sua visão, poderia ser menor?”, “Você notou algum tipo de desperdício ou mal uso
de materiais?”, “Quais?”.
Examinar até que ponto os alunos se identificam com as demais turmas quanto à forma
como lidam com os resíduos sólidos na sala de aula e no dia a dia.

Ampliação
Organizar as fotos das salas de aulas das outras turmas. Solicitar aos alunos que criem
cartazes a partir dessas fotos e exponham-nos em áreas comuns na escola. A partir da
exposição, propor como desafio aos colegas da escola a criação de um slogan por turma para
uma campanha de conscientização para o uso responsável dos materiais escolares (e de
outros, se julgar necessário), com o objetivo de promover pequenas e importantes mudanças
de atitudes em todos. Os slogans podem ser divulgados a cada semana, de forma escrita e
visível, nos murais da escola.

Aula 3
O objetivo da aula é concluir o trabalho sobre os materiais coletados nos cestos de lixo nas
salas de outras turmas e mobilizar os alunos na observação e análise dos materiais coletados
na aula anterior. Usando luvas, os grupos devem verificar:

41
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

 a quantidade de resíduo sólido produzido pela turma. Orientar os alunos a usar a referência
do volume do saco utilizado para armazenar o resíduo sólido para verificar essa quantidade.
Pedir aos alunos que registrem no caderno a quantidade de resíduo sólido, usando a
unidade litro, de acordo com o tamanho do saco utilizado.
 os tipos de resíduos sólidos coletados e também os materiais de que são feitos (plástico,
alumínio, papel, vidro, entre outros). Pedir a eles que registrem no caderno a quantidade de
cada tipo.

Questionar os alunos sobre qual seria o destino adequado desses resíduos sólidos,
comentando sobre possíveis interferências no meio ambiente caso sejam descartados
inapropriadamente.
Procurar ampliar a discussão sobre o tema retomando os casos de tipos de resíduos que
são descartados no solo ou em rios e oceanos que prejudicam a todos os seres vivos. Incluir
nessa reflexão, a responsabilidade de cada um dos seres humanos no cuidado com o planeta
Terra.

Avaliação
Verificar possíveis transformações de posturas e atitudes dos alunos quanto à forma como
lidam com os resíduos sólidos que produzem no dia a dia, especialmente na sala de aula e na
escola como um todo. Averiguar como os alunos articulam as observações feitas ao longo do
trabalho com os conhecimentos relacionados à poluição do solo decorrente de atividades
humanas e também da falta de consciência ecológica e cidadã da população.

Ampliação
Os alunos devem rever os dados anotados em seu caderno, sobre:
 quantidade de resíduo encontrada no cesto de lixo (essa medida será aferida pelo tamanho
do saco utilizado: 20 litros, entretanto, somente a metade do saco foi preenchida com o
material, logo temos 10 litros.);
 quantidade de resíduo encontrada no chão (se esse dado for significativo. Caso contrário,
desprezar o dado);
 tipos de resíduos encontrados: lápis, folha de caderno, papel de lanche, copo de água, giz e
outros;
 tipos de material de que os resíduos foram feitos (papel, plástico, madeira).

Com os dados reunidos e organizados, cada grupo apresentará seus registros oralmente.
Anotar as informações na lousa, e montar um gráfico de colunas. Concluída esta parte, solicitar
aos alunos que leiam o gráfico e analisem os dados.

42
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

11ª sequência didática:


Água e ar na Terra
Será abordado o estudo da água, referindo-se à sua distribuição na Terra, assim como os
estados físicos em que a água pode ser encontrada no planeta. Outro assunto trabalhado será
o estudo do ar que compõe a atmosfera terrestre.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos

Objeto de conhecimento  Características da Terra


 (EF03CI07) Identificar características da Terra (como seu formato
esférico, a presença de água, solo etc.), com base na observação,
Habilidade
manipulação e comparação de diferentes formas de representação
do planeta (mapas, globos, fotografias etc.).
 Reconhecer a distribuição de água na Terra.
Objetivos de aprendizagem  Identificar os diferentes estados físicos da água.
 Conhecer a composição básica do ar atmosférico.
 A água presente em nosso planeta.
Conteúdos
 O ar que compõe a atmosfera terrestre.

Materiais e recursos

 1 jarra plástica com água


 1 garrafa de PET transparente de 2 L com tampa
 1 copo plástico de 200 mL
 1 copo plástico de 50 mL
 Folhas de cartolina branca ou folhas A3
 Giz de cera e lápis de cor

Desenvolvimento
Quantidade de aulas: 3 aulas

Aula 1
O objetivo desta aula é trabalhar a percepção da relação entre a quantidade de água
existente no planeta Terra e a quantidade de água potável apropriada para o consumo humano.
Com base na construção dessa percepção, sensibilizar os alunos acerca da necessidade do
uso responsável da água no dia a dia.
Fazer a demonstração dos procedimentos da atividade, instigando os alunos a refletir sobre
a real quantidade de água disponível para o consumo humano.
43
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Como fazer

Despejar a água da jarra na garrafa de PET até enchê-la totalmente. Pedir aos alunos que
imaginem que a água da garrafa representa toda a água existente na Terra. Estimular a
participação deles realizando os seguintes questionamentos:
 Como pode ser a água do planeta Terra?
A água no planeta pode ser salgada, constituindo mares e oceanos. Pode ser doce também,
ou seja, com menor quantidade de sais se comparada com as águas de mares e oceanos.
Há ainda a água salobra, que é uma mistura de ambas (água doce e água salgada).
 Onde pode ser encontrada toda a água líquida do planeta?
Espera-se que os alunos tenham o conhecimento de que a água pode ser encontrada na
superfície da Terra, compondo rios, lagos, mares e oceanos. Pode ser encontrada também
no subsolo e, ainda, compondo os corpos dos seres vivos.
 O que significa hidrosfera?
A hidrosfera corresponde ao conjunto de todos os lugares ocupados por água nas suas
diversas formas: sólida, líquida ou gasosa.
 Toda a água disponível no planeta é própria para o consumo humano? Por quê?
A água é a substância mais abundante no planeta. No entanto, apenas uma pequena parte
do total de água existente tem condições para consumo. Isso ocorre porque a maior parte
da água da Terra é salgada.

Agora, despejar parte da água da garrafa de PET dentro do copo de 200 mL. Em seguida,
comentar com os alunos que a água contida no copo representa toda a água doce existente no
planeta. Instigá-los a refletir no assunto, comparando a quantidade de água doce presente em
rios, lagos e no subsolo, por exemplo, com a quantidade de água total que existe no planeta.
Em seguida, despejar parte da água do copo de 200 mL no copo de 50 mL. Comentar com os
alunos que a quantidade de água contida no copo de 50 mL representa a quantidade de água
de fácil acesso, como a água de rios, lagos, represas e poços artesianos, por exemplo.
Promover a participação dos alunos questionando a qualidade dessa água para o consumo
humano. Perguntar o que é necessário fazer para torná-la apropriada ao consumo.
Após esta reflexão, despejar um pouco da água do copo de 50 mL dentro da tampinha da
garrafa de PET. Comentar com os alunos que a quantidade de água na tampinha representa a
quantidade aproximada de água apropriada para o consumo humano.

Avaliação

Verificar até que ponto o conhecimento da relação entre as proporções da quantidade total
de água existente no planeta e a quantidade de água apropriada para o consumo humano
despertou nos alunos sensibilização e consciência sobre a importância do consumo
responsável da água no dia a dia.
Problematizar as observações e as inferências dos alunos, provocando a construção de
argumentos que reportam aos conceitos trabalhados na atividade.

44
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Ampliação

1. Reunir os alunos em grupos e solicitar a eles sugestões de ações de consumo responsável


de água, evitando consumos exagerados ou implementando soluções para reduzir o
consumo da água tratada recebida nas moradias do bairro.
Solicitar a apresentação de cada grupo para avaliar a compreensão sobre a disponibilidade de
água existente para consumo. Avaliar também aspectos atitudinais que os alunos podem
expressar durante as apresentações das propostas de soluções para a redução do consumo de
água no dia a dia das pessoas em suas moradias.
Finalizar as apresentações despertando a percepção dos alunos sobre a necessidade de se
usar a água do ambiente de forma responsável para que esse recurso não falte às gerações do
presente e do futuro.

Aula 2
Nesta aula, trabalhar com os alunos os conceitos relacionados aos estados físicos da água,
que podem ser observados em diferentes regiões do planeta.
Reunir os alunos em grupos. Solicitar a cada grupo uma representação em desenho do
ciclo da água. Fornecer a cada grupo uma cartolina ou uma folha A3 para produzir o desenho.
Orientá-los a representar:
 a água na forma líquida presente em rios, lagos, mares e oceanos;
 o processo de evaporação da água por meio da influência do calor do Sol;
 o processo de condensação que transforma a água na forma de vapor em água líquida
(chuvas), reabastecendo, assim, rios, lagos, lençóis freáticos e reservatórios de água que
abastecem o município;
 a água em estado sólido no alto de grandes montanhas.

Avaliação

Pedir aos grupos que mostrem como fizeram seus desenhos, considerando as
representações referentes aos estados físicos em que a água pode ser encontrada à medida
que realiza seu ciclo em diferentes ambientes do planeta Terra.
Solicitar aos alunos que expliquem como ocorre o ciclo da água na natureza, mostrando
esse processo em suas representações.
Concluir as apresentações referindo-se aos fatores físicos que estão relacionados
diretamente com o estado físico da água encontrada em determinado ambiente.
Comentar a influência da temperatura nas mudanças do estado físico da água, reportando-
se às condições climáticas de diferentes regiões do planeta.
Pedir aos alunos que montem um quadro para registrar as épocas do ano em que há maior
incidência de chuvas no município onde moram. Orientá-los também a registrar os períodos
nos quais normalmente predominam as estiagens.
Depois, promover discussões para avaliar os conhecimentos construídos e expressos nas
argumentações e nas inferências dos alunos.

45
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Sugestões de questionamentos para gerar a oralidade dos alunos e avaliar os


conhecimentos construídos:

1. Em sua região, qual é o estado físico da água que predomina?


É provável que os alunos respondam que o estado líquido é o que mais predomina.

Há regiões do planeta em que a água pode ser encontrada em estado físico diferente daquele
encontrado em seu município? Quais são essas regiões?
Sim. Nas regiões do planeta correspondentes aos polos e no seu entorno a água é
predominantemente encontrada no estado sólido.

Que fatores físicos influenciam as mudanças do estado físico da água durante o seu ciclo no
ambiente?
A temperatura é o principal fator físico que influencia na determinação do estado físico da
água. Se julgar conveniente, comentar com os alunos a influência da pressão atmosférica
na mudança e na determinação desse estado. No entanto, a compreensão do conceito de
pressão será construída em etapas escolares posteriores.

Em qual época do ano ocorre predomínio de chuvas em seu município? E qual é a época em
que há predomínio de estiagens?
Resposta pessoal.

Aula 3
O objetivo desta aula é mostrar que o ar que compõe o ambiente e a atmosfera terrestres
existe e ocupa lugar no espaço, embora seja invisível aos olhos.

Materiais e recursos
 1 balde com água pela metade
 1 copo plástico transparente
 Algodão
Estimular a participação dos alunos em torno de questionamentos que ativam seus
conhecimentos prévios a respeito do ar presente no planeta. Perguntar a eles as seguintes
questões e registrar na lousa as possíveis respostas:

1. Do que é composto o ar?


O ar é composto de gases, partículas e água na forma de vapor.

Se o ar é invisível, como é possível perceber sua presença?


A presença do ar pode ser percebida, por exemplo, por meio do vento que toca a pele
humana e que balança as folhas das plantas.

É possível provar a existência do ar, mesmo que ele seja invisível aos olhos?
Sim, é possível provar a existência do ar por meio de experimento que evidencia que,
embora invisível, ele ocupa lugar no espaço.

46
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Como fazer

Fixar um pouco de algodão no fundo do copo. Em seguida, mergulhar totalmente o copo


com a boca voltada para baixo dentro da água do balde. Aguardar 1 minuto e retirar o copo da
água sem virá-lo. Solicitar aos alunos que levantem hipóteses para explicar por que o chumaço
de algodão não se molhou, embora o copo tenha sido mergulhado totalmente na água.
Registrar as explicações deles na lousa e depois desenvolver os conceitos referentes à
composição do ar. Destacar a presença de gases como o oxigênio, importante para os seres
vivos que dependem dele para respirar, e o gás carbônico, utilizado pelas plantas durante a
fotossíntese, a fim de produzir seu próprio alimento.

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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

12a sequência didática:


Dia e noite no céu
Esta sequência o destacará a observação do céu diurno e do céu noturno. A intenção é
levantar os elementos presentes em cada período e os fenômenos da natureza estão
relacionados às variações da luminosidade sobre a superfície do planeta Terra.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos


Objeto de conhecimento  Observação do céu
 (EF03CI08) Observar, identificar e registrar os períodos diários (dia
Habilidade e/ou noite) em que o Sol, demais estrelas, Lua e planetas estão
visíveis no céu.
 Identificar elementos da natureza que podem ser observados durante
Objetivos de aprendizagem
o dia e à noite.
 O céu diurno.
Conteúdos
 O céu noturno.
Materiais e recursos
 Folhas A4 brancas
 Folhas A4 pretas
 Giz de cera e lápis e cor

Desenvolvimento
 Quantidade de aulas: 2 aulas

Aula 1
Instigar o interesse e a curiosidade dos alunos sobre como ocorre a formação do dia e da
noite no planeta Terra.
Verificar os conhecimentos prévios dos alunos solicitando que expliquem as variações de
luminosidade que ocorrem diariamente sobre a superfície da Terra.
Registrar na lousa as respostas dadas pelos alunos e discuti-las coletivamente a fim de
esclarecer possíveis dúvidas ou incoerências.
Em seguida, levar os alunos a uma área externa da escola para observação de elementos
presentes no céu diurno. Programar essa atividade e avisar os alunos com antecedência para
que usem protetor solar de pele, pois poderão ficar expostos ao Sol. Evitar os horários entre
10:00 e 15:00 horas, que representam o período do dia em que há maior incidência de radiação
solar.

48
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Justificar esses cuidados aos alunos, esclarecendo que a exposição prolongada à radiação
solar é nociva à saúde. Aproveitar para reforçar a importância do uso diário de protetor solar.
Conversar com os alunos sobre a importância do Sol para a saúde, a exposição ao Sol em
horário favorável estimula a síntese de vitamina D, por meio de substâncias presentes na pele.
A vitamina D tem papel fundamental no processo de absorção de cálcio pelo intestino,
garantindo assim os níveis necessários desse mineral para os ossos e para vários processos
fisiológicos que ocorrem no organismo.
Orientá-los a observar o céu diurno e anotar o que conseguirem identificar. Enfatizar que
eles não devem olhar diretamente para o Sol, pois isso é prejudicial aos olhos.
Em seguida, voltar para a sala de aula e questioná-los sobre o que conseguiram observar no
céu diurno. Anotar na lousa as colocações feitas por eles.
Para desenvolver discussões acerca de possíveis observações feitas pelos alunos,
perguntar:

1. O que foi possível observar no céu?


Os alunos podem se referir às nuvens, à chuva, à Lua, à cor azul do céu. Também podem se
referir a algum avião que passou no céu naquele momento de observação, raia ou pipa,
pássaros, fumaça, entre outros.

2. O céu apresenta sempre o mesmo aspecto ao longo do dia?


Espera-se que os alunos respondam não, pois, ao longo do dia, acontecem variações na
luminosidade e mudanças constantes no posicionamento e na forma das nuvens.

3. O que é observado no céu diurno é possível observar também no céu noturno?


Espera-se que os alunos respondam que muitos elementos observados durante o dia não
são vistos no céu noturno, pois a luz do Sol está ausente. Por exemplo, por causa da
presença da luz do Sol, é possível observar a cor azul do céu, a cor branca das nuvens,
pássaros voando ao longe etc.

4. O que é possível observar no céu à noite?


Espera-se que os alunos respondam: as estrelas, a Lua, alguns planetas, a presença das
nuvens, embora a cor delas não fique tão nítida como de dia.

Avaliação
Verificar como explicam as diferenças entre o que é possível visualizar no céu durante o dia
e durante a noite e analisar como reagem diante de contradições evidenciadas nas
problematizações levantadas.
Registrar as considerações feitas pelos alunos a fim de utilizá-las como referência para a
realização da atividade proposta para a aula 2.
Preparar a próxima aula solicitando aos alunos que observem o céu durante a noite,
acompanhados por um familiar, em casa ou em um parque. Pedir-lhes que registrem no
caderno suas observações do céu noturno.

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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Aula 2
Fornecer a cada aluno duas folhas A4, uma branca e outra preta. Pedir aos alunos que
desenhem na folha branca um cenário que permita representar tudo que conseguiram observar
no céu durante o dia. Depois, solicitar que desenhem outro cenário na folha preta
representando tudo o que observaram no céu noturno. Orientá-los a usar giz de cera e lápis de
cor com cores claras para desenhar e pintar na folha preta.
Com base nos desenhos apresentados, estimular a participação dos alunos por meio dos
seguintes questionamentos:
1. Como se explica a existência de um período claro e outro escuro ao longo do dia?
Espera-se que os alunos tenham alguma noção sobre o movimento de rotação da Terra
para justificar o aparecimento do céu diurno e noturno do planeta.

2. Como é o ritmo de vida da maior parte das pessoas durante o dia e à noite?
Normalmente, as pessoas têm um ritmo de vida mais intenso durante o dia, realizando suas
atividades diárias, trabalhando, estudando etc. À noite, a maioria das pessoas diminui seu
ritmo de atividades, descansam e dormem. No entanto, há pessoas cujo ritmo de vida é
intenso nos dois períodos, que realizam atividades durante o dia e parte do período da
noite. E há aquelas que trabalham à noite e descansam durante o dia.

3. Por que é difícil observar o brilho das estrelas durante o dia?


Espera-se que os alunos mencionem que a luz do Sol ofusca o brilho das outras estrelas.
Tanto o brilho do Sol quanto o das demais estrelas são intensos. Porém, o brilho delas é
ofuscado pela luz do Sol por este estar bem mais próximo da Terra, em comparação às
outras estrelas.

4. Por que não é possível observar o céu azul durante a noite?


O efeito da cor azul do céu é resultante da combinação entre a luz do Sol durante o dia e o
conjunto de gases presentes na atmosfera da Terra. A ausência da luz solar durante a noite
impede a formação desse efeito. Por isso, o céu noturno apresenta uma cor escura,
evidenciando as estrelas.

Avaliação
Com base nos questionamentos propostos, estimular a oralidade dos alunos, articulando
com eles os conhecimentos relacionados às observações do céu diurno e noturno. Considerar
que a percepção de elementos presentes no céu diurno e no céu noturno pode despertar o
interesse dos alunos a buscar novos conhecimentos para compreender os fenômenos que
produzem os efeitos referentes ao dia e à noite. Também pode incentivá-los a investigar como
essa variação de luz sobre a superfície da Terra influencia os seres vivos, tanto aquáticos como
terrestres.

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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Solicitar aos alunos que produzam um texto coletivo, explicitando os elementos que são
visíveis no céu diurno e no céu noturno. Orientá-los a justificar nesse texto a visibilidade de tais
elementos. Considerar também como critério de avaliação do texto os relatos sobre o ritmo de
vida que as pessoas apresentam durante o dia e à noite.

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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

13ª sequência didática:


Os astros no céu

Esta sequência abordará o estudo de certos astros que compõem o Universo, como
planetas, estrelas, Sol, Lua, asteroides, meteoroides e meteoritos, propondo atividades que
instiguem os alunos a buscar informações sobre as características desses corpos celestes.

Relação entre BNCC, objetivos e conteúdos


Objeto de conhecimento  Observação do céu
 (EF03CI08) Observar, identificar e registrar os períodos diários (dia
Habilidade e/ou noite) em que o Sol, demais estrelas, Lua e planetas estão
visíveis no céu.
 Reconhecer a origem do dia e da noite pelo movimento de rotação da
Objetivos de aprendizagem Terra.
 Perceber a relação de tamanho entre o Sol e a Terra.
 Planetas.
 Estrelas.
Conteúdos
 Sol.
 Lua.

Desenvolvimento
 Quantidade de aulas: 2 aulas

Materiais e recursos
 Régua
 Fita métrica ou trena
 Compasso
 Lápis e giz
 Barbante

Aula 1
Despertar a curiosidade e o interesse dos alunos acerca dos astros que podem ser vistos
no céu. Durante o dia, podem ser vistos o Sol, a Lua e o planeta Vênus, esporadicamente. O Sol
é a estrela mais próxima do planeta Terra, se comparada a outras estrelas. Algumas são até
bem maiores do que o Sol, mas não fazem parte do Sistema Solar. Por esse motivo, aparentam
ser muito pequenas.

52
Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

Explicar aos alunos que, para observar os astros que compõem o Universo, é necessário
considerar que se trata de objetos celestes de proporções imensas e que se distribuem no
Universo a grandes distâncias uns dos outros. Sem considerar a referência das dimensões dos
corpos celestes e as grandes distâncias que existem entre eles, há o risco de se cometer
equívocos na construção de conceitos básicos de Astronomia. Para iniciar a aproximação dos
alunos aos conceitos relacionados aos astros, é fundamental ativar seus conhecimentos
prévios e suas representações espontâneas acerca do assunto. A seguir, há algumas
sugestões de questionamentos para estimular a oralidade e a socialização de saberes
construídos pelos alunos em seu meio sociocultural.
1. O que é o Universo?
Considerar a noção de que o Universo é formado por corpos celestes somados ao espaço
onde se encontram. Como exemplos desses corpos celestes, podem ser citados os
planetas (incluindo a Terra), as estrelas, a Lua, os asteroides, os cometas etc.
2. Onde fica o planeta Terra no Universo?
A Terra faz parte do Sistema Solar, constituído pelo Sol e pelos demais planetas ao redor
dele.
3. Que astros podem ser observados no céu diurno?
O Sol, a Lua e, esporadicamente, o planeta Vênus.
4. E à noite, que astros podem ser observados?
À noite, podem ser observados a Lua, as estrelas, alguns planetas, cometas, asteroides etc.
5. Como é o tamanho do Sol em relação ao planeta Terra?
Espera-se que os alunos considerem que o Sol é maior que a Terra.
Para sistematizar essa etapa das suas mediações, registrar na lousa as respostas dos
alunos a respeito dos questionamentos propostos. Em seguida, problematizar possíveis
incoerências ou equívocos postos por eles, com o objetivo de instigá-los a buscar
conhecimentos relacionados ao assunto abordado. Com base nessas respostas, desenvolver
os conceitos referentes aos astros que podem ser visualizados no céu, destacando suas
principais características. Sistematizar a construção desses conceitos, sugerindo o
preenchimento de um quadro. Nele, os alunos devem registrar, na primeira coluna, os nomes
dos astros. Na segunda coluna, orientá-los a colar imagens representativas dos respectivos
astros. Na terceira coluna, serão registradas as características que identificam tais astros.
Sugerir a eles que montem esse quadro em cartolina e o levem pronto para a próxima aula.
Organizá-los em grupos para socializar informações com os colegas. Transitar pelos grupos a
fim de avaliar as trocas de ideias entre os alunos.

Sugestão de quadro
Astros Imagens Características
 Os planetas são astros que não têm
luz própria e orbitam em torno de
 Planeta uma estrela. São corpos celestes de
forma quase esférica e que giram
sobre o próprio eixo.

 As estrelas são astros com luz


 Estrela própria. A maior parte dos pontos
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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

luminosos observados no céu


noturno é constituída por estrelas.
Para um observador que está na
Terra, a maioria das estrelas se
apresentam como pequenos pontos
luminosos, isso acontece porque
estão muito distantes.
 O Sol é a estrela que fica mais perto
da Terra. É por essa razão que ele
aparenta ser maior que outras
 Sol
estrelas e sua radiação luminosa é
intensamente sentida pelos seres
vivos deste planeta.
 A Lua é um astro sem luz própria. Ela
apenas reflete a luz do Sol. A Lua é
considerada um satélite natural, pois
 Lua gira ao redor de um astro maior, que
é o planeta Terra. Outros planetas,
além da Terra, podem ter satélites
naturais, semelhantes à Lua.
 Asteroides são grandes rochas que
vagam pelo espaço. Apresentam
forma irregular. A maioria tem cerca
 Asteroide
de 1 km de diâmetro. Mas há
asteroides de centenas de
quilômetros.
 Meteoroides são pequenas rochas
ou metais com menos de 10 metros
 Meteoroide de diâmetro que vagam pelo espaço
orbitando uma estrela, como o Sol.

 Quando os meteoroides atingem a


atmosfera terrestre e se
desintegram, emitem um rastro de
luz, chamado de meteoro. São
popularmente conhecidos como
 Meteoro
estrelas cadentes. Ainda há os
meteoritos que, diferentemente dos
meteoroides, não são desintegrados
por completo na atmosfera e
atingem a superfície da Terra.
 Cometa  Cometas são astros pequenos que
giram em torno de uma estrela e são
constituídos por um aglomerado de
poeira, gelo, rochas e metais. Ao
passar próximo a uma estrela, os
cometas emitem uma cauda longa e
brilhante que é resultante da rápida
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Ciências – 3o ano –Sequências didáticas

evaporação (sublimação) do gelo


presente em sua estrutura.

Aula 2
Quando abordar o estudo dos astros ou corpos celestes que compõem o Universo, é
importante trabalhar noções de dimensões e proporções de tamanho entre um astro e outro. O
objetivo desta atividade é mostrar aos alunos a diferença de tamanho entre o Sol e a Terra,
para que tenham uma ideia da relação de proporcionalidade entre eles. Esta atividade trabalha
conceitos das áreas de Ciências e Matemática.
Para realizar a atividade, informar os alunos de que a Terra apresenta quase 12.800
quilômetros de diâmetro. Ou seja, se fosse possível construir um túnel atravessando o planeta
de um lado para o outro, ele teria quase 12.800 quilômetros de comprimento.
Em seguida, pedir aos alunos que imaginem qual seria o tamanho do Sol em relação à
Terra. Após eles levantarem suas hipóteses, instigar o raciocínio deles informando que no
diâmetro do Sol caberiam 110 planetas Terra enfileirados.
Problematizar essas informações solicitando aos alunos que façam um desenho para
representar a relação de tamanho entre o Sol e a Terra, com base em uma mesma escala.
Organizar os alunos em grupo, para que resolvam a atividade proposta:
1. Com um compasso, passe em cada grupo de alunos e desenhe, em uma folha sulfite, um
círculo de 1 centímetro de diâmetro para representar o tamanho da Terra.
2. Com base nas informações dadas anteriormente pelo professor e na escala considerada no
item 1, responda: que tamanho teria o diâmetro do círculo para representar o Sol?
Espera-se que os alunos concluam que o Sol, em relação à Terra desenhada na folha de
caderno, teria 110 centímetros ou 1,10 metro.

Avaliação
Levar os alunos ao pátio da escola para que desenhem o Sol no chão, usando um giz e um
barbante, a fim de marcar o diâmetro calculado. Verificar percepções construídas pelos alunos
quanto à diferença de tamanho entre a Terra e o Sol. Ampliar essas percepções comentando a
existência de estrelas cujos diâmetros são bem maiores do que o do Sol. Um exemplo é a
estrela V766 Centauri, que apresenta diâmetro cerca de 1300 vezes maior que o do Sol.

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