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APOSTILA​ ​UNIDADE​ ​05

1
AS​ ​PARTES​ ​DE​ ​UM​ ​SERMÃO

Objetivo: Entender a importância da sintonia entre o texto bíblico, o título e os tópicos,


bem​ ​como​ ​aprender​ ​o​ ​processo​ ​de​ ​sua​ ​estruturação.

Sumário:
1​ ​Introdução
2​ ​Pensando​ ​no​ ​esboço
3​ ​Estrutura​ ​de​ ​um​ ​esboço
3.1​ ​O​ ​Título
3.2​ ​Os​ ​Tópicos
3.3​ ​Os​ ​Subtópicos
4​ ​Alguns​ ​exemplos​ ​práticos​ ​de​ ​como​ ​fazer​ ​e​ ​o​ ​que​ ​evitar
5​ ​Trabalhando​ ​a​ ​Estrutrura
6​ ​Resumo

1
Neste Tópico estudaremos a primeira parte do esboço, que contêm o texto bíblico, o título e
os tópicos. As Ilustrações, Aplicações, Introdução e Conclusão, embora também façam parte
do​ ​esboço,​ ​serão​ ​trabalhadas​ ​mais​ ​adiante,​ ​por​ ​questão​ ​de​ ​espaço.
1​ ​Introdução
Nesta Unidade enfocaremos na primeira parte da estrutura homilética de um
sermão. inicialmente havíamos planejado trabalhar a estrutura toda, mas diante dos
detalhes de cada parte, optamos fazê-lo em momentos distintos. Ou seja, na próxima
Unidade é que trabalharemos sobre os cuidados que precisamos ter quanto às
ilustrações,​ ​aplicações,​ ​introdução,​ ​conclusão​ ​e​ ​apresentação​ ​de​ ​nossa​ ​mensagem.

2​ ​Pensando​ ​no​ ​esboço


Para um bom estudo de uma passagem bíblica são necessárias muitas horas de
pesquisa e oração. Por outro lado, o sermão não pode ser muito longo - devendo
variar entre 10 e 40 minutos, dependendo da finalidade, da ocasião, do tipo e do
público alvo. Assim, não posso simplesmente pegar todo o meu conhecimento
adquirido e descarregá-lo diretamente sobre a igreja. Definitivamente não. Precisarei
selecionar​ ​o​ ​que​ ​falar​ ​e​ ​a​ ​sequência​ ​de​ ​minha​ ​exposição​ ​bíblica.
Por isto, nosso esboço precisa ser o mais claro possível, ter fidelidade ao texto bíblico,
harmonia entre suas partes e conduzir a um clímax, concluindo de forma positiva.
Imagine um sermão sobre o texto de Lc 23.39-43 (acesse ou abra a sua Bíblia e leia o
texto​ ​antes​ ​de​ ​continuar)​ ​com​ ​o​ ​seguinte​ ​esboço:
As​ ​três​ ​cruzes:
1)​ ​A​ ​do​ ​Salvador,​ ​que​ ​inocentemente​ ​se​ ​entregou​ ​por​ ​nós
2)​ ​A​ ​do​ ​ladrão​ ​temeroso,​ ​que​ ​pede​ ​misericórdia
3)​ ​A​ ​do​ ​ladrão​ ​contumaz​ ​e​ ​insultante

Primeiro que o título parece mais um título descrevendo um texto qualquer e


não um sermão, ou seja, ele não fala conosco. Segundo, termina da pior forma
possível.​ ​Agora,​ ​veja​ ​como​ ​fica​ ​se​ ​fizermos​ ​algumas​ ​alterações:
Três​ ​estilos​ ​de​ ​Vida​ ​comum​ ​em​ ​nossos​ ​dias:
1) Uma vida de arrogância (incapaz de aprender com seus próprios erros
e​ ​ainda​ ​gasta​ ​energia​ ​debochando​ ​dos​ ​outros)
2) Uma vida de arrependimento (reconhecendo nossas limitações e
buscando​ ​em​ ​Jesus​ ​o​ ​conserto​ ​das​ ​coisas)
3) Uma vida de abnegação (mesmo sendo injustiçado, Jesus tem
palavras​ ​de​ ​consolo​ ​e​ ​acolhimento)

Note que é muito mais próximo à nossa realidade e termina de forma mais
positiva, valorizando o que devemos buscar. Com o intuito de ajudá-los a pensar na
melhor forma de expor uma mensagem estudada, passaremos a trabalhar a estrutura
de​ ​um​ ​esboço.

3​ ​Estrutura​ ​de​ ​um​ ​esboço


Lembra-se da estrutura que havíamos mostrado anteriormente? Segue de
novo,​ ​logo​ ​abaixo:

Lembre-se: depois da escolha e delimitação do texto e estudo da passagem é


hora de gastar energia elaborando o título e os tópicos (com seus possíveis
subtópicos).​ ​Indicados​ ​pelos​ ​números​ ​2​ ​e​ ​3.​ ​Vamos​ ​por​ ​partes.

3.1​ ​O​ ​Título


Deve ser algo chamativo, criativo, direto e objetivo. Você já deve estar
pensando que, apesar de ser algo tão curto, não é tão fácil elaborar um bom título. E
está certo. Às vezes acontece de eu subir ao púlpito sem ter total satisfação com o
título escolhido. Há vezes que ele surge por primeiro, antes mesmo dos tópicos.
Noutros momentos ele vai sendo construído aos poucos, a partir da ideia central do
texto bíblico e conforme vão surgindo os tópicos. Em contrapartida, há situações em
que tenho os vários tópicos, que captaram muito bem as várias mensagens do texto,
mas​ ​ainda​ ​não​ ​foi​ ​possível​ ​ ​encontrar​ ​um​ ​título​ ​adequado
Podemos e devemos usar da criatividade, mas cuidado para não ser pejorativo
e não servir de distração em vez de ser o elo norteador. Foi-me contado como piada,
mas não duvido que possa ter acontecido: um aluno de homilética, no afã de
extrapolar sua criatividade decidiu pregar sobre o profeta Jonas e usou o seguinte
título: “O Vômito que saiu andando”. É isto mesmo, a risada não pode ser contida.
Embora seja bíblico e verdadeiro, não posso usar um título assim que perderei a
atenção de meus ouvintes. Alguém me contou que um amigo foi pregar para um grupo
de jovens, numa cidade que não conhecia, e usou um sermão que já havia pregado em
sua igreja, com o seguinte título: “Jesus é o cara”. Entre a juventude de sua igreja foi
bênção, mas na outra cidade, foi algo catastrófico. Afinal, para aquela comunidade,
dizer que alguém é “o cara” era sinônimo de algo pejorativo e extremamente
repugnante.
Outra atenção que precisamos levar em consideração é o cuidado para não ser
meramente descritivo ou narrativo. Por exemplo: “A parábola do sal da terra”. Pode
servir como título a ser usado na Bíblia, antes do texto sobre o assunto ou até mesmo
ser um título para estudo bíblico, mas para um sermão não serve. Deveria ser: “Vamos
ser o Sal da Terra”, “Devemos dar gosto às coisas ao nosso redor”, “Jesus mandou
sermos​ ​o​ ​sal​ ​da​ ​terra”,​ ​“Precisamos​ ​temperar”,​ ​entre​ ​outras​ ​possibilidades.
Outro exemplo, se eu for pregar sobre I Sm 17, não posso simplesmente usar
como título: “Davi e Golias”. Pois é muito descritivo, genérico e não tem nada a ver
comigo. Se fosse: “Como Davi derrotou Golias?”, embora seja mais específico, continua
com cara de estudo bíblico, no sentido de dar a ideia de que ainda está no passado e
Davi era o queridinho de Deus, eu não, então por que poderia dar atenção a algo que
não é comigo? Todavia, se o pregador diz: “Vença o seu gigante”, torna-se mais
pessoal, é pra mim. Ou então: “Como vencer um grande desafio?”. Todos nós temos
desafios​ ​e​ ​obstáculos​ ​e​ ​precisamos​ ​de​ ​sabedoria​ ​para​ ​contorná-los.
Quanto ao tamanho, o título não deve ser muito longo. Imagine um título,
ainda sobre Davi, descrito desta forma: “Como alguém tão pequeno e de gentil
aspecto conseguiu ganhar a confiança do rei, para derrotar um valente tão forte e
experimentado nas batalhas, mesmo sem o apoio de sua família e usando apenas uma
funda?”. Não dá. Embora contenha verdade em sua formulação, não pode servir como
título. Deixe-me aproveitar para dar outra dica: cuidado para não menosprezar a
cultura nem aspectos relacionados no texto bíblico. Por exemplo, a frase “usando
apenas uma funda” passa a ideia de que a funda era algo banal e insignificante, mas
para a época, era considerado uma arma de guerra, capaz de matar um inimigo a 200
metros.
Ele deve ser algo que as pessoas possam lembrar com facilidade e,
principalmente, ter condições de ser divisível em tópicos. Por exemplo: se eu quero
pregar sobre as atitudes esperadas de um bom servo de Deus, não posso
simplesmente perguntar “Qual a função do servo?”. Pois, não consigo pensar em outra
função, a não ser servir. Agora, se eu pergunto: “O que Deus espera de nós como
servos?”, já posso pensar em várias respostas: que o sirvamos de bom grado, que o
sirvamos​ ​com​ ​esmero,​ ​que​ ​o​ ​sirvamos​ ​através​ ​do​ ​serviço​ ​a​ ​nosso​ ​próximo​ ​etc.
Em suma, o título deve ser uma frase que irá resumir e apresentar a ideia
central do texto estudado, a fim de proporcionar o direcionamento necessário para o
desenrolar​ ​da​ ​exposição​ ​do​ ​nosso​ ​sermão.

3.2​ ​Os​ ​Tópicos


São derivações do título capazes de responder, complementar, clarificar,
enfatizar ou desdobrar o mesmo. Também são chamados de subtítulos. E precisam,
indubitavelmente, estar em sintonia com a temática estudada. Ou seja, não posso
perguntar: “Como ser um servo que agrada a Deus” e responder: “Serei mais feliz
quando souber a diferença entre servir e mandar”. De fato, se vamos trabalhar a ideia
de serviço em algum momento precisarei descrever quem é o servo e quem é o senhor
que lhe dá as ordens, e certamente até mencionar o aspecto da felicidade, mas isto do
jeito que está aqui não pode servir como tópico. Se a pergunta é “como ser um
servo?”, a resposta precisa ser condizente com a mesma. Se meu título for um convite
à alegria: “Alegrem-se já no Senhor”, deverei mostrar as vantagens disso, a
obrigatoriedade, os motivos ou algo relacionado e que responda a contento a questão
levantada. Não posso simplesmente responder: “Se alegrando”. Como diria o vovô, é
“chover​ ​no​ ​molhado”.​ ​É​ ​ser​ ​redundante​ ​e​ ​cansativo.
Já pensou, se após uma introdução muito boa e profunda, nos falando da
importância de sermos alegres e do título que nos convida a termos isto como atitude,
de repente você começa a ouvir: devemos ser alegres, nos regozijando; devemos ser
alegres, nos alegrando; e devemos ser alegres, com alegria. Não dá. O tópico precisa
ampliar o horizonte, nos convidando e dando opções de como, por que, pra que, de
que​ ​jeito​ ​executar​ ​o​ ​que​ ​foi​ ​exigido​ ​no​ ​título.
Geralmente tenho ouvido que um bom sermão tem apenas três tópicos. Se for
temático até pode ser, pois como ele lida com vários textos bíblicos, se tiver mais
divisões, acaba confundindo. Porém, quando aplicamos um sermão textual ou
expositivo, o sermão terá quantos tópicos o texto permitir. Devemos, claro cuidar com
os limites. Não tem como dividir um título em um único tópico, assim o sermão deverá
ter no mínimo dois tópicos. E de igual modo, seria inconcebível ter um sermão com o
seguinte título: “365 dicas para um ano novo abençoado”. Em geral, 5 tópicos tenho
visto como uma boa quantidade de absorção. Mas, conforme disse anteriormente, é o
texto a ser pregado que definirá isto. Se ele só nos permite dois tópicos, não queira
formar a existência de um terceiro ou quarto, só para manter um padrão. Se isto
ocorrer, certamente, será mais danoso do que útil. Muito provavelmente este(s)
tópico(s)​ ​extra(s)​ ​seria(m)​ ​melhor​ ​aproveitado(s)​ ​como​ ​subtópico(s).
As mesmas regras e dicas, quanto a tamanho, originalidade, objetividade,
atualidade utilizadas para os títulos, também podem ser aplicadas na elaboração do
subtítulo. Por exemplo: se tenho um título: “Alegrem-se no Senhor”, devo responder
mais ou menos assim: “Porque ele é Bom”, “Porque nossa vida passa a ter mais
sentido”. Seria estranho um tópico do tipo: “Porque tanto Paulo em Efésios, quanto
Jesus em Mateus e os sábios de Israel, quando escreveram Provérbios, deixam isto
muito bem claro”. Em vez disso poderíamos transformar em um tópico e três
subtópicos: “Alegrem-se no Senhor” (título), “Porque a Bíblia assim nos ensina”
(tópico), “Provérbios nos exorta a isto” (subtópico 1), “Paulo disse aos Efésios”
(Subtópico​ ​2)​ ​e​ ​“O​ ​Próprio​ ​Jesus​ ​nos​ ​Ensina”​ ​(subtópico​ ​3).
Volto também, a mencionar a importância de nos preocuparmos com a
sequência de nossa apresentação. Por exemplo veja a seguinte estrutura, a partir da
parábola​ ​do​ ​“Bom​ ​Samaritano”:
2
“Três​ ​filosofias​ ​de​ ​vida”
1) Altruísta (Baseada na atitude do Samaritano que vivenciava a
ideia de que aquilo que ele tinha era para ser utilizado para abençoar o
próximo)
2) Individualista, (baseada na postura dos religiosos, que passaram
de​ ​largo,​ ​pois​ ​pensaram​ ​somente​ ​em​ ​si​ ​mesmo)
3) Egoísta, (extraída do gesto hediondo daqueles bandidos, que
saquearam​ ​e​ ​ainda​ ​bateram​ ​no​ ​viajante).

Muito provavelmente você já deve ter percebido que soaria muito melhor,
finalizarmos com o bom exemplo do samaritano e não com a atitude tão vil, daqueles
assaltantes. Note que é diferente de eu ignorá-los. Não posso deixar de mencioná-los
só porque é um exemplo negativo. Afinal também podemos tirar lições valiosas a partir
de atitudes reprováveis. O grande problema é quando e como mencioná-los. É quase a
mesma tragédia de alguém que vai dar um testemunho de sua vida e gasta 99% do
tempo falando nos mínimos detalhes de como era sua vida de pecado e só 1% de sua
nova vida. Às vezes, parece até que tem saudade. Isto é ruim, mas mencionar aquilo
que é errado e vergonhoso a fim de tirarmos lições para uma vida melhor é salutar e
recomendável.

3.3​ ​Os​ ​Subtópicos


Devem ser na quantidade que o tópico permitir sua divisão. Deve ter no
mínimo dois e devem conter explicações que ajudem a compreender melhor o tópico.
Desdobramentos do mesmo ou complementos significativos que venham trazer um
maior entendimento do tópico em questão. Em outras palavras, enquanto o tópico

2
Esboço adaptado a partir de um sermão que ouvi quando era adolescente. Na época alguém
pregou utilizando a seguinte estrutura: “Três filosofias de vida 1) O que é teu, é meu; 2) O que
é meu, é meu; 3) O que é meu, é teu.”. Aproveito para destacar a importância de um bom
esboço. Não me lembro quem pregou, nem a ocasião, acho que foi na Igreja Batista de Vila
Antunes,​ ​em​ ​Cajati,​ ​SP,​ ​no​ ​início​ ​da​ ​década​ ​de​ ​1990.​ ​Mas,​ ​nunca​ ​me​ ​esqueci​ ​desta​ ​estrutura.
precisa ser criado a partir de um versículo bíblico ou de uma verdade bíblica, o
subtópico​ ​não​ ​tem​ ​esta​ ​exigência.
Por exemplo, se estou pregando sobre Jesus ser o Bom Pastor e um dos meus
tópicos é sobre a necessidade que a ovelha tem de ter um pastor, meus subtópicos
poderiam​ ​ser:
Título:​ ​Jesus​ ​é​ ​o​ ​Bom​ ​pastor
Um​ ​dos​ ​tópicos:​ ​Precisamos​ ​ser​ ​pastoreados
a) Porque sofremos perigos externos (a ovelha pode ser roubada
ou​ ​morta​ ​por​ ​animais​ ​ferozes)
b) Porque somos perdidos por natureza (a ovelha não tem um
senso de direção como vários animais, ao se perder, dificilmente voltará
sozinha​ ​para​ ​o​ ​aprisco)
c) Porque somos ávidos por novidade (as ovelhas são muito
curiosas​ ​e​ ​não​ ​tem​ ​noção​ ​do​ ​perigo)
d) Porque nos assustamos por qualquer coisa (a ovelha não
consegue​ ​beber​ ​água​ ​se​ ​elas​ ​forem​ ​agitadas,​ ​tipo​ ​uma​ ​correnteza)

Percebam que todos os subtópicos são pertinentes ao dia-a-dia das ovelhas e


não saíram de nenhum texto bíblico, mas vão nos ajudar a entender e aceitar a grande
lição​ ​de​ ​que​ ​precisamos​ ​ser​ ​pastoreados.
Agora​ ​vamos​ ​treinar​ ​um​ ​pouquinho,​ ​a​ ​partir​ ​de​ ​novos​ ​exemplos.
Lembra do texto de Sofonias 3.14-17 que você foi convidado a ler na Unidade
anterior? Se não leu, faça-o já, antes de continuarmos. Leia o texto bíblico com
atenção e observe as estruturas indicadas abaixo, procurando ver o que há de errado.
Uma dica muito importante: a cada estrutura, haverá uma nota de rodapé, com dicas
do que estaria acontecendo. Mas, primeiro, gaste um pouquinho de tempo, pensando
sobre​ ​cada​ ​uma​ ​delas,​ ​para​ ​só​ ​depois​ ​olhar​ ​a​ ​resposta,​ ​conferindo​ ​seus​ ​apontamentos.

4​ ​Alguns​ ​exemplos​ ​práticos​ ​de​ ​como​ ​fazer​ ​e​ ​o​ ​que​ ​evitar
A partir do texto de Sofonias 3.14-17, trabalharemos vários esboços, com o objetivo de
fixarmos​ ​algumas​ ​verdades​ ​importantes​ ​sobre​ ​o​ ​assunto.
3
a)​ ​Alegrem-se​ ​no​ ​Senhor...
Que​ ​é​ ​Misericordioso
Que​ ​é​ ​Protetor
Que​ ​é​ ​Poderoso
Que​ ​não​ ​Desiste​ ​de​ ​seu​ ​povo

4
b)​ ​Alegrem-se​ ​no​ ​Senhor...
Senhor​ ​livra​ ​do​ ​mal
O​ ​poder​ ​vem​ ​do​ ​Senhor
Que​ ​prazer​ ​o​ ​Senhor​ ​se​ ​alegra​ ​em​ ​ti

Hey! Não se desespere. Se não consegui ver os erros que foram apresentados.
A ideia é de dar vários exemplos, mas que você vá gastando energia em cada um deles,
a fim de assimilar o que foi explicado anteriormente. Continue se exercitando, que o
aprendizado​ ​virá.
5
c)​ ​Alegrem-se​ ​no​ ​Senhor...
O​ ​Senhor​ ​que​ ​te​ ​livra​ ​do​ ​inimigo
O​ ​Senhor​ ​que​ ​está​ ​no​ ​meio​ ​de​ ​ti​ ​de​ ​forma​ ​poderosa​ ​e​ ​abundante
O​ ​Senhor​ ​que​ ​te​ ​renova​ ​e​ ​fortalece

6
d)​ ​Alegrem-se​ ​no​ ​Senhor...
Alegrem-se​ ​pois

3
​Apontamentos ao Exemplo a: Há harmonia entre título e tópicos, porém os subtítulos 1 (Que é
Misericordioso) e 4 (Que não desiste de seu povo) embora sejam bíblicos e verdadeiros não
estão​ ​no​ ​texto​ ​escolhido,​ ​tornando​ ​o​ ​sermão​ ​uma​ ​mistura​ ​de​ ​textual​ ​com​ ​temático.
4
​Apontamentos ao Exemplo b: ​As ideias em cada tópico foram extraída do texto bíblico, mas
estão desconexas entre si e não casam com o título. Leia o título seguido de cada tópico:
“Alegrem-se no Senhor, Senhor te livra do mal”. Soaria melhor se fosse: “Alegrem-se no
Senhor, “que te livra do Mal”, “que tem poder para salvar”, “Que se alegra em ti”. Só teríamos
que​ ​ver​ ​se​ ​salvar​ ​e​ ​livrar​ ​do​ ​mal​ ​não​ ​seriam​ ​sinônimos,​ ​ao​ ​ponto​ ​de​ ​ser​ ​um​ ​tópico​ ​só.
5
​ pontamentos ao Exemplo c: ​A estrutura está ruim. Além do título não casar com os
A
tópicos, o subtítulo 2 está muito longo e o terceiro é duplo e parece ser redundante (renova e
fortalece). Uma sugestão seria: Em quem se alegrar? ​1) No Senhor que te livra do inimigo, 2)
No​ ​Senhor​ ​que​ ​está​ ​no​ ​meio​ ​de​ ​ti,​ ​3)​ ​No​ ​Senhor​ ​que​ ​te​ ​fortalece.
6
Apontamentos ao Exemplo d: ​Semelhantemente ao anterior, a estrutura está caótica. Os
tópicos não estão em sintonia entre si e não casam com o título. Além disso, o primeiro é
redundante demais e o terceiro tornou-se dúbio. Devemos escolher uma única ideia. Sugestão
de melhoria para esta estrutura: ​“Alegrem-se no Senhor”: 1) De forma evidente, 2) Por seu
perdão,​ ​3)​ ​Sem​ ​temer​ ​as​ ​circunstâncias,​ ​4)​ ​Porque​ ​ele​ ​salva.
O​ ​Senhor​ ​perdoa
Não​ ​desanimes​ ​(ou​ ​não​ ​temas)
A​ ​salvação​ ​vem​ ​de​ ​Deus

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e)​ ​Alegrem-se​ ​no​ ​Senhor...
Alegrando-se​ ​em​ ​Deus
Cantando​ ​e​ ​alegrando
Israel​ ​deve​ ​se​ ​alegrar​ ​em​ ​Deus
O cristão deve descansar em Deus porque o seu agir podereoso é
infinitamente​ ​maior​ ​que​ ​qualquer​ ​inimigo

8
f)​ ​Alegrem-se​ ​no​ ​Senhor...​ ​
Porque​ ​tudo​ ​posso​ ​naquele​ ​que​ ​me​ ​fortalece
Porque​ ​o​ ​choro​ ​pode​ ​durar​ ​uma​ ​noite,​ ​mas​ ​a​ ​alegria​ ​vem​ ​pela​ ​manhã
Porque​ ​Deus​ ​se​ ​alegra​ ​daqueles​ ​que​ ​confiam​ ​nele

9
g)​ ​Alegrem-se​ ​no​ ​Senhor...
Israel​ ​é​ ​chamado​ ​a​ ​cantar
Porque​ ​nos​ ​mantém​ ​seguros​ ​contra​ ​as​ ​ciladas​ ​de​ ​Satanás
Devemos​ ​trabalhar​ ​em​ ​prol​ ​do​ ​crescimento​ ​do​ ​reino​ ​(v.16​ ​b)

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​ ​h)​ ​Alegrem-se​ ​no​ ​Senhor...
Porque​ ​é​ ​o​ ​Senhor​ ​quem​ ​luta​ ​por​ ​nós

7
Apontamentos ao Exemplo e: A estrutura está toda comprometida. Os três primeiros tópicos
são redundantes com o título; o 2 ainda é duplo; o 3 é apenas descritivo e ligado ao passado
(em vez de dizer sobre a alegria de Israel, deveria nos chamar à alegria); por fim, o 4º além de
longo​ ​não​ ​está​ ​presente​ ​no​ ​texto​ ​bíblico.
8
​Apontamentos ao Exemplo f: Além da estrutura ruim, pois o título está no imperativo, uma
ordem para outra pessoa, e o primeiro tópico está na primeira pessoa. Ou seja, você deve se
alegra, porque eu posso todas as coisas naquele que me fortalece. Também acabou
misturando o tipo textual com o temático, pois os dois primeiros tópicos, embora sejam bíblicos,
não​ ​aparecem​ ​em​ ​Sofonias.
9
​Apontamentos ao Exemplo g: Estrutura ruim. Os tópicos não estão em sintonia. O 1º não é
atual e meramente descritivo; o 2º tem cara de aplicação e o texto não fala sobre satã 3º é uma
declaração bíblica e verdadeira, mas não tem correlação com o título. Talvez ficasse melhor se
fosse: Aalegrem-se no Senhor, sem deixar de trabalhar (por que enfraquecer as mãos pode ser
sinônimo​ ​de​ ​deixar​ ​de​ ​trabalhar).
10
​Apontamentos ao Exemplo h: Em um texto tão rico de detalhes e ensinamentos, só são
apresentadas​ ​duas​ ​lições​ ​e​ ​praticamente​ ​idênticas.
Porque​ ​é​ ​Deus​ ​quem​ ​nos​ ​protege

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i)​ ​Alegrem-se​ ​no​ ​Senhor...
Por​ ​seu​ ​livramento
Por​ ​sua​ ​Força
Por​ ​sua​ ​Salvação

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j)​ ​Alegrem-se​ ​no​ ​Senhor...
Aceitando​ ​o​ ​seu​ ​perdão
Observando​ ​o​ ​seu​ ​Livramento
Confiando​ ​nele
Sabendo​ ​que​ ​a​ ​alegria​ ​é​ ​certa

E então, como se saiu. Conseguiu captar a ideia sobre a importância entre a


relação​ ​entre​ ​texto,​ ​título​ ​e​ ​tópicos?

5​ ​Trabalhando​ ​a​ ​Estrutrura


Agora vamos trabalhar em nossa estrutura para um sermão baseado em
Sofonias 3.14-17. Depois de termos selecionado o texto, feito as análises do DOICA e
definido sua mensagem central: “Alegrar-se em Deus”, passemos a ler cada versículo,
ou parte deles, procurando lições relacionadas ao tema em questão. Nesta fase
faremos algo parecido com a da Observação, onde vamos anotando aspectos que
achamos interessante. Mas agora estaremos atrás de lições que o texto nos mostram.
Ou seja, na observação eu pude perceber que jerusalém, sião e Israel são sinônimos e
exortados a se alegrar em Deus. Agora, a lição que eu tiro disso é que há uma ordem
para​ ​o​ ​povo​ ​de​ ​Deus​ ​se​ ​alegrar.​ ​Em​ ​outras​ ​palavras:
A​ ​partir​ ​do​ ​título​​ ​Alegrem-se​ ​no​ ​Senhor...
a) Que lição ou lições poderemos extrair do verso 14? Leia novamente
o​ ​texto​ ​bíblico.
Nele percebemos que o verbo está no imperativo, o que configura uma
ordem.

11
​Apontamentos ao Exemplo i: Estrutura perfeita. Bem sintonizados. Só que caiu na tentação
de​ ​ficar​ ​com​ ​apenas​ ​três​ ​tópicos.
12
​ ​Apontamentos​ ​ao​ ​Exemplo​ ​j​:​ ​Está​ ​boa.
b) Que lição ou lições poderemos extrair do verso 15? Leia novamente
o​ ​texto​ ​bíblico.
Em 15a, há a declaração de que nosso Deus afastou a condenação
que havia contra o seu povo; na parte b é mencionado que o
inimigo foi lançado fora; na parte c há a declaração de que Deus
está no meio do seu povo; na parte d há uma declaração de que
não​ ​temeremos​ ​mal​ ​algum.
c) Que lição ou lições poderemos extrair do verso 16? Leia novamente
o​ ​texto​ ​bíblico.
Nele​ ​percebemos​ ​que​ ​o​ ​agir​ ​de​ ​Deus​ ​retira​ ​o​ ​medo
d) Que lição ou lições poderemos extrair do verso 17? Leia novamente
o​ ​texto​ ​bíblico.
O v. 17a diz que Deus é nosso Deus; na parte b volta a dizer que
Deus está no meio do seu povo; na parte c diz que Deus é podersoso
para salvar; na parte d Declara que Deus se alegra com júbilo pelo
seu​ ​povo.
Feito tais constatações acerca das lições possíveis que o texto nos ensina,
dentro da temática da necessidade de nos alegramos em Deus, agora o desafio é
retornar a cada lição e transformá-la em uma frase ou expressão que possa servir
como tópico. Ou seja, a partir de nossa análise chegamos à conclusão de que Sofonias
3.14-17​ ​nos​ ​traz​ ​os​ ​seguintes​ ​ensinamentos:
v.14 Nele percebemos que o verbo está no imperativo, o que configura
uma​ ​ordem.
v. 15a, há a declaração de que nosso Deus afastou a condenação que
havia​ ​contra​ ​o​ ​seu​ ​povo
v.15b​ ​é​ ​mencionado​ ​que​ ​o​ ​inimigo​ ​foi​ ​lançado​ ​fora
v.​ ​15c​ ​há​ ​a​ ​declaração​ ​de​ ​que​ ​Deus​ ​está​ ​no​ ​meio​ ​do​ ​seu​ ​povo
v.​ ​15d​ ​há​ ​uma​ ​declaração​ ​de​ ​que​ ​não​ ​temeremos​ ​mal​ ​algum
v.​ ​16​ ​percebemos​ ​que​ ​o​ ​agir​ ​de​ ​Deus​ ​retira​ ​o​ ​medo
v.​ ​17a​ ​diz​ ​que​ ​Deus​ ​é​ ​nosso​ ​Deus
v.​ ​17b​ ​volta​ ​a​ ​dizer​ ​que​ ​Deus​ ​está​ ​no​ ​meio​ ​do​ ​seu​ ​povo
v.​ ​17c​ ​diz​ ​que​ ​Deus​ ​é​ ​poderoso​ ​para​ ​salvar
v.​ ​17d​ ​declara​ ​que​ ​Deus​ ​se​ ​alegra​ ​com​ ​júbilo​ ​pelo​ ​seu​ ​povo

Que expressão poderíamos usar, para resumir a lição sobre v.14 “Nele
percebemos​ ​que​ ​o​ ​verbo​ ​está​ ​no​ ​imperativo,​ ​o​ ​que​ ​configura​ ​uma​ ​ordem”?
Lembre-se do título “Alegrem-se no Senhor” e tente visualizar algo mais claro e
direto. Por exemplo: “Alegrem-se no Senhor - Porque é uma ordem.” Ou “porque Ele
mandou”.​ ​A​ ​expressão​ ​“porque​ ​é​ ​uma​ ​ordem”​ ​será​ ​um​ ​de​ ​nossos​ ​tópicos.
Que expressão poderíamos usar, para resumir a lição sobre 15a, “há a
declaração​ ​de​ ​que​ ​nosso​ ​Deus​ ​afastou​ ​a​ ​condenação​ ​que​ ​havia​ ​contra​ ​o​ ​seu​ ​povo”?
Adote a mesma estratégia: lembre-se do título e procure resumir e objetivar a
lição a fim de se complementarem. E então: “Alegrem-se no Senhor.............................
13
Pense​ ​um​ ​pouquinho​ ​e​ ​só​ ​depois,​ ​confira​ ​a​ ​opção​ ​na​ ​nota​ ​de​ ​rodapé.
“Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este
tópico a partir da lição do v.15b ​que menciona que o inimigo foi lançado fora​. Só
depois de pensar um pouco e ter seu tópico, que deverás olhar na nota de rodapé para
14
comparar​ ​com​ ​minha​ ​proposta.
“Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este
tópico a partir da lição do v. 15c há ​“a declaração de que Deus está no meio do seu
povo”. Só depois de pensar um pouco e ter seu tópico, que deverás olhar na nota de
rodapé para comparar com minha proposta. E, tome o devido cuidado para não ler as
respostas a seguir, caso contrário este exercício perderá totalmente a sua
15
funcionalidade.
“Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este
tópico a partir da lição do v. 15d onde ​há uma declaração de que não temeremos mal
algum​. Só depois de pensar um pouco e ter seu tópico, que deverás olhar na nota de
16
rodapé​ ​para​ ​comparar​ ​com​ ​minha​ ​proposta.

13
​ ​Porque​ ​não​ ​há​ ​mais​ ​condenação.
14
No v. 15b, a partir da menção de que o inimigo foi lançado fora, podemos criar o seguinte
tópico:​ ​Porque​ ​o​ ​inimigo​ ​foi​ ​vencido.

15
A lição extraída da parte c do verso 15, “há a declaração de que Deus está no meio do seu
povo”​ ​pode​ ​ser​ ​transformada​ ​no​ ​seguinte​ ​tópico:​ ​“Porque​ ​Deus​ ​está​ ​entre​ ​nós”

16
O tópico a ser criado a partir da lição de Sf 15 d “de que não temeremos mal algum” pode
ser; “Porque não há o que temer”. Ou seja; “Alegrem-se no Senhor... Porque não há o que
temer.”
“Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este
tópico a partir da lição do v. 16 que nos ensina que “​o agir de Deus retira o medo”​. Só
depois de pensar um pouco e ter seu tópico, é que deverás olhar na nota de rodapé
17
para​ ​comparar​ ​com​ ​a​ ​resposta.
“Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este
tópico a partir da lição do v. 17a “Deus é nosso Deus”. Só depois de pensar um pouco e
18
ter​ ​seu​ ​tópico,​ ​é​ ​que​ ​deverás​ ​olhar​ ​na​ ​nota​ ​de​ ​rodapé​ ​para​ ​comparar​ ​com​ ​a​ ​resposta.
“Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este
tópico a partir da lição do v. 17b “Novamente é dito que Deus está no meio do seu
povo”. Só depois de pensar um pouco e ter seu tópico, é que deverás olhar na nota de
19
rodapé​ ​para​ ​comparar​ ​com​ ​a​ ​resposta.
“Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este
tópico a partir da lição do v. 17c que “diz que Deus é podersoso para salvar”. Só depois
de pensar um pouco e ter seu tópico, é que deverás olhar na nota de rodapé para
20
comparar​ ​com​ ​a​ ​resposta.
“Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este
tópico a partir da lição do v. 17d que “declara que Deus se alegra com júbilo pelo seu
povo”. Só depois de pensar um pouco e ter seu tópico, é que deverás olhar na nota de
21
rodapé​ ​para​ ​comparar​ ​com​ ​a​ ​resposta.

6​ ​Resumo
Vimos até aqui que é essencial que procuremos manter a sintonia entre o texto
bíblico, o título e os tópicos. A ordem de cada tópico deve ser pensada para um melhor
impacto. O Título deve ser o mais atual, direto e convidativo possível. Os tópicos
devem estar se relacionando entre si e respondendo ou dando suporte ao título, sem

17
Esta lição é redundante com a do v. 16d. assim, ela deverá ser agregada ao mesmo para
reforçar a ideia. Ela não pode ser transformada em um novo tópico, porque tal lição só poderia
ser transformada no seguinte tópico: “Porque Deus retira o medo”, que é a mesma coisa, em
essência,​ ​que​ ​o​ ​tópico​ ​anterior.
18
​ ​No​ ​v.​ ​17a​ ​diz​ ​que​ ​Deus​ ​é​ ​nosso​ ​Deus​ ​porque​ ​você​ ​pertence​ ​a​ ​Deus
19
Como o texto apenas nos relembra algo que já fora ensinado anteriormente, não podemos
criar um tópico a partir desta porção. O verso 17b poderá ser usado para reforçar o tópico
criado​ ​a​ ​partir​ ​do​ ​v.​ ​15c.
20
Um tópico que pode ser criado a partir da lição do v. 17c que declara “Deus é podersoso para
salvar”,​ ​pode​ ​ser​ ​“Porque​ ​Deus​ ​é​ ​Podersoso”.
21
Por fim, o tópico a ser extraído da lição aprendida no v. 17d “que Deus se alegra com júbilo
pelo​ ​seu​ ​povo”,​ ​pode​ ​ser​ ​“Porque​ ​Deus​ ​se​ ​alegra​ ​conosco”.
serem redundantes com o mesmo. A utilização do DOICA é importante porque através
dele é que eu entendo o texto e penso na melhor forma de transmiti-lo aos meus
ouvintes. É um processo bastante trabalhoso, mas, muito aprazível e que com o tempo
torna-se​ ​mais​ ​tranquilo​ ​e​ ​mais​ ​fácil.

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