Você está na página 1de 11

Fotografia como suporte da memória coletiva1

2
VILLALBA, L.F. (Mestrando)
UNIGRANRIO/RJ
Resumo: Ao olharmos uma foto, instantaneamente nos remetemos ao dia em que ela foi feita, ou
se ela não faz parte da nossa história, tentamos identificar a qual momento nos traz aquela imagem. Em
sua obra A Memória Coletiva, Halbwachs nos indaga a respeito da relevância de “reconstruir ou
reconstituir a noção histórica de um fato que certamente aconteceu, mas do qual não guardamos nenhuma
impressão, para se construir uma lembrança em todas as suas peças.”
Este trabalho busca uma discussão acerca da fotografia como suporte da memória coletiva pensada por
Halbwachs. Passando por algumas discussões sobre memória, analisando a importância dos álbuns de
família e pela Análise Iconográfica e Interpretação Iconológica de Panofsky.

Palavras-chave: Fotografia; Memória Coletiva; Iconografia.

1 –Introdução

Ao olharmos uma foto, instantaneamente nos remetemos ao dia em que ela foi
feita, ou se ela não faz parte da nossa história, tentamos identificar a qual momento nos
traz aquela imagem. Em sua obra A Memória Coletiva, Halbwachs nos indaga a respeito
da relevância de “reconstruir ou reconstituir a noção histórica de um fato que
certamente aconteceu, mas do qual não guardamos nenhuma impressão, para se
construir uma lembrança em todas as suas peças.” (p.91).
Ele assinala que às vezes, para conseguirmos reconstruir uma lembrança, é
necessário trazer uma espécie de “semente da rememoração.” (p.32). A fotografia pode
ser encarada como um tipo dessa semente. Quando Halbwachs fala das diferenças entre
memórias coletivas e memória histórica, diz que na memória, o grupo tem a
confirmação de que continua o mesmo, passando a buscar sua identidade através do
tempo, já a história, deixa esses intervalos de lado transformando esse período em
cotidiano, sem alterações relevantes.

1 Trabalho apresentado no GT de História da Mídia Audiovisual e Visual, integrante do 10º Encontro


Nacional de História da Mídia, 2015.

2 Professor Universitário, Publicitário, Fotógrafo e Historiador. Mestrando em Letras e Ciências Humanas


pela Universidade do Grande Rio. lfvillalba@gmail.com
É certo que a memória é tema cada vez mais discutido, gerando muitas
observações e consequentemente discordâncias entre autores como no caso de Andréas
Huyssen, que sinaliza que a abordagem dada por Halbwachs não se encaixa mais na
dinâmica atual da mídia e da temporalidade, da memória, do tempo vivido e do
esquecimento, questionando-se a possibilidade de haver a existência de formas de
memória consensual coletiva e, no caso delas não existirem, de que forma a coesão
social e cultural pode ser garantida sem ela. Huyssen vai ainda mais longe, e levanta a
questão de o fato desse aumento da procura por uma memória talvez possa representar
também um aumento do esquecimento.
Com base nessas pequenas observações e em outros autores relevantes para o
assunto, o presente trabalho buscará discutir a participação da fotografia no processo de
construção da memória, reconstituição de passados, funcionando como semente,
estopim, estalo, etc. para a explosão de sentimentos que ela mesma desperta.

2 –Fotografia e Memória

Memória: “Substantivo feminino, Faculdade de reter e recordar


impressões e conhecimentos adquiridos anteriormente, reminiscência, recordação,
lembrança.”3
Os conceitos de memória aqui trabalhados vão muito além deste que o
dicionário nos revela. Pois nos deparamos aqui com vários tipos de “memórias”. Porém
devemos nos lembrar que o foco desse trabalho é debruçar sobre o fato da fotografia
disparar o gatilho da memória em nós.
Toda e qualquer fotografia, além de ser um resíduo do passado, é
também um testemunho visual no qual se pode detectar – tal como ocorre nos
documentos escritos – não apenas os elementos constitutivos que lhe deram
origem do ponto de vista material. No que toca à imagem fotográfica, uma
série de dados poderão ser reveladores, posto que jamais mencionados pela
linguagem escrita da história. Por outro lado, apesar de sua aparente
credibilidade, nelas também ocorrem omissões intencionais, acréscimos e
manipulações de toda ordem. (KOSSOY, 2001)

3
FONTE: Dicionário Aulete online (http://www.aulete.com.br/memoria) Acesso: 25/07/2014
É preciso que haja um testemunho para que um fato se perpetue e se torne
memória para um grupo. A esse testemunho, segundo Halbwachs, recorremos “para
reforçar ou enfraquecer e também para completar o que sabemos de um evento sobre o
qual já tivemos alguma informação” (HALBWACHS, 2006). Mas o que gostaria de
destacar e fazer uma relação com a fotografia, é que, além disso, ele diz que para
confirmar ou recordar uma lembrança, não são necessários testemunhos, no sentido
literal, não é preciso que tenhamos indivíduos presentes naquele momento para que ele
realmente tenha existido. Nesse caso, bastaria que eu visualizasse uma imagem
capturada pelas lentes de uma câmera sobre aquele fato, paisagem, viagem, etc. e eu
automaticamente começaria a confirmar aquela lembrança, criando uma memória
mesmo sem ter estado lá.
Por ser considerada a captação de um instante ou o "congelamento da uma
realidade" e em razão de seu efeito depender da existência de um objeto real diante das
lentes e de um indivíduo que "aperta o botão" (testemunha ocular de tal fato), a
fotografia nos fornece (ou deveria nos fornecer) provas. Sua natureza parece ser muito
próxima à da denúncia, pois geralmente a comprovação de um acontecimento é mais
rápida quando há fotos dele. "A fotografia pode constituir perfeitamente a prova
irrefutável de que certo evento ocorreu." (SONTAG, 1981)
Sobre isso, é importante pensarmos que quando observamos uma fotografia,
devemos estar cientes de que a nossa compreensão do real será, sem querer,
influenciada por uma ou várias interpretações anteriores. Por mais isenta que possa
parecer, o passado sempre será visto ali com os olhos do fotógrafo que optou por um
determinado ponto de vista, desde a captura, passando pelo processamento (seja ele
digital ou analógico) até a imagem final. Entre o que está sendo fotografado e a imagem
final, ocorreram inúmeras interferências que podem alterar a primeira informação. Tal
fato ocorre mais vezes no fotojornalismo, aonde as imagens são associadas a textos, que
orientam a leitura desta com objetivos nem sempre honestos, digamos assim.
Essas interferências são explicadas por Kossoy quando ele diz que o fotógrafo
funciona como um filtro cultural (KOSSOY, 2001) e que outros filtros são colocados ali
como o do contratante, ao fazer certo uso da imagem, alterando de certa maneira a
informação do ocorrido.
Portanto, apesar da aparente neutralidade e imparcialidade do olho da câmera, a
fotografia será sempre uma interpretação, pois o fotógrafo quando ali está, prestes a
apertar o botão, ele também está carregando consigo toda a bagagem cultural que ele
detém, todos os conceitos e preconceitos, fazendo com que esse seja o seu "filtro".
Apesar do amplo potencial de informação que essa imagem carrega consigo, ela não
substitui a realidade tal como se deu no passado. Na verdade, ela nos traz informações
visuais de um momento, um pedaço do real, que foi selecionado (pelos filtros do
fotógrafo, contratante, etc.) e organizado de acordo com as suas necessidades.
Corroborando com esse pensamento encontramos em Pollak um bom exemplo, o
das datas oficiais: "Todos sabem que até as datas oficiais são fortemente estruturadas do
ponto de vista político. Quando se procura enquadrar a memória nacional por meio de
datas oficialmente selecionadas para as festas nacionais, há muitas vezes problemas de
luta política." (POLLACK, 1992) Sacramentando assim que a memória é um fenômeno
construído.

3 – Os álbuns de família e a memória coletiva

A memória é seletiva, nem tudo fica gravado e registrado (POLLAK, 1992). Nós
mesmos fazemos essa seleção. Nos álbuns de família, por exemplo, só se guardam
momentos felizes, apesar de em alguns álbuns do século XIX e início do XX terem em
suas páginas fotos de entes queridos mortos (prática comum nesse tempo) aonde todos
os momentos da família deveriam ser registrados. Até o último, nesses casos.
Para Halbwachs, mesmo que aparentemente particular, a memória acabará se
remetendo a um grupo; o indivíduo traz em si a lembrança, porém este mesmo
indivíduo está interagindo na sociedade, já que “nossas lembranças permanecem
coletivas e nos são lembradas por outros, ainda que se trate de eventos em que somente
nós estivemos envolvidos e objetos que somente nós vimos” (HALBWACHS, 2006). O
exemplo dado por ele de um grupo de uma turma, e seu professor, é bem esclarecedor
quando se fala da importância do grupo para a memória e nos casos em que outros
reconstroem para nós eventos que vivemos com eles:
Cada um dos membros daquela sociedade era definido para nós por
seu lugar no conjunto dos outros e não por suas relações com outros
ambientes, que ignorávamos. Todas as lembranças que poderiam ter origem
dentro da turma se apoiavam uma na outra e não em recordações exteriores.
Assim, por força das circunstâncias, a duração de uma memória desse tipo
estava limitada à duração do grupo. (HALBWACHS, 2006, p.35)

Enquanto os alunos têm uma facilidade maior de se lembrarem de momentos


vividos pela turma e destacarem sempre a presença do professor, este, por não fazer
parte apenas daquele grupo específico e por viver experiências semelhantes com outros
grupos e também por estar menos envolvido do que os alunos no grupo em que ambos
faziam parte, não recupera facilmente a mesma lembrança. A memória individual não
deixa de existir, mas está presente em contextos variados, com a presença de diferentes
testemunhas, assim permitindo que haja uma transposição da memória de sua natureza
pessoal para se converter num conjunto de acontecimentos em comum de um grupo,
passando de uma memória individual para uma memória coletiva. Isso nos leva a pensar
que há uma estreita relação entre memória individual e memória coletiva, pois o
indivíduo não consegue ter lembranças de um grupo com o qual suas memórias não se
identificam.
A constituição da memória de um indivíduo é uma junção das memórias dos
grupos os quais ele participa e sofre influência, seja na família, na escola, em um grupo
de amigos ou no ambiente de trabalho. O indivíduo participa então de dois tipos de
memória (individual e coletiva). Nossa memória se aproveita da dos outros, mas para
que isso aconteça não basta que os membros daquele grupo nos relatem sobre o assunto,
é preciso que nossas memórias tenham "pontos de contato", para que as lembranças
sejam construídas sobre uma base comum. (HALBWACHS, 2006)

Transportando isso para o lado da fotografia, podemos dizer que a família, ao


relatar certos eventos, ou guardar determinados objetos, principalmente álbuns de
fotografia, determina o que deve ser lembrado e preservado da ação do esquecimento
(estão sendo seletivos e construindo essa base comum ao mesmo tempo). Nenhum
grupo social tem sua eternidade garantida, por isso podemos até fazer um
questionamento em cima da teoria de Halbwachs no que diz respeito ao grupo: Já que
esses grupos detém essa memória, com o fim deles seria também o fim destas
lembranças?
Por isso essa preocupação da família em manter a identidade desse grupo através
da preservação e transmissão de sua memória. Nesta luta pela "resistência da memória"
o álbum de fotografias ganha destaque, porque ali estão representadas realidades. Todos
estão guardados naquelas páginas, e é como se retornassem quando as abrimos e
folheamos. Bisavós, avós, primos, tios, etc. aqueles que já se foram e quem ainda está
por aqui. Novos bebês que chegam e os anciãos. Muitas vezes esses álbuns são
confiados à apenas uma pessoa, criando assim um guardião de memórias, que detém a
chave desta "máquina do tempo". Por intermédio das fotografias, diz Susan Sontag,
cada família podia construir uma crônica de si mesma. “Pouca importância têm as
atividades que são fotografadas, contanto que se tirem fotografias e que essas sirvam de
lembranças.” (SONTAG, 1981).
Mesmo que a lembrança corresponda a um fato já distante no tempo, o contato
com as pessoas que também vivenciaram aquelas experiências, ou com os lugares em
que elas aconteceram permite a rememoração daqueles fatos, numa relação entre
memória individual e memória coletiva, e na fotografia o indivíduo pode ter contato
com os dois ao mesmo tempo: o lugar onde o fato ocorreu e seus protagonistas.

4 – Análise Iconográfica X Interpretação Iconológica

Sem dúvida, a fotografia desempenha um papel simbólico na legitimação da


família, mas há que se saber ler o que não está explícito, principalmente das fotografias
posadas e que tem um "contratante" por trás. Para o historiador (mas não só para ele) é
altamente recomendado que não tenha apenas uma visão romântica e contemplativa
como diz Miriam Moreira Leite:
convém distinguir, na leitura da fotografia, o que ela
reproduz da condição do retratado, o que silencia desse grupo e
os indícios que permitem o observador perceber ou sentir outros
níveis de realidade: sentimentos, padrões de comportamento,
normas sociais, conformismo e rebeldia. (LEITE, 1993 Apud
MAUAD, 2008)

Usando como referência Panofsky e Kossoy, podemos chegar nessas pequenas


definições:
A Análise Iconográfica tem o intuito de detalhar sistematicamente e inventariar o
conteúdo da imagem em seus elementos icônicos formativos, o aspecto literal e
descritivo permanece. Situa-se ao nível da descrição, e não da interpretação.
A Interpretação Iconológica tem o intuito de “contar a história” daquela
imagem, percebendo na imagem o que está nas “entrelinhas”, como fazemos nos textos.
Associando a isso fatores sociais, econômicos e políticos, teremos condições de
recuperar micro-histórias implícitas nos conteúdos das imagens.
Para ilustrar o que estamos dizendo, vamos reproduzir aqui uma análise de uma
fotografia, de autoria de Guilherme Gaensly, feita por volta de 1902-1903 numa fazenda
do interior do Estado de São Paulo. O título é A Colheita do Café.
Análise Iconográfica

Na imagem, vemos um grupo de colonos - provavelmente imigrantes -


realizando a colheita em um cafezal numa fazenda na região de Araraquara (SP).
Na época que próxima a colheita, geralmente em Maio a tarefa é preparar tudo
para os dias de trabalho. Durante o período da colheita, todos da família de colonos
participavam do trabalho, mesmo as crianças, como podemos observar na foto.
A colheita é feita por derriça; as cerejas derriçadas, juntamente com as folhas e
os pedaços de galho são arrastados para fora das saias dos cafeeiros. Limpas as cerejas
com as peneiras são conduzidas para o lavador ou diretamente para o terreiro. A colheita
no pano, que aparece retratada no centro da foto, evita que o café derriçado entre em
contato com a terra.
Outro aspecto importante é como os "personagens" desta foto se apresentam.
Nenhum deles está olhando para a câmera, dando um tom de naturalidade e harmonia
com a paisagem montanhosa e o carro de bois, traduzindo tudo num belo trabalho de
composição.

Interpretação Iconológica

A serenidade mostrada, na verdade mascarava uma dura realidade vivida pelos


colonos naquele momento: “Na virada do século, os trabalhadores imigrantes
constituíam uma massa homogênea, submetida a condições mais ou menos uniformes
de miséria [...] rendimentos insatisfatórios[...] rígida disciplina de trabalho (STOLCKE,
1986, P.47 Apud KOSSOY, 2001, p. 120)
Em 1902 o governo italiano, através do decreto Prinetti, havia proibido a
imigração subsidiada para São Paulo, justamente por ter recebido denúncias sobre as
condições de trabalhos nos relatórios de observadores enviados para cá com intuito de
averiguar a situação.
Esse tom quase que romântico e que remete às pinturas do século XIX tinha a
finalidade de atrair novos trabalhadores para fazendas do Estado de São Paulo. Pois foi
usada por agentes de recrutamento de trabalhadores na Europa. Isto comprova o fato do
fotógrafo Gaensly ser contratado da Secretaria de Agricultura, Comercio e Obras
Públicas do Estado de São Paulo para que documentasse as fazendas do interior, entre
os anos de 1902 e 1903 (período aonde foi feita a foto e usada por agentes recrutadores
na europa). As fotos deste fotógrafo apareceriam ainda repetidas vezes nas primeiras
publicações ilustradas, visando claramente uma visibilidade maior.
Isto posto, "desvendamos" o verdadeiro significado daquela imagem, que num
primeiro momento parecia apenas uma tomada bucólica e despretensiosa de uma
fazenda do interior, mas na verdade escondia outros interesses do contratante.
Mas como chegar a uma conclusão destas? Não é simples. Precisamos estar
atentos a tudo que está relacionado com o período histórico retratado. Quanto mais
fontes tivermos, mais elementos teremos para montar o quebra-cabeças, entender a
atitude dos personagens que estão "mudos e parados no tempo". Também precisamos
pesquisar elementos que nos deem pistas sobre a atuação do fotógrafo, peça
fundamental, pois ele foi o primeiro a fazer a leitura da cena de acordo com o que lhe
convém, ou ao seu contratante, neste caso.
Essas informações somadas ao conhecimento do contexto econômico, político e
social, costumes, manifestações artísticas e culturais da época fotografada e pesquisada,
nos dão a possibilidade de recuperar os fatos, por menores que sejam, que estão nas
imagens.

Considerações Finais

Depois desta pequena discussão acerca de conceitos de memória associados à


fotografia, podemos pensar em alguns pontos essenciais. Não para encerrarmos nossos
questionamentos, pelo contrário, deixar uma porta entreaberta para futuras discussões
sobre as angústias que ainda cercam a questão.
A memória depende sempre de um coletivo. Seja ele qual for (escola, família,
amigos, colegas de trabalho, etc.). Sempre que recorrermos à ela ela nos remeteremos a
um grupo, pois este também detém esses fragmentos que vão se juntar aos nossos nessa
construção conjunta de memórias, o que nos traz o pensamento de que há uma relação
interdependente entre memória individual e a memória coletiva.
Entendemos então que a memória individual e a memória coletiva se alimentam
e guardam informações importantes para os sujeitos, garantindo uma homogeneidade ao
grupo e o sentimento de relevância entre seus membros, reforçando a interdependência.
Nunca ficamos passivos diante de uma fotografia: ela mexe com o nosso
imaginário, nos faz refletir sobre o passado, a partir do instante congelado, frisado, que
persiste na imagem. Um momento, uma pessoa, e até uma ilusão que, em determinado
momento da história, passou pela lente de alguém, e isso não se pode negar.
Há possibilidade da manipulação de imagens, e com o advento da fotografia
digital isso vem numa crescente que estamos longe de controlar. Piorando ou
melhorando, depende do ponto de vista. Mas como diz Ana Maria Mauad, não importa
se a imagem mente o que importa é saber o porquê e como.
Se a tecnologia ajuda nessa "mentira" nós teremos que conhecê-la também para
a identificarmos quando ela for usada. O estudo de imagens agora deixa de ser apenas
superficial, utilizando apenas os olhos e passa agora a precisar da mente e do coração.
Referências

DUBOIS, Philippe. O ato fotográfico. Trad. Marina Appenzeller. 1993.

HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva – São Paulo: Centauro, 2006;

HUYSSEN, Andréas. Passados presentes: mídia, política, amnésia. In: Seduzidos


Pela Memória: arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.

KOSSOY, Boris. Fotografia & História – São Paulo: Ateliê Editorial, 2001;

MAUAD, Ana Maria. Poses e Flagrantes: ensaios sobre história e fotografias -


Niterói: Editora da UFF, 2008.

PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais, 2. ed., São Paulo,


Perspectiva, 1979;

POLLAK, Michael. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos, Rio de


Janeiro, vol. 5, n. 10, 1992, p. 200-212.

SONTAG, Susan. Ensaios sobre a fotografia. Trad. Joaquim Paiva. Rio de


Janeiro, Arbor, 1981.

Você também pode gostar