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ESCOLA DE QUÌMICA/UFRJ

EQE-473 - OPERAÇÕES UNITÁRIAS I


PROF. RICARDO A. MEDRONHO
GABARITO DA 4a LISTA DE EXERCÍCIOS

ESCOAMENTO EM MEIOS POROSOS

Questão 1

Determinação dos pesos moleculares:

g
PM desc  32
mol
g
PM a lim  32
mol

32 * 1 kg
2   0,4 3
0,082 x(700  273) m
32 xP1
1   3.96 x10  6 P1
8,314 x(700  273)
1   2
  0,2  1,98 x10 6 P1
2

Viscosidade do gás: 4,7x10-5N.s.m-2 (Incropera)

1
ds  1
 82,2 m
dy
0 185. y 0,56

k
d  3
2

36  1   
2

k
 0,75 x82,2 x10  4 2
0,44 3
 5,7 x10 8 cm 2
36 x51  0,44 
2

0.98
  10  6 
0 , 37
 10  6 
0.01

c  0,13   0,10    1,5
  k   k  

0.98
  10 6 
0 , 37
 10 6 
0 , 01

c  0,13 8
  0,10 8
  0,44 1,5  1,66
  5,7 x10   5,7 x10  

1 P c 
  G
G L k k
G = 0,0442 kg/m2.s

 0,047 x10 3 x 0,0442 1,66 x 0,0442 2 


Px    ( 2)  731629
 5,7 x10 12 5,7 x10 12 
 
Então, podemos chegar a seguinte equação:

1,98 x10 6 P12  0,0006P1  751889  0

Resolvendo a equação anterior, obtém-se:


P1  6,16 x10 5 Pa

P  P1  P2  6,16 x10 5  1,013x10 5  5,147 x10 5 Pa  5atm

Questão 2

a) Meio de areia artificialmente consolidado com 5% de araldite.


 Granulometria da areia: -14+20 # Tyler.
 Fluido: água (densidade 1g/cm3 e viscosidade 1,18 cP).
 Comprimento do meio: 2,1 cm.
 Área da seção de escoamento: 16,8 cm2.
 Porosidade do meio: 0,37.

A partir dos dados experimentais e usando a equação de Forchheimer:

1 P c 
 q
q L k k

q(m/s) 0,0633 0,0747 0,102 0,127 0,152 0,177 0,203 0,239


 P(atm 0,0617 0,0821 0,137 0,200 0,279 0,368 0,472 0,643
)
P 42,423 52,340 63,885 74,991 87,389 99,118 110,81 128,20
qL

Fazendo regressão linear, temos:

a = 46,349 x 106
b = 1,696 x 106
r = 0,99985

 1,18 x10 3
b k   6,96 x10 10 m 2  6,96 x10  6 cm 2
k 1,696 x10 6

c 46,349 x10 6 6,96 x10 10


a c  1,22
k 1000

b) Meio não consolidado de areia.


 Granulometria da areia: -35+48 # Tyler.
 Fluido: ar a 25°C e pressão atmosférica na descarga.
 Comprimento do meio: 33,4 cm.
 Área da seção de escoamento: 5,57 cm2.
 Porosidade do meio: 0,44.

A partir dos dados experimentais:


1 P c 
  G
G L k k

G (g/cm2s) 1,59x10-3 5,13x10-3 9,49x10-3 12,3x10-3 22,4x10-3 44,6x10-3 70,3x10-3


Δp (dina/cm2) 6277 20399 37857 49331 90719 193207 314819
 0,00118 0,00119 0,00120 0,00120 0,00123 0,00129 0,00136
 P 139,5 141,7 143,3 144,1 149,1 167,3 182,3
GL

Fazendo regressão linear, temos:

a = 640,13
b = 137,3
r = 0,996

Viscosidade do ar a 1atm e 25oC: 1,8 x 10-4 P (Incropera)

 1,8 x10 4
b k   1,31x10 6 cm 2
k 137,3

c
a c  640,13 1,31x10 6  0,73
k

Correlações da literatura:

k
d 3
2

36  1   
2

420  297
d   358,5m  358,5 x10  4 cm
2

k
 0,7 x385x10  4 2
0,44 3
 1,0 x10 6 cm 2
36 x51  0,44 
2

0.98
  10 6 
0 , 37
 10  6 
0 , 01

c  0,13   0,10    1, 5
  k   k  

0.98
  10  6 
0 , 37
 10  6 
0 , 01

c  0,13 6
  0,10 6
  0,44 1,5  0,81
  1x10   1x10  

Questão 3

Equação de Bernouili:

P v 22  v12
  z 2  z1   H T  hbomba
g 2g
Sabemos que:

P1 = P2 = 1atm

z1 = z2

v1 = v2

Assim, a equação anterior fica da seguinte forma:

H T  hbomba

Onde:
H T  hl  hlm  hmp
hmp  hmpa  hmpb  hmpc
mL
hmp 
g
c 
m q2  q
k k
Para a coluna A:
Densidade do fluido: 1000 kg/m3
Viscosidade do fluido = 10-3Ns/m2
m 3 1h m3
Q6  0,00167
h 3600s s

Q 0,00167 (4) m
q   0,00849
A  (0,50) 2
s
1
d   244,7 x10  4 cm
 0,3 0,4 0,3 
 358,5  253,5  179,5 
 

k
d 
3
2

36  1   
2

k
 0,6 x244,7 x10  4 2
0,42 3
 2,64 x10 7 cm 2
36 x51  0,42 
2

0.98
  10  6 
0 , 37
 10  6 
0.01

c  0,13   0,10    1,5
  k   k  

0.98
  10 6 
0 , 37
 10 6 
0 , 01

c  0,13 7
  0,10 7
  0,42 1,5  1,18
  2,64 x10   2,64 x10  

1,18 x1000 0,001 Pa


ma  0,008492  11
0,00849  3,22 x10 5
2,64 x10 11 2,64 x10 m
3,22 x10 5 x 0,5
hmpa   17,25m
1000 x9,8

Para a coluna B:
Densidade do fluido: 1000 kg/m3
Viscosidade do fluido = 10-3Ns/m2
m 3 1h m3
Q6  0,00167
h 3600s s

Q 0,00167 (4) m
q   0,007
A  (0,55) 2
s

k
d  2
3
36  1   
2

k
 0,85 x0,45 x10  3 2
0,37 3
 1,037 x10 10 m 2  1,037 x10  6 cm 2
36 x51  0,37 
2

0.98
  10  6 
0 , 37
 10  6 
0.01

c  0,13   0,10    1,5
  k   k  

0.98
  10 6 
0 , 37
 10 6 
0 , 01

c  0,13 6
  0,10 6
  0,37 1,5  1,04
  1,037 x10   1,037 x10  

1,04 x1000 0,001 Pa


mb  0,007 2  0,007  7,25 x10 4
1,037 x10 10 1,037 x10 10 m
7,25 x10 4 x 0,9
hmpb   6,66m
1000 x9,8

Para a coluna C:
Densidade do fluido: 1000 kg/m3
Viscosidade do fluido = 10-3Ns/m2
m 3 1h m3
Q6  0,00167
h 3600s s

Q 0,00167 (4) m
q   0,007
A  (0,55) 2
s

k
d  2
3
36  1   
2

k
 0,85x0,7 x10  3 2
0,383
 2,8 x10 10 m 2  2,8 x10 6 cm 2
36 x51  0,38
2

0.98
  10  6 
0 , 37
 10  6 
0.01

c  0,13   0,10    1,5
  k   k  
0.98
  10 6 
0 , 37
 10 6 
0 , 01

c  0,13 6
  0,10 6
  0,38 1, 5  0,82
  2,8 x10   2,8 x10  

0,82 x1000 0,001 Pa


mc  0,007 2  10
0,007  2,74 x10 4
2,8 x10 10 2,8 x10 m
2,74 x10 4 x 0,9
hmpc   2,51m
1000 x9,8

Perda de carga nos acidentes, hlm :


12 cotovelos de 90o
01 válvula do tipo globo aberta

Da tabela 8.4 do Fox & McDonald:


Comprimentos equivalentes adimensionais (Le/D)
Cotovelos de 90° = 30
Válvula = 340
d = 1,5 in = 0,0384 m
Le
 12 x30  340  700
D
m 3 1h m3
Q6  0,00167
h 3600s s
0,00167 x 4 m
v  1,44
 (0,0384) 2 s
Le v 2
hlm  f
D 2g

Para o aço comercial:


Tabela 8.1 do Fox e McDonald, rugosidade (e) = 0,046 mm

e 0,046 x10 3
  0,0012
d 0,0384

dv 0,0384 x1,44 x1000


Re    6 x10 4
 0,001
Do diagrama de Moody:

f  0,024

1,44 2
hlm  0,024 x700  1,78m
2(9,81)

Perda de carga na tubulação:


35 1,44 2
hl  0,024  2,31
0,0384 2(9,8)
Perda de carga total:
H T  2,31  1,78  17,25  6,66  2,51  30,51m

Então:
Carga da bomba = 30,51m

Potência da Bomba:

gQhbomba (1000)(9,8)(6)(30,51) 1HP


Pot    1000W  1,34 HP
 0,5(3600) 745,7W
Potência da bomba = 1,34 HP

Questão 4

Equação de Bernouili:

P v 22  v12
  z 2  z1   H T  hbomba
g 2g

Sabemos que:

P1 = P2

z2 – z1 = 3 m

v1 = v2

Assim, a equação anterior fica da seguinte forma:

3   H T  hbomba

Onde:
H T  hl  hlm  hmp
mL
hmp 
g
c 
m q2  q
k k
Para a coluna:
Densidade do fluido: 1000 kg/m3
Viscosidade do fluido = 10-3Ns/m2

Q 4 xQ 31,83Q m3
q    0, 0088Q
A  (0,20) 2 36500 h

k
d  3
2

36  1   
2

k
 0,85x450x10  6 2
0,383
 1,16 x10 10 m 2  1,16 x10  6 cm 2
36 x51  0,38
2
0.98
  10  6 
0 , 37
 10  6 
0.01

c  0,13   0,10    1,5
  k   k  

0.98
  10  6 
0 , 37
 10 6 
0 , 01

c  0,13
 1,16 x10 6 
  0,10
 1,16 x10  6 
  0,38 1, 5  0,98

     

0,98 x1000 0,001


m (0,0088Q ) 2  0,0088Q
1,16 x10 10 1,16 x10 10
m
hmp   0,719Q 2  7,74Q
1000 x9,8

Perda de carga nos acidentes, hlm :


07 cotovelos de 90o
01 válvula gaveta

Da tabela 8.4 do Fox & McDonald:


Comprimentos equivalentes adimensionais (Le/D)
Cotovelos de 90° = 30
Válvula = 8
d = 1,5 in = 0,0384 m
Le
 12 x30  340  700
D

Q
v
A
Le v2
hlm  f
D 2g
L Q2
hlm  f e
D 2 Ag
Para o aço comercial:
Tabela 8.1 do Fox e McDonald, rugosidade (e) = 0,046 mm

e 0,046 x10 3
  0,0012
d 0,0384

dQ
Re 
A
Do diagrama de Moody:

Perda de carga na tubulação:


25 Q2
hl  f
0,0384 2(9,8) A 2
 (0,0384) 2
A  0,0012m
4

Desta forma, temos a seguinte expressão:


 25  Q2
hbomba  f   8  210  2
 0,719Q 2  7,44Q  3
 0,0384  (0,0012) (2)(9,8)

Assim, chutando valores para Q e determinando para cada valor o fator de atrito, pode-se traçar a
curva de perda de carga do sistema. Como foi dada a curva característica da bomba pode-se
determinar a interseção entre essas duas curvas. A interseção dá o valor da vazão de operação.
Traçando as curvas, temos:

Determinação da vazão de operação da bomba

80
Curva característica da
70 bomba
Perda de carga
60
Carga (m)

50 Polinômio (Perda de carga)

40
30
20
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Vazão (m3/h)

Do gráfico, temos que:

Q = 4,7 m3/h

Questão 5

c 
m q2  q
k k

1
d   244 x10  4 cm
 0,15 0,65 0,2 
 358,5  253,5  179,5 
 

k
d  3
2

36  1   
2

k
 0,6 x244x10  0,42 3 4 2
 2,62 x10 7 cm 2
36 x51  0,42
2

0.98
  10  6 
0 , 37
 10  6 
0.01

c  0,13   0,10    1,5
  k   k  
0.98
  10  6 
0 , 37
 10 6 
0 , 01

c  0,13 7
  0,10 7
  0,42 1,5  1,18
  2,62 x10   2,62 x10  

1,18 x1000 0,001 P 7 x1,013x10 5


m q2  q  
2,62 x10 11 2,62 x10 11 L 0,5

1,96 x10 8 q 2  1,33 x10 9 q  1,42 x10 6  0

Resolvendo a equação acima, temos:

m
q  0,001068
s
(0,3) 2 m 3 60s (10 3 l ) l
Q  qxA  (0,001068)  7,54 x10 5  4,52
4 s 1 min 1m min

Tempo:

1 min
t  100l  22 min
4,52l

Questão 6

Esfericidade de partículas na forma de cilindro eqüilátero: 0,87


Determinação dos pesos moleculares:
g
PM desc  (0,082)(80)  (0,002)(64)  (0,093)(32)  (0,823)(28)  32,71
mol
g
PM a lim  (0,066)(80)  (0,017)(64)  (0,1)(32)  (0,817)(28)  32,4
mol
32,71  32,4 g
PM   32,6
2 mol
32,71 * 1 kg
2   0,555 3
0,082 x (445  273) m
32,4 xP1
1   5.79 x10  6 P1
8,314 x( 400  273)
1   2
  0,2775  2,895 x10 6 P1
2

Viscosidade do gás: 0,033x10-3N.s.m-2 (Incropera)

k
d  2
3
36  1   
2

k
 0,87 x0,0109 2 0,353  5,1x10  4 cm 2
36 x51  0,35
2
0.98
  10  6 
0 , 37
 10  6 
0.01

c  0,13   0,10    1,5
  k   k  

0.98
  10  6 
0 , 37
 10  6 
0 , 01

c  0,13 4
  0,10 4
  0,35 1,5  0,54
  5,1x10   5,1x10  

1 P c 
  G
G L k k

 0,033x10 3 x 0,72 0,54 x 0,72 2 


Px    (1,35)  2303,1
 5,1x10 8 5,1x10 8 
 
Então, podemos chegar a seguinte equação:

2,985 x10 6 P12  0,0245 P1  30413,8  0

Resolvendo a equação anterior, obtém-se:


P1  1,0513x10 5 Pa

P  P1  P2  1,0513x10 5  1,013x10 5  3830 Pa  39,4cmH 2 O


Questão 7

Dados do filtro Shriver (Massarani, p.140)


Quadro de metal com dimensão de 24 in – área efetiva de filtração por quadro: 7 ft2
Para 8 quadros:
929 ft 2
AT  8 x 7  56 ft 2 2
 55024cm 2
1 ft
Volume da torta por quadro:
Aef .e 2in ft 10 3 cm 3
Vtorta   7 ft 2 1  0,58 ft 3 3
 16516cm 3
2 2 12in 0,03532 ft

Questão 8

A partir dos dados fornecidos, pode-se fazer o gráfico (t/V) vs V e determinar o volume de filtrado
para o quadro cheio:

0,05
0,04
t/V (s/cm3)

0,03
0,02
0,01
0
0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000
V (cm3)

Volume de filtrado para o quadro cheio é aproximadamente 47.000 cm3.


Fazendo a regressão linear da parte reta do gráfico, temos:

0,025
0,02
t/V (s/cm3) 0,015
0,01
y = 4E-07x + 0,0056
0,005 R2 = 0,9986
0
0 10000 20000 30000 40000 50000
V (cm3)

t / V  4 x10 7 V  0,0056

Sabemos que:
t  
 cV  R
V 2 A P
2
AP

Então:
 s
a c  4 x10 7
2 A P
2
cm 6

R s
b  0,0056 3
AP cm

Convertendo as unidades, temos:

dina
P  2,72 x10 6
cm 2
g 1l cm 3 gsólido
c  50 3 3
1  0,05
l 10 cm g glíquido

2aA 2 P 2( 4 x10 7 )(400 x3) 2 ( 2,72 x10 6 )


   62,7 x10 8 cm / g
c (0,01)(1)(0,05)

bAP (0,0056)(400x3)(2,72 x10 6 )


R   18,3x108 cm 1
 0,01

m de torta molhada / m de torta seca = 1,60 = 1/cw

 susp  susp  
cv  cw 
s s  
Substituindo os valores na equação acima, obtém-se:
g
 susp  1,65 3
cm
1,65
cv   0,38
2,7 x1,6

  1  c v  1  0,38  0,62

Volume de filtrado / Volume da torta = 

(1   )  s (1  0,62) 2,7
   20,52
c (1)(0,05)

A.e 1200 2,54cm


Vtorta   1,25in  1905cm 3
2 2 1in
V  Vtorta  (20,52)(1905)  39090cm 3

Pelo gráfico, temos:

47000
   24,7
1905

Questão 9

 _ piloto   _ industrial
Tempo de lavagem = 0
ti  tdi

m 3 1h (100cm) 3 cm 3
Q  10  2778
h 3600s 1m 3 s
V
Q
t i  t di  t l
V  (1200  1200)(2778)  6,67 x10 6 cm 3
V 6,67 x10 6
Vtorta    3,25 x10 5 cm 3
 20,52

2
e 
Usando t i  t p  i  para estimar a espessura:
e 
 p
tp  
  cV  R
V 2 A P2
AP

tp 0,01 0,01
 2 6
(1)(62,7 x108 )(0,05)(39090)  (18,3 x108 )
39090 2(1200) ( 2,72 x10 ) (1200)(2,72 x10 6 )
t p  830 s

2
 e 
1200  830 i 
 1,25 
ei  1,50in
2Vtorta (2)(3,25 x10 5 ) ft 2
A   1,71x10 5 cm 2 1 2
 183,6 ft 2
e (1,5in )( 2,54cm / in ) 929cm

Dados do filtro Shriver (Massarani, p.140)


Recomendação do fabricante: dimensão de 24 in – área efetiva por quadro igual a 7 ft2.
Quadros de 24 in e espessura de 1,5 in:

183,6
n  26quadros
7

Questão 10

Cálculo da Porosidade

Da Tabela 1, tem-se os dados de massa de vazio e massa total, a partir dos quais é possível calcular
os volumes correspondentes, sabendo-se que água = 1 g/cm3 e suspensão = 2,6 g/cm3. Logo, tem-se
que:

mágua mtortamolhada  mtorta sec a


Vvazio  
 água  água

mtorta sec a
Vsólido 
 suspensão

Vtotal  V sólido  Vvazio

A partir dos dados de massa da torta molhada e massa da torta seca, pode-se calcular a porosidade 
da torta da seguinte maneira:

Vvazio
 
Vtotal

onde o Vvazio corresponde ao volume de água que evaporou durante a secagem. Os valores obtidos
através dos cálculos descritos anteriormente estão apresentados na Tabela 2.

Tabela 2: Dados de massa de torta molhada e seca e seus respectivos volumes


Bécher Massa de torta Volume de Massa de Volume de 
3 3
seca (g) sólido (m ) água (g) vazio (m )
4 14,72 5,66x10-6 15,44 1,54x10-5 0,73
-6 -5
5 17,08 6,57x10 17,81 1,78x10 0,73
6 19,80 7,62x10-6 21,77 2,18x10-5 0,74

Deve-se salientar que a porosidade da torta será, em cálculos futuros, considerada como a média
dos valores obtidos para cada pedaço de torta. Dessa forma, tem-se que  = 0,733.

Cálculo da Concentração da Suspensão


Da Tabela 1, tem-se os valores de massa das alíquotas de suspensão antes e depois da secagem em
estufa. A partir destes dados, é possível calcular a concentração da suspensão em função da massa
de sólido e da massa de líquido da seguinte maneira:

m sólido
c
mlíquido

onde a massa de sólido corresponde ao valor pesado após a secagem e a massa de líquido
corresponde à diferença entre a massa de suspensão incial e a massa de sólido. Os valores obtidos
através dos cálculos descritos acima estão apresentados na Tabela 3.

Tabela 3: Massa de sólido, líquido e suspensão e concentração da suspensão


Bécher Massa de sólido Massa de Massa de c
(g) suspensão (g) líquido (g)
1 3,58 60,71 57,13 0,0627
2 3,69 61,07 57,38 0,0643
3 4,00 66,85 62,85 0,0636

É importante mencionar que a concentração da suspensão será, em cálculos futuros, considerada


como a média dos valores obtidos para cada alíquota de suspensão. Dessa forma, tem-se que c =
0,0635.

Cálculo das Resistividades da Torta e do Meio Filtrante

Sabe-se que, para tortas incompressíveis em um processo à pressão constante, a equação de projeto
é expressa por:

t  
 cV  R
V 2 A P
2
AP

onde:
P é a pressão de trabalho (Pa)
V é o volume de filtrado (m3)
t é o tempo (s)
R é a resistividade do meio filtrante (1/m)
 é a resistividade da torta (m/kg)
 é a viscosidade do líquido (Pa.s)
 é a densidade do líquido (kg/m3)
c é a concentração da suspensão determinada experimentalmente
A é a área de filtração (m2)

O ajuste linear da curva da Figura 2 conduz à seguinte equação:

t
 7,2729V  8,587
V
Sabe-se que o coeficiente angular (a) e o coeficiente linear (b) da reta são expressos por:

a c  7,2729 s / dm 6  7,2729 x10 6 s / m 6
2 A P
2
R
b  8,587 s / dm 3  8,587 x10 3 s / m 3
AP

onde  = viscosidade da água = 0,001 Pa.s


 = densidade da água = 1000 kg/m3
c = concentração da suspensão = 0,0635
 = resistividade da torta
P = pressão de trabalho = 0,5 kgf/cm2 = 49 033,25 Pa
A = área de filtração = 2nAp
R = resistividade do meio filtrante

Finalmente, pode-se obter o valor da área de filtração através da expressão A = área de filtração =
2nAp, onde n é o número de quadros usados no processo. Como nesta prática n = 2, tem-se que:

A  2( 2)(0,0253)  0,101m 2

Cálculo da Resistividade da Torta

Rearrumando a expressão do coeficiente angular da reta de t/V versus V, tem-se que:

2aA 2 P 2(7,2729x10 6 )(0,101) 2 (49033,25)


   1,146 x1011 m / kg
c (0,001)(1000)(0,0635)

Cálculo da Resistividade do Meio Filtrante

Rearrumando a expressão do coeficiente linear da reta de t/V versus V, tem-se que:

bAP (8,587 x10 3 )(0,101)(49033,25)


R   4,252 x1010 m 1
 0,001

Dimensionamento de um Filtro Prensa Industrial

Para uma mesma suspensão de CaCO 3 2,6 g/cm3, e conhecendo-se os valores de a e b a partir de
dados do filtro piloto, tem-se a seguinte equação de trabalho na escala industrial:
2
t   Ap   Pp  A  Pp 
   a   Vindustrial  b p  
 V  industrial  AI   PI   AI  PI 

Para que as propriedades da torta sejam as mesmas, deve-se garantir que Ppiloto = Pindustrial. Logo, a
equação de trabalho na unidade industrial pode ser simplificada da seguinte maneira:
2
t   Ap  A 
   a  Vindustrial  b p 
 V  industrial  AI   AI 
Para uma mesma concentração de suspensão (c), pode-se afirmar que:

V  V 
    
 vt  piloto  vt  industrial
onde V é o volume final de filtrado e v t é o volume de torta correspondente a um quadro cheio (isto
é, no final da filtração).

Objetiva-se, então, calcular a área total de filtração industrial para uma espessura de torta de 2” e
um volume final de filtrado de 8 m 3. Para tal, é necessário determinar o volume de torta formado ao
final da filtração em escala industrial. Rearrumando a expressão que relaciona os volumes do filtro
piloto com os volume do filtro industrial, tem-se que:
v 
(vt ) industrial  Vindustrial  t 
 V  piloto
A partir dos dados obtidos experimentalmente, sabe-se que:
Vpiloto = Vf = 5 litros = 5x10-3 m3
ep = 1cm = 0,01 m
A piloto (0,101)(0,01)
(vt ) piloto  ep   5,05 x10  4 m 3
2 2

Para o filtro industrial:


Vindustrial = 8 m3
ei = 2” = 0,0508 m
8(5,05 x10 4 )
(vt ) industrial  3
 8,08 x10 1 m 3
5 x10

Então, a área total de filtração industrial pode ser determinada a partir da seguinte expressão:

2(vt ) industrial 2(8,08 x10 1 )


Aindustrial    31,8m 2
eindustrial 0,0508

Questão 11

Fazendo a regressão linear para os dois casos até V igual a 3500 cm3, obtém-se:

P  2bar :

0,03
0,025
t/V (s/cm3)

0,02
0,015
0,01 y = 5E-06x + 0,0093
0,005 R2 = 0,9994
0
0 1000 2000 3000 4000
V (cm3)

 s
a c  5 x10 6
2 A P
2
cm 6

R s
b  0,0093 3
AP cm

Convertendo as unidades, temos:


dina
P  2,72 x10 6
cm 2
gsólido
c  0,025
glíquido

2aA 2 P (5 x10 6 )(2)(3200) 2 (2 x10 6 ) cm


    6,82 x1011
c (0,012)(1)(0,025) g

bAP (0,0093)(3200)(2 x10 6 )


R   4,96 x10 9 cm 1
 0,012

P  3,5bar :

0,02
t/V (s/cm3)

0,015
0,01
y = 3E-06x + 0,0065
0,005
R2 = 0,9995
0
0 1000 2000 3000 4000
V (cm3)

 s
a c  3 x10 6
2 A P
2
cm 6

R s
b  0,0065 3
AP cm

Convertendo as unidades, temos:

dina
P  3,5 x10 6
cm 2
gsólido
c  0,025
glíquido

2aA 2 P (3 x10 6 )( 2)(3200) 2 (3,5 x10 6 ) cm


    7,2 x1011
c (0,012)(1)(0,025) g

bAP (0,0065)(3200)(3,5 x10 6 )


R   6,1x10 9 cm 1
 0,012

Sabemos que:

   0 P n
log   log  0  n log P
log 6,82 x1011  log  0  n log 2 x10 6
log 7,2 x1011  log  0  n log 3,5 x10 6

Resolvendo o sistema acima:

cm
 0  1,64 x1011 e n = 0,098.
g
Para P =3,0 bar

cm
  1,64 x1011 (3x10 6 ) 0 , 098  7,07 x1011
g
6,1x10 9  4,96 x10 9
R  5,53x10 9 cm 1
2

Para V = 5000000 cm3:

t  
  cV  R
V 2 A P
2
AP

t 0,012 0,012
 2 6
(1)(7,07 x1011 )(0,025)(5000000)  (5,53 x10 9 )
5000000 2( 200000) (3 x10 ) ( 200000)(2,72 x10 6 )

t  22646,75s  6,3h

Questão 12

(a)
Volume de filtrado / Volume da torta = 

929cm 2
A  36in 2 2
 232,25cm 2
144in
A.e 232,25 2,54cm
Vtorta   1in  589,9cm 3
2 2 1in

A partir do gráfico fornecido no exercício, temos:

V  16000cm 3

Então:

V 16000
    27,1
Vtorta 589,9

(b)
td = 1800 s
ti = 9000 s

A partir do gráfico:
t p  (0,07)(16000)  1120 s

m 3 1h (100cm) 3 cm 3
P  15  4166, 7
h 3600s 1m 3 s
V
P
ti  td  tl
tl = 0

V
4166,7 
1800  9000

V  4,5 x10 7 cm 3

Como  p   i :
Vi
 27,1
Vtorta ,i

Assim:

4,5 x10 7
Vtorta ,i   1,66 x10 6 cm 3
27,1

2
e 
ti  t p  i 
e 
 p 
2
e 
9000  1120 i 
1

ei  2,83in

Aproximando para um valor comercial:

ei  3,0in

Ai ei
Vtorta ,i 
2

2(1,66 x10 6 ) 1 ft 2
Ai   4,3 x10 5 cm 2  469 ft 2
2,54cm 929cm 2
3in
1in

Ai 469
n _ quadros    44,7  45quadros
Aef ,quadro 10,5

Questão 13

Produção de torta por ciclo:


ton 1h 1000kg kg
M  5,8  96,7
h 60 min 1ton min

Tempo do ciclo:

t  t  t d  20  55  75 min

Massa de torta formada por ciclo:

m  99,7 x75  7252,5kg

Densidade do caulim = 2600 kg/m3

Volume da torta:

7252,5
Vtorta   2,8m 3
2600

Sabemos que:

V
  9
Vtorta

V  9 x 2,8  25,47 m 3

V 25,47 m3
P   0,34
t  td 75 min

Novas condições:

m3
P  1,3 x 0,34  0,442
min

Como a espessura dos quadros não foi modificada, o t de filtração permaneceu o mesmo, pois:
2
e 
ti  t p  i 
e 
 p 
Então:
Vl Vtorta 1
t lc  4t ls  8 t  8(1) (55)  49 min
Vtorta V 9
V
P
t  t d  t lc

V  0,442(20  55  49)  54,81m 2


54,81
Vtorta   6,09m 3
9

Ae
Vtorta 
2
2(6,09) 10,76 ft 2
Ai   239,8m 2  2580,25 ft 2
0,0254m 1m 2
2in
1in

A 2580,25
n _ quadros    245,7  246quadros
Aef ,quadro 10,5

Número de quadros que devem ser adicionados:

n  246  210  36quadros

Questão 14

m de torta molhada / m de torta seca = 1,50 = 1/cw

 susp  susp  
cv  cw 
s s  
Substituindo os valores na equação acima, obtém-se:
g
 susp  2,02 3
cm

2,02
cv   0,33
4,1x1,5

  1  c v  1  0,33  0,67

Para o quadro piloto:

Ae (456)(3,175)
Vtorta    723,9cm 3
2 2

V 14000
    19,3
Vtorta 723,9

Para o filtro industrial:

(20)(9754,5)(5,08)
Vtorta   4,96 x10 5 cm 3
2

Sabemos que:
 p  i
V  4,96 x10 5 x19,3  9,56 x10 6 cm 3  9,56 x10 3 l

Tempo de filtração por ciclo:

2
e 
ti  t p  i 
e 
 p 
2
 2 
t i  19   46,1 min
 1,25 

Tempo de lavagem da torta:

Vl Vtorta  1 
t lc  4t ls  8 t  8(1,5) (46,1)  28,6 min
Vtorta V  19,3 

Produção de filtrado:

V 9,56 x10 6 cm 3 60 min 1l l


P   100950,4  6057
t  t d  t lc 46,1  20  28,6 min 1h 1000cm 3
h

Produção de sólido seco:

g 60 min 1kg kg
P _ sólido  cP  (1)(0,07)(100950,4)  7066,5  424
min 1h 1000g h

Questão 15

Porosidade média da torta:

m de torta molhada / m de torta seca = 1,85 = 1/cw

 susp  susp  
cv  cw 
s s  
Substituindo os valores na equação acima, obtém-se:
g
 susp  1,58 3
cm

1,58
cv   0,275
3,1x1,85

  1  c v  1  0,275  0,725

Questão 16

Fluxo de filtrado J=Q/A:


J = Vfiltrado / (Afiltração t)

J = 950 cm3 / (133 cm2 . 163 s)  J = 0,0438 cm3 cm-2 s-1


Para tambores a vácuo, em geral, utiliza-se um fator de ampliação de escala fesc de 0,7 a 0,75.

Aplicando-se o fator ampliação de escala igual a 0,7, tem-se:

Jind = 0,0307 cm3 cm-2 s-1

Sendo o tempo de um ciclo completo 453 s, resulta que a rotação do tambor deve ser 0,132 rpm.
Área de filtração efetiva necessária para produção de 10000 L/h :

Aef = 10000X1000/3600(cm3.s-1)/0,0307 (cm3 cm-2 s-1)  Aind = 9,048 m2

A fração submersa é 163/453 e, portanto, o percetual de submersão é 36%. Assim:.

A = 9,048/0,36  A = 25,1 m2  A = 270 ft2


De posse da área total de filtração calculada acima e de acordo com a Tabela, o filtro selecionado
tem 8 ft de diâmetro por 12 ft de comprimento (padrões da Dorr Oliver).

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