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CURSO DE
NUTRIÇÃO ESPORTIVA
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
1
CURSO DE
NUTRIÇÃO ESPORTIVA
MÓDULO I
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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MODULO I
MODULO II
5 NUTRIENTES X EXERCÍCIOS
5.1 CARBOIDRATOS
5.2 ÍNDICE GLICÊMICO
5.3 LIPÍDEOS
5.4 PROTEÍNAS
5.5 VITAMINAS
5.6 MINERAIS
5.7 ÁGUA
5.7.1 Água e Eletrólitos
5.7.2 Desidratação
5.7.3 Termorregulação
MÓDULO III
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8 SUPLEMENTAÇÃO
9 REPOSIÇÃO HIDROELETROLÍTICA
9.1 ÁGUA PURA
9.2 BEBIDAS CONTENDO SÓDIO
9.3 BEBIDAS CONTENDO CARBOIDRATOS E ELETRÓLITOS
ANEXO I
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MODULO I
Este processo tem início na boca, onde os alimentos sólidos são reduzidos a
uma massa de menor tamanho, por meio da mastigação (ação trituradora dos
dentes) e salivação, com auxílio da língua. Esses são digeridos ao se misturarem à
saliva e suas enzimas secretadas pelas glândulas salivares. A principal enzima
encontrada na saliva é a amilase salivar, que catalisa a hidrólise de polissacarídeos,
tendo seu pH em torno de 6,4 a 7,5, o que facilita sua ação. Na saliva também se
encontram outras enzimas, como a maltase e catalase, porém, em quantidade
menor. O amido é digerido pela saliva, sendo degradado em oligossacarídeos e
maltose.
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Ainda neste órgão, as glândulas cárdicas e pilóricas produzem um muco que
lubrifica o bolo alimentar e protege a mucosa contra a ação das enzimas gástricas e
do ácido clorídrico. Este ácido facilita a absorção do ferro, torna o pH adequado para
digerir as proteínas, propicia a ativação do pepsinogênio em pepsina, e limita a
fermentação microbiana, agindo contra germes.
TABELA 1
Local de Enzimas Local de Substrato Produto
atuação produção
Boca Amilase Glândulas Amido Maltose
salivares
Estômago Pepsinogênio Estômago Proteínas Polipeptídeos
Piloro Proteoses
Duodeno Peptonas
Intestino Amilase Pâncreas Amido Maltose
delgado
Lipase Pâncreas Triglicerídios Diglicerídio, ác. graxo
Diglicerídios Monoglicerídio, ác. graxo
Monoglicerídios Ác. graxo, glicerol
Fosfolipase Pâncreas Fosfolipídios Lisofosfatídios, ác graxos,
A2 ác. fosfórico e bases
Colesterol Pâncreas Éster de Colesterol livre
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Esterase colesterol Ác. graxo
Tripsinogênio Pâncreas Proteínas e Peptídios e aminoácidos
Polipeptídios
Maltase Borda em Maltose Glicose
escova
Invertase Borda em Sacarose Glicose e frutose
escova
Lactase Borda em Lactose Glicose e galactose
escova
Aminopeptida Borda em Polipeptídios Peptídios
se escova
Dipeptidase Borda em Dipeptídios Aminoácidos
escova
FONTE: Waitzberg & Linetzky, 2004.
Tripsina;
Quimotripsina;
Carboxi e amino-peptidase;
Amilase pancreática;
Lípase pancreática;
Ribonuclease;
Desoxirribonuclease.
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Por meio de movimentos peristálticos, o alimento transita pelo intestino,
garantindo a digestão e absorção adequadas. Este movimento não promove a
mistura do quimo às secreções digestivas.
Por meio da veia porta, a maioria dos nutrientes chega ao fígado após serem
absorvidos pelo trato gastrintestinal. No fígado, esses nutrientes poderão ser
armazenados, transformados em outras substâncias ou liberados na circulação.
Os Nutrientes
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Regulação de funções orgânicas.
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quantidades. São classificados como SATURADOS (apenas uma ligação simples
entre os carbonos) e INSATURADOS (com uma ou mais ligações duplas), que são
subdivididos em poli e monoinsaturados.
Fontes: SATURADOS carnes gordurosas, pele do frango, manteiga,
queijos amarelos, bacon, embutidos, maionese, creme de leite e chantili.
INSATURADOS óleo vegetal, azeite, margarina, oleaginosas, e alguns poli-
insaturados como ômega -3 e ômega-6 encontram-se em peixes de água fria, como
salmão e sardinha.
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FIGURA 1
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No duodeno o quimo recebe a enzima alfa-amilase, produzida pelo
pâncreas, que completa a digestão do amido em maltose.
FIGURA 2
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b) Metabolismo das proteínas:
Ciclo da ureia
1ª – remoção do grupo amino dos aminoácidos, que ocorre por duas vias: a
transdeaminação (transaminação ligada à deaminação oxidativa) e a transaminação
2ª - formação de ureia pelo ciclo da ornitina, que consome 1,5 ATP para
cada molécula de ureia formada.
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Este ciclo ocorre nos hepatócitos, na mitocôndria e no citossol.
FIGURA 3
Balanço Nitrogenado
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Uma forma de estudar a movimentação do nitrogênio e, portanto, o destino
da proteína no organismo, é estabelecer o Balanço Nitogenado (BN). O BN consiste
na diferença entre a quantidade de nitrogênio ingerido e excretado por urina e fezes.
Este valor pode ser negativo quando a quantidade excretada é maior do que a
ingerida, assinalando que o nitrogênio está sendo ingerido em quantidade menor do
que é necessário ou que as perdas de nitrogênio estão elevadas (situações de
infecção).
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Muitos dos aminoácidos utilizados pelo organismo para a síntese de
proteínas, ou como precursores para outros aminoácidos são provenientes da dieta
ou da renovação das proteínas endógenas:
FIGURA 4
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FIGURA 5
Alguns aminoácidos
Fenilalanina:
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FIGURA 6
Tirosina:
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Quando não incorporada às proteínas, a maior parte da tirosina é
transformada em acetoacetato e fumarato. Parte dela é utilizada na formação
das catecolaminas, cujo processo dá origem à di-idroxifenilalanina ou DOPA. Ao
descarboxilar a DOPA, obtém-se a Dopamina, que é transformada
em norepinefrina e epinefrina ou adrenalina na medula adrenal.
FIGURA 7
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A tirosinase é uma enzima que participa da conversão da tirosina em
melanina, utilizando a DOPA como cofator interno e tendo a dopaquinona como
produto. Sua deficiência causa o albinismo.
FIGURA 8
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Metionina:
FIGURA 9
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21
.
Cisteína:
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FIGURA 10
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Arginina:
Glutamina:
c) Metabolismo de lipídeos
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utilização pelo musculoesquelético depende de sua mobilização, transporte pela
corrente sanguínea e entre as membranas celulares e oxidação nas mitocôndrias.
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por meio das membranas das mitocôndrias pelas enzimas carnitina acil transferase I
e II (CAT I e CAT II), existentes nas membranas externa e interna da mitocôndria,
respectivamente.
A capilarização;
A ativação enzimática da cadeia oxidativa;
O transporte dos ags do sangue até o sarcoplasma;
A disponibilidade e taxa de hidrólise dos tgims;
A lipólise dos tags no tecido adiposo e circulante;
O transporte dos ags pela membrana da mitocôndria;
Adaptações hormonais, principalmente da insulina e catecolaminas.
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taxa de AGs oxidados, sugerindo que estes têm capacidade de suprir as
necessidades que decorrem da ativação muscular.
Dessa forma, os atletas de endurance possuem mais sangue circulante no
tecido adiposo, em resposta à infusão de adrenalina, do que os indivíduos
sedentários.
Nutrição no esporte
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Assim, a nutrição esportiva pode contribuir com um programa de exercícios
com objetivo específico, desde a melhoria da saúde até o aumento de força por
exemplo.
Atualmente já está claro que a nutrição pode afetar o desempenho físico e
que, se associada ao potencial genético e ao treinamento adequado, é um fator de
grande importância para o sucesso.
Desconfortos na competição
O processo digestivo pode ser afetado pelo tipo e qualidade da dieta e pela
velocidade com que se ingerem os alimentos.
A causa da dor de barriga no meio dos treinos pode ser pela alimentação
feita antes das atividades por diversos outros fatores, tais como:
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Aumento na produção de gases: o consumo de alimentos flatulentos
como feijão, couve, pimentão, brócolis, couve-flor, lentilha, milho, pepino, abacate,
melancia, melão e doces podem promover cólica, indisposição e desconforto
intestinal.
Porém, a presença das fibras no intestino grosso contribui com a ação das
bactérias, que as transformam em gases (metano) e substâncias nutritivas ao
próprio intestino como os ácidos graxos de cadeia curta. O aumento nessa produção
de gases pode promover desconforto abdominal.
Caso seja impossível esperar por mais de 3 horas para terminar a digestão,
é possível prevenir o desconforto gástrico consumindo alimentos pobres em fibras e
ricas em carboidratos. Dessa forma, a refeição pré-treino deve ser suficiente na
quantidade de líquidos, pobre em gorduras e em fibras insolúveis a fim de facilitar o
esvaziamento do estômago, rica em carboidratos de baixo índice glicêmico para
manter a glicemia sendo moderada em proteínas. Quanto mais complexo o
carboidrato maior a necessidade de digestão enzimática, aumentando o tempo de
absorção.
• Gordura 4 a 5 horas;
• Proteína 3 a 4 horas;
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• Carboidratos 2 a 3 horas (os ricos em fibras, que levam mais tempo).
2 FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
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Há diferentes formas de exercício físico, cada uma delas gerando diferentes
efeitos agudos ou crônicos, sendo oportuno sistematizar alguma forma de
classificação, como é colocado a seguir:
Considerando o ritmo:
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aeróbica. Já os esforços com segmentos corporais localizados, tais como a
extensão do cotovelo segurando um peso utiliza maior participação das vias
anaeróbicas.
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Produção de energia
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O ATP acumula a energia liberada pelos compostos mais energéticos,
cedendo-a posteriormente para a formação de compostos menos energéticos ou
para ser usada em contrações musculares, por exemplo.
Sistema ATP-CP
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As ligações de alta energia da CP liberam aproximadamente 13kcal/mol
enquanto o ATP libera 11kcal/mol no músculo ativo. A CP não consegue atuar da
mesma forma que o ATP como elemento de ligação para transferir energia dos
alimentos para os sistemas funcionais da célula, mas pode transferir energia em
permuta com o ATP.
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intensidade máxima até 15s. Porém, estudos mais recentes sugerem que a
importância do sistema alático continua sendo o principal sistema energético mesmo
para esforços máximos que durarem até 30s.
FIGURA 11
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FONTE: Disponível em: <www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm>. Acesso
em: 25 mar. 2013.
FIGURA 12
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FONTE: Disponível em: <www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm>. Acesso
em: 25 mar. 2013.
FIGURA 13
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FONTE: Disponível em: <www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm>. Acesso
em: 25 mar. 2013.
FIGURA 14
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FONTE: Disponível em: <www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm>. Acesso
em: 25 mar. 2013.
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FONTE: Disponível em: <www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm>. Acesso
em: 25 mar. 2013.
FIGURA 15
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FONTE: Disponível em: <https://www.google.com.br/search?hl=pt-
BR&q=enderg%C3%B3nicas&bav=on.2,or.r_qf.&bvm=bv.44158598,d.eWU&biw=1440&bih=771&um=
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ebs%3B250%3B250>. Acesso em: 25 mar. 2013.
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NADH x 3) e somados a 4 ATPs provenientes do FADH2, sendo 2 da cadeia
respiratória x 2, obtém-se 34 ATPs.
- Gliconeogênese
FIGURA 16
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43
Pela ação da piruvato carboxilase na presença de dióxido de carbono, o
piruvato é transformado em oxaloacetato na mitocôndria, uma vez que não pode ser
transformado em fosfoenolpiruvato (PEP) por ação da piruvato cinase. Este
composto não pode passar pela membrana interna da mitocôndria, contudo pode ser
convertido em malato (produto da redução do oxaloacetato), que se desloca para o
citosol, onde é oxidado e transformado em oxaloacetato. O oxalacetato é
transformado em fosfoenolpiruvato (PEP), tendo como catalisadora da reação à
enzima fosfoenolpiruvato carboxicinase, encontrada tanto na mitocôndria como no
citosol.
FIGURA 17
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44
FIGURA 18
Esforços de alta intensidade com duração entre 30s e 1min como uma
corrida de 400m, por exemplo, recorrem a um sistema energético distinto,
caracterizado por uma grande produção e acumulação de ácido láctico. Por isso, as
modalidades que requerem este tipo de esforços são habitualmente chamadas de
lácticas, uma vez que a produção de energia no músculo é proveniente do rápido
desdobramento dos hidratos de carbono armazenados como glicogênio, em ácido
lático. Ou seja, trata-se de um processo anaeróbio que ocorre no citosol das fibras
esqueléticas, em que a molécula da glicose é degradada anaerobicamente a ácido
pirúrvico ou láctico, sendo muito ativo no musculoesquelético. Este processo,
conhecido como glicólise, conta com um conjunto de 12 reações enzimáticas para
degradar o glicogênio a ácido láctico, possibilitando a rápida conversão de uma
molécula de glicose em 2 de ácido lático, formando concomitantemente 2 ATP (ou
seja, estes compostos são produzidos em uma relação de 1:1), sem a utilização do
O2.
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Devido a isso, um corredor de 400m deve desenvolver ao máximo, no
treinamento, tanto a capacidade para formar ácido láctico, como a de correr em altas
velocidades tolerando as acidoses musculares extremas, já que o pH muscular pode
declinar de 7.1 para 6.5 no final de um sprint prolongado.
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A produção de energia aeróbia na célula muscular deriva da oxidação
(formação de ATP na mitocôndria na presença de oxigênio) da glicose (HC) e dos
lipídeos (AG) na mitocôndria, sendo pouco significativa a contribuição energética da
oxidação das proteínas (aminoácidos). Sendo assim, as atividades físicas que
ultrapassam 2 minutos dependem absolutamente da presença e utilização do
oxigênio no músculo ativo.
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TABELA 2
Característica ATP - CP Ácido Lático Aeróbico
carboidratos,
Combustível Fosfato de alta
carboidratos gorduras e
utilizado energia
proteínas
Localização Sarcoplasma Sarcoplasma Mitocôndria
depleção de
Fadiga devido à... depleção de fosfato acúmulo de lactato
glicogênio
Capacidade: muito limitada limitada sem limite
Homem 8 - 10 Kcal 12 - 15 Kcal >90.000 Kcal
Mulher 5 - 7 Kcal 8 - 10 Kcal >115.000Kcal
Força: muito alta
alto/ moderada moderada/baixa
16-20 Kcal/min 12-15Kcal/min
Homem 36-40 Kca/min
12-15 Kcal/min 9-12 Kcal/min
Mulher 26-30Kcal/min
Intensidade: muito alta alta/moderada moderada /baixa
% máximo > 95% F.C.M. 85%-95 F.C.M. <85% F.C.M.
Tempo para muito curto: curto/médio: médio/longo :
fadiga de 1- 15 seg. de 45 - 90 seg de 3-5 min.
Atividades:
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Contração muscular
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FIGURA 19
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50
trabalho por conta da incapacidade de deslizar mais os filamentos sobre os outros e
ocorre produção somente de calor mas de trabalho não.
Assim, podemos definir a contração como a ativação das fibras musculares
com a tendência destas se encurtarem. Ocorre com o aumento do cálcio citosólico,
que dispara diversos eventos moleculares, que causam a interação entre miosina e
actina, fazendo com que essa última, deslize sobre os filamentos, grosso e os
sarcômeros encurtem-se em série.
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51
instruídas sobre como classificar corretamente o gasto energético de suas
atividades, tendo uma padronização nas técnicas de coleta dos dados, e
entrevistadores treinados.
TABELA 3
Compêndio De Atividades Físicas
ATIVIDADE DESCRIÇÃO METs
12,0
16,0
5,0
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condicionamento vigoroso
Calistenia (exercícios de flexão com os braços, etc.)
pesado, esforço vigoroso 10,5
Calistenia, exercícios domésticos, esforço de leve à
moderado, geral (por exemplo, exercícios com as
costas), levantando e abaixando no chão.
Treinamento em circuito em geral 12,5
Levantamento de pesos (pesos livres, equipamento
tipo Nautilus ou universais), fisiculturismo ou
treinamento de força, esforço vigoroso
Exercícios gerais em clubes para manutenção da 8,0
saúde
Esteira e escada ergométrica, geral
Remo fixo ergométrico, geral
Remo fixo, 50 W, esforço leve 4,5
Remo fixo, 100W, esforço moderado
Remo fixo, 150W, esforço vigoroso
Remo fixo, 200W, esforço muito vigoroso
Dar aulas de ginástica aeróbia
8,0
Hidroginástica, calistenia na água
Levantamento de pesos (Nautilus ou tipo Universal) 6,0
esforço leve ou moderado, sessões leves em geral
5,5
6,0
9,5
3,5
7,0
8,5
12,0
6,0
4,0
3,0
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53
De salão, rápido (discoteca) 5,0
De salão, lento (dançar com música lenta)
7,0
4,5
5,5
3,0
2,5
5,0
2,5
AN02FREV001/REV 4.0
54
2,0
2,5
2,8
4,0
5,0
3,0
3,5
4,5
3,0
0,9
1,0
1,5
5,0
AN02FREV001/REV 4.0
55
Estudar, assentado, incluindo ler e/ou escrever 1,3
Estar assentado assistindo aulas, fazendo anotações
Ler estando de pé 1,8
1,8
1,8
1,8
2,5
2,5
2,0
2,0
3,0
4,0
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56
Andar a cavalo: passeando 3,0
Operar equipamento pesado/automático
Atividade policial: dirigir trânsito, de pé 1,5
Atividade policial: dirigir uma viatura
Atividade policial: fazer uma prisão 8,0
Reparar calçados de forma geral
Trabalho de escritório em geral (assentado) 17,0
Participar de reuniões em geral, conversando
Trabalhos leves, na posição de pé (balconistas em 5,0
geral)
Trabalhos leve/moderado na posição de pé (conserto 8,0
de peças, reparo de peças de automóveis
empacotar etc.) cuidar de pacientes (enfermaria) 6,0
Trabalhos pesados, na posição de pé (levantar mais
que 20 Kg) 8,0
Alfaiataria em geral
6,5
Dirigir caminhão, carregando/descarregando
Digitar máquina elétrica/manual ou em computador
2,6
Caminhar no trabalho, menos de 2 milhas/h (no
escritório ou laboratório), muito lento 2,5
Caminhar no trabalho, 3 milhas/h, no escritório,
velocidade moderada, sem carregar nada nas mãos 2,5
Caminhar no trabalho, 3,5 milhas/h, no escritório,
velocidade rápida, sem carregar nada nas mãos 2,0
Caminhar, 2,5 milhas/h, devagar e carregando objetos
leves nas mãos (menos que 10 Kg) 8,0
Caminhar, 3,0 milhas/h, moderadamente e carregando
objetos leves nas mãos (menos que 10 Kg) 2,5
Caminhar, 3,5 milhas/h, rapidamente e carregando
objetos leves nas mãos (menos que 10 Kg) 1,5
Caminhar, descer escadas ou ficar parado,
carregando objetos pesando entre 12-25 Kg 1,5
Caminhar, descer escadas ou ficar parado,
carregando objetos pesando entre 25-35 Kg 2,5
Caminhar, descer escadas ou ficar parado,
carregando objetos pesando entre 35-50 Kg
Caminhar, descer escadas ou ficar parado, 3,0
carregando objetos pesando 50 Kg ou mais
Trabalhar em teatro, encenando ou nos bastidores
* Operar máquinas
* Controlador de qualidade
*Trabalhar em forno de tratamento térmico (trabalho 4,0
físico intermitente)
* Operar prensas leves de forjamento
* Servente de pedreiro
* Pedreiros 2,5
*Mecânicos industriais
* Azulejista 6,5
* Carregador de caixas de laranjas
* Bombeiro hidráulico 1,5
*Carregador de sacas de mantimentos
2,0
AN02FREV001/REV 4.0
57
3,5
4,0
3,0
4 ,0
4,5
5,0
6,5
7,5
8,5
3,0
2,6
3,3
3,4
3,7
5,0
5,2
5,4
AN02FREV001/REV 4.0
58
6,5
7,0
7,5
8,1
15,0
16,0
18,0
9,0
8,0
8,0
15,0
10,0
8,0
AN02FREV001/REV 4.0
59
2,5
1,5
2,5
8,0
AN02FREV001/REV 4.0
60
7,0
11,0
12,0
10,0
8,0
10,0
7,0
12,0
4,0
4,0
7,0
6,0
8,0
4,0
3,0
8,0
6,0
AN02FREV001/REV 4.0
61
Andar a 3,0 milhas/h, no plano, passo moderado, 8,0
superfície firme
Andar a 3,5 milhas/h, no plano, passo rápido, 10,0
superfície firme
Andar a 3,5 milhas/h em aclive 3,0
Andar a 4,0 milhas/h, no plano, passo muito rápido,
superfície firme 6,5
Andar a 4,5 milhas/h, no plano, passo muitíssimo
rápido, superfície firme 2 ,0
Andar por prazer, no intervalo de trabalho; passear
com cachorro
Andar em pista de grama
Andar indo p/ o trabalho ou escola 2,5
3,0
3,0
3,5
4,0
6,0
4,0
4,5
3,5
5,0
4,0
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Esquiar na água
Surfar com prancha
Mergulhar com scuba, geral 3,5
Nadar estilo livre, rápido, esforço vigoroso
Nadar estilo livre, lento, esforço leve a moderado 3,0
Nadar estilo costas, geral
Nadar estilo peito, geral 5,0
Nadar estilo golfinho, geral
Nadar estilo crawl, lento, cerca de 50 m.min-1, esforço 6,0
leve a moderado
Nadar estilo crawl, rápido, cerca de 70 m.min-1, 3,0
esforço vigoroso
Nadar em rios, lagos ou oceanos 7,0
Nadar por diversão, geral
Nado sincronizado 10,0
Polo aquático
8,0
Voleibol aquático
8,0
10,0
11,0
8,0
11,0
6,0
6,0
8,0
10,0
3,0
FONTE: Compendium of Physical Activities: classification of energy costs of human physical activities.
Med. Sci. Sport. Exerc. 25(1): 71-80, 1993. * Fonte: Caderno Ergo n° 9: Resultados de Pesquisa:
Capacidade aeróbia de trabalhadores brasileiros e correlação com a carga de trabalho físico que
executam. Belo Horizonte, 1984.
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3 CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS
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Existem algumas equações para o cálculo da TMB, sendo que:
As equações sugeridas por Harris & Benedict (1919) não são as mais
indicadas para a estimativa da TMB tanto em mulheres norte-americanas quanto
latino-americanas. As equações de Henry & Rees (1991) foram desenvolvidas para
populações tropicais, fornecendo estimativas menores do que aquelas derivadas de
populações europeias e norte-americanas.
Harris-Benedict (1919)
FAO/WHO/UNU (1985)
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TABELA 4
Idade Gênero Feminino Gênero Masculino
18 a 30 anos 14,7 x P + 496 15,3 x P + 679
30 a 60 anos 8,7 x P + 829 11,6 x P + 879
+ de 60 anos 10,5 x P + 596 13,5 x P + 487
P = peso corporal em kg
Schofield (1985)
TABELA 5
Idade Gênero Feminino Gênero Masculino
3 a 10 anos [0,085 x P + 2,033] x 239 [0,095 x P + 2,110] x 239
10 a 18 anos [0,056 x P + 2,898] x 239 [0,074 x P + 2,754] x 239
18 a 30 anos [0,062 x P + 2,036] x 239 [0,063 x P + 2,896] x 239
30 a 60 anos [0,034 x P + 3,538] x 239 [0,048 x P + 3,653] x 239
P = peso corporal em kg
Cunningham (1991)
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Ex. Para um homem de peso = 70kg com 21% de gordura corporal. Massa
Livre de Gordura (MLG) seria 55,3 kg e seu GEDR então, seria de: 370 + 21,6 (55,3)
= 370 + 1194,48 = 1564,48 kcal
GET= TMB X FA
(FA = Fator Atividade)
TABELA 7
Fator Atividade, de acordo com o sexo (FAO/OMS de 1985):
ATIVIDADE MENINOS MENINAS HOMENS MULHERES
(ADOLESCENTES) (ADOLESCENTES)
Leve 1,6 1,5 1,55 1,56
Moderada 2,5 2,2 1,78 1,64
Intensa 6,0 6,0 2,10 1,82
FONTE: Oliveira, Dutra, 1998.
Contudo, para uma estimativa mais precisa, pode-se utilizar o cálculo por
meio dos METs, como visto anteriormente.
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Uma vez calculado o GET do atleta ou desportista, o passo seguinte é
distribuir o valor calórico total nas refeições diárias.
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Esportes que realizam contrações musculares repetitivas, como a corrida
utiliza mais energia que os esportes que mantêm a contração muscular.
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atletas adolescentes, cujas necessidades de ferro é maior por conta da demanda do
tecido muscular que cresce rapidamente. Esses atletas também podem desenvolver
anemia ferropriva caso não consumam carnes ou alimentos fontes de ferro em
quantidades suficientes. Geralmente, atletas do sexo masculino possuem tendência
a irregulares hábitos alimentares, com a inclusão de muitos lanches, que não
necessariamente conduz à ingestão inadequada de macronutrientes, porém,
contribui para um consumo insuficiente de micronutrientes por conta do número
limitado da escolha de alimentos. Em vários casos, os atletas apresentam um baixo
consumo de frutas e vegetais, e, sendo estes grandes fontes de vitaminas B e C e
muitos elementos traços, aumenta-se o risco de se desenvolver um estado
nutricional deficiente em relação às vitaminas e minerais.
Assim, pode-se dizer que a nutrição é um importante fator na otimização do
desempenho atlético, reduzindo a fadiga, e com isso permitindo que o atleta treine
por mais tempo ou que se recupere mais rapidamente entre as seções de
exercícios, uma vez que a nutrição adequada também otimiza os depósitos de
energia para a competição, que pode ser o diferencial entre o primeiro e o segundo
lugar, tanto nas atividades de resistência quanto de velocidade.
Além disso, a nutrição também é importante para a saúde geral do atleta, já
que reduz as possibilidades de enfermidades que possam diminuir os períodos de
treinamento podendo tornar a carreira do atleta mais curta.
FIM DO MÓDULO I
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