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Processos Patológicos 2
• Orofaringe
• Esôfago
• Estômago
• Intestino Delgado
• Intestino Grosso
• Fígado
• Pâncreas
• Pele
• TR
• TGU
Processos Patológicos 2 – Pedro Nazario ATM 2025 2
a Orofaringe
• Muitas metástases em lesões milimétricas
Introdução
• A orofaringe não faz parte do tubo digestório, mas
é início dele e vai auxiliá-lo no processo.
• Glândulas salivares → Quebra química
• Peças dentárias → Quebra física
• Oroscopia: Faz parte do exame físico. Irei procurar
por lesões e saber identifica-las
o Observar os dentes
o Observar a mucosa
o Observar os pilares tonsilares
• Pegar uma espátula, baixar a língua e pedir pro
paciente dizer: “A”
o Irei inspecionar a Orofaringe
• Orofaringe se divide:
o Lábios
o Assoalho da cavidade oral
o Língua oral (Porção anterior da papila
circunvalada)
o Mucosa oral (bochecha e lábios)
o Gengiva
o Trígono retromolar (3° molar – Ducto Cavidade Oral/ Orofaringe
parotídeo) • Epitélio que reveste a orofaringe: Estratificado
o Palato duro pavimentoso; vai ter algumas partes de
o Base da língua (posterior a papila circunvalada) queratinização nas áreas mais expostas
o Área tonsilar
• Lâmina própria: TC frouxo com gl. Salivares
o Palato mole
menores (Mucosas: substância mais pegajosa; e
o Parede faríngea
Serosa: secreção mais fluida) e maiores.
Identificação das Lesões: • Glândulas Salivares Maiores:
• Parótida (serosa)
• Descrever o relevo – superfície
• Submandibular (mista) – predomina serosa
• Mancha/ Placa/ Nódulo/ Pápula/ Úlcera
• Sublingual (mucosas)
• Coloração
• Saliva → Além de água, encontraremos a A-amilase
• Hiperpigmentada
(início da quebra do amido), além de mucina que vai
• Hipopigmentada – Leucoplasia (lesão
lubrificar. Algumas lisozimas (bacteriolítica)
esbranquiçada)
• Na parte cefálica da digestão, há o estímulo
• Localização da lesão
(cheiro, visual.. ) e início da produção de saliva
A língua • Na lâmina própria encontramos agregados de células
• Estrutura importante na deglutição de defesa – MALT.
• Epitélio – Lâmina própria – Músculo estriado • Plasmócitos – Secretam IgA
esquelético
• Alta vascularização e drenagem linfática
• É o local de maior frequência de CA de boca (borda)
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Xerostomia
• Boca seca
• Adquirida:
• Radioterapia, Medicamentosa (carbonato de
Lítio)
• Síndrome de Sjogren (autoimune): Acompanhada
por xeroftalmia/ ceratoconjuntivite e aumento das
gls. Salivares por infiltrado inflamatório
Glândulas Salivares
• Inflamação: Sialoadenite
• Causas: Trauma; Infecções ou autoimune Principais lesões neoplásicas – Gls. Salivares
• Mais comum: Caxumba – Inflamação das parótidas • Adenoma pleomorfo (50%) – Tumor misto
(pode acometer pâncreas ou testículo) o Proliferação de elementos epiteliais glandulares
• Autoimune: Sde. Sjogren e elementos conjuntivos. (Glândulas e
cartilagem, por exemplo)
• Carcinoma mucoepidermoide (15%)
Lesões não-neoplásicas – Gls. Salivares o Alto grau – agressivo e invasivo
• Mucocele (cisto mucoso – rânula) → Traumas que o Baixo grau
podem levar a extravasamento do muco e resposta • Tumor de Warthin (Cistoadenoma papilar
inflamatória tecidual ou cisto mucoso de retenção linfomatoso) (5-10%)
por obstrução de um ducto glandular. o Proliferação do epitélio glandular com o epitélio
linfoide (Mais comum nas tonsilas faríngeas)
Paladar
• Há um neuroepitélio diferente em algumas regiões
da língua que a faz ter uma maior sensibilidade a
certos gostos (Estímulo químico → sensação)
• O paladar é percebido pelos botões gustativos que
levarão a percepção ao tronco cerebral → Centro
gustativo
• NaCl (salgado); Quinino (amargo); HCl (azedo) e
• Sialolitíase: Inflamação das gls. Salivares com prejuízo
Sacarose (doce) vão estimular algum potencial de
na manutenção dos íons e acúmulo dos mesmos,
ação e que de acordo com ele, irá dar alguma
gerando a formação de cálculos.
percepção
o Bactérias como S. aureus e Streptococcus
viridans podem estar associadas a sialolitíase. Distúrbios do Paladar e Olfato
Pode ocorrer supuração e formação de • Paladar e olfato não andam separados
abscessos
• Estes distúrbios irão interferir na qualidade de vida e
segurança pessoal
• Sialometaplasia necrotizante: Condição reativa
envolvendo gls. Salivares menores e maiores. O Alterações no Paladar
epitélio simples cúbico que reveste os ácinos é • Ageusia: Perda do paladar
modificado. o Xerostomia
o Diferenciar do CCE e Carcinoma o Tabagismo intenso (cachimbo)
mucoepidermóide o Radioterapia da cabeça e pescoço
o São lesões ulceradas no palato duro, com o Medicamentos: Vincristina; Amitriptilina
proliferação vascular, infiltrado inflamatório e o Lesões na corda do tímpano
necrose das gls. Regeneração e metaplasia
escamosa.
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Estomatites
• Lesões inflamatórias crônicas (Pouca higiene, lesões
por atrito)
• Epitélio hiperplásico, tecido fibrose e células
inflamatórias
• Não há a correta junção dos pálatos
• Fibroma irritativo, Granuloma piogênico e Fibroma
• Pode ser unilateral ou bilateral ossificante – Quando uso de próteses – hiperplasia
• Traz prejuízos emocionais e funcionais (risco de papilar inflamatória
aspiração)
• Prejuízo na mastigação • Sialoadenites/ Sialolitíase
Classificação de Spina Queilites
• Líquen Plano (Autoimune)
o Inflamatória crônica
o Atrofia do epitélio e infiltrado inflamatório em
faixa
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Leucoplasias Tuberculose
• Termo clínico que caracteriza uma lesão • Condição rara, caracterizada por uma lesão ulcerada
esbranquiçada (placa) medindo 5mm ou mais, que no dorso da língua ou na mucosa oral, geralmente
não pode ser removida facilmente e não se acompanhada de lesão pulmonar grave
enquadra especificamente em nenhuma doença.
• Microscopicamente: Ceratose e graus variados de
displasia
• É comum infecção por Candida albicans sobreposta
Sífilis
• Pode produzir uma “goma” na língua ou no palato,
aparecendo como uma massa endurada e dolorosa
• Alto infiltrado de plasmócitos formando a goma
• Eritroplasias
• Hiperplasias de mucosa
Doenças Infecciosas
Sarampo – Manchas de Koplik
• Muitas vezes as manchas de Koplik precedem as Paracoccidioidomicose
manifestações cutâneas • Úlceras endurecidas, lesões nodulares ou verrucosas.
• Esbranquiçadas com halo eritematoso Podem surgir devido a infecção fúngica
• Bochecha, palato e arcos podem ser afetados • Microscopicamente: Lesão granulomatosa
Citomegalovírus
• Imunodeprimidos
• Pode se manifestar em cavidade oral como uma
lesão ulcerada
Herpes
Herpangina Malignas
• HSV-1; Coxsackie ou Enterovirus Epiteliais:
• Afetam bebes e crianças entre os 3 a 10 anos o Carcinoma de células escamosas
• Febre repentina, aftas na boca e dor de garganta o Carcinoma mucoepidermóide
o Adenocarcinomas
Tonsilas
• Nódulos linfocitários abrigados em pregueamento da Lesões cancerizáveis:
mucosa nasofaríngea, faríngea e lingual (agregado o Leucoplasia – hiperplasia, ceratose
de linfócitos) o Eritroplasia – Placa avermelhada
• Não possuem vasos linfáticos
Tonsilas Palatinas
• São ´pregueadas, logo, restos de alimentos ficam
facilmente acumulados
• Cáseo – restos de comida com bactérias
• Quando as bactérias penetram no epitélio, haverá
um quadro denominado de Tonsilite o Queilite actínica – radiação solar
o Tonsilas edemaciadas e eritematosas o Líquen Plano
o Podem haver infiltrados de neutrófilos Lesões incomuns
o Difteria – Pode formar membranas o Melanoma
• Podem hipertrofiar - hipersensibilidade
o Carcinoma verrucoso
Benignas
• Epiteliais: Papiloma (HPV), Adenomas
• Mesenquimais: Lipoma, Fibroma (irritação), Angioma
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Esôfago
Introdução
• Primeira porção do tubo digestório
• Visualização e possibilidade de acesso às lesões
desta região se dão através da via endoscópica
digestiva alta.
• Endoscopia alta → Endoscópio pela cavidade oral,
atravesso o esôfago e chego ao estômago e até a
2° porção do duodeno.
• Endoscopia baixa → Introdução do endoscópio via
anal, visualização de todas as estruturas até o íleo
terminal
• Cápsula fotográfica: Diferente da endoscopia, ela
tem a possibilidade de fotografar grandes partes do • Estômago → Epitélio colunar simples com células
intestino delgado, área essa em que a endoscopia glandulares
não alcança. Não permite a amostragem.
O Esôfago
Parte Anatômica
• Tubo de 25cm revestido por músculo estriado e liso
em sua porção superior e apenas músculo liso em
sua porção inferior (alimento será empurrado
autonomicamente, através de contrações de cima
para baixo no intuito de levar o bolo alimentar ao
estômago)
• Superiormente: Músculo cricofaríngeo – Esfíncter
esofágico superior
• Pontos de estreitamento:
o Cricóideo
o Aórtico-brônquico Embriologia do TGI - Endoderma
o Hiato Diafragmático • Derivados do Intestino Anterior
o Esfíncter esofágico inferior - Cárdico o Faringe primitiva
• EEI → Funcional. Se dá através de uma curva. o Sistema respiratório inferior
Disfunções nesta região podem acarretar a o Esôfago e Estômago
alteração do fluxo e gerar o quadro de refluxo. o Duodeno proximal, fígado e pâncreas
o Tronco celíaco
Parte Histológica • Derivados do Intestino Médio
• Há uma região de transição entre a parte esofágica o Intestino delgado
e gástrica, é abrupta. o Ceco, apêndice e cólon ascendente
• Esôfago → Epitélio estratificado pavimentoso não o Mesentérica superior
queratinizado • Derivados do Intestino Posterior
o Epitélio – TC – Músculo liso = Mucosa o Cólon transverso e descendente
o Submucosa = TCD + MALT + Glds. Muco o Sigmoide, reto, canal anal e Bexiga
o Camada muscular própria (Circular e o Mesentérica inferior
longitudinal)
o Plexos nervosos: submucoso e mioentérico
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Distúrbios Motores
• Manometria → Vai avaliar a pressão intraesofágica
em repouso e em momentos de fala, deglutição etc
Jejum. Consciente. Sonda oral até o estômago. O
• Diagnóstico: Contraste evidenciando a má formação paciente fará várias ações e se terá a medida.
• Pode se encontrar aspirações alimentares nos • pHmetria → Sonda por 24hr. Várias medições.
pulmões e até ar na cavidade gástrica Conceitos
Divertículos • São movimentos coordenados e automáticos que
• Divertículo →Evaginação da parede que contém resultam na passagem do alimento até o estômago.
todas as camadas do esôfago. • São coordenados por nervos provenientes dos
• Divertículo Falso →Quando a projeção sacular não troncos simpáticos cervicais e torácico.
contém todas as camadas • Qualquer falha da função muscular é incluída no
conceito de distúrbios motores do esôfago.
Divertículo de Zenker – Esôfago Proximal • Dificuldade na deglutição → Disfagia
• Faringoesofágico. É uma lesão incomum situada na • Dor a deglutição → Odinofagia = Lesão do epitelio
posição alta do esôfago e que acomete mais
homens, sexta década. Sem causa e envolve a Orofaríngea – M. esquelético: Placa Motora
função da musculatura cricofaríngea • Distúrbios neurológicos que acometem os nervos
• Em alguns indivíduos, a musculatura do Triângulo de para músculo esquelético
Killian é mais frouxa e pode ser a causa dos • Neuropatias periféricas: DM ou alcoolismo
divertículos. ▪ Miastenia gravis
▪ Dermatomiosite
▪ Esclerodermia
▪ Amiloidose
▪ Mixedema e Hipertireoidismo
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o Sem causa. Há a possibilidade de haver uma • Há a perda do EEI, o estômago começa a digerir, há
perda ou ausência de células ganglionares o peristaltismo gástrico e o refluxo do alimento.
no plexo mioentérico do esôfago • Sintomas: Pirose e regurgitação. Se exacerbam
▪ Não há liberação de quando o indivíduo está em decúbito. Pode ter lesão
neurotransmissores para o e pequenas hemorragias devido ao ácido.
relaxamento como o NO e VIP • Tratamento dos sintomas associados - Refluxo
o Complicação comum da doença de Chagas,
sendo as células ganglionares destruídas Hérnia Paraesofágica
pelo Trypanossoma cruzi • Herniação de uma parte do fundo gástrico ao longo
• A aspiração desses alimentos pode causar do esôfago, através de um defeito na membrana de
pneumonia TC diafragmática que define o hiato esofágico.
• Tratamento é feito por dilatação ou miotomia • A hérnia aumenta progressivamente e o hiato cada
cirúrgica, que pode provocar refluxo vez mais.
gastroesofágico. • Em casos extremos a maior parte do estômago
• Espasmo esofágico difuso: Simula o IAM. Dor aguda hérnia para o tórax, pode ser acompanhada pelo ID
e retroesternal, difusa no esôfago. Falha na síntese
e degradação do NO.
• Esôfago em quebra nozes: Assincronia das camadas
musculares. Hipercolinergia.
Hérnia Hiatal
• É uma herniação do estômago através de um hiato
esofágico aumentado no diafragma – frouxidão
desse tecido
• Hérnia é uma falha na parede da estrutura
• Distúrbio adquirido comum, a hérnia hiatal tem, na
maioria dos casos, causa desconhecida
• Acomete mais homens, obesos
Patologia da Esofagite
• A primeira alteração macroscopicamente evidente é
a Hiperemia
• Quando o refluxo é crônico observa-se
espessamento reativo do epitélio sob a forma de
placas branco-acinzentadas irregulares denominadas
de leucoplasia.
o Não tomar bebidas enquanto come. Evitar • As veias esofágicas inferiores estão ligadas ao
bebidas gaseificadas, fumo, alimentos muito sistema porta através de anastomoses
ácidos gastroesofágicas
o Elevar a cabeceira da cama e não somente
o travesseiro. Evitar se deitar após a refeição.
o Utilização de IBPs – extremos
o Cirurgia – A longo prazo não faz efeito. O
refluxo volta
Esôfago de Barrett
• Metaplasia do epitélio escamoso do esôfago por
epitélio colunar (glandular) devido a refluxo
gastroesofágico Lacerações e Perfurações
• Homens brancos e relacionado ao tabagismo
• Podem ocorrer devido a traumatismo externos
• Objetivo é produzir muco para tentar proteger a
• Causa mais comum é por vômitos intensos, durante
parede esofágica
o qual a pressão intra-esofágica aumenta.
• Síndrome de Mallory-Weiss → Vômitos incoercíveis,
frequentemente associados ao alcoolismo, causando
• Classificação Inglesa:
lacerações da mucosa da porção superior do
o Clássico: >3cm da JEG com mucosa cárdica
estômago e inferior do esôfago
(muco) ou mucosa oxíntica atrófica ou com
• Ruptura do esôfago causado pelo vômito é
metaplasia intestinal (muitas células
conhecida como Síndrome de Boerhaave. Com a
caliciformes)
perfuração, o conteúdo gástrico pode cair no
o Diagnóstico combinado: Endoscópico e
mediastino e gerar uma dor e lasceração.
histopatológico
o Segmento curto: <3cm, JEG, mas comente
com metaplasia intestinal
o Segmento ultracurto: metaplasia intestinal na
JEG
Varizes Esofágicas
• Veias dilatadas situadas sob a mucosa, propensas a
rupturas e hemorragias – Por conta da cirrose, há
baixa nos fatores de coagulação**
• Associadas ao quadro de hipertensão porta
resultante da cirrose hepática*
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Classificações
• Neoplasias intraepiteliais esofágicas de alta grau →
Displasia severa/ CA in situ.
• Neoplasias intraepiteliais esofágicas de baixo grau → TNM
Displasia leve/ Moderada
• Estas lesões estarão adjacentes a carcinomas em
60-90% dos casos
• 20% desenvolverão carcinoma em 8 anos
Adenocarcinoma de Esôfago
• Originam-se no epitélio de Barrett
o EB com displasia de baixo grau: 8-12%
o EB com displasia de alto grau: 16-31%
• Sintomas semelhantes aos do carcinoma de células
escamosas, mas a sobrevida é de 20% após cirurgia
• Tratamento auxiliar parece melhorar a evolução
• Refluxo crônico → Lesão → Metaplasia → Displasia
→ CA
• 90% clinicamente silenciosa
• Se diagnostica 10-20 anos depois do início dos
sintomas
Eosinofilia Esofágica
• Eosinofilia nesta região não é comum*
• Principal causa de Disfagia e impactação alimentar
entre crianças e adultos jovens.
• Depois da DRGE, é a mais comum causa de
esofagite crônica
• Condição crônica e inflamatória localizada no esôfago
e é imunomediada
• Pode progredir para fibrose e estenose esofágica
• É uma forma de alergia alimentar e 50-60% vem
acompanhada de asma, rinite ou dermatite atópica.
• Diagnóstico é feito por endoscopia e biópsia
esofágica
• Tratamento é feito com IBP por 8 semanas
• Não usar corticosteroides, pois acarretam muitos
efeitos colaterais
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Estômago
Introdução
• Tipos de Glândulas
• Parede estomacal é Constituída: o Glândulas do Cárdia – Cárdia (Simples e curtas)
o Mucosa – Epitélio cilíndrico simples e glandular o Glândulas Oxínticas (Parietais) – Corpo e Fundo
+ Lâmina Própria + Musculo o Glândulas Pilóricas – Antro e Piloro
o Submucosa – Tecido Conjuntivo (Vasos,
adipócitos, nervos) Tipos Celulares das Glândulas
o Muscular – 3 camadas musculares • Células Zimogênicas (Principais)
o Serosa – Tecido conjuntivo frouxo e peritôno o Porção inferior da glândula gástrica.
• É um órgão sacular em forma de “ J ”. o São Basofílicas
• Origina-se como uma dilatação do intestino anterior o Grânulos de Zimogênio – Pepsinogênio
primitivo no embrião (Síntese proteica ativa)
• É responsável pela digestão parcial dos alimentos e
secreção de enzimas e hormônios • Células Parietais (Oxínticas)
• Principal função→ Transformar o bolo alimentar em o Metade superior
uma massa viscosa (quimo). o São eosinofílicas (Muitas mitocôndrias)
• Estômago é revestido por peritônio e é dividido em o Secretam HCl, Lipase, Amilase e Gelatinase
5 regiões o Nas projeções das MP, possuem bombas
o Cárdia – Transição abrupta de mucosa iônicas – produção de HCl
esofágica para estomacal (JEG) o Produzem Fator Intrínseco → Necessário para
o Fundo – Mais alta absorção de vitamina B12
o Corpo gástrico
o Antro • Células Cervicais mucosas
o Piloro – Reforço muscular para compor o o Interpostas entre as parietais
esfíncter o Estão no colo da glândula
• Vascularização → o São Basofílicas (Mais ribossomos)
o Ramos do Tronco Celíaco, A. Hepática e o Muco, água e Bicarbonato
Esplênica.
o As veias drenam diretamente para o sistema • Células Endócrinas (SNED)
Porta ou indiretamente, através das veias o Dispersas nas glândulas.
esplênicas e mesentérica superior. o Aminas biogênicas – Serotonina e Grelina
• Ambos os Nervos Vagos são responsáveis pela (corpo) e Gastrina (Antro-Piloro)
inervação parassimpática do estômago. Plexo celíaco o Gastrina-G →Induzem a produção de HCl.
é responsável pelo simpático. Inibida pela Somatostatina e Colecistoquinina
o Polipeptídeo intestinal vasoativo – VIP (estimula
Microscopia Histológica o peristaltismo)
• Varia de acordo com a região
• Epitélio Colunar – Superfície: Secretor de muco • Células Indiferenciadas – Tronco
(Mucina)
• Na entrada das glândulas há células mucoides • Células das glândulas Pilóricas → Possuem células
• Região das Glândulas: semelhantes as cervicais mucosas, principais e
o Tubulares Simples: Cárdia. Mais curtas endócrinas (G)
o Tubulares Simples Ramificadas: Fundo, Corpo,
Antro e Piloro. Variabilidade celular alta. • Células das glândulas cárdicas → Muco. Produtoras
de lisozimas, sem células G
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• Células Superficiais →
o Revestem a superfície e as fossetas
o Epitélio colunar e todas as células secretam
muco alcalino (95% água, glicoprot e lipídios)
o Secretam Bicarbonato
o Justapostas por GAP e nutridas pela Lâmina
própria
Digestão Química
• Continuação da digestão de carboidratos iniciada na
boca (Amilase)
• Adição de HCl ao alimente ingerido e digestão parcial
das proteínas (Pepsina)
Alterações Inflamatórias
• Digestão parcial dos triglicerídeos (Lipase gástrica e
lingual) Gastrite Hemorrágica Aguda
• Produção do fator intrínseco e hormônios • Necrose focal da mucosa em um estômago normal
Embriologia sob outros aspectos.
• A necrose acompanha-se de resposta inflamatória
• Derivado do Intestino Anterior aguda e com frequente hemorragia
• Estômago passa por uma etapa de rotação – gira e
se posiciona em um lado. Patogenia
• Associa-se com frequência à ingestão de AAS,
Distúrbios Congênitos outros AINEs (PGI2 e PGE – Geram proteção
• Estenose Pilórica Congênita – Aumento concêntrico estomacal: pH no epitélio é neutro, devido ao muco,
do esfíncter pilórico e estreitamento do canal pilórico que é produzido pelo epitélio e outras glândulas. Para
o O bebê vai sofrer por abdômen distendido, a produção de mucina, é necessário o estímulo de
vômitos com leite digerido (coagulado) prostaglandinas)
o Poucas fezes • Excesso de álcool ou lesão isquêmica (Isquemia gera
o Pouco ganho e peso lesão ao epitélio de revestimento. É necessário IBPs)
o O médico vai observar o abdômen do bebê • Qualquer doença grave que se acompanhe
e ver a peristalse intensa. alterações fisiológicas profundas, que exija
• Hérnia diafragmática congênita intervenção clínica ou cirúrgica, torna a mucosa mais
• Duplicações, divertículos e cistos vulnerável à gastrite hemorrágica aguda devido a
• Situs inversus, pâncreas ectópico, atrésias parciais, isquemia da mucosa.
membranas pilóricas e antrais • Levam a lesão direta da mucosa gástrica
Gastrosquise: Ulceras e Erosões por stress
• 1 a 5/10.000 - Defeito no fechamento da parede • Grandes queimados (úlcera de Curling) → Perdem
abdominal com a exteriorização de estruturas do plasma. Perdem volume. Podem agravar em
tubo digestório. hemorragias ou perfurações, às vezes gástricase
• Geralmente o ID, ID + Cólon, Estômago. outras duodenais.
• Mudança na hemodinâmica*
Onfalocele:
• 2,5/10.000 - Exteriorização das estruturas da cavidade Traumatismos do SNC
abdominal (maiores), mas as estruturas são • Úlceras de Cushing → Descerebração - Aumento
revestidas por uma membrana. do tônus vagal e aumento da secreção de ácido
• Não há um fechamento do ducto vitelínico e ao • Estômago e ID são os mais afetados
acoplar o cordão umbilical, puxa as estruturas. • Mudança no estímulo vagal*
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Neoplasias Gástricas
Benignas
Epiteliais –
• Pólipos Inflamatórios, Hiperplásicos e Adenomatosos
o Difuso- Infiltrar toda a parede do estômago →
com potencial maligno de 5-75%
Perda da motilidade → Limitis plástica
o Principalmente Corpo e Fundo
▪ Pode gerar Carcinomatose peritoneal
o Uso indiscriminado de bloqueadores de bomba
▪ Anel de Sinet*
– Alcaliniza e inviabiliza a digestão (Mais
• Epônimos
sintomas)
o Adenocarcinoma com linfonodos na FSCE –
o Bloqueando as bombas → Pouco HCl →
Virchow
Aumento das células parietais → Pólipos
o “ Periumbilical – Maria-José
Não-Epiteliais – o Quando adenocarcinoma gástrico sofre
• Lipomas, leiomiomas, fibromas.. metástase para ovário via transcelômica –
Tumor de Krukenberg
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Intestino Delgado
Intestino Primitivo • A nível de duodeno há a continuação da quebra dos
• Endoderma → Intestino Primitivo nutrientes, mas a absorção se inicia no jejuno.
• Derivados do Intestino Médio – A. mesentérica • Alguns receptores como para o Complexo fator
superior intrínseco – ViT B12 no íleo terminal* - Absorção
pelo glicocálix
Intestino Delgado
• Apoproteínas → microfilamentos de actina, miosina
• Anatomia: ID estende-se do piloro até a válvula e outras substâncias → Absorção de lipídios.
ileocecal e, muscular, mede 3,5m a 6,5m de • As bordas laterais das MPs adjacentes formam
comprimento junções oclusivas impermeáveis às macromoléculas,
• Dividido: mas que permitem o transporte passivo de
o Duodeno → Ângulo de Treitz (flexura pequenas moléculas via paracelular*
duodeno jejunal) • Absorção → Célula → Membrana basal → Capilar
o Jejuno → 40% proximais do restante do ID • Células que Compõem as Criptas
o Íleo → 60% distais o Células Caliciformes – Paredes laterais. Mucina
• É disposto em alças redundantes, móvel, exceto neutras e ácidas
pelo duodeno, quase todo retroperitoneal – fixo o Células de Paneth – Base da cripta. Participam
Histologia da secreção exócrina e defesa da mucosa.
Lisozima, produtos antimicrobianos e ligante
• Parede é composta por 4 camadas: CD95 (TNF das citocinas)
Mucosa – o Células Endócrinas – Produzem hormônios
• Revestimento epitelial gastrointestinais e peptídeos: Gastrina,
secretina, colecistocinina, glucagon, VIP e
• Lâmina própria – TCF
serotonina. Tumores Carcinoides*
• Muscular da mucosa
o Células Indiferenciadas – Parede lateral. Células
• Há a projeções do epitélio e lâmina própria
de reserva, renovarão a mucosa
formando as vilosidades – Maior superfície de
• Epitélio da mucosa do ID é substituído de 4 a 7 dias.
absorção. Enterócitos.
• É um epitélio sensível à radiação e agentes
o Duodeno → Folheaceas, mais curtinha
quimioterápicos
o Jejuno → Mais compridas e fininhas
o Íleo → Mais se achatando Em vênulas ao redor de tecidos linfoides, vão ser revestidas
• Vilosidades – Epitélio colunar simples. Possui células de endotélio cúbico simples. Há grande interação com as L-
caliciformes. selectinas da superfície e isso favorece o rolamento dos
• Cripta de Lieberkuhn – Projeções para dentro da linfócitos.
lâmina própria. Base das vilosidades. Células de Paneth
Favorecem a diapedese e a volta destas células de defesa.
– Defesa. Células enteroendócrinas – SNED. Imunoterapia de câncer*
• Plasmócitos irão secretar IgA na forma de um
dímero que fica nas criptas
o Neutraliza bactérias e inibe a replicação viral Submucosa –
• Nódulos linfoides – MALT → Dispostos por toda a • TC vascularizado e inervado com células de defesa.
mucosa e agregam-se em Placas de Peyer visíveis • Duodeno: Glândulas de Brunner* → Vão secretar
– Ficam as células M (apresentadoras de antígeno) muco e bicarbonato para proteger a mucosa da
• Enterócitos → Terão microvilosidades – úlcera péptica.
especialização de membrana → Maior superfície de • Plexos nervosos Mioentéricos: Auerbach (peristalse)
contato e absorção. Possuem dissacaridases e entre as camadas musculares e de Meissner na
peptidases para degradar os macronutrientes. submucosa
Processos Patológicos 2 – Pedro Nazario ATM 2025 21
Muscular –
• Camada circular interna e longitudinal externa
Serosa –
• TC frouxo: Mesotélio
Distúrbios Congênitos
Atresia
• Tem cerca de 5cm de comprimento. Um cordão
• Oclusão completa da luz que pode manifestar-se: fibroso pode pender livremente do ápice do
o Diafragma intraluminal fino divertículo podendo haver formação de fístulas
o Sacos proximal e distal cegos unidos por
• Divertículo verdadeiro → Possui todas as camadas
cordão
do intestino normal.
o Extremidades cegas desconectadas
• Maioria é assintomática e diagnosticada
• Atresia de duodeno + pâncreas em anel (abraçando
incidentalmente.
o duodeno)
• Minoria sintomática com tecido gástrico, duodenal,
• Íleo → Além de ser a parte distal do ID, também é
pancreático, biliar ou colônico
usado para a parada do peristaltismo
• Clínica:
• Múltiplas oclusões intestinais podem produzir um
o Hemorragia – Ulceração péptica. Heterotopia
aspecto de cordão de salsichas.
gástrica
• ¼ associa-se a Ileo meconial e 1/10 com fibrose cística o Obstrução intestinal – Volvo
Estenose o Diverticulite
o Perfuração - bactérias
• Estreitamento incompleto do ID, mas sem oclusão o Fístula – drenagem fecal para o umbigo
total da luz.
• Também pode ser causado por um diafragma Má rotação
incompleto • Causa posicionamentos anormais do ID, cólon,
• Sintomático na lactância fixações anômalas e faixas
Atresia ou estenose é diagnosticada com base no vômito • Podem causar volvo no ID e IG e encarceramento
persistente ou líquido contendo bile no primeiro dia de do intestino em uma hérnia interna
vida. Não há eliminação de mecônio. Intestino fetal
encontra-se dilatado e cheio de líquido (RX ou US)
Duplicações
• Cistos entérico – Podem ocorrer do esôfago até o
ânus
• Estruturas esféricas ou tubulares fixadas ao trato
alimentar, podendo ou não se comunicar com a luz
Divertículo de Meckel
• É causado por persistência do ducto vitelínico. Uma
evaginação do intestino sobre a borda anti-
mesentérica do íleo
• Anomalia congênita mais comum do ID e mais
significativa clinicamente
• 2/3 dos pacientes tem menos de 2 anos de vida
Processos Patológicos 2 – Pedro Nazario ATM 2025 22
Diarreia Crônica
• Expressão genética usada para descrever vários
distúrbios clínicos nos quais nutrientes importantes
são absorvidos inadequadamente pelo TGI
• É caracterizada pela absorção defeituosa de
gorduras, vitaminas lipo e hidrossolúveis, proteínas,
carboidratos, eletrólitos, minerais e água
• Se caracterizam por:
Manifestações Clínicas
o Lesão da mucosa intestinal – Mínima ou
• Trato alimentar: Diarreia, dor abdominal, flatulência,
ausente
perda de peso e mucosite oral* (perda vitamínica)
o Microrganismo permanece na superfície da
• Sistema hematopoiético: Anemia (carenciais) e
mucosa onde secreta sua toxina
hemorragia
o O líquido secretado para o intestino é que
• Sistema musculoesquelético: Osteopenia, tetania
causa a diarreia aquosa
• Sistema endócrino: Amenorreia, impotência,
o Acometem as regiões proximais do ID
infertilidade, hiperparatireoidismo
Diarreia por bactérias invasivas • Epiderme: Purpuras e petéquias (def. vit K), edema,
• Causam diarreia por lesão direta da mucosa intestinal dermatite e hiperceratose (def. vit A, zinco)
o Shigella, Salmonella e cepas de E. coli, Yersinia • SN: Neuropatia periférica (def. vit A e B12)
e Campilobacter
• Costumam invadir porções distais do íleo e o cólon Absorção
• Há uma pequena absorção de nutrientes no
Infecções Fúngicas estômago e cólon, mas a principal é no ID – proximal
• Sempre pensar em paciente imunodeprimido • Íleo terminal – Absorção da vit B12 e ácidos biliares
• TGI não é um ambiente hospitaleiro para fungos • Cólon – água e eletrólitos
• Absorção intestinal é caracterizada:
Gastroenterites Virais o Fase Luminal (macro em micro – prot,
• Rotavírus
carboidratos e lipídios) → Enzimas pancreáticas
o Causa comum de diarreia em lactentes, sendo
e sais biliares
responsável por metade dos casos de diarreia
o Fase intestinal (absorção dos micronutrientes)
aguda em crianças com menos de 2 anos de
• Digestão Intraluminal – Proteínas, carboidratos e
idade
gorduras
o Diarreia aquosa – febre, náusea, vômitos.
• Digestão terminal – Hidrólise dos carboidratos e
• Citomegalovírus – Imunodeprimidos
peptídeos
• Adenovírus e Coronavírus*
• Transporte transepitelial – nutrientes fluidos e
Tuberculose Intestinal eletrólitos
• É uma doença rara • Transporte linfático – lipídios e carboidratos maiores
• Mycobacterium bovis • Pâncreas precisa de uma ação ótima no que diz
• Melhores condições sanitárias – hoje respeito as enzimas e fluxo sem obstrução
• Hoje – M. tuberculosis* - precisa ter a tuberculose • Bile – Função hepática adequada, fluxo contínuo e
pulmonar, ingerir o escarro contaminado. Se instala circulação enteroepática intacta dos sais biliares
no final do ID – Granulomas nas placas de Payer. o 90% de reabsorção no íleo distal
o Granulomas vão criar uma massa palpável
Bilirrubina
que poderá obstruir.
• Hemólise → Macrófago vai reconhecer e degradar
o QID – emagrecimento, febre
esta hemoglobina (120 dias) nos sinusoides esplênicos
• Globina é reaproveitada
• Heme é transportado pelo transferrina →
Armazenado no fígado → Quando necessário, vai
ser levado a MO para ser usado.
Processos Patológicos 2 – Pedro Nazario ATM 2025 24
MARSH
• Característica da doença celíaca é: • Risco aumentado: Jejunite ulcerativa, Linfoma de
o Mucosa plana no ID com diminuição total das células T do ID
vilosidades • No ID as neoplasias metastáticas, principalmente de
o Células epiteliais lesadas na superfície da melanoma e de cólon, são as principais.
mucosa
o Inúmeros linfócitos T intraepiteliais
o Aumento de plasmócitos na lâmina própria
Processos Patológicos 2 – Pedro Nazario ATM 2025 27
Intestino Grosso
Anatomia • Óstio fica fechado, mas em alguns indivíduos ele se
• Porção desde a válvula íleo-cecal até o ânus abre um pouco e permite a entrada do bolo fecal e
iniciar o processo de apendicite.
• Origem embrionária o Intestino médio (Ceco, cólon
ascendente e transverso) – a. mesentérica superior. • Tumor carcinóide é muito frequente na ponta do
apêndice – orem: célula do SNED
• A porção distal é derivada do intestino posterior e é
o Até 2 cm – Apendicectomia e acompanhar
irrigada pela a. mesentérica inferior. – A região mais
com marcadores tumorais
distal é basicamente um órgão de armazenamento.
o Acima de 2 cm com perfil invasivo –
• Dividido em:
Colectomia direita
o Ceco
o Cólon ascendente (flexura hepática) Válvula íleo-cecal
o Cólon transverso (flexura esplênica)
• Esfíncter para regular o fluxo do conteúdo do ID
o Cólon descendente
para o ceco
o Cólon sigmóide – região menos fixa na parede
• É um esfíncter incompetente – Há refluxo do
o Reto – luz virtual
conteúdo cecal para o íleo
• Revestimento muscular longitudinal externo e
circular interno Canal Anal
• Cólon – músculo longitudinal tem 3 feixes separados • Ânus é o espaço e esfíncter anal é o que delimita o
→ Tênias do cólon ânus.
o Evaginações entre as tênias são os haustros
• Divisão:
o Esfíncter anal interno (liso) – autônomo
o Esfíncter anal externo (MEE) – Consciente
Histologia
• A superfície da mucosa do IG tem pregas
proeminentes que são menos acentuadas no reto
• Superfície das mucosas é plana e com algumas
depressões → Criptas de Lieberkuhn
• Epitélio com predomínio de células colunares simples
e inúmeras células caliciformes
• As criptas são revestidas por células caliciformes,
exceto na sua base, onde ficam as células
indiferenciadas e várias células da SNED
Apêndice
• Origina-se no ceco e termina como um tubo cego
• 8-10cm de comprimento e sua parede é composta
pelas mesmas camadas do IG
• Microscopicamente há predomínio de tecido linfóide
na submucosa (maior tamanho na vida adolescente
e atrofia na vida adulta)
Processos Patológicos 2 – Pedro Nazario ATM 2025 28
Clínica
• Obstrução intestinal congênita
• Eliminação tardia de mecônio, vômitos nos primeiros
dias de vida
• Constipação, impactações fecais.
Enterocolite
• As inervações simpática e parassimpática terminam • Pode ser uma complicação da doença
nos plexos Submucoso de Meissner e Mioentérico • O bolo fecal comprime a parede lateral do intestino
de Auerbach e interfere na vascularização da dela. Há a
• Cólon pode reabsorver até 2L de água proliferação de bactérias e a necrose e ulceração
Processos Patológicos 2 – Pedro Nazario ATM 2025 29
afetando o segmento proximal dilatado do cólon e • Também pensar em distúrbios que interferem na
pode se estender até o ID. inervação intestinal ou do músculo liso.
• Tratamento é a ressecção cirúrgica do segmento o Neuropatia diabética, parkinsonismo, distrofia
agangliônico e reconstrução do trânsito intestinal. miotônica, esclerodermia, amiloisose e
hipotireoidismo.
Atenção!
• Megacólon no adulto* → Desconfiar de Chagas. O
agente irá destruir as células ganglionares do
hospedeiro. Pode afetar o intestino
Megacólon Adquirido
• Está associado à constipação crônica
• Uso crônico de laxantes antracênicos -
Pseudomelanosi coliantracênica
o Célula epitelial entra em um envelhecimento
precoce e acumula pigmentos escuros
(lipofucina)
o Cólon dilatado com estas manchas Malformações Anorretais
o Esta parede vai ficar atônica • Agesia anorretal – A estrutura não se forma
• Atresia anorretal – Sem luz
• Estenose anorretal – muito estreito
• Ânus imperfurado (estenose)
• Fístulas entre malformações e a bexiga, uretra,
vagina ou pele
Colite Pseudomembranosa
• Expressão genérica que designa uma doença
inflamatória do cólon
• Formação de placas exsudativas superpostas a uma
mucosa congestionada e edemaciada
Manifestações Clínicas
• Diarreia
• Há febre, leucocitose e cólicas abdominais
sobrepostas as diarreias
• Os recém-nascidos saudáveis são colonizados pelo
C. difficile, mas a taxa e isolamento diminui com o
passar dos anos.
• Pode ser infecciosa ou não.
• Há a interferência do transito fecal e crescimento de
bactérias
• Manifestações Clínicas
o Assintomático, mas poucos podem se queixar
de dor abdominal tipo cólica episódica.
Processos Patológicos 2 – Pedro Nazario ATM 2025 32
Não epiteliais
• Lipomas, fibromas, hemangiomas
o Pancolite ulcerativa → Anorretal até a válvula o 70% tem ataques intermitentes com remissão
íleo-cecal parcial ou completa
o É um processo inflamatório limitado ao Cólon o 10% tem remissão longa
o Doença da mucosa* o 20% com sintomas contínuos, sem remissão
• Macroscopicamente o Colite Leve
o Colite incipiente →Mucosa desnuda, vermelha ▪ Metade. Hemorragia retal e tenesmo
e granular com exsudato amarelo e sangra o Colite Moderada
facilmente quando tocada. ▪ 40%. Episódios recorrentes de fezes de
▪ Surgem erosões e úlceras superficiais consistência amolecida com sangue
que se juntam e formam áreas ▪ Cólica, febre baixa.
ulceradas, irregulares e com áreas ▪ Anemia moderada
normais ao redor. o Colite Grave
▪ Congestão da mucosa, edema e ▪ 10%.. Muita perda de sangue. Há sinais
hemorragia com infiltrado inflamatório sistêmicos como febre
crônico difuso na lâmina própria. ▪ Anemia, desidratação e depleção
▪ Abscessos na cripta cm neutrófilos* eletrolítica.
o Colite Progressiva → A medida que a doença ▪ Megacólon Tóxico → Dilatação extrema
progride há perda das pregas da mucosa do cólon. Alta risco de perfuração
(atrofia), coalescência dos abscessos cripticos ▪ Colite fulminante* → Emergência.
▪ Desnutrição tecidual com tecido de Imediata. 15% morre
granulação vascularizado em áreas o Manifestações Extra-Intestinais
desnudas. ▪ Artrite em 25% dos casos
o Colite Avançada → Casos prolongados. IG ▪ Uveítes, lesões cutâneas
encurtado, principalmente do lado esquerdo ▪ Hepatopatias e Tromboses venosas
▪ Pregas indistintas e mucosa lisa profundos nos MMII
▪ Atrofia da mucosa e infiltrado • Diagnóstico
inflamatório crônico na mucosa e o Diferencial: Shigella, Salmonella, Campylobacter
submucosa e colite amebiana. Colite associada a ATB,
▪ Hiperplasia e metaplasia de células de Crohn
Paneth o 10% não se sabe se é Crohn ou colite. Fica
como colite indeterminada.
• Colite Ulcerativa e Câncer Colorretal
o Crônicos apresentam maior risco de
desenvolver.
o Há uma intensa displasia epitelial – Pode-se
fazer uma proctolectomia.
• Clínica
o Clínica vai ser de acordo com a progressão da
doença
Processos Patológicos 2 – Pedro Nazario ATM 2025 37
Fígado
Embriologia
• Classificação de Toldani
• Origem no intestino anterior – Broto endodérmico o Tipos nas doenças de Caroli
• Divertículo hepático → Células endodérmicas e • É uma doença de cunho genético, diagnosticada
mesenquimais em proliferação, dão origem ao antes dos 10 anos.
fígado, vesícula biliar e ductos. • Pode vim acompanhada de fibrose hepática
congênita ou policistos renais
• Há possibilidade de extravasamento de bile para os
tecidos e ela é muito tóxica levando a inflamação e
fibrose → Hipertensão portal, esplenomegalia e
ascite
Anatomia
• Maior órgão visceral do corpo e pesa 1,5kg
• Lobo direito e esquerda com junção a vesícula biliar
• Veia umbilical leva sangue oxigenado e promove o • Possui duplo suprimento sanguíneo: A. Hepática e
desenvolvimento. No período fetal tem como função ramo do tronco celíaco. Há a veia porta – que leva
a hematopoiese. sangue ao fígado para metabolizar. A drenagem é
• A partir da 13° semana vai produzir bile feita pelas veias hepáticas e após, Cava inferior.
• Líquido amniótico esverdeado → Muita bilirrubina → • Linfáticos hepáticos drenam principalmente para os
Sofrimento fetal* - o bebê vai evacuar e impregnar linfonodos da Porta hepática e tronco celíaco.
a placenta com mecônio • Lóbulo → Unidade básica do fígado. Hexágono
Anomalias Congênitas
• Pequenas variações das lobulações são comuns
• Anomalias congênitas são raras.
• Variações dos ductos hepáticos, biliar, ducto cístico,
mas não trazem prejuízos grandes.
• Ácino de Rapapport → do espaço porta até a vênula • Heme → Biliverdina → Bilirrubina → Fígado → ID
– zona 1, 2, 3. Vai avaliar o grau de oxigenação dos → Urobilinogênio (bactérias) → Estercobilina ou
hepatócitos (oxigenação vai diminuindo) – Biópsia Urobilirrubina
percutânea (10 espaços porta) • Bilirrubina nos fagócitos ou liberada na circulação se
o Espaço de Moll → tecido conjuntivo que liga à albumina (bilirrubina indireta) para ser levada ao
compõe a tríade portal. fígado
• Células de Kupffer → Macrófagos residentes do • Bilirrubina livre é tóxica para cérebro de recém-
fígado. Faz a hematocarese na vida fetal nascidos e provoca lesões irreversíveis –
• Células Estreladas → ITO. Vai armazenar vitamina A. Encefalopatia Bilirrubínica
Fibroblasto do fígado* • Bilirrubina direta → livre
• Espaço de Disse → Entre o cordão de hepatócitos • Bilirrubina Indireta→ ligada a albumina
e os vasos sinusoides. Aqui onde ficam as células de • Hiperbilirrubinemia → Bilirrubina no sangue >1,0
Ito, reticular, Kupffer. Há microvilosidades em contato mg/dL
com o sinusoide. • Icterícia – Acima de 2,0mg/dL
• Etapas da Bilirrubina
Caminho da Bile
o Captação – Receptor da MP sinusoidal do
• A bile flui em direção oposta ao sangue, em direção
hepatócito
pra fora, vesícula biliar. Os canalículos vão se contrair
o Ligação – Prot. Do citosol no hepatócito
para criar um fluxo.
o Conjugação – No RE – conjugação ao ácido
• Canalículos biliares → Ductos biliares (Canais de
glicurônico
Hering) → Ramo do ducto biliar intra-hepático →
o Excreção – Borda lateral, ao canalículo biliar
Ductos hepáticos direito e esquerdo
• Epitélio dos canalículos e ductos é cúbico simples Doenças envolvendo a Bile
• Secretam bicarbonato sob estímulo da secretina
Envolvendo a Fagocitose
Hepatócito • Eritroblastose fetal → incompatibilidade sanguínea
• 60%da população celular do fígado do fator rH entre a mãe e o feto. Anticorpos contra
• Superfície sinusoidal com microvilosidades finas as hemácias do feto e lise. E aumento da bilirrubina.
(Disse) • Anemias hemolíticas
• Superfície lateral intercelular com junções • Hiperbilirrubinemia ligada a albumina – indireta
comunicantes
• Superfície canalicular Envolvendo a Captação
• Funções: • Lesão do hepatócito → Hepatites, medicamentos
o Metabólicas – Homeostasia da glicose podem interferir nos receptores
(glicogenólise e gliconegênese) • Recém nascidos prematuros podem ter o fígado
o Síntese – 90% das proteínas séricas. não maduro
Albumina e fatores de coagulação, sistema • Hiperbilirrubinemia ligada a albumina – indireta
complementoe aminoácidos não-essenciais
o Armazenamento – glicogênio, triglicerídeos, Ligação
ferro, vitaminas • Recém nascidos prematuros
o Catabólica – Endocita e degrada hormônios • Síndrome de Gilbert → Genética com falhas na
das glândulas endócrinas. Proteínas sérias são enzima que faz a conjugação da bilirrubina
catabolizadas, além de drogas. Faz a • Síndrome de Crigler-Najar → Genética com falha na
detoxicação de compostos estranhos. conjugação da bilirrubina
o Excretora – Bile. • Hiperbilirrubinemia ligada a albumina
Metabolismo da Bilirrubina Transporte
• 85% da bilirrubina provêm dos eritrócitos
• Hepatites, alcoolismo crônico, drogas
senescentes – degradação do grupo Heme.
• Síndrome de Dubin-Jhonson
• Síndrome de Rotor
Processos Patológicos 2 – Pedro Nazario ATM 2025 39
Excreção Hepatites
• Lesão do hepatócito Hepatite Infecciosa
• Drogas e toxinas
• Infecção dos hepatócitos que provoca necrose e
• Obstrução biliar extra-hepática – colestase inflamação
Colestase • Principais agentes infecciosos de Hepatite
o Hepatite A, B, C, E
• Parada do fluxo biliar por alguma obstrução nos
o Vírus Febre amarela
ductos
o Vírus Epstein-Barr
• Canalículos Biliares
o Vírus da Rubéola e Herpes simples
o Lesão do hepatócito
• Hepatite Aguda
o Drogas
o Maioria apresenta hepatite autolimitada
• Ducto Biliar
• Hepatite Fulminante
o Drogas
o Mais frequência pelo HAV
• Ducto biliar do espaço porta
o Caracterizada por necrose hepatocelular
o Cirrose biliar primária
maciça, insuficiência e alta mortalidade
o Atresia biliar intra-hepática
• Hepatite Crônica
• Ductos biliares interlobulares
o Presença de necrose e inflamação do fígado
o Colangite esclerosante
por mais de 6 meses
o Colangiocarcinoma
o 5-10% com Hepatite B
o A hepatite crônica pode gerar cirrose e dar
início ao carcinoma hepatocelular.
Hepatite Tóxica
• Álcool, tetraciclinas → Toxicidade direta e indireta.
Causa necrose e esteatose hepatocelular
• Esteróides → Colestático. Colestase
hepatocanalicular
• Fentoína, Clorpramazina e Eritromicina →
Hiprsensibilidade. Necrose hepatocelular e
hepatocanalicular, colestase
Hepatopatia Alcóolica
• Álcool e cirrose em 15%
Metabolismo do Etanol
• É rapidamente absorvido pelo estômago e se
distribui pela água corporal. Quase todo o etanol é
metabolizado no fígado em Acetoaldeído e acetato.
• A álcool-dsidrogenase citosólica vai oxidar este etanol
• Uma via menor vai metabolizar ele no REL.
• A Colestase pode provocar anormalidades • A 20-100mM de álcool, o sistema se satura
morfológicas secundárias e os hepatócitos • Alcoólatras crônicos metabolizam mais rápido, desde
necróticos mostram o efeito tóxico da bile que não tenham desenvolvido hepatopatia.
• A clínica é de acordo com a progressão da doença.
Processos Patológicos 2 – Pedro Nazario ATM 2025 40
• Hepatite Alcoólica
o É uma lesão necrotizante aguda,
caracterizada pela necrose dos hepatócitos na
zona central, resposta inflamatória neutrofílica
e fibrose perivenular.
o Hepatócitos ficam tumefados e alguns em
necrose com picnose e cariorrex. Outras
possuem corpúsculos de Mallory • Síndrome Hepatorrenal (SHR)
o Normalmente se sobrepõe a uma esteatose o Insuficiência renal em pacientes com
pré-existente insuficiência hepática terminal e sem doença
o Clínica: Mal-estar, febre, dor abdominal no renal associada
QSD e icterícia. o Pode estar relacionada às alterações
• Cirrose hemodinâmicas subjacentes da cirrose
o 15% dos alcoólatras. o Vasodilatação esplâncnica e sistêmica,
o Há necrose hepatoceluar e acentuada fibrose diminuição da resistência vascular periférica e
levanto a regeneração e formação de septos aumento do débito cardíaco
fibrosos que circundam os nódulos
hepatocelulares. Doenças Metabólicas Hepáticas
Doença de Wilson
• Degeneração hepatolenticular
• Distúrbio da excreção hepatobiliar do cobre com
acúmulo progressivo desse metal no fígado, olhos e
outros órgãos
• Segunda década. Pode levar a hepatite aguda ou
crônica com colestase ou cirrose com deposição de
cobre (acima de 250up/g)
• Presença de anais de Kaiser-Fleishcer – cobre na
o Sintomas: Icterícia, alopecia, ascite, edema, córnea
ginecomastia, deficiência de fatores da
coagulação, atrofia cerebral.
Processos Patológicos 2 – Pedro Nazario ATM 2025 41
Malignas
• Carcinoma hepatocelular
• É uma doença progressiva e pode atingir o cérebro o Proliferação de hepatócitos malignos
o Ocorre em adultos com cirrose e em crianças
Hemocromatose sem cirrose
• Acúmulo de ferro no fígado, coração, pâncreas e o Infecção persistente de HBV e HCV e
outros órgãos. hemocromatose → Fatores de risco
• Afeta mais homens, genética. o Macroscopia:
▪ Nódulo único ou vários irregulares e
Doença do Armazenamento macios.
• Depósito lisossomal ▪ Amarelo-esverdeados (produção
• Afetam mais crianças e causam hepatomegalia anômala de bile) em um fígado cirrótico
• Doença de Von Gierke – Armazenamento do ▪ Disseminação intra-hepática
glicogênio (parenquimatosa e intravascular)
• Doença Esfingolipidoses o Microscopicamente
o Doença de Niemann-Pick ▪ Desde trabéculas e acinar de hepatócitos
o Doença de Tay-Sachs bem diferenciados
o Doença de Gaucher o Ascite rápida e o líquido pode ser
sanguinolento
• Há o acúmulo de substâncias por alterações
o A-fetoproteína aumenta notavelmente (400-
genéticas. O glicogênio se acumula mais nos
4000ng/ml)
hepatócitos, enquanto outras substâncias são
englobadas por células monocitárias.
• Galactosemia* → Acúmulo de galactose por falta da
transferase. Gera má nutrição nos bebês. →
Degeneração gordurosa com cirrose e hipertensão
portal.
Neoplasias Hepáticas
Benignas
• Hemangiomas
Heterogênio (fibrose e hemorragia) e irregular
o Não é bem delimitado. Altamente
vascularizado
o Nunca fazer biópsia → Sangramento
• Adenomas
o Originado no hepatócito
o Nódulo bem delimitado, único, grande e com
sintomas de compressão.
o Hepatócitos bem indiferenciados, sem atipia.
• Metástases
Processos Patológicos 2 – Pedro Nazario ATM 2025 42
Pâncreas
Anatomia • Os ácinos consistem em células piramidais, cujo
• Glândula mista exócrina-endócrina citoplasma é basofílico e é preenchida com grânulos
acidófilos de zimogênio
• Se estende transversalmente no abdômen superior
entre a alça do duodeno e o hilo do baço • As células acinares sintetizam pró-enzimas digestivas
e são secretadas para o duodeno após o estímulo
• É um órgão retroperitoneal e mede 15 cm
neural ou hormonal
Pâncreas Endócrino
• Consiste em células organizadas em Ilhotas e
distribuídas pelo órgão – 2%
• Pâncreas Dividido
• As ilhotas contêm vários tipos de células e cada uma
o Falhas na fusão dos rudimentos do pâncreas
sintetiza um ou mais hormônios
resulta na patologia. Essa alteração leva a
• A principal desordem endócrina do pâncreas é a DM
formação de duas glândulas, cada uma com
Células das Ilhotas seu ducto drenando para o duodeno
• A → Glucagon Fibrose Cística
• B → Insulina
• D → Somatostatina (Regula liberação hormonal de • Doença autossômica hereditária, em crianças,
outras células da ilhota) comprometendo todos os tecidos secretores de
muco e glândulas sudoríparas
• PP → Polipeptídeo pancreático (Diminui o apetite e
aumenta a secreção de HCl) • Há um transporte defeituoso de íons cloreto através
das MPs de células epiteliais
• E → Grelina (Estimula o apetite por ação no
hipotálamo) • A falta de secreção está associada à secreção
prejudicada de sódio e água.
Anomalias Congênitas • As secreções intraductais são muito viscosas,
• Pâncreas Aberrante (Ectópico) contribuindo para a Mucoviscidose.
o Mais comumente na parede do duodeno, • Pode ocorrer a formação de tampões de muco que
estômago ou jejuno obstruem os ductos pancreáticos levando à
o Nódulos pancreáticos localizam-se abaixo da pancreatite crônico e complicações
mucosa, na túnica muscular e o tecido • Má absorção é um achado característico nas
contém todos os componentes normais crianças com FC – fezes são volumosas e
o Principal causa é o brotamento pancreático gordurosas (esteatorreia) e não se desenvolvem.
penetrando na parede intestinal • A morte geralmente ocorre das complicações
pulmonares
• 15% desenvolve Adenoma ductal do pâncreas o Cálculos biliares podem provocar a obstrução
• Causa uma autodigestão e pancreatite do ducto pancreático e há uma associação
entre colelitíase e a pancreatite hemorrágica
Pancreatite Aguda o Além disso, a ingestão excessiva de álcool e
• Condição inflamatória do pâncreas exócrino que vai certos tipos de lesões tóxicas produzem PA,
resultar em lesão de células acinares por bloquear a secreção de grânulos de
• É quase instantâneo, o início, a agonia acompanha o zimogênio por células acinares → Macrófagos
processo e a mortalidade é alta. vêm e fagocitam → As hidrolases
lisossômicas ativas as proteases →
Pancreatite intersticial ou edematosa autodigestão
• É uma forma mais leve e reversível o O corpo possui algumas enzimas inativadoras
• Há a presença de leucócitos polimorfonucleares e de proteases, mas isso não é o suficiente para
edema do tecido conjuntivo entre os lóbulos parar o processo
acinares o O etanol provoca espasmos ou edema agudo
• Não há necrose do esfíncter de Oddi, após a ingestão
excessiva. Além disso, aumenta a secreção do
Pancreatite hemorrágica ou aguda ID, que por sua vez, aciona o pâncreas
• É uma condição da meia-idade com pico entre os
exócrino a liberar mais suco pancreático →
60 anos
Obstrução + secreção aumentada = PA
• Associada ao alcoolismo ou doença biliar crônica o Além destas, contusões no abdômen superior
• Surge de forma abrupta, após uma refeição pesada podem provocar o vazamento de enzimas
ou ingestão excessiva de álcool digestivas.
• Patogenia:
o Há lesão das células acinares e obstrução do
ducto.
o Isto permite o vazamento extracelular
impróprio de enzimas digestivas ativadas e a
consequente autodigestão de tecidos
pancreáticos
o Não se sabe os mecanismos de início da PA
• Patologia
o O pâncreas estará edematoso e hiperêmico
o Surgem focos acinzentados e pálidos –
Friáveis e hemorrágicos
Pancreatite Crônica
• Destruição progressiva do pâncreas, com fibrose
irregular e inflamação crônico
o Intensa saponificação e necrose em pingo de • Patogenia
vela – Ca2+ sanguíneo pode estar diminuído o Abuso de álcool é a principal causa de PC –
por tentar alcalinizar as proteases. 2/3 dos casos
o Alterações Celulares: Necrose de células o No 1/3 não se sabe a causa
acinares, intensa reação inflamatória aguda e o Há a formação de tampões protéicos nos
focos de células gordurosas necróticas. ductos que servem como nicho para cálculos
• Manifestações Clínicas o Estes cálculos vão obstruindo
o Dor epigástrica intensa que irradia para a parte progressivamente e levando PC
superior das costas o Álcool é um secretagogo - hipersecreção de
o Náuseas e vômitos (Grey-Turner e de Culen) proteínas por células acinares, sem liberação
de líquido
• Patologia
o Quando se manifesta, já está em um estado
avançado.
Processos Patológicos 2 – Pedro Nazario ATM 2025 46
o A pancreatite calcificante crônica é o tipo mais • Os cistoadenomas são tumores císticos uni ou
comum de alteração e está associada ao multiloculados e devem ser diferenciados dos cistos
alcoolismo crônico. congênitos e adquiridos
• Macroscopicamente • Mulheres entre 50-70 anos
o Pâncreas é firme e não possui aspecto lobular
o Ducto pancreático está dilatado por tampões,
cálculos ou estreitamentos
• Microscopicamente
o Extensas áreas irregulares de fibrose, os
elementos exócrinos e endócrinos estão
reduzidos em número e tamanho
o Há fibroblastos ativos e inflamação crônica ao
redor
• Manifestações clínicas • Podem ser
o 1/3 apresenta dor gradual, contínua ou o Serosos
intermitente com episódios agudos o Mucinosos
o Aparecimento de DM ou má absorção
o Calcificações podem ser vistas
radiologicamente
o Há perda de peso evidente, dor epigástrica
inexorável irradiando-se para as costas
Neoplasias Pancreáticas
Cistoadenoma Pancreático
• Tumor benigno do pâncreas são raros
Carcinoma de células acinares
• Lesões císticas podem ser precursoras ou uma
neoplasia infiltrativa • Adultos entre 50-80 anos
• Displasia do epitélio é categorizada em Nipan (1A, 1B, • Maioria consiste de células bem diferenciadas
2, 4, Carcinoma invasivo) contendo grânulos de zimogênio e produzem
enzimas exócrinas, principalmente tripsna e lipase
• Alguns desenvolvem uma síndrome que consiste
em necrose gordurosa nos tecidos subcutâneos e
na MO com poliartralgia
Carcinoma pancreático
• 4° causa mais comum de morte por CA em homens
e a 5° em mulheres
• O adenocarcinoma ductal contribui com 90% de
todos os CAs pancreáticos
• Letalidade beirando os 100%. É um tumor raro.
• Etiologia: Desconhecida
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