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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
NUTRIÇÃO ESPORTIVA

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
NUTRIÇÃO ESPORTIVA

MÓDULO III

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO III

6 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL

Circunferências

As medidas da circunferência devem ser tomadas no lado direito do corpo,


da seguinte forma:

 Abdome: cerca de 2 cm acima do umbigo;


 Nádegas: na região de maior protuberância com os calcanhares
unidos;
 Coxa: na parte superior da coxa;
 Braço: com o braço estendido, elevado e disposto lateralmente ao
corpo (deve-se medir no ponto médio entre o ombro e o cotovelo);
 Antebraço: na maior circunferência com o braço estendido e elevado
lateralmente ao corpo;
 Panturrilha: na circunferência máxima na região entre o tornozelo e o
joelho.

Dobras cutâneas

 Dobra Cutânea Abdominal – Dobra longitudinal, localizada ao lado da


cicatriz umbilical (em uma distância de 3 cm).

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FIGURA 20

FONTE: Disponível em: <www.antropometriadocorpo.blogspot.com>. Acesso em: 25 març.2013.

 Dobra Cutânea Axilar Média: dobra oblíqua, sendo tomada na


orientação dos espaços intercostais localizados na intersecção da linha axilar.

FIGURA 21

FONTE: Disponível em: <www.antropometriadocorpo.blogspot.com>. Acesso em: 25


març.2013.

 Dobra Cutânea Bicipital – Localiza-se na distância de inserção entre


a borda anterossuperior do processo acromial escapular e a fossa cubial anterior,
realizada no sentido longitudinal, que deve acompanhar a distribuição vertical das
fibras musculares do bíceps braquial.

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FIGURA 22

FONTE: Disponível em: <www.antropometriadocorpo.blogspot.com>. Acesso em: 25


març.2013.
 Dobra Cutânea da Coxa: dobra vertical situada na linha média da
coxa, a dois terços da distância entre a patela e o quadril.

FIGURA 23

Fonte: www.antropometriadocorpo.blogspot.com>. Acesso em: 25 març.2013.

 Dobra Cutânea da Panturrilha – dobra longitudinal, localizada ao


redor do maior volume muscular (protusão) da perna, tomada com o indivíduo
sentado com os quadris e os joelhos em ângulo de 90°.

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FIGURA 24

FONTE: Disponível em: <www.antropometriadocorpo.blogspot.com>. Acesso em: 25


març.2013.

 Dobra Cutânea Peitoral: dobra diagonal localizada na metade da


distância entre a linha axilar anterior e o mamilo para os homens e a um terço da
distância entre a linha axilar anterior e o mamilo para as mulheres.

FIGURA 25

FONTE: Disponível em: <www.antropometriadocorpo.blogspot.com>. Acesso em: 25


març.2013.

 Dobra Cutânea Subescápula: dobra no sentido oblíquo, medida


exatamente abaixo da extremidade inferior da escápula.

FIGURA 26

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FONTE: Disponível em: <www.antropometriadocorpo.blogspot.com>. Acesso em: 25
març.2013.

 Dobra Cutânea Suprailíaca: dobra oblíqua, tomada diretamente acima


do osso do quadril.

FIGURA 27

FONTE: Disponível em: <www.antropometriadocorpo.blogspot.com>. Acesso em: 25


març.2013.

 Dobra Cutânea Tricipital: dobra vertical tomada na linha média da


parte superior do braço, no ponto médio entre a ponta do ombro e a ponta do
cotovelo.

FIGURA 28

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FONTE: Disponível em: <www.antropometriadocorpo.blogspot.com>. Acesso em: 25
març.2013.

Seguem abaixo equações generalizadas que comportam uma ampla


aplicação na população, considerando idade, sexo e espessura das dobras
cutâneas.

a) Equação de Jackson, Pollock e Ward (JPW) para mulheres:

Dc = 1,0994921 - 0,0009929 . (X1) + 0,0000023 . (X1)2 - 0,0001392 . (X2)

Onde:
Dc = densidade corporal em g/cm3
X1 = soma das dobras cutâneas tricipital, suprailíaca e do terço médio da coxa (mm)
X2 = idade em anos

b) Equação de Jackson e Pollock (JP) para homens

Dc = 1,10938 - 0,0008267 . (X1) + 0,0000016 . (X1)2 - 0,0002574 . (X2)

Onde:
X1 = somas as dobras cutâneas peitoral, abdominal e do terço medio da coxa (mm)
X2 = idade em anos

Estas equações são convertidas em percentual de gordura corporal por meio


da equação de Siri.

Equação de Siri (1961)

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% de Gordura Corporal = 495 / Dc - 450

Equação de Falkner

% Gordura = (S4PC x 0,153) + 5,783

Onde: S4PC = somas das quatro pregas - Tríceps, Subescapular,


Suprailíaca e Abdominal.

Segundo as RDA (1968), a composição corporal desejável para esporte,


saúde e aptidão é encontrada na tabela abaixo:

TABELA 9 – Composição Corporal


Classificação Homens Mulheres
Gordura Essencial 1 a 5% 3 a 8%
Maioria dos Atletas 5 a 13% 12 a 22%
Saúde ótima 10 a 25% 18 a 30%
Aptidão ótima 12 a 18% 16 a 25%
Obesidade limítrofe 22 a 27% 30 a 34%
FONTE: RDA, 1968.

Outros métodos de avaliação

 Somatotipo

Refere-se ao tipo corporal ou a classificação física do corpo. Todos nós


possuímos certo grau de todos os componentes corporais típicos. Os termos
endomorfo, mesomorfo e ectomorfo descrevem uma pessoa em relação ao seu
somatotipo.

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- Endomorfia: caracterizado pela predominância do abdômen em relação ao
tórax, ombros altos e quadrados e pescoço curto, sendo o componente “gorduroso"
do corpo.

- Mesomorfia: carcterizado por um corpo anguloso com musculatura dura e


proeminente. Os ossos são largos e as pernas, o tronco e os braços costumam ser
Musculosos. Vários atletas possuem predominância deste componente;

- Ectomorfia: é caracterizado pela fragilidade e linearidade do corpo, sendo


este o componente de magreza, cujos ossos são pequenos e a musculatura fina,
não existindo proeminência muscular em nenhum ponto.

Em atletas e pessoas ativas, existe uma tendência a possuir componentes


mesomórfico e ectomórfico mais altos que os indivíduos sedentários.

 BIA (Bioimpedância) – Trata-se de um instrumento que mede a


resistência corporal total para uma corrente fraca que passa pelo do corpo;

 Avaliação da Gordura por Tomografia Computadorizada (TC) – É uma


técnica de mapeamento que fornece imagens em corte transversal para qualquer
parte do corpo;

 Avaliação Ultrassônica da Gordura - Um medidor ultrassônico portátil


que mede a distância entre a pele e a camada de gordura-músculo e a camada de
gordura-músculo e osso.

7 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS E PRESCRIÇÕES DIETÉTICAS NA


ATIVIDADE FÍSICA

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Exercícios de resistência/endurance

Um dos eventos esportivos que mais provocam desgaste muscular,


psicológico e fisiológico, é a maratona. Terminar uma corrida como essa é
desafiador para qualquer atleta, pois implica em uma enorme força de vontade,
treinamento longo e rigoroso, excelente condição física e psicológica e, persistência
ao longo do tempo de treinamento. Para isso, a alimentação também deve ter um
planejamento cauteloso. Algumas dicas nutricionais para diferentes fases do
treinamento são listadas abaixo.

Antes do evento

No período pré-evento é aconselhado o armazenamento de energia


muscular. Cerca de três dias anteriores ao jogo, sugere-se que se aumente o
consumo de carboidratos, como arroz, pães, batata, massas, etc.

Deve-se evitar o consumo de grãos, gordura e fibras (legumes, verdura,


frutas) que possam causar uma má digestão. Assim, se forem consumir pães ou
massas, devem ser isentos de molhos e recheios gordurosos.
É também aconselhável que se consuma em pequenas quantidades,
alimentos ricos em proteínas (carnes, ovos, frango, queijos, etc.), pois a maior fonte
energética deverá vir dos carboidratos.
A dieta deve ser fracionada em, no mínimo, cinco refeições ao dia,
impedindo o enchimento excessivo do estômago, e elevando a quantidade de
energia.

No dia do evento

No café da manhã deve-se evitar o consumo de alimentos gordurosos e


fibras, a fim de prevenir desconforto gastrointestinal durante a prova, o que pode

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reduzir o desempenho. Alimentos com os quais não está acostumado comer
também devem ser evitados, além das cascas e bagaços de frutas. A base da dieta
deverá ser carboidratos, como pães, bolos simples, sucos de frutas, etc.

Durante o evento

Aconselha-se a ingestão de água no decorrer da 1ª hora, pois neste


momento a hidratação é o mais importante. Se a temperatura no dia for elevada,
podem-se ingerir também bebidas esportivas. Nas horas posteriores sugere-se a
ingestão de carboidratos, que poderão estar presentes na forma de bebidas
esportivas ou géis, a cada 30 a 40 minutos, conforme disponibilidade da prova.

Recuperação nutricional

Treinamentos e competições de longa duração, como: ciclismo, corrida,


triátlon e travessias, necessitam de cuidados específicos quando se refere à
nutrição, o que pode acarretar a chave para o sucesso do esportista.
Quando há exigências prolongadas, os estoques de glicogênio nos músculos
se encontram em permanente queda podendo reduzir o desempenho e até mesmo
gerar fadiga, principalmente se não houver uma reposição eficaz e rápida.
Sendo assim, depois de 1 hora de exercício, é essencial que aconteça uma
reposição de carboidratos. De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de
Medicina do Esporte (2003), a proporção ideal para a reposição de carboidratos
deve estar entre 30 e 60 gramas por hora, podendo ocorrer por meio de
suplementos ou de alimentação, porém esses devem ser de simples digestão, de
caráter esportivo e de modo que não interrompa a prática e nem atrapalhe o
treinamento ou a competição.

A opção da reposição ideal altera de acordo com o tipo de atividade


praticada. Por exemplo: os ciclistas podem guardar géis de carboidratos, banana,
biscoitos, barras energéticas, entre outros na bicicleta ou na parte de trás da camisa.
Além disso, em treinos prolongados, a garrafinha deverá estar cheia com bebidas
específicas para esporte. Já na corrida, a melhor forma de reposição de carboidratos

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é o gel, que deve, de preferência, ser consumido junto com água ou bebidas
esportivas. Enquanto na natação, pode-se deixar junto à piscina para que seja
consumido durante a competição, repositores como: gel, bebidas esportivas e
alimentos ricos em carboidratos.
A hidratação também é um cuidado que se deve tomar em treinos
prolongados. A sudorese é a forma que o organismo encontra para eliminar o calor
corpóreo, evitando assim, a alta elevação da temperatura, o que lesaria o
desempenho físico. No entanto, junto ao suor, são eliminados alguns eletrólitos de
grande importância, como: potássio, cloreto e sódio.

Sendo assim, por conterem eletrólitos e nutrientes específicos e além de


ajudarem na regulação da temperatura corpórea, as bebidas esportivas são de valia
na hidratação.

A reposição apropriada de água durante a atividade deve ser realizada a


partir dos 15 primeiros minutos, em uma média de 150 e 200 ml a cada 15 a 20
minutos. Depois de 1 hora de exercício físico e em dias muito quentes, eletrólitos
devem ser ingeridos junto à água.

7.1 NUTRIÇÃO NO ATLETISMO

O atletismo é desafiador ao indivíduo e existe desde os primórdios. É um


esporte de base, ou seja, sua prática reproduz os movimentos fundamentais do
indivíduo nas seguintes particularidades: andar, correr, pular e arremessar. Nos dias
atuais, o atletismo é desmembrado em algumas modalidades, são elas: provas de
campo e pista, cross-country, marcha atlética e corridas na rua.

A mais antiga competição foi em 776 a.C., porém é certo que vários séculos
antes já se iniciaram as práticas de pista e campo. O indivíduo, desde as antigas
civilizações, já se interessava por competições, pois assim poderia medir sua

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rapidez, força e habilidade. As atividades destinadas a melhorar ou conservar a
saúde corpórea procediam da própria batalha pela sobrevivência.
Forçados desde cedo a encarar diversos obstáculos da natureza e,
posteriormente, os seus semelhantes, o indivíduo aprimorou seus instintos de correr,
pular e arremessar. Com as batalhas, criaram-se os esquadrões. O uso de madeiras
e pedras, como armas, foram substituídos por dardos, lanças e espadas. Mais tarde,
as olimpíadas auxiliaram na popularização e na universalização do atletismo.
A quantidade de energia que um atleta carece é diretamente proporcional ao
tipo de exercício, tempo de duração e intensidade do treino. Também há influência
de fatores como: sexo, idade, massa corporal, metabolismo e altura. Uma dieta deve
fornecer, diariamente, ao atleta cerca de 30 a 50 kcal/kg/dia para equilibrar o alto
consumo de energia e repor os estoques de glicogênios no músculo.

Quanto mais intensa e duradoura a competição ou atividade mais os


carboidratos irão participar, mesmo que a gordura seja usada o tempo todo no
exercício e a proteína ajude a manter a glicose no sangue. Atividades de grandes
intensidades, com duração de 1 hora, conseguem diminuir a quantidade de
glicogênio no fígado em até 55%. Sendo assim, a etapa mais favorável para
sintetizar glicogênio, são as primeiras horas após atividades intensas. Nessa etapa,
uma dieta rica em carboidratos repõe de forma eficaz os estoques de glicogênio no
músculo e no fígado.
Segundo a Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (2003),
para atividades longas, os atletas devem ingerir em média de 7 a 8g de
carboidratos/kg de peso, ou aproximadamente 30 a 60g para cada hora de prática
de exercícios, evitando a hipoglicemia, depleção de glicogênio e retardando a fadiga.
Com o reparo de lesões nas fibras musculares induzidas pela atividade, as
proteínas se tornam ainda mais necessárias. O mais indicado aos atletas é um
consumo de 1,2 a 1,8g de proteína/kg/dia. E, os lipídeos não devem ultrapassar um
consumo de 30% do valor total de energia na dieta.

É indicado que o atleta nunca pratique atividades físicas em jejum ou sem


ingerir nada em um intervalo de 4 horas antes do treino.

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O estresse na atividade aumenta devido a desidratação, pois há uma
elevação de temperatura corpórea, prejudicando a performance e as respostas
fisiológicas, além de produzir riscos à saúde. Por isso, a hidratação deve ser
realizada aos poucos e ao longo de todo o dia e, as bebidas esportivas são
recomendadas no decorrer e depois dos treinos para que haja uma reposição
adequada de sais minerais e líquidos. Com o consumo de líquidos de baixas calorias
e uma concentração entre 6 a 8% de carboidratos, o esvaziamento gástrico torna-se
mais fácil. Indica-se ao atleta beber de 250 a 500 ml de água 2 horas antes da
atividade. E, no decorrer da atividade, iniciar o consumo após os 15 minutos da
prática da atividade e continuar a cada 15 a 20 minutos.

7.2 ALIMENTAÇÃO NA NATAÇÃO

Durante o treinamento de natação, a principal fonte de energia muscular são


os carboidratos. Para que atenda a todas as necessidades, todos os nutrientes
devem estar incluídos na dieta, porém os carboidratos devem estar presentes em
uma média de 60% das calorias do dia.

Antes do treinamento

As refeições feitas em um intervalo de 3 a 4 horas antecedendo o treino


carecem um equilíbrio e a composição de uma variedade de nutrientes. O ideal é a
presença de alimentos ricos em vitaminas e minerais (frutas e verduras),
carboidratos (batata, arroz, massa, etc.), proteínas (ovos, carnes), mas se esse
intervalo de tempo for menor, deve-se evitar a ingestão de gordura e priorizar o
consumo de carboidratos.

Durante o treino

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Para os esportistas aquáticos, a sede pode ser menos perceptível. Contudo,
se não houver uma constante reposição de água terá um bom risco de desidratação.
Grande parte dos atletas só consomem os líquidos quando sentem sede, mas o
aconselhável é aumentar a frequência dessa ingestão e, a melhor forma seria deixar
uma garrafa de água próxima à piscina. Para a hidratação de um nadador acontecer
de forma mais rápida, são recomendadas as bebidas esportivas.

Após o treino

O indicado é o consumo de carboidratos nos 30 minutos após o treinamento,


complementando este consumo 2 horas após. O consumo de carboidratos pode ser
feito junto a outros alimentos que são ricos em proteínas, vitaminas e minerais caso
coincida com o horário do almoço ou jantar. Para haver uma hidratação adequada, é
necessário pesar os atletas anterior e posteriormente ao treino, recomenda-se, no
mínimo, 680 ml de líquido (equivalente a 3 copos) para cada 0,5kg perdido.

Exercícios de força

Nos últimos anos, aumentaram a procura de atividades físicas específicas


devido à procura de um corpo perfeito. Independente de qual meta pretende atingir,
é de fundamental importância que a alimentação do esportista seja balanceada.
Para que os resultados estéticos e de força sejam bons, em treinos de
resistência, os esportistas, além de ter uma genética favorável, precisam de
treinamentos com implementos de carga e uma supervisão de um profissional
qualificado. A alimentação apropriada tem um importante papel para um resultado
eficaz, cerca de 60%.

O treino de resistência sintetiza a proteína e também a degrada dentro da


fibra muscular que está sendo exercitada. Quando essa síntese supera a
degradação muscular, acontece a hipertrofia.
Na prática do exercício físico, em específico o treino de hipertrofia,
pesquisadores asseguram que é fundamental a ingestão de carboidratos antes do
treinamento para que assim o esportista tenha um grande estoque de glicogênio no

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músculo para iniciar a atividade. O armazenamento de glicogênio nos músculos e no
fígado fornece grande parte da energia durante a atividade. Logo, se houver um
aumento na intensidade da atividade e/ou em sua duração teremos uma redução
das reservas de glicogênio, podendo causar fadiga.
É essencial que as alimentações que antecedem os treinos, sejam ricas em
carboidratos de fácil digestão. Por exemplo: bolachas doces ou salgadas sem
recheio, bolo simples, pães, sucos ou frutas sem cascas e bagaços.
O consumo de carboidratos no decorrer de atividades intermitentes de força
eleva a concentração de glicose no plasma e, também podem apresentar efeitos na
concentração de insulina - importante hormônio na promoção de ajustamentos
decorrentes do treino de força.
Durante o treinamento, a ingestão de carboidratos deve ocorrer,
especialmente, com a função de manter os estoques de glicogênio, porque é nesse
período e nas 2 horas seguintes ao treinamento que o músculo apresenta uma
melhor capacidade de capturar e usar a glicose sanguínea para a produção de
glicogênio.

Levantamento de peso
O levantamento de peso surgiu no século XIX, quando apareceram
federações na Rússia e na França. Houve um crescimento ao longo dos anos. No
Brasil, a federação foi criada em 1980, mas as primeiras competições começaram
em 1910. Nesta modalidade, o que determina a categoria que o atleta se encaixa é o
seu peso. A vitória da competição se dá com quem levanta mais peso e cumpre as
duas etapas: arranco (com um único movimento deve-se colocar o peso acima da
cabeça) e arremesso (pôr o peso nos ombros e depois levantá-lo sobre a cabeça).

Há uma dedicação de 4 a 6 horas de treinamento diário àqueles atletas de


alto nível.
Para aguentar os treinamentos diários e semanais exigidos, os atletas
contam com uma equipe de profissionais qualificados, como: nutricionistas,
psicólogos, médicos, treinadores e fisioterapeutas.
Para levar vantagem sobre o adversário, o atleta de levantamento de peso e
de outros esportes que as categorias se dão pela massa muscular, se limita com o

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gato de energia a fim de se adequar ao peso da categoria inferior. Como estes
atletas utilizam a maioria do tempo para treinarem e competirem, o gasto de energia
impróprio pode causar problemas nutricionais, conflitantes ao bom desempenho e a
saúde. Em consequência a esse comprovado malefício – o déficit de energia -, a
dieta deve fornecer ao esportista energia e todos os nutrientes fundamentais ao
organismo, em quantidades apropriadas. A principal fonte energética corporal na
hora da competição e/ou atividade é o carboidrato.
Quanto mais intensa e duradoura a competição ou atividade, mais os
carboidratos irão participar. Conforme a Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina
do Esporte, o consumo de carboidratos deve corresponder cerca de 60 a 70% do
valor diário de calorias para atender as necessidades de um treinamento ou
competição. Encontram-se carboidratos em raízes (como: mandioca, inhame,
mandioquinha), em massas, pães, batatas, grãos e frutas.

As proteínas são essenciais para a produção de hormônios e formação da


massa muscular. Além disso, a proteína fornece aos atletas que necessitam de
força, “matéria-prima” para sintetizar o tecido, sendo necessária diariamente uma
quantidade entre 1,4 e 1,8g/kg. Alimentos ricos em proteínas são: ovos, leite,
iogurtes, queijo, além de carnes brancas e vermelhas.

Os lipídeos são importantes para treinos duradouros, para poupar glicogênio


muscular e atingir o valor energético necessário ao longo do dia. Indica-se, então,
30% ou menos de consumo de gordura no valor total de calorias na dieta.

A hidratação é muito importante na prática esportiva porque além de manter


a temperatura corpórea também transporta substâncias para todo o corpo. O
consumo inadequado de líquidos prejudica o desempenho do atleta tanto nos
esportes duradouros quanto nos intensos.
Líquidos devem ser ingeridos antes, durante e depois da atividade física.
Segundo a Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, indica-se ao
atleta beber de 250 a 500 ml de água 2 horas antes da atividade. E, no decorrer da
atividade, iniciar o consumo após os 15 minutos da prática da atividade e continuar a

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cada 15 a 20 minutos. Depois da atividade, deve-se continuar consumindo líquidos
para contrabalançar com as perdas de água pela urina e suor.

8 SUPLEMENTAÇÃO

Os suplementos têm por objetivo complementar a dieta e fornecer nutrientes,


que podem estar em falta ou não sendo consumidos em quantidade adequada para
um indivíduo, como: carboidratos, ácidos graxos ou gorduras, aminoácidos ou
proteínas, vitaminas e minerais.
De acordo com alguns especialistas, os suplementos podem ser divididos
em 2 categorias: os dietéticos e os auxiliadores ergogênicos.
Os dietéticos são suplementos parecidos com os alimentos em comparação
aos nutrientes ministrados, além de serem práticos para consumo durante o
exercício e por servirem como auxiliares no aumento da ingestão de energia ou do
aporte vitamínico-mineral. Entre eles podemos citar: bebidas esportivas (repositores
de carboidratos e eletrólitos), os que são ricos em carboidratos (como os géis de
maltodextrina), os polivitamínicos, os à base de cálcio, além de refeições líquidas e
suplementos minerais.
Por eliminação, o resto das substâncias consumidas por meio de
suplementos é considerado auxiliadores ergogênicos. Os suplementos dietéticos
não elevam a performance física. O melhor desempenho seria em decorrência da
capacidade de uma demanda nutricional, ou seja, o atleta, por exemplo, iria
conseguir ficar por mais tempo em exercício, porém não ficaria mais forte e nem
mais rápido.

O auxiliador ergogênico teria a capacidade de elevar o desempenho,


ministrando substâncias que fisiologicamente não fazem parte da demanda
nutricional.

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Alguns autores classificam todos os suplementos como ergogênicos, já que
eles contribuem com a performance. A diferença entre a suplementação nutricional e
o que se aproxima do dopping, é que enquanto o primeiro apenas fornece os
nutrientes que viriam normalmente da alimentação, o segundo pode agir alterando
processos metabólicos e genéticos diferentemente dos alimentos.

Assim, quem utiliza suplementos e participa de eventos esportivos, deve


estar atento para o conteúdo do mesmo a fim de não ingerir substâncias proibidas,
situação que já aconteceu com importantes atletas condenados por dopping, que
mais tarde foi comprovado que a substância provinha de produtos vendidos como
“suplementos alimentares”.

A falta de indicações nutricionais para os atletas de vários esportes contribui


com a difusão de infundados conceitos relacionados à necessidade da
suplementação. A utilização dos suplementos é justificada pela ideia da necessidade
de compensar uma dieta inadequada, a fim de suprir um suposto aumento nas
necessidades diárias promovido pelo treinamento ou simplesmente pela vontade de
se melhorar a performance.
Contudo, as carências nutricionais devem ser identificadas por meio de
testes. O aumento da necessidade energética pode ser feito por meio da dieta e
geralmente os constituintes dos suplementos, como a proteína, já são encontrados
abundantemente na alimentação normal.

Os suplementos podem e devem ser usados em exercícios ou competições


nas seguintes situações:

 Existência de dificuldade na ingestão de calorias suficientes para


repor o que se gastou durante o treino ou a competição;
 Desejo de se reduzir o bolo fecal, evitando evacuação durante a
competição;
 Pretensão de se fazer uma supercompensação com
carboidratos não tendo alimentos ricos nesse nutriente em abundância ou as
condições de higiene e preparo são desfavoráveis;

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 Existência da necessidade de recuperação após o esforço
combinada com falta de apetite ou de tempo para se recuperar;
 Situação temporária de restrição alimentar;
 Necessidade do consumo de carboidratos para que se mantenha em
níveis de volume e intensidade aceitáveis em exercícios longos. Apenas alguns
recursos ergogênicos são capazes de otimizar, melhorar ou contribuir para o
incremento da massa muscular, da performance, da energia para o músculo ou da
taxa de produção de energia muscular.
Há poucos, nenhum ou controversos embasamentos científicos sobre os
suplementos para praticantes de atividade física, os mesmos ainda se encontram
em fase de estudo. Eles são constituídos por nutrientes ou pela sua associação,
sendo o objetivo de sua utilização a melhora da saúde, o suprimento das demandas
de nutrientes que são aumentadas com o esforço físico e a compensação de hábitos
alimentares incorretos.
Cresce cada vez mais a utilização de suplementos alimentares e drogas com
objetivos ergogênicos entre os praticantes de atividade física e atletas,
principalmente a fim de modificação estética ou melhora do desempenho.
Dentre essas substâncias, sobressaem-se os suplementos especiais para
praticantes de atividade física, por seu alto consumo em diversas regiões brasileiras,
bem como nos EUA e em países da Ásia e Europa, o que pode estar arrolado com a
falta de uma rígida lei que regule seu comércio, além de uma enorme e constante
promessa das indústrias de produtos eficazes que fazem efeitos imediatos.

A categorização dos suplementos é extensa e incongruente, especialmente


por não ser uniforme o fator que se deve basear essa categorização. Podem ser
categorizados conforme o nutriente (carboidrato, proteína, polivitamínicos) ou
conforme sua função (anticatabólicos, emagrecedores).
No país, a lei que categorizava os suplementos para os praticantes de
atividades físicas era a Portaria no 222/1998, que passou a identificá-los como
“Alimentos para Praticantes de Atividades Físicas”, além de caracterizar e identificar
em, no mínimo, 5 classes de suplementos (repositores de energia, alimentos
proteicos, repositores de água e eletrólitos – hidroeletrolíticos, alimentos
compensadores e aminoácidos de cadeia ramificada – ACR). Em 2008, a ANVISA

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(Agência Nacional de Vigilância Sanitária), sugeriu uma alteração na categorização
incluindo três novos grupos e, também excluindo os ACR. Com algumas alterações,
a sugestão foi oficializada depois da publicação da Resolução n o 18/2010, passando
a caracterizar os suplementos como “Alimentos para Atletas”, categorizando-os em
seis classes (hidroeletrolíticos para atletas, proteicos para atletas, creatina para
atletas, energéticos para atletas, cafeína para atletas e para substituição parcial de
refeições para atletas). Contudo, essas informações só chegaram ao mercado em
2012.

Ao contrário de outros países, no Brasil, há alimentos para atletas que são


excluídos, são aqueles que contêm estimulantes, hormônios e seus precursores e,
outras que são consideradas doping pelo COI (Comitê Olímpico Internacional),
fitoterápicos e formulações baseadas em aminoácidos isolados, com exceção dos
ACR. Além de não serem admitidas, nos rótulos e na propaganda dos produtos,
termos como: hipertrofia muscular, “queima gordura”, anabolizantes, body building,
fat burners, elevação da capacidade sexual ou semelhante.
No Brasil, há um acréscimo verdadeiro na propaganda de suplementos com
estas propriedades, algumas gerando controvérsias, tendo em vista que os produtos
são classificados como suplementos alimentares.
Devido a isso, pesquisadores têm comprovado a inadequabilidade desses
produtos perante a lei quanto ao seu rótulo, composição, comercialização,
categorização em classes e, por conseguinte, resultados fisiológicos esperados.
Dessa forma, foram avaliados 305 rótulos de alimentos para atletas,
fabricados por 40 empresas internacionais e nacionais, constatando que 56,4% dos
rótulos avaliados encontram-se inadequados, perante a lei, em função da falta de
informações ou até mesmo informações ilegais sobre os ingredientes, indicações de
uso, dados do fabricador, número de registro, quantidade e valor nutricional.
Em relação ao conteúdo dos suplementos, uma parte possui esteroides
anabólicos e/ou seus precursores, o que demonstra problemas ainda mais graves
como o risco de efeitos colaterais nocivos à saúde, doping sem intenção e fraude
contra os direitos do consumidor.

AN02FREV001/REV 4.0

115
Aliada com a ausência de informação e de acompanhamento apropriado, a
inadequabilidade da composição e a categorização dos suplementos perante a lei
pode causar consequências como crenças em características erradas dos produtos,
frustração das expectativas dos consumidores; ocasionais danos à saúde e; ainda, a
culpabilização do profissional que receitou o produto por um prejuízo não esperado,
como efeito do consumo de substâncias não relacionadas aos ingredientes.

Legislação brasileira sobre suplementos

A Anvisa, em 2008, sugeriu uma mudança com o objetivo de adicionar três


novos grupos e, excluir os ACRs. Com algumas modificações, a sugestão foi
oficializada com a publicação da Resolução nº18/2010, passando a chamar os
suplementos de “Alimentos para esportistas”. Esportistas são aqueles que praticam
atividades físicas que necessitam de um esforço muscular intenso, com máximo
desempenho e especialização.

A classificação desses alimentos foi feita em seis grupos:

I. Repositores hidroeletrolíticos: produtos que auxiliam na


hidratação.
II. Repositores proteicos (com até 50% de proteínas e 65% de Alto
Valor Biológico): produtos que complementam as necessidades proteicas.
III. Repositores energéticos/compensadores para atletas (mínimo
de 90% CHO): produtos que complementam as necessidades de energia.
IV. Substituição parcial de refeições: produtos que complementam
as refeições de atletas em condições nas quais o acesso a alimentos que
fazem parte da alimentação habitual seja limitado.
V. Creatina: produto que complementa as reservas endógenas de
creatina.
VI. Cafeína: produto que eleva a resistência aeróbia em atividades
físicas duradouras.

AN02FREV001/REV 4.0

116
Requisitos para os suplementos hidroeletrolíticos, pronto para consumo:

 A quantidade de sódio deve ser cerca de 460 a 1150 mg/l,


utiliza-se os sais inorgânicos como fonte de sódio para fins alimentícios.
 A osmolalidade deve ser abaixo de 330mOsm/kg água.
 “Isotônico” com osmolalidade cerca de 270 a 330 mOsm/kg
água.
 “Hipotônico” com osmolalidade abaixo de 270 mOsm/kg água.
 Pode haver carboidratos em até 8% (m/v) e, não pode ser
acrescido de amidos e polióis.
 O teor de frutose, ainda quanto aos carboidratos, quando
adicionado deverá ser abaixo de 3% (m/v).
 De acordo com o Regulamento técnico sobre adição de
nutrientes fundamentais, pode haver adição de minerais e vitaminas.
 Pode haver adição de potássio em até 700 mg/l.
 Não pode haver acréscimo de fibras alimentares, de outros
nutrientes e de não nutrientes.

Requisitos para os suplementos energéticos, pronto para consumo:

 Deve haver, no mínimo, 75% do valor total de energia derivado


dos carboidratos.
 A porção de carboidratos deve haver, no mínimo, 15g.
 Podem haver lipídeos, proteínas intactas e/ou parcialmente
hidrolisadas.
 Não pode haver acréscimo de fibras alimentares e de não
nutrientes.

Requisitos para os suplementos energéticos, pronto para consumo:

 No mínimo, deve conter 10g de proteína na porção.

AN02FREV001/REV 4.0

117
 Deve conter, no mínimo, 50% do valor total de energia derivada
das proteínas. E, a composição proteica deve proporcionar PDCAAS acima
de 0,9.
 A quantidade de PDCAAS deve estar de acordo com a
metodologia de avaliação indicada pela Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação/Organização Mundial da Saúde (FAO/WHO).
 PDCAAS (Protein Digestibility Corrected Amino Acid Score)
significa “escore aminoacídico corrigido pela digestibilidade da proteína” para
determinar a qualidade biológica.
 De acordo com o Regulamento técnico sobre adição de
nutrientes fundamentais, pode haver adição de minerais e vitaminas.
 Não pode haver acréscimo de fibras alimentares e de não
nutrientes.

Requisitos para os suplementos para substituição parcial de refeições,


pronto para consumo:

 Deve haver quantidades variadas de macronutrientes,


obedecendo aos seguintes requisitos:

1- A concentração de carboidratos deve ser de 50 a 70% do valor


total de energia.
2- A concentração de proteínas deve ser de 13 a 20% do valor total
de energia e, a composição proteica deve proporcionar PDCAAS acima de
0,9.
3- A quantidade de PDCAAS deve estar de acordo com a
metodologia de avaliação indicada pela Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação/Organização Mundial da Saúde (FAO/WHO).
4- A concentração de lipídios deve ser de, no máximo, 30% do
valor total de energia.
5- A concentração de gorduras saturadas e gorduras trans não
podem ultrapassar 10% e, 1% do valor total de energia.
6- Deve fornecer, no mínimo, 300 kcal por porção.

AN02FREV001/REV 4.0

118
7- De acordo com o Regulamento técnico sobre adição de
nutrientes fundamentais, pode haver adição de minerais e vitaminas.
8- Pode haver acréscimo de fibras alimentares.

Requisitos para os suplementos de creatina, pronto para consumo:

 Deve haver de 1,5 a 3 g de creatina na porção.


 Deve utilizar na formulação do produto creatina monoidratada
com grau de pureza mínima de 99,9%.
 Pode haver acréscimo de carboidratos.
 Não pode haver acréscimo de fibras alimentares.

Requisitos para os suplementos de cafeína, pronto para consumo:

 Deve fornecer entre 210 e 420 mg de cafeína na porção.


 Utilizar na formulação do produto cafeína um teor mínimo de
98,5% de 1,3,7-trimetilxantina, avaliada sobre a base anidra.
 Não pode haver acréscimo de nutrientes e de outros não
nutrientes.

Observações:

I. A Resolução nº 18/2010, mostra que outras substâncias podem


ser liberadas pela Anvisa, caso sejam comprovadas cientificamente sua
segurança de uso e sua eficácia a fim de usar para atender as necessidades
nutricionais peculiares e de atuação na atividade física.
II. Se atenderem as condições preestabelecidas para cada classe,
os alimentos para atletas que são tratados na Resolução nº 18/2010 podem
ser vendidos em diferentes formas, como: gel, barra, pó, líquido, comprimido,
etc.

AN02FREV001/REV 4.0

119
III. Os aminoácidos de cadeia ramificada ficam dispensados de
registro, provisoriamente e, podem ser vendidos, até que tenham uma
regulamentação específica, caso obedeça as seguintes condições:

 Cumprir os processos e as atualizações previstas na Resolução


nº 23/2000, para produtos dispensados de registro;
 Na embalagem do produto, não haver nenhuma recomendação
para atletas;
 “Aminoácidos de Cadeia Ramificada” devem estar presentes em
sua denominação.

Requisitos gerais dos suplementos para atletas:

 Há necessidade dos produtos atenderem os regulamentos


técnicos e outras regras relacionadas a aditivos alimentares e coadjuvantes
do processo de produção;
 De propriedades microbiológicas e, macro e microscópicas;
 De contaminantes;
 De embalagens e aparelhos;
 De rótulos nas embalagens;
 De informação nutricional dos alimentos.
 Caso atendam os requisitos e restrições presentes no
regulamento e não haja alteração na finalidade do produto, o uso de aditivos
alimentares e coadjuvantes nos processos previstos para alimentos
semelhantes serão permitidos;
 Os ingredientes usados devem ser seguros para a ingestão
humana. O acréscimo de ingredientes não utilizados como alimentos poderá
ser liberado se for confirmada sua segurança de uso e se atender ao
regulamento específico;
 Suplementos de minerais e vitaminas isolados - apenas porções
de 25 a 100% da DRI;

AN02FREV001/REV 4.0

120
 Se atenderem as condições de denominação, específicos, gerais
e de embalagens conforme normatizado pela Anvisa, os produtos
mencionados nessa Resolução podem ser vendidos em conjunto;
 A abrangência de produtos nessa Resolução, apenas podem ser
comercializados em unidades pré-embaladas na falta do cliente e prontos
para o consumo;
 Para que atenda as condições específicas previstas em cada
classe de suplemento, os ingredientes provenientes do produto vendido
precisam ser analisados, porém não devem levar em consideração os
nutrientes que compõem cada ingrediente usado em sua fabricação;
 Para consulta da autoridade responsável, as empresas devem
preparar a documentação referente ao atendimento das condições previstas
no regulamento.

Normas de rotulagem de suplementos:

 A fonte usada para denominar o produto deve ter, no mínimo,


1/3 do tamanho usado na marca.
 As embalagens dos produtos mencionados na resolução deve
conter em destaque a seguinte frase: “Este produto não substitui uma
alimentação balanceada e sua ingestão deve ser orientada por um
nutricionista ou um médico”.
 Nas embalagens de suplementos hidroeletrolíticos podem conter
as seguintes declarações:

1. “Isotônico” – produtos prontos para ingestão com


osmolalidade entre 270 e 330 mOsm/kg água.
2. “Hipotônico” – produtos prontos para ingestão com
osmolalidade inferior a 270 mOsm/kg água.

 Nas embalagens de suplementos de creatina para esportistas,


devem conter as seguintes informações:

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121
1. “A ingestão de creatina superior a 3g/dia pode ser nocivo
à saúde”;
2. “Este produto não deve ser ingerido por crianças, idosos,
gestantes ou portadores de enfermidades”;

 A quantidade de creatina na amostra deve constar na


embalagem do produto.
 Nas embalagens de suplementos de cafeína para esportistas,
deve conter, em destaque, a seguinte informação: “Este produto não deve
ser ingerido por crianças, idosos, gestantes ou portadores de
enfermidades”.
 A quantidade de cafeína na amostra deve constar na
embalagem do produto.
 As informações nutricionais devem atender o Regulamento com
base na amostra definida pelo produtor.
 A embalagem dos produtos à venda em conjunto, devem conter:

1. A denominação de cada produto, de acordo com as


classificações individuais dos produtos que os compõem, prevista no
artigo 4º.
2. A listagem de ingredientes do produto;
3. O número de registro do produto;
4. O prazo de validade que corresponde ao produto com
menor prazo;
5. Informação nutricional de cada item do produto.

 As embalagens dos produtos não devem conter:

1.Imagens e/ou frases que induzam o consumidor a engano


quanto às qualidades e/ou resultados que não tenham ou que não possam
ser comprovados, em relação à diminuição e aumento de peso ou
definição de massa muscular e similar;

AN02FREV001/REV 4.0

122
2.Imagens e/ou frases que se referem a hormônios e outras
substâncias farmacêuticas e/ou do metabolismo;
3.As palavras e/ou frases: “Anabolizante”, “Aumento da massa
muscular”, “Perda de gordura”, “Aumento na capacidade sexual”,
“Anticatabólico”, análogos ou similares.

Cafeína

Autorizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) desde 2007, sendo


liberada no Brasil após a Resolução nº 18 da Anvisa de abril e de 2010. O produto
deve conter entre 210 e 420 mg de cafeína por porção.

 Suplementação: 2,0 a 6,0 mg/kg de peso/dia.

Creatina

Em 2010, com a Resolução nº18, a Anvisa liberou a fabricação e a


comercialização da creatina no Brasil.

A creatina foi descoberta por um químico francês, Michel Chevreul, antes de


1830. Em 1847, Justus Von Liebig, um químico alemão, descobriu a presença da
creatina em carnes e que ela teria implicações no desempenho muscular.

Em 1970, a creatina foi usada como agente ergogênico pela União Soviética
e por alguns lugares do Oriente.

Mas, apenas em 1990, que foram iniciadas as pesquisas na Inglaterra e nos


EUA.
A Sociedade Internacional de Esportes tem um caráter padrão: “Creatina
monoidratada é o suplemento nutricional ergogênico mais eficaz com disponibilidade
para o atleta em termos de elevação da capacidade de atividades intensas e,
elevação da massa magra no decorrer do treino”.

AN02FREV001/REV 4.0

123
Melhora a energia e a resistência aeróbia, aperfeiçoando o desempenho de
exercícios aeróbios em movimentações particulares de alta intensidade.
Contribuindo, assim, na redução de gordura. Exemplo: Velocistas de natação,
Sprints múltiplos em um treinamento de ciclismo.

- A creatina eleva a fibra tipo II, elevando a força, por acarretar hipertrofia.

- A creatina eleva a proteína contrátil (cadeia pesada de miosina).

- Os produtos prontos para ingestão devem conter entre 1,5 e 3g de creatina


por amostra.

- É imprescindível o aumento do consumo de carboidratos e proteínas


(dentro de limites apropriados) para auxiliar na retenção da creatina.

 Suplementação: 0,03g/kg de peso/dia para atletas, porém não


ultrapassando 3g/dia, pois segundo a Resolução da ANVISA nº 18, de abril de
2010 “O consumo de creatina acima de 3g ao dia pode ser prejudicial à
saúde”.

Algumas pesquisas indicam que a utilização de creatina deve ser


interrompida por um mês (a cada 2 meses de uso).

Whey Protein

Whey Protein é uma proteína proveniente do soro do leite, enriquecida em


beta-lactoglobulinas e alfa-lactoalbuminas. Foi inicialmente produzido na Dinamarca
e possui elevado valor biológico em proteínas, ou seja, contém todos os
aminoácidos essenciais e em quantidade apropriada.

O BCAA (Branched Chain Amino Acids) é um aminoácido de cadeia


ramificada, dos quais o Whey Protein é uma boa fonte.

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124
Igualmente aos suplementos proteicos para atletas, os produtos devem
conter, no mínimo, 10g de proteína/porção, e o produto pronto para ingestão deve
conter, no mínimo, 50% do valor total de energia originária das proteínas.

A indicação desses suplementos proteicos deve fazer parte da soma de


proteínas que devem ser consumidas por dia pelos praticantes de exercício físico e,
mesmo com essa inclusão dos suplementos proteicos, a quantidade final não
contesta a quantidade máxima indicada diariamente para os diversos tipos de
atletas.

 Suplementação:
- Atletas de endurance: 1,2 - 1,6g/kg de peso/dia.
- Atletas de força e hipertrofia: 1,6 - 1,8g/kg de peso/dia, sendo no máximo
2,0g/
Kg de peso/dia, levando em consideração a utilização proteica líquida.
- Desportistas recreativos: 0,8 -1,2 g/kg de peso/dia.

Os diversos tipos de Whey Protein são excelentes fontes de proteínas e,


possuem pouquíssimas ou nenhuma quantidade de gordura e carboidrato. Elevam a
massa magra, melhoram a síntese proteica muscular em atividades de resistência
sobre a força, além de diminuírem o desgaste físico. Em atuais estudos, a relação
de Whey Protein com carboidrato/creatina mostrou-se ainda mais eficiente.

Glutamina

A glutamina é o aminoácido com maior presença no sangue e nos tecidos,


especialmente nos músculos.

Nos indivíduos, a glutamina representa em média 20% da totalidade dos


aminoácidos. Além de não ser considerado um aminoácido fundamental, pois pode
ser sintetizado pelo organismo. Desse modo, em determinadas condições como

AN02FREV001/REV 4.0

125
empenho físico intenso, a concentração intracelular e plasmática desse aminoácido
reduz cerca 50%.

Portanto, quando a demanda é maior que a fabricação, estabelece-se um


quadro de carência de glutamina.

Glutamina x exercício

O trabalho desenvolvido por Eagle, em 1955, evidenciou a importância da


glutamina para o crescimento e manutenção da célula; além de ter sido o primeiro
trabalho a demonstrar suas propriedades metabólicas.
No decorrer da atividade física, acontecem estimulações e respostas
imediatas do metabolismo energético muscular, variando de acordo com a
intensidade e o tempo de exercício. O treino, por sua vez, também gera
ajustamentos, que são mais ou menos duradouros, dependendo dos mecanismos
envolvidos. A intensidade e a duração da atividade são decisivas para o uso da
glicose, dos ácidos graxos ou aminoácidos, sendo a ingestão da glicose e a
produção de ácido lático predominantes. Já para as atividades duradouras e de
pouca intensidade são usadas também os ácidos graxos e aminoácidos.

Os aminoácidos de cadeia ramificada (valina, leucina e isoleucina) junto com


a glutamina são os que aparecem com maior abundância no tecido muscular e os
mais fundamentais energeticamente. No papel modulador da síntese de proteína, a
glutamina parece estar associada à regulação metabólica desempenhada pela
hidratação celular, causada pela entrada do aminoácido na célula, servindo como
um estímulo para a síntese e/ou inibição da degradação da proteína e do glicogênio
muscular, resultando uma maior hipertrofia muscular.

Função imune

Treinos intensos e atividades prolongadas, agregados com períodos de


pouca recuperação, são comumente associados à depressão da função imune e a
maiores casos de infecções das vias respiratórias. Isso ocorre devido ao fato de que

AN02FREV001/REV 4.0

126
as atividades citadas provocam redução na concentração plasmática de glutamina,
não apenas no decorrer da atividade, mas também por muitas horas e até mesmo
dias, durante a recuperação, porque o estresse induzido pela atividade parece ser o
que desequilibra a fabricação/liberação e captação/uso da glutamina.

Normalmente, a glutamina é produzida e liberada pelos músculos em


quantidades maiores do que aquelas usadas pelos linfócitos. No entanto, o treino
pode induzir alterações no procedimento da síntese de glutamina nos
musculoesqueléticos, reduzindo a disponibilidade desse aminoácido para as células
do sistema imunológico, podendo gerar imunodepressão e tornar os atletas
predispostos a processos infecciosos. O que pode acontecer com esse processo é a
mudança de alguns hormônios, como cortisol, adrenalina, hormônio do crescimento
e b-endorfina.

Suplementação

Hoje em dia, estudam-se algumas opções de suplementação antes, durante


e depois da atividade física, a fim de reverter à redução da concentração de
glutamina que ocorre após o esforço físico. Mas, o efeito da suplementação com a
glutamina pode ser protestado, já que 50% dela podem ser sintetizados pelo próprio
organismo. Além do mais, faltam pesquisas que evidenciem sua exata eficácia.

Ácido Linoleico Conjugado (CLA)

O CLA (Ácido Linoleico Conjugado) refere-se a uma combinação de


isômeros do ácido linoleico (18:2 n-6), na qual as duplas ligações são conjugadas ao
invés de existirem na configuração interrompida metilênica típica.
O Ácido Linoleico Conjugado foi explorado nos anos 70, e, a partir daí, vem
sendo pesquisado constante e exaustivamente de acordo com suas supostas
características favoráveis à saúde, especialmente em relação à diminuição da
gordura corpórea, que tem sido relacionado ao controle das enfermidades crônicas
degenerativas.

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127
Ele é facilmente localizado em alimentos como carnes bovinas e de outros
animais ruminantes, além de aves, ovos e leite e seus derivados, caso apresentem
algum tratamento térmico. Gorduras vegetais não se consistem em fontes
expressivas de CLA. Contudo, este pode ser determinado a partir do ácido linoleico
localizado no óleo de girassol, por meio de um tratamento tecnológico específico. O
CLA foi inicialmente achado na gordura presente no leite, sob a forma de
triglicerídeos e fosfolipídios. Há grandes evidências de que o leite humano seja uma
fonte significante de CLA.

O CLA não é produzido pelo organismo humano e, embora esteja presente


em diversos alimentos, vários fatores ambientais e inclusive os estilos de vida
podem bloquear, com facilidade, a enzima que modifica esse ácido graxo na sua
forma biologicamente ativa. Por isso, estudiosos estão pesquisando diversas
estratégias para elevar, naturalmente, a concentração de CLA em alimentos, dentre
elas, a mudança da ração de vacas com suplementação de ácidos graxos
insaturados.
A ingestão de CLA vem sendo hoje relacionado a implicações
anticarcinogênicas, antiaterogênicas e, para as pessoas fisicamente ativas e atletas,
atuaria sobre a composição do corpo, diminuindo a taxa de gordura e contribuindo
para a elevação da massa magra. Portanto, essas atuações do CLA vêm sendo
pesquisadas, principalmente em estudos experimentais com animais. São escassas,
na realidade, as pesquisas com humanos.

Há muitas discussões a respeito da suplementação de CLA, em razão das


distintas implicações fisiológicas citados por vários estudos.

Uma pesquisa randomizada feita com mulheres obesas, pós-menopausa e


diabéticas tipo 2, notou que a suplementação de CLA durante 16 semanas alcançou
efeitos benéficos, sendo que houve redução do peso corpóreo, IMC, taxa de gordura
e ainda houve melhoria no controle de glicose das mulheres.

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128
Outra pesquisa realizada com 53 pessoas saudáveis ressaltou que aqueles
que ingeriram 4,2g/dia de CLA alcançaram uma diminuição de 3,8% de gordura, em
comparação as pessoas que não usaram o CLA.

Contudo, embora algumas pesquisas demonstram efeitos favoráveis, outras


têm mostrado resultados desfavoráveis. Uma série de pesquisas experimentais
feitas com animais e pesquisas de revisão tem demonstrado que a suplementação
de CLA pode causar esteatose hepática (aumento do fígado), hiperinsulinemia e
redução dos níveis séricos de leptina.

Assim, são imprescindíveis mais estudos para esclarecer a atuação sobre a


composição corporal e sobre os demais resultados associados à suplementação de
CLA. Vale lembrar que a Anvisa, desde 2007, com a finalidade de proteger e gerar
saúde à população, vetou a venda do CLA no Brasil, até que as condições legais
que necessitem da constatação de sua segurança de uso, seus mecanismos de
ação e sua eficácia sejam atendidos.

Aminoácidos de cadeia ramificada = BCAA (Branched Chain Amino Acids)

Por muito tempo, os aminoácidos de cadeia ramificada têm sido empregados


na nutrição clínica para o tratamento de várias patologias. Atualmente, muito se
debate sobre as possíveis implicações ergogênicas destes no exercício físico, assim
como seus distintos mecanismos de atuação fisiológica.
Os aminoácidos de cadeia ramificada, popularmente conhecidos como
BCAAs, abrangem três aminoácidos essenciais: leucina, isoleucina e valina,
principalmente encontrados em fontes de proteínas de origem animal. Por esses
aminoácidos não serem considerados a principal fonte energética para o processo
de contratura muscular, sabe-se que agem como importante fonte energética
muscular durante o estresse metabólico. Neste assunto, pesquisas têm apontado
que situações com a administração de BCAAs, especialmente a leucina, poderia
estimular a síntese de proteína e reduzir o catabolismo proteico muscular. Ademais
dos prováveis resultados ergogênicos no metabolismo proteico muscular, outros são
propostos: retardar o cansaço central, elevar o desenvolvimento esportivo, preservar

AN02FREV001/REV 4.0

129
as reservas de glicogênio muscular e elevar os níveis plasmáticos de glutamina
depois da intensa atividade.

BCAA e síntese proteica muscular

Pesquisas com suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada


mostram que essa tática nutricional pode ser eficaz na promoção do anabolismo
proteico muscular e na redução de lesão muscular pós-atividade. No procedimento
de síntese proteica muscular, destaca-se, entre os aminoácidos de cadeia
ramificada, a leucina, que leva a excitação da fosforilação de proteínas envolvidas
no processo de introdução da tradução do RNA mensageiro, o que coopera para a
excitação da síntese proteica.

Vale lembrar que a administração oral de leucina causa uma rápida e


provisória elevação na concentração de insulina plasmática, o que também excita a
síntese de proteína.

BCAA e cansaço central (fadiga central)

O cansaço devido à atividade física é um acontecimento complexo cujas


causas parecem depender do tipo, da intensidade e da duração da atividade. Para
fim de discussão, o cansaço pode ser determinado por um conjunto de
manifestações produzidas por trabalho ou atividade prolongada, tendo como
consequência a diminuição ou prejuízo da capacidade funcional de conservar ou
permanecer o desempenho esperado. No cansaço central, os mecanismos
associados à ocorrência.

L-carnitina

Promessa  Diminuir a gordura corpórea pela ação termogênica e atuação


de lipídeos no metabolismo.

AN02FREV001/REV 4.0

130
Hipótese  A L-carnitina tem por objetivo simplificar a entrada de ácidos
graxos na mitocôndria para que haja produção de energia, isso ocorre quando ela se
une a vitaminas do complexo B. Os ácidos graxos são fragmentos de gordura
(lipídio) da dieta e do tecido adiposo corporal e, a mitocôndria é uma estrutura da
célula responsável pela produção de energia a partir de várias substâncias, uma
dessas é o ácido graxo.

Segundo esta teoria, o transporte de ácidos graxos para dentro da


mitocôndria melhora com a suplementação com carnitina, elevando, portanto, a
oxidação de lipídios durante o exercício físico, isto é, elevaria a utilização de gordura
durante a atividade e, por consequência, aconteceria uma redução da quantidade de
gordura corpórea.

O que verdadeiramente ocorre de acordo com várias pesquisas, é que esta


teoria não foi comprovada. A necessidade de carnitina em adultos é atendida pelas
fontes dietéticas e pela síntese feita pelo próprio organismo (endógena), não sendo
necessária a suplementação. Umas pessoas podem apresentar carência de L-
carnitina (por exemplo: recém-nascidos abaixo do peso e atletas que praticam
exercícios físicos duradouros, como maratonas), o que explicaria a suplementação.

9 REPOSIÇÃO HIDROELETROLÍTICA

9.1 ÁGUA PURA

Por ser de fácil acesso, baixo custo e acarretar um esvaziamento gástrico


relativamente rápido, a água pode ser uma boa alternativa de reidratação para a
atividade física. Entretanto, para exercícios de longa duração (mais de 1 hora) ou
para exercícios de alta intensidade como o futebol, ela apresenta desvantagens,
pois favorece a desidratação espontânea e dificulta o processo de equilíbrio
hidroeletrolítico. Isso ocorre por ela não ter sabor e não possuir sódio, carboidratos.

AN02FREV001/REV 4.0

131
A desidratação espontânea é examinada quando há uma comparação entre
a hidratação de bebidas com sabor e a hidratação com água. Quando falamos em
reposição hidroeletrolítica, a água pura pode não ser a melhor alternativa. Estudos
mostram que a reposição hídrica só dilui o sangue de forma rápida, aumenta sua
quantidade, retira o impulso para beber e estimula a diurese. A diluição sanguínea
atenua a concentração de sódio e a quantidade é condicionada ao impulso da sede,
levando o indivíduo a perder o desejo de beber e repor as perdas de fluido.
Atividades com o tempo inferior a 1 hora, a ingestão de água pura é
suficiente para que haja uma hidratação apropriada, caso as alimentações anteriores
apresentem quantidades satisfatórias de sódio. Com isso, conserva-se a
osmolaridade plasmática, o estímulo da sede e a retenção de água.

9.2 BEBIDAS CONTENDO SÓDIO

Considera-se como pré-requisito para a obtenção da máxima performance


no esporte, as concentrações ótimas de eletrólitos. A ingestão abaixo do necessário,
a má absorção, ou grande perda destes eletrólitos pode causar a diminuição do
trabalho muscular. Segundo alguns autores, a reposição dos eletrólitos,
especialmente o sódio, é tão importante para a reidratação quanto a água.
Em competições prolongadas, a perda destes eletrólitos representa uma
redução de aproximadamente 15% a 30% no total de sódio permutável do
organismo, em situações de sudorese intensa, acarretando uma reidratação
incompleta, predispondo o atleta a cãibras.

Sendo o principal eletrólito do meio extracelular, o sódio é considerado um


fator determinante na regulação do equilíbrio osmótico, cujos valores de normalidade
plasmáticos estão compreendidos entre 135 e 145 mmol/L, estando diretamente
relacionado com a sensação de sede.

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132
O aumento da concentração de sódio e redução do volume sanguíneo
acarreta aumento da sensação de sede. Desta forma, ingerindo-se apenas a água, a
sensação da sede cessa rapidamente, e como consequência, o volume a ser
ingerido é diminuído, em função da redução da pressão osmótica, antes mesmo da
reposição adequada de fluidos. Assim, a adição de pequenas quantidades de cloreto
de sódio ajuda a manter a pressão osmótica orientada para a sensação de sede, o
que garante a ingestão de uma quantidade maior de líquidos.

A redução do sódio sérico e/ou a ingestão excessiva de água pura acarreta


diminuição da osmolaridade plasmática, dando origem a um gradiente osmótico
entre o sangue e o cérebro, o que pode causar a hiponatremia, caracterizada por
valores séricos de sódio inferiores a 135 mmol/ l, cujos sintomas são náusea, vômito,
apatia, consciência alterada e convulsões. Esta manifestação ocorre com maior
frequência nas provas de ultrarresistência devido à sudorese excessiva e à
reposição dos eletrólitos inadequada, podendo ser prevenida com a ingestão de
bebidas contendo sódio, oferecidas ao longo do exercício.

Os objetivos da adição do sódio nas bebidas esportivas são:

 Aumento da palatabilidade da solução carboidratada;


 Aumento da velocidade de esvaziamento do estômago;
 Aumento da velocidade de absorção da molécula de glicose e dos
fluidos no intestino;
 Manutenção da osmolaridade e volume plasmático;
 Prevenção da hiponatremia.

Vale lembrar que para a formulação adequada da bebida hidratante devem-


se considerar as características individuais do atleta.
Ao longo do exercício sem hidratação, aumenta-se a concentração de sódio
e da osmolaridade do plasma, já que, o suor é uma solução hipotônica em relação
ao sangue, pois possui uma quantidade maior de água do que sódio e potássio
proporcionalmente. Isso acarreta aumento na concentração de eletrólitos plasmático,
aumentando sua osmolaridade, podendo aumentar a temperatura interna, atingindo

AN02FREV001/REV 4.0

133
o hipotálamo e/ou glândulas sudoríparas, retardando o início da sudorese e da
vasodilatação periférica. Além disso, o fluxo sanguíneo até a pele é reduzido, o que
dificulta a troca de calor, especialmente nos dias de temperatura mais elevada em
que a transpiração representa um papel fundamental na regulação térmica.

Desta forma, a manutenção da osmolaridade ideal, por meio da ingestão


adequada de água e eletrólitos, é de grande importância para a segurança física e
performance do atleta ao longo do exercício.
No entanto, deve-se ressaltar que as necessidades de eletrólitos também
podem ser supridas por meio de uma alimentação balanceada, ou seja, a adição de
sódio em soluções de reidratação, não é necessária se houver sódio o suficiente no
intestino proveniente da refeição anterior.

9.3 BEBIDAS CONTENDO CARBOIDRATOS E ELETRÓLITOS

Nos eventos desportivos com mais de 1 hora de duração, deve-se


acrescentar quantidades adequadas de carboidratos e/ou de eletrólitos em soluções
hidratantes, já que além de promover melhora do desempenho, não afeta muito o
fornecimento de água ao organismo.

Nos exercícios que ultrapassam 1 h de duração, a glicose sanguínea


começa a diminuir. Entre 1 e 3h de exercício, com intensidade acima de 65% do
VO2MAX., quando ocorrem arrancadas repetidas, pode ocorrer o esgotamento da
reserva de glicogênio no músculo. Nesta situação, o consumo de água pura, pode
levar à diminuição dos níveis de glicose sanguínea (hipoglicemia), acarretando uma
utilização muito grande de glicogênio muscular e hepático. Se estes níveis de
glicogênio são baixos e a glicose sanguínea diminuir, o organismo do atleta não
corresponderá ao “sprint", o que comprometerá seu desempenho esportivo.

Por conta da grande perda de eletrólitos e da grande demanda de energia


ocasionada pelo exercício de resistência, torna-se necessária, durante o mesmo, a

AN02FREV001/REV 4.0

134
reposição das reservas líquidas e de carboidrato por meio da ingestão oral de
bebidas contendo mais de um carboidrato, como a glicose, sacarose, frutose ou
polímeros de glicose.

A ingestão da frutose pura, não é recomendada, pois sua absorção é mais


lenta, podendo causar diversos efeitos colaterais, como distúrbios gastrointestinais e
diarreia osmótica, além do fato de que a frutose não pode ser metabolizada pelo
fígado na velocidade adequada para o fornecimento de quantidades necessárias de
glicose ao músculo em exercício. Devido à baixa osmolaridade nas bebidas,
promovendo a manutenção dos níveis ideais de glicose sanguínea, o carboidrato
mais recomendado é a maltodextrina (polímero de glicose).

Essas bebidas devem ter uma concentração entre 5-10% de carboidratos,


que são o combustível primário para produzir energia, com o objetivo de:

 Acelerar o esvaziamento gástrico;


 Repor os estoques de glicogênio muscular e hepático;
 Manter a glicemia.

Se forem associadas a pequenas concentrações de sódio, podem facilitar a


reidratação, pois potencializam a absorção de água no intestino.

Contudo, alguns estudos mostraram que concentrações de carboidrato


maiores que 25 g/L reduzem significativamente o tempo de esvaziamento gástrico,
sendo prejudicial para reidratação rápida. Outros estudos mais recentes revelaram
que, se a concentração de carboidrato da bebida encontrava-se entre 80-100 g/L,
água e carboidrato chegaram ao duodeno a velocidades quase máximas. Grande
parte das bebidas esportivas possuem concentrações de carboidrato entre 50 e 100
g/L, correspondendo a aproximadamente 5 a 7% por volume.
Apesar da meta de poupar o glicogênio hepático e muscular por meio do
consumo de carboidratos durante o exercício, a hidratação adequada ainda é um
fator determinante do desempenho, ainda mais porque os estoques de carboidrato
são depletados rapidamente nos indivíduos hipoidratados.

AN02FREV001/REV 4.0

135
Nos exercícios de resistência realizados em dias quentes, a oferta de
líquidos torna-se mais importante que a disponibilidade de carboidrato para o melhor
desempenho físico. Já quando a temperatura ambiental é mais baixa, a ingestão de
uma solução carboidratada a 7% é mais eficiente na melhora do desempenho do
que a água pura, pois mantém o nível de glicose sanguínea constante e o volume
plasmático adequado.

As bebidas isotônicas que possuem quantidades específicas de eletrólitos e


carboidratos são a forma mais conveniente e eficiente de reposição, uma vez que:

 Permitem a chegada rápida dos fluídos aos tecidos;


 Fornecem carboidratos ao longo do exercício;
 Fornecem baixos níveis de eletrólitos;
 São palatáveis e refrescantes, proporcionando o encorajamento da
ingestão hídrica;
 Não causam distúrbios gastrointestinais;
 Ao final do jogo ou treino, ajudam na hidratação e na recuperação do
glicogênio muscular.

As bebidas para esportistas são classificadas como:

 Hipertônicas;
 Isotônicas;
 Hipotônicas.

Há evidências de que as bebidas hipotônicas possuem maior eficácia, já que


torna absorção de água maior do que as soluções isotônicas, enquanto as
hipertônicas poderiam promover a secreção de água do organismo para a luz do
intestino.

Alguns estudos mostraram que vários fatores são envolvidos na reposição


hídrica, tais como:

AN02FREV001/REV 4.0

136
 Frequência de beber;
 Volume ingerido;
 Temperatura do líquido.

Os líquidos gelados saem do estômago em velocidade maior do que os


aquecidos, além de ajudarem na redução da temperatura corpórea.

AN02FREV001/REV 4.0

137
ANEXO I

DOU 28/04/2010
Dispõe sobre alimentos para atletas.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da


atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo
Decreto no 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e
nos §§ 1o e 3o do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da
Portaria nº 354 da Anvisa, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de
agosto de 2006, em reunião realizada em 26 de abril de 2010, e considerando a
competência da Anvisa para regulamentar os produtos e serviços que envolvam
risco à saúde pública, estabelecida na Lei no 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e
especialmente no inciso II do § 1o de seu art. 8o, que inclui os alimentos, inclusive
bebidas, águas envasadas, seus insumos, suas embalagens, aditivos alimentares,
limites de contaminantes orgânicos, resíduos de agrotóxicos e de medicamentos
veterinários entre os bens e produtos submetidos ao controle e à fiscalização
sanitária pela Agência, adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu,
Diretor-Presidente, determino a sua publicação:

Art. 1o Fica aprovado o Regulamento Técnico sobre Alimentos para Atletas, nos
termos desta Resolução.

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

Seção I

Objetivo

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138
Art. 2o Este regulamento tem o objetivo de estabelecer a classificação, a
designação, os requisitos de composição e de rotulagem dos alimentos para atletas.

Seção II

Abrangência

Art. 3o Este regulamento se aplica aos alimentos especialmente formulados para


auxiliar os atletas a atender suas necessidades nutricionais específicas e auxiliar no
desempenho do exercício.

Parágrafo único. Este regulamento não abrange:

I – substâncias estimulantes, hormônios ou outras consideradas como doping


contidas na lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping (WADA)
e ou legislação pertinente;

II – substâncias com ação ou finalidade terapêutica ou medicamentosa, incluindo


produtos fitoterápicos, bem como suas associações com nutrientes ou não
nutrientes.

Seção III

Definições

Art. 4o Para efeito deste regulamento são adotadas as seguintes definições:

I – atletas: praticantes de exercício físico com especialização e desempenho


máximos com o objetivo de participação em esporte com esforço muscular intenso;

II – suplemento hidroeletrolítico para atletas: produto destinado a auxiliar a


hidratação;

AN02FREV001/REV 4.0

139
III – suplemento energético para atletas: produto destinado a complementar as
necessidades energéticas;

IV – suplemento proteico para atletas: produto destinado a complementar as


necessidades proteicas;

V – suplemento para substituição parcial de refeições de atletas: produto destinado a


complementar as refeições de atletas em situações nas quais o acesso a alimentos
que compõem a alimentação habitual seja restrito;

VI – suplemento de creatina para atletas: produto destinado a complementar os


estoques endógenos de creatina;

VII – suplemento de cafeína para atletas: produto destinado a aumentar a resistência


aeróbia em exercícios físicos de longa duração;

VIII – PDCAAS (Protein Digestibility Corrected Amino Acid Score): escore


aminoacídico corrigido pela digestibilidade da proteína para a determinação de sua
qualidade biológica.

CAPÍTULO II

DA CLASSIFICAÇÃO E DESIGNAÇÃO

Art. 5o É adotada a seguinte classificação para os produtos abrangidos por este


regulamento:

I – suplemento hidroeletrolítico para atletas;

II – suplemento energético para atletas;

III – suplemento proteico para atletas;

AN02FREV001/REV 4.0

140
IV – suplemento para substituição parcial de refeições de atletas;

V – suplemento de creatina para atletas;

VI – suplemento de cafeína para atletas.

Parágrafo único. Os produtos devem ser designados conforme classificação definida


neste artigo.

CAPÍTULO III

DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS

Art. 6o Os suplementos hidroeletrolíticos para atletas devem atender aos seguintes


requisitos:

I – a concentração de sódio no produto pronto para consumo deve estar entre 460 e
1.150 mg/l, devendo ser utilizados sais inorgânicos para fins alimentícios como fonte
de sódio;

II – a osmolalidade do produto pronto para consumo deve ser inferior a 330


mOsm/kg água;

III – os carboidratos podem constituir até 8% (m/v) do produto pronto para consumo;

IV – o produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme Regulamento


Técnico específico sobre adição de nutrientes essenciais;

V – o produto pode ser adicionado de potássio em até 700 mg/l;

VI – o produto não pode ser adicionado de outros nutrientes e não nutrientes;

VII – o produto não pode ser adicionado de fibras alimentares.

AN02FREV001/REV 4.0

141
§1o Quanto ao tipo de carboidratos, referente ao inciso III, este produto não pode
ser adicionado de amidos e polióis.
§2o Com relação ao teor de carboidratos, constante do inciso III, o teor de frutose,
quando adicionada, não pode ser superior a 3% (m/v) do produto pronto para o
consumo.

Art. 7o Os suplementos energéticos para atletas devem atender aos seguintes


requisitos:

I – o produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 75% do valor energético
total proveniente dos carboidratos;

II – a quantidade de carboidratos deve ser de, no mínimo, 15 g na porção do produto


pronto para consumo;

III – este produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme


Regulamento Técnico específico sobre adição de nutrientes essenciais;

IV – este produto pode conter lipídios, proteínas intactas e ou parcialmente


hidrolisadas;

V – este produto não pode ser adicionado de fibras alimentares e de não nutrientes.

Art. 8o Os suplementos proteicos para atletas devem atender aos seguintes


requisitos:

I – o produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 10 g de proteína na


porção;

II – o produto pronto para consumo deve conter, no mínimo, 50% do valor energético
total proveniente das proteínas;

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142
III – este produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme
Regulamento Técnico específico sobre adição de nutrientes essenciais;

IV – este produto não pode ser adicionado de fibras alimentares e de não nutrientes.

§1o Quanto ao requisito de proteínas, referente ao inciso II, a composição proteica


do produto deve apresentar PDCAAS acima de 0,9.
§2o A determinação do PDCAAS deve estar de acordo com a metodologia de
avaliação recomendada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação/Organização Mundial da Saúde (FAO/WHO).

Art. 9o Os suplementos para substituição parcial de refeições de atletas devem


conter concentrações variadas de macronutrientes, obedecendo aos seguintes
requisitos:

I – a quantidade de carboidratos deve corresponder a 50-70% do valor energético


total do produto pronto para consumo;

II – a quantidade de proteínas deve corresponder a 13-20% do valor energético total


do produto pronto para consumo;

III – a quantidade de lipídios deve corresponder, no máximo, a 30% do valor


energético total do produto pronto para consumo;

IV – os teores de gorduras saturadas e gorduras trans não podem ultrapassar 10% e


1% do valor energético total, respectivamente;

V – este produto deve fornecer, no mínimo, 300 kcal por porção;

VI – este produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais, conforme


Regulamento Técnico específico sobre adição de nutrientes essenciais;

VII – este produto pode ser adicionado de fibras alimentares.

AN02FREV001/REV 4.0

143
§1o Quanto ao requisito de proteínas, referente ao inciso II, a composição proteica
do produto deve apresentar PDCAAS acima de 0,9.
§2o A determinação do PDCAAS deve estar de acordo com a metodologia de
avaliação recomendada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação/Organização Mundial da Saúde (FAO/WHO).

Art. 10. Os suplementos de creatina para atletas devem atender aos seguintes
requisitos:

I – o produto pronto para consumo deve conter de 1,5 a 3 g de creatina na porção;

II – deve ser utilizada na formulação do produto creatina monoidratada com grau de


pureza mínima de 99,9%.

III – este produto pode ser adicionado de carboidratos;

IV – este produto não pode ser adicionado de fibras alimentares.

Art. 11. Os suplementos de cafeína para atletas devem atender aos seguintes
requisitos:

I – o produto deve fornecer entre 210 e 420 mg de cafeína na porção;

II – deve ser utilizada na formulação do produto cafeína com teor mínimo de 98,5%
de 1,3,7-trimetilxantina, calculada sobre a base anidra;

III – o produto não pode ser adicionado de nutrientes e de outros não nutrientes.

Art. 12. Outras substâncias podem ser autorizadas pela Anvisa desde que a
segurança de uso, conforme Regulamento Técnico específico, e a eficácia da
finalidade de uso para atendimento das necessidades nutricionais específicas e de
desempenho no exercício sejam cientificamente comprovadas.

AN02FREV001/REV 4.0

144
CAPÍTULO IV

DOS REQUISITOS GERAIS

Art. 13. Os produtos devem atender aos Regulamentos Técnicos, e outras normas
pertinentes:

I – de aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia de fabricação;

II – de contaminantes;

III – de características macroscópicas, microscópicas e microbiológicas;

IV – de rotulagem geral de alimentos embalados;

V – de rotulagem nutricional de alimentos embalados;

VI – de embalagens e equipamentos;

VII – de informação nutricional complementar, quando houver.

Parágrafo único. É permitido o uso dos aditivos alimentares e coadjuvantes de


tecnologia previstos para os alimentos similares quanto à composição e forma de
apresentação, desde que atendam às restrições e exigências constantes nos
Regulamentos Técnicos pertinentes e não alterem a finalidade do produto.

Art. 14. Os ingredientes utilizados devem ser seguros para o consumo humano. A
adição de ingredientes que não são utilizados tradicionalmente como alimento pode
ser autorizada desde que seja comprovada a segurança de uso em atendimento a
Regulamento Técnico específico.

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145
Art. 15. Os produtos previstos no art. 5o podem ser comercializados em conjunto,
desde que atendam aos requisitos de designação, específicos, gerais e de
rotulagem constantes deste regulamento.

Art. 16. Os produtos abrangidos por este regulamento somente podem ser vendidos
em unidades pré-embaladas na ausência do cliente e prontos para oferta ao
consumidor.

Art.17. Para atendimento aos requisitos específicos previstos nos arts. 6o ao 12,
devem ser considerados os ingredientes provenientes do produto exposto à venda,
sem considerar os nutrientes contidos nos ingredientes utilizados na preparação,
quando for o caso.

Parágrafo único. Este artigo não se aplica ao disposto no inciso II do art. 6o.

Art. 18. Os produtos previstos no art. 5o podem ser comercializados em diferentes


formas de apresentação, como tablete, comprimido, pó, gel, líquido, cápsula, barra,
dentre outras, desde que atendam aos requisitos específicos estabelecidos nos arts.
6o ao 12.

Art. 19. A empresa deve dispor da documentação referente ao atendimento dos


requisitos previstos neste regulamento para consulta da autoridade competente.

CAPÍTULO V

DA ROTULAGEM

Art. 20. O tamanho da fonte utilizada para designação do produto deve ser no
mínimo 1/3 do tamanho da fonte utilizada na marca.

Art. 21. Nos rótulos de todos os produtos previstos neste regulamento deve constar
a seguinte frase em destaque e negrito: “Este produto não substitui uma alimentação
equilibrada e seu consumo deve ser orientado por nutricionista ou médico”.

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146
Art. 22. Adicionalmente ao disposto no art. 21, nos rótulos de suplementos
hidroeletrolíticos para atletas, pode constar a expressão:

I – “isotônico” para os produtos prontos para o consumo com osmolalidade entre 270
e 330 mOsm/kg água;

II – “hipotônico” para os produtos prontos para o consumo com osmolalidade abaixo


de 270 mOsm/kg água.

Art. 23. Adicionalmente ao disposto no art. 21, nos rótulos de suplementos de


creatina para atletas devem constar as seguintes advertências em destaque e
negrito:

I – “O consumo de creatina acima de 3g ao dia pode ser prejudicial à saúde”;

II – “Este produto não deve ser consumido por crianças, gestantes, idosos e
portadores de enfermidades”.

Parágrafo único. A quantidade de creatina na porção deve ser declarada no rótulo


do produto.

Art. 24. Adicionalmente ao disposto no art. 21, nos rótulos de suplementos de


cafeína para atletas deve constar a advertência em destaque e negrito: “Este
produto não deve ser consumido por crianças, gestantes, idosos e portadores de
enfermidades”.

Parágrafo único. A quantidade de cafeína na porção deve ser declarada no rótulo do


produto.

Art. 25. A rotulagem nutricional deve atender ao disposto em Regulamento Técnico


específico com base na porção definida pelo fabricante.

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147
Art. 26. Na rotulagem dos produtos comercializados em conjunto conforme previsto
no art. 15 devem constar:

I – a designação de cada produto, conforme as classificações individuais previstas


no art. 4o, de acordo com os produtos que os compõem;

II – a lista de ingredientes de cada produto;

III – o número de registro de cada produto;

IV – o prazo de validade correspondente ao do produto com menor prazo;

V – a informação nutricional de cada produto.

Art. 27. Nos rótulos dos produtos não podem constar:

I – imagens e ou expressões que induzam o consumidor a engano quanto a


propriedades e/ou efeitos que não possuam ou não possam ser demonstrados
referentes a perda de peso, ganho ou definição de massa muscular e similares;

II – imagens e ou expressões que façam referências a hormônios e outras


substâncias farmacológicas e/ou do metabolismo;

III – as expressões: “anabolizantes”, “hipertrofia muscular”, “massa muscular”,


“queima de gorduras”, “fat burners”, “aumento da capacidade sexual”,
“anticatabólico”, “anabólico”, equivalentes ou similares.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

AN02FREV001/REV 4.0

148
Art. 28. As empresas abrangidas por esta Resolução terão o prazo de 18 (dezoito)
meses contados a partir da data de sua publicação para promover as adequações
necessárias de seus produtos ao presente Regulamento Técnicas, ficando proibida
a comercialização dos produtos não adequados após o término do prazo.

§1o A partir da publicação desta Resolução, os novos produtos devem atender na


íntegra às exigências contidas neste regulamento.
§2o Os processos de pedido de registro, além de suas petições secundárias, que se
encontram na Anvisa ou nos órgãos de vigilância sanitária estaduais, distrital e
municipais devem passar por exigência técnica para adequação a norma vigente.

Art. 29. Os aminoácidos de cadeia ramificada ficam temporariamente dispensados


da obrigatoriedade de registro, e podem ser comercializados, enquanto não
contemplados em regulamentação específica, obedecidos os seguintes requisitos:

I – cumprir os procedimentos previstos na Resolução nº 23, de 15 de março de


2000, e suas atualizações para produtos dispensados de registro;

II – não ser indicados para atletas e não conter indicação de uso para atletas na
designação, rotulagem e qualquer que seja o material promocional do produto;

III – utilizar a designação Aminoácidos de Cadeia Ramificada;

IV – cumprir as exigências estabelecidas nos itens 4.3.5; 9.1.2.2; 5; 6; 7; e, Anexo B


da Portaria SVS/MS no 222/1998.

Parágrafo único. Os produtos com registros atualmente vigentes terão o prazo de 18


(dezoito) meses para se adequarem aos requisitos acima.

Art. 30. O descumprimento das disposições contidas nesta Resolução e no


regulamento por ela aprovado constitui infração sanitária, nos termos da Lei no

AN02FREV001/REV 4.0

149
6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil,
administrativa e penal cabíveis.

Art. 31. Fica revogada a Portaria SVS/MS nº 222, de 24 de março de 1998, à


exceção dos itens 4.3.5; 9.1.2.2; 5; 6; 7; e Anexo B no que se refere aos
aminoácidos de cadeia ramificada.

Art. 32. Nos itens 2.2.2 e 4.2.2 do Anexo da Portaria nº 29, de 13 de janeiro de 1998
e no Anexo II da Resolução RDC nº 278, de 22 de setembro de 2005, onde se lê
“alimentos para praticantes de atividade física”, leia-se: “alimentos para atletas”.

Art. 33. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.


DIRCEU RAPOSO DE MELLO

AN02FREV001/REV 4.0

150
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AN02FREV001/REV 4.0

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FIM DO CURSO!

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