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ç60 CRIAR
~m.p.
Inform8ç~o Tecnológica
Dala:--.l--.l_
Confinamento
de bovinos
" ediçJo:
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Autor
Luiz Roberto Lopes de 5. Thiago
Engo. Agro., Ph.D.
ColeçOo CRIAR
Apresentação
o Brasil já dispõe de um volume substancial
de conhecimentos, gerados a partirda pesquisa agrí~
cola. A inserção desses conhecimentos junto a seg~
mentos mais amplos da sociedade tem exigido con~
siderável esforço, no sentido de assegurar a quali-
dade técnica das informações e, ao mesmo tempo,
tornar disponíveis textos que possam ser utilizados
por todas as pessoas interessadas nos temas referen-
tes à agropecuária, à agroindústria e ao meio ambi~
ente, independentemente de os leitores serem ou não
especialistas nesses assuntos.
A exemplo da Coleção Plantar, que tem al-
cançadogrande sucesso editorial, atendendo às ne~
cessidades de informação de produtores, técnicos,
sitiantes, chacareiros, donas-de-casa e demais inte~
ressados em práticas agrícolas que lhes reduzam
desperdfcios, permitindo-Ihes maiorsucessoem suas
atividades rurais, a Embrapa lançou , a Coleção
Criar.
Col.,,.Oo CRIAR
lucio 8runale
Gerente-Geral
I Cole~áo CRIAR
Sumário
Introdução ..... .... ... ... ... ... ..... .... ..... ........ ......... ... 9
Instalações ....................................................... 13
localização ............................................... 1S
Área ........................................................... 15
Curral de confinamento ............................. 16
Cu rral de manejo ....................................... 18
Depósitos ............................................. ... .. 18
Máquinas e equipamentos.. ..... ..... .... .... .... ....... 19
Animais ............................................................ 19
Tipo e conformação ....... .. .... .... .................. 20
Peso e idade ..... ... ... . ... ...... .... .... ........... ... ... 23
Raças e cruzamentos ....................... .. .. ... ... 24
Sexo ............. ...... ...... .................................. 2S
Alimentação ................................................ ..... 27
Fontes de alimentos ................. .... .... ... ....... 30
Formulação da ração .................... ... .......... 40
Sistema Nelore .......................................... 48
Sistema Mestiço .... ... .................................. 60
Fornecimento de alimento .... .. ................... 69
I Col eçóo CRIAR
Introdução
No Brasil, bovinos engordados no pasto
apresentam crescimento considerado bom du-
rante a época das chuvas (primavera/verão),
com ganhos médios de 450g/dia, e fraco de-
sempenho no período de estiagem (outonol
inverno), com variações de perdas até ganhos
da ordem de 200g/dia. A sazonal idade na
produção tem dois efeitos diretos no mercado
de carne:
• propicia a oferta de animais para o abate com
idade acima dos 40 meses;
• concentra a comercialização do boi gordo no
período janeiro/junho (época da safral.
9
I Coleç60 CRIAR I
1O
I Coleç60 CRIAR I
11
I Cole~60 CRIAR I
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I Coleçllo CRIAR I
Instalações
Devem ser simples, eficientes e práticas.
Nas condições climáticas do Brasil Central, um
curral a céu aberto pode absorver, sem maiores
problemas, as chuvas esporádicas que ocorrem
durante o período de confinamento. A Fig. 1
mostra detalhes de um curral a céu aberto,
dimensionado para 50 animais.
13
Coleção CRIAR
- --
-- --(g]
-
(-...-..~ . ~
' -:-: : : :::~: ...~ -.-- : : .- ;-;-: - :,, ~ -.~ ::~-, - :: ::-. ~ :;
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F1G~ 1. Vista do conjunto das instalações
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I Coleç60 CRIAR I
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I Coleçoo CRIAR I
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I Coleç60 CRIAR I
órea (m')
Cl =
CF (m)
ou:
750m'
Cl = 20,83m
36m
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Coleção CRIAR I
18
I Coleção CRIAR I
Máquinas e equipamentos
Além das máquinas agrícolas necessári-
as para o cultivo do milho, sorgo, soja, etc, o
confinamento exige o uso de uma ensiladeira,
vagões para o transporte de forragem no local
do silo, uma balança para preparar rações e um
desintegrador (grãos e forragem). O
dimensionamento dessas máquinas depende do
número de animais a serem confinados. Um
confinamento com mais de 200 cabeças justifi-
ca a aquisição de um vagão forrageiro, que mis-
tura e distribui a ração diretamente no cocho.
Animais
Sendo o confinamento um sistema inten-
sivo de produção de carne, é essencial que o
animal a ser confinado possua potencial para
responder às condições de alimentação e ma-
nejo ao qual será submetido. Alguns aspectos a
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Coleçóo CRIAR
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Coloç60 CRIAR
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I Col",o CRIAR I
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I Coleç~o CRIAR I
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I Coleção CRIAR I
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I Coleção CRIAR I
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Coleção CRIAR I
Castrados aos:
2 meses 82 442 360
12 meses 75 420 345
24 meses 74 464 390
Fonte: Roverso et alo (1969)
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I Coleç60 CRIAR I
Alimentação
Sem considerar o custo dos animais, a
alimentação representa de 70 a 80% dos gastos
operacionais do confinamento, devendo, por
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I Coleç60 CRIAR I
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I Coleçôo CRIAR I
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I Coleção CRIAR I
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I Coleção CRIAR I
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Coleção CRIAR
Consumo Gonho
Volumoso do volumoso de peso
(kg de MS/cab./dia) (kg/cab./dia)
Silagem de milho 6,6 1,15701
Silagem de sorgo 6,2 1,096 0
Capim·elefante (Cf) 6,0 O,613~
Cano·de·açúcar (CA) 4,3 O,736
Mistura Cf + CA (50%) 5,9 0,840 b
'Médias com letras difet"ern (Duncan, 5%)
Fonte: Thiago el alo (1992).
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I Coleç60 CRIAR I
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Coleção CRIAR
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I Coleção CRIAR I
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Coleção CRIAR
Na MS
Alimento MS 1%)
1%) PB NDT
Silogem de milho 25,3 a 36,6 6,0 a 9,4 53,5 a 71 ,6
Silagem de so rgo 23,3 a 37 ,5 4,107,1 41,5063,6
Silagem de capim-elefante 19,3 a 23,1 4,5 a 11,0 50,0 a 64,0
Feno de gramínea 83,2 o 97,0 4,0 07,0 45,0 a 50,0
Cana Integral 25,5 2,5 69,6
Capim-elefante 26,5 4,9 52,7
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Coleção CRIAR
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I Coleção CRIAR I
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Coleção CRIAR
lSorgO granlfero.
lde 40 a 44%, apenas, tido como proteína verdadeira.
=
MS matéria seca; PB = proteína bruta; NDT '" nutrientes digestiveis totais.
Fonte: vários autores.
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I Coleçóo CRIAR I
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I Coleção CRIAR I
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Coleção C RIA R
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Coleção CRIAR
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I Coleção CRIAR I
50-10g ou 30 x 10g
30-X X= =6gdePB
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I Coleção CRIAR I
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I Coleção CRIAR I
NDT
EM (MJ/kg de MS) = - - - - x 3,62 x 4,184
100
As rações calculadas nos exemplos
Nelore e Mestiço a segu i r, serão ai nda feitas em
termos de PB e NOT, mas as mesmas poderão
facilmente ser transformadas para POR e EM.
As necessidades minerais, principalmente
Cálcio e Fósforo, não são especificadas, pois os
mesmos podem facilmente ser supridos através
dofornecimento na ração (50glcab./di~), acres-
cida da oferta à vontade em cochos. E impor-
tante que a composição da mistura a ser
fornecida atenda as necessidades de an i mais em
fase de engorda.
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I Coleç60 CRIAR I
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I Coloç60 CRIAR I
No pasto:
• período da seca (jun. a out.) = 100glcab./dia;
-período das chuvas (nov. a maio) = 450glcabJdia;
No confinamento :
-período de maio a setembro = 1,Okglcab./dia.
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Coleção CRIAR
N=n,;,
Aro 1: S o N o
O=l5Cl<g 12= 176kg
/lro2: F M b M J A ~ o N o
2<=286Ig
Ivo 3: F M A M J A S o N o
32=383kg 35=46~
/ll'o 4: F o o
~
M A S N
Confihamenlo
42=466kg
Ano 5 , J F M A
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I Coleção CRIAR I
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I ColoçOo CRIAR I
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Coleção CRIAR
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Coleção CRIAR
383 x 2,4%
9, 192kg de MS/cab./dia da dieta total
100
9,192 x 30
2,758kg de MS/cab./dia de concentrado,
100
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I Coleç60 CRIAR I
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Coleção CRIAR
1 Neste cuo, o peso vivo de 383k, nlo se encontra na Tabela 8, devendo ser
determinado pelo ~odo de interpolação (Ruiz et ai .. 1993).
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I ColeçOo CRIAR I
383 + 462
- - - = 423kg de peso vivo médio.
2
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Coleção CRIAR
2 A",
Ingredien'" Consumo MS kgllOO on./ ProdUSÓQ /.~
{lcglcob./diajl 95 diQ, ~o/hol lhal adquirido (leg)
570
• .200
1.840
...'"
570
Misturo mineral 0 ,100 950 950
60
Coleçã o CRIAR
No pasto:
• Período da seca (jun/out.l: 11 Og/cab./dia
• Período das chuvas (nov/maio):550g/cab./dia
No confinamento (maio-set.): 1.1 OOg/cab./dia
Como no caso anterior, esses parâmetros
são usados para acompanhar o crescimento do
animal desdeo nascimento até o abate, de acor-
do com o esquema abaixo:
Novilho Mestiço (pastejando B.
decumbens)
N:32kg
Ano " - - -- -- - - - - - - S o N o
O:I80kg 12:210kg
Ano 2: J F M ~ M J A ~ o N o
20=312kg 24=462kg
Ano 3: J F M A M J ~ o N o
\ p
32:4«kg
Vxm~Y.a
34 - 468kg
Ano 4: J F M ~ 4
Suplemento
N = nascimento; O = desmama;
12,20, 24, 32 e 34 = idade em meses.
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I Coleção CRIAR I
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I Coleçáo CRIAR I
312 x 2,6%
- - - - = 8, 112kg de MS/ cab./dia.
100
63
Coleção CRIAR I
Assim, teremos:
8,112x40
= 3,245kg de concentrodo
100
e
8,112x60
- - - - = 4,867kg de silagem de milha.
100
o
concentrado a ser usado será consti -
tuído pelos mesmos ingredientes usados no Sis-
tema Nelore, variando apenas as suas propor-
ções:
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I Co leç60 CRIAR I
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Col eçã o C RIAR
MS PB NDT
Consumo (kg/cob./dioJ 8, 112 1,025 5.B26
'Aqui também o peso vivo de ) 12kg n50 se encontra na Tabela 9, devendo ser
determinado pelo método de interpolação tRuiz cl ai., 19Q3).
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Coleçáo CRIAR
312 + 462
- - - - = 387kg de peso vivo
2
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Coleção CRIAR
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I Coleção CRIAR I
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I Coleção CRIAR I
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I Coleção CRIAR I
Manejo sanitário
-Escolha dos animais - sendo o confinamento
um sistema intensivo de produção de carne, é
essencial que o animal a ser confinado possua
potencial para responder às condições especi-
ais de alimentação e manejo ao qual será sub-
metido. Alguns aspectos a serem observados na
seleção dos animais são:
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Coleção CRIAR
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I Coleção CRIAR I
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I Coleção CRIAR I
Coeficientes de produção
o
sucesso de um confinamento depen-
de dos seguintes fatores:
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I Coloçáo CRIAR I
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I Coleção CRIAR I
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I Coleçóo CRIAR I
• Preço do boi gordo - a variação normal de
final de entressafra, de agosto a outubro (Tabela
1), deve ser a referência para o confinamento
durante a entressafra, de maio a outubro. Con-
vém ter sempre em vista que, no Brasil, o boi
confinado não tem condições de competir com
o boi de pasto (18 arrobas com 4,5 anos de ida-
de). O que torna o confinamento uma ativida-
de rentável é, principalmente, a alta do preço
da arroba do boi nos meses finais da entressafra.
Assim, se o preço do boi magro não estiver arti-
ficialmente alto no início da entressafra, a trans-
ferência dessas treze ou quatorze arrobas para
o fi nal da entressafra pode representar o verda-
deiro lucro direto do confinador, e não as duas
ou três arrobas obtidas durante o confinamento.
O pecuarista que faz a cria, recria e engorda
deveria estar atento para esse detalhe, pois se o
preço do bezerro desmamado ou do boi magro
estiverem excessivamente altos, as chances do
confinamento dar lucro ficam bastante reduzi -
das. Nesse caso, talvez fosse mais interessante
vender os animais.
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Coleção C RIAR I
80
Coleção CRIAR
Proprietário:
Cidade e Estado:
Dala inicio: ....
Data final:
Lote nO: .... ..... ..
A· NV inicial de animais:
8· Custo do animal:
C • NV de mortes: ..... .
D . C.. usa mortis: .. ............................... ..
E • Peso inicial médio/lote tkg): ....... ............................. .
F· Peso final médio/lote (kg): . ........................ ................. .
G · Periodo de confinamento (di;u): ....................................................... .
H • Ganho de peso médio (kglcabJdia) (F • flG '" H): .
I · Consumo médio de alimentos (base MS: kglcabJdia): ...... . ............... ..
J. Conversão alimentar (I/H): ................. ... ........ ................. .
K • CustO operacional (animais + alimentaçào + profilaxia +
mão-de-obra + reparos e manutenção): .. ................. .
L • f'.IO de animais vendidos:.
M • Receitil bruta (F x l x preço): ...................... .
N • Lucro (M • K):
O· Data de vendil : ..................... ..
p . Retorno do capitill empregado !tN,!K) x 1001 :
Q . lucro/ilnima l (N/A): ..................... ..
Observações:
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Coleçóo CRIAR
Conclusão
Os sistemas de produção de carne estão
sendo direcionados para maior precocidade, de
forma a atender à demanda futura por animais
jovens para abate.
Referências Bibliográficas
ARe. Reporl of the protein group of the Agricultural Research
Council working party on the nutrient requirements of
ruminants. [S.I.: ,. n. L 1984. (Commonwealth Agri cultural
Bureau x: Farnham Royal),
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Coleçáo CRIAR
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Coleção CRIAR
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Endereços atualizados
: ••• I