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*O processo de informação radical*

Um dos problemas do jornalismo contemporâneo português é a sua pouca atenção à informação e a sua
substituição pela opinião. A opinião é um elemento importante do tecido democrático que estende pelo
espaço público o debate, mas não substitui a informação, o velho programa do jornalismo de “quem, o
quê, quando, onde, porquê e como”. Ora o que se está a passar é uma contínua degradação da
informação e, pior do que isso, da “vontade de informar”, em detrimento de uma informação opinativa,
uma forma de “narrativa” que envolve subjectivamente o seu autor naquilo que relata, e o prende a
uma sucessão de opiniões e a uma escassez ou deturpação de informações.

Já tenho várias vezes denunciado esse processo que se tem acentuado à medida que as redacções se
tornam mais desertificadas, mais hierarquizadas e mais feudalizadas. E é um processo mais grave na
imprensa de referência. Quem cobre um partido, ou uma área da cultura, ou do espectáculo, ou uma
manifestação de rua, é hoje pouco mais do que um jornalista ou dois, e muito menos uma equipa,
mesmo nos grandes jornais. Esse(s) jornalista(s) é (são) “especializado(s)” num assunto, o que em si é
positivo, mas detêm o controlo da “narrativa” sobre esse assunto, o que é mau. Isto soma-se ao efeito
do “jornalismo de rebanho” que isola as opiniões solitárias e tende a uniformizar o produto final, e a
diminuir o pluralismo.

São eles também que falam com as “fontes”, muitas delas abusivamente anónimas, e com todos os
problemas que essa relação tem, havendo quase sempre uma espécie de tradoff entre jornalista e
"fonte". E não adianta rasgar as vestes porque toda a gente sabe que é assim, a que acresce a relação
muito menos transparente com as agências de comunicação. Ainda me estão por explicar por que razão
quando uma empresa, um escritório de advogados, uma consultora, paga a uma agência de
comunicação consegue “colocar” as sua notícias e quem não tem ou não paga o serviço, não consegue
publicar nada, independentemente do seu valor informativo. Os casos mais evidentes são as páginas
especializadas, por exemplo, do jornalismo económico.

Existe jornalismo tendencioso p simpatia política, mas nem sequer é disso que estou a falar, embora o
produto final possa caber nessa categoria. Um exemplo, do falhanço de informação, que neste caso não
cumpriu a obrigação de informar.

O que acontece é que se algum facto ou actuação colocar em causa a apreciação jornalística, quem fica
em causa é também o jornalista, porque algures cometeu um erro de julgamento ou de apreciação, ou
porque se envolveu tanto com uma opinião pessoal ou de grupo, que não pode, consegue ou deseja sair
desse casulo em que se meteu. E é por isso que as “narrativas” não mudam, porque há uma resistência
psicológica à mudança, quando ela põe em causa todo um perfil, toda uma série de apreciações, toda
uma sucessão de opiniões. É por isso quando alguém é bom, ou esperto, ou hábil, ou responsável, fica
sempre assim, porque não são os factos que mandam, mas o julgamento opinativo do jornalista. E quem
é mau, ignorante, desleixado, incompetente, fica também sempre assim, pelas mesmas razões.

Com a solidificação da “narrativa”, os factos deixam de contar porque ou são híper-valorizados para
acentuar uma opinião, ou são ignorados se se tornam “factos incómodos”, porque colocam em causa a
apreciação que o jornalista tem feito, nalguns casos de há muito tempo para cá. Não é difícil fazer uma
lista de amizades, ódios, gostos e desgostos, em que se percebe bem demais a simpatia ou a antipatia
em todas as áreas do jornalismo. Com a escassez de pessoas e o pouco trabalho de equipa, a
feudalização e o mandarinato, os jornais são sucessões de opiniões com muito pouca informação por
trás. No caso dos jornalistas individuais, isto pode ser psicologicamente compreensível, mas é mau
jornalismo.

*4.2 O Processo de informação radical**

A ideia é que o marketing seja de atração e não mais de ataque, que ele uentontemente usado por
jornalistas e veículos de informação para explicar todo tipo de ação, inclusive violações de condutas.
Neste artigo, discutimos o conceito de “interesse público”, e observamos como ele se apresenta em
trinta códigos de ética na África, Ásia, Europa, América e Oceania. Para compor a amostra da pesquisa,
recorremos a características demográficas, buscando proporcionalidade, legitimidade e antiguidade dos
documentos. Adotamos a análise de conteúdo (Krippendorff, 1990; Bardin, 1977) para interpretar os
dados. Ao salientar como o interesse público é evocado nesses documentos, podemos alcançar uma
compreensão melhor de como os jornalistas sustentam suas tomadas de decisão cotidianas e como se
orientam

Interesse do público

É a ideia de que um produto da mídia é atraente ao público, mesmo não sendo relevante para ele,
aproximando-se assim do entretenimento e afastando-se do jornalismo. Esse conceito existe no campo
da comunicação social, em contraposição ao de interesse público. A ideia é que o marketing seja de
atração e não mais de ataque, que ele produza conteúdos que sejam interessantes para as pessoas e
que as marcas ganhem autoridade dessa maneira.

Nessa metodologia, o conteúdo tem como função atrair as pessoas e educá-las de acordo com as etapas
do funil de vendas, até transformá-las em clientes. Mas para que o Inbound Marketing funcione de
maneira eficaz, é necessário que haja conteúdo de qualidade. Aí entram os jornalistas!

Acostumados a produzir conteúdos, de uma maneira dinâmica e com qualidade, os jornalistas estão
dentre os profissionais que mais se interessaram por essa área. A prática com a produção de textos e a
sua ampla visão de mundo contribuem para que esse profissional avance no marketing de conteúdo,
trazendo uma narrativa interessante para os textos com a sua habilidade em escrever bem –
característica base para a eficiência do marketing de conteúdo.

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