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Aula 01

Regimento Interno p/ TJDFT


Professor: Paulo Guimarães
Regimento Interno do TJDFT
! Teoria e exercícios comentados
Prof. Paulo Guimarães – Aula 01
AULA 01: Parte Primeira, Título II – Da
Composição e da Competência.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Do Conselho Especial 3
2. Do Conselho da Magistratura 15
3. Das Câmaras Especializadas 16
4. Das Turmas 22
5. Das Disposições Comuns 25
6. Das Comissões 27
7. Resumo do Concurseiro 29
7. Questões Comentadas 31
8. Questões sem Comentários 43

Olá, amigo concurseiro! Fico feliz em ter você aqui


novamente, e agradeço a confiança depositada em nós para ajudá-lo na
sua preparação. Sempre utilize nosso fórum de dúvidas ou me mande um
email para esclarecer qualquer questão que não tenha ficado clara o
suficiente, ou simplesmente para dar suas sugestões para o
aprimoramento do curso.
Ao final da aula, como de costume, incluí questões sobre o
assunto. Tente resolver as questões sozinho antes de ler os comentários e
não esqueça de já começar a estruturar seu processo de revisão, para
que nos últimos dias você tenha tempo e disposição para rever todo o
assunto e consiga resolver as questões novamente.
Antes de começar nossa aula de hoje, eu gostaria de fazer
alguns comentários. Especialmente nesta aula, que trata das
competências dos vários órgãos do TJDFT, eu vou mencionar vários
institutos de Direito Processual, recursos cíveis e criminais, ações
autônomas, sentenças, decisões interlocutórias, etc.
Conhecer bem essas figuras só é possível com um estudo
aprofundado do Processo, e esse não é o objeto do nosso curso. As
questões de Regimento Interno na prova podem ser respondidas sem
grandes conhecimentos sobre esses institutos, mas, ainda assim, eu faço

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questão de explicar, ao menos superficialmente, pois isso facilita, e muito,
a sua compreensão e memorização.
Enfim, o que eu quero dizer é que você não precisa, e nem
deve, decorar todas essas explicações. Deve, sim, procurar entender
tudo, e o que for necessário virá naturalmente, ok? Alguns conceitos
precisam de aprofundamentos, mas eles serão feitos no momento
adequado.
Chega de blábláblá e vamos ao que interessa!

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1. DO CONSELHO ESPECIAL

1.1 Da Composição do Conselho Especial

Art. 6º O Conselho Especial, constituído de dezessete


desembargadores, respeitada a representação de advogados e de
membros do Ministério Público, e presidido pelo Presidente do
Tribunal, é integrado:
I – pelos nove desembargadores mais antigos, entre eles o
Presidente do Tribunal, o Vice-Presidente e o Corregedor da Justiça;
II – por oito desembargadores eleitos pelo Tribunal Pleno.
Conselho Especial é o nome do órgão especial do TJDFT.
Já explicamos na aula anterior que o órgão especial é responsável por
absorver certas atribuições do Pleno, para facilitar o dia a dia do tribunal,
na medida em que algumas questões passam ser resolvidas por um
número menor de desembargadores.
O Conselho Especial do TJDFT é comporto por dezessete
desembargadores, que são escolhidos de duas formas diferentes.
Primeiro, os nove mais antigos. Aparentemente, esqueceram de
atualizar o Regimento de acordo com a Emenda Regimental nº 03/2011,
que criou as figuras do Primeiro Vice Presidente e o Segundo Vice
Presidente. O inciso menciona apenas um Vice.
Não precisa enlouquecer com isso. Acredito que a opção mais
“saudável” seja entender que tanto o Primeiro Vice quanto o Segundo
Vice farão parte o Conselho Especial. Essa é a lógica aplicada pela
Emenda e é assim que funciona na prática. Se isso aparecer numa
questão, deve ser cobrado exatamente de acordo com o que está escrito,
e, se não for, é muito difícil que a questão não seja anulada. De qualquer
forma vamos ficar de olho ;)

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§1º As vagas por antiguidade serão providas pelos membros mais
antigos do Pleno, nas respectivas classes, mediante ato do Presidente
do Tribunal.
Uma coisa importante para se entender aqui é que, nesse
caso, a antiguidade é contada de acordo com o tempo no Pleno,
exceto para fins de desempate, mas veremos mais detalhes sobre isso no
futuro.
Se o tempo como Juiz de Direito contasse para essa
finalidade, os advogados e membros do Ministério Público que entram no
tribunal por meio do quinto constitucional seriam injustiçados, você não
acha? Esses novos desembargadores nunca fariam parte do Conselho
Especial pelo critério da antiguidade.
Os outros oito desembargadores são eleitos pelo Pleno.
Essa eleição tem alguns detalhes que nós veremos a seguir.

§2º A eleição prevista no inciso II será realizada em votação


secreta do Pleno, e a apresentação das candidaturas ocorrerá no início
da sessão convocada para essa finalidade. Nas vagas destinadas ao
quinto constitucional, será atendida a alternância determinada no art.
100, §2º, da Lei Orgânica da Magistratura Nacional.
§3º Será eleito o desembargador que obtiver maioria simples dos
votos dos membros integrantes do Tribunal Pleno. No caso de empate,
prevalecerá o desembargador mais antigo no Tribunal.
§4º Serão considerados suplentes, na ordem decrescente da
votação, os membros não eleitos; na falta destes, observar-se-á a
antiguidade.
§5º Até que seja editado novo Estatuto da Magistratura, o mandato
dos membros eleitos será de dois anos, admitida uma recondução.
Vamos nos concentrar no que precisa ser memorizado. Os oito
desembargadores são eleitos pelo Pleno, em votação secreta, por
maioria simples, para um mandato de dois anos, admitida uma

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recondução. Esses são os aspectos mais importantes! Colo que isso na
sua listinha de memorização!

ELEIÇÃO PARA O CONSELHO ESPECIAL


- Votação Secreta do Pleno;
- Maioria Simples;
- Mandato de dois anos, permitida uma recondução.
É possível também que a questão cobre o procedimento no
caso de empate. Lembre-se de que o critério de desempate, não só para
o Conselho Especial, mas para vários outros casos, é a antiguidade.
Os suplentes normalmente são os candidatos mais votados
dentre os não eleitos, mas numa situação em que houver apenas oito
candidatos, por exemplo, não haverá suplentes designados, e então,
imagine qual o critério utilizado para convocá-los? Isso mesmo, a nossa
amiga antiguidade. Se não há suplentes, serão convocados os
desembargadores mais antigos.

1.2. Das Substituições dos membros do Conselho


Especial
§7º A substituição dos membros do Conselho Especial, nas férias,
nos afastamentos e nos impedimentos, será feita por convocação do
Presidente do Tribunal, observados os seguintes critérios:
I – os membros eleitos serão substituídos pelos suplentes na ordem
decrescente da votação ou, na falta desses, na ordem de antiguidade,
inadmitida a recusa;

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II – os membros escolhidos pelo critério de antiguidade serão
substituídos de acordo com a ordem decrescente dessa, excluídos os
suplentes, inadmitida a recusa;
III – os membros convocados ficarão vinculados aos
processos que lhes forem distribuídos, sem prejuízo de suas
atividades.
O art. 7º explica os detalhes sobre a substituição dos
membros do Conselho Especial. Primeiramente, precisamos saber que a
substituição dos membros se dá quando os titulares entram em férias,
afastamentos (geralmente licenças) e quando são impedidos de atuar
em determinado feito (quando o desembargador é parente de uma das
partes do processo, por exemplo).
Os oito desembargadores eleitos são substituídos pelos
suplentes, que, como já vimos, são os candidatos mais votados entre os
não eleitos para integrarem o Conselho Especial, obedecendo a ordem de
votação. Não havendo suplentes, os desembargadores mais antigos
serão convocados, e não podem recusar! Isso mesmo! Eles são obrigados
a participar do Conselho Especial!
Os membros escolhidos com base na antiguidade são
substituídos naturalmente pelos mais antigos dentre os que não
compõem o Conselho, na ordem de antiguidade, e estes também não
podem recursar.
Por último, uma regra interessante. Quando o membro que
estava afastado volta ao Conselho Especial, o membro convocado não
devolve o processo, pois fica vinculado, e, além desses processos, julga
normalmente na turma e câmara das quais faça parte.

§6º O membro que exercer função por quatro anos, desprezada


convocação por período igual ou inferior a seis meses, só poderá ser
candidato se esgotados todos os nomes dos elegíveis.

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Vamos lá! O desembargador pode ser convocado para compor
o Conselho Especial na condição de suplente, como já vimos. Nesse caso,
essa convocação poderá contar para fins de impedimento para que ele se
candidate. Vou explicar como funciona.
O tempo de convocação é somado para fins de apuração
desse período. Quando chegar a quatro anos, o desembargador só pode
ser candidato a integrar o Conselho Especial se “não tiver jeito”, ou seja,
se todos os nomes elegíveis se esgotarem.
Mas atenção! Tem um detalhe aqui! Convocações que
durem até seis meses não contam! Assim, o desembargador pode ser
convocado inúmeras vezes; se essas convocações duraram menos de seis
meses, ele pode se candidatar normalmente.

§8º Quando, no curso do mandato, um membro eleito passar a


integrar o Conselho Especial pelo critério da antiguidade, será declarada
vacância e convocada eleição para o provimento da respectiva vaga.
Esse é o caso em que um dos desembargadores que
compõem o Conselho Especial pelo critério da antiguidade deixa o
Conselho, seja porque se aposentou, foi exonerado, ou qualquer outra
razão. Nesse caso, se o próximo na lista da antiguidade já for membro
eleito, será convocada nova eleição para suprir essa vaga.

§ 9º Em caso de impedimento do Presidente em relação a


processo que será anunciado para julgamento, a condução dos trabalhos
será transmitida ao Primeiro Vice-Presidente ou, na impossibilidade deste,
ao Segundo Vice-Presidente. Na impossibilidade de ambos, a condução
dos trabalhos será transmitida ao membro mais antigo que lhes suceder
na ordem decrescente de antiguidade.
Imagine, por exemplo, que o processo a ser julgado pelo
Conselho Especial diz respeito a um amigo ou parente do Presidente.
Nesse caso, o Presidente estará impedido de exercer suas atribuições,

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e os trabalhos devem ser conduzidos, nessa ordem, pelo Primeiro Vice-
Presidente ou pelo Segundo Vice-Presidente.
Note que o Corregedor não entra nessa linha sucessória,
pois sua função não contempla a substituição do Presidente. Se os dois
vice-presidentes não puderem, a condução dos trabalhos caberá ao
desembargador mais antigo.

1.3. Das Reuniões do Conselho Especial

Art. 7º O Conselho Especial somente se reunirá na presença de


desembargadores em número equivalente ao inteiro que se segue à
metade de seus membros, no mínimo.
§1º Quando exigido quorum qualificado para deliberação, o
Conselho Especial não se reunirá sem que estejam presentes
desembargadores em número equivalente, no mínimo, a dois terços dos
membros que o compõem, considerados os substitutos.
§2º Far-se-á verificação de quorum no início da sessão de
julgamento, e os desembargadores presentes não poderão deixar o
plenário, salvo motivo de força maior.
Os regimentos de órgãos colegiados sempre preveem o
quórum de instalação, que é a quantidade mínima de componentes que
precisam estar presentes para que a sessão ocorra. No caso do Conselho
Especial, o quórum de instalação é o de mais da metade dos membros.
Nunca consegui descobrir porque a lei e os doutrinadores
usam essas expressões complicadas. Apenas lembre disso! O “número
equivalente ao inteiro que se segue à metade dos seus membros”
é o mesmo que dizer “mais do que a metade”. Atenção! Não é
exatamente a metade! É mais do que a metade!
No nosso caso, estamos falando de um conselho composto por
dezessete desembargadores. Logo, as sessões poderão se iniciar quando
presentes pelo menos nove.

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Mais uma vez vou enfatizar! Se o número de
desembargadores do Conselho fosse de dezoito, por exemplo, o quórum
de instalação seria de dez (mais do que a metade!).
Quando o Conselho Especial só puder deliberar por quórum
qualificado, a sessão só será instalada na presença de dois terços dos
membros. Atenção! Nesse caso, o mínimo é exatamente dois terços, e
não “mais que dois terços”.
Por último, uma vez verificado o quórum, os
desembargadores presentes não têm permissão para deixar o
plenário, salvo por motivo de força maior.

1.4. Da competência do Conselho Especial

Art. 8º Compete ao Conselho Especial:


I – processar e julgar originariamente:
a) nos crimes comuns e de responsabilidade, os Governadores
dos Territórios, o Vice-Governador e os Secretários de Governo do
Distrito Federal e os dos Governos dos Territórios, ressalvada a
competência da Justiça Eleitoral;
b) nos crimes comuns, os Deputados Distritais, e nesses e nos
de responsabilidade, os Juízes de Direito do Distrito Federal e dos
Territórios e os Juízes de Direito Substitutos do Distrito Federal,
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
c) o mandado de segurança e o habeas data contra atos do
Presidente do Tribunal, de quaisquer de seus órgãos e membros,
observados o art. 13, II, e o art. 15, IV, deste Regimento; do
Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios; do
Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal e dos membros
da Mesa; do Presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal e
de quaisquer de seus membros; do Governador, do Procurador-
Geral e dos Secretários de Governo do Distrito Federal; dos

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Governadores dos Territórios e dos respectivos Secretários de
Governo;
d) o habeas corpus, quando o coator ou o paciente for autoridade
diretamente sujeita à jurisdição do Conselho Especial, ressalvada a
competência da Justiça Especial e a dos Tribunais Superiores;
e) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma
regulamentadora for atribuição de órgão, de entidade ou de autoridade –
quer da administração direta, quer da indireta – dos Governos do Distrito
Federal e dos Territórios, da Câmara Distrital ou do Tribunal de Contas do
Distrito Federal;
f) o conflito de competência entre órgãos e entre
desembargadores do próprio Tribunal;
g) a ação rescisória e a revisão criminal dos próprios julgados;
h) a proposta de súmula e o incidente de uniformização de
jurisprudência;
i) os embargos infringentes opostos aos próprios julgados e às
ações rescisórias de competência das Câmaras;
j) a representação por indignidade para o oficialato de
membros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito
Federal, bem como de membros dessas corporações nos Territórios;
k) a carta testemunhável relativa a recursos especial,
extraordinário ou ordinário;
l) a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória
de constitucionalidade de lei ou de ato normativo distrital em face da
Lei Orgânica do Distrito Federal e as respectivas reclamações, para
garantir a autoridade de suas decisões.
Quando falamos em competência com relação à jurisdição,
podemos classificá-la em originária e recursal. Explicando de maneira
bem simples, a competência originária diz respeito aos processos que
já “nascem” no tribunal, enquanto a recursal se refere a processos de
uma instância anterior, e são julgados pelo tribunal apenas quando uma
das partes recorre da decisão.

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O Conselho Especial julga nos crimes comuns e de
responsabilidade os governadores de territórios. Quero chamar
bastante atenção para isso, porque os governadores de estados e do
Distrito Federal são julgados perante do STJ (Art. 105, I, a da
Constituição Federal).
Da mesma forma, são julgados nos crimes comuns e de
responsabilidade o Vice-Governador e os Secretários, tanto do Distrito
Federal quanto dos territórios federais.

Os governadores de estado e do Distrito Federal são julgados


nos crimes comuns pelo STJ e, nos de responsabilidade, pela respectiva
assembleia legislativa (ou CLDF), mas os governadores de territórios
são julgados pelo Conselho Especial do TJDFT.

Abaixo, fiz um quadro-resumo da competência do Conselho


Especial com relação aos crimes.

CRIMES
COMUNS RESPONSA
-BILIDADE

X X Governadores de Territórios, Vice-


Governador e Secretários de Territórios e
do DF.
X Deputados Distritais
X X Juízes de Direito do DF e dos Territórios

O mandado de segurança e o habeas data já foram


estudados por você na matéria de Direito Constitucional, e os detalhes
dessas ações não fazem parte do objeto do nosso estudo. É importante

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conhecer a lista das autoridades cujos atos podem ser impugnados por
meio dessas duas ações.

Autoridades cujos atos, quando impugnados por meio de


mandado de segurança e habeas data, serão julgados pelo Conselho
Especial do TJDFT:
- Presidente do TJDFT ou qualquer de seus órgãos ou membros;
- Procurador-Geral de Justiça do DF e Territórios;
- Presidente da CLDF e membros da Mesa;
- Presidente do TCDF e qualquer de seus membros;
- Governadores do DF e dos Territórios;
- Secretários de governo do DF e dos Territórios.
O julgamento de habeas corpus será competência do
Conselho Especial quando a autoridade coatora (réu na ação) estiver sob
sua jurisdição do Conselho (quando for, por exemplo, um Juiz de Direito
ou um desembargador).
O Conselho Especial julgará o mandado de injunção quando
a omissão que está sendo combatida for de responsabilidade de
autoridade dos Governos do DF e dos Territórios, da CLDF ou do TCDF.
O conflito de competência ocorre quando dois ou mais
órgãos julgadores se consideram competentes para conhecer de uma
ação (conflito positivo), ou quando dois ou mais se consideram
incompetentes (conflito negativo). Quando o conflito de competência
disser respeito a julgadores subordinados ao TJDFT, quem decidirá é o
Conselho Especial.
A representação por indignidade para o oficialato é uma
ação especial que tem por finalidade apurar responsabilidade de membros

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da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros do DF, ou de policiais e
bombeiros que estejam exercendo suas funções nos territórios.
A carta testemunhável é um recurso, por meio do qual se
ataca a decisão que nega o seguimento de outro recurso. Nesse caso, só
é de competência do Conselho Especial o julgamento da carta
testemunhável que se refira a recursos especial, extraordinário ou
ordinário.
Por último, a ação direta de inconstitucionalidade e a
ação declaratória de constitucionalidade. Essas ações dizem respeito
ao questionamento de lei ou outro ato normativo em face de constituição.
Se a questão diz respeito à Constituição Federal, a competência para
julgamento, em geral, é do STF. O nosso caso, entretanto, diz respeito à
impugnação de norma distrital em face da Lei Orgânica do Distrito
Federal, que faz as vezes de constituição do DF.
Vamos continuar com a competência do Conselho Especial...!

II – promover o pedido de intervenção federal no Distrito Federal


ou nos Territórios, de ofício ou mediante provocação;
A intervenção federal é a possibilidade excepcional de a União
restringir temporariamente a autonomia de um ente federado. Uma das
possibilidades de intervenção é a restrição de autonomia do Poder
Judiciário. Nesse sentido, o TJDFT pode, por meio do Conselho Especial,
promover o pedido de intervenção federal no DF ou em um território.

III – julgar as exceções de impedimento ou de suspeição


opostas aos desembargadores e aos magistrados de Primeiro Grau ou ao
Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios;
As exceções de impedimento e suspeição são incidentes
processuais em que a parte questiona a imparcialidade do juiz. O
Conselho Especial julga as exceções opostas contra os juízes de direito ou
os desembargadores, e, ainda, quando a imparcialidade questionada se

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refere ao Procurador-Geral de Justiça, que é o chefe do Ministério Público
do Distrito Federal e Territórios.

IV – julgar a exceção da verdade nos casos de crime contra a


honra em que o querelante tenha direito a foro por prerrogativa de
função;
A calúnia é o crime que ocorre quando alguém imputa
falsamente fato criminoso a outrem. A exceção da verdade é uma ação
autônoma, por meio da qual o acusado de calúnia pretende provar o fato
tido como inverídico. Por meio da exceção da verdade, o acusador pode
provar que o fato criminoso alegado realmente ocorreu.
Atenção aqui!!! A exceção da verdade só é julgada pelo
Conselho Especial quando aquele que a quem é atribuído fato delituoso
tiver direito a foro por prerrogativa de função (popularmente chamado
de “foro privilegiado”).

V – julgar os recursos referentes às decisões dos membros do


Tribunal nos casos previstos nas leis processuais e neste Regimento;
De forma bem simples, quando um desembargador profere
uma decisão e a parte recorre, quem julga, regra geral, é o Conselho
Especial.

VI – executar as sentenças que proferir nas causas de sua


competência originária, podendo o relator delegar aos magistrados de
Primeiro Grau a prática de atos não decisórios.
Quando uma decisão é proferida pelo Conselho em qualquer
dos casos que já vimos, a execução dessa sentença também é de sua
competência. Parte dessa competência pode ser delegada aos juízes de
direito, mas apenas para a prática de atos que não envolvam decisões.

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2. DO CONSELHO DA MAGISTRATURA

A parte mais complicada da nossa aula com relação à


quantidade de informações foi o Conselho Especial. Quanto ao Conselho
da magistratura, o Regimento traz apenas dois artigos, com informações
gerais sobre sua composição, reuniões e competência.

Art. 9º O Conselho da Magistratura é composto pelo Presidente do


Tribunal, pelo Primeiro Vice-Presidente, pelo Segundo Vice-
Presidente e pelo Corregedor da Justiça, sob a presidência do
primeiro, reunindo-se ordinariamente na penúltima sexta-feira de cada
mês, exceto se desnecessário, e extraordinariamente sempre que
convocado.
Os componentes do Conselho da Magistratura são apenas
aqueles quatro ocupantes de cargos eletivos do Tribunal, mas não custa
repetir quem são, não é mesmo? Presidente, Primeiro Vice, Segundo
Vice e Corregedor, sempre presididos pelo Presidente do Tribunal.
As reuniões ordinárias do Conselho da Magistratura ocorrem
mensalmente, mas perceba um detalhe importante: as reuniões não
são obrigatórias! Ou seja, se os membros do Conselho não
considerarem necessário, não precisam se reunir.

Art. 10. Compete ao Conselho da Magistratura:


I – determinar providências relativas a magistrados que tenham
autos conclusos além do prazo legal;
II – regulamentar e atualizar os valores da Tabela do Regimento
de Custas das Serventias Judiciais e dos Serviços Notariais e de Registro,
observado o disposto no art. 52 e respectivos parágrafos deste
Regimento;
III – exercer as funções que lhe forem delegadas pelo Conselho
Especial ou pelo Tribunal Pleno.

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Pouca gente sabe, mas os juízes também devem obedecer
prazos previstos na lei. O Conselho da Magistratura goza de
competência para tratar dos casos em que os magistrados descumprirem
esses prazos.
Custas são as despesas do processo. Via de regra, para
ingressar com uma ação judicial, a parte interessada precisa desembolsar
determinados valores, que variam de acordo como processo, geralmente
em função do valor da causa (isso é muuuuito discutível, mas é assim).
Se a parte autora vencer, quem arca o valor das custas é o derrotado.
As custas são calculadas com base numa tabela fixada pelo
tribunal, e, no TJDFT, a competência para atualizar esses valores é do
Conselho da Magistratura. É importante observar somente que o
dispositivo trata tanto das custas processuais quanto dos valores que os
cartórios cobram para realizar os seus serviços.
Por último, tanto o Conselho Especial quanto o Pleno também
podem delegar funções ao Conselho da Magistratura.

3. DAS CÂMARAS ESPECIALIZADAS.

Art. 11. A Primeira e a Segunda Câmara Cível serão integradas pelos


componentes das seis Turmas Cíveis; a Câmara Criminal, pelos
componentes das três Turmas Criminais.
§1º As Câmaras serão presididas pelo desembargador mais
antigo no órgão, em rodízio anual, e a duração do mandato coincidirá
com o ano judiciário. O presidente da Câmara, quando chamado a
julgamento processo do qual seja relator ou revisor, passará a presidência
a um dos desembargadores que lhe suceder na ordem de antiguidade.
A respeito dos integrantes das câmaras, já vimos na aula
passada, e já sabemos que elas são compostas pelos membros das
turmas, de acordo com a área temática. Logo, as câmaras cíveis são
compostas pelos desembargadores das turmas cíveis, e as
câmaras criminais, pelos desembargadores das turmas criminais.

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O Presidente da Câmara é o desembargador mais antigo, e
o seu mandato dura apenas um ano. Concluído o mandato, será
escolhido o próximo, por ordem de antiguidade.
Um detalhe interessante aqui é que, se o presidente for
relator ou revisor num processo, ele não deve presidir a câmara naquele
feito. Assim, a presidência, apenas durante a apreciação daquele
processo, será atribuída ao próximo, na ordem de sucessão.

§2º As Câmaras reunir-se-ão na presença de desembargadores em


número equivalente, no mínimo, ao inteiro que se seguir à metade de
seus membros. O quorum poderá ser completado com a participação de
membro de outra Câmara.
O quórum de instalação das câmaras obedece ao mesmo
padrão do Conselho Especial: mais da metade dos membros. É isso que
quer dizer “o inteiro que se seguir à metade de seus membros” blablablá!
rs
O detalhe aqui é que se esse quórum não for atingido, pode
ser completado com membros de outra câmara.

§3º O comparecimento à Câmara de desembargador vinculado ao


julgamento de processo não importará exclusão de quaisquer de seus
membros, salvo se ocorrer permuta. Neste caso, deixará de participar o
desembargador que, em virtude dela, tenha passado a integrar o órgão,
ou se, com essa presença, extrapolar o número correspondente à
composição total da Câmara, da qual ficará excluído seu componente
mais moderno.
A redação do artigo ficou muito ruim, mas vamos lá. Se um
desembargador que, por alguma razão, esteja vinculado ao processo,
comparecer à câmara, sua participação, via de regra, não importará na
exclusão de um dos membros.

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Se houver permuta, o desembargador que, por meio dela,
passou a fazer parte do órgão de onde veio do “sujeito estranho”,
obviamente, não participará do feito.
Se a câmara estiver com todos os seus membros presentes e
mais o “sujeito estranho”, o número total de desembargadores
extrapolará a previsão do Regimento, e aí então será excluído o mais
novo (gostou do texto chamando o cara de moderno!?). Olha aqui
novamente o critério da antiguidade, só que ao contrário.

3.1. Das Câmaras Cíveis

Art. 12. A Primeira Câmara Cível é composta pelos membros da


Primeira, da Terceira e da Quinta Turma Cível; a Segunda Câmara
Cível, pelos membros da Segunda, da Quarta e da Sexta Turma Cível.

A chave para memorizar aqui é perceber que todos os


números pares ficam juntos, e todos os ímpares também. Assim, os
membros da 1ª Câmara Cível são os da 1ª, 3ª e 5ª turmas cíveis. Os
membros da 2ª Câmara Cível são os da 2ª, 4ª e 6ª turmas cíveis. Tem
que memorizar!

Art. 13. Compete às Câmaras Cíveis processar e julgar:


I – os embargos infringentes e o conflito de competência,
inclusive o oriundo de Vara da Infância e da Juventude;
II – o mandado de segurança contra decisão de magistrado de
Primeiro Grau ou de relator de recurso distribuído a qualquer das
Turmas Cíveis e o habeas data, ressalvada a competência do Conselho
Especial;

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III – a ação rescisória de sentença de Primeiro Grau, de acórdãos
das Turmas Cíveis e dos próprios julgados;
IV – o agravo contra decisão que não admita embargos infringentes
cíveis;
V – a reclamação relativa a decisão proferida por desembargador
relator de Turma Cível.

Embargos infringentes são um recurso, utilizado para


atacar decisões das turmas quando não há unanimidade entre os
desembargadores. Assim, os embargos podem ser impetrados quando
pelo menos um desembargador da turma discordar dos demais, e a
competência para conhecer do recurso é das câmaras cíveis.
Caso não caibam embargos infringentes, pode-se recorrer da
decisão por meio de agravo, que também será julgado pela câmara.
Quanto ao conflito de competência, já explicamos do que
se trata. Apenas um detalhe quanto a isso: apenas o conflito entre
julgadores de primeiro grau deve ser conhecido pelas câmaras cíveis. O
conflito de competência entre órgãos ou entre desembargadores
do próprio tribunal é julgado pelo Conselho Especial.
Quando a decisão de um juiz de direito ou do relator de um
recurso for atacada por meio de mandado de segurança, a competência
para julgar também é atribuída às câmaras cíveis.
O habeas data, regra geral, é julgado pelas câmaras cíveis,
mas, quando ataca atos de algumas autoridades, é julgado pelo Conselho
Especial. Quanto a isso, fizemos uma tabela na página 12. Talvez agora
seja um bom momento para você voltar e dar uma olhadinha lá ;)
Quando uma decisão é finalizada, ou seja, quando todos os
recursos possíveis são julgados, dizemos que há trânsito em julgado.
Entretanto, e alguns casos, a decisão ainda pode ser desconstituída, no
prazo de dois anos (segundo o CPC). Para isso não se utiliza um recurso,
mas sim uma ação autônoma, chamada de ação rescisória.

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Essa ação é julgada pelas câmaras cíveis quando pretende
desconstituir uma sentença de primeiro grau, uma decisão de uma
turma cível ou da própria câmara cível.
A reclamação não é exatamente um recurso, e serve para
atacar decisões com dois objetivos: preservar a competência do tribunal,
ou preservar a autoridade de decisão já proferida pelo tribunal. Assim, se
o relator de processo numa turma cível profere decisão que fuja à
competência do tribunal, ou que vá de encontro à sua jurisprudência, é
possível ajuizar reclamação, que será conhecida pela câmara cível.

3.2. Da Câmara Criminal

Art. 14. A Câmara Criminal é composta pelos membros da Primeira,


da Segunda e da Terceira Turma Criminal.
Art. 15. Compete à Câmara Criminal processar e julgar:
I – os embargos infringentes e de nulidade criminais e o
conflito de competência, inclusive o de natureza infracional, oriundo de
Vara da Infância e da Juventude;
II – a revisão criminal, ressalvada a competência do Conselho
Especial;
III – o pedido de desaforamento;
IV – o mandado de segurança contra decisão de magistrado de
Primeiro Grau ou de relator de recurso distribuído a qualquer das Turmas
Criminais;
V – a representação para a perda da graduação das praças da
Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, bem
como das praças dessas corporações nos Territórios;
VI – o agravo contra decisão que não admita embargos infringentes
e de nulidade criminais;
VII – a reclamação relativa a decisão proferida por desembargador
relator de Turma Criminal.

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A Câmara Criminal é composta por todos os membros das três
turmas criminais.
Acerca da competência, a explicação que dei anteriormente
sobre algumas ações e recursos também é aplicável aqui, então vou
explorar apenas o que for necessário diferenciar, ok?
Os embargos infringentes observam os mesmos
pressupostos já explicados anteriormente (decisão não unânime da
turma), e a única diferença entre eles e os embargos de nulidade é que
os primeiros tratam do direito material, enquanto os últimos tentam
desconstituir a decisão apontando para falhas processuais.
Não vale a pena agora entrar nas minúcias desses
instrumentos. Pode ficar tranquilo, basta ter uma noção geral, para que
possa compreender do que se trata e lembrar na hora de responder a
questão. Dificilmente as questões vão tentar ir muito além do que está
escrito no Regimento, ok?
Quanto ao mandado de segurança, o agravo e a
reclamação, valem as mesmas observações que já fiz quando tratamos
das câmaras cíveis. Pode voltar lá e dar uma olhada novamente!
A revisão criminal é uma ação que permite rever uma
sentença condenatória. Seu objetivo é, portanto, desconstituir a decisão
transitada em julgado, na seara criminal.
Lembre-se! A regra geral é que a revisão criminal seja julgada
pela Câmara Criminal, mas o art. 8°, que estabelece a competência do
Conselho Especial, determina que este deve julgar a revisão criminal
quando a decisão impugnada tiver sido proferida pelo próprio Conselho
Especial.
O pedido de desaforamento é feito pelo defensor do réu em
processo de crime contra a vida, e basicamente consiste num pedido para
que o réu seja julgado em local diferente de onde ocorreu o crime. Esse
pedido geralmente se fundamenta em suspeitas de imparcialidade do júri.
Imagine, por exemplo, uma cidade muito pequena, em que
todos os jurados conhecem o réu. Nesse caso, as pessoas podem ser

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influenciadas pelas suas relações pessoais com o sujeito. Quem julga o
pedido de desaforamento é a Câmara Criminal.
Quanto à perda de graduação de praça, é importante saber
apenas que se trata de uma ação disciplinar, contra policiais militares e
bombeiros militares do Distrito Federal, e que eventualmente estejam
atuando nos territórios.

4. DAS TURMAS

Art. 16. Cada Turma compõe-se de quatro desembargadores e


reunir-se-á na presença de, no mínimo, três julgadores.
Perceba aí a nossa regrinha de ouro quanto ao quórum de
instalação. Se a turma é composta por quatro desembargadores,
quantos serão necessários para que se tenha mais do que a metade?
Três!

Art. 17. A presidência das Turmas será exercida pelo


desembargador mais antigo no órgão, em rodízio anual, e a duração
do mandato coincidirá com o ano judiciário.
Mais uma vez aparece aqui a regra da presidência pela
antiguidade. É a mesma regra aplicável para as câmaras.

Art. 18. Compete às Turmas Cíveis:


I – julgar a apelação, o agravo de instrumento e a reclamação
relativa a decisão proferida por magistrado de Primeiro Grau;
II – julgar o recurso interposto contra decisão proferida por juiz de
Vara da Infância e da Juventude, obedecendo ao disposto no art. 198 do
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA;
III – processar e julgar o habeas corpus referente a prisão civil
decretada por magistrado de Primeiro Grau.

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A competência das turmas cíveis está relacionada
principalmente ao julgamento de recursos impetrados contra decisões dos
juízes de direito. A apelação é o principal recurso. Ela serve basicamente
para provocar uma segunda apreciação da sentença de primeiro grau.
O agravo de instrumento também é um recurso contra uma
decisão do juiz de direito, mas essa decisão não é a sentença. É uma
decisão incidental, que ocorre durante o processo, normalmente chamada
de decisão interlocutória. A parte pode agravar, por exemplo, a decisão
do juiz que indefere a produção de uma prova no curso do processo.
A reclamação contra decisão de juiz de primeiro grau é
conhecida pela turma cível. Lembre-se de que a reclamação contra a
decisão de desembargador relator em processo na turma é conhecida pela
câmara.
O Estatuto da Criança e do Adolescente traz detalhes acerca
da sistemática recursal em processos que envolvam menores de idade,
mas não cria recursos diferentes dos previstos nas leis processuais.
As turmas cíveis, portanto, têm competência para julgar
recursos contra quaisquer decisões proferidas pelos juízes das varas da
infância e da juventude. Nesse caso, serão observadas essas pequenas
diferenças previstas no ECA.
A prisão civil só pode ocorrer por falta do pagamento de
prestação de alimentos (pensão alimentícia). Nesse caso, quando for
ajuizado habeas corpus contra a decisão que determinou essa prisão, a
competência para julgamento caberá às turmas cíveis.

Art. 19. Compete às Turmas Criminais:


I – julgar a apelação criminal, o recurso em sentido estrito, o
recurso de agravo em execução, a carta testemunhável e a
reclamação relativa a decisão proferida por magistrado de Primeiro
Grau;
II – julgar o recurso interposto contra decisão proferida por juiz de
Vara da Infância e da Juventude, em matéria de natureza infracional,

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obedecendo ao disposto no art. 198 do Estatuto da Criança e do
Adolescente – ECA;
III – processar e julgar o habeas corpus impetrado contra decisão
de magistrado de Primeiro Grau, observado o art. 18, III, deste
Regimento, e o habeas corpus impetrado contra ato emanado de Turma
Recursal dos Juizados Especiais Criminais.
Quanto à apelação criminal, não há grandes diferenças
conceituais entre ela e a apelação cível. O sujeito é condenado pelo
cometimento de crime e recorre por meio da apelação, que é julgada pela
turma criminal.
Quanto ao habeas corpus, vamos fixar bem os detalhes. O
habeas corpus impetrado contra decisão que determine prisão civil por
dívida (pensão alimentícia) é julgado pela turma cível. Os demais
habeas corpus, que sempre vão dizer respeito a decisões da esfera
criminal, são julgados pela turma criminal.
Nos juizados especiais criminais são julgados crimes
considerados de menor potencial ofensivo. Há, porém, uma
particularidade importante: nesse tipo de procedimento, cabe apenas um
recurso, que é julgado pela Turma Recursal, que não é formada por
desembargadores, mas sim por outros juízes de direito.
Nesse caso, o habeas corpus contra atos emanados da Turma
Recursal Criminal é julgado pela turma criminal do tribunal. Cuidado para
não confundir! Turma Recursal Criminal julga recursos contra decisões
dos Juizados Especiais Criminais. As turmas criminais do TJDFT são
formadas por desembargadores, e julgam habeas corpus contra atos das
Turmas Recursais Criminais.

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- Turma Cível julga habeas corpus contra decisão de juiz de primeiro


grau que determina prisão civil por dívida.
- Turma Criminal julga habeas corpus contra as demais decisões de
juiz de primeiro grau (decisões no âmbito criminal) e de ato de Turma
Recursal dos Juizados Especiais Criminais.

5. DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS AO CONSELHO ESPECIAL,


CONSELHO DA MAGISTRATURA, CÂMARAS E TURMAS.

Art. 20. Aos Conselhos Especial e da Magistratura, às Câmaras e às


Turmas, nos processos de respectiva competência, cabe, ainda, julgar:
I – os embargos de declaração opostos aos próprios acórdãos;
II – as medidas e os processos incidentes;
III – o agravo regimental contra decisão do respectivo presidente
ou de relator;
IV – a restauração de autos;
V – os incidentes de execução que lhes forem submetidos.
A regra aqui é a seguinte: cada um julga o seu! Os embargos
de declaração são um recurso interposto para esclarecer contradição ou
obscuridade da decisão. Basicamente serve para devolver a decisão para
quem a proferiu, pedindo esclarecimentos.
Incidentes processuais são questões que surgem no meio
do processo. Questões menores, que precisam ser decididas para que a
questão principal seja julgada. A mesma ideia se aplica aos incidentes
de execução.
O agravo regimental é o recurso que ataca a decisão
monocrática, ou seja, aquela tomada somente pelo presidente ou relator,

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e que é possível em algumas situações. Se esse relator ou presidente for
da turma cível, por exemplo, a ela cabe conhecer o recurso.
A ação de restauração de autos é basicamente um pedido
para que um processo seja refeito, quando for extraviado, inutilizado ou
houver desaparecido. Se o processo era de competência da câmara
criminal, por exemplo, esta julgará a ação de restauração.

Art. 21. São atribuições dos presidentes do Conselho Especial, do


Conselho da Magistratura, das Câmaras e das Turmas:
I – presidir as reuniões dos respectivos órgãos, submetendo-lhes
questões de ordem;
II – convocar sessões extraordinárias;
III – manter a ordem nas sessões, adotando as providências
necessárias;
IV – proclamar os resultados dos julgamentos;
V – mandar expedir e subscrever ofícios, alvarás, cartas de
sentença e mandados, zelando pelo cumprimento das decisões tomadas
pelo respectivo órgão julgador, inclusive das sujeitas a recursos sem
efeito suspensivo, e praticar todos os atos processuais depois de exaurida
a competência do relator.
Os presidentes dos órgãos têm atribuições comuns, que são
até meio óbvias: presidir as sessões, convocar sessões extraordinárias,
manter a ordem, divulgar os resultados dos julgamentos, e mandar
expedir documentos em geral.

§1º O presidente do Conselho Especial e os presidentes das


Câmaras votarão quando o julgamento exigir quorum qualificado para
apuração do resultado ou quando houver empate.
Via de regra, o presidente do Conselho Especial e os
presidentes das câmaras não votam. Essa regra é muito comum em
órgãos colegiados. Eles só votam em algumas situações específicas: para

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desempatar, ou para completar o quórum, quando o julgamento só
puder ser realizado por um número mínimo de desembargadores.

§2º Caberá aos presidentes das Câmaras e aos das Turmas:


I – representar ao Conselho da Magistratura, ao Presidente do
Tribunal ou ao Corregedor da Justiça, quando o exame dos autos indicar
prática de falta disciplinar por parte de magistrado, de servidor ou de
serventuário da Justiça;
II – indicar ao Presidente do Tribunal servidor para ser nomeado
secretário do respectivo órgão e designar o substituto.
Cada câmara e cada turma tem um secretário, que é um
servidor indicado pelo respectivo presidente para exercer essa função, e
nomeado pelo Presidente do Tribunal.
Quando o presidente de uma das câmaras ou turmas
identificar o cometimento de falta disciplinar por parte de juiz,
desembargador, servidor ou serventuário do Tribunal, deverá representar
ao Conselho da Magistratura, Presidente do Tribunal ou Corregedor de
Justiça.

6. DAS COMISSÕES

Art. 22. Há, no Tribunal, três comissões permanentes:


I – a Comissão de Regimento;
II – a Comissão de Jurisprudência;
III – a Comissão de Acompanhamento de Estágio Probatório.
§ 1º Cada uma das comissões possui três membros efetivos e um
membro suplente, designados pelo Tribunal Pleno. O Corregedor será
membro efetivo e permanente da Comissão de Estágio Probatório.
§ 2º As Comissões de Regimento Interno e de Jurisprudência serão
presididas pelo desembargador mais antigo entre seus membros, salvo
recusa justificada. A Comissão de Acompanhamento de Estágio Probatório
será presidida pelo Corregedor.

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§ 3º A permanência dos membros nas comissões será de dois
anos, salvo a do Corregedor, permitida a recondução tantas vezes
quantas entender necessário o Tribunal Pleno.
§ 4º A Comissão de Jurisprudência terá um representante de
cada Câmara especializada, indicados, juntamente com o suplente,
pelo Presidente do Tribunal, aprovados e designados pelo Tribunal Pleno.
§ 5º As comissões permanentes contarão com o apoio técnico-
especializado de servidores designados por meio de ato específico do
Presidente do Tribunal. A Comissão de Estágio Probatório funcionará
com o apoio da estrutura organizacional da Corregedoria.

Art. 23. O Tribunal Pleno e o Presidente do Tribunal poderão criar


comissões temporárias com qualquer número de membros.
Além das comissões permanentes, previstas no art. 22,
comissões temporárias, afetas a temas diversos, poderão ser criadas
tanto pelo Pleno quanto pelo Presidente do Tribunal, com qualquer
número de membros.
Para entendermos os detalhes de cada uma das comissões
permanentes, preparei o quadro demonstrativo a seguir.
NOME DA ACOMPANHAMENTO DE
REGIMENTO JURISPRUDÊNCIA
COMISSÃO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Corregedor + 2 membros
Quantidade de 3 efetivos 3 efetivos
efetivos
Membros 1 suplente 1 suplente
1 suplente
Presidente Mais antigo Mais antigo Corregedor
2 anos, mas o Corregedor é
Mandato 2 anos 2 anos
permanente
1 representante de
cada câmara,
Funcionará com o apoio da
indicados pelo
Observações estrutura organizacional da
Presidente do TJ e
Corregedoria.
aprovados pelo
Pleno.

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7. RESUMO DO CONCURSEIRO

ELEIÇÃO PARA O CONSELHO ESPECIAL


- Votação Secreta do Pleno;
- Maioria Simples;
- Mandato de dois anos, permitida uma recondução.
!
Os governadores de estado e do Distrito Federal são julgados
nos crimes comuns pelo STJ e, nos de responsabilidade, pela respectiva
assembleia legislativa (ou CLDF), mas os governadores de territórios
são julgados pelo Conselho Especial do TJDFT.
!
CRIMES
COMUNS RESPONSA
-BILIDADE

X X Governadores de Territórios, Vice-


Governador e Secretários de Territórios e
do DF.
X Deputados Distritais
X X Juízes de Direito do DF e dos Territórios
!
Autoridades cujos atos, quando impugnados por meio de
mandado de segurança e habeas data, serão julgados pelo Conselho
Especial do TJDFT:
- Presidente do TJDFT ou qualquer de seus órgãos ou membros;
- Procurador-Geral de Justiça do DF e Territórios;
- Presidente da CLDF e membros da Mesa;
- Presidente do TCDF e qualquer de seus membros;
- Governadores do DF e dos Territórios;
- Secretários de governo do DF e dos Territórios.
!
!

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- Turma Cível julga habeas corpus contra decisão de juiz de primeiro
grau que determina prisão civil por dívida.
- Turma Criminal julga habeas corpus contra as demais decisões de
juiz de primeiro grau (decisões no âmbito criminal) e de ato de Turma
Recursal dos Juizados Especiais Criminais.
!
NOME DA ACOMPANHAMENTO DE
REGIMENTO JURISPRUDÊNCIA
COMISSÃO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Corregedor + 2 membros
Quantidade de 3 efetivos 3 efetivos
efetivos
Membros 1 suplente 1 suplente
1 suplente
Presidente Mais antigo Mais antigo Corregedor
2 anos, mas o Corregedor é
Mandato 2 anos 2 anos
permanente
1 representante de
cada câmara,
Funcionará com o apoio da
indicados pelo
Observações estrutura organizacional da
Presidente do TJ e
Corregedoria.
aprovados pelo
Pleno.

E assim encerramos a aula de hoje. Espero que esse material


esteja sendo de bom proveito, e possa fazer a diferença na sua
aprovação. Estudar para concursos é um desafio, é cansativo, e às vezes
até desesperador, mas eu garanto que a recompensa é saborosa! A
seguir, os exercícios comentados e as questões sem comentários. Tente
resolver primeiro as questões e apenas depois ler os comentários ok!?
Dessa forma você consegue se avaliar melhor.

Grande abraço!

Paulo Guimarães
pauloguimaraes@estrategiaconcursos.com.br

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8. QUESTÕES COMENTADAS

1. TJDFT – Analista – 1998 – Cespe (adaptada). O Conselho Especial


é o órgão do TJDFT competente para o desempenho da função judiciária
da Corte, em casos especiais, e compõe-se dos mesmos membros que o
Pleno, do qual se diferencia por este possuir apenas função
administrativa.

COMENTÁRIOS: O Conselho Especial não possui apenas competência


administrativa. Ele também goza de ampla competência jurisdicional,
sendo responsável por julgar originariamente e em grau de recurso em
várias situações.

GABARITO: E

2. TJDFT – Analista – 1998 – Cespe (adaptada). O Presidente, o


Primeiro Vice Presidente, o Segundo Vice Presidente e o Corregedor do
Tribunal têm mandatos anuais.

COMENTÁRIOS: O mandato desses membros é de dois anos, coincidindo


com o período de sua participação no Conselho Especial, entre os nove
membros escolhido por antiguidade.

GABARITO: E

3. TJDFT – Analista – 2008 – Cespe. Fábio foi nomeado, entre os


desembargadores mais antigos, para integrar o Conselho Especial do
TJDFT.

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Nessa situação, nos afastamentos e impedimentos de Fábio, a sua
substituição se dará pelos suplentes na ordem decrescente da votação
obtida.

COMENTÁRIOS: A suplência por ordem de votação apenas ocorre


quando a vaga a ser preenchida for deixada por um membro eleito do
Conselho Especial. Os membros por antiguidade são substituídos pelos
mais antigos que não componham o Conselho Especial, em ordem
decrescente de antiguidade.

GABARITO: E

4. TJDFT – Analista – 2008 – Cespe. Foi instaurado conselho de


disciplina, para exame da perda da graduação pela prática de
transgressão disciplinar grave, contra Henrique, praça da Polícia Militar do
Distrito Federal. Nessa situação, o procedimento deverá ser julgado por
uma das turmas criminais do TJDFT.

COMENTÁRIOS: É preciso tomar muito cuidado para não confundir a


competência das Turmas Criminais com a da Câmara Criminal. No caso
prático trazido pela questão, a representação para perda de graduação de
praça da Polícia militar deve ser conhecida pela Câmara Criminal.

GABARITO: E

5. TJDFT – Analista – 1999 – Cespe (adaptada). As câmaras


especializadas denominam-se 1.ª Câmara Cível, 2.ª Câmara Cível e
Câmara Criminal; são compostas pelos integrantes das turmas e têm
como presidente o membro mais antigo, em sistema de rodízio.

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COMENTÁRIOS: O rodízio é anual, e o mandato deve coincidir com o ano
judiciário. Completo um ano como Presidente, o cargo deve ser passado
ao próximo desembargador, em ordem decrescente de antiguidade.

GABARITO: C

6. TJDFT – Analista – 1999 – Cespe (adaptada). Cabe ao Conselho


da Magistratura apreciar pedido de liminar em certos processos urgentes
durante os períodos de férias e de recesso.

COMENTÁRIOS: O Conselho da Magistratura tem como competências


expressas apenas aquelas relacionadas às providências a serem adotadas
contra magistrados que desrespeitem os prazos para julgamento, além da
regulamentação e atualização da Tabela do Regimento de Custas.

GABARITO: E

7. TJDFT – Analista – 1999 – Cespe (adaptada). O órgão especial do


TJDFT é composto por todos os membros do Tribunal.

COMENTÁRIOS: Já repetimos várias vezes que não faria sentido o


Conselho Especial ser composto por todos os desembargadores, pois o
sentido da existência do órgão especial é dar mais celeridade a certas
decisões, permitindo que certas questões possam ser resolvidas sem a
necessidade de apreciação do Pleno.

GABARITO: E

8. TJDFT – Analista – 1999 – Cespe (adaptada). Compete ao órgão


especial julgar os desembargadores do Tribunal nos crimes comuns e de
responsabilidade.

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COMENTÁRIOS: De acordo com o artigo 105, I, a, da Constituição
Federal, os desembargadores de tribunais de justiça são julgados nos
crimes comuns e de responsabilidade perante o STJ. Apenas os juízes de
direito do Distrito Federal são julgados pelo Conselho Especial do TJDFT.

GABARITO: E

9. TJDFT – Analista – 1999 – Cespe (adaptada). Compete ao órgão


especial julgar todo e qualquer mandado de segurança, habeas corpus,
habeas data e mandado de injunção contra autoridade ou órgão do
Distrito Federal.

COMENTÁRIOS: O Conselho Especial julga essas ações apenas em


alguns casos. O art. 8º do Regimento traz os detalhes. O mandado de
segurança e habeas data apenas quanto atacarem atos de algumas
autoridades determinadas; o mandado de injunção quando a omissão for
atribuída a autoridade do Distrito Federal ou dos Territórios; e o habeas
corpus apenas quando a autoridade coatora estiver sob a jurisdição do
Conselho Especial.

GABARITO: E

10. TJDFT – Analista – 2003 – Cespe (adaptada). Nos períodos em


que o TJDFT se encontrar com seu serviço paralisado, os habeas corpus
de competência originária do tribunal serão julgados pelo Conselho da
Magistratura, embora a competência deste órgão seja
predominantemente administrativa.

COMENTÁRIOS: o Conselho da Magistratura já teve essa competência


no passado e, por isso, o gabarito oficial da questão é C, mas, como já
explicamos anteriormente, hoje o Conselho da Magistratura tem como
competências expressas apenas aquelas relacionadas às providências a

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serem adotadas contra magistrados que desrespeitem os prazos para
julgamento, além da regulamentação e atualização da Tabela do
Regimento de Custas.

GABARITO: E

11. TJDFT – Analista – 2003 – Cespe (adaptada). As sessões


extraordinárias dos órgãos fracionários do TJDFT podem ser convocadas
por qualquer de seus membros, para julgamento de processos já incluídos
em pauta.

COMENTÁRIOS: Essa competência é atribuída apenas aos presidentes,


conforme o art. 21, II, do Regimento.

GABARITO: E

12. TJDFT – Técnico – 1998 – Cespe (adaptada). Dos trinta e um


desembargadores, três são escolhidos entre membros do Ministério
Público do Distrito Federal e Territórios.

COMENTÁRIOS: Primeiramente, conforme vimos na aula passada, o


TJDFT é composto por quarenta desembargadores. Além disso, os
membros do Ministério Público e advogados fazem parte do chamado
quinto constitucional, o que significa que 20% das vagas são destinadas a
eles. Assim sendo, temos um total de 8, sendo, portanto, 4 advogados e
4 membros do MP.

GABARITO: E

13. TJDFT – Técnico – 1998 – Cespe (adaptada). Os deputados


distritais e os deputados estaduais dos estados-membros serão, nos
crimes comuns, julgados pelo Conselho Especial do TJDFT.

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COMENTÁRIOS: O Conselho Especial tem competência para julgar


deputados, mas, obviamente, apenas os deputados distritais. Não faz o
menor sentido achar que um deputado de um estado seria julgado pelo
TJDFT, não é mesmo?

GABARITO: E

14. TJDFT – Técnico – 1998 – Cespe (adaptada). Mandados de


segurança contra ato do Tribunal serão julgados pelo Conselho da
Magistratura.

COMENTÁRIOS: Conforme já estudamos, os mandados de segurança


contra atos emanados pelo Presidente ou qualquer dos órgãos do Tribunal
serão julgados pelo Conselho Especial.

GABARITO: E

15. TJDFT – Técnico – 1998 – Cespe (adaptada). O Tribunal possui


três grupos de Câmaras Especializadas, em função da matéria: Câmaras
Cíveis, Criminal e Administrativa.

COMENTÁRIOS: Concurseiro, atenção!!! Não existe Câmara


Administrativa! Há apenas a Câmara Criminal e duas Câmaras Cíveis.

GABARITO: E

16. TJDFT – Técnico – 2003 – Cespe (adaptada). As câmaras


especializadas do TJDFT serão sempre presididas pelo desembargador
mais antigo que as integrar e enquanto este compuser o órgão.

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COMENTÁRIOS: A presidência das câmaras será ocupada pelo
desembargador mais antigo, em rodízio anual. Assim, ao final de cada
ano, o cargo será passado ao próximo na ordem decrescente de
antiguidade. A mesma regra se aplica à presidência das turmas.

GABARITO: E

17. TJDFT – Técnico – 2003 – Cespe (adaptada). O presidente do


Conselho Especial e o das câmaras do TJDFT jamais votam nesses órgãos

COMENTÁRIOS: Em algumas situações, os presidentes votam: para


completar o quórum qualificado, quando este for exigido, e para
desempatar votações.

GABARITO: E

18. TJDFT – Técnico – 2003 – Cespe (adaptada). As turmas do TJDFT


somente podem reunir-se com a presença de pelo menos três
desembargadores

COMENTÁRIOS: As turmas são compostas por 4 desembargadores, e o


seu quórum de instalação é o da nossa regrinha: mais da metade. Logo, a
questão está perfeita.

GABARITO: C

19. TJDFT – Técnico – 2003 – Cespe (adaptada). As comissões


permanentes do TJDFT são compostas por desembargadores que
necessariamente devem passar por rodízio ao término de cada mandato,
uma vez que é proibida a recondução para essa função.

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COMENTÁRIOS: Na Comissão de Avaliação de Estágio Probatório, há a
presença obrigatória do Corregedor. Ele não é substituído, e, enquanto
estiver investido na função, fará parte da comissão.

GABARITO: E

20. (inédita). Para fins de provimento de vagas no Conselho Especial,


são contados, para fins de aferição da antiguidade, os anos de serviço
público efetivo do desembargador, na proporção de um ponto por ano
completo.

COMENTÁRIOS: O tempo contado para fins cálculo da antiguidade do


desembargador é o tempo em que ele presta serviços no Pleno! O tempo
como juiz de direito, por exemplo, não conta.

GABARITO: E

21. (inédita). A eleição para o Conselho Especial deve ser feita pelo
expediente do escrutínio secreto, sendo considerado eleito o
desembargador que obtiver a maioria simples dos votos.

COMENTÁRIOS: Para que o desembargador seja eleito, é necessária


apenas maioria simples, e a votação é secreta. Se houver empate, será
resolvido pelo critério da antiguidade.

GABARITO: C

22. (inédita). Afastado um membro eleito do Conselho Especial, deve


ser convocado para substituí-lo o desembargador mais antigo, admitida a
recusa apenas por razões de ordem pessoal.

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COMENTÁRIOS: Se um membro eleito entrar de férias ou for afastado
por alguma razão, seu suplente será o membro não eleito que houver
obtido mais votos. Apenas na falta deste deve ser convocado o
desembargador mais antigo, não se admitindo recusa.

GABARITO: E

23. (inédita). Quando exigido quórum qualificado, o Conselho Especial


apenas se reunirá na presença de três quartos de seus membros,
considerando-se os substitutos.

COMENTÁRIOS: O quórum qualificado para fins de reunião do Conselho


Especial é de dois terços, considerados os substitutos.

GABARITO: E

24. (inédita). Compete ao Conselho Especial processar e julgar


originariamente o mandado de segurança e habeas data contra atos do
Procurador-Geral da República.

COMENTÁRIOS: Várias autoridades cujos atos são atacados por meio de


mandado de segurança e habeas data são julgadas pelo Conselho
Especial, mas o Procurador-Geral da República não é uma delas!

GABARITO: E

25. (inédita). É possível a delegação de competência relacionada à


execução das decisões do Conselho Especial a juiz de direito, exceto
quanto à prática de atos decisórios.

COMENTÁRIOS: A competência para executar suas próprias decisões é


do Conselho Especial, mas pode ser delegada nos termos descritos.

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GABARITO: C

26. (inédita). As câmaras serão presididas pelo desembargador mais


antigo. Enquanto não for promulgada novo Estatuto da Magistratura, seu
mandato será de dois anos, permitida uma recondução.

COMENTÁRIOS: Cuidado para não confundir! Essa é a regra aplicável


para a eleição dos membros do Conselho Especial, e não para os
presidentes das câmaras. As câmaras, assim como as turmas, serão
presididas pelo desembargador mais antigo, em rodízio anual.

GABARITO: E

27. (inédita). A Primeira Câmara Cível é composta pelos membros da


Primeira, Segunda e Terceira Turmas Cíveis.

COMENTÁRIOS: Para não confundir aqui, dei a dica dos números pares e
ímpares, lembra? A 1ª Câmara Cível é composta pelos membros da 1ª, 3ª
e 5ª Turmas Cíveis.

GABARITO: E

28. (inédita). O réu em processo criminal pode formular pedido ao


Tribunal para ser julgado pelo Tribunal do Júri em comarca diferente
daquela em que ocorreu o crime. Esse pedido deve ser conhecido pelas
Turmas Criminais, e recebe o nome de pedido de desaforamento.

COMENTÁRIOS: A descrição do pedido de desaforamento está correta,


mas a competência para conhecê-lo é da Câmara Criminal.

GABARITO: E

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29. (inédita). O cidadão que tiver prisão decretada por magistrado de


primeiro grau em razão de inadimplência em prestação alimentícia pode
impetrar habeas corpus, que será conhecido pelas Turmas Cíveis.

COMENTÁRIOS: Se você conseguir diferenciar a prisão cível (pensão


alimentícia) da criminal, não vai errar a questão. Habeas corpus para
impugnar prisão cível e julgado pela Turma Cível. Habeas corpus criminal
é julgado pela Turma Criminal.

GABARITO: C

30. (inédita). A ação de restauração de autos relativa a processo de


competência do Conselho da Magistratura deverá ser conhecida pelo
Conselho Especial, vez que aquele órgão exerce competência
exclusivamente correicional.

COMENTÁRIOS: Primeiramente, a competência do Conselho da


Magistratura não é apenas correicional. Ele também regulamenta e
atualiza a Tabela de Custas, além de poder exercer outras funções do
Pleno e do Conselho Especial a ele delegadas. A ação de restauração de
autos entra na regra do “cada um julga o seu”. Assim, se o processo era
de competência do Conselho da Magistratura, ele julgará o pedido para
restauração dos autos.

GABARITO: E

31. (inédita). Tanto as câmaras quanto as turmas especializadas


indicarão, por meio de seus presidentes, servidor para ser nomeado
secretário do respectivo órgão.

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COMENTÁRIOS: Essa indicação é feita da forma mencionada, e é
direcionada ao Presidente do Tribunal.

GABARITO: C

32. (inédita). Cada uma das comissões permanentes será composta por
3 membros efetivos e 1 suplente, exceto a Comissão de
Acompanhamento de Estágio Probatório, que terá 4 membros efetivos,
dada a obrigatoriedade da participação do Corregedor.

COMENTÁRIOS: O fato de o Corregedor fazer parte obrigatoriamente da


Comissão de Acompanhamento de Estágio Probatório não faz com que ela
tenha um membro a mais. Ela é composta pelo Corregedor, mais dois
membros efetivos e um suplente.

GABARITO: E

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9. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. TJDFT – Analista – 1998 – Cespe (adaptada). O Conselho Especial


é o órgão do TJDFT competente para o desempenho da função judiciária
da Corte, em casos especiais, e compõe-se dos mesmos membros que o
Pleno, do qual se diferencia por este possuir apenas função
administrativa.

2. TJDFT – Analista – 1998 – Cespe (adaptada). O Presidente, o


Primeiro Vice Presidente, o Segundo Vice Presidente e o Corregedor do
Tribunal têm mandatos anuais.

3. TJDFT – Analista – 2008 – Cespe. Fábio foi nomeado, entre os


desembargadores mais antigos, para integrar o Conselho Especial do
TJDFT.
Nessa situação, nos afastamentos e impedimentos de Fábio, a sua
substituição se dará pelos suplentes na ordem decrescente da votação
obtida.

4. TJDFT – Analista – 2008 – Cespe. Foi instaurado conselho de


disciplina, para exame da perda da graduação pela prática de
transgressão disciplinar grave, contra Henrique, praça da Polícia Militar do
Distrito Federal. Nessa situação, o procedimento deverá ser julgado por
uma das turmas criminais do TJDFT.

5. TJDFT – Analista – 1999 – Cespe (adaptada). As câmaras


especializadas denominam-se 1.ª Câmara Cível, 2.ª Câmara Cível e
Câmara Criminal; são compostas pelos integrantes das turmas e têm
como presidente o membro mais antigo, em sistema de rodízio.

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6. TJDFT – Analista – 1999 – Cespe (adaptada). Cabe ao Conselho
da Magistratura apreciar pedido de liminar em certos processos urgentes
durante os períodos de férias e de recesso.

7. TJDFT – Analista – 1999 – Cespe (adaptada). O órgão especial do


TJDFT é composto por todos os membros do Tribunal.

8. TJDFT – Analista – 1999 – Cespe (adaptada). Compete ao órgão


especial julgar os desembargadores do Tribunal nos crimes comuns e de
responsabilidade.

9. TJDFT – Analista – 1999 – Cespe (adaptada). Compete ao órgão


especial julgar todo e qualquer mandado de segurança, habeas corpus,
habeas data e mandado de injunção contra autoridade ou órgão do
Distrito Federal.

10. TJDFT – Analista – 2003 – Cespe (adaptada). Nos períodos em


que o TJDFT se encontrar com seu serviço paralisado, os habeas corpus
de competência originária do tribunal serão julgados pelo Conselho da
Magistratura, embora a competência deste órgão seja
predominantemente
administrativa.

11. TJDFT – Analista – 2003 – Cespe (adaptada). As sessões


extraordinárias dos órgãos fracionários do TJDFT podem ser convocadas
por qualquer de seus membros, para julgamento de processos já incluídos
em pauta.

12. TJDFT – Técnico – 1998 – Cespe (adaptada). Dos trinta e um


desembargadores, três são escolhidos entre membros do Ministério
Público do Distrito Federal e Territórios.

!∀#∃%&!∋()#&∗(+,∋∀−./&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!22!()!23!
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13. TJDFT – Técnico – 1998 – Cespe (adaptada). Os deputados
distritais e os deputados estaduais dos estados-membros serão, nos
crimes comuns, julgados pelo Conselho Especial do TJDFT.

14. TJDFT – Técnico – 1998 – Cespe (adaptada). Mandados de


segurança contra ato do Tribunal serão julgados pelo Conselho da
Magistratura.

15. TJDFT – Técnico – 1998 – Cespe (adaptada). O Tribunal possui


três grupos de Câmaras Especializadas, em função da matéria: Câmaras
Cíveis, Criminal e Administrativa.

16. TJDFT – Técnico – 2003 – Cespe (adaptada). As câmaras


especializadas do TJDFT serão sempre presididas pelo desembargador
mais antigo que as integrar e enquanto este compuser o órgão.

17. TJDFT – Técnico – 2003 – Cespe (adaptada). O presidente do


Conselho Especial e o das câmaras do TJDFT jamais votam nesses órgãos

18. TJDFT – Técnico – 2003 – Cespe (adaptada). As turmas do TJDFT


somente podem reunir-se com a presença de pelo menos três
desembargadores

19. TJDFT – Técnico – 2003 – Cespe (adaptada). As comissões


permanentes do TJDFT são compostas por desembargadores que
necessariamente devem passar por rodízio ao término de cada mandato,
uma vez que é proibida a recondução para essa função.

20. (inédita). Para fins de provimento de vagas no Conselho Especial,


são contados, para fins de aferição da antiguidade, os anos de serviço
público efetivo do desembargador, na proporção de um ponto por ano
completo.

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21. (inédita). A eleição para o Conselho Especial deve ser feita pelo
expediente do escrutínio secreto, sendo considerado eleito o
desembargador que obtiver a maioria simples dos votos.

22. (inédita). Afastado um membro eleito do Conselho Especial, deve


ser convocado para substituí-lo o desembargador mais antigo, admitida a
recusa apenas por razões de ordem pessoal.

23. (inédita). Quando exigido quórum qualificado, o Conselho Especial


apenas se reunirá na presença de três quartos de seus membros,
considerando-se os substitutos.

24. (inédita). Compete ao Conselho Especial processar e julgar


originariamente o mandado de segurança e habeas data contra atos do
Procurador-Geral da República.

25. (inédita). É possível a delegação de competência relacionada à


execução das decisões do Conselho Especial a juiz de direito, exceto
quanto à prática de atos decisórios.

26. (inédita). As câmaras serão presididas pelo desembargador mais


antigo. Enquanto não for promulgada novo Estatuto da Magistratura, seu
mandato será de dois anos, permitida uma recondução.

27. (inédita). A Primeira Câmara Cível é composta pelos membros da


Primeira, Segunda e Terceira Turmas Cíveis.

28. (inédita). O réu em processo criminal pode formular pedido ao


Tribunal para ser julgado pelo Tribunal do Júri em comarca diferente
daquela em que ocorreu o crime. Esse pedido deve ser conhecido pelas
Turmas Criminais, e recebe o nome de pedido de desaforamento.

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29. (inédita). O cidadão que tiver prisão decretada por magistrado de


primeiro grau em razão de inadimplência em prestação alimentícia pode
impetrar habeas corpus, que será conhecido pelas Turmas Cíveis.

30. (inédita). A ação de restauração de autos relativa a processo de


competência do Conselho da Magistratura deverá ser conhecida pelo
Conselho Especial, vez que aquele órgão exerce competência
exclusivamente correicional.

31. (inédita). Tanto as câmaras quanto as turmas especializadas


indicarão, por meio de seus presidentes, servidor para ser nomeado
secretário do respectivo órgão.

32. (inédita). Cada uma das comissões permanentes será composta por
3 membros efetivos e 1 suplente, exceto a Comissão de
Acompanhamento de Estágio Probatório, que terá 4 membros efetivos,
dada a obrigatoriedade da participação do Corregedor.

!∀#∃%&!∋()#&∗(+,∋∀−./&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!28!()!23!
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GABARITO
1. E 17. E
2. E 18. C
3. E 19. E
4. E 20. E
5. C 21. C
6. E 22. E
7. E 23. E
8. E 24. E
9. E 25. C
10. E 26. E
11. E 27. E
12. E 28. E
13. E 29. C
14. E 30. E
15. E 31. C
16. E 32. E

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