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Comportamento • Convivendo

Parkinson: sinais prematuros, diagnóstico e tratamento

7 min de leitura

Escrito por Eu Sem Fronteiras

Oprimeiro estudo sobre a doença de Parkinson foi elaborado em 1817, pelo médico britânico
James Parkinson. O nome da condição, inclusive, é uma homenagem a esse cientista, que
caracterizou a doença degenerativa do sistema nervoso central como “tremores e movimentos
involuntários, diminuição da potência muscular, propensão a dobrar o tronco para a frente e
passos em ritmo de marcha”.

Com o passar do tempo, o termo “mal” foi excluído do nome da doença, para evitar que ela
carregasse um estigma negativo e levasse à exclusão dos parkinsonianos da sociedade. Sendo
assim, Parkinson (ou doença de Parkinson) é a forma correta de se referir a essa condição que
afeta 1% da população mundial acima dos 65 anos, segundo dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS).
No Brasil, o Ministério da Saúde avalia que existam cerca de 200 mil pessoas com Parkinson no
país. Embora a doença se manifeste de forma progressiva depois dos 65 anos, a OMS declara
que 4% dos pacientes são diagnosticados antes de completarem 50 anos.
A primeira forma de combater os efeitos negativos do Parkinson é por meio da informação. A
partir dela, é possível identificar os sinais prematuros da doença, realizar o diagnóstico com
precisão e escolher o tratamento mais adequado para cada caso. A seguir, aprenda sobre esses
sinais e proteja-se contra o Parkinson.
Direitos autorais : Bannasak Krodkaw

Sinais prematuros

Os sinais prematuros de Parkinson são a primeira forma de identificar o possível desenvolvimento


da doença. Caso você os perceba tanto em você ou em alguém que conheça, o mais indicado é
procurar auxílio médico.

1) Rigidez dos membros e desequilíbrio


Para que o cérebro realize as diferentes funções cotidianas, determinados hormônios e certas
substâncias precisam ser liberados no organismo. Uma pessoa que sofre de Parkinson deixa de
produzir dopamina, um importante neurotransmissor, responsável pela sensação de prazer e pela
coordenação motora. A partir disso, braços e pernas podem enrijecer, por não receberem os
estímulos para a movimentação, e levam à perda de equilíbrio.

2) Desenvolvimento de depressão

Um dos hormônios que uma pessoa libera quando sente prazer e felicidade é a dopamina. Essa
mesma substância deixa de ser produzida por alguém que sofre de Parkinson. Unindo esses dois
fatores, é possível compreender o motivo para pessoas parkinsonianas sofrerem de depressão.
Sem a produção de dopamina, o corpo não é capaz de reagir adequadamente aos estímulos de
prazer e de felicidade.

3) Execução de gestos involuntários

Os tremores são um dos sintomas que o senso comum associa ao Parkinson. No entanto, o
neurologista André Felício, do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que 40% dos pacientes
não apresentam esse sintoma. Os tremores, que são gestos involuntários, decorrem da perda de
células nervosas da substância negra, uma parte do cérebro. Quando 70% dessas células são
perdidas, os tremores e os gestos são mais graves e aparentes.
Imagem de Darko Djurin por Pixabay

4) Constipação

A dificuldade para evacuar é outro sintoma do Parkinson, que pode começar a se manifestar uma
década antes dos outros sintomas. A constipação ocorre porque a região do cérebro que produz
dopamina é também a que estimula os movimentos peristálticos, essenciais para o
funcionamento do intestino. Com um mau funcionamento dessa área, a prisão de ventre passa a
ser uma realidade.

5) Disfunção erétil

A disfunção erétil está presente na lista de sintomas preliminares do Parkinson. Manter uma
ereção não é uma ação voluntária, assim como respirar, então depende de mecanismos
autônomos do cérebro. Como a doença prejudica de forma progressiva o sistema nervoso, as
funções que controlam esse tipo de estímulo são comprometidas. A depressão decorrente do
Parkinson também pode reduzir a libido nos homens e nas mulheres.

6) Incontinência urinária
Os tremores que podem acometer as pessoas que sofrem de Parkinson ocasionalmente atingem
a bexiga. Os músculos desse órgão começam a se movimentar, estimulando a vontade de urinar,
mesmo que não haja muito líquido a ser descartado. A necessidade de ir ao banheiro se torna
frequente, independentemente de quanta água a pessoa tenha ingerido.

7) Pressão baixa

Outro mecanismo controlado pelo sistema nervoso autônomo é a regulação da pressão cardíaca
quando uma pessoa muda de posição. Se uma pessoa sofre de Parkinson, ela pode
apresentar pressão baixa ao se levantar ou ao se movimentar. Isso acontece porque o Parkinson
compromete o funcionamento do sistema nervoso autônomo, como visto anteriormente.
Direitos autorais : ocskaymark

Diagnóstico

Caso você apresente algum dos sintomas preliminares, não há motivo para pânico. Como para
qualquer doença, o diagnóstico só pode ser feito por um profissional da saúde. Então, se você
imagina que pode desenvolver Parkinson, o primeiro passo é procurar um neurologista.
Os fatores analisados para o diagnóstico serão o histórico médico, a análise clínica e os exames
neurológicos. No histórico médico, será analisado se o paciente já apresentou algum problema
neurológico ou se desenvolveu algum dos sintomas do Parkinson nos últimos anos.

A análise clínica consiste na observação do paciente executando movimentos rotineiros


(caminhar, deitar-se, levantar-se), repetindo palavras e realizando exercícios finos, como
movimentação dos dedos. A partir disso, será possível dizer se há rigidez muscular, perda do
equilíbrio ou ausência de coordenação motora.

Os exames neurológicos são de imagem: tomografia cerebral e ressonância magnética. Esses


exames definem se há outra doença se desenvolvendo e quais são os níveis de dopamina no
cérebro do paciente, dado essencial para identificação do Parkinson.
Direitos autorais : Katarzyna Białasiewicz

Tratamento

Parkinson é uma doença crônica e progressiva, que não tem cura. No entanto, existem
tratamentos que podem amenizar os sintomas. Na Medicina tradicional, existem remédios que
são indicados para esse problema. Somente um profissional de saúde é capaz de receitar quais
são os medicamentos mais indicados para uma pessoa. Automedicação pode trazer
consequências irreversíveis para o organismo.

1) Esportes
Praticar exercícios físicos é uma forma de estimular o corpo e a mente, além de favorecer a
movimentação do paciente. Ioga, natação, caminhada, musculação e alongamento são boas
alternativas para parkinsonianos que sofrem com o estresse e com a dificuldade para se mover. É
importante que essas pessoas sejam acompanhadas nas atividades, para evitar quedas
decorrentes de desequilíbrios.

2) Tai chi chuan

Tai chi chuan é uma arte marcial chinesa que consiste em movimentar o corpo com delicadeza,
para melhorar a saúde física e mental. A facilidade de execução de cada gesto, a longo prazo, é
capaz de recuperar o ato de flexionar o corpo para frente e para trás, movimentos que são
perdidos com a rigidez muscular. Além disso, há aumento do equilíbrio de pacientes que sofrem
de Parkinson e praticam a atividade. Redução de quedas e flexibilidade são os dois maiores
benefícios do tai chi chuan.
Imagem de zerin117 por Pixabay

3) Aromaterapia

A aromaterapia é o uso de óleos essenciais para se obterem benefícios físicos e mentais. Uma
pessoa que sofre de Parkinson pode experienciar episódios de irritabilidade e depressão, além de
dores no corpo. Os óleos essenciais mais indicados para amenizar esses sintomas são os de
lavanda e de camomila. Para aplicá-los, basta espalhar algumas gotas na pele, usando as mãos,
ou espirrá-los no ambiente.

4) Cromoterapia

A cromoterapia é uma terapia que tem como princípio aproveitar as energias que cada cor
emana. As cores mais recomendadas para quem sofre de Parkinson são: laranja (resgate da
energia e da jovialidade), verde (favorece as capacidades física e mental) e azul (promove a
regeneração celular). Elas podem ser aproveitadas com lâmpadas coloridas, janelas de vidro
coloridos ou até garrafas da água que sejam de vidro ou de plástico colorido.

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5) Cadeira vibratória
Um método que ainda gera controvérsias para o tratamento de Parkinson é a cadeira vibratória.
No século XIX, o neurologista francês Jean-Martin Charcot notou que os pacientes
parkinsonianos que iam até o consultório de carroça tinham os sintomas da doença amenizados
ao fim da viagem. Então, ele desenvolveu uma cadeira vibratória para pessoas acometidas pelo
Parkinson. O tratamento é pouco conhecido, mas pode ser eficiente.

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Parkinson saúde saúde do corpo

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