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1 - Bibliografia:
Curso de Concreto Armado – Vol. 3 - Ed. Dunas, Rio Grande (2ª
edição) - José Milton de Araújo
Estruturas de Concreto (Solicitações normais) - Péricles
Brasiliense Fusco.
Cálculo e detalhamento de concreto armado Vol. 2 – Rpberto Chust
Carvalho e Libânio Miranda Pinheiro
F. Hormigón Armado - J. Montoya.
Curso de Concreto Vol. II - José Carlos Sussekind.
Dimensionamento de Concreto Armado à Flexão Composta - Pfeil.
Cálculo de Concreto Armado Vol. II - Lauro Modesto dos Santos.
2 - Definição:
Os pilares são elementos estruturais prismáticos de eixo, verticais
cuja função é transmitir as cargas provenientes da superestrutura
às fundações.
M flexão
Md
S Zona de segurança
M
N tração N compressão
Td N Nd
(Figura 1)
onde:
Nsd = Valor de cálculo da força normal de compressão atuante.
Nrd = Valor de cálculo da força normal de compressão resistente.
h
e o
Onde:
o é a distância
livre entre as faces
internas dos elementos
estruturais, supostos
horizontais, que
vinculam o pilar;
h é a altura da
seção transversal do
pilar, medida no plano
da estrutura;
é a distância
entre os eixos dos
elementos estruturais
( Figura 2) aos quais o pilar está
vinculado.
h
Para seções retangulares i 0,288675* h ;
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Pare seções circulares i 0,25 *
4
4.3 - Índice de esbeltez ().
O índice de esbeltez é definido pela relação:
e
i
5 - Classificação quanto à esbeltez:
De acordo com o índice de esbeltez (λ), os pilares podem ser
classificados em:
• pilares robustos ou pouco esbeltos → λ ≤ λ1
• pilares de esbeltez média → λ1 < λ ≤ 90
• pilares esbeltos ou muito esbeltos → 90 < λ ≤ 140
• pilares excessivamente esbeltos → 140 < λ ≤ 200
Pilares robustos: λ ≤ λ1
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Figura 3
PILAR PILAR PILAR DE
INTERNO DE BORDA CANTO
OU CENTRAL
7 - Disposições construtivas:
n = 1,95 – 0,05 x b
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cnom cmin c
Valores de cnom em pilares de concreto armado para Δc=10mm (NBR
6118:2014)
Tabela 02
cnom cmin c
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10 mm l b
8
No item 17.3.5.3 da NBR 6118/2014, a armadura longitudinal mínima
deve ser:
Nd
As ,min 0,15. 0,004. Ac
f yd
O valor máximo da área total de armadura longitudinal é dado por:
As ,máx 8%. Ac
A maior área de armadura longitudinal possível deve ser 8% da seção
real, considerando-se inclusive a sobreposição de armadura nas
regiões de emenda.
A NBR 6118:2014, no item 18.4.2.2, estabelece que as armaduras
longitudinais devem ser dispostas de forma a garantir a adequada
resistência do elemento estrutural. Em seções poligonais, deve
existir pelo menos uma barra em cada vértice; em seções circulares,
no mínimo seis barras distribuídas ao longo do perímetro. A figura
abaixo apresenta o número mínimo de barras para alguns tipos de
seção.
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Figura 6
Quando estiver previsto no plano de execução da concretagem o
adensamento através de abertura lateral na face da fôrma, o
espaçamento das armaduras deve ser suficiente para permitir a
passagem do vibrador.
Para LEONHARDT & MÖNNIG (1978) esse espaçamento máximo não deve ser
maior do que 30 cm. Entretanto, para pilares com dimensões até 40
cm, basta que existam as barras longitudinais nos cantos.
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do diâmetro equivalente do feixe que constitui a armadura
longitudinal, ou seja:
Figura 7
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Figura 8
Quando houver mais de duas barras no trecho de comprimento 20.φt ou
barras fora dele, deve haver estribos suplementares ou grampos. Se
o estribo suplementar for constituído por uma barra reta, terminada
em ganchos, ele deve atravessar a seção do pilar e os seus ganchos
devem envolver a barra longitudinal. Se houver mais de uma barra
longitudinal a ser protegida junto à extremidade do estribo
suplementar, seu gancho deve envolver um estribo principal em um
ponto junto a uma das barras, o que deve ser indicado no projeto de
modo bem destacado (Figura 18). Essa amarra garantirá contra a
flambagem essa barra encostada e mais duas no máximo para cada
lado, não distantes dela mais de 20.φt. No caso da utilização
dessas amarras, para que o cobrimento seja respeitado, é necessário
prever uma distância maior entre a superfície do estribo e a face
do pilar.
Figura 9
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É oportuno comentar que a presença de estribos suplementares pode
dificultar a concretagem. Uma alternativa seria concentrar as
barras nos cantos, para evitar os estribos suplementares.
A NBR 6118/2014 comenta ainda que, no caso de estribos curvilíneos
cuja concavidade esteja voltada para o interior do concreto, não há
necessidade de estribos suplementares. Se as seções das barras
longitudinais se situarem em uma curva de concavidade voltada para
fora do concreto, cada barra longitudinal deve ser ancorada pelo
gancho de um estribo reto ou pelo canto de um estribo poligonal.
Figura 10
Condição de segurança.
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A As
N d 0,85. f cd ( f sd 0,85. f cd ). s . Ac definindo s
Ac Ac
como a taxa geométrica da armadura longitudinal, obtem-se:
N d ,eq 0,85. f cd . Ac
Ac (eq.3)
f sd 0,85. f cd
s
nh 1
n v 1
Figura 11
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Figura
rp ,inf rp ,sup
na viga M vig .M eng ,vig
rvig rp ,inf rp ,sup
rp ,sup
no tramo superior do pilar M p ,sup .M eng ,vig
rvig rp ,inf rp ,sup
rp ,inf
no tramo inferior do pilar M p ,inf .M eng ,vig
rvig rp ,inf rp ,sup
onde ri representa a rigidez do elemento “i” da ligação entre os tramos
das barras envolvidas na ligação entre viga e pilar conforme a euqação
abaixo:
Ii
ri
li
Figura 13
a) Imperfeições globais
Na análise global das estruturas reticuladas, sejam elas contraventadas ou
não deve ser considerado um desaprumo dos elementos verticais conforme
mostra a figura abaixo:
1 1 1
1 a 1 n
100 l 2
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10 - Momento mínimo
Segundo a NBR 6118:2014, o efeito das imperfeições locais nos pilares pode
ser substituído em estruturas reticuladas pela consideração do momento
mínimo de 1ª ordem dado por:
11 - Excentricidade de forma
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10.Eci .I c
Ne ( força de flambagem de Euler )
l e2
MSg, NSg são os esforços solicitantes devidos à combinação quase
permanente;
ea é a excentricidade acidental devida a imperfeições locais;
ϕ é o coeficiente de fluência;
Eci = 5600 fck 1 2 (MPa);
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13 - ESBELTEZ LIMITE
(25 12,5.e1 h)
1 e 35 1 90
b
sendo e1 a excentricidade de 1ª ordem. A NBR 6118:2003 não deixa claro
como se adota este valor. Na dúvida, pode-se admitir, no cálculo de λ1, e1
igual ao menor valor da excentricidade de 1ª ordem, no trecho considerado.
Para pilares usuais de edifícios, vinculados nas duas extremidades, na
falta de um critério mais específico, é razoável considerar e1=0.
O coeficiente αb deve ser obtido conforme estabelecido a seguir.
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MC
b 0,80 0,20 0,85 sendo : 1,0 b 0,85
MA
b 1
14 - EXCENTRICIDADE DE SEGUNDA ORDEM
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Sob a ação do carregamento, o pilar apresenta uma deformação que, por sua
vez, gera nas seções um momento incremental Nd.y, provocando novas
deformações e novos momentos. Se as ações externas (Nd e Md) forem menores
que a capacidade resistente da barra, essa interação continua até que seja
atingido um estado de equilíbrio para todas as seções da barra. Tem-se,
portanto, uma forma fletida estável (Figura 19.a). Caso contrário, se as
ações externas forem maiores que a capacidade resistente da barra, o pilar
perde estabilidade (Figura 19.b). A verificação que se deve fazer é quanto
à existência da forma fletida estável.
y a.sen .x (1)
l
Assim, tem-se:
y´ a. . cos .x
l l
2
y a. .sen .x
´´
l l
Figura 21. Elástica do pilar padrão
1 d y
2
Como: 2
r dx
Para a seção média, tem-se:
1 1
( y´´) xl / 2 a.
r x l / 2 r
Assim, a flecha máxima pode ser:
l2 1
a .
2 r xl / 2
Para o caso do pilar em balanço, tem-se:
le 1
2
a . em que 2 10 .
10 r base
Obtendo-se a flecha máxima, pode-se obter também o momento total, já que o
momento de 2a ordem pode ser obtido facilmente pela equação (2).
l 1
2
M 2,base N .a , logo M 2,base N . e . (2)
10 r base
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ou seja a excentricidade de segunda ordem é dada por:
2
le 1
e2 .
10 r
1 0,005 0,005 N sd
r h.( 0,5) h Ac . f cd
l 1
2
M d ,tot b .M 1d , A Nd . e . M 1d , A (3)
10 r
b .M 1d , A
M d ,tot M 1d , A (4)
2
1
120.
κ é valor da rigidez adimensional, dado aproximadamente por:
M d ,Tot
32.1 5. .
h.N d
(5)
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Observa-se que o valor da rigidez adimensional κ é necessário para
o cálculo de Md,tot, e para o cálculo de κ utiliza-se o valor de
Md,tot. Assim, a solução somente pode ser obtida por tentativas.
Usualmente, poucas iterações são suficientes.
Substituindo a equação (5) na (4) obtemos uma equação do 2º grau onde
se determina o valor de M d,tot,sem a necessidade de se fazer
iterações:
19200.M 2 d ,tot (3840.h.Nd 2 .h.N d 19200.b .M1d , A ).M d ,tot 3840.b .h.Nd .M1d , A 0
Equação (6)
M rd , x M rd , y
1
M rd , xx M rd , yy
Onde:
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