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Titulo: IMRT EM TUMORES DO SEIO MAXILAR: RESULTADOS PRELIMINARES

INTRODUÇÃO: Os tumores do seio maxilar têm como principal abordagem terâpeutica a Cirurgia seguida de
Radioterapia (RT) ou Radio e Quimioterapia concomitantes (QRT). Dada a complexidade do volume alvo e a
proximidade de estruturas críticas como as estruturas visuais e o tronco cerebral, a Radioterapia de Intensidade
Modulada (IMRT) torna-se uma solução muito interessante para estes casos.
OBJECTIVOS: O objectivo deste trabalho é reportar a experiência inicial na aplicação de IMRT nos tumores do
Seio Maxilar, tendo em conta o controlo e a toxicidades aguda resultante.
MATERIAL E MÉTODOS: Foram recolhidos retrospectivamente os dados dos doentes com diagnóstico de tumor
do seio maxilar tratados com IMRT de Maio de 2009 a Setembro de 2010. Realizaram TAC de planeamento onde
foram delimitados os Volumes Alvo, as Estruturas Críticas (EC) - Tronco Cerebral (TC), Medula Espinhal (ME),
nervos ópticos e quiasma- e os Orgãos de Risco (OR) – olhos, cristalinos, cócleas, lobos temporais/cérebro e
glândulas parótidas. A cobertura do tumor foi avaliada com base no Volume tumoral tratado com 95% da Dose
(D95), e as doses nas EC e OR com as Dose média (Dméd) e Dose máxima (Dmax). A resposta aos tratamentos foi
avaliada segundo os critérios de RECIST, quando aplicáveis, e a toxicidade de acordo com tabelas da RTOG.
RESULTADOS: Amostra de 13 doentes com idade mediana de 68 anos (33 a 77 anos). O tempo mediano de
tratamento de radioterapia foi de 43 dias (37 a 52 dias), sendo que um doente interrompeu o tratamento por
toxicidade. Os doentes foram submetidos a RT isolada (12) ou QRT (1) de acordo com os protocolos, com uma
dose mediana de 60Gy (60 a 70Gy) em 30 a 33 fracções ao longo de 6-7 semanas. Obteve-se uma cobertura
tumoral muito elevada – D95≥94%. As doses de tolerância das EC e dos OR foram respeitadas, com excepção de
algumas estruturas visuais e, num caso, a glândula parótida, por proximidade marcada com o volume a irradiar.
Foram avaliadas as toxicidades mais relevantes nos 13 doentes tratados: 4 doentes (30%) apresentaram mucosite
grau 3, 2 (15%) dermite grau 3, um (8%) diminuição da acuidade visual grau 3 e 3 (23%) desenvolveram
toxicidade grau 2 da articulação temporo-mandibular durante o tratamento. Do total de 13 doentes seguidos aos 2
meses após término dos tratamentos, 10 (77%) doentes não apresentaram evidência de doença e 3 (23%) doentes
apresentaram Progressão de Doença.
CONCLUSÕES: Os tratamentos de IMRT nos tumores do seio maxilar permitiram uma boa cobertura do volume
tumoral mantendo as constrições das EC e OR, o que se traduziu numa boa resposta à terapêutica instituída, sem
aumentar a toxicidade resultante. Um seguimento mais longo será necessário para avaliar se esta boa resposta à
terapêutica se correlaciona com um melhor controlo loco-regional.
Resumo de (por favor assinale 1): Comunicação Livre Poster
(CAMPO OBRIGATÓRIO – assinale apenas uma categoria):
Mama Cabeça e Pescoço Pulmão Cuidados Paliativos e Psicológicos
Ginecologia SNC Digestivo Física
Urologia Dermatologia Hematologia Outros
Nome do Autor:Rute Pocinho
Nome dos Co-Autores: Ediardo Netto, Jorge Faria, Telma Almeida, Margarida Roldão
Instituição: IPOFG Lisboa Telf.:

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