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Lucinda confirmou.
— Eu gostaria muito.
Henri se prontificou.
— Vim.
— Dança comigo?
— Danço.
— Trinta e oito.
— Obrigada.
Até que ponto ela enfrentaria seu pai por causa de Gregory?
Mas também ela não vivia infeliz com a vida que levava?
Mesmo que seu namoro com Gregory não desse certo, seria um
ponto de partida para enfrentar seu pai. Já devia ter feito isso há
muito tempo.
Como seria sua vida hoje, se ela tivesse lutado por sua
independência?
Ele teria feito sua vida um inferno? Não duvidava nada que ele
teria lutado contra e acabasse fazendo-a desistir dos estudos.
— Bom dia!
CAPÍTULO IV
— Eu te ajudo.
Até que ponto seu pai prejudicaria Gregory? Temia por ele.
Seu pai sabia ser bem maquiavélico com seus adversários.
— Já vou Raquel
— Não sei.
Queria estar perto dele, ser beijada por ele, ser tocada
por aquelas mãos, experimentar as mais variadas
sensações de prazer.
— Sim.
CAPÍTULO V
Natasha indagou.
— Você já vai?
Natasha riu...
— É verdade papai.
— Papai...
— Eu mamãe?
— Sim. Você!
— Por que você acha que seu pai quer tanto te ver
casada? Ele precisa de um genro para dirigir o estaleiro.
Teu pai não vai durar a vida inteira. E eu não pude lhe
dar um filho homem.
Natasha ficou a olhar a cena, sua mãe andando de um
lado para o outro, se culpando por não ter gerado um
homem.
CAPÍTULO VI
— Assim?
— Sim mamãe.
— Avisou.
— Estou.
— Então vamos.
— Você quer que eu fale com seu pai que nós saímos e
você volta para sua casa, desobrigada de sair comigo?
— Seria maravilhoso.
Natasha sorriu.
— Confessar o quê?
Natasha sorriu.
— Não.
— Se você o ama, o que a impede de lutar por esse
amor?Eu fiz exatamente isso uma vez, gostei de uma
baba de um amigo meu, mas por ela ser de classe
diferente da minha, abafei meus sentimentos, me
arrependi amargamente. Soube que ela está bem casada e
que tem um filho, eu poderia ter sido o marido dela e o
filho dela ser meu filho. Hoje ela é uma empresária de
sucesso, o marido investiu nela comprando uma loja de
antiguidade. Um dia fui comprar uma peça para a minha
casa e levei um baque ao vê-la, percebi que nunca a
esqueci.
— Foi bom.
— Amigo?
— Sim papai.
— Raquel? É Natasha.
— Oi Natasha.
— Raquel, fale baixo. Não quero que Gregory saiba que
estou te ligando.
— Eu o amo, Raquel.
— Você o que?
— Posso ou não?
Meu Deus. Tinha que esperar três longos dias para falar com ele.
CAPÍTULO VII
— Oi Gregory.
— Sim, eu enfrentaria.
— Eu te amo Gregory.
— Eu falo com ele. Mas acho que você está errada. Meu
primo é um bronco, um peão, não tem aonde cair morto.
— Eu o amo papai.
Natasha riu.
Arnold explodiu.
— Preciso ir ao banheiro.
— Natasha?
— Na sacada.
— Seu pai disse que você não comeu nada. Posso pedir
para te trazer um café leve, mas saudável.
— Pode.
Exclamou.
— Francisco, não!
— Gregory.
— Papai. Não!
— Raquel?
— Obrigada papai.
— Vou falar para sua mãe sair com você amanhã então.
Onde você pretende ir?
— Vamos então.
— Preciso ir ao banheiro.
Murmurou baixo.
— Desculpe-me mamãe.
— Natasha.
— Eu fugi de casa.
— Você fugiu?
— Fugi.
— Não.
— Graças a Deus!
— Sente-se Natasha.
— È verdade mamãe?
Lucinda assentiu.
— Sim.
— Eu te amo.
Francisco sorriu.
Natasha enrubesceu.
CAPÍTULO X
Por que ele estava assim, agora que seu pai havia permitido o
noivado?
— Eu não me importo.
Dias depois Natasha foi para casa, seu pai lhe dedicava
mais atenção, mas era nítido que ele estava contrariado.
— Espere aqui.
— Abra-a.
— È lindo.
— Gregory.
— Chegamos?
— É o nosso sustento.
— O que foi?
— Estou.
Natasha assentiu.
— Hoje não.
— E seu pé?
Capítulo XI
— Surpresa.
— Eu confio.
— E então. Gostou?
— Resolveu?
— Eu terei.
— E...
— Gregory estava lá de terno almoçando com uma bela
loira.
Raquel riu.
Mas o que isso tinha haver com Gregory? Seu tio a levaria para
lá?Gregory a encontraria lá? Essa era a surpresa? Mas por que ele
mesmo não a levaria?
— Todos? Quem?
— Mas e Gregory?
— Antes. Abra.
— Quando eu falei para o seu pai que você ia, ele fez
questão que eu te mandasse.
Natasha emocionada ficou a olhá-lo e um nó na sua
garganta se formou de saudades de seu pai.
Instrumentação:
Solista
Soprano:
Sabrina Glen.
— Deixe-os entrar.
Ela era tudo para ele, se ele havia conseguido, ele devia
a Natasha, por causa dela que ele foi atrás de seu sonho.
Gregory sorriu.
— Entre papai.
Natasha sorriu.
— O estaleiro faliu.
— Era falso?
Arnold assentiu.
— Eu levarei Natasha.
Fim