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Politraumatizado
Introdução
Paciente politraumatizado → apresenta uma sx de múltiplas lesões → excede o grau de severidade definido;
Reações traumáticas sequenciais → disfunção ou falência de órgãos distantes ou sistemas que não foram traumatizados
diretamente;
Escore de severidade do trauma – ISS → definição da gravidade clínica em virtude do evento traumático;
ISS > 17 → paciente politraumatizado;
Atendimento com protocolo de ATLS → avaliação da fratura somente no item E – exposição do paciente para sua completa
avaliação;
Slide – pct politraumatizado – aquela pessoa que sofre um traumatismo múltiplo com afetação de várias regiões anatômicas
ou órgãos → principal causa de morte;
Lesão de duas cavidades do corpo;
Lesão de uma cavidade + lesão de dois ossos longos;
Coluna ou pelve instáveis → equivalem a uma cavidade;
Tempos e Prioridades
Tempos dos politraumatismos
❶ Tempo inicial – entre o trauma e da chegada da equipe de resgate;
❷ Tempo de resgate – entre o acidente e a chegada no hospital;
❸ Tempo de intubação – entre o acidente e a intubação;
❹ Tempo de ressuscitação – entre a chegada ao hospital e o primeiro tto cirúrgico ou entrada em UTI;
❺ Tempo cirúrgico – duração da 1a cirurgia;
OBS – sempre por equipe multidisciplinar – socorristas, paramédicos, médicos de urgência, traumatologistas, cirurgiões,
anestesistas equipe de enfermagem, radiologistas e UTI;
Atenção ao Politraumatizado
Deve ser continuada, coordenada, sistematizada e com reavaliação constante;
A sequência de atuação inclui o reconhecimento primário da lesão (valoração do TEP e avaliação do ABCDE) em conjunto
com a ressuscitação inicial;
Realização de exploração rápida e ordenada em 5 a 10min com o objetivo de identificar e tratar lesões de risco eminente de
morte;
Posteriormente → realização de um reconhecimento secundário, solicitar exames complementares necessários e outros tto;
Fase pré-hospitalar:
Sistema de coordenação e translado;
Manutenção do ABCDE, imobilização e translado adequado;
Reconhecer o mecanismo do trauma;
Avaliação da necessidade de resgate rápido;
Fase hospitalar:
Planificar os requerimentos segundo o tipo de trauma;
Remeter a pct a um local adequado;
Revisão Primária
B - Ventilação e Respiração
Assegurar via aérea permeável;
Se a ventilação não melhorar buscar outras causas – trauma torácico direto, TCE e lesão medular;
Em pct com trauma torácico suspeitar de pneumotórax;
Expor o tórax do pct e observar os movimentos e a frequência respiratórios;
Se não há respiração espontânea → RCP básica ou avançada;
Se há respiração espontânea → oxigenoterapia em altas concentrações;
C - Circulação
O dx de choque é clínico e se observa a perfusão de órgãos e oxigenação tissular;
O choque representa a manifestação mais importante do compromisso circulatório por diminuição aguda do volume
sanguíneo;
Diferenciar outras causas de choque – cardiogênico, neurogênico etc.
Sinais e sintomas – taquicardia, pulso fino e fraco, pele fria e pálida, sudorese fria, taquipneia, alteração do estado de
consciência e atraso do enchimento capilar;
D - Déficit Neurológico
A avaliação do estado de consciência começa desde o momento da atenção do paciente;
A primeira revisão neurológica permite estabelecer a severidade da lesão por meio da Escala de Glasgow;
Pode variar pela administração de analgésicos;
Primeiro Manejo
Paciente em choque:
❶ acesso venoso calibroso;
❷ fluidos → ressuscitação;
❸ entubação e ventilação;
❹ drenagem torácica;
❺ estabilização das fraturas;
TEMPO é VIDA;
Revisão Secundária
Fraturas
Lesões ósseas com comprometimento de partes moles → pode haver sx compartimental e lesão de reperfusão;
Lesão de reperfusão → alterações estruturais e funcionais → demonstrado com isquemia;
Reversão da isquemia → restauração do fluxo sanguíneo → ↓ de necrose das cel lesadas, acentuado edema celular e
restauração não uniforme do fluxo para as porções dos tecidos;
Foco da fratura
O foco funciona da lesão, o estresse e a dor como um órgão endócrino → libera mediadores e citocinas inflamatórias →
reação sistêmica;
Reações traumáticas sistêmicas → inflamação generalizada ou “sx da resposta inflamatória sistêmica” → se não ocorrer
estabilização rápida → ↑ consumo de energia e exaustão metabólica e energética;
Prioridades do atendimento
A osteossíntese definitiva – haste e placas com parafusos – cirurgia do 1o dia, indicada quando se conseguiu atender os
objetivos da ressuscitação → devido as cirurgias ortopédicas podem causar vários graus de sangramento, complicações trans
e pós-operatórias → pode amplificar e piorar o quadro do pct;
Devemos primeiro:
Prioridade Cirúrgica
❶laparotomia; ❻olhos e face;
❷toracotomia; ❼coluna;
❸vasos sanguíneos; ❽fraturas expostas;
❹redução da pelve; ❾sx compartimental;
❺craniectomia; ❿ossos longos;
Resposta a Ressuscitação
❶Para os pcts que respondem negativamente às manobras de ressuscitação, a próxima etapa é a cirurgia de salvação →
finalidade – impedir o óbito precoce;
- casos de lesão osteo-muscular intensa com rupturas de vasos sanguíneos e sangramento ininterrupto → suporte cirúrgico o
mais breve possível → ligadura vascular e contenção cirúrgica do sangramento;
❷Com instabilidade de resposta à ressuscitação, sem padrão adequado de resposta → cirurgia de demage control;
- demage control – cirurgia para controle de dano → cirurgia minimamente invasiva → estabilização das fraturas com
fixadores externos provisórios, controle de hemorragias, debridamento e lavagem das feridas → retarda em alguns dias o tto
definitivo da fratura com foco na melhora das condições gerais do pct;
- principal objetivo – prevenção de disfunção múltipla de órgãos, a sx da resposta inflamatória sistêmica → pode levar a
morte (50% dos casos);
- o médico deve ser o mínimo invasivo e agressivo → evitar iatrogenias de procedimentos;
- indicado em fraturas instáveis e completas de pelve com hemorragia, fraturas de ossos longos (ex. fêmur) +
tromboembolismo gorduroso pulmonar, traumas completos de extremidades (amputações) → ISS >25pts;
❸Estado de hiper-inflamação – segunda avaliação da lesão inicialmente constatada no pronto atendimento de urgência;
- segundo avaliação do quadro geral – desbridamento cirúrgico → se demonstra sinais de infecção (secreção purulenta local,
odor fétido etc.);
❹Janela de oportunidades – a partir do 5o ao 10o dia → submissão a cirurgias definitivas;
❺Imunossupressão – nos 10o ao 20o dia após o trauma → se recomenda não usar cirurgias, muitos em pcts em UTI;
❻Recuperação – 3a semana em diante → pode se submeter a cirurgias definitivas ou de reconstrução;
Existem estudos comprovantes de que a fixação externa das fraturas em politraumatizados diminui a mortalidade e a
morbidade;
- redução da incidência de SARA, embolia gordurosa, sepse, pneumonia, disfunção múltipla de órgãos;
- facilidade para enfermagem, posicionamento torácico superior, mobilização precoce e ↓ do uso de analgésicos;
Detenção da hemorragia → controle da contaminação → estabilização cardiovascular e ótima função pulmonar → fixação
externa → fixação interna;
Classificação das condições fisiológicas do pct
Segundo dano
Rx de Fraturas
Fluxograma Politraumatismo