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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SEUS RELACIONAMENTOS COM A

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA

Norma Moreira da Penha1

RESUMO

Este artigo tem como objetivo explicar o problema da implementação da educação ambiental nas
escolas e, antes de tudo, explicar sua racionalidade, por se tratar de um entendimento permanente
do ambiente dos cidadãos, uma vez que, através desse processo, poderão adquirir novos
conhecimentos, atitudes, experiências e conhecimentos. Ações, determinações individuais e
coletivas devem ser estimuladas para resolver problemas ambientais atuais e futuros. O objetivo
geral desta pesquisa é promover a implementação de um sistema de educação ambiental em uma
escola municipal de Itapemirim/ES. A pesquisa incluiu análises bibliográficas da implementação
da educação ambiental nas escolas para descobrir várias possibilidades e, ao mesmo tempo,
também foram realizados experimentos para aplicar a teoria na vida cotidiana. Como resultado,
fica claro que a educação ambiental é uma maneira de mudar as atitudes das pessoas e, assim,
mudar o mundo. Quando o aluno começa a entender o mundo ao seu redor, ele começa a
estabelecer novos ideais e busca melhores soluções para o ambiente em que vive.

Palavras-chave: Educação Ambiental. Escola. Aluno.

1 INTRODUÇÃO

A maioria dos problemas ambientais tem raízes em fatores sociais, econômicos, políticos,
culturais e éticos. Entende-se que os modelos de desenvolvimento econômico adotados pelos
países ricos são causadores de degradação ambiental e causam desigualdades sociais junto à
miséria. A introdução da educação ambiental (EA) nas escolas exige alguns ajustes que não
eliminam o poder e o conhecimento adquiridos nas práticas atuais da vida, o que pode ser um dos
benefícios desse tema para a educação formal, além de ajudar o ensino buscando vantagens para
a educação ambiental. Esses campos e disciplinas podem organizar o conteúdo da educação
ambiental de acordo com outros padrões e expor seus conhecimentos e práticas a outras formas
de discussão, o que é sempre muito esclarecedor.
Segundo Jacobi (2003) a educação ambiental deve se configurar como elemento determinante na
formação de sujeitos cidadãos. Este modelo de educação teria a função de contribuir na transformação da
mentalidade dos indivíduos de forma que eles se sintam corresponsáveis na promoção de novo tipo de

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Graduada em Pedagogia pela Universidade Santo Amaro. E-mail: nmp.42@hotmail.com
desenvolvimento, baseado na sustentabilidade. O desenvolvimento sustentável se refere a um modelo
múltiplo de sociedade que leva em conta tanto à viabilidade econômica quanto a ecológica.
O desenvolvimento sustentável somente pode ser entendido como um processo no qual,
de um lado, as restrições mais relevantes estão relacionadas com a exploração dos
recursos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e o marco institucional. De outro,
o crescimento deve enfatizar os aspectos qualitativos, notadamente os relacionados com
a equidade, o uso de recursos – em particular da energia – e a geração de resíduos e
contaminantes. Além disso, a ênfase no desenvolvimento deve fixar-se na superação dos
déficits sociais, nas necessidades básicas e na alteração de padrões de consumo,
principalmente nos países desenvolvidos, para poder manter e aumentar os recursos-
base, sobretudo os agrícolas, energéticos, bióticos, minerais, ar e água (Jacobi, 2003, p.
195).
Após entrar no campo da educação formal, a educação ambiental pode ganhar mais
espaço para reflexão, ampliar sua contribuição para a formação e construção de ideias e, em
outras experiências, tornar a ação a prática tradicional da educação ambiental fora do mundo
escolar. Introduzindo a educação ambiental na educação formal, quais são as possibilidades para
esse bom desempenho inovador? Não há dúvida de que a recomendação dos Parâmetros
Curriculares Nacionais (1999) para a Educação Básica é explicar melhor o campo de desempenho
da educação ambiental nas escolas por meio de temas ambientais horizontais.
Nesses parâmetros, o tema horizontal é introduzido como abordagem prática do conceito
de educação, em que a educação é considerada valor social, estimulada pelo tema "ambiente",
mas não se limita às dimensões utilitárias e cíclicas. Sabe-se que, além de proporcionar às
pessoas melhor qualidade de vida, a educação ambiental também pode mudar hábitos e o status
do planeta.
Somente na prática de aplicar a educação ambiental no verdadeiro sentido, todos se
sentem responsáveis por fazer algo para conter o progresso da degradação ambiental, ou seja,
todos podem fazer as principais mudanças que se quer. O setor de educação percebeu que precisa
resolver problemas ambientais, razão pela qual muitas atividades e projetos com grandes
iniciativas se tornaram cada vez maiores nessa questão. O diagnóstico crítico das questões
ambientais e o entendimento da posição do sujeito nessas relações é o ponto de partida para o
exercício da cidadania ambiental (CARVALHO, 2011).
A educação ambiental é uma disciplina que enfatiza o relacionamento entre as pessoas e o
meio ambiente natural, os métodos de proteção, preservação e gerenciamento correto de seus
recursos. Assim, inserindo a educação ambiental na escola pode-se preparar o indivíduo para
exercer sua cidadania, possibilitando participação efetiva nos processos sociais, culturais,
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políticos e econômicos relativos à preservação do “verde no nosso planeta”, que se encontram de
certa forma em crise, precisando de recuperação urgente (UNESCO, 2005). Nesse contexto, este
artigo tenta encontrar uma variedade de possibilidades por meio de uma análise bibliográfica da
implementação da educação ambiental nas escolas e, ao mesmo tempo, na realidade, as pessoas
tentam incorporar teoria e prática no trabalho diário da escola.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A educação ambiental surge como instrumento fundamental para a preservação e proteção dos
recursos naturais, conforme instrui Queiroz (2008):
A Educação é o modo mais apropriado de efetivar o direito de todos ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado. Um povo ignaro não conhece e não cobra os seus direitos.
O indivíduo e a coletividade ambientalmente educados e conscientes de seus direitos e
deveres são capazes de se integrarem a uma sociedade democrática e se envolverem
direta e livremente nas causas de seu maior interesse. Entretanto, é cogente que tal
educação seja realmente libertária e transformadora, conferindo valores sociais,
habilidades e competências aptas a incorporar a dimensão socioambiental no consciente
das pessoas (QUEIROZ, 2008, p. 11)
Estudos apontam que, desde 1973, como a primeira secretaria ambiental (Sema), o Brasil
realiza educação formal, mas apenas nas décadas de 1980 e 1990, a educação ambiental foi mais
afetada. Sabe-se que há discussões sobre o meio ambiente em nossas vidas diárias, mas percebe-
se que esse fato está intimamente ligado a questões sociais, e não naturais. Enfrentam-se questões
sociais como exclusão social e estrutural, aumento da pobreza e treinamento pessoal, que
representam ameaça ao meio ambiente, levando ao chamado "consumismo cultural".

De fato, a crise é a consequência, não a causa do processo desequilibrado. Atuar sobre as


consequências, o controle do mundo, a fome ou a exclusão, sem modificar as estruturas, ou a
natureza do processo, pode ater se constituir numa forma de aquietamento das consequências,
enquanto se mantém o modelo que gera desequilíbrios insustentáveis e quem nem fará superar as
crises e nem fará as transformações necessárias no rumo da mudança civilizatória (GIUSTINA,
2004).
Tem-se aprendido desde muito jovem a entender a relação entre homem e natureza e
como eles mudam vidas, e o compromisso total do meio ambiente com a qualidade de vida de
nós mesmos e das gerações futuras. A questão ambiental diz respeito a um conjunto de temas que

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abrangem a proteção da vida no planeta, a melhoria do meio ambiente e a qualidade de vida das
comunidades (PCN’S, 1997).
Por meio da educação ambiental, todos estão comprometidos em aumentar a
conscientização dos cidadãos sobre as principais questões ambientais. Na vida cotidiana existem
fatos surpreendentes relacionados ao surgimento de grandes problemas no clima e nas áreas de
produção da Terra. Isso ocorre como consequência da má influência do modo de vida que o
próprio homem escolheu para seguir. O acelerado desenvolvimento científico e tecnológico
provocou ao meio ambiente perdas irreversíveis (BARBOSA, 2004).
Nesse sentido a educação ambiental precisa urgentemente encontrar novos rumos para a
implementação de programas verdadeiramente capazes de promover práticas voltadas ao
desenvolvimento sustentável. O termo “desenvolvimento sustentável” é abrangente e engloba
aspectos econômicos, sociais e ambientais. Foi expresso no Relatório Brundtland como o
“desenvolvimento que atende às necessidades do presente, sem comprometer a capacidade de as
futuras gerações atenderem às suas próprias necessidades” (MOUSINHO, 2003).
A educação ambiental não é apenas um tópico que pode ser adiado ou ignorado em
segundo plano. Trata-se de uma necessidade histórica latente e urgente, cujo surgimento decorre
da profunda crise social e ambiental de nosso tempo. Educar para a sustentabilidade tornou-se
imperativo, sobretudo porque as relações entre sociedade e natureza agravaram-se, produzindo
tensões ameaçadoras tanto para o homem quanto para a biosfera (TREVISOL, 2003).
Embora isso não seja novo, a mesma pessoa responsável exacerbou o problema
ambiental: a humanidade. Na busca pelo desenvolvimento sustentável, somos confrontados com
uma demanda crescente por recursos, no entanto, os recursos são limitados, porque "os desejos e
necessidades dos seres humanos podem ser considerados limitados, diferentes dos recursos
naturais". Muitas questões ambientais e sociais são baseadas no equilíbrio entre oferta e
demanda. Embora não se saiba com precisão os seus limites, o abastecimento (de qualquer coisa)
é seguramente limitado, enquanto a demanda pode ser ilimitada. Não há limites intrínsecos à
demanda dos seres humanos (PENNA, 1999).
Penna (1999) apontou ainda que apenas um meio deve ser confundido com o objetivo
final, que é o desenvolvimento humano, ou seja, a sobrevivência, o bem-estar, onde presente e
futuro da espécie compartilham a biosfera. A humanidade precisa deixar de lado o

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individualismo, o egocentrismo e o consumo excessivo para realmente mudar o ambiente em que
vive.
É nesse sentido que a educação escolar deve mostrar que a implementação efetiva da
educação ambiental é imprescindível e despertar a consciência cívica para que se tornem
cidadãos vitais e possam ser verdadeiramente integrados ao meio ambiente são todos diferentes.
A educação deve desempenhar papel importante para estabelecer atitude e aumentar a
compreensão dessas questões ambientais. A escola, como instituição responsável pela formação
integral dos cidadãos, tem o dever social de desenvolver um sistema de conhecimentos,
habilidades e valores que sustentem conduta e comportamento próprio da proteção desse meio
ambiente (BARBOSA, 2004).
Também está claro que, mesmo que os professores não possuam conhecimentos
específicos sobre educação ambiental e toda a “carga” envolvida na educação ambiental, é
possível construir e difundir conhecimentos sobre o assunto. Os educadores podem buscar
treinamento e experiência em sala de aula através de vários métodos e pesquisas. Quando a
escola inicia o conteúdo da educação ambiental, deve primeiro prestar atenção ao conhecimento
mundial trazido por seus alunos para que eles possam analisar a natureza de acordo com sua
prática social.
Aprender a cuidar da natureza é um processo gradual. Os seres humanos entendem que o
uso inadequado dos recursos naturais afetará sua qualidade de vida e a qualidade de vida em
outras partes do mundo. Cuidar do meio ambiente não é apenas responsabilidade dos órgãos
governamentais. Além disso, os cidadãos devem ter a possibilidade de participar ativamente nos
processos decisórios para que assumam sua corresponsabilidade na fiscalização e controle dos
agentes responsáveis pela degradação ambiental (SILVA, 2013).
As novas dimensões educativas colocam ênfase no componente ético e são orientadas à
transformação do indivíduo: educação para a paz, para a saúde, a educação para o consumo, a
educação ambiental. Neste aspecto, a educação ambiental é essencial para a formação de
indivíduos com uma nova percepção para a racionalidade ambiental, que seja capaz de superar a
crise global que vivemos atualmente (MEDINA; SANTOS, 1999).
É na escola que se aprendem cidadania, democracia e começa a desenvolver as
habilidades necessárias para a vida, por isso não pode deixar de estar ciente das questões

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ambientais. A educação ambiental é definida pelo art. 1º da Lei nº 9.795/99 como uma série de
processos vitais para indivíduos e comunidades para estabelecer valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e habilidades destinadas a proteger o meio ambiente, o uso comum de
pessoas e vitais para a saúde e sua sustentabilidade. A própria Constituição Federal estabelece
que cabe ao Poder Público “promover a educação ambiental em todos os níveis do ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente” (art. 225, §1º, VI/CF).
A educação ambiental é conduzida por meio de um processo contínuo e interativo e tende
a formar uma consciência de atitudes, habilidades, capacidades de avaliação e ações-chave no
mundo. Não se trata apenas de ensinar sobre a natureza, mas de possibilitar a compreensão da
relação entre ser humano e natureza, e a construção de novas formas de pensamento, atitudes e
ações (MEDINA; SANTOS, 1999). É necessário, portanto, que os professores se familiarizem
com a realidade dos alunos, valorizem o conhecimento do mundo que ele traz, transmitam
conceitos específicos, passem por cada estágio da inserção de conteúdo e orientem os alunos a
desenvolver as habilidades necessárias para alcançar sua transformação e aprendizado.

2.2 TRABALHANDO A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA

Para que a educação ambiental trabalhe com a sustentabilidade como eixo norteador do
ensino, os educadores devem estar cientes da importância de seu trabalho como mediador na
difusão do conhecimento do mundo circundante na primeira série. Trabalhar com toda a equipe
da escola é o primeiro passo para ensinar com êxito qualquer matéria. Quando os educadores
começam seu trabalho, eles precisam inserir a educação ambiental, que precisa realizar atividades
que buscam proteger o meio ambiente por meio de várias atividades, palestras e atividades ao ar
livre para fornecer aos alunos uma gama de aprendizado e outros benefícios.
Quando uma pessoa remove algo da natureza sem gerenciamento adequado, ela degradará
outros recursos sem perceber. Por essas razões, a importância de vincular a educação à vida dos
estudantes está se tornando cada vez mais proeminente. Com a implementação da educação
ambiental essa preocupação também está aumentando para educar toda a sociedade (Brasil,
2000). A escola é local importante para aumentar a conscientização ambiental com base na
combinação de questões ambientais, sociais e culturais. As aulas são o espaço ideal de trabalho

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com os conhecimentos dos alunos e onde se desencadeiam experiências e vivências formadoras
de consciências mais vigorosas porque são alimentadas no saber (PENTEADO, 1994).
A educação ambiental escolar está fundada na perspectiva de transmissão ou construção
de conhecimentos com base na ciência pós-moderna, e permite que a educação ambiental se
desenvolva pedagogicamente sob diferentes aspectos que se complementem uns aos outros
(REIGOTA, 2002). Se as propostas pedagógicas escolares estão comprometidas com a formação
do cidadão como ser individual, social, político, cultural e produtivo, com participação ativa nos
processos sociais, a educação socioambiental deve ser plenamente compatível com os fins,
objetivos e organização do sistema educacional (SILVA, 2004).
É na prática pedagógica cotidiana que a educação ambiental poderá oferecer possibilidade
de reflexão sobre alternativas e intervenções sociais, nas quais a vida seja constantemente
valorizada e os atos de deslealdade, injustiça e crueldade possam ser repudiados. Face a essas
constatações, a escola, como uma das principais agências formadoras do ser humano, vê-se
questionada e desafiada pelas pressões que o mundo contemporâneo vivencia (REIGOTA, 1998).
A escola deve se preocupar com atitudes simples que realmente se tornam boas, incluindo
limpeza e descarte de lixo. O lixo é colocado no recipiente correto para uso repetido em todo o
mundo. Este é o conceito mais complexo, ou seja, a educação ambiental envolve suas extensas e
extensas questões sociais. A escola juntamente com a família, deve ser precursora da educação
infantil, as crianças se encontram em momento de descoberta, tudo é novo e estimula a uma
forma de concretizar as suas ideias, o apoio dos pais e de toda a corporação escolar pode alicerçar
ou ser a base do desenvolvimento da criança (OLIVEIRA, 2010).
É possível perceber que a educação ambiental é maneira de mudar as atitudes das pessoas
e depois mudar o mundo. O aluno quando passa a entender o mundo que o cerca, passa a
construir um novo ideal, busca melhores soluções para o meio em que vive. A educação
ambiental é aquela que permite o aluno trilhar um caminho que o leve a um mundo mais justo,
mais solidário, mais ético, enfim, mais sustentável (GUEDES, 2006).
As crianças precisam adquirir rica experiência sob a mediação de seus educadores,
orientando-as sistematicamente a observar, experimentar, pesquisar, comparar, conectar,
formular, relatar, resumidamente, construir conhecimento significativo, despertar preocupação,
ausência, sentido e consciência de interesse, através de ações de proteção ambiental e por meio da

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experiência. Vivenciar, por meio da prática, experiências que ampliam o conhecimento sobre
temas trabalhados em sala de aula, faz com que a criança participe do processo de aprendizagem
de uma forma mais dinâmica e prazerosa (GIRIO, 2010).
Na escola tudo isso é feito de maneira divertida e agradável. O espaço escolar é um
"convite" à aquisição de conhecimentos e conhecimentos, além de sempre perceber que cada
criança é um indivíduo, deve sempre lembrar da melhor maneira possível o processo de
valorização e autoestima. Nesse sentido fica claro que, antes de tudo, a educação ambiental e
todas as disciplinas curriculares relacionadas à prática educacional precisam ser esclarecidas, a
fim de promover visão holística do meio ambiente, de modo a estreitar a conexão entre o
processo educacional e a realidade da melhor maneira.

2.3 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO


AMBIENTAL

Os professores precisam intervir cada vez mais em sua prática de ensino, para que seu
trabalho seja sempre de grande importância. É ele quem precisa buscar constantemente
conhecimento, ler e refletir sobre os conceitos e práticas da educação ambiental e sua prática
como educador. O que há de pesquisador no professor não é uma qualidade ou uma forma de ser
ou de atuar que se acrescente à de ensinar. Faz parte da natureza da prática docente, a indagação,
a busca, a pesquisa. O que precisa é que, em sua formação, o professor perceba e se assuma
(FREIRE, 2005).
Nessa perspectiva, para colocar em prática temas ambientais, os professores devem
desenvolver atitudes críticas em relação à mídia e às realidades, informações e valores que a
mídia traz através de atividades de ensino com os alunos de maneira satisfatória. O professor
precisa também conhecer os assuntos referentes ao tema e buscar junto com seus discentes mais
informações em publicações ou com especialistas (PCN’S, 1997).
Dessa forma o professor sempre deve mostrar o nível de conhecimento sobre estratégias e
métodos de ensino, para que conteúdos complexos possam ser vistos de outra maneira, gerando
interesse nos alunos, proporcionando ao mesmo líder melhor desenvolvimento e interesse dos
cidadãos prática. Outro fator importante que deve ser lembrado é que os professores que atuam

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como mediadores de questões ambientais não precisam ter todo o conhecimento do ambiente para
realizar um trabalho de alta qualidade.
Os professores devem primeiro estar preparados e dispostos a buscar conhecimento e
informação e transmitir aos alunos a ideia de que o processo de construção do conhecimento é
constante. Como mediador que insere conhecimento, o profissional precisa trabalhar para não
reconhecer que manter a sala de aula limpa e proteger o meio ambiente e todos os fatores
relacionados. Na comunidade local, este trabalho deve envolver toda a comunidade escolar para
desenvolver na prática projetos voltados para valores humanos e democráticos, envolvendo o
respeito ao meio ambiente e aos recursos naturais.
Também precisa ampliar a compreensão de todos sobre as novas informações por meio da
prática diária e do conhecimento adquirido, bem como das relações sociais coletivas ou pessoais
com os alunos, além de motivá-los a tomar decisões sobre os recursos naturais e a proteção da
natureza. Um excelente professor é que pode integrar com sucesso os alunos na intimidade de seu
movimento de pensamento ao falar, portanto, seu curso é um desafio, não uma "canção de ninar".
Seus alunos cansam, mas não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu
pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas (FREIRE, 1996, p. 86).
A maneira como os professores preparam e orientam os cursos é fator importante no
processo de construção do conhecimento, razão pela qual é necessária uma motivação positiva
para sempre trazer o conteúdo para perto dos antecedentes e da experiência dos alunos, portanto,
ensino/educação em meio ambiente significa não apenas considerar as realidades do mundo
globalizado, mas também as realidades sociais, políticas, econômicas e culturais do Brasil, a fim
de estabelecer uma interação harmoniosa entre homem e natureza.
Quando o aluno defendeu que sua postura começou a mudar, diante dos problemas que
encontrou, sua posição começou a ter uma nova "visão" do que estava sendo discutido e
estudado. As crianças são o foco principal do desenvolvimento deste trabalho, porque a partir
delas é mais provável que sejam geradas habilidades, despertando a consciência das pessoas para
mais cooperação e menos competição. Por meio deles, teremos mais expectativas para a
restauração/preservação do meio ambiente ou o “congelamento” dos ativos naturais do planeta
que não foram extintos.

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O educador deve usar os recursos existentes na natureza como ferramenta para trabalhar e
despertar as coisas desconhecidas das crianças, possibilitando que ele desenvolva o uso
consciente da aprendizagem e crie uma educação transformadora com o objetivo de proteger o
meio ambiente. Toda criança possui curiosidade aliada à insegurança ou medo com relação ao
desconhecido, portanto, é função do educador intervir, estimulando os alunos com exercícios que
possam trabalhar essas sensações (FONSECA, 2009).
Quando o professor se tornou educador ambiental, percebeu a dificuldade da comunidade
em mudar seus próprios costumes e tomou medidas para promover a transformação dos valores
sociais na natureza e inspirou a mudança de hábitos para melhorar a qualidade de vida no
ambiente circundante.

3 METODOLOGIA

Este estudo é caracterizado como pesquisa bibliográfica com fundamentação na educação


ambiental em toda a escola, com foco no município de Itapemirim-ES, por meio de entrevistas
semiestruturadas para analisar o conhecimento dos professores sobre o assunto, interesse e
participação dos alunos dos 4º e 5º anos (via WhatsApp) da Escola Municipal “Narciso Araújo”,
e verificar o papel da comunidade na melhoria e prevenção de problemas ambientais atuais e
futuros.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Pode-se perceber que a escola vem sendo sim lugar onde a educação ambiental tem sido
assunto principal e bem trabalhado por toda a equipe escolar, bem como o interesse dos alunos
em desenvolver tudo o que proposto no dia a dia para eles. Foi realizada pequena entrevista com
professoras do 4º e 5º ano do ensino fundamental, da Escola Municipal Narciso Araújo, com o
objetivo de conhecer suas estratégias de ensino, relacionadas à educação ambiental. Inicialmente,
foi questionado às professoras, que conceito elas têm sobre o tema educação ambiental.
Como resposta, viu-se que os entrevistados buscavam avaliação social, sempre com foco
na avaliação do meio ambiente, "desde a triagem de lixo a animais e plantas, começando do zero
e realizando educação ambiental todos os dias". Também foram perguntados o que os levou a
realizar educação ambiental como educadores. A valorização do meio ambiente e a proteção do

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meio ambiente são os termos mais citados nesta resposta. Ambas as partes enfatizaram que a
educação ambiental deve ser realizada diariamente com os alunos.
Depois, outra questão está relacionada ao saber se a escola possui projetos de educação
ambiental. Segundo o professor, há um grupo de coleta seleta da cidade participando das
atividades da escola, bem como a participação do projeto de horta limpa no desenvolvimento
sustentável. Essas são algumas ações adotadas na escola para apoiar seu sistema educacional,
enriquecendo assim as atividades escolares.
Eles relatam que o principal objetivo dessa parceria é alterar a educação ambiental usada
na instituição de ensino, onde o trabalho é realizado apenas em hortas, triagem de resíduos e
visitas a parques ecológicos urbanos. Para eles, a educação ambiental precisa alcançar um “voo”
mais longo, como o exemplo que citaram: reduzir o consumo e encontrar mais produtos
ecológicos para evitar a geração de resíduos, entender essencialmente o que é sustentabilidade e
ferramentas de aplicação na vida diária.
Além disso, um professor entrevistado enfatizou: "Também recebemos apoio da
comunidade escolar, o que enriqueceu muito nosso trabalho". As atividades propostas pelos
parceiros acima incluem hortas escolares, minhocas e plantação de crotalárias (para eliminar os
mosquitos da dengue). Quando perguntados sobre as ferramentas de ensino mais usadas pelos
professores para realizar educação ambiental com os alunos, com base nos planos curriculares,
seus alunos responderam: textos informativos, círculos de conversação, atividades de triagem de
resíduos escolares e participação no planejamento de cursos práticos escolares, produção de
sumo, produção de livros infantis para educação ambiental e atividades artísticas (pintura,
pintura, maquetes).
Curiosamente, os dois professores entrevistados usaram a roda de diálogo como o
primeiro passo para realizar todas as atividades dentro e fora da sala de aula, com o objetivo de
introduzir os tópicos de educação ambiental abordados. A roda de conversa é positiva, pois
possibilita momentos de interação entre os colegas e o professor, e também incorpora discussões
acerca das atividades a serem desenvolvidas e vivenciadas na escola (LEITE, 2004).
Quando perguntadas sobre referências a livros sobre literatura infantil, ambas as respostas
enfatizaram o quanto elas são ferramentas para a conscientização ambiental "de mente aberta".
Um professor disse: "É possível despertar a consciência dos alunos com base na história da

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natureza, dos animais, do ambiente e de seus relacionamentos". A escola deve incentivar a
leitura, uma vez que esta é forma de estimular a criatividade e imaginação das crianças, além do
contato com a linguagem escrita (LEITE, 2004).
Os professores entrevistados também apontaram que outro importante evento relacionado
ao meio ambiente: a realização contínua do Projeto “Crotalárias da Narciso”, onde as crianças
realizam atividades de distribuição de mudas e sementes de plantas que, segundo pesquisas,
contribuem para o extermínio do Aedes Aegypti.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos dados obtidos neste artigo, pode-se dizer que a educação ambiental não é uma
área de conhecimento e ação isolada. Essa pesquisa mostra que a educação ambiental pode se
tornar parte do trabalho diário da escola e formar um intermediário que pode entender a
interdependência de vários elementos vitais para a manutenção da vida. Lidar com crianças para
levar a cabo a educação ambiental trabalhar seriamente e realmente promove uma educação que
valorize a qualidade e o valor ambiental.
Isso é crucial porque permite que as crianças participem de várias questões no ambiente,
para que sintam que a mudança é fator importante e que todos tenham responsabilidade e possam
fazer sua parte para que possam viver de maneira saudável em um mundo maravilhoso. Ao
observar todo o processo de ensino dos professores da escola sobre o tema educação ambiental,
descobriu-se que não há dúvida de que os projetos realizados não apenas enriqueceram muito os
cursos envolvidos, mas também enriqueceram a vida e o trabalho de toda a escola.

SUSTAINABLE DEVELOPMENT AND ITS RELATIONSHIPS WITH


ENVIRONMENTAL EDUCATION AT SCHOOL

ABSTRACT

This article aims to explain the problem of implementing environmental education in schools
and, first of all, to explain its rationality, as it is a permanent understanding of the citizens'
environment, since, during this process, using new resources, attitudes, experiences and
knowledge. Actions, individual and collective determinations must be stimulated to solve current
and future environmental problems. The general objective of this research is to promote the
implementation of an environmental education system in a municipal school in Itapemirim/ES. A
survey included bibliographic analyzes of the implementation of environmental education in
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schools to discover various possibilities and, at the same time, experiments were also carried out
to apply a theory in everyday life. As a result, it is clear that environmental education is a way to
change people's attitudes and thus change the world. When the student begins to understand the
world around him, he begins to establish new ideals and seeks better solutions for the
environment in which he lives.

Keywords: Environmental Education. School. Student.

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