1) O artigo 2 descreve dois meios pelos quais conhecemos Deus: a) A criação, que serve como um "livro formoso" revelando os atributos de Deus. b) A Palavra de Deus, que revela Deus de forma mais clara e completa.
2) Embora a criação revele algo sobre Deus, só a Bíblia permite um conhecimento verdadeiro de Deus, incluindo a salvação por Cristo. A criação sozinha não é suficiente.
3) Ambos os meios - criação e Palavra -
1) O artigo 2 descreve dois meios pelos quais conhecemos Deus: a) A criação, que serve como um "livro formoso" revelando os atributos de Deus. b) A Palavra de Deus, que revela Deus de forma mais clara e completa.
2) Embora a criação revele algo sobre Deus, só a Bíblia permite um conhecimento verdadeiro de Deus, incluindo a salvação por Cristo. A criação sozinha não é suficiente.
3) Ambos os meios - criação e Palavra -
1) O artigo 2 descreve dois meios pelos quais conhecemos Deus: a) A criação, que serve como um "livro formoso" revelando os atributos de Deus. b) A Palavra de Deus, que revela Deus de forma mais clara e completa.
2) Embora a criação revele algo sobre Deus, só a Bíblia permite um conhecimento verdadeiro de Deus, incluindo a salvação por Cristo. A criação sozinha não é suficiente.
3) Ambos os meios - criação e Palavra -
Nós o conhecemos por dois meios. Primeiro: pela criação, manutenção e
governo do mundo inteiro, visto que o mundo, perante nossos olhos, é como um livro formoso1, em que todas as criaturas, grandes e pequenas, servem de letras que nos fazem contemplar “os atributos invisíveis de Deus”, isto é “o seu eterno poder e a sua divindade”, como diz o apóstolo Paulo (Romanos 1.20). Todos estes atributos são suficientes para convencer os homens e torná-los indesculpável. Segundo: Deus se faz conhecer, ainda mais clara e plenamente, por sua sagrada e divina Palavra2, isto é, tanto quanto nos é necessário nesta vida, para sua glória e para a salvação dos que Lhe pertencem.
01- O assunto do artigo 2.
O assunto do artigo 2 da “confissão de fé” diz que Deus se revela a nós, homens, por dois meios: a) Pelo o que Ele fez e ainda faz. Ele criou o mundo e até hoje o mantém e governa. Por isso, a criação é como um livro formoso sobre Deus, cujas criaturas são as letras do livro. Assim podemos “ler” o que, sem este livro, seria invisível, isto é, o eterno poder de Deus e sua divindade (Romanos 1.20). O livro é tão convincente que aos homens não resta nenhuma desculpa que justifique a sua ignorância. 02- “Nós o conhecemos”: uma surpresa. a) As primeiras três palavras do artigo 2 são significativas: “nós o conhecemos”. Conhecer Deus, de maneira alguma é normal ou lógico, porque o artigo 1 falou que Ele é eterno, incompreensível e infinito. O conhecido teólogo Suíço Karl Barth (1886-1968) ensinou que é impossível ter verdadeiro conhecimento de Deus, portanto, não somos capazes de saber quem Ele é e o que Ele quer. Na opinião de Barth, não podemos deixar Deus “preso” na medida humana do nosso entendimento. b) Em parte Barth tem razão: realmente não podemos pretender “fechar” Deus no entendimento humano; seria uma arrogância. Por outro lado, Deus se faz conhecer justamente de acordo com a medida do nosso conhecimento (desta realidade Barth não quis saber). Deus se “adapta” ao nosso entendimento limitado. Um exemplo pode esclarecer este modo de falar: uma criança conhece sua mãe, mesmo que não saiba tudo sobre ela. Apesar disso, o conhecimento da criança é absolutamente fiel. Entre mil outras mães, ela conhece a sua mãe. Assim os filhos de Deus conhecem seu pai celestial. 1 Salmo 19:1-4. 2 Salmo 19:7, 8; 1 Coríntios 1:18-21. 03- Deus se revela através de um “livro formoso”. a) o primeiro meio para conhecermos Deus é “a criação, a manutenção e o governo do mundo inteiro”. A criação nos faz pensar, principalmente, na natureza que à sua maneira, proclama que Deus é poderoso (veja Salmo 19:1-6 e Salmo 104). Na manutenção ou (preservação) se manifesta o poder divino, que sustenta e conserva toda esta criação. Deus “dá o alimento aos animais e aos filhos dos corvos, quando clamam” (Salmo147.7-9); Ele faz com, que “não deixe de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gênesis 8.22). A palavra governo indica que Deus dirige todos os eventos, até as mais terríveis, como mostra, por exemplo, a história de José que foi vendido pelos seus irmãos (Gênesis 50.20; veja também Atos 2.23). b) Todo este cuidado múltiplo de Deus faz, do mundo “um livro formoso”. E um livro formoso corresponde às maiores exigências: é claro, bem legível, instrutivo, impressionante e convincente. O próprio Deus é o autor desse livro. Ele faz com que as palavras do livro sejam e forneçam uma mensagem, uma pregação; elas nos dão a entender “o seu eterno poder e a sua divindade”, que são o assunto desse livro bonito, que Deus é tanto o autor como o personagem principal.
04- “Suficiente para convencer os homens e torná-los indesculpáveis”.
a) O artigo 2 usa as palavras do apóstolo Paulo (Romanos 1.20) para mostrar o caráter convincente do livro da criação. As criaturas (as letras do livro) nos fazem contemplar “os atributos invisíveis de Deus”, que são suficientes para convencer os homens e torná-los indesculpável. Sem duvida, os homens vão tentar justificar sua vida sem Deus. A maior desculpa será que não sabiam e nem podiam saber de Deus (porque nada ouviram sobre Ele). Mas esta desculpa será refutada pelo fato de que eles possuíam o livro formoso da criação, em que poderiam observar o eterno poder e a divindade de Deus. Este livro foi e é suficiente e convincente; por isso, eles não têm desculpa válida. Deus lhes mostrou o livro “escolar” dEle. Eles viram as estrelas e as flores, os animais e os peixes, e tudo mais. Apesar disso, não reconheceram Deus. b) Mas não é verdade que a pessoa, que não tem a bíblia, jamais pode conhecer Deus através do mundo em que está vivendo? É verdade! Não há ninguém que conheça o eterno poder e a divindade de Deus, porque “leu” muito bem o livro da criação. Para conhecer Deus, a palavra escrita dEle é indispensável. Mesmo assim, aquela desculpa (“não o sabíamos”) não é válida. Pois, o ponto decisivo não é: podiam eles ler o livro da criação? O ponto decisivo é que Deus lhes havia dado o livro! O fato de que os homens não podem e não querem ler é outra coisa. Aliás, este artigo 2 não diz que até os gentios possam conhecer o poder e a divindade de Deus apenas pela leitura do livro da criação. Diz, sim, que eles são indesculpáveis. Por quê? Porque o livro da criação é suficientemente claro e porque é deles a culpa de não poderem ler. Pois Deus criou de tal maneira que pudessem ler. Mas os homens se privaram desta capacidade. Com o livro formoso da criação “na mão”, “obscureceu-se-lhes o coração insensato” (Romanos 1.21). Por isso, não há desculpa, apenas culpa, porque “desprezaram o conhecimento de Deus” (Romanos 1.28). c) Entretanto, a verdade é que a criação ou a natureza não nos comunica como Deus enviou seu Filho para conciliar nossos pecados. Ninguém é capaz de conhecer Cristo e a obra dEle através da criação ou da natureza. Mas o mínimo que os gentios deviam ter conhecido e reconhecido (o eterno poder e a divindade de Deus) é negado por eles. Por isso mesmo, são indesculpáveis.
05-“Sua sagrada e divina palavra”.
a) “Segundo: Deus se faz conhecer, ainda mais clara e plenamente, por sua sagrada e divina palavra”. Tratava-se da Palavra escrita dEle, como foi falada, anteriormente, pelos profetas, pelos apóstolos e por Cristo. Este segundo meio nos faz conhecer Deus mais clara e plenamente do que o primeiro meio (a criação). Pois, em sua palavra, Deus fala aos homens em palavras humanas que todos podem entender. Salmo 104, por exemplo, fala mais claramente do poder eterno de Deus do que qualquer flor. Além disto, a Palavra de Deus também fala mais plenamente, porque somente através dela sabemos que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito” (João 3.16). b) Às vezes se diz que, conforme o artigo 2 da confissão, os dois meios (para conhecer Deus) são dois livros de igual importância, que podem ser lidos separadamente. Um é o livro formoso da criação, o outro é a palavra escrita de Deus. O argumento é que o segundo meio apenas fala “mais clara e plenamente”; então, somente complementa o primeiro meio. Seria possível, portanto, conhecer Deus razoavelmente bem somente pela criação ou pela natureza. Neste contexto fala-se sobre o chamado “conhecimento natural de Deus”. Os católico-romanos acreditam neste conhecimento natural (como foi decidido no I concílio do Vaticano, em 1870). Pórem, o artigo 2 não ensina assim. Se você pergunta: quem conhece Deus pelos dois meios, a resposta é: nós, ou seja: os fiéis, as mesmas pessoas que falam no artigo 1. Os incrédulos não conhecem Deus, nem pelo livro da criação, nem pelo livro da bíblia; usam, como cegos, o livro da criação. Para realmente enxergar a criação, precisamos dos “óculos” da Bíblia (veja 1 coríntios 2.9-10 e Romanos 10.14). c) No entanto, nosso conhecimento de Deus não é completo, não pela Bíblia e muito menos pela criação. Deus transcende nosso entendimento. Mas o que sabemos dEle, é fidedigno; e é também suficiente, porque é tudo quanto “nos é necessário nesta vida, para sua glória e para a salvação dos que Lhe pertencem”. São palavras sensatas. Deus não se revela para satisfazer nossa curiosidade. Mas Ele se faz conhecer para nos salvar e para ser glorificado por nós.
Fontes e perguntas para pensar:
1- Você acha que há uma diferença entre, por exemplo, um biólogo cristão e um biólogo não-cristão, quando pesquisam a natureza? 2- Será que o artigo 2 da confissão nos fornece um argumento para cuidar bem do meio-ambiente? 3- Há pessoas (principalmente no meio pentecostal) que dizem que podemos conhecer Deus sem a Bíblia, por uma “manifestação” direta do Espírito Santo. Como avalia esta opinião? 4- Às vezes se diz que o próprio Deus fez com que surgisse o paganismo; então, Ele mesmo é responsável pelo fato de que muitas pessoas não o conhecem, porque não se revelou a todos. Você acha que é verdade? Leia, por exemplo, Gênesis 3:9-19 e 9:8-9.