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Em relação a todos os atos de iniciativa e de criação existe uma verdade fundamental cujo
desconhecimento mata inúmeras idéias e planos esplêndidos: a de que no momento em que nos
comprometemos, a Providência move-se também.
Toda uma corrente de acontecimentos brota da decisão, fazendo surgir a nosso favor toda a
sorte de incidentes e encontros e assistência material que nenhum homem sonharia que viesse
em sua direção.
O que quer que você possa fazer, ou sonha que possa fazer, faça.
Coragem contém genialidade, poder e magia.
Comece agora.
GOETHE
A Educação da Nova Era
Segundo Alice Bailey, o objetivo da nova educação é elucidar o desabrochar cultural da
humanidade e considerar o próximo passo a ser dado no seu desenvolvimento mental. O
ensino, se verdadeiro, deve estar alinhado com o passado e prover um objetivo para o esforço
presente, devendo incluir um futuro espiritual. Isto requer não só uma visão retrospectiva, mas
uma visão prospectiva da educação.
A palavra "espiritual" não se refere ao chamado assunto religioso. Todas as atividades que
impelem o ser humano em direção a alguma forma de desenvolvimento físico, emocional,
mental intuicional, social, se for para o progresso de seu estado atual, será essencialmente de
natureza espiritual e será indicativo da existencial (existência) da entidade divina interna.
O espírito do homem é imortal; persiste para sempre, progredindo de um ponto a outro e de
estágio a estágio no caminho da evolução, desabrochando firmemente e em seqüência os
atributos e aspectos divinos. Nesse sentido, a verdadeira educação é consequentemente a
ciência de unir as partes integrais do homem e também ligá-lo, por sua vez, com o seu
ambiente imediato, e dar com o todo maior no qual terá de desempenhar seu papel, edificar ou
construir uma ponte entre cérebro-mente-alma, produzindo assim uma personalidade integrada,
que seja firme expressão do desenvolvimento da alma, morada interna.
A educação tem sido, até agora, em grande parte, um treino de memória, apesar de estar
atualmente seguindo o reconhecimento de que tal atitude precisa acabar. A meditação,
seguindo linhas adequadas, será parte do currículo. Deverá ser observado, entretanto, que as
implicações religiosas da meditação são desnecessárias. A meditação é o processo pelo qual as
tendências objetivas e os impulsos vindos da mente são frustrados e ela começa a ser subjetiva,
a focalizar e a intuir.
Isto pode ser ensinado por meio de um pensamento profundo sobre qualquer assunto:
matemática, biologia e assim por diante. Com o tempo e a prática o educando teria respostas
desse empenho. Os mundos objetivo e subjetivo são unificados. O que se encontra acima e o
que se encontra abaixo se tornam um. Toda educação deveria tender a essa realização.
O objetivo da educação deveria ser o treinamento do mecanismo de resposta à vida da alma. O
aumento do despertar da consciência, o aprofundamento do fluxo da consciência e ao
desenvolvimento dos aspectos da alma no plano físico.
Esses aspectos são:
VONTADE ou PROPÓSITO - a vida manifestada deve ser governada pelo propósito
consciente espiritual. A direção certa da vontade deveria ser uma das maiores preocupações de
todos os verdadeiros educadores. A vontade para o bem, a vontade para a beleza e a vontade
para servir deveriam ser cultivadas.
AMOR-SABEDORIA - este é essencialmente o desabrochar da consciência grupal, seu
primeiro desenvolvimento é a auto-consciência. Por meio da educação, essa auto-realização
deve ser desenvolvida até que o homem reconheça que sua consciência é parte integrante de
um todo maior. Ele, então, se mescla com interesses, as atividades e os objetivos grupais.
Tornam-se finalmente seus e ele se torna consciente do grupo. Isto é amor. Levas a sabedoria,
que é Amor em atividade manifesta. O interesse pessoal torna-se interesse grupal. O amor ao
Ego (auto-consciência), o amor aos que estão à nossa volta (consciência grupal), torna-se
finalmente amor ao todo (amor a Deus).
INTELIGÊNCIA ATIVA - isso diz respeito ao desenvolvimento da natureza criativa do
homem consciente, espiritual. Ela ocorre pelo correto uso da mente, com seu poder para intuir
idéias, para responder a impactos, para interpretar, canalizar e construir formas para
manifestação. Assim, a alma do homem cria.
Autora : Adélia Sanches
Extraído do Site : www.mentehumana.com.br/adelia
O Presente se Encontra "Onde Ele Está"
O agora é tudo o que existe. Embora vivamos num mundo voltado para o tempo, só podemos
viver o momento presente. Aquilo que chamos de passado é apenas um punhado de outros
momentos presentes, recordados ou registrados e experimentados como conhecimento neste
presente. E o futuro é apenas um outro conjunto de momentos presentes a serem vividos, mas a
respeito dos quais podemos pensar no presente.
Um grande número de pessoas pensa que as causas de sua atuais dificuldades repousam no
passado. Mas não é bem assim. É verdade que, no passado, você tomou determinadas decisões
a respeito da vida, e que elas produziram os efeitos que você está experimentando agora, mas
isto está acontecendo assim, neste momento, porque seu pensamento ainda está atuando de
acordo com essas antigas decisões.
...
Muitas pessoas também receberam a idéia de que as dificuldades do presente são causadas por
recordações ou incidentes passados, enterrados em alguma parte profunda e inconsciente do
eu.
...
Em primeiro lugar, para todos os efeitos práticos, o passado não existe mais; o que existe é a
sua lembrança dele. Mas esta última existe no presente e amiúde não está de acordo com a
lembrança de outras pessoas a respeito das mesmas experiências. Alguma vez você já
conversou a respeito dos velhos tempos com um amigo ou parente, descobrindo que a
recordação dele sobre o que aconteceu numa certa ocasião é completamente diferente da sua ?
Não se trata de definir quem está certo, mas de como cada um de vocês interpretou a
experiência e a modificou para que se encaixasse no seus sistema de crenças.
...
Quando uma opinião fundamental a respeito da vida se altera, cada incidente e cada opinião
que lhe corresponde também muda. A lembrança dos incidentes permanece, mas sua
interpretação - e portanto o efeito que eles exercem sobre nós - são totalmente modificados.
...
Bibliografia:
Imaginação Ativa
King, Serge
Editora Pensamento
Pág. 22, 23 e 24
O Grande Invocação
Do ponto de Luz na Mente de Deus
Que flua Luz às mentes dos homens.
Que a Luz desça à Terra.
Do ponto de Amor no Coração de Deus
Que flua Amor nos corações dos homens.
Que Cristo retorne à Terra.
Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida
Que o propósito guie as pequenas vontades dos homens.
O propósito que os Mestrem conhecem e servem.
Do centro a que chamamos a raça dos homens
Que se realize o Plano do Amor e de Luz
E feche a porta onde se encontra o mal.
Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano
Divino sobre a Terra.
Autoria desconhecida
Como os antigos Mestres já tentaram, pacientemente, nos ensinar de várias maneiras, existe
uma diferença abismal entre o Conhecimento intelectual e a Sabedoria. O conhecimento é o
acúmulo de informações, é simplesmente a aquisição dos ingredientes ou matérias-primas,
enquanto a Sabedoria vem com a utilização, a prática, desses ingredientes, num processo
maravilhoso de Criação. É a própria magia em ação.
Bibliografia:
Magia da Mente em ação
Chung, Dr. Tom
Double Tree Editora
1991
Pág. 189
Refletir quer dizer, ao mesmo tempo:
a) pesar, repesar, deixar descansar, imaginar sob diversos aspectos o problema, a idéia;
b) olhar o seu próprio olhar olhando, refletir-se a si mesmo na reflexão.
É preciso alimentar o conhecimento com a reflexão;
é preciso alimentar a reflexão com o conhecimento.
Edgar Morim
Bibliografia:
As Paixões do Ego - Complexidade, Política e Solidariedade
Mariotti, Humberto
Editora Palas Athena
Pág. 83
"Tudo é relativo..."
Olhando pela ótica de uma consciência limitada, tudo é visto de forma relativa às
características fundamentalmente pessoais. Com óculos escuros, tudo é escuro; com os de cor
de rosa, tudo adquire um tom rosado. Se eu tivesse o tamanho de uma formiga, um pé humano
pareceria um monstro. Para um elefante pareceria muito pequeno. Assim como tudo é visto
fisicamente, de acordo com o tamanho do observador, as situações são interpretadas pelo
tamanho do ego.
Pensamos que aquilo que vemos (temos, experimentamos, passamos) é real, sólido e concreto,
mas de fato enxergamos apenas o que o ego nos determina ver. O ego tinge tudo com as
conotações do momento.
Imagine as reações de um grupo de pessoas diante de um Rolls-Royce novo.
O camponês: Puxa vida! É um sonho que está na minha frente.
O banqueiro: Já posso ver os olhos arregalados dos meus colegas quando chegar no cluge atrás
deste volante.
A dona de casa: É bonito, mas muito grande. Teria medo de riscá-lo.
O mecânico: Que beleza de motor. É o melhor do mundo.
O socialista convicto: Prefiro meu fusca. É mais econômico.
Todos jurariam que estão vendo a realidade e que a sua versão é a verdadeira. Mas cada uma
das pessoas está vendo apenas o que seus sanskaras impõem à sua visão. Cada um
simplesmente olha pelos óculos das suas experiências anteriores, o que é completamente
natural. Só que esta visão não deixa de ser relativa. É verdadeira apenas entre aspas.
Cada um pinta o Rolls-Royce com sua ambição, desprezo ou indiferença.
Da mesma forma que as pessoa vêem o Rolls-Royce diferentemente, o mundo e todas as suas
circunstâncias são vistos com olhos os mais diversos. Entretanto, não faltam os que juram estar
entendendo corretamente tudo.
Do ponto de vista completamente objetivo, um Rolls-Royce é apenas um máquina de
transporte sofisticada. O mundo observado objetivamente é uma grande peça de teatro com
formas, cores, sons, cenários e atores que interagem para o bem ou mal, numa série incessante
de cenas e enredos. As interpretrações das cenas são feitas por todos.
O número de opiniões sobre a existência é igual ao número de seres humanos. Porém, a
realidade é uma só. Todos os indivíduos simplesmente participam dela.
...
Bibliografia:
A Última Fronteira
Donnell, Ken O'
Editora Gente
8o Edição
Pág. 120 e 121
Perspectiva -
Use-A ou perca-A.
Se virou para esta página,
esqueceu-se de que aquilo que se passa
em volta de você não é realidade.
Pense nisso.
Lembre-se de onde veio, para onde vai, e por que você criou a confusão em que se meteu para
começar.
Bibliografia:
Ilusões
Bach, Richard
Record
Pág. 48
Restam outros sistemas fora do solar a colonizar.
Ao acabarem todos só resta ao homem (estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem de si a si mesmo:
Pôr o pé no chão do seu coração, experimentar, colonizar, humanizar
o homem descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas a perene,
insuspeitada alegria de con-viver.
Carlos Drummond de Andrade
Bibliografia:
As Paixões do Ego - Complexidade, Política e Solidariedade
Mariotti, Humberto
Editora Palas Athena
Pág. 25
A Magia dos Sacerdotes Kahunas
Nenhum dano
Nenhum pecado
Servir para merecer
Como conviver pacificamente ?
Quais os princípios, quais os métodos para nos relacionarmos de modo que cada indivíduo possa
desenvolver seu pleno potencial sem que a harmonia do convívio social seja afetada, antes, seja
mantida e fortalecida ?
Uma filosofia de realização que pode ser aplicada a qualquer propósito, seja religioso, científico,
social ou pessoal.
Para os Kahunas o único pecado é ferir alguém intencionalmente (inclusive a si mesmo) e devemos
servir aos outros a fim de que, subconscientemente sintamos que nós mesmos merecemos as boas
coisas da vida.
O lema da Filosofia Huna é : "Uma vida para servir e não para ferir."
A base psicológica da Huna é o "princípio ativo" por trás do método Silva Mind, da
Neurolinguística e da Projeciologia (também conhecida como projeção astral). Por sua ênfase na
cura Espiritual e Física o ensinamento Huna foi saudado como o "elo perdido" entre a medicina,
psicologia e religião.
Extraído do Folheto : Vivência - A Sabedoria dos Sacerdotes Kahunas - Xamanismo Havaiano
(www.mentehumana.com.br/adelia) - Adélia Souza Sanches
"Nós somos como os raios de uma roda, todos irradiando a partir do mesmo centro. Se você
nos define de acordo com nossa posição na borda, nós parecemos separados e distintos uns dos
outros. Mas se você nos define de acordo com nosso ponto de partida, nossa fonte - o centro da
roda - nós somos uma mesma identidade. Se você for buscar bem fundo em sua mente, e bem
fundo na minha, a imagem será a mesma: no âmago de tudo isto, o que somos é amor"
Marianne Williamson - A Return to Love
O químico que puder extrair de seu coração os elementos compaixão, respeito, saudade,
paciência, tristeza, supresa e esquecimento, e os junta em um, pode criar aquele átomo que é
chamado amor.
Kahlil Gibran
...
Ser convivencial com sua mente significa aprender novas formas de usá-la melhor. Você é que
pensa seus pensamentos ou os pensamentos pensam você? Questione: Esta é a melhor forma
de pensar? Estou repetindo o que tenho ouvido, o que aprendi, ou estou refletindo? Posso
mudar minha programação mental. É uma questão de decisão e de partir para a busca de
conhecimento.
...
Estamos todos juntos neste (re)aprendizado. Com humildade e apoio mútuos poderemos
chegar à convivência saudável, que é se perceber vivo e capaz de se apropriar de sua história
passada, viver o presente no aqui e agora e ainda criar o futuro desejado. Dar-se conta de si, é
muito mais do que um processo de conscientização. É assumir, baseado no auto-conhecimento,
com total aceitação, seus limites e potencialidades - latentes ou manifestas. Só é livre quem é
consciente de suas escolhas. Pois escolhemos o tempo todo, conscientes ou inconscientes disto.
Quem não mais repete padrões que foram programados saiu da mecanicidade e é livre para
criar. E quando por acaso repete uma programação, se trabalha na direção de uma
compreensão ampla do aprendizado subjacente, a fim de transcendê-lo.
Se fossemos resumir este parágrafo numa simples frase, esta poderia ser: Ame-se. Tão, simples
e tão difícil de pôr em prática. Ter amor-próprio e auto-estima é assumir o comando de sua
vida.
...
Autora : Silvia Rocha
Parte do Artigo : Convivencialidade: Será que Estamos Preparados ?
Extraído do Site : www.conviver.org.br
Um modo simples de meditar
1 - Sente-se numa almofada, com as pernas cruzadas, ou então numa cadeira, sem encostar no
espaldar;
2 - Mantenha a coluna ereta, mas não tensione a musculatura;
3 - Com as mãos em concha, porém relaxadas, apóie a esquerda no colo, na altura do umbigo,
e a direita sobre ela;
4 - Encoste a ponta da língua no céu da boca e deixe os olhos semicerrados;
5 - Respire profunda e compassadamente pelo nariz, estufando o abdome ao inspirar e
expirando devagar;
6 - Cada vez que completar uma expiração, numere-a mentalmente;
7 - Numere de 1 a 10 e, depois, de 9 a 1;
8 - Repita várias vezes a série completa;
9 - Observe os seus pensamentos, sem se prender a eles;
10 - Concentre-se na contagem, evitando entrar no piloto automático;
11 - Cada vez que perder a concentração, recomece a série numérica a partir do 1.
12 - Inicie meditando por 5 a 10 minutos, pelo menos uma vez ao dia, e aumente o tempo, até
chegar a duas meditações diárias de 20 minutos cada.
Bibliografia:
Revista Galileu
Outubro de 1999
Pág. 56
PRATIQUE O BEM
Mesmo que algo lhe pareça mau, não pense que o mal existe. Encare o mal aparente como um
aspecto que antece à manifestação do bem. Assim, conseguirá serenar sua mente. Em vez de
lutar contra o mal aparente, empenhe-se em praticar boas obras a fim de manifestar o bem.
Bibliografia:
A Verdade, Vol. 8
Taniguchi, Masaharu
Seicho-No-Ie
Meditação
Nesse momento sou um com a consciência que é a Força Criadora de tudo o que existe. Sou
essa Consciência. Minhas idéias assumem forma de ilimitadas maneiras, que expressam a
divindade, a pureza, a perfeição, a integridade e a unidade da Força Vital do Universo. Sou,
portanto, co-criador de tudo o que existe. Permito que as idéias boas e puras da consciência do
Mestre Silencioso fluam através de minha consciência de modo suave, fácil e desimpedido,
para se transformarem em formas puras e belas. Estou aberto e receptivo à verdade interior. A
verdade interior ajuda-me a caminhar para a ação adequada a cada momento, em todos os
lugares onde estou.
Bibliografia:
O Mestre Silencioso
Kim, Tae Yun
Editora Best Seller
Pág.: 131
Semeia um pensamento,
colhe um ato;
Semeia um ato,
colhe um hábito;
Semeia um hábito,
colhe um caráter;
Semeia um caráter,
colhe um destino.
Marion Lawrence
As perguntas mais simples são as mais profunda.
Onde você nasceu ?
Onde é o seu lar ?
Para onde vai ?
O que está fazendo ?
Pense sobre isso de vez em quando, e
observe as suas respostas se modificarem.
Bibliografia:
Ilusões
Bach, Richard
Editora Record
14a Edição
Pág. 51
Auto-Estima
O que é auto-estima ?
...
auto-estima é a opinião que você tem sobre si mesmo. Uma vez considerado isto, está no
caminho certo para o fortalecimento dessa auto-estima.
Em seguida, pergunte-se por que tem uma opinião desfavorável sobre si mesmo em qualquer
área de sua vida. Um motivo pode ser que você se compara com outras pessoas. Se você sai
perdendo nessa comparação, a opinião sobre si mesmo cai e gera problemas.
O que você tem que fazer é elevar a opinião sobre si mesmo. Mas como ?
...
Quando sua auto-estima é elevada, você está em constante competição com a única pessoa com
a qual faz sentido competir - você mesmo.
...
Então, a primeira etapa em sua técnica para melhorar a auto-estima é observar o que você sabe
fazer bem e dispor-se a melhorar.
...
Visualize, crie uma imagem de si mesmo exercendo essa atividade, e então aumente o quadro
mental. Torne a imagem mais clara; torne-a maior e mais colorida. Dê-lhe profundidade,
coloque-a em três dimensões. Ponha os outros sentidos em ação. Após examinar inteiramente
os seus talentos, saia ... e pense como você pode competir consigo mesmo para ser ainda
melhor naquilo que faz. Ajuda muito se você tiver escolhido algo que possa ser aperfeiçoado,
seja em termos de qualidade, quantidade ou tempo.
Agora, para competir consigo mesmo a fim de aperfeiçoar seu talento, comece estabelecendo o
aperfeiçoamento como meta. Em primeiro lugar, estabeleça uma linha de base: determine
como você faz isso atualmente. Então determine de que maneira quer fazer isso melhor - fazê-
lo mais ou menos, mais rápida ou lentamente, maior ou menor, seja como for.
Agora ... veja-se a si mesmo exercendo melhor essa essa atividade. Examine em que você tem
talento, como fez antes, mas imagine-se fazendo isso melhor. Por fim, estabeleça o objetivo de
fazê-lo conforme estabeleceu. Ao voltar ao nível da consciência, atenha-se a esta imagem,
trabalhe em prol deste objetivo e mantelha-o até obter êxito. Você ira competir consigo mesmo
e obterá esse êxito. Logo irá desenvolver o hábito do sucesso, o hábito de vencer, e aumentará
a auto-estima.
Bibliografia:
O Método Silva de Controle Mental para mudar a sua vida
Silva, José
Goldman, Burt
Editora Record
1995
4a Edição
Pág's : 82, 83, 84, 86 e 87
Reposta de Deepak Chopra para a pergunta : O que é cura quântica ?
É curar o contínuo corpo-mente a partir de um nível quântico. Esse nível não se manifesta para
nossos sentidos. Nossos corpos são, em última instância, campos de informações, inteligência
e energia. A cura quântica envolve mudanças nos campos energéticos de informação para
corrigir uma idéia que se deturpou. É curar uma parte da consciência que é a mente, para
modificar outra, que é o corpo.
Bibliografia:
Revista : Sexto Sentido - No. 3
Artigo : mente sem fronteiras
Pág. 9
Nada na vida deve ser temido, somente compreendido.
Agora é a hora de compreender mais, para temer menos.
Marie Curie
O importante é não parar de questionar.
A curiosidade tem sua própria razão para existir.
Uma pessoa não pode deixar de se sentir reverente ao contemplar os mistérios da eternidade,
da vida, da maravilhosa estrutura da realidade.
Basta que a pessoa tente apenas compreender um pouco mais desse mistério a cada dia.
Nunca perca uma sagrada curiosidade.
Albert Einstein
O provérbio "Os semelhantes se atraem" expressa uma das leis mentais. É preciso manter a
mente o mais alegre possível. A felicidade visita os lares onde reina a mente alegre.
Bibliografia:
Palavras de Sabedoria
Taniguchi, Masaharu
Seicho-No-Ie
1999
Pág. 30
Se você me der um peixe, terei comida por um dia;
se você me ensinar a pescar, terei alimento para toda vida.
Ghandi
Deixe que as forças da Luz tragam iluminação para a humanidade.
Deixe que o espírito da Paz seja propagado.
Que homens e mulheres de boa-vosntade possam, em todas as partes, encontrar-se no espírito
de cooperação.
Que o Perdão por parte de todas as pessoas possa ser a tônica nesta época.
Deixe que o poder acompanhe os esforços dos grandes.
Deixe que assim seja e ajude-nos a fazer nossa parte.
Bibliografia:
Amor Incondicional e Perdão
Stauffer, Edith R.
Totalidade Editora
1997
Pág. 166
"É praticamente uma lei na vida que quando uma porta se fecha para nós, outra se abre. A
dificuldade está em que, freqüentemente, ficamos olhando com tanto pesar a porta fechada,
que não vemos aquela que abriu."
Andrew Carnegie
“Eu quero saber como Deus criou este mundo. Não estou interessado neste ou naquele
fenômeno, no espectro deste ou daquele elemento, eu quero saber seus pensamentos, o resto é
detalhe.”
Albert Einstein
Roteiro imaginário, por Samuel e Bennet do livro BE WELL
Feche os olhos. Inspire e expire profunda e lentamente. Relaxe o corpo todo, seguindo o
método que melhor lhe convenha. Deixe então que todas as suas idéias relacionadas com os
sintomas da doença ... se tornem bolhas em sua consciência. Imagine agora que essas bolhas
estão sendo sopradas para fora de sua mente, de seu corpo, de sua consciência, por uma brisa
que as afasta de você, para bem longe, até que não consiga mais vê-las ou senti-las. Observe-as
desaparecendo no horizonte.
Agora imagine que está em um lugar de que gosta muito. Pode ser a praia, a montanha, o
deserto ou onde quer que você se sinta vivo, saudável, à vontade. Imagine que o espaço em
torno de você está repleto de luz brilhante, clara. Deixe que a luz flua para seu corpo, tornando
você mais brilhante e preenchendo-o com a energia da saúde. Goze o fato de balhar-se nessa
luz.
Bibliografia:
Imaginação na Cura
Achterberg, Jeanne
Summus editorial
1996
Pág. 201
"Um ser humano é parte de uma totalidade chamada por nós de Universo ... uma parte limitada
em tempo e espaço.
Experimenta seus pensamentos e sentimentos como separados do resto - um tipo de ilusão de
ótica de sua consciência.
Esta ilusão é um tipo de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos próprios desejos e à
afeição pelas poucas pessoas próximas a nós.
Nossa tarefa deve ser libertarmo-nos desta prisão ampliando nosso círculo de compaixão para
abraçar todas criaturas vivas e a totalidade da natureza em sua beleza."
Albert Einstein
A mente é criativa
O homem criou veículos para transporte rápido, prédios que alcançam o céu, meios de
comunicação eletrônicos, maravilhas artísticas e científicas. Todas esta criações envolveram as
máquinas e mãos do homem, mas primeiramente envolveram sua mente.
Nada que existe em nosso mundo civilizado estaria aqui se não existisse primeiro como uma
imagem na mente de alguém. Somente de tal imagem pode emergir um esboço, uma planta de
loja, um padrão, um diagrama, uma fórmula, um molde ou uma cópia heliográfica.
Qual é a fonte da criatividade ?
Essa é a eterna pergunta. Felizmente, não precisamos conhecer a resposta para penetrar na
fonte. A mente é o canal para ela. Tudo que temos de fazer é permitir que a mente perfure esta
fonte, de forma que a idéia criativa possa ser trazida dos recessos do grande inconsciente (o
hemisfério cerebral direito) para o consciente sensorial (o hemisfério cerebral esquerdo).
Isto acontece a dez ciclos por segundo da frequência da onda cerebral. Alfa é o centro de
extensão de frequência do cérebro. Esta é a frequência em que o cérebro é centralizado e em
que os dois hemisfério trabalham de comum acordo.
A ação combinada dos dois hemisférios cria soluções para os problemas. Nosso cérebro se
torna uma ponte de "lá" para "aqui". Sabemos muito sobre "aqui", mas só podemos teorizar em
relação a "lá". O que quer que seja ou onde esteja, "lá" é abundante em soluções criativas.
Bibliografia:
O Método Silva de Controle Mental para Executivos
Silva, José
Stone, Robert B.
Editora Record
1995
4a Edição
Pág. 31 e 32
Cedo ou tarde você vai perceber ...
que há uma diferença entre conhecer o caminho ...
e percorrer o caminho.
Filme Matrix
O Princípio da Não-Resistência
No Judô Mental, mover-se contra a direção do impulso adversário (entrar em discusão com
ele) fechar-lhe-á a mente ao criar reações emocionais negativas. Movimentar-se na mesma
direção do impulso do adversário dissipará a força de sua arremetida e deixar-lhe-á a mente
aberta à nossa estratégia posterior. Se o oponente disser que algo é preto e insistirmo em
afirmar que é branco, teremos traçado linhas para um conflito que, provavelmente, não terá
solução.
Se, ao contrário, nós nos movermos na mesma direção que ele, replicando "Posso entender por
que você diz que é preto", estaremos neutralizando sua investida e poupando nossa própria
energia. O que é mais importante: manteremos seu estado de mente aberta. Isto não significa
que tenhamos que concordar com ele. Simplesmente não discordamos, pois do contrário
estaríamos resistindo à sua investida. Mantermos em aberto nossa oportunidade de persuadi-lo
de que, na verdade, o preto é branco. Conseguiremos isso após lançarmos os fundamentos
adequados, essenciais para que ele aceite nossa opinião.
Bibliografia:
Judô Mental
Lager, Lance
Kraft, Dra. Amy L.
Editora Nordica
Rio de janeiro
1981
Pág. 41
Ponha um Sorriso no Seu Dia
Assim Mesmo
Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusa-lo de egoísta, interesseiro.
Seja gentil, assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.
Se você é honesto e franco as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.
Se você tem paz, é Feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja Feliz assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.
Veja você que no final das contas, é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e outras pessoas.
Madre Tereza de Calcutá
Não se preocupe absolutamente com você, deixe toda a preocupação para Deus: esse parece ser
o mandamento de todas as religiões.
Isso não precisa assustar ninguém.
Aquele que se devota a servir com uma consciência limpa haverá de absorver dia a dia essa
necessidade em grau cada vez maior, tornando-se continuamente mais rico na fé.
O caminho do serviço dificilmente pode ser seguido por quem não esta preparado para
renunciar aos próprios interesses e reconhecer as condições de seu nascimento.
Consciente ou inconscientemente, cada homem presta um serviço a outro.
Se cultivarmos o hábito de prestar serviço deliberadamente, nosso desejo de servir vai se tornar
cada vez mais forte, fazendo não apenas a nossa própria felicidade, mas também a do mundo
em geral.
As Palavras de Gandhi
Editora Record
pág. 77
O homem se torna muitas vezes o que ele próprio acredita que é. Se eu insisto em repetir para
mim mesmo que não posso fazer uma determinada coisa, é possível que eu acabe me tornando
realmente incapaz de fazê-la. Ao contrário, se tenho a convicção de que posso fazê-la,
certamente adquirirei a capacidade de realizá-la, mesmo que não a tenha no começo.
As Palavras de Gandhi
Editora Record
pág. 74
A maioria das pessoas se esforça para manobrar a riqueza e a sua própria capacidade, no
intuito de dominar o mundo externo; mas se esquece de comandar seu mundo interno. De que
adiantará dominar o mundo inteiro, se não conseguir comandar a si próprio ?
Bibliografia:
Palavras de Sabedoria
Taniguchi, Masaharu
Seicho-No-Ie
3a Edição
pág. 123
No céu, aprender é ver.
Na terra, é lembrar-se.
Feliz quem atravessou os Mistérios
E conhece a origem e o fim da vida.
PINDARO
Aprender é descobrir aquilo que você já sabe.
Fazer é demonstrar que você a sabe.
Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você.
Vocês são todos aprendizes, fazedores, professores.
Richard Bach
Pensamento do Conde Leon Tolstoy
"Os homens precisam compreender apenas isto: tão somente deixar de lutar com os assuntos
externos e gerais, onde não são livres, e usar apenas um centésimo dessa energia ... no
reconhecimento e na aceitação da verdade que se desvenda diante deles, na emancipação de si
mesmos ..."
Pensamento de Galileu Galilei
"Não se pode ensinar alguma coisa a um homem; apenas ajudá-lo a encontra-lá dentro
de si mesmo."
Aprendizagem generativa
Geralmente, a educação nas escolas pára no primeiro nível de aprendizagem: a lembrança de
fatos ou habilidades. Normalmente, não aprendemos a aprender. Dizem-nos para lembrar, mas
não como lembrar. Essa é a diferença entre dar um peixe para uma pessoa e ensiná-la a pescar.
A Programação Neurolinguística (PNL) tem o seu lugar ... porque fala sobre aprender a
aprender, como usar o que você sabe para aprender mais e mais rápido.
...
No nível organizacional, a aprendizagem generativa criará empresas que aprendem; no nível
individual, ela conduzirá à melhora contínua do desempenho e à crescente satisfação pessoal.
Bibliografia :
Treinando com a PNL
O'Connor, Joseph
Seymour, John
Summus Editorial
São Paulo
1996
pág. 31 e 33
2. orientar as pessoas a aprenderem mais a respeito dos seus mapas mentais, pressuposições e
estratégias cognitivas, a fim de desenvolver suas habilidades pessoais; e
Perguntas
1 Que situações você enfrenta com outras pessoas nas quais você gostaria de ver novas
escolhas e uma maneira de compreender melhor o que está acontecendo ?
3 Como você poderia mudar o seu modo de agir, levando a outra pessoa a despertar para uma
nova maneira de reagir ?
Esta habilidade de se colocar no lugar dos outros e, principalmente, de ser capaz de observar as
coisas de fora da dinâmica da qual você faz parte, está no cerne de sistemas de pensamento e
aprendizagem continuada.
E finalmente...
TOTS significa Teste-Operação-Teste-Saída. Ele define o ciclo de feedback básico pelo qual
mudamos sistematicamente nossos estados mentais. Segundo o modelo TOTS, geralmente
operamos um estado, modificando-o para atingir um objetivo. Testamos continuamente o
estado atual comparando-o a algum tipo de evidência ou critério, a fim de descobrir se
atingimos o objetivo. Dependendo do resultado deste teste, ajustamos as nossas operações. Isto
é, primeiro testamos nossa relação com o nosso objetivo. Se não estivermos atingindo o
objetivo, passamos a operar variando o nosso comportamento de alguma maneira. Em seguida,
mais uma vez testamos o resultado do movimento e se tivermos sido bem-sucedidos passamos
à próxima etapa. Senão, alteramos nosso comportamento e repetimos o processo.
NOMINALIZAÇÕES
Também chamada de SUBSTANTIVAÇÃO do verbo, trata-se de um processo que transforma
uma ação (verbo) em algo estático (substantivo, nome).
O desafio será transformar o nome, uma coisa estática, novamente em algo dinâmico, isto é,
transformar o substantivo de novo em verbo.
NOMINALIZAÇÃO
Frustação
Alegria
Confiabilidade
Zanga
Relações
DESAFIO
Exemplos:
"Sinto falta de amor."
"É uma excitação."
"Não me têm nenhum respeito."
"A felicidade é o mais importante."
Desafios:
"Como você gostaria de ser amado?"
"De que maneira você está excitado?"
"Como você gostaria de ser respeitado?"
"Quem está feliz e de que maneira, especificamente?"
Bibliografia :
Qualidade começa em mim
Chung, Dr. Tom
Editora Maltese
1994
Pág. 195 e 196
PNL e os Sistemas
As relações entre seres humanos são muito complexas, já que muitas coisas acontecem
simultaneamente. Não se pode prever exatamente o que vai ocorrer, porque a reação de uma
pessoa influencia a comunicação de outra.
O relacionamento é um ciclo, em que estamos reagindo continuamente a feedbacks para saber
o que devemos fazer em seguida.
...
A PNL pensa em termos de sistema. Por exemplo: Gregory Bateson, uma das figuras mais
importantes para o desenvolvimento da PNL, aplicava a cibernética, ou pensamento sistêmico,
à biologia, à evolução e à psicologia, enquanto Virgínia Satir, a mundialmente famosa
terapeuta familiar e também um dos modelos originais da PNL, tratava a família como um
sistema equilibrado de relacionamento, e não como um grupo de indivíduos com problemas.
Cada uma das pessoas era considerada uma parte importante do conjunto. Para ajudar a família
a atingir um equilíbrio melhor e mais saudável, sua arte consistia em saber exatamente em que
ponto intervir e que pessoa precisava mudar para que todos os relacionamentos melhorassem.
Como um caleidoscópio, não é possível modificar uma das partes sem modificar o padrão
inteiro. Mas, que parte precisa ser mudada para criar o padrão desejado ? Essa é a arte da boa
terapia.
Para modificar os outros é preciso mudar primeiro. Quando uma pessoa muda seus
relacionamentos, geralmente os outros também mudam. À vezes, passamos muito tempo
tentando mudar uma pessoa em um nível, enquanto em outro nível nos comportamos de forma
a reforçar seu comportamento. Richard Bandler chama essa atitude de padrão "afaste-se... mas
para perto..."
VOCABULÁRIO TRANSFORMACIONAL
Recebemos informações do mundo através dos cinco sentidos. Essas informações (imagens,
sons, sabores, odores, sensações) precisam ser categorizadas, precisam receber uma etiqueta,
um nome, para serem compreendidas.
É como se as palavras que utilizamos fossem pastas de um imenso arquivo. Quando, por
exemplo, vemos uma maçã, comparamos esta imagem com todas as imagens que estão no
arquivo até chegarmos à pasta cujo nome é "maçã". Abrimos a pasta, comparamos as imagens
que estão dentro dela com a imagem captada por nossos olhos e concluímos que aquilo é de
fato uma maçã
O arquivo a que nos referimos acima contém pastas para sons, odores, sabores, imagens,
sensações, sentimentos, e possui particularidades interessantes. Se nós não possuirmos, por
exemplo um sentimento como "amor" em nosso arquivo, não seremos capazes de compreendê-
lo, de experimentá-lo e também não o reconheceremos no mundo e nas pessoas.
Podemos inclusive afirmar que a língua falada num país molda sua cultura, seus valores, seus
habitantes. Exemplo: O que é felicidade para um americano capitalista e para um monge
tibetano? E o que é "levar vantagem" no Brasil? Quando uma nação tem a mesma interpretação
ou tradução para uma palavra ou expressão (como "levar vantagem") esta interpretação
programa a todos da mesma maneira. Um outro exemplo seria a força da palavra
"reconstrução" no Japão do pós-guerra.
As palavras que usamos têm o poder de aumentar, diminuir e modificar nossas reações à
experiência que estamos vivendo. Como você classifica (denomina, representa) a experiência
de ter um pneu furado? "Terrível"? "Um transtorno insuportável"? Ou "Um pequeno
imprevisto"? As palavras que você utilizar definirão a maneira como você vai interpretar a
situação e também como você vai se sentir. Num outro exemplo, três pessoas descrevem sua
situação de desemprego como "Estou desempregado", "Estou procurando uma nova
oportunidade" e finalmente a terceira diz "Estou temporariamente sem ocupação remunerada".
Conseqüentemente, cada uma delas se sente e reage de forma diferente diante da mesma
situação.
A esta altura, você pode estar dizendo "Não é só um jogo de palavras? Que diferença faz?" A
resposta é que se tudo o que você fizer for mudar a palavra, então a experiência não muda. Mas
se o uso da palavra fizer com que você analise a experiência por um outro ângulo, então tudo
muda.
Se você tem o hábito de dizer que odeia as coisas ("odeia" seus cabelos, "odeia" seu trabalho,
"odeia" ter de fazer alguma coisa) aumenta a intensidade de estados emocionais negativos mais
do que se usasse uma frase como "Eu prefiro ..."
Da mesma forma, como muda sua experiência interna se você muda a expressão
"Estou exausto" para "Estou recarregando a bateria"?
Ou "Estou perdido" para "Estou procurando"?
Ou ainda "Estou com ciúmes" para "Estou transbordando de amor"?
Crie seu próprio vocabulário transformacional mudando palavras que comumente você usa e
que acabam por deixá-lo num estado ruim. Encontre palavras que possam colocá-lo numa
direção mais positiva.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.
Neurolinguistíca em busca do espírito
... Robert Dilts e Robert MacDonald ... vêm pesquisando, por exemplo, Jesus Cristo, a maneira
como ele trabalhava, como ajudava as pessoas a se curarem ... e outros místicos e gênios da
humanidade. Eles aperfeiçoaram técnicas para se conhecer o lado "sombra" da nossa
personalidade, como equilibrar esse lado dentro de você ... e muitas outras técnicas para o
desenvolvimento da espiritualidade.
...
Sombra é o nome que damos ao lado negativo dentro de nós. Ela faz parte da polaridade do ser
humano e deve ser equilibrada, não exterminada. Por exemplo, podemos chamar o ódio que
existe dentro de uma pessoa de seu lado sombra, o lado escuro. Então convidamos a pessoa a
entregar esse lado sombra ao seu Eu Superior. Daí ela se equilibra porque entra em contato
com a sua própria Luz. E isso é muito emocionante no trabalho, porque existe uma tendência
de não querer ver esse lado, de negá-lo. E negar é a última coisa que se deve fazer com a
sombra, porque a negação faz com que ela se torne maior e mais incômoda.
AGENDA OCULTA
Uma agenda oculta contém coisas que você sente e pensa em relação a uma pessoa mas não lhe
diz, por vários motivos: ou para não perder a simpatia dela (e para que ela continue tendo uma
boa imagem sua, e continue apoiando você), ou para não lhe dar a chance de rebater uma
acusação sua, para ter um trunfo nas mãos contra ela, uma razão que diga que você está certo
em não gostar dela (apesar de você nunca lhe dizer isso e nunca lhe dar a oportunidade de se
modificar naquele aspecto). Contém também intenções secretas que podem existir em seus
comportamentos.
Entre marido e mulher, é muito comum que, ao longo dos anos, um deles (ou ambos) tenha
uma agenda oculta, constituída de mágoas, sentimentos negativos que jamais são revelados,
mas através dos quais travam-se batalhas silenciosas, inconscientes.
As agendas ocultas afastam as pessoas, porque geram insegurança naquele que percebe que o
outro não está totalmente no relacionamento, está como que "com um pé atrás".
Apesar de o conteúdo de uma agenda oculta não ser revelado, ele é pressentido, "intuído",
através da observação da comunicação não verbal do outro: seu tom de voz, seu olhar, seus
gestos, sua expressão, etc. Esta comunicação não verbal provém do inconsciente de quem fala
(de quem possui a agenda oculta) e é percebida e interpretada pelo inconsciente de quem a
recebe. Quem a recebe sente insegurança, angústia, rejeição, medo ou ansiedade, mas não sabe
explicar por quê, ou apenas tem uma vaga percepção de que o outro está experimentando algo
que não está sendo expresso verbalmente.
É quando alguém pergunta: "O que você tem?", e ouve: "Eu não tenho nada, estou ótimo", dito
num tom de voz ríspido. Ou : "O que eu fiz a você para que me tratasse de forma tão
agressiva?", e o outro diz: "Mas eu não fui agressivo...", com uma expressão furiosa.
Uma pessoa com uma agenda oculta suga muita energia da outra, que passa a lhe devotar
maior atenção tentando saber o que se passa na cabeça dela. Além de consumir sua energia, faz
com que o relacionamento se deteriore.
Como o marido que chegou em casa e encontrou a esposa com uma expressão angustiada. Na
verdade, a esposa está se sentindo só, e talvez gostasse que o marido a convidasse para um
passeio, mas não lhe diz isso justamente para que o marido fique lhe perguntando
ansiosamente sobre o que está acontecendo. Ela se sente bem com a preocupação do marido e
com a atenção que ele lhe dispensa (a energia que ele lhe dirige). Já o marido, acaba ficando
desanimado, com pensamentos derrotistas, ou então fica se sentindo culpado pelo estado da
esposa .
Ou então aquela pessoa que não esquece um incidente desagradável do passado, que guarda a
mágoa como trunfo contra o outro. Ela não diz nada a respeito, mas sua expressão revela a
mágoa. Isso pode gerar sentimentos de culpa no outro, que acaba sentindo necessidade
constante de reparar o mal cometido, como se fosse uma dívida eterna.
O que se nota em relacionamentos deste tipo é que não existe troca, envolvimento. Um está
querendo só receber, e à força, arrancando do outro o que quer, e não querendo lhe dar nada
em retribuição.
É uma batalha inconsciente, em que quem perde a batalha perde também a energia investida
por ambos, como num jogo.
Há muitas batalhas que são travadas inconscientemente, ou pelo menos, de forma subliminar,
de forma velada.
Paulo começou em seu novo emprego há uma semana. Trabalha na mesma sala que Mário, que
o trata com educação, mas nota que algo não está bem neste relacionamento. Paulo tem a
impressão de que na verdade Mário não gosta muito dele. Percebe isso pelo seu tom de voz,
pelo seu olhar. Paulo esteve comparando estes sinais que Mário apresenta quando está com ele,
com os sinais que observa quando Mário se relaciona com outras pessoas. São muito
diferentes. Paulo começa a perceber até uma certa hostilidade, uma competição. Entra no jogo
e começa a tratar Mário como rival. Ele não diz e não demonstra isto abertamente, mas de
forma indireta. Continua tratando Mário com aparente respeito e educação, mas no fundo
ambos sabem que estão numa batalha. Há dias em que Paulo chega em casa esgotado, sem
energia para fazer nada, com vontade de largar tudo e sumir. Ele não sabe, mas Mário sente as
mesmas coisas.
Um outro exemplo: Sandra conhece Lúcia há alguns anos. Sandra é muito observadora e
perspicaz e está sempre procurando as falhas e dificuldades das outras pessoas, como forma de
ter poder sobre elas, de controlá-las. E em relação a Lúcia, percebeu que ela é insegura, tem
necessidade de agradar as pessoas, não tem uma boa auto-imagem. Sandra usa isso que
percebeu tratando Lúcia com indiferença, pois sabe que este é um comportamento que ela não
é capaz de tolerar. Sempre que Lúcia a encontra, imediatamente começa a se sentir insegura,
desagradável, e se esforça para se comportar da forma que imagina que iria agradar Sandra,
que se mantém distante. E quanto mais ela se distancia, mais Lúcia se esforça para conquistá-
la. Quando se despedem, Sandra se sente "superior". Já Lúcia, está deprimida e esgotada.
Nestes dois exemplos, observamos como as pessoas acabam entrando nestas disputas, nestes
jogos. Reflita: além da energia que é sugada do derrotado, o que mais se ganha?
Penso que no fundo esta necessidade de vencer e dominar sirva apenas e tão somente para
diminuir a própria insegurança e impotência. Porque quando vence outro, o indivíduo se sente
forte (energizado) e nega sua própria fraqueza.
Note que sempre que você trava uma batalha com alguém em sua cabeça, a outra pessoa pode
perceber e entrar nela também. Porque existe uma comunicação inconsciente entre as pessoas,
que é mediada pelos sinais não verbais (gestos, expressão, etc.).
Perceba como isto acontece no trânsito. Um motorista começa a tratar outro como se este fosse
muito ruim ao volante, ou como se estivesse, por exemplo, andando devagar, ou na contra-
mão, ou tentando ultrapassá-lo de propósito, só para irritá-lo, atrapalhá-lo. O outro motorista
percebe e entra no jogo, sentindo raiva também, como quem diz: "Quem ele pensa que é? " O
resultado pode ser desastroso para ambos. O que ambos querem é impor ao outro: "Eu sou
bom, eu estou certo, você não" e também "Saia do meu caminho, não me atrapalhe".
Dentre as estratégias para lidar com situações como esta, você pode adotar a de não entrar no
jogo.
Para perceber este tipo de jogo, observe como se sente. Quando perceber que está se sentindo
sugado, cansado, "lutando", que não se sente bem consigo mesmo, mude seu comportamento.
Pare o que estava fazendo e mantenha-se tranqüilo, recusando-se a tomar parte na disputa, na
batalha, direcionando sua mente para outros estados internos, para outros sentimentos.
Melhor seria se todos nós aprendêssemos a nos relacionar com as pessoas de forma integral,
transparente, com base naquilo que o outro realmente é, de forma que houvesse troca (de afeto,
experiências, energia, etc.) e enriquecimento para ambos, ao invés de disputas em que se tenta
extrair à força o que se deseja, ou nas quais se procura aniquilar o outro.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.
O seres humanos vivem em um mundo ... Nós, no entanto, não operamos direta ou
imediatamente neste mundo, mas antes operamos através de um mapa ou série de mapas, que
utilizamos para guiar nosso comportamento. Este mapas, ou sistemas representativos, diferem,
necessariamente, do território, que eles modelam, pelos três processos universais de
modelagem dos humanos : Generalização, Eliminação e Distorção. Quando as pessoas chegam
a nós na terapia, expressando sofrimento e insatisfação, as limitações que experimentam estão,
tipicamente, em sua representação do mundo, e não do mundo propriamente dito.
Bibliografia :
A Estrutura da Magia - um livro sobre a linguagem e terapia
Bandler, Richard
Grinder, John
Editora Guanabara Koogan
Rio de Janeiro
1977
Pág. 219
... vivemos numa época onde o sucesso fabuloso está à disposição de todos nós, mas que só o
alcançam aqueles que agem.
Conhecimento é importante, mas não é suficiente. Muitas pessoas têm as mesmas informações
que um Steve Jobs ou um Ted Turner. Mas aqueles que agem criam sucesso fabuloso e mudam
o mundo.
Bibliografia :
Poder sem Limites
Robbins, Anthony
Editora Best Seller
São Paulo
1987
5o Edição
Pág. 374
"Quando temos diversos pontos de vista de uma mesma situação, mesmo sem acrescentar
recursos, a experiência já se modifica ...
Ter mais informações a partir de várias perspectivas cria uma mudança de ponto de vista ...
Ter vários pontos de vista é a base da sabedoria para se tomar decisões, resolver conflitos,
fazer negociações e limpar a história pessoal."
Robert Dilts
Bibliografia :
Crenças - Caminhos para a saúde e o bem-estar
Dilts, Robert
Hallbom, Tim
Smith, Suzi
Summus Editorial
2o Edição
São Paulo
1993
Pag. 85 e 86
O objetivo deve estar dentro de suas possibilidades reais e ser formulado afirmativamente, ou
seja, algo que você "quer", e não que você "não quer".
Especifique como saberá que atingiu seu objetivo. O que irá ouvir, ver e sentir que lhe servirá
de prova ?
Escreva as razões por que não pode obter o que quer, permita-se vivenciar plenamente
quaisquer sentimentos negativos que possa ter e crie uma afirmação (uma auto-afirmação
positiva) para liberar qualquer bloqueio que possa estar sentindo.
3. Pense em algo que espera que venha a acontecer plenamente e sem reservas. Vá para dentro
de si mesmo e observe as qualidades (submodalidades) de suas imagens internas (cor,
localização, luminosidade, nitidez, número de imagens), de seus sons e vozes (tom de voz,
volume e altura) e de suas sensações (táteis, de movimento e de ação). Escreva essas
qualidades para lembrar-se delas.
4. Imagine que está se vendo depois de já ter atingido seu objetivo. Faça isso como se estivesse
vendo um filme de si mesmo. Se não gostar da imagem que vê, modifique-a, até que ela lhe
agrade.
Quando a imagem parecer "correta"e você não tiver nenhuma reserva sobre ela, entre dentro do
filme e imagine que está vivenciando a experiência de ter atingido seu objetivo, usando as
submodalidades de expectativa(3).
5. Deixe a imagem ir embora, enquanto diz a si mesmo que você merece ter o que deseja.
Bibliografia :
Crenças - Caminhos para a saúde e o bem-estar
Dilts, Robert
Hallbom, Tim
Smith, Suzi
Summus Editorial
2o Edição
São Paulo
1993
Pag. 138
Transformação Essencial
Cada um de nós tem aspectos dos quais não gosta. Muitas vezes vivemos situações em que
ficamos extremamente insatisfeitos com nossa atitude e nossa forma de reagir. Sentimo-nos
inadequados, desorientados e inseguros.
Cada um de nós já tentou mudar algum desses aspectos, certamente mais de uma vez. Em geral
"nos propomos a ser" diferentes. Procuramos agir de modo "correto", mas que não flui
naturalmente. Forçamos-nos e esforçamo-nos. Na maioria das vezes, os esforços são inúteis:
continuamos insatisfeitos.
Isso ocorre porque, em geral, as propostas de mudança são "de fora para dentro". Obrigamo-
nos a "ser" algo que não está em nós.
O método de Transformação Essencial procura reverter esse quadro. São dez passos em busca
de um núcleo pessoal profundo, que servirá como nascente de onde jorrarão as águas de uma
mudança genuína e efetiva.
Connirae Andreas desenvolveu seu método de modo acessível a qualquer leitor interessado, e
não apenas aos profissionais.
Muitas vezes, somos obrigados a enfrentar situações que não podem esperar uma terapia
demorada, e, obviamente, queremos enfrentá-las da forma mais autêntica possível.
Com as técnicas da programação neurolinguística, a autora nos leva a encontrar esse núcleo e
gerar a Transformação Essencial, que nos ajudará a criar relacionamentos mais satisfatórios e
profundos, com paz de espírito e sensação de integridade.
Bibliografia :
Transformação Essencial - Atingindo a nascente interior
Andreas, Connirae
Andreas, Tamara
Summus Editorial
São Paulo
1996
Contracapa
Todos nós temos uma ecologia interna que garante a manutenção e equilíbrio do nosso sistema.
Um exemplo desta ecologia, que sempre atua a nosso favor, são aquelas mudanças que
queremos realizar mas não conseguimos. Nestes casos, é como se sentíssemos que algo nos
impede, nos bloqueia.
Muitas pessoas se revoltam contra si mesmas e chegam a sentir raiva por não conseguirem
efetivar determinadas mudanças. Na verdade, deveríamos ser gratos à nossa ecologia interna,
pois, como explicaremos a seguir, ela sempre nos protege.
Como aquela pessoa que prometeu a si mesma parar de fumar neste ano. Apesar de bem
intencionada, como costuma acontecer quando um novo ano se inicia, é como se uma parte sua
(ou várias) não concordasse e a impedisse de todas as formas. Isto ocorre porque, neste
exemplo, a mudança desejada não seria ecológica. Se fôssemos investigar junto à parte (ou às
partes) que tem objeções à mudança, constataríamos talvez que ela aja assim porque fumar é
uma das poucas alegrias que aquela pessoa tem na vida. Como afirmamos, nosso sistema
possui uma ecologia que nos protege, que busca o equilíbrio. E além disso, todo
comportamento tem uma intenção positiva. Portanto, fumar para esta pessoa tem a intenção
positiva de lhe dar prazer, alegria. E a parte dela que não quer que ela pare de fumar tem a
intenção positiva de garantir que ela continue tendo este prazer.
Pensando de outra maneira, o que seria desta pessoa se de repente ela fosse impedida, por si
mesma ou por outra pessoa, de obter este prazer? Ocorreria um desequilíbrio grave e o sistema
todo seria afetado, ou seja, outras partes suas também seriam prejudicadas. Exagerando um
pouco, poderíamos imaginar que esta pessoa, não tendo mais aquele motivo que a deixava
alegre (o cigarro), não teria também motivação para trabalhar, resolver problemas, sair com os
amigos, etc.
O que fazer então? Desenvolver outras alternativas que garantam o mesmo prazer que o
cigarro, mas que não sejam nocivas à saúde e ao equilíbrio do sistema, ou seja, alternativas
ecológicas. Se alguém se propõe a fazer exercícios ao invés de fumar, sendo que detesta se
exercitar, não funciona, pois a alternativa não é ecológica - gerará objeções na parte que não
gosta de exercícios.
Ou se promete a si mesmo um prêmio ao final de um ano, comprado com o dinheiro que seria
gasto com cigarros, também não funciona, não é ecológico, pois a alternativa deveria
proporcionar prazer imediato, como o cigarro, e não daqui a um ano.
É importante ressaltar que cada um possui sua própria ecologia. Assim, uma alternativa pode
ser ecológica para uma pessoa e não o ser para outra.
Há pessoas que desconsideram sua ecologia, que tentam sabotar suas partes internas que têm
objeções à mudança pretendida. É o caso daqueles que trancam o maço de cigarros à chave,
saem de casa sem levá-lo consigo, numa verdadeira briga interna.
Ou então aquelas pessoas que querem emagrecer e que para isso usam a chamada força de
vontade. Como o próprio nome diz, trata-se de uma força, só que neste caso ela é usada contra
a pessoa, contra aquela parte interna que quer comer. Trava-se uma batalha interna, da qual ora
uma, ora outra parte sairá vitoriosa. E então aquela pessoa engorda e emagrece sucessivas
vezes.
Considerando que nosso sistema busca o equilíbrio, se ele for privado de algo por um certo
tempo, tentará recuperá-lo num outro período.
É como se a parte que quer emagrecer e a parte que quer comer vivessem disputando o poder, e
a cada período uma delas assumisse o controle da situação.
Melhor seria se elas entrassem num acordo, de forma que a intenção positiva de ambas fosse
respeitada e que elas não mais se interrompessem. Neste caso, caberia a pergunta: "O QUE,
QUANTO E QUANDO vou comer para pesar X Kg"? "QUANTO preciso comer para poder
emagrecer X Kg em X DIAS?"
Ou então, que cada uma das partes buscasse uma outra alternativa para conseguir realizar sua
intenção positiva. Poderíamos perguntar às partes: "Existem outras formas de obter prazer e
alegria além de comer?" Ou "Existem outras formas de perder peso além de reduzir a
quantidade de alimentos ingeridos?"
Por exemplo, se a parte que quer comer para satisfazer a intenção positiva de preencher aquele
vazio que sente falta de carinho, de afeto (ou de alegria, de novidades, etc.), se esta parte
concordar em obter este afeto através do contato com amigos de verdade (e não mais do amigo
imaginário que o alimento representava), ela perceberá que não lhe será negado aquilo que
buscava (o afeto), apenas mudará a fonte através da qual o recebe.
Conclui-se que sempre que alguém está diante de uma questão como "Quero mas não consigo
"ou "Quero X, mas Y me impede", está ocorrendo um problema de ecologia. Neste casos, é
necessário conhecer todas as partes envolvidas na questão para que se encontre uma alternativa
que satisfaça a todas elas, uma alternativa que seja ecológica, o que equivaleria a um acordo
entre as partes.
Finalizando, gostaríamos de ressaltar que as "partes" a que nos referimos aqui não existem
como tal. Falamos em "partes" assim como poderíamos falar de "lados", sendo este apenas um
modelo que nos ajuda a compreender melhor a questão. O uso de modelos é comum também
em Química, Física (por exemplo, o modelo tridimensional do átomo) e constituem uma
tentativa de ilustrar melhor o funcionamento de algo.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.
O Modelo BAGEL
O modelo BAGEL identifica um certo número de tipos de pistas comportamentais, entre elas
as feições físicas e os olhos, associadas aos processos cognitivos - em particular, os ligados aos
cinco sentidos. As letras que compõem o nome BAGEL identificam as categorias principais de
padrões comportamentais.
...
B = body posture (postura corporal)
A = nom-verbal auditory cues (pistas auditivas não-verbais)
G = gestures (gestos)
E = eye movements (movimentos oculares)
L = language patterns (padrões de linguagem)
...
Pode ser muito valioso do ponto de vista prático aprender a observar esse tipo de pistas. Na
verdade, para que sejam efetivas, muitas das técnicas de PNL baseiam-se na observação destas
pistas. Elas podem fornecer informações importantes sobre a maneira de pensar de outra
pessoa - mesmo quando a pessoa não tem consciência disto. Além de ser um auxílio
importante e poderoso, que pode ser usado por terapeutas, empresários, professores,
advogados, vendedores etc., para entender (ou ler) melhor as pessoas com as quais estão
interagindo.
Bibliografia :
A estratégia da genialidade - Vol. I
Dilts, Robert B.
Summus Editorial
São Paulo
1998
pág. 148, 149 e 151
O Segredo do Sucesso
O segredo do sucesso é aprender como usar a dor e o prazer, em vez de deixar que usem você.
Se fizer isto, estará no controle de sua vida. Se não fizer, é a vida quem controla você.
Bibliografia :
Desperte o Gigante Interior
Robbins, Anthony
Editora Record
São Paulo
1993
pág. 57
...
Mais ou menos em 1.987, Robert Dilts, outro co-criador da P.N.L., pesquisou como a
utilização de espaços imaginários, onde a pessoa "coloca " seu problema, ajuda na resolução
do mesmo, principalmente por que fica mais simples para ela olhá-lo de fora, como se não
fosse um problema dela. Esta descoberta foi chamada, na época, de "New Code", ou seja, o
"novo código" da P.N.L..
À partir deste novo código, Dilts continuou suas pesquisas e ajudou sua mãe a curar-se de
câncer (leia em "Crenças", da Editora Summus), e decodificou como podemos transformar
crenças limitantes em possibilitadoras, logo após, descobriu também como transformar
Identidades limitantes.
Também à partir deste novo código, Dilts chegou na chamada "2ª Posição", que tem permitido
que ele pesquise gênios como Einstein, Disney e Seres de Luz como Buda e Cristo. Com estas
pesquisas, a P.N.L. avançou mais no campo espiritual e hoje temos técnicas com as quais
podemos trabalhar este lado.
Dilts se uniu com Robert McDonald para escrever o livro "Tools of the Spirit" (Instrumentos
do Espírito - ainda não traduzido), onde descrevem como trabalhar inclusive com o chamado
lado "sombra". Tanto Dilts quanto McDonald tem se aprofundado cada vez mais no trabalho a
Nível Espiritual.
Dilts também se uniu a outras pessoas: Tim Hallbom e Suzy Smith. Neste caso eles tem
desenvolvido muito o trabalho relacionado com a Cura, com a Saúde. Através da "Formação
em Saúde" - curso desenhado para Master-Practitioners - eles vem ensinando essas técnicas em
todo mundo. Quem faz esta Formação passa a fazer parte da "Comunidade Mundial de P.N.L.
em Saúde para o Século XXI".
não estamos apenas falando em PNL, pois existem outras linhas de pensamento que também
fazem esta afirmação. Inclusive a Física Quântica já comprova este fato...
Bibliografia :
Mude sua Vida com PNL! Programação Neurolinguística
Com a Apresentação de Robert Dilts "Co-Criador da PNL"
Epelman, Deborah
www.pac.com.br
São Paulo
2001
Pág. 57
A Magia da Harmonia
Pense numa época em que você e outra pessoa estavam em sincronia. Pode ser um amigo, ou
amante ou um membro da família ou alguém que encontrou por acaso. Volte para aquele
tempo e tente pensar o que havia nessa pessoa que fez você sentir-se tão em harmonia com ela.
É bem provável que você descubra que pensavam da mesma forma ou sentiam-se do mesmo
jeito sobre um certo filme, livro ou experiência. Você pode não ter notado, mas talvez tivessem
tipos semelhantes de respiração ou fala. Talvez tivessem antecedentes ou crenças semelhantes.
Qualquer coisa que você descobrir será o reflexo do mesmo elemente básico - harmonia.
Harmonia é a habilidade de entrar no mundo de alguém, para fazer esse alguém sentir que você
o entende, que vocês têm um forte vínculo comum. É a habilidade de ir totalmente, de ser
mapa do mundo para o mapa dele, do mundo.
Flexibilidade.
Lembre-se, a maior barreira para a harmonia é pensar que outras pessoas têm o mesmo mapa
que você, e que por você ver o mundo de uma forma, elas também o vêem assim.
...
Harmonia não é estática; não é alguma coisa que permanece estável, uma vez conseguida. É
um processo dinâmico, fluido, flexível.
O Processo de Harmonia
...
Uma congruência total como ser humano significa em PNL, uma harmonia entre diversos
níveis neurológicos. Falamos de “congruência” quando a maneira como me comporto no
mundo está em harmonia com as minhas capacidades e em harmonia com os meus valores e as
minhas crenças e convicções e em harmonia como eu sinto a minha identidade e como
experimento a minha transcendência, quer dizer, a minha missão em relação aos meus amigos,
à minha família, ao meu trabalho, e ao resto do mundo.
O processo de harmonia, a busca de sentido, o encontro com a minha fonte interior, com o Eu
mais profundo, ou Deus, ou como lhe queiram chamar, de modo que eu possa funcionar de
forma congruente na minha vida privada em casa ou com os amigos ou no meu ambiente
profissional são, hoje em dia, uma preocupação cada vez maior na PNL. E claro que estes
aspectos não se resolvem simplesmente com uma dose de pensamento positivo.
A questão complica-se ainda mais porque não temos a ver com uma pessoa única. Eu não sou
simplesmente “eu”. Eu sou um aglomerado de personalidades. Quantas vezes não tomamos a
decisão de fazer ou não fazer isto ou aquilo e o “outro”, em nós, age precisamente como uma
personalidade autônoma, como se fosse independente de nós? E quanto mais o queremos
subjugar, mais ela age de forma autônoma e poderosa. A estas sub personalidades chamamos
em PNL, de “partes”.
Habituamo-nos na nossa cultura, desde muito pequenos, a tentar subjugar as partes que não nos
agradam ou que socialmente são menos aceitáveis, os nossos “demônios”. Cada parte possui
em si determinadas recordações, convicções e valores próprios, programas especiais. É um
conjunto de “outros” dentro de nós. Lutar com estes “outros”, que afinal de contas somos nós
mesmos, significa “perder”.
Mas estes “outros” têm, segundo a PNL, uma hierarquia de intenções positivas conosco. Não
só há técnicas para dialogar com estas partes a caminho duma maior congruência pessoal,
como é unicamente através destas partes que, empregando as mais modernas técnicas da PNL,
se atingem estados de Ser profundos que permitem transformações individuais a um nível
superior.
...
Em PNL pensa-se em termos de totalidades, isso significa uma atenção extraordinária para a
ecologia. A ecologia adquire em PNL um significado muito maior que o habitual - todo o
comportamento e transformação devem ter em conta a harmonia global, as relações internas
entre as nossas “partes” e a nossa relação harmoniosa com os outros e o mundo.
Bibliografia :
Parte do Artigo : Programação Neurolinguística - Introdução detalhada (II)
Autor : José Figueira
Master-Practitioner e Trainer com certificado internacional da NTI-NLP (Instituto Holandês de
Programação Neuro-Línguistica), reconhecido pela ABNLP (The American Board of Neuro-
Linguistic Programming)
Esta é lei das Variedades Requisitivas, da Cibernética. Este princípio demonstra que num
sistema de elementos inter-relacionados, aquele que tiver maior quantidade de funções, isto é,
mais flexibilidade, é o elemento no controle. E isto é válido também para relações humanas.
Bibliografia :
Qualidade começa em mim: Manual neurolinguístico de liderança e comunicação
Chung, Tom
Editora Maltese
São Paulo
1994
pág. 106
Pensamento de Richard Bandler
"Construa esperança a partir de experiências,
Apenas através das idéias é que todos essas coisas se tornaram realidade."
Bibliografia :
Mude sua Vida com PNL! Programação Neurolinguística
Com a Apresentação de Robert Dilts "Co-Criador da PNL"
Epelman, Deborah
https://www.lojafunarte.com.br/exibeproduto_fra.asp?IDProduto=8687
São Paulo
2001
Pág. 11
Modelagem
Dentro da PNL, existem muitas técnicas de Modelagem, ou seja, de aproveitar como modelo
alguém que faça o que eu quero aprender a fazer, para que eu possa saber utilizar as mesmas
estratégias desta pessoa e consiga fazer tão bem quanto ela, o que ela faz ...
Para fazer uma Modelagem, na forma mais simples dela, que é a de Comportamento, você
pode seguir estes passos :
2. Selecione um modelo :
a) Pense em alguma pessoa que tem um comportamento que você quer aprender.
b) Veja esta pessoa tendo o comportamento que você quer aprender... perceba como ela se
movimenta, o que ela faz exatamente, qual é a sua postura, o que ela se fala enquanto faz o
comportamento, como ela parece se sentir enquanto faz o comportamento.
5. Associação = agora ou ENTRE naquele você da tela ou TRAGA-O para dentro de você para
poder SENTIR como você se sente fazendo o comportamento e verifique se realmente é o que
você quer.
6. Ponte ao Futuro = se você tanto de fora quanto associado achar que é o que você quer,
imagine-se agindo em uma situação no futuro onde este comportamento é adequado.
Bibliografia :
Mude sua Vida com PNL! Programação Neurolinguística
Com a Apresentação de Robert Dilts "Co-Criador da PNL"
Epelman, Deborah
https://www.lojafunarte.com.br/exibeproduto_fra.asp?IDProduto=8687
São Paulo
2001
Pág. 55 e 56
Palavras Processuais
Ao longo do tempo, só temos consciência de uma pequena parte de nossa experiência.
Enquanto lê esta frase, você pode estar atento aos sons à sua volta, à temperatura ambiente, às
letras do texto, ao gosto em sua boca, ou à qualidade do ar que respira. É provável que você
tenha prestado atenção a cada aspecto que foi sendo sugerido aqui e que antes disto não
estivesse atento a todos eles.
Isto acontece porque nós não prestamos atenção a tudo e durante o tempo todo. A consciência
humana é um fenômeno limitado. Nós selecionamos parte da experiência e omitimos o que
resta. E esta seleção é determinada por nossas capacidades sensoriais, motivações atuais e por
aprendizagens ocorridas na infância.
Se estamos atentos a um programa de TV, é provável que não prestemos atenção aos demais
sons existentes no ambiente, mesmo quando alguém nos pergunta algo. Isto porque nossa
motivação dirige e concentra nossa atenção.
Se uma mãe diz a uma criança: "Amo você, meu filho", mas com uma expressão de desdém,
cerrando os dentes e os punhos, em qual das duas mensagens a criança acredita? É bem
provável que ela dê mais atenção à parte visual da experiência, ou seja, que confie no que vê,
muito mais do que no que ouve, e leve consigo esta aprendizagem para toda a sua vida. É desta
forma que as pessoas aprendem a privilegiar a parte visual, auditiva ou cinestésica da
experiência.
Como ouvintes, podemos discernir qual a parte da experiência de uma pessoa que está sendo
representada em sua linguagem verbal prestando atenção às palavras processuais, aos
predicados utilizados: adjetivos, verbos e advérbios.
- Eu quero comprar um carro que seja confortável, em que eu me sinta muito bem, e que seja
macio para dirigir.
- Pois não, senhor. Acabo de ter uma idéia brilhante. Eu imagino que o senhor gostaria muito
de um carro de estilo jovem, como este aqui. Veja que linda cor...
É bastante provável que a venda não se efetue. É como se o cliente e o vendedor estivessem
falando línguas diferentes. O cliente fala usando predicados que indicam que ele está num
acesso cinestésico de sua experiência ("confortável", "sinta", "macio"), e também que ele
privilegia critérios cinestésicos ao comprar um carro. Já o vendedor responde utilizando
palavras processuais (predicados) visuais ("brilhante", "imagino", "estilo jovem" , "veja",
"cor"). O cliente está pedindo uma coisa e o vendedor está lhe mostrando outra.
Isto acontece também com casais. Se a mulher usa predominantemente o canal sensorial
auditivo e o marido o visual, ela poderá se queixar: "Meu marido não me ama. Ele nunca diz
que me ama". E neste caso, o marido não diz porque para ele não é importante dizer, mas
mostrar, visualmente, que ama a esposa, talvez levando-a a passeios, trazendo-lhe flores. O
marido poderá ter a mesma queixa em relação à esposa porque ela não demonstra
(visualmente) que o ama. Para o marido, não é importante que ela diga, mas que ela mostre que
o ama (talvez deixando a casa mais bonita, cuidando de sua própria aparência ou preparando-
lhe pratos que sejam visualmente atraentes).
Cada palavra processual usada (visual, auditiva, cinestésica) indica que a experiência interna
daquele que fala está sendo representada num determinado sistema sensorial. O uso habitual de
uma categoria de palavras processuais em detrimento de outra é indicativo de um sistema
representacional primário. Este é o que é mais desenvolvido e usado com mais freqüência do
que outros. Resultará no fato de que o indivíduo perceberá o mundo primordialmente através
deste sistema.
Predicativos que não apontam nenhuma das partes da experiência (visual, auditiva, cinestésica)
são chamados de inespecíficos. Isto é, não indicam como o processo está sendo representado.
E qual a utilidade em saber o sistema sensorial predominante de uma pessoa? A utilidade está
diretamente relacionada à capacidade de relacionar-se com alguém de modo eficaz. Significa
saber "falar a mesma língua" que o outro. Significa saber compreender e se fazer
compreendido.
O ideal seria que todos nós tivéssemos todos os canais sensoriais igualmente desenvolvidos.
Isto poderia ser comprovado através do uso equilibrado das palavras processuais, sem que
houvesse predomínio de uma classe sobre outra. Em geral, não é isto que acontece com a
maioria das pessoas.
Todavia, é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Sugerimos para isto a seguinte
experiência: reserve um dia da semana para treinar cada canal sensorial. Por exemplo, às
segundas-feiras, proponha-se a treinar seu olfato. Neste dia, esteja disposto a ampliar sua
capacidade olfativa e a sentir o maior número possível de odores. Faça o mesmo com o paladar
e com os canais cinestésico (sensações: quente, frio, áspero), auditivo e visual.
E para saber qual é seu canal sensorial predominante, conte as palavras processuais que você
utiliza ao escrever um texto neutro, ou seja, um texto que não se refira especificamente a
experiências apenas visuais (um texto que falasse sobre fotografia, por exemplo), auditivas
(um concerto) ou cinestésicas (a comida de seu restaurante favorito).
Se em seu texto existirem mais palavras auditivas, isto quer dizer que seu canal auditivo é mais
desenvolvido e utilizado em relação aos demais. Quer dizer que você dá preferência à parte
auditiva das situações. E as palavras processuais menos utilizadas, aquelas que você usou em
menor número em seu texto, correspondem ao canal menos utilizado e que poderia ser mais
explorado.
Há pessoas que são tão visuais que são capazes de falar durante meia hora sobre um almoço
delicioso usando apenas palavras visuais (Falando sobre a beleza dos pratos, da louça, dos
talheres, etc.).
Já outras, são mais cinestésicas e estão sempre dizendo "Eu sinto...". Geralmente são pessoas
que gostam de tocar nas demais, gostam de abraçar.
Pessoas predominantemente auditivas dizem muito "E então eu disse... Daí ele falou... Eu falo
que isto não dá certo!"
E você? Já sabe qual é sua predominância? Ou você é uma dessas raras pessoas que são
equilibradas quanto ao uso dos canais sensoriais?
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.
Como descobrir a intenção positiva da criança
A ser usado quando a criança se "comporta mal" - correndo o risco de se ferir, machucar
alguém ou de cometer um ato de vandalismo.
O apresentador diria: "Senhoras e senhores, para ter sucesso na vida, uma pessoa só precisa ter
em mente três coisas."
"Primeiro, saber o que quer. Ter uma idéia clara do objetivo desejado em qualquer situação."
"Terceiro, ter flexibilidade para continuar mudando até conseguir o que quer."
RESULTADO
ACUIDADE
FLEXIBILIDADE
No seu primeiro livro, A estrutura da magia - Volume I, Richard Bandler e John Grinder
(Criadores da Programação Neurolingüística), nos falam sobre esta primeira premissa:
"Na história da civilização vários pessoas já expressaram esta idéia - a de que há uma diferença
irredutível entre o mundo e a nossa experiência sobre ele. Nós, seres humanos, não agimos
diretamente no mundo. Cada um de nós cria uma representação do mundo em que vivemos -
isto é, criamos um mapa ou modelo que usamos para determinar o nosso comportamento. A
nossa representação do mundo define em grande parte como será a nossa experiência do
mundo, de que forma perceberemos o mundo, que escolhas teremos à nossa disposição
enquanto vivermos nesse mundo... Não existem dois seres humanos que tenham exatamente as
mesmas experiências. O modelo que criamos para nos guiar no mundo baseia-se nas nossas
experiências. Portanto, cada um de nós pode criar um modelo diferente do mundo que
compartilhamos e assim vivenciar uma realidade de certa forma diferente."
"Os processos que ocorrem dentro do ser humano e entre os seres humanos e o ambiente em
que vivem são sistêmicos. Nosso organismo, as sociedades em que vivemos e o nosso universo
formam uma ecologia de sistemas e subsistemas complexos que interagem e influenciam-se
mutuamente. Não é possível isolar totalmente uma parte do sistema. Tais sistemas baseiam-se
em alguns princípios 'auto-reguladores' e naturalmente procuram estados de equilíbrio
perfeitos, ou homeostase."
O que é Rapport ?
Rapport é harmonia, é estabelecer sintonia, confiança com as pessoas com quem estamos nos
comunicando. E portanto, é encontrar e comunicar-se com essa pessoa dentro do seu mapa
representativo da realidade exterior, isto é, ter a acuidade sensorial para reconhecer como é o
modelo subjetivo das experiências dessa pessoa e de como este modelo é formado dentro dela,
comunicando assim, no ritmo dela, e nos processos internos que constitui este mapa. É como
se falasse a mesma linguagem da pessoa, no mesmo ritmo e na mesma sequência estratégica
que esta pessoa tem para formar as suas experiências subjetivas.
Rapport é a habilidade de entrar no mundo de alguém, e fazer este alguém sentir que você o
entende, que vocês têm um forte vínculo comum e um relacionamento de compreensão. É a
habilidade de ser o mapa do mundo para o mapa dele. É a essência da comunicação bem-
sucedida.
Você pode ter algo muito importante para dizer a alguém ou pode ser a comunicação mais
adequada no momento para se dizer, no entanto, se não tiver criado um clima de simpatia e de
confiança, a sua comunicação será algo ineficaz.
Criar um clima de confiança e de aceitação por parte das pessoas potencializa a sua
comunicação.
Bibliografia :
Magia da mente em ação
Chung, Dr. Tom
São Paulo
Double Tree Editora
1991
Pág. : 60, 61 e 93
Virginia Satir em The new peoplemaking escreveu :
Os seres humanos têm uma natureza superior.
Reimpressão (Reimprint)
Uma impressão (imprint) ocorre quando um indivíduo passa por uma experiência significativa,
à qual associa forte emoção e a partir dela forma uma ou mais crenças.
Para a PNL, o que importa não é o conteúdo da experiência, mas sim a crença ou impressão
gerada a partir da mesma. Dito de outra forma, importa o significado que o indivíduo atribuiu à
experiência, as conclusões a que chegou.
O conceito de impressão foi proposto por Konrad Lorenz, que estudou o comportamento dos
patos no momento em que saíam do ovo. Neste momento, eles imprimiam a figura materna, de
forma que o que quer que fosse que se movesse, e que estivesse perto no momento em que
saíam do ovo, passava a ser seguido e "se tornava" a mãe dos patinhos.
Lorenz verificou que os patinhos "imprimiram" as botas que ele usava no momento em que
saíram do ovo. Os patinhos passaram então a segui-lo. Ele tentou apresentá-los à mãe-pata,
mas eles a ignoravam e continuavam a segui-lo.
Timothy Leary estudou o fenômeno da impressão nos seres humanos e descobriu que estes
possuem um sistema nervoso mais sofisticado que o dos patos, e por este motivo o conteúdo
das impressões poderia ser acessado e reprogramado (reimpresso).
As impressões podem ser experiências "positivas", que geram crenças úteis, ou experiências
traumáticas, que conduzem a crenças limitantes. Na maioria das vezes, elas incluem pessoas
significativas, que inconscientemente podem ter servido de modelo.
A diferença entre uma impressão e uma lembrança ruim, tal como uma fobia, é que na
impressão associa-se uma crença à lembrança, em geral uma crença de identidade ( do tipo "eu
sou": fraco, forte, capaz, incapaz, etc.).
O indivíduo não poderá apagar os fatos que compõem a sua história, mas poderá mudar seu
ponto de vista a respeito deles. Seria como reviver aquela experiência só que agora levando
consigo toda a vivência e os recursos obtidos ao longo dos anos.
Como Mudar
Todos as conquistas pessoais começam com uma mudança nas convicções. Sendo assim,
como mudamos ? O meio mais eficaz é fazer seu cérebro associar uma dor maciça à antiga
convicção. Você deve sentir lá no fundo que não apenas essa convicção lhe custou dor no
passado, mas também está custando no presente, e vai lhe custar no futuro. Depois, associe um
tremendo prazer à idéia de adotar uma convicção nova e fortalecedora. Este é o padrão básico,
que analisaremos muitas e muitas vezes, para criar mudança em nossas vidas. Lembre-se: não
podemos esquecer que tudo o que fazemos é por necessidade de evitar a dor ou pelo desejo de
obter prazer, e se associarmos bastante dor a qualquer coisa, vamos mudá-la. O único motivo
para termos uma convicção sobre qualquer coisa é o fato de vincularmos uma dor maciça a não
acreditarmos.
Bibliografia :
Desperte o Gigante Interior
Robbins, Anthony
Editora Record
Rio de Janeiro
1993
pág. 91
PNL
A Programação NeuroLingüística (PNL) é a arte e a ciência aplicada da excelência humana.
Utiliza-se de um conjunto de procedimentos específicos de comunicação verbal e não verbal
que levam o indivíduo à uma maior harmonia com o meio e consigo mesmo.
Neurologia : através do sistema neurológico existe a ligação entre o cérebro e os demais órgãos
dos sentidos do nosso corpo.
Lingüística : a nossa comunicação, seja em pensamento, seja com os outros, é feita através da
linguagem verbal e não verbal.
O ser humano não vive no território que o cerca ( "Realidade" ), mas sim, na representação
interna ("Mapa da Realidade") que ele tem desse território. Portanto, um problema nunca é o
fato em si, e sim, o significado atribuído a esse fato, pela mente da pessoa.
As pessoas não reagem à realidade em si mesma, mas sim, ao que elas representam
internamente de suas experiências, aos seus "Mapas da Realidade".
"Se você continuar a fazer o que está fazendo, vai continuar a obter os mesmos resultados.
Se você quer mudar os resultados, mude o que está fazendo."
Isto pode ser feito da seguinte maneira: em vez de nos perguntarmos: "Por que isto aconteceu
comigo ?" devemos dizer: "Ok, aconteceu. O que eu posso fazer de bom agora ?"
Pessoas reativas acham que suas emoções e comportamentos se devem a uma causa externa.
Pois estas são as pessoas que têm o dom de transformar as dificuldades em oportunidades !
Bibliografia :
Há pessoas para as quais um pequeno contratempo significa uma catástrofe e outras que
conseguem não se abalar em demasia diante de fatos realmente desagradáveis. A diferença
entre ambas está na maneira pela qual representam as situações, no ''filme" que vêem em sua
imaginação.
Imagine duas mães esperando seus filhos à noite. Eles estão atrasados e já é tarde. A primeira
imagina o seguinte "filme": Ela vê um acidente e o filho todo sujo de sangue, à morte. Ou
então imagina que ele foi seqüestrado, o vê em poder de perigosos assaltantes, sendo torturado.
Esta mãe então começa a ficar ansiosa e apavorada. Já a segunda mãe imagina o filho se
divertindo com os amigos. Talvez ele esteja num cinema ou numa festa. Conseqüentemente,
ela fica tranqüila até que o filho chegue (ou pelo menos não fica apavorada).
Perceba que nenhuma delas sabe o que realmente aconteceu ao filho e cada uma imagina um
tipo diferente de ''filme", que não é real, mas tem o poder de determinar como elas vão se
sentir.
Assim também acontece conosco, no dia-a-dia. Se você está num estado interno ruim (se está
ansioso, deprimido, etc. ), mude o "filme" que está vendo em sua imaginação e o seu estado
interno também mudará.
Tudo pode ser visto e entendido sob vários ângulos. E então o leitor poderá se perguntar se isto
não é o mesmo que se iludir, que negar os fatos, negar a realidade. Nós então lhe diríamos que
também a realidade é um conceito relativo. Como saber se algo é de fato real?
Para exemplificar o que dissemos acima sobre realidade, citaremos os críticos de cinema.
Quantas vezes você já não se surpreendeu achando horrível um filme que a crítica elogiou? O
inverso também costuma ser freqüente: a crítica diz que aquele filme que você adorou é
péssimo! E a pergunta que se faz então é. Quem está com a razão? O filme na realidade é bom
ou ruim? A resposta seria: Depende. Depende dos critérios e do ponto de vista adotados.
Talvez sob o ângulo da originalidade, da direção, dos atores, o filme seja ruim, mas sob o
ângulo da diversão que ele lhe proporcionou, das gargalhadas que ele provocou, ele seja
excelente.
Realidade é algo sobre o que duas ou mais pessoas concordam. Desta forma, se algumas
pessoas vêem no céu uma luz e concluem que se trata de um disco voador, isto é real para elas.
Pode não ser real para você, que está presente no local da aparição e acredita que aquela luz no
céu é apenas um avião.
Sempre que você ouvir alguém afirmar que algo é péssimo, bom, feliz, infeliz, real ou irreal,
questione: Do ponto de vista de quem? Comparado com quê?
Os "filmes" que vemos em nossa imaginação têm ainda a característica de serem dirigidos por
nós. Somos nós quem escolhemos as cenas que vão compô-lo. Numa situação difícil, é você
quem escolhe se focaliza a dificuldade ou as possíveis saídas. Ou ainda, qual parte da situação
é mais importante para você. Como a mãe que comenta com a filha sobre um pretendente
desta: "Minha filha, ele é feio, mas é tão rico!" E a filha responde: "Sim, mamãe, ele é rico,
mas é tão feio."
As perguntas que você se faz determinam qual a parte da experiência que você vai focalizar e
também como vai se sentir. Se você se pergunta "Por que comigo nada dá certo?" sua mente se
esforçará para encontrar uma resposta, mesmo que precise "fabricar" uma. Agora, se você se
perguntar "O que eu posso fazer para conseguir o resultado que desejo?" as respostas indicarão
alternativas.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.
"Em todo tipo de arte existem níveis de habilidades que a pessoa tem que possuir e, uma vez
aprendidas as habilidades necessárias, você conhece as funções, e quando você conhece as
funções, você pode misturá-las e então temos a arte. Portanto, à medida que você caminha para
além da técnica, você se move em direção à arte, porque você se move em direção da ecologia,
para a representação profunda e para múltiplas representações ..."
Judith DeLozier
"Para nos comunicarmos efetivamente, devemos compreender que somos todos diferentes na
maneira como vemos o mundo, e usar este entendimento como guia para nossa comunicação
com os outros."
Anthony Robbins
Como podemos deixar as pessoas num estado melhor do que quando as encontramos
Sugerimos a seguinte experiência: observe atentamente os objetos de cor verde que existem no
local onde você está. Agora responda: quantos objetos azuis existem neste local? As perguntas
que nos são feitas direcionam o foco da nossa atenção. Como se esta fosse um farol que
ilumina apenas o local para onde é apontado. Por exemplo, você está consciente da sensação
em suas mãos neste momento? É provável que agora esteja, porque direcionou sua atenção a
elas. Imagine dois amigos conversando num restaurante. Um deles diz:
- Você reparou nas cores das paredes? Que mau gosto, não acha?
- Sabe que eu nem tinha visto...
- E o uniforme do garçom, então...
- O que há com ele?
- Está enorme, deve ser uns dois números maior que o dele.
- É. Pode ser.
- Este molho não está com um gosto estranho?
- Como assim?
- Sei lá... Acho que não vou comer.
- Não percebi nada.
- Comida apimentada como esta não lhe dá azia?
- ...
As perguntas que nos são feitas direcionam não só a nossa atenção mas também a maneira
como nos sentimos num dado momento. Com pessoas como a do exemplo citado, há que se ter
firmeza e determinação para não voltar do almoço com azia e com a impressão de ter ido ao
pior restaurante do mundo.
Dois cuidados são necessários neste aspecto. Primeiro, cuidado com o que você anda
focalizando em relação à vida. Se você focalizar apenas defeitos, maldade, desgraças e pontos
negativos, você os encontrará em profusão. É como diz o ditado: "Quem procura, acha".
Como aquela pessoa que foi mandada a Paris para fotografar cenas de violência urbana. Ao
voltar de lá, perguntaram-lhe o que ela havia achado da culinária francesa, da arquitetura, dos
museus, etc., ao que ela não soube responder, pois havia focalizado apenas a violência.
Há pessoas que são capazes de achar horríveis lugares maravilhosos. Por outro lado, há
também pessoas que se encantam com lugares simples e singelos. Tudo depende do que se
busca, do que se observa quando se olha para algo.
O segundo cuidado que se deve ter é com relação às perguntas que fazemos às pessoas.
Devemos nos lembrar de que nossas perguntas têm o poder de dirigir a atenção do outro para
aquilo que lhe estamos sugerindo.
Imagine que você conhece alguém que um dia você viu passar por um grande vexame (ele
escorregou e caiu, ou bebeu demais numa festa). Toda vez que o encontra, você não consegue
deixar de lhe perguntar: "Lembra-se daquele dia?" de forma que, depois de um certo tempo, só
o fato de vê-lo já é suficiente para que ele se sinta mal.
Num outro exemplo, uma pessoa diz: "Nossa, como você está pálido! Você está doente?" Ou
então: "Você está preocupado com alguma coisa? Você está triste?" Para poder responder a
perguntas como estas, a pessoa precisará verificar como se sente e se perguntará: "Eu, triste?
Deixe-me ver...É, eu estou um pouco aborrecido porque estou sem dinheiro". Perceba que é
possível que ela estivesse bem até então, que não estivesse pensando na falta de dinheiro, mas
o fato de alguém tê-la lembrado disto foi suficiente para mudar seu estado interno.
Melhor seria se nós sempre deixássemos as pessoas num estado interno mais agradável do que
quando as encontramos. Há pessoas que já fazem isto conosco, inconscientemente, sem que
nem se dêem conta disto, pois a repetição, a prática, automatiza esta estratégia. São pessoas
que gostamos de encontrar, que nos deixam com um sorriso no rosto quando vão embora.
Como elas fazem isto?
Inicialmente, observa-se que estas pessoas procuram perguntar apenas sobre os assuntos que
sabem que deixam o outro feliz, motivado, curioso, orgulhoso, etc.. Também, são pessoas que
sabem observar e buscar interesses em comum. Por exemplo, J. adora cinema e encontra S.,
que é um expert em filmes de suspense. J. aproveita então para pedir-lhe algumas indicações e
os dois conversam animadamente sobre o assunto. J. também adora pescar, de forma que ao
visitar uma ilha de pescadores, tem muito o que conversar com os habitantes da ilha.
Pode-se notar que é necessário possuir flexibilidade de comportamento, que significa ser capaz
de variar o próprio comportamento para se adaptar às várias situações e pessoas. Além disto, é
necessário também ter interesses variados, ou pelo menos curiosidade a respeito das coisas que
não se conhece.
Sendo um bom observador, não é difícil perceber o que motiva a vida de alguém atualmente.
Se uma pessoa está muito empolgada com seu novo emprego, apreciará que lhe perguntem
sobre ele. Mas se ela está insatisfeita, fazer-lhe perguntas sobre ele poderá deixá-la num estado
ruim (que poderá ser constatado pela simples observação de sua linguagem não verbal: a
expressão de seu rosto, sua postura, seu tom de voz, etc.).
Sempre há algo positivo a ser lembrado sobre a vida de uma pessoa, algo de que ela sinta
orgulho, algo que a deixe feliz, apesar de às vezes ela não estar consciente disto (como você
não estava consciente da sensação em seus pés até este momento, após ter lido esta frase). Nós
então poderíamos dirigir o foco de sua atenção para estes aspectos positivos que até então
estavam inconscientes. E com isto a deixaríamos num estado interno muito melhor.
Estamos sugerindo aqui que todo relacionamento pode ser uma troca. Em todo relacionamento
é possível descobrir afinidades, interesses em comum, assuntos que interessem a ambas as
pessoas. Nós sempre poderemos aprender algo, quer nosso interlocutor seja um pescador, um
menino ou o Presidente da República. Basta saber procurar, lembrando-nos de que
encontramos aquilo que focalizamos.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.
O terceiro é que precisamos ter experiências sensoriais suficientes para reparar quando
tivermos obtido as respostas desejadas.
Se você conta com esta três habilidades, então só precisa alterar seu comportamento até
alcançar as respostas que quer.
Bibliografia :
Imagine uma criança que finge estar com dor de barriga para não ir à escola. Provavelmente,
ela está tentando se proteger de algo (uma prova, uma briga) ou buscando algum ganho
(assistir T.V., jogar futebol). Para resolver o impasse, o primeiro passo é conhecer qual é a
intenção positiva que está por trás do comportamento da criança. Conversar com ela para saber
o que ela ganha se ficar em casa e o que poderia perder se fosse à escola. Imagine que a criança
afirma que não quer ir à escola porque alguns colegas prometeram bater nela. Neste ponto,
poderíamos lhe dizer algo como: "Entendo que você não quer apanhar. É muito ruim apanhar".
(Dizendo isto, estamos mostrando à criança que reconhecemos a intenção positiva de seu
comportamento e que damos valor a ela). "E o que você poderia fazer para poder ir à escola e
não apanhar?" (Aqui estamos buscando alternativas com a criança).
Reconhecer a intenção positiva, dar valor a ela e buscar alternativas. Esta seqüência pode
resolver a maioria dos problemas entre as pessoas, desde a briga entre um casal, até problemas
com funcionários, com filhos, alunos, etc. Talvez um dia, quando formos capazes de
reconhecer a intenção positiva que existe no comportamento de todas as pessoas, nós sejamos
realmente capazes de amá-las.
Fica mais fácil entender o outro quando nos colocamos em seu lugar, olhamos a situação com
os olhos dele e conhecemos o porquê dele fazer o que faz. Desta forma, é possível desaprovar
o comportamento de uma pessoa mas ainda assim continuar gostando dela. Agindo assim,
diríamos que alguém "está" (chato, agressivo, desanimado, etc.), mas não que "é". Separamos a
pessoa, seu valor, de seu comportamento.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.
Pedagogia do Amor
Encerramos o artigo anterior com a pergunta: "Se eu não me criticar, se eu parar de ficar me
questionado sobre o que deveria fazer, como vou melhorar, crescer como pessoa?" Para
responder esta pergunta, analisaremos o que acontece com as crianças.
A cada vez que se diz a uma criança: "Você não deveria (fazer ou sentir algo), é como se lhe
fosse dito: "Se você for você mesma, ninguém vai gostar de você, pois você é muito má. Mas
se você se esforçar e for diferente, então poderá encontrar pessoas que gostem de você".
Isto é uma violência contra a criança, talvez comparável a um assassinato. Está-se dizendo à
ela para eliminar aquele "eu" (que é ela mesma) e construir um novo em cima. E ela seguirá
pela vida profundamente infeliz, tentando fabricar um "eu" que agrade às pessoas, ou então
assumindo uma identidade que corresponda àquele monstro que um dia disseram que ela era,
tornando-se uma pessoa de difícil convivência, ou até mesmo um delinqüente.
Há muitas pessoas que optaram pelo caminho da marginalidade porque não conseguiram
construir aquele "eu" que agradaria às pessoas. Talvez ninguém as odeie mais do que elas
mesmas. Foi em virtude de muitos DEVERIAS, aos quais elas não conseguiram corresponder,
que elas chegaram aonde estão. Elas se sentem tão em débito com esses deverias que é como
se imaginassem uma dívida que jamais conseguirão saldar, pois a cada dia ela aumenta - a cada
dia elas acrescentam algo que deveriam/não deveriam ter feito.
Uma outra maneira de educar as crianças é através do que chamarei de Pedagogia do Amor. E
do amor incondicional. Aquele que não espera que o outro mude para começar a amá-lo.
Aquele que não diz que a criança deveria ser diferente, mas que valoriza todos os seus
sentimentos, comportamentos, iniciativas. Aquele amor que não tem a intenção de ter nenhum
tipo de controle sobre a criança, que não quer manipular suas reações e comportamentos e
moldá-los de acordo com um padrão, ou de acordo com um objetivo que não foi traçado por
ela.
Aquele amor que permite que ela simplesmente SEJA ELA MESMA. Que "deixa o rio correr",
sem apressá-lo. Que acompanha o fluir livre e leve da criança. Que jamais diz que ela não
deveria sentir raiva de alguém, mas que procura compreender seus sentimentos e ensiná-la que
quando não se luta contra os mesmos, eles passam por nós bem mais depressa. Deixar o rio
correr... Sempre...
Ensiná-la a reconhecer que todo comportamento tem uma intenção positiva. Se ela aprender a
reconhecer isto em si mesma, terá muito mais facilidade em reconhecê-lo nos outros. Se ela
aprender a ser compreensiva e paciente consigo mesma, também o será com as demais pessoas.
Se ela está sentindo inveja de alguém, ajudá-la a reconhecer que provavelmente ela tem dentro
de si uma parte (um "lado") que acredita que ela também merece ser como aquela pessoa, ou
ter o que ela tem, e que não há nada de errado nisso. Se ela está com raiva de alguém que
brigou com ela, talvez seja porque possui uma parte que acha que ela merecia ser tratada de
uma maneira melhor. E assim por diante. Não é difícil saber a intenção positiva de nossas
partes internas e aprender a valorizá-las.
Mas talvez você, leitor, esteja dizendo: "Ótimo, entendi o que você disse em relação às
crianças. Mas o que eu faço comigo? Com os meus DEVERIAS?"
Sugiro que você imagine uma criança bem pequena, indefesa, que estivesse sofrendo em
virtude dos mesmos DEVERIAS que você, que estivesse passando por dificuldades
semelhantes às suas. O que você faria com esta criança? O que você diria a ela? Você diria a
ela novos DEVERIAS? Você seria tão severo com ela como provavelmente é consigo? Você a
ameaçaria? Você diria a ela algo como: "Se você não emagrecer, eu não levo você à praia"?
Acredito que você gostaria de conversar com ela, de tratá-la com carinho, compreensão, talvez
de tomá-la nos braços, abraçá-la, confortá-la, dizendo-lhe coisas animadoras.
Geralmente, por mais severos que tenham sido nossos pais, a tendência é que sejamos mais
severos conosco do que eles o foram, e um pouco mais compreensivos e benevolentes em
relação aos filhos.
Por este motivo, sugiro que você faça com você o que faria com a criança que citei acima.
Releia o texto e empregue as sugestões consigo mesmo. Imagine que dentro de você há uma
criança e que você terá de cuidar dela pelo resto de sua vida. Você escolhe: ou você vai ser um
repressor que controla, critica, diz DEVERIA a toda hora, ou você vai procurar fazê-la feliz,
diverti-la, amá-la.
Só conseguimos amar, entender, aceitar as outras pessoas quando somos capazes de fazer tudo
isso conosco. Quem não consegue aceitar o comportamento de alguém, quem não consegue
gostar de alguém, certamente descobrirá que não consegue aceitar a si mesmo, talvez até não
aceite em si aquele mesmo comportamento que não aceita no outro.
É um fato que você poderá constatar: quando paramos de lutar CONTRA nós, contra nossos
sentimentos, desejos, quando passamos a ser A FAVOR de nós mesmos, o mundo responde da
mesma maneira. A sua vida é o reflexo daquilo que acontece dentro de você. Se você não gosta
de si mesmo, se você não se aprova, não se trata com carinho e respeito, não espere que os
outros o façam. É o que se chama de AUTO-ESTIMA.
Para isso, você poderá começar a aprender a substituir o DEVERIA pelo EU PREFIRO, EU
ESCOLHO, EU APRECIO, EU ME PERMITO.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.
Eu deveria ...
A Programação Neurolingüística, como o próprio nome diz (Lingüística), estuda como a
linguagem influencia nosso modo de perceber o mundo. Em outras palavras, ela nos mostra
que de acordo com as palavras que usamos, perceberemos o mundo de uma determinada
forma, classificaremos as informações que nos chegam pelos cinco sentidos (Neuro) de uma
determinada maneira.
Duas pessoas percebem um mesmo acontecimento de formas diferentes, pois cada uma delas
usa um tipo de filtro (ou de lente) para observar o fato. Este filtro é constituído pelas palavras,
pelo vocabulário.
Imaginando que o vocabulário é um imenso arquivo de pastas e que cada pasta é uma palavra,
uma pessoa poderá arquivar a experiência "está chovendo agora" na pasta das alegrias, e uma
outra pessoa poderá arquivá-la na pasta dos aborrecimentos. A chuva é a mesma, mas cada
uma a percebe de uma forma. Para uma delas a chuva poderia ser classificada como uma
tempestade e para a outra, como uma chuva fraca.
Através de uma análise das palavras e dos tipos de construção de frases mais usados por uma
pessoa, é possível saber muito sobre ela, tal como num teste de personalidade.
E se uma pessoa modificar as palavras e frases que usa com mais freqüência, a partir de um
questionamento das mesmas, modificará a maneira como vê o mundo, as pessoas, a maneira
como se sente e se comporta.
Quando alguém nos pede esmola na rua e nós não damos, às vezes ficamos pensando coisas
como: "Eu DEVERIA ajudar o próximo". Ou então quando alguém fica magoado com algo
que dissemos, ficamos nos culpando com frases do tipo "Eu DEVERIA ter ficado calado".
Na maioria das vezes a palavra DEVERIA está relacionada a culpas que nos foram incutidas
desde quando éramos bem pequenos.
Quando você diz que DEVERIA (fazer, pensar, sentir) alguma coisa, é como se estivesse
afirmando a si mesmo que você não DEVERIA ser você mesmo, que ser você mesmo é muito
perigoso e que não deve jamais confiar em seus sentimentos, crenças e intenções.
Que você DEVERIA ser uma outra pessoa, tal como quando se derruba uma casa para
construir outra melhor em seu lugar.
Pessoas que utilizam com muita freqüência a palavra DEVERIA costumam dar muito valor à
opinião que os outros têm dela. São capazes de passar por cima de si mesmas para não
desagradarem as demais. O que os outros pensam e acham a respeito delas costuma ser mais
importante do que aquilo que elas mesmas pensam a respeito de si próprias.
Entretanto, só se pode dar o que se tem. Você não oferece às visitas que vieram para o jantar
uma bebida que você não tem em casa. Da mesma forma, você só pode ser verdadeiramente
você mesmo com as demais pessoas.
Se você diz: "Ah! Mas eu DEVERIA ter ficado quieto, não DEVERIA ter dito aquilo...",
reflita que, provavelmente, se tivesse ficado quieto, não teria sido você. Talvez teria sido um
ator e representado um papel.
Os tímidos costumam ter muitos deverias. Às vezes, são pessoas tão exigentes consigo mesmas
a ponto de jamais admitirem errar. Então acabam ficando inseguros sobre a melhor forma de
agir, que nunca é a deles mesmos. Estão sempre se esforçando ao máximo para serem melhores
do que são. Não ficam à vontade nunca porque estão sempre estudando o que deveriam fazer.
E têm concepções idealizadas e irreais sobre as características que procuram reproduzir, ou
seja, têm objetivos tão altos que provavelmente são impossíveis de se alcançar.
A educação, recebida tanto em casa como na escola, igreja, etc., contribuiu para a
disseminação dos deverias quando difundiu a crença de que as crianças são seres primitivos,
quase como animais selvagens que precisam ser domesticados. Que emoções como raiva,
ciúme, dentre outras, são "ruins", e devem ser combatidas, dominadas e eliminadas. E em seu
lugar, as pessoas deveriam se esforçar para ter apenas "sentimentos bons". E principalmente,
quando procurou uniformizar os comportamentos das pessoas, moldá-los de acordo com uma
norma ou padrão.
Foi assim que aprendemos a lutar contra nós mesmos. Nos tornamos nosso próprio inimigo ou
repressor. Aprendemos a ter força de vontade, o que em muitos casos significa ser capaz de
vencer a si mesmo. Aprendemos a ser tão severos conosco como o foram talvez nossos
professores, pais e familiares.
Mas como diz aquela frase, "Não importa o que fizeram de mim. Importa é o que eu vou fazer
com o que fizeram de mim". Temos escolha. Podemos mudar.
Em relação à palavra DEVERIA, podemos nos questionar a cada vez que a usamos. Como no
exemplo, "Eu deveria ter ficado calado", podemos nos perguntar: "O que aconteceria se eu
ficasse calado?" Talvez a resposta seja algo como "A outra pessoa não teria ficado magoada,
porém eu não teria sido espontâneo, verdadeiro".
Podemos nos perguntar também: "Por que eu deveria ter ficado calado?" A resposta a um
porquê geralmente é uma crença. E questionar nossas crenças é um processo de atualização,
afinal, muitas delas foram adquiridas quando não tínhamos idade suficiente para entendê-las e
julgá-las.
"Eu deveria ter ficado calado porque é errado uma pessoa dizer o que sente". Podemos nos
perguntar então: "É errado do ponto de vista de quem?" "De acordo com quem?"
Quando valorizamos aquilo que somos, quando nos apoiamos, quando gostamos de nós
mesmos, criamos um ambiente positivo ao nosso redor, como se fosse um campo de energia
positiva, que por sua vez atrai coisas positivas, bons relacionamentos, etc.
Da mesma forma, quando nos criticamos e nos reprimimos, criamos um ambiente negativo, e
provavelmente atrairemos problemas e relacionamentos complicados.
Quando você se valoriza, você está valorizando seus próprios sentimentos, seu julgamento
interno, sua "voz interior", sua intuição. Você está centrado em si mesmo.
Quando você se critica, o seu centro está fora de você, talvez esteja nas pessoas à sua volta.
Então você pergunta: "Mas se eu não me criticar, como vou melhorar como pessoa, como vou
progredir?"
Estratégias Mentais
Estratégia é a maneira como a pessoa organiza seus pensamentos e comportamentos para levar
a cabo uma tarefa. As estratégias sempre visam um objetivo positivo(*). Elas podem ser
acionadas ou desligadas pelas nossas crenças. Para ter sucesso numa tarefa, você precisa
acreditar que pode fazê-la. Caso contrário, você não se empenhará completamente nela. Você
também precisa acreditar que merece aquilo que deseja e estar disposto a dedicar um certo
tempo à prática ou à preparação. Finalmente, é necessário acreditar que a tarefa vale a pena.
Ela deve despertar seu interesse ou a sua curiosidade.
...
Para compreender o que são estratégias, pense num mestre-cuca. Se você usar sua receita,
provavelmente será capaz de cozinhar tão bem quanto ele, ou pelo menos chegará a um
resultado muito próximo. Uma estratégia é uma receita bem-sucedida. Para fazer um prato
saboroso, é necessário conhecer três coisas básicas: os ingredientes, as quantidades de cada
ingrediente e a qualidade desses ingredientes. E também é necessário saber a ordem correta das
etapas. Faz uma grande diferença acrescentar os ovos antes, durante ou depois de ter colocado
o bolo no forno. A ordem que você segue para fazer uma coisa é muito importante, mesmo que
tudo aconteça em questão de segundos.
(*) Todos os comportamentos, mesmo que lhe pareçam estranhos ou condenáveis segundo seus
valores, têm um significado maior e uma intenção positiva quando analisados dentro do
contexto e da experiência da pessoa que os exibiu. Mesmo que não possamos aceitar,
inicialmente, esta intenção, podemos ter a capacidade de entendê-la. Esta é uma das mais
árduas tarefas de amadurecimento pessoal.
Bibliografia :
A omissão ocorre quando omitimos parte da informação recebida. É ela que, por exemplo, nos
permite prestar atenção no que uma pessoa está dizendo e ignorar todos os demais sons
existentes num local de muitos ruídos. Ou então, quando estamos bem humorados e não
prestamos atenção às pequenas contrariedades de nossa experiência, como por exemplo os
semáforos que estavam todos fechados, o trânsito lento.
A distorção é freqüente nos casos de mal-entendidos, em que uma pessoa disse ou fez uma
coisa e a outra pessoa percebeu algo completamente diferente. Ou também nas chamadas
"fofocas", em que um fato é aumentado ou deturpado.
A generalização também acontece nos casos de preconceito. Por exemplo, se uma pessoa teve
uma experiência negativa com um indivíduo de determinada raça, religião ou nacionalidade,
poderá generalizar achando que todos os indivíduos semelhantes no aspecto que está sendo
considerado (raça, religião, etc.) são iguais.
Após analisarmos os três processos através dos quais as informações são representadas,
podemos entender melhor por que dois indivíduos representam um mesmo fato de formas
diferentes e também por que o mapa não é o território que representa.
Nós sempre reagiremos às representações que fazemos das coisas (aos mapas) e nunca às
coisas propriamente ditas.
Convidamos o leitor a tomar qualquer experiência de que goste, como por exemplo saborear
um determinado tipo de alimento. Analisando minuciosamente por que gosta deste alimento,
verá que gosta dele porque faz imagens que são atraentes, enfatizando a cor, o brilho, incluindo
talvez a sensação da consistência, do contato do alimento com a boca, o cheiro, e
possivelmente associando tudo isso a emoções como felicidade, aconchego, alegria, festa, etc.
Tudo isto (imagem, associações com alegria, etc.) é representação. É da representação que
você gosta, e não propriamente do alimento. Você já deve ter observado que enquanto você
adora um alimento, outras pessoas o detestam. A representação que elas têm do alimento em
questão é bem diferente da sua. E se elas aprenderem a representá-lo da mesma maneira que
você, passarão a gostar dele!
Não é por acaso que as propagandas exploram estes aspectos em larga escala. Em geral, elas
contêm apelos aos cinco sentidos e uma ou mais associações a sentimentos de paz, sucesso,
felicidade, etc.
Nós aprendemos por repetição e rapidez. Portanto, uma associação feita rapidamente e
repetidas vezes, como é o caso da propaganda, tende a se estabelecer em nosso sistema
neurológio. Trata-se de um condicionamento.
O que dissemos acima também se aplica a experiências marcantes em nossas vidas, capazes de
influenciar nossa auto-imagem. Tomemos por exemplo o caso de duas crianças ridicularizadas
na escola por terem errado um exercício na lousa. A primeira associa à experiência uma grande
carga de emoção (vergonha, humilhação, incapacidade), representando a situação à sua
maneira (talvez com grandes imagens dos colegas rindo, com o som de suas gargalhadas mais
alto do que o som ouvido na realidade, etc.) . Já uma outra criança talvez nem se lembre do
fato depois de um certo tempo e não lhe atribua maior importância.
O que faz a diferença aqui é a maneira através da qual cada criança representa a situação, o
tipo de "etiqueta" que colocam ao organizarem seu arquivo de lembranças. Como já dissemos,
é à representação que reagimos e não à situação, ao fato real, e na representação entram os
processos de omissão, distorção e generalização. Portanto, é provável que a primeira criança
tenha omitido dados da experiência, tenha distorcido outros e que ela generalize o ocorrido a
todas as situações que envolvam os mesmos elementos (situações em que se exponha à opinião
alheia).
As técnicas da PNL visam dar um outro significado (ressignificar) ao ocorrido, já que não é
possível alterar os fatos. Visa ainda desfazer o condicionamento, a associação, através da
manipulação de aspectos específicos da representação da experiência (mudanças sutis nas
características da imagem, som, sensação/sentimento. etc.).
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.
"Se você se aflige com qualquer coisa externa, o sofrimento não é causado pela coisa em si,
mas por sua própria avaliação a respeito; e isso você tem o poder de revogar a qualquer
momento."
Marco Aurélio
Ressignificação
O que significa uma tempestade ? Algo ruim, se estivermos fora de casa sem uma capa de
chuva. Algo bom, se você for um fazendeiro e tiver passado por um período de seca. Também
pode ser uma má notícia se você tiver organizado uma festa ao ar livre; ou uma boa notícia se
seu time estiver perdendo e o jogo for suspenso. E como você reage a cada uma dessas
situações ?
Ressignificar é mudar essa moldura para vermos os mesmos acontecimentos sob uma outra
ótica. E quando o significado muda, as reações emocionais e os comportamentos
automaticamente também mudam.
Cada pessoa pode escolher o significado para sua vida ou para as coisas que acontecem ela.
Isto é o que se chama livre-arbítrio. E se não escolhermos conscientemente, alguém o fará por
nós, inconscientemente, e podemos acabar aceitando significados inadequados vindos de
outras pessoas.
O significado que damos aos acontecimentos são mais importantes do que os acontecimentos
em si. Portanto sempre devemos escolher o melhor significado, o que nos seja mais adequado e
útil , alterando nossas atitudes em relação a esses mesmos acontecimentos para vivermos uma
vida melhor, mais consciente e com mais liberdade.
Bibliografia :
Estados Internos
Você já passou pela experiência de estar em "maré alta"? Aquele dia ou período em que tudo é
bonito, as pessoas são gentis e você é feliz?
Você já passou por um dia em que nada dá certo? Aquele dia em que você "acordou com o pé
esquerdo"?
Você é a mesma pessoa nas duas situações. A diferença está no estado neurofisiológico em
questão - o estado interno.
A maioria de nossos estados internos acontece de forma automática - sem controle consciente -
porque estamos "acostumados" (programados) a reagir daquela maneira.
Você já percebeu como muda o seu estado interno quando você vê uma pessoa de quem não
gosta? Se você estava alegre, imediatamente aquela alegria é temporariamente interrompida
para dar lugar a um outro tipo de estado interno.
Uma outra experiência comum é estarem várias pessoas num domingo à noite, conversando
animadamente, quando então ouvem pela T.V. a música de abertura do Fantástico. É o anúncio
do final do domingo e do início de uma nova semana. Imediatamente alguns param de
conversar, ficam pensativos, outros desanimados. Este é um exemplo de como um estímulo
externo (a música) é capaz de alterar um estado interno.
Um estado interno é criado a partir da nossa representação interna e das condições e uso de
nossa fisiologia.
Imaginemos uma mulher numa festa. Ela se divertiu muito durante quatro horas. No último
minuto da festa, ela derruba um copo de vinho em sua roupa e sai arrasada. Quando lhe
perguntam se a festa estava agradável, ela responde que não, que foi horrível. Um minuto foi
suficiente para acabar com a representação interna formada em quatro horas. E por este
motivo, esta mulher mudou seu estado interno de alguém que estava se divertindo para alguém
que saiu arrasado.
Imaginemos agora uma esposa esperando pelo marido à noite. Ele está atrasado. Mas a esposa
está num estado interno tranqüilo, despreocupado, e por isso o atraso do marido não a
preocupa. Em suas representações internas, ela o imagina trabalhando.
Agora, se ela estivesse num estado interno de preocupação ou desconfiança, sua representação
interna do atraso do marido talvez incluísse um caso extraconjugal. Ela poderia então imaginá-
lo com outra mulher, o que a deixaria ainda mais desconfiada. Quando o marido chegasse, ela
provavelmente discutiria com ele e lhe perguntaria quem é a "outra"...
Portanto, nossa representação interna dos fatos determina o estado em que nos colocamos.
A maior utilidade para este conhecimento está relacionada a estados de capacidade e de
incapacidade (estados de recursos e estados limitantes).
Quando vamos realizar algo e acreditamos que somos incapazes, nós entramos no estado de ser
incapaz e nossa fisiologia responde prontamente como se fôssemos incapazes. Nosso cérebro
envia um comando às partes de nosso corpo envolvidas na ação.
É o mesmo que andar numa corda-bamba. Descobriu-se que para um equilibrista ter sucesso
nesta ação, é necessário que ele tenha apenas uma imagem: a imagem de si mesmo andando
com sucesso. Se ele tiver duas imagens, uma de sucesso, outra de fracasso, uma ao lado da
outra, ele provavelmente cairá porque seu cérebro não sabe qual a representação interna que
deverá realizar.
Conclui-se que a dúvida nos atrapalha com relação aos nossos objetivos porque é como se ela
nos colocasse diante de dois caminhos. A PNL adotou uma frase que resume bem isto: "Quer
você acredite que pode (realizar algo), quer acredite que não pode, de qualquer forma você está
certo".
Nossa fisiologia também influencia nossas representações internas. Se estamos tensos, se nos
alimentamos mal, se dormimos mal, se estamos sentindo dor, tudo isto influencia diretamente
nossas representações internas. Por este motivo, não é recomendável fazer compras no
supermercado quando se está com fome. A fome, que é um estado interno causado por
condições fisiológicas, faz com que representemos todos os alimentos encontrados como muito
mais saborosos do que na verdade são.
...
Nada é bom ou mau intrinsecamente. Tudo depende da forma como representamos uma
situação.
Podemos representar os fatos de uma forma que fiquemos num estado de recursos ou podemos
fazer o oposto. Como já afirmamos numa outra ocasião, "O mapa não é o território". Nossas
representações a respeito dos fatos jamais corresponderão exatamente a eles.
Desta forma, uma pessoa pode representar a si mesma como alguém insignificante e incapaz, e
esta representação vai colocá-la num estado de poucos recursos - um estado limitante. Na
verdade, esta pessoa pode não ser nada disso - pode até ser alguém com muitas capacidades -
mas ela se tornou naquele momento exatamente aquilo que julgou ser.
A diferença entre as pessoas que falham em realizar suas metas e aquelas que são bem
sucedidas é que estas conseguem se colocar num estado de apoio e segurança (um estado de
recursos). Isto é muito diferente de entrar e sair de estados automaticamente, sem controle
consciente, sendo controlado por outras pessoas, pela mídia, etc. Imagine que seu cérebro é um
veículo que, se você não dirigir, se você não estiver ao volante, será guiado por outros ou pelas
situações - como um barco ao sabor do vento.
Quando formamos uma imagem interna de que seremos capazes de realizar algo, criamos os
recursos internos de que precisamos para conseguir o estado que nos apoiará.
Para alcançar seus objetivos, é necessário que você focalize o que você quer - e não o que não
quer. Há inúmeras pessoas que afirmam que não querem ser pobres, não querem ser
depressivas, não querem ser inseguras, etc. Com este tipo de afirmação, fornecem ao cérebro a
imagem do que não querem ( e é isso que acabam conquistando em suas vidas).
Para que nosso cérebro possa entender e processar uma informação como "Eu não quero
fracassar", ele primeiro necessita de uma imagem do que não se quer (fracassar) para então
negá-la.
É como quando se diz a uma criança "Não deixe cair este copo" e então ela o derruba, pois
para que ela entendesse a mensagem, precisou representar internamente aquilo que não deveria
fazer.
Portanto, é melhor nos dirigirmos às coisas que queremos (Por exemplo: "Eu quero ser feliz,
seguro, etc." e, no caso da criança, "Segure o copo com cuidado").
A cada estado interno corresponde uma fisiologia externa observável. As mães conhecem bem
este fato: uma criança não consegue mentir, pois sua fisiologia (sua postura, expressão facial,
respiração, voz, cor da pele, etc.) a denuncia.
Um empregado pode adiar um pedido de promoção pela observação da fisiologia de seu chefe:
"Ummm! Hoje o chefe está ..."
Se nos treinarmos nesse tipo de observação, seremos capazes de verificar como a linguagem
não verbal (os gestos, a postura, o tom e ritmo da voz, a respiração, etc.) nos informa muito
mais do que a linguagem verbal (o que uma pessoa diz).
Como quando alguém nos fala "Eu estou muito feliz", todavia com uma expressão
melancólica, ombros para frente, olhos para baixo, etc. Neste caso, há uma incongruência entre
as duas linguagens (verbal e não verbal) e em geral se dá muito mais importância e significado
à linguagem não verbal.
Quando alguém nos diz algo mas seu corpo revela mensagens opostas, o resultado será que
esta pessoa não nos convencerá, pois suscita dúvidas em nós com relação a qual das duas
mensagens é verdadeira.
Há maneiras de provocar estados internos em outras pessoas. Uma delas é muito usada por
pessoas que costumam ser bastante desagradáveis e inadequadas: "O que você tem? Você está
passando mal?" "Está nervoso?" ou "Você está preocupada porque seu marido está
demorando?", etc. Nestes casos, para que se possa responder à pergunta, é necessário primeiro
entrar no estado sugerido para então saber se ele se aplica ou não a nós. Às vezes as pessoas
acabam entrando de fato no estado em virtude do poder da sugestão. Daí acabam se sentindo
mal, ficando nervosas, preocupadas, etc. Melhor seria se as pessoas colocassem umas às outras
em estados de recursos, estados agradáveis.
Por exemplo, ao se perguntar a alguém doente "Você melhorou?", coloca-se a pessoa numa
outra direção - em direção à saúde, à recuperação. Ou a alguém que está : "Você está mais
calmo?"
Com a certeza de que não esgotamos o assunto, citaremos uma estória que ilustra o que são
representações internas e como estas causam estados internos.
Um homem andava por uma estrada deserta quando o pneu de seu carro furou. Como ele não
tinha macaco para trocar o pneu, pôs-se a caminhar pela estrada a fim de procurar alguém que
pudesse ajudá-lo.
Avistou uma casa e para lá se dirigiu. Enquanto caminhava, começou a pensar: "E se o dono da
casa não me atender?" "E se ele achar que eu sou um assaltante?" "E se ele for grosseiro
comigo?".
Quando ele finalmente chegou lá, um senhor abriu a porta e, com um amável sorriso, disse-lhe:
"Pois não, em que posso ajudá-lo?" O homem então respondeu, visivelmente transtornado:
"Pode ficar com a porcaria deste macaco porque eu não o quero mais". E foi embora. Inúmeras
vezes nos comportamos como se nossas representações internas fossem reais. E na maioria das
vezes elas não são.
Artigos publicados no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é
Psicóloga e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.
Por exemplo, se tomarmos a palavra "pipoca", veremos que ela nos traz a imagem que fazemos
de uma ou várias pipocas, talvez a lembrança do sabor e até do som ao mastigá-las.
Todavia, a linguagem não é a experiência, mas uma representação da experiência, assim como
um mapa não é o território que representa. Como seres humanos, sempre vivenciaremos
somente o mapa, e não o território. Isto quer dizer que nós não reagimos às coisas em si, mas
às representações que fazemos delas. Para exemplificar o que dissemos acima, citaremos os
esquimós, que têm cerca de doze palavras para designar neve: neve que cai, neve no chão, neve
que serve para construir casas, etc. Para outras pessoas, a neve será sempre a mesma. Mas para
os esquimós, o fato de possuírem palavras diferentes para a neve significa que eles são capazes
de fazer distinções muito sutis entre os tipos de neve, o que lhes permite agir com maior
número de escolhas em seu mundo.
Um outro exemplo seria o de duas pessoas recusadas para uma vaga numa empresa. A primeira
representou o fato como decorrente de sua incapacidade, de sua falta de experiência e de sua
inadequação ao cargo.
A segunda representou o mesmo fato como algo corriqueiro, podendo até ter achado que não
foi escolhida por estar superqualificada para o cargo. Nenhuma das duas sabe o real motivo
pelo qual foi recusada, mas cada uma delas representou a recusa a seu modo, de acordo com o
seu "mapa", que é produto de experiências, emoções e aprendizagens passadas.
Como pudemos constatar nos dois exemplos, um mapa amplia ou reduz as possibilidades de
alguém. As pessoas formam seus mapas a partir de suas experiências, tanto internas como
externas. Sendo assim, se não é possível mudar os fatos, a PNL nos ensina como mudar a
experiência subjetiva, a representação que as pessoas têm do mundo e de si mesmas. Isto é
possível através do Meta Modelo de Linguagem, que vai reconectar a linguagem à experiência,
vai buscar a mensagem oculta, as crenças que existem por trás de palavras e frases.
Retomando o exemplo da recusa para um emprego, imaginemos que a primeira pessoa disse:
"Eu fui rejeitada porque sempre fico com medo nessas situações". Alguém experiente no uso
do Meta Modelo de Linguagem perceberia as lacunas existentes na frase, ou seja, há omissões,
generalizações e distorções nela que o emissor provavelmente não percebe conscientemente.
Para ele, as coisas são da maneira como afirmou e ele talvez não veja como poderiam ser
diferentes. As informações suprimidas poderiam ser recuperadas com perguntas como: "Você
tem medo do quê?" "Você sempre fica com medo?" "Em algumas dessas ocasiões você não
sentiu medo?" "Então você acredita que se não sentisse medo, não seria recusado?" e assim por
diante.
À medida em que se vai questionando, vai-se modificando o mapa da outra pessoa, que é
obrigada a completá-lo, a preencher suas lacunas, a atualizá-lo. Como conseqüência, ela
passará a ter um outro tipo de representação, que por sua vez levará a um resultado
comportamental diferente.
O Meta Modelo compreende um conjunto de instrumentos com os quais se pode construir uma
comunicação melhor. Ele pergunta o que, como e quem, em resposta à comunicação do
emissor. Ao utilizar o Meta Modelo é necessário estar atento às próprias representações
internas. Assim, se alguém nos diz: "Meus filhos me aborrecem", não é possível formar um
quadro completo da situação. É necessário perguntar "como": "Como especificamente seus
filhos o aborrecem?"
Por outro lado, se assumirmos que conhecemos o significado preciso de "aborrecem", com
base apenas em nossa experiência, então na verdade estaremos encaixando tal pessoa em nosso
modelo de mundo, em nosso mapa, esquecendo-nos do mapa dela.
Lembramos que o objetivo do Meta Modelo é reconectar a representação à experiência, o que
equivale a dar nome às coisas e fatos.
Todos os padrões do Meta Modelo estão descritos no livro A Estrutura da Magia, de Richard
Bandler e John Grinder (Editora Guanabara-Koogan), cuja leitura recomendamos.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.
As perguntas tinham como objetivo o exato saber. Levar o interlocutor a novas percepções, e
obter dentro de si o conhecimento e aprimoramento no modo de pensar.
Um padrão utilizado por Sócrates para estabelecer sintonia com o ouvinte era o de aceitar as
definições e conceitos, não indo contra as crenças do interlocutor. Isso era feito pelo menos
com os seguintes itens :
A - Repetindo em parte o que o interlocutor dizia.
B - Demonstrando o desejo e a importância de conhecer a opinião do interlocutor.
C - Procurando saber o que o interlocutor queria dizer exatamente com o termo que utilizava.
D - Demonstrando que entendeu o ponto de vista do interlocutor.
Alguns dos Desafios utilizados por Sócrates, segundo o livro Repensando Sócrates :
Para Eliminações :
Gostaria que me esclarecesse como...
Ficaria feliz se me esclarecesse quem...
Analogias comparativas
Para Generalizações :
Analogias e Metáforas
Afirmações óbvias(comparativas)
Contra-exemplos
Para Distorções
A pessoa disse isso especificamente ?
Você é adivinho ? Senão, como poderia saber ?
Sócrates :- E portanto, também dizes que há certas pessoas que desejam o bem, e outras que
desejam o mal ? Mas não te parece, meu amigo, que todos os homens desejam unicamente o
que é bom ?
Mênon :- Sim.
Sócrates :- E crês que estes desejam as coisas más porque as acham boas ? ou dizes, então, que
sabem que são más e não obstante isso as desejam ?
Sócrates :- Acreditas, pois, caro Mênon, que alguém que sabe que o mal é mal pode ainda
desejá-lo ?
Mênon :- Creio.
Sócrates :- Que entendes tu por desejar uma coisa má. Que nos aconteça algo de mau ?
Mênon :- Exatamente.
Sócrates :- Mas os que desejam o mal, crêem que ele é vantajoso ou pernicioso ?
Mênon :- Há os que pensam que as más coisas fazem o bem; mas há os outros, também, que
sabem perfeitamente que as coisas más só produzem o mal.
Sócrates :- Quanto as que pensam que o mal é vantajoso, o conhecem como sendo verdadeiro o
mal ?
Sócrates :- Por consequinte: estes não desejam o mal como tal, pois não o conhecem; desejam
apenas o que lhes parece um bem, bem que neste caso é mal. Donde podemos concluir que os
que desejam o mal e o consideram como bem, estão de fato a desejar unicamente o que é bom.
Não é o que pensa ?
Bibliografia :
Muitas vezes costumamos ter em mente aquilo que não queremos ter ou ser, e por isso temos
necessariamente que passar pelo estado negativo antes de atingir o Objetivo.
Imagine comportando-se como se já o tivesse alcançado, quanto mais ricas suas descrições,
mais o cérebro terá dados para se direcionar.
Todo objetivo cuja base for colocada no outro tende a fracassar, você não pode esperar que o
outro faça você feliz.
Se o Objetivo for muito genérico, seja mais específico, procure fazer uma lista de prioridades.
Se o Objetivo for muito grande, divida-o em etapas, para saber se está caminhando na direção
certa.
5. Verifique : se esta indo em direção ao seu Objetivo, em qual contexto você quer o
Objetivo, como reconhecer que alcançou o Objetivo.
Quais os primeiros passos que indicaram que você está indo em direção ao seu Objetivo?
O que você vai ver, ouvir e sentir quando tiver alcançado o Objetivo ?
6. Limitações
Existe alguma parte dentro de você que se opõe a que você alcance seu Objetivo ?
7. Recursos
Que recursos adicionais serão necessários para você alcançar seus Objetivos ?
8. Flexibilidade
9. Verificação Ecológica
De que maneira o fato de você alcançar este Objetivo vai afetar sua Vida ?
Algumas Definições
Ancoragem : processo de estímulo-resposta no qual algum estímulo é associado a um
estado interno ou a um conjunto de representações internas. As ancoras podem ocorrer
naturalmente ou serem criadas de maneira intencional. Uma ancora que ocorre naturalmente é,
por exemplo, uma canção que nos leva de volta a uma experiência anterior sempre que a
ouvimos. Um estado interno pode ser associado a um som, a um toque externo ou algo que a
pessoa possa ver. A partir desse momento a pessoa pode vivenciar a experiência sempre que a
ancora for acionada.
Capacidade : uma estratégia bem-sucedida para realizar uma tarefa.
Comportamento : conjunto de atitudes e reações (verbais e não verbais) pela quais
interagimos com as pessoas e o ambiente ao redor.
Crenças : são generalizações profundas sobre causas, significados, limites no mundo que
nos rodeia, em nossos comportamentos, nossas capacidades e em nossa identidade.
Distorção : processo mental pelo qual algo dentro da experiência interior é representado de
maneira incorreta e limitadora.
Estado interno : A maneira como a pessoa se sente, o seu humor. A soma de todos os
processos neurológicos e físicos de uma pessoa num determinado momento. O estado interno
em que nos encontramos afeta nossas capacidades e nossa interpretação da experiência.
Recurso : tudo o que se pode usar para atingir um objetivo: fisiologia, estados,
pensamentos, estratégias, experiências, pessoas, acontecimentos ou bens materiais.
pensa constantemente.
Anthony Robbins
Não somos perturbados pelas coisas,
Epíteto
www.estudodamente.com - Filosofia
Do mesmo modo que as coisas visíveis são iluminadas pelo Sol, as idéias o são por uma Idéia
Suprema, a do Bem.
...
É necessário portanto saber elevar-se a essa Idéia Suprema pela dialética e para isso é
necessário o auxílio de hipóteses (indução platônica). É mister, depois, recorrer à divisão e à
dedução para conhecer a hierarquia das idéias, sem nunca apelar, todavia, para o mundo da
sensação. Esta dupla marcha opõe-se à atividade que considera as cousas como imediatamente
verdadeiras.
Bibliografia:
Os Grandes Iniciados : Platão
schuré, Édouard
Ediouro
1987
Pág. 64
Quando a alma se serve do corpo para considerar algum objeto, seja pela visão, seja pela
audição, seja por qualquer outro sentido, pois examinar alguma coisa com um sentido é servir-
se do corpo, ela é então atraída pelo corpo na direção daquilo que muda, ela se extravia, se
pertuba, tornando-se presa da vertigem como se estivesse embriagada, porque está em contato
com coisas que estão nesse estado (Fédon, 79 c).
Mas quando [a alma] examina algo sozinha e por si própria, ela se projeta em direção às coisas
puras, eternas, imutáveis, imortais e, como é aparentada a elas, mantém-se sempre com elas
porque está só consigo própria e nada a impede disso; a partir desse momento, ela cesa de se
extraviar ..., e esse estado de alma é o que se chama de pensamento (Fédon, 79 d).
Bibliografia:
Platão
Manon, Simone
Martins Fontes
São Paulo
1992
Pág. 77 e 83
Os olhos e os ouvidos são maus testemunhos dos homens, se as almas destes não
compreendem a linguagem daqueles.
Fragmentos de Heráclito
Uma pessoa que não se pertuba com o incessante fluxo de desejos - que entram como rios no
oceano, o qual está sempre sendo enchido mas permanece sempre estável - é a única que pode
alcançar a paz, e não o homem que luta para satisfazer tais desejos.
(Bhagavad-gita, 2.70)
A palavra Buddha quer dizer "aquele que foi despertado".
Dentro da sabedoria difundida pelo budismo, está "ver o sofrimento como um sinal que
desperta". Os ensinamentos do Buda baseavam-se, portanto, na experiência da verdade do
sofrimento e de como é possível cessá-lo.
De acordo com Buda, a essência dos seus ensinamentos sobre "viver o sofrimento e aproveitar
o que esse sinal quer dizer ou despertar" está em quatro verdades:
1. A verdade do sofrimento - encarar seu sofrimento; saber que a dor física poder vir de um
sofrimento mental; verificar qual é o sofrimento que você está tendo e aceitá-lo. Sofrimento
significa uma tristeza, uma angústia, o desejo por alguém ou algum objeto, ou uma condição
que não esteja presente.
2. A verdade da causa do sofrimento - o desejo é visto como a raiz do sofrimento e não como a
incapacidade de atingir o objeto dos nossos desejos.
4. A verdade da vida livre de sofrimento - viver de uma maneira que valoriza o momento como
ele é, livre de desejos e de sofrimentos. É o mais difícil de atingir, mas pare e pense. É simples:
curtir cada minuto de sua vida integralmente, ver a beleza de cada momento, estar presente em
cada coisa que acontece na sua vida; o passado ficou para trás; o futuro ainda virá, mas o
presente é seu, ele está com você.
Bibliografia:
Síndrome do Pânico - um sinal que desperta
Bauer, Sofia
Caminhos Editorial
Pág. 9 e 10
Uni o que é completo e o que não é, o que concorda e o que discorda,
o que está em harmonia e o que está em desacordo.
Heráclito
Reiki Tradicional
Reiki, é uma terapia energética vibracional que estimula a cura através das mãos. O Reiki se
encontra ao alcance de todos. Não é um sistema religioso, não tem preconceitos e nem
restrições.
A História do Reiki Tradicional começa na metade do século XIX com Mestre Mikao Usui,
que era diretor da Universidade Doshisha, em Kyoto, Japão, quando também era um pastor
cristão. Durante uma de suas aulas seus alunos lhe pediram que mostrasse o método de cura de
Jesus. Desde aquele momento Mestre Mikao Usui iniciou uma busca que durou dez anos para
encontrar e aprender a técnica.
Quando autoridades cristãs do Japão lhe disseram que essa cura não devia ser assunto de
discussão e muito menos conhecida, Usui buscou informações no Budismo.
Os Monges Budistas disseram a Usui que o antigo método de cura espiritual fora perdido e que
a única maneira de se aproximar dele era por meio dos ensinamentos budistas, o Caminho da
Iluminação. Após vários anos de pesquisa, Mikao Usui voltou ao Japão e fixou residência num
mosteiro Zen-Budista: aí encontrou os textos que revelaram a fórmula de cura que, agora ele
podia ler no original, em sânscrito. Entretanto os textos não incluíam a informação de como
ativar a energia e fazê-la funcionar, para se manter os poderosos ensinamentos longe do
alcance de mãos não preparadas para conhecê-los e usá-los corretamente.
Mestre Mikao Usui tinha encontrado toda a teoria, mas, a prática, não lhe havia sido revelada.
Devido a isso ele se propôs a fazer um teste, o qual foi realizado pelo período de três semanas
de meditação, de jejum e oração no monte Koriyama, no Japão. Ele escolheu o local da
meditação e reuniu 21 pedras pequenas à sua frente para marcar o tempo, jogando fora uma
pedra ao final de cada dia. Na última manhã dessa busca, um pouco antes de clarear o dia, Usui
viu um projétil de luz vindo na sua direção. Sua primeira reação foi fugir do projétil: mas então
ele pensou novamente. Decidiu aceitar o que estava vindo em resposta à sua meditação. A luz
atingiu o seu terceiro olho e ele perdeu a consciência por certo tempo. Então viu um milhão de
bolhas de arco-íris e finalmente, os símbolos do Reiki como numa tela. Ao ver os símbolos foi
lhe dada a informação de cada um deles para ativar a energia de cura. Essa foi a primeira
iniciação de Reiki e a redescoberta de um método antigo por meio de vidência.
Tenho certeza que o Reiki poderá levá-lo a um novo, caminho de paz, abundância, auto-
conhecimento e prosperidade Divinas.
Celi Olivieri
Mestra de Reiki Tradicional
Extraído do Site www.saintgermain.org.br
É reconhecer e aceitar o outro como um legítimo ser humano, que chora, que ri, que guarda
seus segredos, que tem seus sonhos, desejos e anseios. Quanto mais fácil a convivencialidade
consigo, mais fácil será a convivencialidade com o outro, pois eu trato o outro como eu
costumo me tratar. As mesmas qualidades desenvolvidas por você para se auto-aceitar aqui são
bem vindas em relação ao outro.
Desenvolvendo uma boa dose de abertura, ouvindo o outro, percebendo e não julgando as
diferenças. Sair da postura vertical onde alguém tem que ser melhor que o outro e cair na
horizontalidade. Somos todos iguais em essência, com diferença no grau de percepção da
humanidade de cada um. Ser convivencial com o outro é respeitá-lo, exatamente onde ele está
na sua caminhada de evolução. É permitir que o outro seja e se comporte da forma como ele
escolheu.
Para isto, vamos nos apoiar no conceito de relação dialógica de Buber para esclarecer duas
formas de relações interpessoais:
Tratamos o outro como um real ser, quando o vemos exatamente como ele é. Com seus
desejos, pensamentos, sentimentos. Pode ser que desejemos ao outro algo que julgamos ser
melhor para ele segundo nosso ponto de vista. Porém somente o outro pode saber o que é
melhor para ele. Por mais que vejamos que o outro está sofrendo, pode ser que isto seja
importante para o seu caminho. Poupar alguém de alguma dor pode significar não lhe dar a
chance de viver a sua verdade. Por mais difícil que isto possa parecer, precisamos lhe dar este
direito de liberdade. Cada um tem o direito de sentir a sua própria dor.
Aqui tudo precisa ser relativizado, até porque quando falamos de seres humanos, não existe
certo nem errado, existe o que é bom ou não para determinada pessoa ou situação. Você pode
querer ajudar alguém e este alguém não querer ser ajudado. Ajudar, aí, pode ser considerado
instrumentalização. Passar por cima da vontade do outro. Por outro lado, por exemplo, ajudar
alguém a sair das drogas, pode precisar de uma atitude radical de quem ajuda, pois muitas
vezes respeitar sua vontade de fazer uso de drogas é não ser convivencial com outro. Neste
caso, por exemplo, o outro não está sadio o suficiente para tomar suas próprias decisões.
Será então, que poderíamos, definir como termômetro, que quando envolve risco de vida,
poderíamos nos meter mais? Cada caso é um caso e chegar a uma norma de conduta pode não
ser o mais indicado. Prefiro deixar aqui a noção de convivencialidade e que cada um poderá se
auto-consultar e pelo bom senso e intuição chegar a uma resolução muito própria e singular de
como é exercê-la.
Autora : Silvia Rocha
Parte do Artigo : Convivencialidade: Será que Estamos Preparados ?
Extraído do Site : www.conviver.org.br
"Eis o que há quanto à natureza e à harmonia: a essência das coisas é uma essência eterna: é
uma natureza única e divina, cujo conhecimento não pertence ao homem; contudo, não seria
possível que nenhuma das coisas que são, e por nós conhecidas, chegassem ao nosso
conhecimento, se essa essência não fosse o fundamento interno dos princípios de que o mundo
foi formado; ou seja, dos elementos limitados e dos elementos ilimitados. Ora, já que esses
principíos não são semelhantes entre si, nem de natureza semelhante, seria impossível que a
origem do mundo fosse formada por eles, se a harmonia não tivesse intervindo, seja de que
modo essa intervenção tenha sido produzida. Com efeito, as coisas semelhantes e de natureza
semelhante não tiveram necessidade da harmonia; mas as coisas dissemelhantes, que não têm
nem uma natureza semelhante, nem uma função igual, para poderem ser colocadas no conjunto
ligado do mundo, devem estar encadeadas pela harmonia."
Filolau
Aquele que sabe muito sobre os outros pode ser instruído, mas aquele que se compreende é
mais inteligente. Aquele que controla os outros pode ser forte, mas aquele que se domina é
ainda mais poderoso.
Lao-Tse, Tao Te-King
É preciso saber que existe em cada um de nós dois princípios que nos governam e nos dirigem
e que seguimos para onde eles nos levam: um é o desejo inato do prazer, outro, a ídeia
adquirida de que é preciso buscar o bem (Fedro, 237 d).
Bibliografia:
Platão
Manon, Simone
São Paulo - 1992
Editora Martins Fontes
Pág. 127
Deus inventou e deu-nos a visão a fim de que, ao contemplarmos as revoluções da inteligência
no céu, pudéssemos aplicá-las às revoluções de nosso próprio pensamento que, ainda que
desordenadas, são parentes das revoluções imperturbáveis do céu; e a fim de que, após termos
estudado a fundo esses movimentos celestes e participado da retidão natural dos raciocínios,
pudéssemos, imitando os movimentos absolutamente invariáveis da divindade, estabilizar os
nossos ... (Timeu, 47 b-c)
Bibliografia:
Platão
Manon, Simone
São Paulo - 1992
Editora Martins Fontes
Pág. 107
Filósofo grego nascido em 427a.C., teve como maior influência Sócrates, que foi o primeiro a
reconhecer sua ignorância e desenvolver um método que consiste em realizar um esforço para
conseguir uma definição, pois se compreendermos o conceito de algo, a justiça por exemplo,
poderemos entender todas as características que a constituem. O ponto de partida de Platão é a
morte de Sócrates em 399a.C., considerando injusta a condenação, Platão escreveu em sua
sétima carta: - “Reconheço que todos os estados são mal governados... É somente pela filosofia
que se pode discernir todas as formas de justiça política e individual”. “A justiça reinará no dia
em que os filósofos forem reis ou os reis forem filósofos”. Platão tentou realizar este sonho em
Siracusa, mas foi traído pelo tirano Dion que colocara no poder, foi preso e vendido como
escravo. Foi resgatado por Anikeris de Cítera e retornou a Atenas onde fundou sua escola às
portas da cidade, nos jardins de Academos.
Platão acreditava que tudo que podemos tocar e sentir na natureza “flui” e é feito de material
sujeito a corrosão do tempo. Ao mesmo tempo, tudo tem origem em uma “forma” que é eterna
e imutável. Ele admirou-se com a semelhança entre todos os fenômenos da natureza e chegou à
conclusão de que “por cima” e “por traz” de tudo o que existe, há um número limitado de
formas, às quais deu o nome de IDÉIAS. À realidade por traz do mundo dos sentidos ele deu o
nome de MUNDO DAS IDÉIAS. Nele estão as imagens padrão; imagens primordiais , eternas
e imutáveis que encontramos expressas na natureza. O mundo das idéias, segundo Platão só
pode ser conhecido através da razão. – “Do mesmo modo que as coisas visíveis são iluminadas
pelo Sol, as idéias o são por uma Idéia Suprema”. Ele ressalta a importância do “mito”, na
medida em que ele traduz para uma linguagem poética as verdades filosóficas, permitindo
assim seu acesso com maior facilidade.
Em Platão existe uma unidade entre Ciência, religião e Ética. O processo leva à comunhão com
o Divino e a irradiação desta comunhão é o Belo. A realização do homem é alcançar a
Verdade, o Bom e o Belo. Platão pensa que a emoção amorosa, que arrebata a alma diante da
beleza, é de todas as Idéias a mais fácil de reconhecer. É através do amor por um belo corpo,
em seguida por belos corpos, depois por belas almas e belas virtudes que conduz a
redescoberta do Belo em si. – “Mau, com efeito, é o amante vulgar que prefere o corpo ao
espírito, pois seu amor não é duradouro por não dirigir-se a um objeto que perdure”. “O amor é
a causa do movimento do Universo”.
A doutrina das Idéias o leva a crer na imortalidade da alma, uma vez que a alma é feita para as
Idéias, eternas...
Uma vez que as Idéias constituem referencias absolutos, Deus, e não o homem é a medida de
todas as coisas.
Extraído do Site www.saintgermain.org.br
Reflexão Serena
Estranhamente refletora é esta brilhante consciência,
maravilhosa é esta pura reflexão.
O orvalho e a lua,
as estrelas e os rios,
a neve sobre os picos,
e as nuvens que flutuam sobre os picos de montanhas
eram escuras e se tornam claras e refulgentes,
eram sombrias e se tornam claras e resplandecentes.
A desarmonia surgirá,
se não há serenidade na reflexão,
e tudo se tornará inútil e secundário,
se não há serenidade na reflexão.
A verdade da reflexão serena
é perfeita e completa.
Hung Chih
Bibliografia:
Edições Planeta - ZEN-BUDISMO
Número 136-A / Janeiro de 1984
Severino, Roque Enrique (Argentino e professor de Filosofia Oriental)
Editora Três
Pág. 11
Os Taoístas e a Serenidade
Um taoísta é alguem que procura viver o mais possível de acordo com a natureza: conteplação
de seus caminhos, reconhecimento de sua adequação e consciência de que tudo nela é "bom"
porquanto essencial ao todo.
...
Quando se toma a natureza por guia, por amigo, o viver se torna fácil, calmo, alegre até: as
preocupações se vão, a serenidade se instala.
...
Se algum vocábulo tem preeminência entre os taoístas, é: "serenidade".
Quem indagar sobre o Caminho pode estar certo de ouvir algo assim:
"Para voltares à condição original, deves tornar-te mestre da serenidade. Uma atividade
saudável, jamais levada ao ponto de exaustão, pode alternar-se com a perfeita serenidade.
Senta-te imóvel como uma rocha e volta a mente para a paz. Fecha as portas dos sentidos.
Concentra-te num objeto ou, melhor ainda, penetra num estado de vigília sem objetivo. Olha
com a mente para dentro de ti e contempla o brilho interior".
Bibliografia:
TAOÍSMO - A busca da Imortalidade
Blofeld, John
São Paulo
Círculo do Livro
Pág. 24 e 25
Harmonia
A harmonia é a "unidade do múltiplo e a acordância do discordante", o que é manifesto em
toda parte. Assim, o universo é harmônico, porque nele vemos o discordante acordar-se em
uma norma que predomina. Não é o universo um feixe de perfeições absolutas secundum quid,
mas um feixe de discordâncias que se acordam; é a multiplicidade pré-harmônica que se
harmoniza.
Bibliografia:
Pitágoras e o tema do número
Santos, Mário Ferreira dos
São Paulo
2000
Ibrasa
Pág. 162
... Nagarjuna, dialético brilhante, valia-se do método dialético e sustentava que a verdade não
se encontra em nenhum ponto de vista ou conceito, em nenhum sistema de entendimento.
O conflito gerado pela razão e por posições polêmicas resolve-se ... através da conscientização
do todo, e não das partes separadas.
Vai-se além, chegando à intuição, considerada uma faculdade mais elevada: o conhecimento
não-dual, o conhecimento do Real, do Absoluto.
Bibliografia:
A Psicologia de Jung e o Budismo Tibetano
Moacanin, Radmila
São Paulo
Cultrix/Pensamento
Pág. 96 e 97
É uma ciência que pode se pronunciar a respeito da verdade final, da natureza e da relação de
todas as coisas. Pode dizer o que cada coisa é, como difere das outras, que qualidade comum
têm, a qual espécie cada coisa pertence, onde cada espécie reside, e se sua existência é em ato
ou em potência. A dialética também trata do Bem e do não-Bem, e das coisas que são
classificadas como boas ou como seu contrário, e do que é eterno e do que não é eterno - não
como uma mera opinião mas com uma ciência autêntica. Ela detém nossos desgarramentos do
Mundo dos sentidos e nos fixa no Mundo Inteligível, onde tem seu ato próprio, afastando
assim a mentira e alimentando a nossa alma, como diz Platão, "nas pradarias da Verdade".
Bibliografia:
Plotino - Tratados das Enéadas
Tradução de Américo Sommerman
Polar Editorial & Comercial
2000
Pág. 48
O despertar da Vida é feito com o despertar da Mente que, usando a sua virtude, a Meditação,
faz com que o homem perceba que está vivo, como parte integrante da Vida.
DR. CELSO CHARURI
COMO VAI A SUA MENTE
(...) Sabemos que vivemos num mundo de diferenças. Nada é igual; tudo é diferente. Então,
trabalhar com relativos, para se conseguir a felicidade, no mínimo demoraria muito e muito
tempo! Então resolvemos trabalhar com o Absoluto, com aquele fator que existe em todos, que
é comum a todos os diferentes.
(...) Assim, tendo também observado que durante muito tempo na humanidade o homem vem
se baseando na premissa de que "o homem é produto do meio", e observado ainda que o
homem, encapsulado como é, junta-se, forma família e as famílias, sociedades, concluímos que
se ele pretende mudar o meio para trazer felicidade, ele não vai alterar a estrutura íntima. Ele
só vai conseguir modificações no meio, se um homem melhor aparecer - um homem
desencapsulado, livre, feliz. E é o homem feliz que faz o meio feliz, porque o meio é produto
do homem.
Portanto, se você também pretende um Mundo Melhor, saiba que o trabalho é um trabalho de
cada um dentro de si. Sinta o que você já sabe. Use a Paciência: ela sedimenta. Medite sobre os
pontos do Conhecimento. Olhe dentro de você. Sabedoria é conhecer-se. Se você reconhece
seus limites, se você reconhece seus pontos vulneráveis, então você já sabe qual é a sua
posição. Não pense que no estágio de homem comum o homem poderá construir um Mundo
Melhor. Não pode! Pensando como pensa...?! O máximo que o homem conseguiu, com as suas
idéias, foi esse mundo. É necessário mais!
Logo, se você quiser alguma coisa melhor, você terá que começar por reconhecer-se,
observando seus pontos vulneráveis, o que o prende, quem é você, o que você tem feito, qual é
o meio que você freqüenta, como é o meio que você freqüenta, quem são os elementos desse
meio, como são os elementos do meio que você freqüenta, com quem você conversa, que
tempo você gasta conversando, se houve proveito nesse tempo, não houve proveito...Você deu
alguma coisa ou só tirou alguma coisa? Na verdade, o que você está fazendo no mundo?
Se você chegar à conclusão de que é muito pouco, é por isso que o mundo "é muito pouco". E
se disser a si mesmo que já sabe tudo, pergunte-se se você é tudo que você sabe. Afinal, cada
um aciona aquilo que pensa.
então,
mas só então,
poderemos alcançar a verdadeira liberdade.
Bibliografia:
Sri Aurobindo
La Sintesi dello Yoga
Volume I
Pag. 90
O homem deve criar as oportunidades e não somente encontrá-las.
Francis Bacon
O centro de toda resistência é o egoísmo, devemos descobri-lo, especificá-lo, seja qual disfarce
use para esconder-se, e trazê-lo à luz para destruí-lo.
Bibliografia:
Sri Aurobindo
La Sintesi II
Pag. 48
Nosso espírito cansa das superfícies do ser, transcendido é o esplendor da forma; ele se volta
para poderes encobertos e estados mais fundos.
É dentro de nós que a Realidade deve ser encontrada e a fonte e fundação de uma vida
aperfeiçoada; nenhuma formação exterior pode substituí-la: deve haver o verdadeiro si dentro,
se é para haver a verdadeira vida realizada no mundo e na Natureza.
Este movimento de ir para dentro e viver dentro é uma tarefa difícil a colocar sobre a
consciência normal do ser humano; no entanto não há nenhum outro caminho de
autodescoberta.
Bibliografia:
Sri Aurobindo
Revista Ananda, Caderno Especial II
Abril de 1974
Pág. 1
Quando a flor se desenvolve em fruto, as pétalas desaparecem por si mesmas. Assim, quando a
divindade se intensificar em você, a fraqueza da natureza humana que existe em você
desaparecerá de modo espontâneo.
Bibliografia:
Sayings of Sri Ramakrishna
Ramakrishna
Madras
India:Sri Ramakrishna Math
1965
Pág. 139
A Verdade Suprema está no interior como no exterior, no mutável como no imutável. Ela
supera os poderes de percepção e compreensão ligados aos sentidos materiais. Infinitamente
longínqua, está também muito próxima. E embora pareça dividido, o Princípio Supremo
permanece indivisível.
Bhagavad Ghita, XII, vol. 16-17
Mito da Caverna
Como é nosso sentido de percepção?
Platão chamou a atenção sobre este ponto ao dizer que éramos como um grupo de homens
sentados em uma caverna, sempre voltados para seu fundo.
Nesse fundo os homens só percebem as sombras causadas pelo que se passa lá fora, e não o
que realmente se passa.
Observamos reflexos e crentes de que esta é a única realidade possível, não nos damos ao
trabalho de mudar de posição.
Pensamento de Filolau
"A essência das coisas é uma essência eterna; é uma natureza única e divina, cujo
conhecimento não pertence ao homem; contudo, não seria possível que nenhuma das coisas
que são, e por nós são conhecidas, chegassem ao nosso conhecimento, se essa essência não
fosse o fundamento interno dos princípios de que o mundo foi formado, ou seja, dos elementos
limitados e dos ilimitados."
Bibliografia:
Pitágoras e o tema do número
Santos, Mário Ferreira dos
São Paulo
2000
Ibrasa
Pág. 147
Platão
Filósofo grego nascido em 427a.C., teve como maior influência Sócrates, que foi o primeiro a
reconhecer sua ignorância e desenvolver um método que consiste em realizar um esforço para
conseguir uma definição, pois se compreendermos o conceito de algo, a justiça por exemplo,
poderemos entender todas as características que a constituem. O ponto de partida de Platão é a
morte de Sócrates em 399a.C., considerando injusta a condenação, Platão escreveu em sua
sétima carta: - “Reconheço que todos os estados são mal governados... É somente pela filosofia
que se pode discernir todas as formas de justiça política e individual”. “A justiça reinará no dia
em que os filósofos forem reis ou os reis forem filósofos”. Platão tentou realizar este sonho em
Siracusa, mas foi traído pelo tirano Dion que colocara no poder, foi preso e vendido como
escravo. Foi resgatado por Anikeris de Cítera e retornou a Atenas onde fundou sua escola às
portas da cidade, nos jardins de Academos.
Platão acreditava que tudo que podemos tocar e sentir na natureza “flui” e é feito de material
sujeito a corrosão do tempo. Ao mesmo tempo, tudo tem origem em uma “forma” que é eterna
e imutável. Ele admirou-se com a semelhança entre todos os fenômenos da natureza e chegou à
conclusão de que “por cima” e “por traz” de tudo o que existe, há um número limitado de
formas, às quais deu o nome de IDÉIAS. À realidade por traz do mundo dos sentidos ele deu o
nome de MUNDO DAS IDÉIAS. Nele estão as imagens padrão; imagens primordiais , eternas
e imutáveis que encontramos expressas na natureza. O mundo das idéias, segundo Platão só
pode ser conhecido através da razão. - “Do mesmo modo que as coisas visíveis são iluminadas
pelo Sol, as idéias o são por uma Idéia Suprema”. Ele ressalta a importância do “mito”, na
medida em que ele traduz para uma linguagem poética as verdades filosóficas, permitindo
assim seu acesso com maior facilidade.
Em Platão existe uma unidade entre Ciência, religião e Ética. O processo leva à comunhão com
o Divino e a irradiação desta comunhão é o Belo. A realização do homem é alcançar a
Verdade, o Bom e o Belo. Platão pensa que a emoção amorosa, que arrebata a alma diante da
beleza, é de todas as Idéias a mais fácil de reconhecer. É através do amor por um belo corpo,
em seguida por belos corpos, depois por belas almas e belas virtudes que conduz a
redescoberta do Belo em si. - “Mau, com efeito, é o amante vulgar que prefere o corpo ao
espírito, pois seu amor não é duradouro por não dirigir-se a um objeto que perdure”. “O amor é
a causa do movimento do Universo”.
A doutrina das Idéias o leva a crer na imortalidade da alma, uma vez que a alma é feita para as
Idéias, eternas... Uma vez que as Idéias constituem referencias absolutos, Deus, e não o
homem é a medida de todas as coisas.
Extraído do Site www.saintgermain.org.br
"Se quiser conversar comigo", dizia Voltaire, "defina seus termos."
Quantos não seriam os debates que teriam ficado reduzidos a um parágrafo se os contendores
tivessem tido a ousadia de definir seus termos!
O alfa e o Ômega da lógica, seu coração e alma, estão em que termo importante num discurso
sério deve submetido, com o maior rigor, ao escrutínio e à definição.
Bibliografia:
A História da Filosofia
Durant, Will
Editora Nova Cultural
São Paulo
2000
Pag. 77
Percebi que tudo aquilo que me provocava ansiedade e medo não possuía, em si mesmo, coisa
alguma de boa ou má, exceto na medida em que a mente se deixava influenciar.
Spinoza
A Sabedoria Interna
Explicação:
Toda a fonte da sabedoria está no interior do homem. O mundo externo pode apenas servir de
estímulo para despertar a realidade interna do homem: mas não é fonte e causa de sabedoria. O
íntimo Ser do homem é infinitamente maior do que o externo ver, ouvir, sentir e ter. Por isto,
deve o homem concentrar-se no seu interno ser - e conhecerá todos os mundos externos. Sem
essa interiorização, pode o homem ver todas as coisas externas sem compreender nada - assim
como um analfabeto pode folhear os maiores livros da humanidade sem entender nada.
Bibliografia:
Tao Te King
Lao-Tse
Tradução e Notas: Huberto Rohden
Alvorada
Pag. 126 e 127
Será que você deixará que sua cabeça sobrepuje a sabedoria de seu coração ?
Lao-Tsé
O pior pecado de todos ... foi a omissão das filosofias chinesa e hindu. Até mesmo uma
"história" da filosofia que comece com Sócrates e nada tenha a dizer sobre Lao-Tsé e
Confúcio, Mencius e Chuang-Tsé, Buda e Shankara está provincianamente incompleta.
Bibliografia:
A História da Filosofia
Durant, Will
Editora Nova Cultural
São Paulo
2000
Pag. 12
Procurem, primeiro, as boas coisas da mente e o resto lhes será proporcionado, ou, então, a
falta do resto não será sentida.
Francis Bacon
“Se o Mestre for verdadeiramente sábio, não convidará o aluno a entrar na mansão de seu
saber, e sim, estimulará o aluno a encontrar o limiar da própria mente."
Com estas palavras Khalil Gibran define a postura mais adequada do professor para com seus
alunos.
Platão e a Educação
Os elementos da instrução ... devem ser apresentados à mente na infância, mas sem nenhum
grau de coação; porque um homem livre deve ser livre também na aquisição do
conhecimento. ... O conhecimento que é adquirido sob coação não se fixa na mente. Por isso,
não usem a coação, mas deixem que a educação inicial seja mais uma espécie de diversão; isso
lhes permitirá mais a descoberta da tendência natural da criança.
Bibliografia:
A História da Filosofia
Durant, Will
Editora Nova Cultural
São Paulo
2000
Pag. 50
A ação deve culminar em sabedoria.
Bhagavad-Gita
O que é Intuição ?
Enquanto o raciocínio é um conhecimento mediato, no sentido de que se faz por meio de
conceitos e juízos que, encadeados, levam a uma conclusão, a intuição é um tipo de
conhecimento imediato, isto é, feito sem intermediários, um pensamento atualmente presente
no espírito. Como a própria palavra indica (tueri em latim significa "ver"), intuição é uma
visão súbita. Enquanto o raciocínio é discursivo e se faz por meio da palavra, a intuição é
inefável, inexprimível: como poderiamos explicar em que consiste a sensação do vermelho ?
Se a lógica organiza o pensamento, a intuição, por outro lado, é importante por ser o ponto de
partida do conhecimento, a possibilidade da invenção, da descoberta, dos grandes "saltos" do
saber humano.
Bibliografia:
Filosofando: Introdução à filosofia
Aranha, Maria Lúcia de Arruda
martins, Helena Pires
Editora Moderna
São Paulo
1986
pág. 104
Dando maior exatidão ao conceito de justiça individual, Sócrates faz notar que se deve
distinguir a alma em três partes : a cognitiva, a irascível e a apetitiva. Cada uma destas almas
tem virtudes que lhes são próprias assim como às classes que formam o Estado. A verdadeira
justiça consiste na harmonia destas três partes e classes. Harmonia que exige a subordinação da
segunda à primeira e da terceira às duas outras. A injustiça consiste, ao contrário, no desacordo
delas e aparece quando alguma dessas classes vai além dos limites que lhe são impostos.
Bibliografia:
Os Grandes Iniciados : Platão
Schuré, Édouard
Ediouro
1987
Pág. 63
"Os sábios, ó Cálicles, dizem que a amizade, a ordem, a razão e a justiça mantém
conjuntamente o céu e a terra, os deuses e os homens; eis porque chamam a esse conjunto o
Cosmos, quer dizer boa ordem."
Palavras de Sócrates
Sabedoria é vencer-se a si mesmo;
- Por certo.
- Do mesmo modo podes afirmar que o bem não é apenas causa da inteligibilidade de todas as
coisas inteligíveis, mas ainda de seu próprio ser e essência, e contudo o bem não é essência,
mas está acima dela em dignidade e poder.
Em Platão - Diálogos - A República, temos a maneira de chegarmos a verdade :
Assim como os objetos visíveis só são vistos quando o Sol brilha sobre eles, a verdade só é
apreendida quando iluminada pela idéia do bem.
Fragmento 6o de Filolau, discípulo de Pitágoras
"... O homem nasceu, foi criado para conhecer a essência da natureza universal; e a função da
sabedoria é precisamente possuir e contemplar a inteligência que se manifesta nos seres.
A sabedoria não tem por objeto um ser qualquer determinado, mas absolutamente todos os
seres, e é mister que ela se inicie, não pela busca dos princípios de um ser individual, mas sim
pelos princípios comuns a todos os seres. A sabedoria tem por objeto todos os seres, como a
visão tem por objeto todas as coisas visíveis. Ver no seu conjunto, e conhecer os atributos
universais de todos os seres, é próprio da sabedoria, e eis como a sabedoria descobre os
princípios de todos os seres.
Aquele que é capaz de analisar todos os gêneros, e de os relacionar e os reunir, por uma
operação inversa, num só e mesmo princípio, me parece ser o mais sábio, o mais próximo da
verdade e que parece ter encontrado esse observatório sublime, do alto do qual poderá ver
Deus, e todas as coisas que pertencem a série do divino: senhor desse caminho real, seu
espírito poderá galgar direto para a frente e chegar ao ápice da carreira, ligando os princípios
aos fins das coisas, e a conhecer que Deus é o princípio, o meio, o fim de todas as coisas, feitas
segundo as regras da justiça e da reta razão."
Bibliografia:
Pitágoras e o tema do número
Santos, Mário Ferreira dos
São Paulo
Ibrasa
Pág. 96
Para que uma disciplina se torne epistêmica deve afastar-se da doxa, das opiniões, da matéria
sobre qual todos opinam e apresentam pontos de vista diametralmente opostos, a ponto de o
que é afirmado com convicção de certeza e de verdade por um, ser considerado falso por outro,
como sucede no âmbito das chamadas ciências culturais. A avaliação de um conhecimento só
pode ser obtida epistêmicamente, se o critério que serve de avaliação fundar-se realmente em
bases objetivas. E como se obterão tais bases senão nas demonstrações apodíticas, como as que
nos oferece a matemática ?
...
A Mathesis, a suprema instrução, é algo ativo, que o homem deve afanar-se em consquistar.
Esse afanar-se pelo saber é um apetite, um amor ao conhecimento da mathesis, é a filosofia. O
conteúdo desse conhecimento é um mathema, cuja arte em alcança-lo é a mathematika, arte de
obter os conteúdos do saber supremo. Nesse sentido, a matemática é o saber supremo dos
pitagóricos, e não o sentido tomado comumente de disciplina que estuda as abstrações de 2o
grau.
Bibliografia:
Em Fedro, Socrates nos dá uma idéia de qual processo utiliza para chegar ao conhecimento :
Sócrates :- O primeiro passo é este: abarcar num só relance todas as idéias esparsas de um lado
e de outro reuni-las em uma só idéia geral a fim de poder compreender, graças a uma definição
exata, o assunto que se deseja tratar.
Fedro :- Mas qual é o processo ?
Sócrates :- É saber dividir novamente a idéia geral nos seus elementos, nas suas articulações
naturais, evitando, porém, mutilar qualquer dos elementos primitivos como faz um mau
trinchador. O terceiro passo seria: Estabelecer como cada elemento influencia uns aos outros,
de modo a perceber como se ajustam.
Assim como realmente a medicina em nada beneficia se não liberta dos males do corpo, assim
também sucede com a filosofia se não liberta as paixões da alma.
Bibliografia:
O Epicurismo
Lucrécio
Coleção Universidade de Bolso
Ediouro
Como Sócrates raciocina sobre as intenções das pessoas, no diálogo com Mênon sobre a
Virtude :
Sócrates :- E portanto, também dizes que há certas pessoas que desejam o bem, e outras que
desejam o mal ? Mas não te parece, meu amigo, que todos os homens desejam unicamente o
que é bom ?
Mênon :- Sim.
Sócrates :- E crês que estes desejam as coisas más porque as acham boas ? ou dizes, então, que
sabem que são más e não obstante isso as desejam ?
Sócrates :- Acreditas, pois, caro Mênon, que alguém que sabe que o mal é mal pode ainda
desejá-lo ?
Mênon :- Creio.
Sócrates :- Que entendes tu por desejar uma coisa má. Que nos aconteça algo de mau ?
Mênon :- Exatamente.
Sócrates :- Mas os que desejam o mal, crêem que ele é vantajoso ou pernicioso ?
Mênon :- Há os que pensam que as más coisas fazem o bem; mas há outros, também, que
sabem perfeitamente que as coisas más só produzem o mal.
Sócrates :- Quanto aos que pensam que o mal é vantajoso, o conhecem como sendo verdadeiro
o mal ?
Sócrates :- Por conseguinte : estes não desejam o mal como tal, pois não o conhecem; desejam
apenas o que lhes parece um bem, bem que nesse caso é mal. Donde podemos concluir que os
que desejam o mal e o consideram como bem, estão de fato a desejar unicamente o que é bom.
Não é o que pensa ?
Pensamento de Epicuro
Deves servir à Filosofia para que possas alcançar a verdadeira liberdade.
Nunca se protele a filosofar quando se é jovem, nem canse o fazê-lo quando se é velho, pois
que ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma.
E quem diz que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou, assemelha-se ao que diz que
ainda não chegou ou já passou a hora de ser feliz.
Bibliografia:
O Epicurismo
Lucrécio
Coleção Universidade de Bolso
Ediouro
pág. 47
Estude sua própria personalidade.
Minutos de Sabedoria
Pastorino, C. Torres
Editora Vozes
18a Edição
pág. 151
E Sócrates declarou : "Quando você quiser a sabedoria tanto quanto queria respirar quando
estava mergulhado na água, então a receberá."
Da mesma forma, quando você possui realmente um desejo intenso de superar qualquer
obstáculo em sua vida e chega à conclusão definida de que há uma saída e de que vai encontrá-
la, então a vitória e o triunfo estão assegurados.
...
Sinta um rio de paz fluindo através de você nesse momento. Seu pensamento é o poder
imaterial e invisível e você escolhe que ele o abençoe, o inspire e lhe proporcione paz.
Bibliografia:
O Poder do Subconsciente
Murphy, Dr. Joseph
Editora Record
32a Edição
pág. 225 e 226
Lao-Tse
Aquele que conhece os outros homens é inteligente, enquanto aquele que se conhece é
verdadeiramente sábio.
Aquele que sobrepuja os outros é forte, enquanto aquele que sobrepuja a si mesmo conhece o
verdadeiro poder.
Henry David Thoreau disse :
Ser filósofo não é meramente ter pensamentos sutis, nem mesmo fundar uma escola, mas amar
de tal modo a sabedoria que se passe a viver, de acordo com seus ditames, uma vida de
simplicidade, independência, magnanimidade e confiança.
Filosofia: etimologia
Os antigos gregos tinham inicialmente uma consciência mítica, cuja manifestação maior foram
os poemas de Homero e Hesíodo ...
Sabedoria
"Sócrates ensinava, e Platão seguia o seu ensino, que o objeto da Filosofia não era
simplesmente a obtenção do conhecimento, nem mesmo a obtenção do conhecimento do
mundo real, mas a aquisição de qualquer coisa mais preciosa do que o conhecimento -
nomeadamente, a sabedoria. Ora, a sabedoria é o conhecimento em ação, isto é, o
conhecimento aplicado à vida. A aplicação à vida tem um duplo aspecto: primeiro, o
conhecimento pode ser usado para disciplinar os desejos (ou apetites), por conseguinte,
conduzindo para uma vida feliz; em segundo lugar, o conhecimento pode ser utilizado em
benefício da sociedade. E esta duas metas - a vida feliz e o beneficio da sociedade - não são
metas distintas e separadas, mas formam as duas metades de uma unidade, pois o homem é um
ser social e não pode alcançar a sua plena estatura e realizar tudo quanto é em potencial, a
menos que viva em contato com os seus semelhantes. A excelência do ser humano, que
envolve o pleno desenvolvimento e a relação devida de todos as facêtas da nossa natureza é,
portanto, essencialmente, a excelência da criatura social, a excelência do cidadão."
Bibliografia:
A Filosofia de Sócrates
A filosofia é, para Sócrates, o caminho da purificação... A purificação da alma implica,
todavia, uma condição sine qua non: o conhecimento de si mesmo. A purificação da alma
afirma-se no “conhece-se a ti mesmo”, que é a máxima sobre a qual Sócrates baseia toda a sua
vida de sábio.
Sócrates utiliza para tanto um método que tem caráter purificador, purgativo : a maiêutica.
Através da refutação, desperta-se nos outros a consciência da sua ignorância e estimula-se-os a
realizar uma investigação reconstrutiva para se chegar a uma opinião mais próxima da
verdade... A refutação tem efeitos tanto intelectuais quanto morais.
No que tange à tange alma, a missão do filósofo iguala-se à do médico: assim como o corpo
deve expelir as impurezas, os males que o acometem para que o alimento ingerido seja
aproveitado, a alma deve expelir a falsa opinião e o erro através da refutação, que adquire,
assim, natureza purgativa, purificadora. Destarte, entre o médico e o educador há estreita
distância. Neste caso, todavia, o enfermo deve participar ativamente da cura e da purificação
de si mesmo.
“Olha como este jovem responde procurando comigo - diz Sócrates, Mémn., 84 e seguintes - e
como consegue encontrar... enquanto eu não faço mais do que interrogá-lo, sem nada ensinar-
lhe. Observa se alguma vez achas que o ensino ou lhe mostro algo em lugar de perguntar-lhe,
simplesmente, a respeito do que por si mesmo pensa. E por isso acontece que tem ciência, se
lhe perguntarmos de modo verdadeiro, e a extrai do seu interior, sem que ninguém lhe ensine.”
Nesta tarefa, o papel do filósofo assemelha-se ao de uma parteira, que faz nascer o rebento
depois de longa gestação. A gestação seria a refutação em que nos encaminhamos em direção a
verdade pela eliminação do erro e da falsa opinião, e a parturição seria a maiêutica, que
representa o momento alto nesse processo que leva ao conhecimento verdadeiro.
Todo o conhecimento já está no interior do homem, porém ele está adormecido, esquecido.
Cumpre fazê-lo vir à tona, através de uma provocação que, ao mesmo tempo em que faz
emergir o conhecimento verdadeiro, realiza um autêntico ato de purificação da opinião falsa.
Para Sócrates, não se pode agir racionalmente enquanto se permanecer preso às opiniões
particulares.
Sócrates não realiza, propriamente falando, a apresentação de definições verdadeiras, mas sim,
a refutação das definições errôneas que lhe são apresentadas. Ele sugere um caminho para se
encontrar a definição verdadeira, ao invés de dá-la pronta.
Bibliografia Sugerida :
Sócrates
Editora Mestre Jou
Mondolfo, Rodolfo
Epíteto
"É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe."
Imaginemos também que, por lá, no alto, brilhe o Sol. Finalmente, imaginemos que a caverna
produza ecos e que alguns homens que passam por trás do muro estejam falando de modo que
suas vozes ecoem no fundo da caverna. Neste caso, certamente os habitantes da caverna nada
poderiam ver além das sombras das pequenas estátuas projetadas no fundo da caverna e
ouviriam apenas o eco das vozes. Entretanto, por nunca terem visto outra coisa, eles
acreditariam que aquelas sombras, que eram cópias imperfeitas de objetos reais, eram a única e
verdadeira realidade e que o eco das vozes seria o som real das vozes emitidas pelas sombras.
Suponhamos, agora, que um daqueles habitantes se liberte das correntes que o prendem. Com
muito esforço, dificuldade e sentindo-se freqüentemente atordoado, ele se voltaria para a luz e
começaria a subir até a entrada da caverna. Com dificuldade, com os olhos ofuscados pela luz
e sentindo-se perdido, ele começaria a se acostumar à nova visão com a qual se deparava.
Acostumando os olhos e os ouvidos, ele veria as estatuetas moverem-se por sobre o muro e,
após formular várias hipóteses, por fim compreenderia que elas possuem mais detalhes e são
muito mais belas que as sombras que antes via na caverna, e que agora lhes parece algo irreal
ou limitado. Suponhamos que alguém o traga para o outro lado do muro. Primeiramente ele
ficaria ofuscado e amedrontado pelo excesso de luz; depois, acostumando-se, veria as várias
coisas em si mesmas; e, por último, veria a própria luz do Sol refletida em todas as coisas.
Compreenderia, então, que estas e somente estas coisas seriam a realidade e que o Sol seria a
causa de todas as coisas. Mas ele se entristeceria se seus companheiros da caverna ficassem
ainda em sua obscura ignorância acerca das verdadeiras causas das coisas. Assim, ele, por
amor, retornaria à caverna a fim de libertar seus companheiros da ignorância e das correntes
que os prendem ainda. Ao retornar seus olhos se encheriam de trevas como os de quem deixa
subitamente a luz do Sol e por não se ter acomodado a vista, enxergaria com dificuldade. Seus
companheiros o receberiam como um louco que não se adapta à realidade que eles pensam ser
a verdadeira (a realidade das sombras) e então diriam que ele voltara lá de cima sem enxergar
quase nada e que não valia a pena pensar sequer em fazer semelhante escalada.
Bibliografia Sugerida :
- Reale, Giovanni & Antiseri, Dario. - "História da Filosofia", vol. I, Ed. Paulus, 1990
GALILEU GALILEI
O Livro da filosofia é o livro da natureza, livro que aparece aberto constantemente diante dos
nossos olhos, mas que poucos sabem decifrar e ler, porque está escrito com sinais que diferem
do nosso alfabeto, em triângulos e quadrados, em círculos e esferas, em cones e pirâmides.
O Caibalion
www.estudodamente.com - Psicologia
O sentido do símbolo não é o de um sinal que oculta algo de geralmente conhecido, mas é a
tentativa de elucidar mediante a analogia alguma coisa ainda totalmente desconhecida e em
processo.
Bibliografia :
O Eu e o Inconsciente
Jung, C.G.
Editora Vozes
14o Edição
Pág. 145
A educação na psicossíntese
"É axiomático que a prevenção de qualquer desordem é melhor que sua cura. Se as técnicas da
psicossíntese constituem uma terapia efetiva - o que de fato são - não é muito melhor prevenir
a necessidade de uma terapia no futuro, usando as técnicas da psicossíntese na educação o mais
cedo possível? Perguntamo-nos, então, quais são as implicações de uma declaração destas?
Tendo em vista o tipo de educação que prevalece no Mundo Ocidental, é preciso: primeiro,
produzir um ser humano que funciona harmoniosamente, alegremente e de maneira produtiva
em relação à sua própria capacidade; e segundo, estabelecer as condições nas quais tal ideal
pode ser realizado".
"...um método de educação integral que tende não só a favorecer o desenvolvimento das várias
habilidades da criança ou do adolescente, mas também a ajuda a descobrir e a perceber a sua
verdadeira natureza espiritual e a desenvolver, com a orientação desta, uma personalidade
harmoniosa, brilhante e eficiente."
Autor : Roberto Assagioli, M.D.
Extraído do Site : www.psicossintese.org.br
Que é a consciência ?
...
Na realidade, a consciência no homem é uma espécie muito particular de "tomada de
conhecimento interior" ... é antes de tudo, uma tomada de conhecimento de si mesmo,
conhecimento de quem ele é, de onde está e, a seguir, conhecimento do que sabe, do que não
sabe, e assim por diante.
...
Devemos compreender agora que "psicologia" significa verdadeiramente o estudo de si.
Bibliografia :
Psicologia da Evolução Possível ao Homem
Ouspensky, P.D.
Editora Pensamento
Pág. 12 e 16
... serei capaz de ver esse outro indivíduo como uma pessoa em processo tornar-se ela mesma,
ou estarei prisioneiro do meu passado e do seu passado ? Se, no meu encontro com ele, o trato
como uma criança imatura, como um aluno ignorante, como uma personalidade neurótica ou
um psicopata, cada um desses conceitos limita o que ele poderia ser na nossa relação. Martin
Buber, o filósofo existencialista da Universidade de Jerusalém, emprega a expressão
"confirmar o outro", expressão que teve para mim um grande significado. Disse ele:
"Confirmar significa (...) aceitar todas as potencialidades do outro (...) Eu posso reconhecer
nele, conhecer nele a pessoa que ele foi (...) criado para se tornar (...) Confirmo-o em mim
mesmo e nele em seguida, em relação a essas potencialidades (...) que agora podem se
desenvolver e evoluir"... Se aceito a outra pessoa como alguma coisa definida, já diagnosticada
e classificada, já cristalizada pelo seu passado, estou assim contribuindo para confirmar essa
hipótese limitada. Se a aceito num processo de tornar-se quem é, nesse caso estou fazendo o
que posso para confirmar ou tornar real as suas potencialidades.
... Se eu considerar uma relação apenas como uma oportunidade para reforçar certos tipos de
palavras ou de opiniões no outro, tendo a confirmá-lo como um objeto - um objeto
fundamentalmente mecânico e manipulável. E se vejo nisso a sua potencialidade, ele tende a
agir de modo a confirmar esta hipótese. Mas se, pelo contrário, considero uma relação pessoal
como uma oportunidade para "reforçar" tudo o que ele é, a pessoa que ele é com todas as suas
possibilidades existentes, ele tende então a agir de modo a confirmar esta segunda hipótese.
Neste caso eu o confirmei - para empregar a expressão de Buber - como uma pessoa viva,
capaz de um desenvolvimento interior e criador.
Bibliografia :
Tornar-se Pessoa
Rogers, Carl R.
Editora Martins Fontes
Pág. 65 e 66
A vida passa depressa... de repente você está passando... o que você pode fazer para si próprio,
neste instante, que seja agradável?... Mesmo que você esteja num cubículo, numa prisão ou
num parque... não importa... importa a liberdade que a sua mente pode criar... crie um espaço
neste minuto... ilumine... inspire... abra o peito... sinta o ar entrando... sinta seu corpo se
soltando... expire... solte a raiva... a desilusão... se dê um momento inteiro só com você... abra
o peito... crie sua proteção... um som... um pássaro cantando... ou uma música suave... ou o
som do silêncio, de dentro de você... sintonize seu corpo... pés no chão... cabeça
acompanhando essas palavras... solte o peso do corpo... solte a imaginação... calma/mente...
protegida/mente... pense que coisa boa lhe virá à mente agora... uma praia?... uma montanha?...
uma rosa?... qualquer coisa que lhe traga a sensação de paz... relaxe e sinta o prazer de ter um
momento de liberdade...
Você está aprendendo a sair do sufoco. Faça isso sempre que o peito apertar. Você terá
aprendido a viver um minuto inteiro no presente... e bem positivo...
Bibliografia :
Síndrome do Pânico - um sinal que desperta
Bauer, Sofia
Caminhos Editorial
Pág. 11
Métodos Utilizados pela Psicossíntese
Cada pessoa é tratada como um indivíduo, e um esforço é feito para achar os métodos mais
adequados à situação existencial, ao tipo psicológico, às metas individuais, às necessidades e
ao caminho de desenvolvimento da pessoa.
Algumas das técnicas mais comumente usadas são: a imaginação dirigida, a consciência e o
movimento do corpo, o trabalho com símbolos, o trabalho com a arte, manter um diário, o
treinamento da vontade, a fixação de meta, o trabalho sobre os sonhos, o desenvolvimento da
imaginação e da intuição, a gestalt, os modelos ideais e a meditação.
Tendo como objetivo a integração do corpo, dos sentimentos e da mente, a psicossíntese tem
como meta promover um processo de crescimento contínuo, onde aplicamos as atitudes e
técnicas básicas da psicossíntese na vida cotidiana para promover uma atualização mais jovial,
harmoniosa e plena de nossas vidas.
Extraído do Site : www.psicossintese.org.br
Eu e Tu-Aqui-e-Agora
Cada um é responsável por si, por sua parte do diálogo. Isso significa que cada um é
responsável por se permitir influenciar o outro, ou permitir ser influenciado, se a energia é
trocada. Se ambos permitem, o encontro pode ser como uma dança, com um ritmo de contato e
afastamento. Então, é possível haver o conectar e o separar, em vez de isolamento (perda de
contato) ou confluência (fusão ou perda da distinção).
Para acontecer essa dança, ambos devem poder se auto-regular sem ser dominados, salvos ou
suprimidos. Cada um regula a si em resposta à dança do outro, sem tentar coreografar a dança
do outro. Isso exige uma confiança no que poderia acontecer, caso o conteúdo rígido de uma
interação for relaxado, em favor do que emerge. Isso também requer confiança de que o outro
pode se regular e apoiar-se frente a um diálogo honesto.
...
Bibliografia :
Processo, Diálogo e Awareness - Ensaios em Gestalt-Terapia
Yontef, Gary M.
Summus Editorial
1998
Pág. 221
Eu-Tu
O segundo sentido no qual a Gestalt-terapia é existencial refere-se à sua atitude especial para
com o relacionar-se, que é uma característica que dá à Gestalt-terapia sua feição (Simkin,
1976). No nível filosófico ele é chamado de Existencialismo Dialógico. No nível de
relacionamento pode ser igualmente chamado Diálogo Eu-Tu, Encontro ou Encontro
Existencial. Martin Buber é um proponente eloquente e persuasivo do Existencialismo
Dialógico (Friedman, 1976a, 1976b).
...
O Eu é sempre o Eu do Eu-Tu ou do Eu-Isto. O Eu do Eu-Isto diz "ele", "ela" ou "isto". Não se
está dirigindo ao outro como pessoa. O "Eu" do "Eu-Tu" diz "você", e a outra pessoa está
sendo abordada como pessoa. A atitude do Tu é a de que o outro é digno de respeito, não é
tratado como meio para outros fins. Uma pessoa consegue tratar a outra unilateralmente com a
atitude Eu-Tu, mas a mais alta forma de Eu-Tu é entre duas pessoas, cada uma dizendo "você".
Esse "Tu" é o evento relacional ou um "encontro" que capacita o homem a tornar-se inteiro. Na
Gestalt-terapia, relacionamo-nos com uma atitude Eu-Tu e com uma esperança de que um Tu
mútuo e completo se desenvolva.
...
No Eu-Isto existe um relacionar-se, mas com o outro sendo objeto de manipulação. O outro
não está sendo diretamente abordado como pessoa. O aspecto pessoal e especialmente humano
de outra pessoa ainda não tem permissão de se conectar com a a mesma parte de outra pessoa.
Isto é um contatar Eu-Isto congelado, que não flui de, ou para Eu-Tu.
Uma pessoa com a atitude Eu-Tu pode dirigir-se a outra pessoa (Eu-Tu), e não tratá-la como
um objeto a ser manipulado (Eu-Isto) e ainda assim o Eu-Tu não ser completado, isto é, um Eu
e Tu mútuo ainda não desenvolvido. Ou o outro não confia o suficiente, ou ambos têm uma
atitude Eu-Tu, mas ainda não há suporte suficiente para um Tu entre, ou seja, não acontece
mutualidade. Esse contato também pode ser considerado como um Eu-Isto, no qual um Eu-Tu
está latente.
...
Bibliografia :
Processo, Diálogo e Awareness - Ensaios em Gestalt-Terapia
Yontef, Gary M.
Summus Editorial
1998
Pág. 241 e 242
Relacionamentos
por Andrée Samuel
Este é o trabalho que a Psicossíntese propõe como um primeiro passo para a viagem do auto-
conhecimento.
Quanto mais pudermos desenvolver um contato íntimo conosco mesmos, mais e melhor
poderemos estabelecer relações com o mundo à nossa volta.
Por que isto? Simplesmente porque, se não nós conhecermos naquilo que se constitui como um
limite para a nossa expressão no mundo e também naquilo que temos como potencialidades e
qualidades já reconhecidas a oferecer ao mundo, teremos uma visão muito limitada e limitante
de nós mesmos e, conseqüentemente, dos outros. Ao aprendermos a conhecer-nos, a saber
melhor de nossa dinâmica interior, tomando consciência daquilo que fazemos "contra" nós
mesmos - não porque queremos, mas porque ainda não sabemos fazer diferente - podemos
então resgatar nossa responsabilidade a respeito de nós mesmos e de nossas vidas, retomando
as rédeas de nossas vidas em nossas mãos e não mais sendo um objeto passivo dos
condicionamentos familiares, sociais, culturais, religiosos, etc.. Neste reconhecimento de como
funcionamos na vida, é fundamental também reconhecermos aquilo que fazemos "a favor" de
nós mesmos - assim abrimos o leque de nossa manifestação no mundo de modo mais concreto
e mais honesto conosco mesmos.
A reflexão sobre a totalidade do feminino nos remete aos nossos arquétipos, a todas as deusas
que nos oferecem modelos e necessitam de expressão - para que possamos amar
profundamente, trabalhar significativamente e também sermos sensuais e criativas.
Somos impulsionadas como mulheres da atualidade a questionar sobre o nosso papel no mundo
e a responsabilizar-nos por cada aspecto de nós, vivido ou negligenciado.
Esses poderosos padrões internos, ou arquetípicos, são responsáveis pelas diferenças entre as
mulheres que nem sempre estão conscientes das poderosas forças que atuam no seu íntimo. O
conhecimento das deusas proporcionam informações que são úteis não só às mulheres, mas
também aos homens na compreensão das afinidades e dificuldades que se fazem presente nas
suas relações.
Bolen Shinoda, em seu estudo das deusas gregas que mais influenciam as mulheres, selecionou
sete e as distribuiu em três categorias: as deusas virgens, as deusas vulneráveis e as deusas
alquímicas.
As deusas virgens representam a qualidade de independência e auto-suficiência das mulheres.
São elas: Ártemis, Atenas e Héstia. Os apelos emocionais não as desviam daquilo que
consideram importante. Ártemis e Atenas representam meta direcionada e pensamento lógico.
Héstia é o arquétipo que enfatiza a atenção interior para o centro espiritual da personalidade da
mulher.
Essas três deusas desenvolveram uma "percepção enfocada", isto é, a habilidade de concentrar
a atenção naquilo que lhes importava. A capacidade de enfoque consciente leva à realização
naquilo que se propõe o fazer. No caso deste enfoque ser interior, em direção a um centro
espiritual, a mulher pode, à semelhança de Héstia, meditar por longos períodos sem se
perturbar com o mundo que a cerca.
As três deusas vulneráveis são: Hera, deusa do casamento, do compromisso e esposa; Deméter,
deusa mãe; Perséfone ou Coré, permite à mulher parecer eternamente jovem. Elas representam
os papéis tradicionais das mulheres - esposa, mãe e filha: são deusas orientadas para o
relacionamento e suas recompensas: casar (Hera), alimentar (Deméter), ser dependente
(Perséfone).
Perséfone ou Coré representa a garota jovem que ainda está inconsciente de seus desejos e
forças, pois ainda não sabe em o que é.
Todas as deusas encerram qualidades positivas e negativas, e nossa tarefa constante é crescer
além das limitações de cada um. Ora conciliando vários aspectos de diferentes deusas, ora
priorizando uma.
Se tivermos vivenciado o arquétipo feminino positivo através de nossa mãe ou de uma figura
maternal, isso significa que estivemos no reino materno da imaginação, do amor incondicional,
da eternidade e fidelidade aos instintos e à natureza benevolente do feminino.
Autora : Adélia Souza Sanches é Psicóloga clínica, Psicoterapeuta junguiana (especialização
Sedes), Sistêmica (pós-graduação PUC/SP); especializada em sonhos, mitos, símbolos e
histórias.
Extraído do Site : www.mentehumana.com.br/adelia
A vida psicológica pode ser considerada como a polarização e tensão contínuas de diferentes
tendências e funções, e também como um esforço constante, consciente ou não, para
estabelecer o equilíbrio.
Roberto Assagioli
Bibliografia :
Elementos da Psicossíntese
Parfitt, Will
Ediouro
1994
Pág. 34
Ao se aceitar o prazer sem suplicar por ele e sem se tornar dependente,e ao se aceitar o
sofrimento, quando inevitável, sem temê-lo e sem se rebelar contra ele, consegue-se aprender
muito mais tanto com o prazer como com o sofrimento, e torna-se possível "destilar a
essência" que ele contêm.
Roberto Assagioli
Bibliografia :
Elementos da Psicossíntese
Parfitt, Will
Ediouro
1994
Pág. 90
Conhecimento, compreensão e o uso sábio de elementos contrastantes são princípios
fundamentais, não só na pintura e na música, mas também na arte da vida. Cada um de nós
pode e deve modelar, do material vivo de sua personalidade, seja prata, mármore ou ouro, um
objeto de beleza que possa adequadamente manifestar seu Eu Transpessoal.
Bibliografia :
Os 7 Tipos Humanos
Assagioli, Roberto
Totalidade Editora
1997
Pág. 16
As origens remotas da Psicologia Transpessoal
Os pergaminhos do Mar Morto, descobertos em 1945, lançaram luz sobre o conhecimento dos
Essênios, como viviam, seus valores, suas imensas contribuições para nossas tradições
espirituais. Eles eram conhecidos por suas habilidades em curar e em viver vidas harmoniosas
em suas comunidades, numa época em que prevaleciam a guerra e a luta. Pesquisavam
diariamente as escrituras e mantinham as leis, reunidas em seu Código, as quais lhes
ensinavam como se relacionar com a vida, com todas as pessoas e com a Fonte - Deus.
Os essênios acreditavam que o Universo é regido por leis definitivas e irrefutáveis - elas regem
planta, animais, pessoas, comunidades - e que essas leis estão disponíveis para aqueles que se
disciplinam para ouvi-las e segui-las. Eles acreditavam que as leis da natureza não podem ser
mudadas e que a interferência, nessas leis, com certeza resultaria em desarmonia, ruptura e
negatividade.
Chamavam a lei natural que governa a mente humana de Leis das Atitudes. De modo
simplificado, a Lei diz que se deve expressar amor incondicional com relação ao eu, aos outros
e à Fonte de Vida - com toda a mente, em toda ação e pensamento.
Bibliografia :
Amor Incondicional e Perdão
Stauffer, Edith R.
Totalidade Editora
2o Edição
1997
Pág. 18 e 19
Pensamento de Carl G. Jung :
O encontro de duas personalidades é como o contato de duas substâncias químicas : se há
alguma reação, ambas são transformadas.
Psicologia : Objeto de Estudo e Áreas de Atuação
A Psicologia é ciência que gera uma prática profissional. Enquanto ciência tem por objetivo
explicar como o ser humano pode conhecer e interpretar a si mesmo e como pode interpretar e
conhecer o mundo em que vive ( aí incluídas a interação dos indivíduos entre si, a interação
com a natureza, com os objetos e com os sistemas sociais, econômicos e políticos dos quais
façam parte). Enquanto prática profissional, a psicologia coloca o conhecimento por ela
acumulado a serviço de indivíduos e instituições.
É uma ciência que tem como objeto de estudo os seres vivos que estabelecem trocas simbólicas
com o meio ambiente. Está relacionada às ciências humanas (filosofia, teoria do
conhecimento) e biológicas (biologia, neurofisiologia, psicofarmacologia) e apresenta
elementos comuns às ciências sociais (sociologia, antropologia) e exatas (ergonomia,
psicofísica).
Decorre daí a diversidade das abordagens e áreas de estudo na psicologia, bem como o grau de
interdisciplinariedade e convergência dos seus temas. As pesquisas no Instituto de Psicologia
abrangem desde o nível molecular, na psicofarmacologia, ou biofísico, na psicofisiologia, ao
epistemológico, na epistemologia genética, ao subjetivo, na interpretação dos sonhos e
motivações inconscientes, mantendo-se como fio condutor o interesse pelo comportamento e
pela experiência do indivíduo.
Planeta - Antes de mais nada, nós gostaríamos que a senhora definisse o que é psico-oncologia
e que técnicas ela utiliza para atingir os seus objetivos.
Serviço
...
Cora: Rua Madalena, 99, Vila Madalena, São Paulo, SP, Fone (011)3813-3340
Rachel Naomi Remem, O Paciente como ser humano e Histórias que curam,
A única coisa que realmente me deixa péssima é ver pessoas que não viveram sua autencidade.
Essas pessoas viveram com todos os seus deveres e obrigações, e culpas e desculpas e tudo o
mais.
Recrie essas situações na sua tela mental. Reviva os acontecimentos, deixe os sentimentos
associados a cada um desses fatos ressurgirem. Agora, faça uma lista, relacione todos os
acontecimentos de que conseguiu se lembrar. Reafirme para si mesmo seu desejo de mudar, de
fortalecer a sua vontade.
Reflita sobre todas as oportunidades e benefícios que você teria adquirido, no bem que você
poderia ter proporcionado a outras pessoas, se a sua vontade tivesse atuado com maior
intensidade. Pense claramente nas vantagens que poderiam ter sido obtidas, escreva-as. Deixe
os sentimentos associados às possíveis vantagens emergirem. Sinta a satisfação que essas
oportunidades poderiam ter lhe proporcionado, a satisfação que você obteria se tivesse mais
força de vontade. Procure sentir realmente o seu desejo de se tornar mais forte, mais
determinado.
Finalmente, procure se retratar como alguém que possui uma enorme força de vontade.
Imagine-se atuando em cada uma dessas situações, tomando decisões firmes, sua intenção
bem-definida, completamente consciente. Visualize-se andando, conversando; veja-se de uma
forma que exiba sua forte ligação com a sua vontade. Você é forte, perspicaz, firme e
determinando. E, mesmo assim, continua sendo gentil, consegue agir com critério e habilidade.
Observe que essa técnica pode ser empregada para fortalecer sua vontade sempre que você
achar necessário.
Bibliografia :
Elementos da Psicossíntese
Parfitt, Will
Ediouro
1990
Pág. 48
Psicossíntese
A psicossíntese é um método de desenvolvimento psicológico e auto-realização para aqueles
que se recusam a permanecer escravos dos seus próprios fantasmas interiores ou das
influências externas, que não se deixam submeter passivamente à atuação das pressões
psicológicas que se carregam dentro de si, e que estão determinados a se tornarem os mestres
de sua própria vida.
Roberto Assagioli
O Caminho da Individuação
Individuação significa tornar-se um ser único, na medida em que por "individualidade"
entendermos nossa singularidade mais íntima, última e imcomparável, significando também
que nos tornanos o nosso próprio si-mesmo.
O Egoísta ("salbstisch") nada tem a ver com o conceito de si-mesmo, tal como aqui o usamos.
Por outro lado, a realização do si-mesmo parece ser o contrário do despojamento do si-mesmo.
Este mal-entendido é geral, uma vez que não se distingue corretamente individualismo de
individuação.
Que sou eu, então ? Depois de eu me ter desidentificado do meu corpo, de minhas sensações,
de meus sentimentos, de meus desejos, de minha inteligência, de minhas ações, o que é que
resta ? Resta a essência do "eu" - um centro de pura consciência. É este o fator permanente no
sempre variável fluxo da minha vida pessoal. Isso é o que me dá o senso de ser, o senso da
permanência, do equilíbrio interior. Afirmo minha identidade com este centro, e compreendo a
sua permanência e energia.
II - Segunda fase.
Procurar preencher a nossa natureza emocional com um estado de confiança, de abandono, de
calma espera. A confiança é extremamente importante para produzir uma condição de abertura
e de receptividade, enquanto um estado de dúvida, de ceticismo ou de ansiedade produziria o
efeito contrário.
IV - Quarta fase.
Não prestar mais atenção e deixar que o inconsciente aja sem ser perturbado.
Para não mais prestar atenção e esquecer, pelo menos durante um certo período de tempo, a
idéia sugerida, aconselha-se a prática deste exercício à noite, antes de adormecer, para
possibilitar às forças inconscientes agirem sem ser perturbadas enquanto dormimos.
... podemos perguntar tudo ao nosso inconsciente, desde a solução de problemas práticos até a
ajuda para o desenvolvimento de qualidades que nos faltam; desde a colaboração em trabalhos
intelectuais e criativos até a inspiração necessária às decisões importantes a serem tomadas ...
Bibliografia:
O Eu e o Inconsciente
Batà, Angela Maria L. S.
Editora Pensamento
São Paulo
Pág. 87 e 88
Medo
Eis outro veneno largamento difundido. Além dos medos e angústias pessoais, invadem-nos a
atmosfera psíquica ondas de medos e pânico coletivos. O medo da guerra global e da
consequente destruição em larga escala da vida humana suscita uma dessas ondas. Difunde-se
também largamente a apreensão a respeito das crises econômicas, do desemprego, das
epidemias, da violência civil, e assim por diante.
Também neste caso, a primeira e a mais urgente coisa a fazer é evitar a exacerbação e a
alimentação de tais medos, por meio de profecias infundadas de catástrofes, e voltar a atenção
firme e propositadamente para áreas positivas e construtivas.
Ainda assim os jornais, revistas e programas de televisão competem para apresentar relatos
vívidos e dramáticos de acontecimentos e cenas de agressão e violência.
Toda essa ênfase só serve para intensificar a agressividade, mediante a intervenção do que foi
chamado de "o poder de alimentação da atenção". Seria, pois, medida elementar de higiene
psicológica, de proteção à saúde mental, evitar ou pelo menos limitar grandemente a exposição
a esses relatos sensacionalistas e às ilustrações do mesmo tipo.
Isto não significa fechar os olhos à agressão e à violência, ou ignorar a sua existência. Uma
coisa é lidar com informações objetivas sobre essa situações com um objetivo útil, e outra,
muito diferente, é submeter-se desnecessária e indiscriminadamente a uma enxurrada de
descrições e quadros sensacionalistas.
Bibliografia:
O Ato da Vontade
Assagioli, Dr. Roberto
Editora Cultrix
São Paulo
Pág. 59
Vocação
Jung :
Em última análise, o que induz uma pessoa a escolher seu próprio caminho e elevar-se acima
da identidade com as suas massas inconscientes, como quem emerge de uma nuvem de neblina
...
Quem tem vocação ouve uma voz interior; ele é chamado ...
Ter vocação significa, num sentido original, ouvir uma voz que nos é dirigida.
Os mais claros exemplos deste fato podem encontrar-se nas Confissões dos Profetas do Antigo
Testamento ...
Muitas pessoas já passaram, numa ou noutra ocasião, pela experiência de ter a atenção captada
por algum pensamento, verso ou melodia, durante longo espaço de tempo, às vezes horas, a
despeito dos esforços feitos para ser livre deles. Nas suas formas externas, essa experiência
pode tornar-se até patológica. Se, na tentativa de não pensar em determinada coisa, nos
concentrarmos intensamente em "não pensar nessa coisa", ela tenderá perversamente a tornar-
se ainda mais dominante e viva em nossa consciência. Não obstante, se escolhermos outro
assunto qualquer e dirigirmos para ele a nossa atenção, veremos que o pensamento indesejado
se tornará gradualmente mais periférico e tênue para, afinal, desaparecer por completo.
Bibliografia:
O Ato da Vontade
Assagioli, Dr. Roberto
Editora Cultrix
São Paulo
Pág. 56
Forças internas e externas do homem
Notaria logo que o homem, não obstante o imponente grau de domínio sobre a natureza, possui
um controle muito limitado sobre o seu interior. Perceberia que esse mágico moderno, capaz
de descer ao fundo do oceano e de projetar-se até a lua, é, em larga medida, ignorante do que
se passa nas profundezas do próprio inconsciente e incapaz de se elevar aos luminosos níveis
da supraconsciência, tornando-se cônscio de seu próprio self. Verificar-se-ia que esse pretenso
semideus que controla grandes forças elétricas com o mover de um dedo e inunda o ar de sons
e imagens para divertimento de milhões de pessoas - é incapaz de lidar com as próprias
emoções, impulsos e desejos.
Bibliografia:
O Ato da Vontade
Assagioli, Dr. Roberto
Editora Cultrix
São Paulo
Pág. 7
Uma técnica apresentada por William James para treinar a vontade
Mantenha a faculdade do esforço viva em si por um pequeno exercício gratuito cotidiano. Quer
dizer, seja sistematicamente heróico em pequenos pontos desnecessários; faça todos os dias
alguma coisa, sem nenhuma outra razão a não ser a sua dificuldade, de modo que, quando se
aproximar a hora da necessidade avassaladora, não o encontre acovardado e destreinado para
enfrentar o teste.
O ascetismo desse tipo é como o seguro que um homem paga por sua casa e seus bens. O
prêmio não lhe traz vantagem alguma de momento e, possivelmente, nunca terá reembolso.
Mas, se ocorrer um incêndio, estando o prêmio pago, ele será a sua salvação da ruína.
O mesmo acontece com o homem que se afez a hábitos de atenção concentrada, volição
enérgetica e desprendimento em coisas desnecessárias. Ele resistirá como uma torre quando
tudo treme à sua volta, e seus semelhantes mais brandos são varridos como farelo num pé-de-
vento.
Bibliografia:
Talks to Teachers
James, William
Henry Holt
New York
1912
Pág. 75 e 76
Um princípio psicológico fundamental - (Psicossíntese)
Neste princípio reside o segredo de nossa escravização ou de nossa liberdade. Sempre que nos
"identificamos" com uma fraqueza, um defeito, um medo ou qualquer emoção ou impulso
pessoal, limitamo-nos e paralisamo-nos. Toda a vez que admitimos "Estou desencorajado" ou
"Estou irritado", ficamos mais e mais dominados por depressão ou ira. Aceitamos essas
limitações; colocamos em nós mesmos os nossos grilhões. Se, pelo contrário, na mesma
situação, dizemos, "Uma onda de desencorajamento está tentando submergir-me" ou "Um
impulso de cólera está tentando subjugar-me", a situação é muito diferente. Temos então duas
forças que se defrontam; de um lado o nosso eu vigilante e do outro o desânimo ou a ira. E o
eu vigilante não se submete a essa invasão; ele pode, objetiva e criticamente, examinar esses
impulsos de desânimo ou ira; pode averiguar a origem deles, prever seus efeitos deletérios e
perceber até que ponto são infundados. Isto é muitas vezes suficiente para sustar um ataque de
tais forças e vencer a batalha.
Mas, mesmo quando essas forças em nosso íntimo são temporariamente mais fortes, quando a
personalidade consciente é, no começo, sobrepujada pela violência delas, o eu vigilante nunca
é realmente conquistado. Ele pode retirar-se para um reduto interior e aí preparar-se e aguardar
o momento favorável ao contra-ataque. Ele pode perder algumas batalhas mas, se não se
render, o resultado final não está comprometido e a vitória será obtida no fim.
Bibliografia:
Psicossíntese: Manual de Princípios e Técnica
Assagioli, Dr. Roberto
Editora Cultrix
São Paulo
Página 36
A oração da Gestalt-terapia
Eu faço minhas coisas, você faz as suas
Não estou neste mundo para viver de acordo com suas expectativas
E você não está neste mundo para viver de acordo com as minhas.
A felicidade verdadeira e duradoura chegará a sua vida no dia em que conseguir compreender
claramente que pode superar qualquer fraqueza - isto é, no dia em que compreender que o seu
subconsciente pode resolver todos os seus problemas, curar seu corpo e fazer com que prospere
além do que imaginava em seus sonhos mais otimistas.
Vou descrever agora um processo e uma técnica que ensino há muitos anos. ... Tente-a !
Suponha que você tem medo da água, de montanhas, de uma entrevista, do público ou de
lugares fechados. Se você tem medo de nadar, comece agora a sentar-se tranquilamente
durante uns cinco a dez minutos, três a quatro vezes por dia, e imagine que está nadando. É
uma experiência subjetiva. Mentalmente você se está projetando como se estivesse dentro da
água. Você sente a friagem da água e o movimento dos seus braços e pernas. É tudo tão real e
vívido, constituindo uma alegre atividade da mente. Não é um devaneio inútil, pois você sabe
que está experimentando em sua imaginação o que depois se desenvolverá em sua mente
consciente. Você será compelido a expressar a imagem e representação do quadro que
imprimiu em sua mente mais profunda. Essa é a lei do subconsciente. Você pode aplicar a
mesma técnica se tem medo de montanhas ou de lugares altos. Imagine que está escalando uma
montanha, sinta a realidade desse ato, aprecie o cenário, sabendo que, fazendo-o mentalmente,
o fará depois fisicamente com facilidade e segurança.
Bibliografia:
O Poder do Subconsciente
Murphy, Dr. Joseph
Editora Record
32a Edição
pág. 185, 237 e 238
Jung e a Intuição II
A intuição decorre de um processo inconsciente, dado que o seu resultado é uma idéia súbita, a
irrupção de um conteúdo inconsciente na consciência. A intuição é, portanto, um processo de
percepção, mas, ao contrário da atividade consciente dos sentidos e da introspecção, é uma
percepção inconsciente.
Mas, na realidade, a intuição é um fator dos mais naturais, dos mais normais e necessários,
pois nos coloca em contacto com o que não podemos perceber, pensar ou sentir, devido a uma
falta de manisfestação concreta.
Vejamos: o passado já não existe e a realidade do futuro não é tão manifesta quanto o
possamos imaginar; aí está por que devemos agradecer aos deuses pela existência de uma
função que esclarece um pouco sobre as coisas que se escondem ...
Médicos, frequentemente surpreendidos por situações imprevistas e sem antecedentes, têm que
contar com o auxílio desta função cheia de mistérios, sobre a qual repousa um grande número
de diagnoses perfeitas.
Bibliografia:
A natureza da Psique
Jung, C. G.
Editora Vozes
1991
Pág. 68
Pensamento de Virginia Satir :
"Tento ajudar as pessoas (...) a experimentar a conexão com a sua espiritualidade, levando-as a
entrar em contato com a sua ternura e com a sua força. Para tanto (...) precisamos entender que
nascemos para evoluir. (...) É um crescimento - e não há por que ter medo. Já ouvimos essa
mensagem antes. É sobre isto que falavam Jesus, Buda e tantos outros. Mas, no passado, a
maioria das pessoas (...) dizia: "Eles estão acima de nós, eles são divinos (...) somos apenas
humanos, portanto não podemos estabelecer a mesma conexão." Mas agora, começamos a
perceber que podemos.
James e a Confiança
Suponha, por exemplo, que você esteja escalando uma montanha e colocou-se numa posição
da qual a única saída é um terrível salto. Tenha fé de que você pode fazê-lo com sucesso e seus
pés serão enervados para esta façanha. mas desconfie de si mesmo e pense em todas as doce
coisas que você ouviu os cientistas dizerem sobre os talvez e você hesitará por tanto tempo
que, ao final, totalmente nervoso e trêmulo ao se lançar num momento de desespero, você
rolará no abismo. Em tal caso (e ele pertence a uma enorme classe), a questão de sabedoria,
assim como a de coragem, é acreditar no que está na linha de suas necessidades, pois só com
esta fé a necessidade será preenchida. Recuse-se a acreditar e você poderá de fato estar certo,
pois poderá irrecuperavelmente perecer. Mas acredite, e novamente você talvez esteja certo,
pois poderá salvar-se. Você torna um ou outro dos universos possíveis verdadeiro por sua
confiança ou desconfiança.
Bibliografia:
The Will to Believe and Other Essays in Popular Philosophy
James, William
Longmans, Green and Company
New York e London
1896
Pág. 59
Palavras de William James
É muito importante que os professores compreendam a importância do hábito e a Psicologia
pode ajudar-nos muito neste ponto. Falamos, é verdade, de bons e maus hábitos; mas, quando
as pessoas usam a palavra "hábito", na maioria das vezes têm em mente um mau hábito. falam
do hábito de fumar e do hábito de praguejar e de beber, mas não do hábito de abstenção ou do
hábito da moderação ou da coragem. Mas os fato é que nossas virtudes são hábitos, assim
como nossos vícios. Toda nossa vida, na medida em que tem uma forma definida, não é nada
mais que um conjunto de hábitos - práticos, emocionais e intelectuais - sistematicamente
organizados para o nosso prazer ou pesar, que nos levam de forma irresistível em direção a
nosso destino, seja este qual for.
Bibliografia:
Talks to Teachers on Psychology and to Students on Some of Life's Ideas
James, William
Dover
New York
1962
Pág. 33
Palavras de Jung
Tudo o que nos acontece,
corretamemte compreendido,
Da próxima vez que você tiver uma discussão com sua esposa ou com seu amigo, ou com um
pequeno grupo de amigos, simplesmente para de discutir por um momento e, como um
experimento, institua esta regra: "Cada pessoa só pode falar por si mesma depois de ter
reafirmado com exatidão as idéias da pessoa que falou anteriormente, de forma satisfatória
para essa pessoa." Você pode entender o que isto significa. Significa que antes de apresentar
seu próprio ponto de vista, será necessário colocar-se realmente no ponto de referência da outra
pessoa que falou - compreender seus pensamentos e sentimentos o bastante para ser capaz de
resumi-los para ela. Parece simples, não ? Mas se você o tentar, descobrirá que é uma das
coisas mais difíceis que você já tentou fazer. Entretanto, desde que você seja capaz de enxergar
o ponto de vista do outro, seus próprios comentários terão de ser revistos de modo drástico.
Você também descobrirá que a emoção se esvai da discusão, que as diferenças são reduzidas e
que aquelas que permanecem são racionais e compreensíveis.
Bibliografia:
Teorias da Personalidade
Fadiman, James
Frager, Robert Editora Harbra
1979
Pág. 254
Jung e a Intuição
A intuição é a função pela qual se antevê o que se passa pelas esquinas, coisa que
habitualmente não é possível. Entretanto encontramos pessoas que fazem isso e acabamos
acreditando nelas.
É uma função que normalmente fica inativa se vivemos trancados entre quatro paredes, numa
vidinha de rotina. Mas se trabalharmos na Bolsa de Valores ou na África Central, então esses
"palpites" e "impressões" serão as mais eficazes armas de trabalho.
É impossível prever, por exemplo, se, ao passar por um arbusto, toparemos com um leão ou
um tigre - mas podemos ter uma "impressão", e isso é o que, no fim de contas, pode salvar a
pele. Através desse exemplo, se vê que as pessoas normalmente expostas a condições normais
têm que ser valer constantemente da intuição, assim como aqueles que se arriscam num campo
desconhecido e os que são pioneiros em qualquer empreendimento. Inventores bem como
juízes são auxiliados por ela.
Sempre que se tiver de lidar com condições para as quais não haverá valores preestabelecidos
ou conceitos já firmados, esta função será o único guia.
Tentei descrever tudo na melhor maneira possível, mas pode ser que as coisas não tenham
ficado tão claras. O que quero dizer é que a intuição é um tipo de percepção que não passa
exatamente pelos sentidos; registra-se ao nível do inconsciente, e é onde abandono toda
tentativa de explicação dizendo-lhes: "Não sei como isso se processa". Não sei o que se passa
quando um homem se inteira de fatos como ele, em absoluto, não tem meios de conhecer. Não
consigo dizer como essas coisas acontecem, entretanto a realidade aí está, e tais fenômenos são
comprovados ...
Continuamente, venho presenciando esses fatos, e estou convencido de sua existência. Entre os
primitivos, eles ocorrem com frequência, e se prestarmos atenção, registraremos em todo lugar
percepções que, de certa forma, trabalham através de dados subliminares, como percepções
sensoriais tão sutis que escapam à nossa consciência.
Bibliografia:
Fundamentos de Psicologia Analítica
Jung, C. G.
Editora Vozes
1988
Pág. 10 e 11
O caminho da auto-aceitação e da aceitação dos outros
"Ninguem, se queixa da água por ser úmida, nem das rochas por serem duras ...
Como a criança olha para o mundo com uns grandes olhos inocentes e que não criticam,
limitando-se simplesmente a observar e a reparar no que se passa, sem raciocinar nem
perguntar se poderia ser de outra maneira, assim o indivíduo auto-realizado olha para a
natureza humana tanto em si como nos outros."
Bibliografia:
Motivation and Personality
Maslow, A. H.
Harper and Bros.
1954
Pág. 207
Psicossíntese
A Psicossíntese é uma proposta de trabalho de tipo psicológico e educacional que tem por
objetivo facilitar tanto o reconhecimento quanto a manifestação do potencial criativo do
indivíduo, potencial esse que se acha presente no conflitos e nas crises pessoais.
A aplicação de seus princípios e métodos vem sendo feita em vários campos profissionais: na
psicoterapia, na educação, na medicina, em política, na ação pastoral, no desenvolvimento
organizacional etc. Sua abordagem tem sempre como ponto de referência e experiência do
sujeito, buscando-se clarificar, a partir dos sintomas ou indicadores específicos, o padrão
emergente - novo -. que surge para ampliar a consciência e as possibilidades de manifestação
do ser.
Bibliografia:
Psicossíntese: Manual de Princípios e Técnica
Assagioli, Dr. Roberto
Editora Cultrix
São Paulo
Contra capa
Teoria Paradoxal da Mudança
"... a mudança pode ocorrer quando o paciente abandona, pelo menos de momento, aquilo em
que gostaria de se tornar e tenta ser aquilo que é. A premissa é que a pessoa deve permanecer
em seu lugar, a fim de ter um terreno firme para se deslocar, e que é difícil ou impossível
qualquer movimento sem essa base sólida."
A teoria da mudança da Gestalt-terapia
As crianças absorvem ( introjetam ) idéias e comportamentos. Isso resulta em moralidade
forçada, e não numa moralidade organismicamente compatível. Em decorrência disso, as
pessoas frequentemente sentem culpa quando se comportam de acordo com sua vontade, em
contraste com seu(s) deveria(s). Algumas investem uma enorme quantidade de energia na
manutenção da separação entre seu(s) deveria(s) e suas vontades - cuja resolução exige o
reconhecimento de uma moralidade própria, em contraste com uma moralidade introjetada.
O(s) deveria(s) sabota(am) tais pessoas, e quanto mais elas procuram ser quem não são tanto
mais resistência se organiza e a mudança não ocorre.
Beisser defendeu a teoria de que a mudança não ocorre por meio da "tentativa coercitiva do
indivíduo ou de outro de mudá-lo", mas acontece se a pessoa gasta seu tempo e esforço para
ser "o que é", para estar integralmente em sua posição atual ( The paradoxal theory of change,
1970 , p. 70 ). Quando o terapeuta rejeita o papel de agente da mudança , mudanças ordenadas
e significativas também podem ocorrer.
... os Gestalt-terapeutas acreditam que as pessoas tem um impulso natural em direção à saúde.
Essa propensão é encontrada na natureza e as pessoas são parte da natureza. A awareness do
óbvio, o continuum de awareness, é um instrumento que a pessoa pode usar deliberadamente
para canalizar esse impulso espontâneo para a saúde.
Empreguei nesse ponto a expressão "a vivência do eu", embora essa expressão não seja
completamente exata. Na segurança da relação com um terapeuta centrado no cliente, na
ausência de qualquer ameaça presente ou possível contra o eu, o cliente pode permitir-se
examinar diversos aspectos da sua experiência exatamente da mesma maneira que os sente, tal
como os apreende através do seu sistema sensorial e visceral, sem os distorcer para adaptá-lo
ao conceito existente de eu. Muitos desses aspectos revelam-se em extrema contradição com o
conceito de eu e não poderiam normalmente ser experimentados plenamente, mas, nessa
relação de confiança, o cliente pode permitir que se manifestem na consciência sem sofrerem
uma deformação.
Seguem então muitas vezes o seguinte esquema: "Eu sou isso e aquilo, mas experimento esse
sentimento que não tem qualquer relação com aquilo que sou"; "Gosto dos meus pais, mas
sinto um surpreendente rancor em relação a eles, de tempos em tempos", "Realmente não
valho nada, mas às vezes tenho a impressão de ser melhor que qualquer um". Assim, de início,
a expressão é: "Sou um eu que é diferente de uma parte da minha experiência". Mas tarde, isso
se transforma num esquema provisório: "Talvez eu seja alguns eus muito diferentes, ou talvez
o meu eu encerre mais contradições do que aquelas que eu imaginava". Mas tarde ainda, o
esquema é: "Tinha certeza de de que eu não podia ser a minha experiência - era demasiado
contraditória - mas agora começo a acreditar que posso ser o todo da minha experiência".
...
Procurei lhes contar o que pareceu ocorrer nas vidas das pessoas com as quais tive o privilégio
de compartilhar uma relação à medida que lutavam para se tornarem elas mesmas.
...
Tenho ressaltado que cada indivíduo parece estar fazendo uma pergunta dupla: "Quem sou
eu ?" e "Como posso tornar-me eu mesmo ?". Tenho afirmado que num clima psicológico
favorável um processo de tornar-se ocorre; que o indivíduo deixa cair as máscaras defensivas
com as quais vinha encarando a vida, uma após a outra; que ele vivencia plenamente os
aspectos ocultos de si mesmo; que descobre nessas experiências o estranho que vinha vivendo
por detrás destas máscaras, o estranho que é ele mesmo.
Tentei exibir o meu quadro dos atributos característicos da pessoa que aflora; uma pessoa que
está mais aberta a todos os elementos de sua experiência orgânica; uma pessoa que está
desenvolvendo uma confiança em seu próprio organismo como um instrumento de vida
sensível...
Bibliografia:
Tornar-se Pessoa
Rogers, Carl R.
Editora Martins Fontes
São Paulo
1999
pag. 88, 89, 139 e 140
Afirmação de Carl R. Rogers :
Se eu posso criar uma relação caracterizada da minha parte:
A maneira com que expressei esse pensamento talvez lhe pareça estranha.
Nossa primeira reação à maioria das afirmações (que ouvimos as outras pessoas fazerem) é
uma avaliação ou um julgamento, mas não uma compreensão delas.
Um pouco do que pensava Carl Gustav Jung (1875-1961) sobre Mitos e Lendas :
"No Oriente, grande parte da terapia prática se constrói sobre o princípio de
elevar o caso pessoal a uma situação geral válida. A medicina grega também
trabalhava com o mesmo método. É evidente que a imagem coletiva ou sua
aplicação deve estar de acordo com a condição particular do paciente. O mito
ou a lenda emerge do material arquetípico que está constelado pela doença, e
o efeito psicólogico consiste em conectar o paciente com o sentido geral de
sua situação.
...
A moderna terapia espiritual usa o mesmo princípio: a dor ou doença é comparada com o
sofrimento de Cristo na Cruz, e essa idéia dá consolação. O indivíduo é elevado acima de sua
miserável solidão e colocado como quem suporta um destino heróico e significativo que,
finalmente, reverte em bem para o mundo, como o martírio e a morte de um Deus.
...
Isto provocava tal libertação de energia que se torna perfeitamente compreensível por que a
dor diminuía.
...
E é bem provável que um símbolo adequado e impressionante possa mobilizar as forças do
inconsciente a tal ponto que até o sistema nervoso seja afetado, levando o corpo a reagir de
maneira normal novamente."
Bibliografia:
Fundamentos de psicologia analítica
Jung, Carl Gustav
Editora Vozes
1985
Pag. 96 e 97
Pensamento de Carl Gustav Jung
"Nosso objetivo é a melhor compreensão possível da vida assim como a encontramos na alma
humana. O que aprendemos através da compreensão não vai, espero sinceramente, petrificar-se
em teoria intelectual, mas se tornar um instrumento que, através de sua aplicação prática,
melhore em qualidade até poder servir seu propósito com o máximo de perfeição possível."
"Estou convencido de que a verdadeira meta da análise é atingida quando o
paciente adquire um suficiente conhecimento dos métodos, mediante os quais
poderá ficar em contato com o inconsciente, e um saber psicológico
satisfatório, que lhe permita compreender razoavelmente o desenvolvimento
do seu traçado vital ... Neste sentido, a análise não é um método que possa ser
monopolizado pela medicina; é também uma arte, uma técnica ou uma ciência
da vida psicológica, que devemos cultivar depois da cura, para o próprio bem
e para o bem de todos ... e quanto mais conscientes nos tornamos de nós
mesmos através do autoconhecimento, atuando consequentemente, tanto mais se reduzirá a
camada do inconsciente pessoal que recobre o inconsciente coletivo. Desta forma, vai
emergindo uma consciência livre do mundo mesquinho, suscetível e pessoal do eu, aberta para
a livre participação de um mundo mais amplo"
Bibliografia :
O Eu e o Inconsciente
Carl Gustav JUNG
Editora vozes
Pág. 53 e 148
Gestalt-Terapia
Gestalt-Terapia é uma terapia experiencial e do presente, fundada por Frederick (Fritz) e Laura
Perls na década de 1940. Ela ensina a terapeutas e pacientes o método experiencial da
"awareness", no qual perceber, sentir e agir são distinguidos da interpretação e das atitudes
evasivas preexistentes. A ênfase está em observar, descrever e explicar a estrutura exata do que
está sendo experienciado no aqui e agora.
Os dados disponíveis para observação direta pelo terapeuta são estudados pelo foco
fenomenológico, com experimentos, relatos dos participantes e diálogo.
O foco fenomenológico ajuda as pessoas a ficarem distantes da sua maneira usual de pensar,
portanto elas podem constatar a diferença entre o que está atualmente sendo percebido e
sentido na experiência vivenciada no aqui e agora e o que é resíduo do passado.
O objetivo é de que os pacientes se tornem conscientes do que eles estão fazendo, como eles
estão fazendo isso, e como eles podem mudar-se, e ao mesmo tempo, aprenderem a
reconhecer-se, a aceitar-se e a ter auto-estima.
Embora o foco do processo terapêutico seja o presente (aqui e agora), a experiência passada
tem sua importância a partir da forma como afeta o "agora", surgindo como situações
inacabadas, hábitos e crenças.
A Gestalt-Terapia foca mais o processo ( o que está acontecendo ) do que o conteúdo ( o que
está sendo discutido/questionado/examinado ). A ênfase é no que está sendo experienciado,
pensado e sentido no momento, antes do que, foi, poderia ser ou deveria ser.
PENSAMENTO DE FREUD
A interpretação dos sonhos é, de fato, a estrada real para o
conhecimento
do inconsciente, a base mais segura da psicanálise.
É campo onde cada trabalhador pode por si mesmo chegar a adquirir
convicção própria, bem como atingir maiores aperfeiçoamentos.
Quando me perguntam como pode uma pessoa fazer-se psicanalista,
respondo que é pelo estudo dos próprios sonhos.
SIGMUND FREUD (1856-1939)
O Pensamento vivo de Freud
Martin Claret Editores
A PSICOLOGIA JUNGUIANA
Jung escreveu :
"Existem tantos arquétipos quantas as situações típicas na vida.
Uma repetição infinita gravou estas experiências em nossa
constituição psíquica, não sob a forma de imagens saturadas
de conteúdo, mas a princípio somente como formas sem conteúdo
que representavam apenas a possibilidade de um certo tipo de
percepção e de ação". (vol. 9i, p. 48)
www.estudodamente.com - Metáforas
Conta uma popular lenda do Oriente Próximo, que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um
povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:
- Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem ?" - perguntou por sua vez o ancião.
- Oh, um grupo de egoístas e malvados - replicou o rapaz - estou satisfeito de haver saído de lá.
A isso o velho replicou: - A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui.
No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:
O velho respondeu com a mesma pergunta: - Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu: - Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito
triste por ter de deixá-las.
- Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom
nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos
ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa
vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.
Autor Desconhecido
Olimpíadas Especiais
Certa vez, em uma das provas das Olimpíadas Especiais, nos Estados Unidos, nove participantes, todos
com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos.
Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si,
terminar a corrida e ganhar.
Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar.
Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou e deu um beijo no garoto, dizendo:
E você?
Um garotinha se aproximava da loja e amassou o narizinho contra o vidro da vitrina. Os olhos da cor
do céu, brilhavam quando viu determinado objeto. Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesa
azuis.
Sem exitar ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o
sobre o balcão, e feliz disse :
- Sabe, continuou. Eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa
mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É aniversário dela e tenho certeza que ela ficará feliz
com o colar que é da cor dos seus olhos.
O homem, foi para o interior da loja. Colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel
vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.
Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo. Ainda não acabara o dia, quando uma linda jovem de cabelos
loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou à loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho
desfeito e indagou :
- Sim senhora.
- E quanto custou?
- Ah! Falou o dono da loja. O preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto
confidencial entre o vendedor e o freguês.
A moça continuou:
- Mas minha irmã somente tinha algumas moedas. O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro
para pagá-lo.
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e o devolveu à jovem.
- Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo que tinha!
O silêncio encheu a pequena loja, e duas lágrimas rolaram pelas faces jovens. Enquanto suas mãos
tomavam o embrulho ela retornava ao lar emocionada ...
Autor Desconhecido
FLORES RARAS
Conta-se que havia uma jovem que tinha tudo, um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego
que lhe rendia um bom salário e uma família unida.
O trabalho e os afazeres lhe ocupavam quase todo tempo e ela estava sempre em débito em alguma
área. Se o trabalho lhe consumia tempo demais, ela tirava dos filhos, se surgiam imprevistos, ela
deixava de lado o marido...
E assim, as pessoas que ela amava eram deixadas para depois até que um dia, seu pai, um homem
muito sábio, lhe deu um presente: Uma flor muito rara, da qual só havia um exemplar em todo o
mundo.
A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza sem igual.
Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o trabalho consumia todo o seu tempo, e a sua vida,
que continuava confusa, não lhe permitia cuidar da flor.
Ela chegava em casa, e as flores ainda estavam lá, não mostravam sinal de fraqueza ou morte, apenas
estavam lá, lindas, perfumadas.
Até que um dia, sem mais nem menos, a flor morreu. Ela chegou em casa e levou um susto! A planta,
antes exuberante, estava completamente morta, suas raízes estavam ressecadas, suas flores murchas e
as folhas amareladas.
A jovem chorou muito, e contou ao pai o que havia acontecido. Seu pai então respondeu: eu já
imaginava que isso aconteceria, e, infelizmente, não posso lhe dar outra flor, porque não existe outra
igual a essa.
Ela era única, assim como seus filhos, seu marido e sua família.
Todos são bênçãos que o senhor lhe deu, mas você tem que aprender a regá-los, podá-los e dar atenção
a eles, pois assim como a flor, os sentimentos também morrem.
Você se acostumou a ver a flor sempre lá, sempre viçosa, sempre perfumada,e se esqueceu de cuidar
dela.
Por fim, o pai amoroso e sábio concluiu: Filha! Cuide das pessoas que você ama!
Autor Desconhecido
Um casal de idosos comemora suas Bodas de Ouro após longos anos de matrimônio.
- Por cinqüenta anos tenho sempre sido atenciosa para com meu esposo e sempre lhe dei a parte
crocante de cima do pão. Hoje desejo, finalmente, degustar eu mesma essa gostosura.
Ela espalhou manteiga na parte de cima do pão e deu ao marido a outra metade.
Ao contrário do que ela esperava, ele ficou muito satisfeito, beijou sua mão e disse:
- Minha querida, tu acabas de me dar a maior alegria do dia. Por mais de cinqüenta anos eu não comi a
parte de baixo do pão, que é minha preferida. Sempre pensei que eras tu que deverias tê-la, já que tanto
a aprecias.
(Do livro O Mercador e o Papagaio, de Nossrat Peseschkian, Papirus Editora)
"As coisas não precisam continuar sendo feitas como sempre foram feitas"
(autor desconhecido)
Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e,
sobre ela, um cacho de banana.
Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançaram um jato de água
fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros
enchiam-no de pancadas. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da
tentação das bananas.
Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada,
dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo
integrante do grupo não mais subia a escada.
Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com
entusiamo, da surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o
o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um
banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza
a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."
Você não deve perder a oportunidade de passar esta história para seus amigos, para que, vez por outra,
questionem-se porque estão batendo...
"É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito". Albert Einstein
A Lição do Bambu Chinês
(sabedoria chinesa)
Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada, por aproximadamente 5 anos
exceto lento desabrochar de um diminuto broto, a partir do bulbo.
Uma maciça e fribosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra está sendo
contruída.
Então, no final do 5o Ano, o bambu chinês, cresce até atingir a altura de 25 metros.
Um escritor de nome Covey escreveu: Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu
chinês.
Você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e, às vezes não
vê nada por semanas, meses, ou anos.
Mas se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5o Ano chegará, e,
com ele, virão um crescimento e mudanças que você jamais esperava ...
O bambu chinês nos ensina que não devemos facilmente desistir de nossos projetos, e de nossos
sonhos...
Procure cultivar sempre dois bons hábitos em sua vida: a Persistência e Paciência, pois você merece
alcançar todos os seus sonhos!!!
É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao
chão.
Extraído de um Folheto da : ANIMAVERSUM - 22/02/2002
A importância Univxrsal dx Cada Um
(autor dxsconhxcido)
Apxsar dx minha máquina dx xscrxvxr sxr um modxlo antigo, xla funciona bxm, com xxcxção dx uma
txcla. Há quarxnta x duas txclas qux funcionam bxm, mxnos uma, x isto faz uma grandx difxrxnça.
Txmos qux txr cuidado para qux nosso grupo funcionx como xsta máquina dx xscrxvxr x qux todos os
sxus mxmbros trabalhxm como dxvxm.
Ninguxm txm o dirxito dx pxnsar: "Afinal, sou apxnas uma pxssoa x sxm dúvida não faz muita
difxrxnça a minha participação dxntro do grupo." Comprxxndxmos qux, para um grupo podxr
progrxdir xficixntxmxntx, nxcxssário sx faz qux todos participxm ativamxntx.
Sxmprx qux vocx pxnsar qux não prxcisam dx vocx, lxmbrx-sx da minha vxlha máquina dx xscrxvxr x
diga a si próprio: "Xu sou uma das txclas importantxs xm todas as atividadxs dx qux participo x os
mxus sxrviços são nxcxssários. - Txnho importância Univxrsal."
Extraído do Site : www.stgermain.org.br
Você já observou bem de perto, um cristal de rocha ?
À primeira vista, ele não passa de um simples mineral, frio, servindo apenas como objeto de decoração.
Porém, essa frieza é só aparente. Pesquisando, estudando, perquirindo até o cerne, o homem descobriu
que uma minúscula partícula do cristal de rocha - ou quartzo - possui vibrações suficientes para
alimentar com espantosa precisão aparelhos de alta tecnologia.
O surpreendente poder do quartzo, durante séculos protegido no interior da terra, guardando em suas
entranhas o mistério da cristalização da força, é hoje amplamente empregado pela ciência nos mais
avançados e engenhosos empreendimentos em benefício da humanidade.
No lugar da aparente frieza do quartzo o que existe, na verdade, além de uma sonora transparência e
rara limpidez, é uma forte, poderosa e pura energia.
O homem sabe disso, hoje, porque não se contentou com o que simplesmente via no cristal em seus
aspectos externos, mas penetrou fundo e amadureceu na realidade do valioso mineral.
Assim como no quartzo, também dentro de você lateja uma energia imensa, concentrada, a ser
pesquisada e desenvolvida para que possa movimentar mais precisamente esse majestoso e supremo
engenho que é sua própria existência.
Extraído do Folheto : Descubra em você essa Energia da Ordem Rosacruz (www.amorc.org.br)
Uma história do Talmude
Encontrava-se Rabi Meir na Casa de Estudos quando morreram seus dois filhos. Era shabat, dia de
descanso, e Brúria, sua esposa, não quis interromper-lhe a reza para avisá-lo. Quando Rabi Meir
retornou a casa, Brúria lhe disse que precisava de um conselho para um problema que a afligia:
"Há muito tempo emprestaram-me duas jóias preciosas para que eu as cuidasse. Eram tão lindas que
me apeguei muito a elas. Agora vieram pedi-las de volta. Mas ficaram comigo tanto tempo que as sinto
minhas. Que devo fazer?"
"Mas como?", respondeu Rabi Meir, "você ficaria com o que não lhe pertence? Se foram emprestadas,
têm que ser devolvidas."
Adaptada do Talmude
Livro de sabedoria judaico
Bibliografia:
Revista Thot
Uma publicação da Associação Palas Athena
Número 60
1995
Pág. 40
Quando Richard Bandler e John Grinder estavam fazendo terapia particular, eram conhecidos como os
mestres da interrupção de padrões. Bandler contou-me uma história sobre uma visita a uma instituição
para doentes mentais e o procedimento com um homem que insistia que era Jesus Cristo, não
metaforicamente, não em espírito, mas em carne. Um dia Bandler foi lá para encontrar esse homem.
Aquilo deixou o homem um pouco confuso. Em três ou quatro minutos, Bandler voltou trazedo uma
fita métrica. Pedindo ao homem que abrisse os braços, Bandler mediu a largura de seus braços e a
altura da cabeça ao dedo do pé. Depois disso, Bandler saiu. O homem que dizia ser Jesus ficou um
pouco preocupado. Um pouco mais tarde, Bandler voltou com um martelo, alguns pregos grandes e
afiados e uma porção de tábuas. Começou a prendê-los em forma de uma cruz.
Enquanto Richard punha os últimos pregos na cruz, perguntou: "Você é Jesus ?"
De alguma forma, o homem subitamente lembrou-se quem ele era na realidade. Seu velho padrão já
não parecia uma idéia boa.
"Eu não sou Jesus ! Eu não sou Jesus !" começou o homem a gritar.
Caso encerrado.
Bibliografia:
Poder sem Limites
Robbins, Anthony
Editora Best Seller
5o Edição
1987
Pág. 264 e 265
Uma reunião dos Alcoólicos Anônimos, Estados Unidos. O monitor faz um breve discurso: “palavras
são só palavras, cada um interpreta de um jeito. Mas hoje, nada de palavras. Vocês vão travar contato
direto com a realidade, nua e crua”. Ele pega então dois frascos de vidro, enche um com água e outro
com álcool. Pega um pequenino verme e deixa-o cair no frasco com água. O verme afunda, alguns
segundos depois começa a movimentar-se, chega à superfície e nada até a borda.
O monitor apanha novamente o verme, deixando-o cair desta vez no frasco com álcool. Ele novamente
afunda, só que dessa vez permanecendo inerte. Instantes depois ele começa a se desintegrar. Depois de
algum tempo, dele só resta um borrão acinzentado turvando a cristalinidade do líquido.
O monitor pergunta: “todos viram?”. Sim, todos. “E a que conclusão podemos chegar?”. Uma mão se
levanta: “Entendo que, se bebermos álcool, não teremos vermes”.
Autor : Ruben Bauer
Parte do Artigo : Convivencialidade, Autopoiesis e Aprendizagem Organizacional
Extraído do Site : www.bauer.pro.br
A LAGOSTA
A lagosta cresce formando e largando uma série de cascas duras, protetoras. Cada vez que ela se
expande, de dentro para fora, a casca confinante tem de ser mudada. A lagosta fica exposta e
vulnerável até que, com o tempo, um novo revestimento vem substituir o antigo.
A cada passagem de um estágio de crescimento humano para outro, também temos de mudar uma
estrutura de proteção. Ficamos expostos e vulneráveis, mas também efervescentes e embriônicos
novamente, capazes de nos extendermos de modo antes ignorado.
Essas mudanças de pele podem durar vários anos; entretanto, se sairmos, de cada uma dessas
passagens, entramos num período mais prolongado e mais estável, no qual podemos esperar relativa
tranquilidade e uma sensação de reconquista de equilibrio.
Citado em "Passagens" de Gail Sheehy
O HOMEM QUE NÃO SE IRRITAVA
Em uma cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém.
Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas.
Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa
determinada noite em que o levariam a um jantar.
Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para
a ocasião. Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, que o homem
gostava muito.
A garçonete chegou próximo a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado,
a fim de facilitar a tarefa.
Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi embora para outra mesa.
Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela
direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se
distanciou, ignorando-o.
Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando
saboroso aroma, como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha.
Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam discretamente, para ver sua reação.
Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse: o que o senhor
deseja?
Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos...
Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranqüilamente: a senhorita serviu sim, mas eu aceito
um pouco mais!
Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar com a moça, terminaram o jantar,
convencidos de que nada mais faria com que aquele homem perdesse a compostura.
Bom seria se todas as pessoas agissem sempre com discernimento em vez de reagir com irritação e
impensadamente.
Ao protagonista da nossa singela história, não importava quem estava com a razão, e sim evitar as
discussões desgastantes e improdutivas.
Quem age assim sai ganhando sempre, pois não se desgasta com emoções que podem provocar sérios
problemas de saúde ou acabar em desgraça.
Muitas brigas surgem motivadas por pouca coisa, por coisas tão sem sentido, mas que se avolumam e se
inflamam com o calor da discussão.
Isso porque algumas pessoas têm a tola pretensão de não levar desaforo para casa, mas acabam
levando para a prisão, para o hospital ou para o cemitério.
Por isso a importância de aprender a arte de não se irritar, de deixar por menos ou encontrar uma
saída inteligente como fez o homem no restaurante.
Pense nisso!
Autor Desconhecido
GRATIDÃO
Uma garotinha se aproximava da loja e amassou o narizinho contra o vidro da vitrina. Os olhos da cor
do céu, brilhavam quando viu determinado objeto. Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquezas
azuis.
Sem exitar ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o
sobre o balcão, e feliz disse:
- Sabe, continuou. Eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa
mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É aniversário dela e tenho certeza que ela ficará feliz
com o colar que é da cor dos seus olhos.
O homem, foi para o interior da loja. Colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel
vermelho e fez um laço caprichado com um fita verde.
Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo. Ainda não acabara o dia, quando uma linda jovem de cabelos
loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou à loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho
desfeito e indagou:
- Sim senhora.
- E quanto custou?
- Ah! Falou o dono da loja. O preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto
confidencial entre o vendedor e o freguês.
A moça continuou:
- Mas minha irmã somente tinha algumas moedas. O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro
para pagá-lo.
O homem, tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e o devolveu à jovem.
- Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar.
Ela deu tudo que tinha! O silêncio encheu a pequena loja, e duas lágrimas rolaram pelas faces jovens.
Enquanto suas mão tomava o embrulho ela retornava ao lar emocionada.
Verdadeira doação, é dar-se por inteiro sem restrições. Gratidão de quem ama não coloca limites para
os gestos de ternura.
E a gratidão, é sempre a manifestação de Deus para com pessoas que tem riqueza de emoções e
altruísmo.
Sê sempre grato, mas não espere pelo reconhecimento de ninguém. Gratidão como Amor é também
dever que não apenas aquece quem recebe, como reconforta quem oferece.
Autor Desconhecido
O HOMEM É FRUTO DE SI MESMO
Existiu, há muito tempo, um velho guerreiro e seu discípulo. Estre discípulo não conseguia
compreender que tudo o que acontecia com ele era fruto de seu próprio apego às coisas inventadas por
ele mesmo em seu dia-a-dia.
Depois o mestre riu às gargalhadas e saiu cavalgando numa nuvem, até desaparecer.
Bibliografia:
Edições Planeta - ZEN-BUDISMO
Número 136-A / Janeiro de 1984
Severino, Roque Enrique (Argentino e professor de Filosofia Oriental)
Editora Três
Pág. 18
"Se pode aprender algo de qualquer coisa", disse um sábio aos seus discípulos.
"Cada coisa pode ensinar-nos algo. E não somente o que Deus fez, o que o homem fez também pode
ensinar-nos."
- "O que podemos aprender com um trem ?", perguntou um dos estudantes duvidando do Mestre.
Perguntaram a um sábio :
- "Nossos mestres sempre nos ensinaram que não há nada neste mundo que não tenha o seu respectivo
lugar.
- "Ora, simples : porque cada um quer ocupar o lugar do outro", respondeu o sábio.
Bibliografia:
O Novo Cérebro
Spritzer, Dr. Nelson
L & PM Editores
1995
Pág. 48
O ouvido pôs-se à escuta e, depois de ter escutado atentamente por algum tempo, disse :
- "Mas onde há montanha ? Não ouço nada !"
E o nariz disse :
- "Não há montanha alguma. Não sinto o cheiro !"
O olho voltou-se para o outro lado e todos começaram a conversar sobre a estranha alucinação do Olho
e diziam :
- "Há qualquer coisa errada com o Olho ..."
Khalil Gibran
SINTONIA
Para aprender a viver na freqüência Divina é preciso dar 3 passos: sintonizar, afinar e refinar.
Se está um pouquinho fora da estação, você ouve, mas não ouve bem.
Se você afina as cordas do violão fora do tom do diapasão, o som não fica bom.
Estar em sintonia é estar perfeitamente ajustado e afinado na forma de pensar com a divindade.
- Está cheio?
- Sim!
- Sim!
- O professor então levou uma lata cheia de areia e começou a derrama-la dentro do vaso.
Agora a maioria dos alunos estava receosa, mas novamente muitos responderam:
- Sim!
- Não importa quanto a “agenda” da vida de alguém esteja cheia, ele sempre conseguirá “espremer”
dentro mais coisas!
A menos que você coloque as pedras grandes em primeiro lugar dentro do vaso, nunca mais conseguirá
coloca-las lá dentro.
As pedras grandes são as coisas importantes de sua vida: seu relacionamento com Deus, sua família,
seus amigos, seu crescimento pessoal e profissional.
Se você preencher sua vida somente com coisas pequenas, como demonstrei com os pedregulhos, com
areia e a água, as coisas realmente importantes nunca terão tempo nem espaço em sua vida.
Autor Desconhecido
PESSOAL QUE TAL REFORMATAR O COMPUTADOR ?
Instalando um programa
Num departamento de "Atendimento ao Cliente"...
Cliente: Comprei o seu programa AMOR, mas até agora não consegui instalar. Eu não sou técnica no
assunto, mas acho que posso instalar com a sua ajuda. O que eu devo fazer primeiro?
Atendente: O primeiro passo é abrir o seu CORAÇÃO. A senhora encontrou seu CORAÇÃO?
Cliente: Sim, encontrei. Mas há diversos programas funcionando agora. Tem algum problema em
instalar o AMOR enquanto outros programas estão funcionando?
Atendente: Com prazer! Vá ao Menu e clique em PERDAO.EXE. Faça isso quantas vezes for preciso,
até o ODIO.EXE e RESSENTIMENTO.COM serem apagados completamente.
Atendente: Sim. Mas lembre-se a senhora só tem o programa de modelo básico. A senhora precisa
começar a se conectar com outros CORAÇÕES a fim de obter melhorias.
Cliente: Oh! Meu Deus! Eu já tenho uma mensagem de erro. Que devo fazer?
Atendente: Não se preocupe, senhora. Este é um problema comum. Significa que o programa do
AMOR está ajustado para funcionar em CORAÇÕES externos, mas ainda não está funcionando em
seu CORAÇÃO. É uma daquelas complicadas coisas de programação, mas em termos não-técnicos,
significa que a senhora tem que "AMAR" sua própria máquina antes que possa amar outra.
Cliente: Obrigada!
Cliente: Consegui! Meu CORACAO está cheio de arquivos realmente puros! Eu tenho no meu monitor,
agora, o SORRISO.MPG e está mostrando que PAZ.EXE, CONTENTAMENTO.COM e
BONDADE.COM foram instalados automaticamente no meu CORAÇÃO.
Atendente: Então, terminamos! O AMOR está instalado e funcionando, Ah! Mais uma coisa antes de
eu ir.
Cliente: Sim?
Atendente: O AMOR é um freeware (programa grátis). Faça o possível para distribuir uma cópia de
seus vários modelos a quem a senhora encontrar e, dessa forma, a senhora receberá de volta dessas
pessoas novos modelos verdadeiramente puros.
Atendente: Que tal agora fazer um up-grade no seu coração e colocar uma versão mais moderna do
AMOR? Não perca tempo, pois você deve saber que essas coisas precisam ser atualizadas quase que
diariamente.
Uma linda menina estava pegando as estrela-do-mar ... jogando-as de volta no oceano.
Ela olhou para mim e disse: - "Para aquela ali faz diferença."
Fez diferença para ela, porque estava conectada com outro ser.
O inconsciente é como uma terra fértil que recebe uma semente; depois de um determinado tempo, faz
que ela germine e amadureça. Há nele uma parte que já semeamos, e frequentemente com sementes
nocivas, e uma outra parte que deve ainda ser revolvida e cultivada que está sempre ao nosso alcance e
pronta para ser fertilizada, sendo, portanto, da máxima importância fecundá-la com sementes positivas
e construtivas.
Bibliografia:
O Eu e o Inconsciente
Batà, Angela Maria L. S.
Editora Pensamento
São Paulo
Pág. 34
Estabelecer uma comunicação eficaz é como fazer uma viagem. Primeiro você decide para onde quer ir,
isto é, o destino desejado. Então imagina como vai fazer essa viagem e a quem convidar para ir junto. E
você pode viajar, de carro, de bicicleta ou a pé.
Digamos que você decida ir de carro. Você precisa então definir qual o melhor caminho, o que mais lhe
agrada, e enquanto faz isso, precisa lembrar ou procurar saber dos pontos e sinais que lhe indicarão se
você esta na estrada certa. E se seu companheiro de viagem tiver um destino diferente do seu, você
precisa saber em que ponto ele vai ficar. Então, quando chegar a seu destino, você precisa decidir onde
quer ficar e certificar-se de que está fazendo tudo aquilo que deseja fazer.
Portanto, assim como uma viagem começa pela decisão sobre o destino que se quer tomar, o processo
de uma comunicação eficaz se inicia com a definição do resultado desejado.
Bibliografia :
Qualidade começa em mim: Manual neurolinguístico de liderança e comunicação
Chung, Tom
Editora Maltese
São Paulo
1994
pág. 107 e 108
A águia e as galinhas
"Um camponês criou um filhotinho de águia junto com suas galinhas. Tratando-a da mesma maneira
que tratava as galinhas, de modo que ela pensasse que também era uma galinha. Dando a mesma
comida jogada no chão, a mesma água num bebedouro rente ao solo, e fazendo-a ciscar para
complementar a alimentação, como se fosse uma galinha. E a águia passou a se portar como se galinha
fosse.
Certo dia, passou por sua casa um naturalista, que vendo a águia ciscando no chão, foi falar com o
camponês:
O camponês retrucou: - Agora ela não é mais uma águia, agora ela é uma galinha!
O naturalista disse: - Não, uma águia é sempre uma águia, vamos ver uma coisa...
Levou-a para cima da casa do camponês e elevou-a nos braços e disse: - Voa, você é uma águia,
assuma sua natureza !
- Mas a águia não voou, e o camponês disse: - Eu não falei que ela agora era uma galinha !
No dia seguinte, logo de manhã, eles subiram até o alto de uma montanha.
O naturalista levantou a águia e disse: - Águia, veja este horizonte, veja o sol lá em cima, e os campos
verdes lá em baixo, veja, todas estas nuvens podem ser suas. Desperte para sua natureza, e voe como
águia que és...
A águia começou a ver tudo aquilo, e foi ficando maravilhada com a beleza das coisas que nunca tinha
visto, ficou um pouco confusa no inicio, sem entender o porquê tinha ficado tanto tempo alienada.
Então ela sentiu seu sangue de águia correr nas veias, perfilou, de vagar, suas asas e partiu num vôo
lindo, até que desapareceu no horizonte azul."
James Aggrey em "A águia e a galinha" de Leonardo Boff.
Buda ia fazer, certa vez, um discurso muito especial e milhares de seguidores vieram de milhas de
distância.
Quando Buda apareceu, ele estava segurando uma flor. Ele sentou-se debaixo de uma árvore e olhou
para a flor. O tempo passava, mas Buda não dizia nada. A mutidão esperou e esperou e ele não falava.
Ele nem mesmo olhava para eles, apenas continou olhando para a flor. Os minutos se passavam, depois
horas, e as pessoas se tornavam impacientes. Então Mahakashyap, um de seus discípulos, sorriu.
Buda chamou-o com um gesto, colocou a flor nas mãos dele e disse :
"Seja o que for que pode ser dito, através das palavras, eu lhes disse, e aquilo que não pode ser dito
através das palavras dou a mahakashyap. A chave não pode ser comunicada verbalmente."
A chave foi passada para outros e ainda hoje está viva, ainda abre a porta.
Célebre episódio sobre o nascimento do Zen
Lembranças
Um velho sábio chinês estava caminhando por um campo de neve, quando viu uma mulher chorando.
Dirigiu-se a ela e perguntou? - Porque choras?
- Porque me lembro do passado, da minha juventude, da beleza que via no espelho...Deus foi cruel
comigo por me fazer lembrar. Ele sabia que, ao recordar a primavera da minha vida, eu sofreria e
acabaria chorando.
O sábio, então, em silêncio ficou contemplando o campo de neve, com o olhar fixo em determinado
ponto...
A mulher, intrigada com aquela atitude, parou de chorar e perguntou: O que estás vendo aí?
- Eu vejo um campo florido, disse o sábio. Deus foi generoso comigo por me fazer lembrar. Ele sabia
que, no inverno, eu poderia sempre recordar a primavera e sorrir.
Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando entravam em contato com a água
salgada.
Pensei em fotografar, mas falei para mim mesmo: calma, você terá muito tempo para isso ...
Nos 367 dias que se seguiram o fenômeno não se repetiu.
Atitude é Tudo
Jerry é o tipo de cara que você adora odiar. Ele estava sempre de bom humor e tinha sempre algo de
positivo para dizer. Quando alguém lhe perguntava como ele estava, ouvia a resposta:" Melhor,
impossível !".
Ele era um gerente único, porque tinha vários garçons que o seguiam de restaurante para restaurante.
A razão porque eles o seguiam era devido a sua atitude. Ele era um motivador natural. Se algum
funcionário estava num mau dia, lá estava Jerry dizendo para ele o lado positivo da situação.
Ver este estilo realmente me deixou curioso, então, um dia fui até ele e perguntei: "Eu não entendo,
você não pode ser otimista o tempo todo. Como você consegue?". Ele respondeu: "A cada manhã eu
acordo e digo para mim mesmo: Jerry, você tem duas escolhas hoje: você pode escolher estar de bom
humor ou pode escolher estar de mau humor. Eu escolho estar de bom humor".
E cada vez que algo de ruim acontece, eu posso escolher ser uma vítima ou eu posso escolher aprender
com a situação. Eu escolho aprender. Todas as vezes que alguém me vem com reclamações, eu posso
escolher aceitar as reclamações ou eu posso apontar o lado positivo da vida. Eu escolho o lado positivo
da vida.
"Sim, é", disse Jerry. A vida se refere a escolhas. Quando você descarta o superficial, toda situação é
uma escolha. Você escolhe como reagir à situação. Você escolhe como as pessoas vão afetar o seu
humor. Você escolhe estar de bom ou mau humor. Em conclusão: é uma escolha sua, como você vive a
vida".
Eu refleti sobre o que Jerry me disse. Pouco tempo depois, eu deixei o ramo de restaurante para
começar o meu próprio negócio.
Nós perdemos contato, mas freqüentemente pensava nele, quando eu fazia uma escolha sobre a vida, ao
invés de simplesmente reagir impulsivamente.
Muitos anos depois, eu soube que Jerry havia feito algo que você nunca poderia fazer no ramo de
restaurantes: ele deixou a porta dos fundos aberta. Pela manhã, ele estava cercado por três assaltantes
armados e enquanto ele tentava abrir o cofre, suas mãos, tremendo pelo nervosismo, erraram a
combinação. Os assaltantes ficaram em pânico e atiraram nele.
Por sorte, Jerry foi encontrado logo e levado para o hospital. Após 18 horas de cirurgia e semanas na
UTI, Jerry teve alta do hospital, mas com alguns fragmentos de bala em seu corpo.
Eu encontrei Jerry após seis meses do acidente. Quando eu lhe perguntei como ele estava, ouvi a
resposta: "Melhor impossível, quer ver as cicatrizes?"
Não quis ver seus ferimentos, mas perguntei o que havia lhe passado pela cabeça quando os assaltantes
apareceram.
"A primeira coisa que me veio à cabeça foi que eu deveria ter trancado a porta dos fundos", ele
respondeu, "então, quando estava no chão, eu me lembrei que eu tinha duas escolhas: eu poderia viver,
ou poderia morrer. Eu escolhi viver"
Jerry continuou: "Os paramédicos foram ótimos. Eles me diziam que eu ia ficar bem. Mas quando eles
me levaram para a sala de emergência e eu via a expressão dos médicos e enfermeiras, eu fiquei com
muito medo. Nos olhos deles eu podia ler - esse é um homem morto. - Assim, eu soube que eu precisava
reagir".
"Bem, havia uma enfermeira grandona, robusta, me fazendo perguntas. Ela me perguntou se eu era
alérgico a alguma coisa. Eu disse que sim. Os médicos e enfermeiras pararam tudo e esperaram a
minha resposta. Eu respirei fundo e gritei: Balas ! Em meio às gargalhadas, eu gritei que estava
escolhendo viver e que devia ser tratado como se eu estivesse vivo, não morto".
Jerry viveu graças as habilidades dos médicos, mas também por causa da sua surpreendente atitude. Eu
aprendi com ele que todos os dias, nós temos a escolha de viver plenamente.
Francie Baltazar-Schwartz
Se lembre do principal
Conta a lenda que certa mulher pobre com uma criança no colo, passando diante de uma caverna
escutou uma voz misteriosa que lá dentro lhe dizia :
"Entre e apanhe tudo o que você desejar e se lembre do principal. Lembre-se, também, de uma coisa:
Depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite a oportunidade e se lembre do
principal. ..."
A mulher entrou na caverna e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a
criança no chão e começou a juntar, ansiosamente, tudo o que podia no seu avental. A voz misteriosa
falou novamente :
Esgotados os oito minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas, correu para fora da caverna
e a porta se fechou ... Lembrou-se, então, que a criança ficara lá e a porta estava fechada para sempre!
A riqueza durou pouco e o desespero, sempre. O mesmo acontece, às vezes, conosco. Temos uns oitenta
anos para viver, neste mundo, e uma voz sempre nos adverte :
Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se. Era um menino chamado
Heng. Ele foi preparado e espetaram-lhe uma agulha na veia.
Passado algum momento, ele deixou escapar um soluço. O médico perguntou se estava doendo e ele
negou.
Mas não demorou muito e voltou a soluçar, contendo as lágrimas. Os soluços ocasionais deram lugar a
um choro silencioso, mas ininterrupto.
Era evidente que alguma coisa estava errada. Foi então que apareceu uma enfermeira da região e
começou a conversar com o garoto.
Seu rostinho se aliviou e ficou novamente tranqüilo. A enfermeira então explicou aos americanos: “
Ele pensou que ia morrer. Não tinha entendido direito o que vocês disseram e estava achando que ia
Ter que dar todo o seu sangue para a menina não morrer”.
O médico se aproximou dele e perguntou: “Mas se era assim, porque você se ofereceu para doar seu
sangue?”
Autor desconhecido
Mas notei, ao chegar à meia-idade, que metade da vida já passara sem que eu tivesse mudado homem
algum.
Então, mudei minha oração, dizendo a Deus: 'Dai-me a graça, Senhor, de transformar os que vivem
comigo dia a dia, como minha família e meus amigos; com isso já ficarei satisfeito ...'
Agora que sou velho e tenho os dias contados, percebo bem quanto fui tolo assim rezando.
Minha oração, agora, é apenas esta: 'Dai-me a graça, Senhor, de mudar a mim mesmo'
Se eu tivesse rezado assim, desde o princípio, não teria esbanjado minha vida."
O Soldado Japonês
Durante a Segunda Guerra Mundial, no ápice da expansão japonesa no Pacífico, havia guarnições
japonesas em praticamente todas as pequenas ilhas espalhadas por uma grande extensão do aceano.
Quando os japoneses começaram a perder a guerra, muitas dessa ilhas foram tomadas e derrotadas,
mas algumas simplesmente passaram despercebidas. Nessa ilhas, pequenos grupos de soldados ou
sobreviventes isolados esconderam-se em cavernas, em lugares inacessíveis. Quando a guerra acabou,
muitos desses sobreviventes não souberam disso. Continuaram a lutar, mantendo da melhor forma
possível suas armas enferrujadas e seus uniformes estraçalhados, totalmente isolados, desejando
profundamente poder entrar de novo em contato com o comando geral.
Vamos imaginar a posição de tal soldado. Seu governo o chamou, treinou-o e enviou-o para uma ilha
selvagem para defender e proteger seu povo contra a grande ameaça externa. Como cidadão obediente
e leal, ele sobreviveu a muitas privações e batalhas durante todos os anos da guerra. Quando a
intensidade da batalha diminuiu, ele ficou sozinho, ou com uns poucos outros sobreviventes. Durante
todos esses anos levou adiante a batalha da melhor maneira que podia, sobrevivendo as mais terríveis
circunstâncias. Apesar do calor dos insetos e das chuvas tropicais, continuou leal às instruções que lhe
tinham sido dadas pelo seu governos tanto tempo atrás. Como deveria ser tratado este soldado ao ser
encontrado ? Seria fácil rir dele, chamá-lo de estúpido por continuar a lutar uma guerra que já
terminado há mais de trinta anos.
Em vez disso, sempre que um desses soldados era localizado, o primeiro contato era feito com todo o
cuidado. Um oficial de alta patente do exército japonês colocava seu velho uniforme, tirava sua espada
de samurai do armário e, num antigo barco militar, partia para a ilha onde o soldado perdido havia
sido encontrado. Lá, penetrava na mata, chamando o soldado até que ele respondesse. Quando
encontrava, o oficial agradecia-lhe, com lágrimas nos olhos, por sua lealdade e coragem.
Em seguida, pedia que lhe contasse as experiências por que havia passado e lhe dava as boas-vindas.
Somente algum tempo depois, com toda a delicadeza, o soldado era informado de que a guerra havia
terminado e seu país estava novamente em paz, e por isso ele não precisava mais continuar lutando.
Quando chegava em casa era recebido como herói, com desfiles e medalhas, por uma multidão que lhe
agradecia e comemorava sua árdua luta e sua volta para junto do seu povo.
(Esta história foi contada no livro Heart of the mind, de Connirae e Steve Andreas. Reproduzimo-la
aqui, com nossos agradecimentos a Greg Brodsky.)
Bibliografia:
Transformação Essencial
Andreas, Connirae
Andreas, Tamara
Summus Editorial
1996
Pág. 79 e 80
Nasrudim às vezes levava as pessoas para viajar em seu barco. Um dia, um pedagogo exigente
contratou-o para transportá-lo ao outro lado de um rio muito largo.
Logo desabou uma terrível tempestade. O pequeno e desorientado barco de Mulla começou a encher de
água.
Ele se inclinou para o companheiro.
"Neste caso, caro mestre, TODA sua vida foi perdida, pois estamos afundando."
Bibliografia:
The exploits of the Incomparable Mulla Nasrudim
Shah, Indries
Dutton
New York
1972
Pág. 18
A Vaquinha
Um Mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo quando avistou ao longe um
sitio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita. Durante o percurso ele falou ao aprendiz
sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também com as pessoas
que mal conhecemos. Chegando, constatou a pobreza do lugar, sem calçamento, casa de madeira, os
moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas. Então se aproximou do senhor,
aparentemente o pai daquela família, e perguntou:
-Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e a sua família
sobrevivem aqui ?
-Meu amigo, nos temos uma vaquinha que nos da vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse
produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos e a outra parte
nos produzimos queijo, coalhada, etc, para o nosso consumo e assim vamos sobrevivendo.
O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi
embora. No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou:
-Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a, jogue-a lá em baixo.
O jovem arregalou os olhos espantado e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio
de sobrevivência daquela família, mas, como percebeu o silêncio absoluto do seu mestre, foi cumprir a
ordem. Assim empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer. Aquela cena ficou marcada na
memória daquele jovem durante alguns anos e um belo dia ele resolveu largar tudo o que havia
aprendido e voltar naquele mesmo lugar e contar tudo aquela família, pedir perdão e ajuda-los. Assim
fez, e quando se aproximava do local avistou um sitio muito bonito, com árvores floridas, todo murado,
com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou triste e desesperado imaginando
que aquela humilde família tivera que vender o sitio para sobreviver. Apertou o passo e chegando lá,
logo foi recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobre a família que ali morava ha uns
quatro anos e o caseiro respondeu:
-Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Dai em diante tivemos que fazer outras
coisas e desenvolver habilidades, que nem sabíamos que tínhamos. Assim alcançamos o sucesso que
seus olhos vislumbram agora.
A um rabino muito justo foi permitido que visitasse o purgatório (Gehena) e o paraíso (GanEden).
Primeiramente foi levado ao purgatório, de onde provinham os gritos mais horrendos dos rostos mais
angustiados que já virá. Estavam todos sentados numa grande mesa. Sobre ela, se viam iguarias,
comidas das mais deliciosas que se possa imaginar, com a prataria e a louça mais maravilhosa que
jamais se vira. Não entendendo porque sofriam tanto, o rabino prestou mais atenção e viu que seus
cotovelos estavam invertidos, de tal forma que não podiam dobrar os braços e levar aquelas delícias às
suas bocas.
O rabino foi levado ao paraíso, onde se ouvia deliciosas gargalhadas e onde reinava um clima de festa.
Porém, ao observar, para sua surpresa, encontrou o mesmo ambiente: todos sentados à mesma mesa
que vira no purgatório, contendo as mesmas iguarias, as mesmas louças e os mesmos cotovelos
invertidos.
Mas ali havia um detalhe muito especial: cada um levava a comida à boca do outro.
Bibliografia:
A Cabala do Dinheiro
Bonder, Nilton
Editora Imago
10a Edição
Trem da Vida
Um amigo falou-me de um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma comparação
extremamente interessante, quando bem interpretada. Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de
trem, cheia de embarques e desembarques alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques
e grandes tristezas em outros.
Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que, julgamos, estarão
sempre nessa viagem conosco: Nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles
descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível....
Mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes, e que virão a ser super especiais
para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos,amigos e amores maravilhosos. Muitas pessoas tomam
esse trem, apenas a passeio, outros encontrarão nessa viagem somente tristezas, ainda outros circularão
pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos
passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém nem sequer percebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes
dos nossos.Portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles. O que não impede, é claro,
que durante a viagem, atravessemos, com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles... . Só
que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar.
Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas.... Mas,
jamais, retornos.
Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os
passageiros. Procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor. Lembrando, sempre, que, em
algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso.
Porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.
O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos
companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.
Eu fico pensando, se, quando descer desse trem, sentirei saudades.... Acredito que sim. Me separar de
alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido. Deixar meus filhos continuarem a viagem
sozinhos, com certeza será muito triste. Mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei
na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham
quando embarcaram....E o que vai me deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha
crescido e se tornado valiosa.
Amigos Sorridentes, façamos com que a nossa estada, nesse trem, seja tranqüila. Que tenha valido à
pena. E que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas
recordações para aqueles que prosseguirem.
Um belo dia, Álvaro vai ao presidente da empresa fazer uma reclamação: - Tenho trabalhado durante
estes 20 anos em sua empresa com toda a dedicação, e agora me sinto um tanto injustiçado. Juca, que
esta conosco ha somente três anos, esta ganhando mais que eu.
- Foi bom você ter vindo aqui. Tenho um problema para resolver e você podera ajudar-me. Estou
querendo dar ao nosso pessoal uma sobremesa para o almoço de hoje. Aqui na esquina tem uma
barraca de frutas. Vá até lá e verifique se tem abacaxi.
Álvaro, sem entender, saiu da sala e foi cumprir a missão a ele designada. Em cinco minutos estava de
volta.
- Eles tem quantidade suficiente para atender todos os funcionários? - perguntou o patrão.
- Muito bem, Álvaro, sente-se ali naquela cadeira e me aguarde um pouco. Pegou o telefone e mandou
chamar o Juca. Quando Juca entrou na sala o patrão foi logo dizendo:
- Juca estou querendo dar ao nosso pessoal uma sobremesa para o almoço hoje. Aqui na esquina tem
uma barraca de frutas, vá até lá e verifique se tem abacaxi.
- Tem abacaxi, sim. Tem quantidade suficiente para todo o pessoal e se o senhor quiser eles tem
também laranja e banana.
- Bom o abacaxi eles estão vendendo a R$1,00 o quilo, a banana a R$0,50 o quilo e a laranja a R$20,00
o cento, já descascada. Mas como eu disse que a quantidade era grande eles me concederam um
desconto de 15%. Deixei reservado o abacaxi. Caso o senhor resolva, eu confirmo. Agradecendo a Juca
pelas informações o patrão dispensou-o e voltou-se para Álvaro na cadeira ao lado e perguntou-lhe:
- Você perguntou alguma coisa quando entrou em minha sala hoje. O que era mesmo?
- Alguns ursos preferem frutas silvestres e mel, mas aquela espécie ali é carnívora.
Jerry sempre suspeitara que Tom não fosse muito inteligente. Achava que ele deveria estudar mais e
observar mais os fatos, mas Tom preferia ouvir o que seus clientes diziam e imaginar novas formas
pelas quais poderiam beneficiar-se com seus produtos.
- É.
- Aquele urso é capaz de correr a uma velocidade de trinta quilômetros por hora, e suas pernas são tão
fortes que ele pode acelerar muito mais depressa do que um ser humano; portanto, não vai adiantar
nada tentar fugir correndo.
Tom sentou-se, descalçou as botas de alpinismo, tirou os tênis da mochila e começou a calçá-los.
- Por que é que você esta fazendo isso ? - perguntou Jerry. - Acabei de dizer que você não vai conseguir
correr mais do que o urso.
- Não preciso correr mais que o urso. Basta eu correr mais do que você !
Bibliografia:
Força de venda : o Método Silva de controle mental para profissionais de vendas Silva, José
Bernd Jr., ED
Editora Record
1996
2a Edição
Pág. 198, 199
O acaso e a coincidência são o resultado de causa não-reconhecida.
Uma breve história irá ilustrar esse princípio. Um dia uma folha caiu em uma floresta da Califórnia.
Caiu ao solo, e uma lagarta verde, que avançava aos poucos pelo caminho, teve que se desviar
bruscamente da folha. A lagarta subiu em uma tora de árvore. Quando ela atingiu o topo da tora, um
homem se aproximou e ali sentou-se, esmagando-a. Ele deu um pulo e sentiu a gosma na calça. Ao
voltar para casa, ele mudou de roupa e levou a calça para a lavanderia local. Lá encontrou uma jovem,
começaram a conversar, e depois foram juntos até a cafeteria mais próxima. Passaram a se encontrar,
se apaixonaram, casaram e tiveram um filho. Esta criança, por ser muito inteligente, foi um ótimo
aluno na escola, formou-se em advocacia e entrou para a política, crescendo em seu partido.
Assim, porque um dia uma folha caiu na floresta, Richard Nixon, tornou-se o 37o presidente dos
Estados Unidos. Causa e efeito.
Bibliografia:
O Método Silva de Controle Mental para mudar a sua vida
Silva, José
Goldman, Burt
Editora Record
1995
4a Edição
Pág. 42
A lenda do monge e do escorpião
Monge e discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo
arrastado pelas águas.
O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão.
Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no
rio. Foi então à margem tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou
no rio, colheu o escorpião e o salvou.
Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam
perplexos e penalizados.
" Mestre, deve estar doendo muito! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse!
Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua
compaixão! "
O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu: "Ele agiu conforme sua natureza, e eu de
acordo com a minha."
Autor desconhecido
Esta parábola nos faz refletir a forma de melhor compreender e aceitar as pessoas com que nos
relacionamos. Não podemos e nem temos o direito de mudar o outro, mas podemos melhorar
nossas próprias atitudes, sabendo que cada um dá o que pode. Devemos fazer a nossa parte
com muito amor e respeito ao próximo. Cada qual conforme sua natureza, e não conforme a do
outro.
A criança é como o Sol
Sobre a superfície da Terra ocorrem chuvas, ventos e tempestades. Isso é comparavel aos diversos
aspectos do comportamento das crianças.
mesmo quando a superfície da Terra encontra-se fustigada pela tempestade, acima das nuvens o céu
continua azul e o Sol permanece brilhando.
A superfície da Terra, nesta comparação, é a aparência fenomênica, enquanto o Sol, que brilha
permanentemente sobre as nuvens, é a natureza verdadeira ou a Imagem Verdadeira do ser humano.
Da mesma forma que o Sol brilha sem cessar, independentemente das intempéries fenomênicas, a
natureza verdadeira da criança, é sempre de bem absoluto, independentemente da imagem de criança
boa ou má que se manifesta na forma.
Bibliografia:
Educação do Filho de Deus
kanuma, Keiyo
Seicho-No-Ie
6a Edição
1999
Pág. 36
Pontos de vista
Uma vez uma companhia enviou um vendedor de sapatos a uma cidade na África aonde ele nunca
tinha vendido. Ele era um dos vendedores mais antigos e experientes, e esperavam grandes resultados.
Logo após sua chegada à Africa, o vendedor escreveu para a companhia dizendo :
A companhia decidiu então enviar um outro vendedor que não possuía muita experiência, mas era
dotado de grande entusiasmo. A companhia achava que ele seria capaz de vender alguns pares de
sapatos.
Pouco depois de sua chegada ele enviou um telegrama urgente para a firma dizendo :
- Por favor, enviem todos os sapatos disponíveis. Aqui ninguém usa sapatos!
Nó górdio
Há centenas de anos existia o pequeno reinado asiático de Frígia.
O seu único motivo de fama residia numa carroça especial estacionada em um dos pátios. A carroça
estava presa a uma canga por um espantoso nó, chamado de nó górdio.
Diziam as profecias que quem o desfizesse conquistaria o mundo. Mas, durante mais de 100 anos, o nó
górdio desafiara todos os esforços de inteligentes reis e guerreiros.
No dia designado, o pátio encheu-se de curiosos. Todos haviam falhado, pensavam, e dessa forma, com
que novo método poderia Alexandre ter êxito ?
Após escutar a descrição feita pelo engenheiro quanto aos problemas, e de haver feito umas poucas
perguntas, dirigiu-se à sala de máquinas.
Olhou para o labirinto de tubos retorcidos, escutou o ruído surdo das caldeiras e o silvo do vapor que
escapava, durante alguns instantes; com as mãos apalpou alguns dos tubos.
Depois, cantarolando suavemente só para si, procurou em seu avental alguma coisa e tirou de lá um
pequeno martelo com o qual bateu apenas uma vez numa válvula vermelha brilhante.
Imediamente, o sistema inteiro começou a trabalhar com perfeição e o caldeireiro voltou para casa.
Quando o dono do navio recebeu uma conta de $1000 queixou-se de que o caldeireiro só havia ficado
na sala de máquinas durante quinze minutos e pediu uma conta pormenorizada.
A Arte de Deus
Um homem havia pintado um lindo quadro. No dia de apresentá-lo ao público, convidou todo mundo
para vê-lo. Compareceram as autoridades do local, fotógrafos, jornalistas, e muita gente, pois o pintor
era muito famoso e um grande artista.
Chegado o momento, tirou-se o pano que velava o quadro. Houve caloroso aplauso.
Era uma impressionante figura de Jesus batendo suavemente à porta de uma casa. O Cristo parecia
vivo. Com o ouvido junto à porta, Ele parecia querer ouvir se lá dentro alguém respondia.
Houve discursos e elogios. Todos admiravam aquela obra de arte. Um observador curioso porém, achou
uma falha no quadro: a porta não tinha fechadura. E foi perguntar ao artista:
- É assim mesmo - respondeu o pintor - Esta é a porta do coração humano. Só se abre do lado de
dentro.
(Autor desconhecido)
Hospital do Senhor
Fui ao Hospital do Senhor fazer um "check-up" de rotina e constatei que estava doente. Quando Jesus
mediu minha pressão, verificou que estava baixa de ternura.
Passei pela ortopedia, pois, estava com dificuldade de andar lado a lado com meu irmão e não
conseguia abraçá-lo por Ter fraturado o braço ao tropeçar na minha vaidade.
Constatou-se miopia, pois não conseguia enxergar além das aparências. Queixei-me de não poder ouvi-
lo e diagnosticou bloqueio em decorrência das palavras vazias do dia a dia.
Obrigado Senhor, por não Ter me cobrado a consulta, pela sua grande misericórdia. Prometo, ao sair
daqui, somente usar remédios naturais que me indicou e que estão no receituário de seu evangelho.
Ao chegar em casa, Senhor, vou tomar, diariamente, uma injeção de AMOR e ao me deitar, duas
capsulas de CONSCIÊNCIA TRANQUILA.
Agindo assim, tenho certeza de que não ficarei mais doente e todos os dias serão de confraternização e
solidariedade.
Prometo prolongar esse tratamento preventivo por toda a minha vida, para que, quando me chamar,
seja por morte natural.
(Autor desconhecido)
A importância do Perdão
O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa.
Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o
menino para uma conversa. Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai
dissesse alguma coisa, fala irritado:
- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a
reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem
poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão.
Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e
antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca
e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o
carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pois mãos à obra. O varal com a camisa estava
longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.
Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do
menino e lhe pergunta:
- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu
corpo todo. Que susto! Zeca só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então, lhe diz
ternamente:
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você. O mau que desejamos aos
outros é como o lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos
pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.
(Autor desconhecido)
Certa noite no mar, o capitão de um navio achou que estava vendo luzes de outra embarcação que
vinha em sua direção. Pediu a um de seus homens que sinalizasse para o outro navio.
O Capitão do navio respondeu : "Sou o capitão. Mude sua rota para o sul."
Outra resposta: "Bem, sou marinheiro de segunda classe. Mude sua rota para o norte."
O Capitão agora estava irritado. "Eu disse para mudar sua rota para o sul. Este é um navio de combate
da Marinha do Estados Unidos !"
E a resposta veio: "E eu digo - mude sua rota para o norte. Este é um farol terrestre."
Bibliografia:
Qualidade começa em mim
Chung, Tom
Editora maltese
São Paulo
1994
pág. 245
Um casal de idosos comemora suas Bodas de Ouro após longos anos de matrimônio.
- Por cinqüenta anos tenho sempre sido atenciosa para com meu esposo e sempre lhe dei a parte
crocante de cima do pão. Hoje desejo, finalmente, degustar eu mesma essa gostosura.
Ela espalhou manteiga na parte de cima do pão e deu ao marido a outra metade.
Ao contrário do que ela esperava, ele ficou muito satisfeito, beijou sua mão e disse:
- Minha querida, tu acabas de me dar a maior alegria do dia. Por mais de cinqüenta anos eu não comi a
parte de baixo do pão, que é minha preferida. Sempre pensei que eras tu que deverias tê-la, já que tanto
a aprecias.
Bibliografia:
O Mercador e o Papagaio
Peseschkian, Nossrat
Papirus Editora
O Segredo do Poder sobre os Estados de Espírito
Um rei muito poderoso percebeu que lhe faltava o poder sobre todos os poderes: o Poder sobre seus
Estados de Espírito. Convocou uma reunião com seus ministros e ordenou-lhes que resolvessem o
problema.
Um deles disse:
- Ouvi falar que há, em algum lugar do reino, uma Mulher, conhecida como A Sabedoria, que possui
um anel dentro do qual há uma mensagem, que é o segredo do Poder sobre os Estados de Espírito.
- Pois eu lhe ordeno que encontre este anel e traga-o para mim !
O ministro partiu e depois de muito procurar encontrou-se frente a frente com a Sabedoria.
Disse:
- Soube da existência de um anel que contêm a sabedoria em forma de uma mensagem que dá a quem a
possui o poder sobre os Estados de Espírito. E meu rei quer possuir tal poder.
Diz a Mulher:
- O anel existe e eu o possuo. Presenteio ao seu rei com o anel, com uma condição: que só o abra e leia
a mensagem poderosa depois de ter esgotado todos os seus recursos, quando já não tenha o que fazer
por já ter feito tudo o que sabe e pode.
O assessor levou o anel para o rei que ficou muito satisfeito e o recompensou regiamente.
O rei colocou o anel e aguardou o momento de abrí-lo e conhecer o SEGREDO DO PODER SOBRE
OS ESTADOS DE ESPÍRITOS.
Algum tempo depois o rei ficou muito IRRITADO com seus vizinhos, que invadiram seu reino. Pensou
em abrir o anel.
Fugiu e foi perseguido. Ao chegar ao penhasco, vendo que leões o aguardavam caso saltasse, com o
exército inimigo em seus calcanhares, ATERRORIZADO, pensou: "Já não há o que fazer, meus
recursos se esgotaram. Esta é a hora!"
Abriu o anel e nele estava escrito:
ISTO PASSARÁ!
Durante a festa ficou sabendo que seus exércitos haviam tomado o reino inimigo. Seu coração disparou
a ponto dele pensar que iria ter um ataque cardíaco, de tão FELIZ. Sentindo-se morrer de felicidade,
sem saber mais o que fazer, abriu de novo o anel.
É TEMPO DE MUDANÇA
Guilhermino, Clô
Editora Gaia
São Paulo
1996
pág. 37 e 38
Comande o Seu Destino
Em certa ocasião, perguntei ao comandante de um navio qual era o recurso ou instrumento mais
importante do qual se valia para manter seu curso em alto mar. A posição do Sol e das estrelas, a
bússola, ou um GPS, aparelho que utiliza os satélites para determinar a posição exata em que se
encontra. Sua resposta foi muito diferente da que eu imaginara. Todos os recursos existentes são
importantes, disse ele, mas não garante que o navio chegue ao seu destino. O que determina, então,
uma viagem segura para seu objetivo?
O comandante ponderou que as variações nas ocorrências diárias da vida no mar constituem-se
grandes problemas na navegação. As tempestades podem, subitamente, se desencadear e obrigar o
navio a lutar pelo seu privilégio de navegar na direção certa. O nevoeiro espesso do mar pode retardar a
marcha e desviar o navio da rota. Pode haver pane nos instrumentos e recursos disponíveis. O vento
forte e outras tantas condições que estão em constante mutação são mais ou menos inesperadas, mas,
que devem ser antecipadas, devendo o comandante estar sempre preparado para enfrenta-las.
O comandante deve esperar mudanças nas condições e saber tirar vantagens. Deve saber que o
nevoeiro não é eterno. Os ventos podem ajuda-los a sair da tempestade. Deve saber como se proteger e
ao seu navio e como cooperar com as manifestações da natureza para manter viagem. Sem o
conhecimento de como a natureza se manifesta, a compreensão profunda das Leis Naturais, ele estaria
incapacitado para manter o curso e salvar seu navio. “Devo espera que o pior aconteça, ser capaz de
compreender e interpretar tudo que aconteça e preparar-me para todas as situações”, disse o
comandante. Pude perceber o quão versado no conhecimento das Leis Naturais deva ser um
comandante e sua tripulação, para garantir uma viagem segura.
Fiz, imediatamente, uma analogia com os seres humanos que somos, comandantes de nosso próprio
navio, e que estamos tentando seguir o curso da vida em direção a uma definida meta ou porto, onde
esperamos realizar a plenitude de nossa viagem. Nem todos temos uma meta ou um porto definido em
mente o qual rumamos. Aqueles que estão passando pela vida sem ter qualquer porto como objetivo não
precisam entender esta analogia porque têm muitas outras lições a aprender antes. Para sermos
comandante de um navio precisamos primeiro traçar uma carta e determinar um porto como ponto de
chegada de nossa viagem.`
Para a maioria, todavia, o mar da vida é como a vastidão do oceano. A meta estabelecida não é mais
visível do que o porto distante na costa. Não são as tempestades, o nevoeiro e as demais condições
mutantes do oceano mais, desencorajadoras e cheia de problemas sérios, do que as tribulações de nossa
jornada pela vida. Qual o preparo que tem a média das pessoas para manter seu curso tão positivo, tão
definido, e tão seguramente, como faz o comandante bem preparado, para levar seu navio a salvo ao
porto distante?
Precisamos ter capacidade de antecipar e enfrentar as emergências da vida e manter nosso navio,
firmemente no curso certo para vencer tempestades, compreender e desenvolver, mais e mais, as
potencialidades interiores, aperfeiçoando-nos como seres humanos com dotes especiais. A maioria
daqueles que tem uma meta na vida, muitas vezes, não sabe com desviar de uma súbita tribulação, ou
como sair das trevas que os envolveram, exatamente, como as tempestades e o nevoeiro para aquele
comandante do navio.
É preciso que tenhamos conhecimento das leis da natureza e dos mistérios do universo. É preciso
desenvolver dons e faculdades interiores, ainda, não disponíveis nas escolas de formação, em sua
grande parte preocupadas apenas com o desenvolvimento do intelecto ou das habilidades exteriores do
ser humano, ou seja, apenas preocupados com a leitura dos instrumentos. É preciso que saibamos
interpretar, compreender e aceitar cada acontecimento da vida, com serenidade, confiança e capacidade
de analisar as condições de uma maneira construtiva. É preciso que saibamos discernir, das coisas que
nos cercam, as que são crenças supersticiosas e ignorantes e que devem ser deixadas de lado, das
ocorrências que merecem crédito.
A compreensão que o indivíduo tem da vida e seus problemas e o preparo que possui para enfrentar
emergências, encorajam-no e permitem que ele conduza o seu navio corretamente. Esta luz de
iluminação dota-o de calma e equilíbrio, de segurança e paz que ultrapassam toda a compreensão. Esta
capacidade torna o ser humano capaz de alcançar maior sucesso e felicidade na vida. Saber como
vencer os problemas da vida e adaptar-se às situações que poderiam, de outro modo, torna-los
perturbados, desencorajados e incapazes de controlar a sua caminhada com segurança e sucesso.
Utilizando o recurso da alegoria, este texto explica o significado d'O Domínio da Vida. Um
dos grandes benefícios da Filosofia Rosacruz é justamente seu caráter eclético e ecumênico. Os
ensinamentos aqui contidos são interessantes para estudantes rosacruzes ou para qualquer
pessoa que esteja precisando de inspiração em determinado momento da vida, portanto, uma
forma excelente de servir ao próximo. Este material foi desenvolvido para ser usado na
divulgação da Filosofia Rosacruz. Para mais informações sobre este texto entre em contato
com : marketing@amorc.org.br .
- Espera - disse o sábio. Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três
peneiras.
- Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a
peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da
bondade. Ou não? Envergonhado, o homem respondeu:
- A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu
amigo?
- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é
melhor que o guardes apenas para ti.
PEGADAS NA AREIA
Uma noite eu tive um sonho...
Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e através do Céu passavam cenas de minha vida.
Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia; um era o meu,
e o outro, do Senhor.
Quando a última cena de minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e
notei que muitas vezes no caminho da minha vida havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos da minha vida. Isso
aborreceu-me deveras, e então perguntei ao Senhor:
- "Senhor, Tu me disseste que, uma vez que eu resolvi Te seguir, Tu andarias sempre comigo, em todo o
caminho. Contudo, notei que durante as maiores atribulações do meu viver, havia apenas um par de
pegadas na areia. Não compreendo porque nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixaste
sozinho."
O Senhor me respondeu:
- "Meu querido filho. Jamais te deixaria nas horas de prova e de sofrimento. Quando vistes na areia, só
um par de pegadas, eram as minhas. Foi exatamente aí que EU TE CARREGUEI EM MEUS
BRAÇOS.
(Autor desconhecido)
Um grupo de homens anda pelo campo. Um deles pensa que vê uma cobra. No seu pavor, rouba a
bengala do companheiro para matá-la. Mas, ao esclarecer-se sua visão, compreende que, afinal de
contas, não era uma cobra, mas apenas um pedaço de corda. Não rouba mais, pois não precisa de
bengala.
No momento em que se identifica como falsas as falsas aparências, percebe-se que, a falsa
interpretação produz a falsa necessidade, que, por sua vez, produz o falso comportamento.
Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa feita, um sultão sonhou que havia perdido todos os
dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.
- Mas que insolente - gritou o sultão, enfurecido. Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora
daqui! Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites.
Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho. Este, após ouvir o sultão com
atenção, disse-lhe:
- Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a
todos os vossos parentes.
A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo
adivinho. E quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:
- Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo
porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.
Brahma disse: "Não, o homem aprenderá a mergulhar e poderá encontrá-la algum dia."
Um terceiro deus sugeriu: "Porque não a escondemos na mais alta montanha ?"
Brahma disse: "Não, o homem pode escalar a mais alta montanha. Tenho um lugar melhor. Vamos
escondê-la no próprio homem. É um lugar onde ele jamais pensará procurá-la."
Todo o conhecimento já está no interior do homem, que necessita reconhecê-lo e usá-lo para o
bem comum.
As metáforas vão desde simples comparações ou similaridades até histórias mais longas,
alegorias e parábolas.
A maioria das pessoas adora ouvir histórias. Contar um caso ou uma história faz o tema se
tornar ainda mais interessante e significativo, permitindo também uma maior fixação de um
conceito.
Ao contar uma história, caso, conto, vivência, mito, exemplo, alegoria, parábola, promove-se
na mente do sujeito um contato com experiências que vão muito além do que foi dito.
As metáforas irão funcionar para cada pessoa de uma forma diferente, e isso lhes dá um grande
poder.
Metáforas simples fazem simples comparações : branco como leite, ela brilha como as estrelas.
Todos os grandes mestres - Jesus Cristo, Buda, Maomé, Confúcio, Lao-tsé, entre outros -
usaram metáforas para transmitir suas mensagens ao homem comum. Independente de crença
religiosa, a maioria concorda que Jesus Cristo foi um mestre extraordinário, cuja mensagem de
amor perdurou, não apenas por causa do que Ele disse, mas também pela maneira como disse.
Ele procurou os pescadores, e lhes disse que queria que se tornassem "pescadores de homens".
No instante em que Jesus usou esta metáfora, eles compreenderam o que precisavam fazer.
Essa metáfora lhes proporcionou um processo por analogia, passo a passo, sobre o modo de
atrair outros para a fé. Ao apresentar suas parábolas, Jesus transmitiu idéias complexas em
imagens simples, que transformavam qualquer um que absorvesse a mensagem no coração.
Mas na verdade Jesus não apenas foi um mestre como contador de histórias, mas também usou
toda a sua vida como uma metáfora para ilustrar a força do amor de Deus.
As fábulas e contos infantis são construídos segundo estes princípios e causam fascínio nas
crianças e também nos adultos pelo poder que têm de chegar a mente insconsciente.
Contos de fadas são metáforas. A frase "Era uma vez ..." localiza essas metáforas num tempo
interior. Embora possam não ser útil na vida real, a informação que vem a seguir é processada
pela mente inconsciente.
Contar histórias é uma arte muito antiga. As histórias entretém, transmitem conhecimento,
expressam verdades, indicam possibilidades que estão além das maneiras habituais de agir.
Bibliografia :