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com - Diversos

Em relação a todos os atos de iniciativa e de criação existe uma verdade fundamental cujo
desconhecimento mata inúmeras idéias e planos esplêndidos: a de que no momento em que nos
comprometemos, a Providência move-se também.
Toda uma corrente de acontecimentos brota da decisão, fazendo surgir a nosso favor toda a
sorte de incidentes e encontros e assistência material que nenhum homem sonharia que viesse
em sua direção.
O que quer que você possa fazer, ou sonha que possa fazer, faça.
Coragem contém genialidade, poder e magia.
Comece agora.
GOETHE
A Educação da Nova Era
Segundo Alice Bailey, o objetivo da nova educação é elucidar o desabrochar cultural da
humanidade e considerar o próximo passo a ser dado no seu desenvolvimento mental. O
ensino, se verdadeiro, deve estar alinhado com o passado e prover um objetivo para o esforço
presente, devendo incluir um futuro espiritual. Isto requer não só uma visão retrospectiva, mas
uma visão prospectiva da educação.
A palavra "espiritual" não se refere ao chamado assunto religioso. Todas as atividades que
impelem o ser humano em direção a alguma forma de desenvolvimento físico, emocional,
mental intuicional, social, se for para o progresso de seu estado atual, será essencialmente de
natureza espiritual e será indicativo da existencial (existência) da entidade divina interna.
O espírito do homem é imortal; persiste para sempre, progredindo de um ponto a outro e de
estágio a estágio no caminho da evolução, desabrochando firmemente e em seqüência os
atributos e aspectos divinos. Nesse sentido, a verdadeira educação é consequentemente a
ciência de unir as partes integrais do homem e também ligá-lo, por sua vez, com o seu
ambiente imediato, e dar com o todo maior no qual terá de desempenhar seu papel, edificar ou
construir uma ponte entre cérebro-mente-alma, produzindo assim uma personalidade integrada,
que seja firme expressão do desenvolvimento da alma, morada interna.
A educação tem sido, até agora, em grande parte, um treino de memória, apesar de estar
atualmente seguindo o reconhecimento de que tal atitude precisa acabar. A meditação,
seguindo linhas adequadas, será parte do currículo. Deverá ser observado, entretanto, que as
implicações religiosas da meditação são desnecessárias. A meditação é o processo pelo qual as
tendências objetivas e os impulsos vindos da mente são frustrados e ela começa a ser subjetiva,
a focalizar e a intuir.
Isto pode ser ensinado por meio de um pensamento profundo sobre qualquer assunto:
matemática, biologia e assim por diante. Com o tempo e a prática o educando teria respostas
desse empenho. Os mundos objetivo e subjetivo são unificados. O que se encontra acima e o
que se encontra abaixo se tornam um. Toda educação deveria tender a essa realização.
O objetivo da educação deveria ser o treinamento do mecanismo de resposta à vida da alma. O
aumento do despertar da consciência, o aprofundamento do fluxo da consciência e ao
desenvolvimento dos aspectos da alma no plano físico.
Esses aspectos são:
VONTADE ou PROPÓSITO - a vida manifestada deve ser governada pelo propósito
consciente espiritual. A direção certa da vontade deveria ser uma das maiores preocupações de
todos os verdadeiros educadores. A vontade para o bem, a vontade para a beleza e a vontade
para servir deveriam ser cultivadas.
AMOR-SABEDORIA - este é essencialmente o desabrochar da consciência grupal, seu
primeiro desenvolvimento é a auto-consciência. Por meio da educação, essa auto-realização
deve ser desenvolvida até que o homem reconheça que sua consciência é parte integrante de
um todo maior. Ele, então, se mescla com interesses, as atividades e os objetivos grupais.
Tornam-se finalmente seus e ele se torna consciente do grupo. Isto é amor. Levas a sabedoria,
que é Amor em atividade manifesta. O interesse pessoal torna-se interesse grupal. O amor ao
Ego (auto-consciência), o amor aos que estão à nossa volta (consciência grupal), torna-se
finalmente amor ao todo (amor a Deus).
INTELIGÊNCIA ATIVA - isso diz respeito ao desenvolvimento da natureza criativa do
homem consciente, espiritual. Ela ocorre pelo correto uso da mente, com seu poder para intuir
idéias, para responder a impactos, para interpretar, canalizar e construir formas para
manifestação. Assim, a alma do homem cria.
Autora : Adélia Sanches
Extraído do Site : www.mentehumana.com.br/adelia
O Presente se Encontra "Onde Ele Está"
O agora é tudo o que existe. Embora vivamos num mundo voltado para o tempo, só podemos
viver o momento presente. Aquilo que chamos de passado é apenas um punhado de outros
momentos presentes, recordados ou registrados e experimentados como conhecimento neste
presente. E o futuro é apenas um outro conjunto de momentos presentes a serem vividos, mas a
respeito dos quais podemos pensar no presente.
Um grande número de pessoas pensa que as causas de sua atuais dificuldades repousam no
passado. Mas não é bem assim. É verdade que, no passado, você tomou determinadas decisões
a respeito da vida, e que elas produziram os efeitos que você está experimentando agora, mas
isto está acontecendo assim, neste momento, porque seu pensamento ainda está atuando de
acordo com essas antigas decisões.
...
Muitas pessoas também receberam a idéia de que as dificuldades do presente são causadas por
recordações ou incidentes passados, enterrados em alguma parte profunda e inconsciente do
eu.
...
Em primeiro lugar, para todos os efeitos práticos, o passado não existe mais; o que existe é a
sua lembrança dele. Mas esta última existe no presente e amiúde não está de acordo com a
lembrança de outras pessoas a respeito das mesmas experiências. Alguma vez você já
conversou a respeito dos velhos tempos com um amigo ou parente, descobrindo que a
recordação dele sobre o que aconteceu numa certa ocasião é completamente diferente da sua ?
Não se trata de definir quem está certo, mas de como cada um de vocês interpretou a
experiência e a modificou para que se encaixasse no seus sistema de crenças.
...
Quando uma opinião fundamental a respeito da vida se altera, cada incidente e cada opinião
que lhe corresponde também muda. A lembrança dos incidentes permanece, mas sua
interpretação - e portanto o efeito que eles exercem sobre nós - são totalmente modificados.
...
Bibliografia:
Imaginação Ativa
King, Serge
Editora Pensamento
Pág. 22, 23 e 24
O Grande Invocação
Do ponto de Luz na Mente de Deus
Que flua Luz às mentes dos homens.
Que a Luz desça à Terra.
Do ponto de Amor no Coração de Deus
Que flua Amor nos corações dos homens.
Que Cristo retorne à Terra.
Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida
Que o propósito guie as pequenas vontades dos homens.
O propósito que os Mestrem conhecem e servem.
Do centro a que chamamos a raça dos homens
Que se realize o Plano do Amor e de Luz
E feche a porta onde se encontra o mal.
Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano
Divino sobre a Terra.
Autoria desconhecida
Como os antigos Mestres já tentaram, pacientemente, nos ensinar de várias maneiras, existe
uma diferença abismal entre o Conhecimento intelectual e a Sabedoria. O conhecimento é o
acúmulo de informações, é simplesmente a aquisição dos ingredientes ou matérias-primas,
enquanto a Sabedoria vem com a utilização, a prática, desses ingredientes, num processo
maravilhoso de Criação. É a própria magia em ação.
Bibliografia:
Magia da Mente em ação
Chung, Dr. Tom
Double Tree Editora
1991
Pág. 189
Refletir quer dizer, ao mesmo tempo:
a) pesar, repesar, deixar descansar, imaginar sob diversos aspectos o problema, a idéia;
b) olhar o seu próprio olhar olhando, refletir-se a si mesmo na reflexão.
É preciso alimentar o conhecimento com a reflexão;
é preciso alimentar a reflexão com o conhecimento.
Edgar Morim
Bibliografia:
As Paixões do Ego - Complexidade, Política e Solidariedade
Mariotti, Humberto
Editora Palas Athena
Pág. 83
"Tudo é relativo..."
Olhando pela ótica de uma consciência limitada, tudo é visto de forma relativa às
características fundamentalmente pessoais. Com óculos escuros, tudo é escuro; com os de cor
de rosa, tudo adquire um tom rosado. Se eu tivesse o tamanho de uma formiga, um pé humano
pareceria um monstro. Para um elefante pareceria muito pequeno. Assim como tudo é visto
fisicamente, de acordo com o tamanho do observador, as situações são interpretadas pelo
tamanho do ego.
Pensamos que aquilo que vemos (temos, experimentamos, passamos) é real, sólido e concreto,
mas de fato enxergamos apenas o que o ego nos determina ver. O ego tinge tudo com as
conotações do momento.
Imagine as reações de um grupo de pessoas diante de um Rolls-Royce novo.
O camponês: Puxa vida! É um sonho que está na minha frente.
O banqueiro: Já posso ver os olhos arregalados dos meus colegas quando chegar no cluge atrás
deste volante.
A dona de casa: É bonito, mas muito grande. Teria medo de riscá-lo.
O mecânico: Que beleza de motor. É o melhor do mundo.
O socialista convicto: Prefiro meu fusca. É mais econômico.
Todos jurariam que estão vendo a realidade e que a sua versão é a verdadeira. Mas cada uma
das pessoas está vendo apenas o que seus sanskaras impõem à sua visão. Cada um
simplesmente olha pelos óculos das suas experiências anteriores, o que é completamente
natural. Só que esta visão não deixa de ser relativa. É verdadeira apenas entre aspas.
Cada um pinta o Rolls-Royce com sua ambição, desprezo ou indiferença.
Da mesma forma que as pessoa vêem o Rolls-Royce diferentemente, o mundo e todas as suas
circunstâncias são vistos com olhos os mais diversos. Entretanto, não faltam os que juram estar
entendendo corretamente tudo.
Do ponto de vista completamente objetivo, um Rolls-Royce é apenas um máquina de
transporte sofisticada. O mundo observado objetivamente é uma grande peça de teatro com
formas, cores, sons, cenários e atores que interagem para o bem ou mal, numa série incessante
de cenas e enredos. As interpretrações das cenas são feitas por todos.
O número de opiniões sobre a existência é igual ao número de seres humanos. Porém, a
realidade é uma só. Todos os indivíduos simplesmente participam dela.
...
Bibliografia:
A Última Fronteira
Donnell, Ken O'
Editora Gente
8o Edição
Pág. 120 e 121
Perspectiva -
Use-A ou perca-A.
Se virou para esta página,
esqueceu-se de que aquilo que se passa
em volta de você não é realidade.
Pense nisso.
Lembre-se de onde veio, para onde vai, e por que você criou a confusão em que se meteu para
começar.
Bibliografia:
Ilusões
Bach, Richard
Record
Pág. 48
Restam outros sistemas fora do solar a colonizar.
Ao acabarem todos só resta ao homem (estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem de si a si mesmo:
Pôr o pé no chão do seu coração, experimentar, colonizar, humanizar
o homem descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas a perene,
insuspeitada alegria de con-viver.
Carlos Drummond de Andrade
Bibliografia:
As Paixões do Ego - Complexidade, Política e Solidariedade
Mariotti, Humberto
Editora Palas Athena
Pág. 25
A Magia dos Sacerdotes Kahunas
Nenhum dano
Nenhum pecado
Servir para merecer
Como conviver pacificamente ?
Quais os princípios, quais os métodos para nos relacionarmos de modo que cada indivíduo possa
desenvolver seu pleno potencial sem que a harmonia do convívio social seja afetada, antes, seja
mantida e fortalecida ?
Uma filosofia de realização que pode ser aplicada a qualquer propósito, seja religioso, científico,
social ou pessoal.
Para os Kahunas o único pecado é ferir alguém intencionalmente (inclusive a si mesmo) e devemos
servir aos outros a fim de que, subconscientemente sintamos que nós mesmos merecemos as boas
coisas da vida.
O lema da Filosofia Huna é : "Uma vida para servir e não para ferir."
A base psicológica da Huna é o "princípio ativo" por trás do método Silva Mind, da
Neurolinguística e da Projeciologia (também conhecida como projeção astral). Por sua ênfase na
cura Espiritual e Física o ensinamento Huna foi saudado como o "elo perdido" entre a medicina,
psicologia e religião.
Extraído do Folheto : Vivência - A Sabedoria dos Sacerdotes Kahunas - Xamanismo Havaiano
(www.mentehumana.com.br/adelia) - Adélia Souza Sanches
"Nós somos como os raios de uma roda, todos irradiando a partir do mesmo centro. Se você
nos define de acordo com nossa posição na borda, nós parecemos separados e distintos uns dos
outros. Mas se você nos define de acordo com nosso ponto de partida, nossa fonte - o centro da
roda - nós somos uma mesma identidade. Se você for buscar bem fundo em sua mente, e bem
fundo na minha, a imagem será a mesma: no âmago de tudo isto, o que somos é amor"
Marianne Williamson - A Return to Love
O químico que puder extrair de seu coração os elementos compaixão, respeito, saudade,
paciência, tristeza, supresa e esquecimento, e os junta em um, pode criar aquele átomo que é
chamado amor.
Kahlil Gibran
...
Ser convivencial com sua mente significa aprender novas formas de usá-la melhor. Você é que
pensa seus pensamentos ou os pensamentos pensam você? Questione: Esta é a melhor forma
de pensar? Estou repetindo o que tenho ouvido, o que aprendi, ou estou refletindo? Posso
mudar minha programação mental. É uma questão de decisão e de partir para a busca de
conhecimento.
...
Estamos todos juntos neste (re)aprendizado. Com humildade e apoio mútuos poderemos
chegar à convivência saudável, que é se perceber vivo e capaz de se apropriar de sua história
passada, viver o presente no aqui e agora e ainda criar o futuro desejado. Dar-se conta de si, é
muito mais do que um processo de conscientização. É assumir, baseado no auto-conhecimento,
com total aceitação, seus limites e potencialidades - latentes ou manifestas. Só é livre quem é
consciente de suas escolhas. Pois escolhemos o tempo todo, conscientes ou inconscientes disto.
Quem não mais repete padrões que foram programados saiu da mecanicidade e é livre para
criar. E quando por acaso repete uma programação, se trabalha na direção de uma
compreensão ampla do aprendizado subjacente, a fim de transcendê-lo.
Se fossemos resumir este parágrafo numa simples frase, esta poderia ser: Ame-se. Tão, simples
e tão difícil de pôr em prática. Ter amor-próprio e auto-estima é assumir o comando de sua
vida.
...
Autora : Silvia Rocha
Parte do Artigo : Convivencialidade: Será que Estamos Preparados ?
Extraído do Site : www.conviver.org.br
Um modo simples de meditar
1 - Sente-se numa almofada, com as pernas cruzadas, ou então numa cadeira, sem encostar no
espaldar;
2 - Mantenha a coluna ereta, mas não tensione a musculatura;
3 - Com as mãos em concha, porém relaxadas, apóie a esquerda no colo, na altura do umbigo,
e a direita sobre ela;
4 - Encoste a ponta da língua no céu da boca e deixe os olhos semicerrados;
5 - Respire profunda e compassadamente pelo nariz, estufando o abdome ao inspirar e
expirando devagar;
6 - Cada vez que completar uma expiração, numere-a mentalmente;
7 - Numere de 1 a 10 e, depois, de 9 a 1;
8 - Repita várias vezes a série completa;
9 - Observe os seus pensamentos, sem se prender a eles;
10 - Concentre-se na contagem, evitando entrar no piloto automático;
11 - Cada vez que perder a concentração, recomece a série numérica a partir do 1.
12 - Inicie meditando por 5 a 10 minutos, pelo menos uma vez ao dia, e aumente o tempo, até
chegar a duas meditações diárias de 20 minutos cada.
Bibliografia:
Revista Galileu
Outubro de 1999
Pág. 56
PRATIQUE O BEM
Mesmo que algo lhe pareça mau, não pense que o mal existe. Encare o mal aparente como um
aspecto que antece à manifestação do bem. Assim, conseguirá serenar sua mente. Em vez de
lutar contra o mal aparente, empenhe-se em praticar boas obras a fim de manifestar o bem.
Bibliografia:
A Verdade, Vol. 8
Taniguchi, Masaharu
Seicho-No-Ie
Meditação
Nesse momento sou um com a consciência que é a Força Criadora de tudo o que existe. Sou
essa Consciência. Minhas idéias assumem forma de ilimitadas maneiras, que expressam a
divindade, a pureza, a perfeição, a integridade e a unidade da Força Vital do Universo. Sou,
portanto, co-criador de tudo o que existe. Permito que as idéias boas e puras da consciência do
Mestre Silencioso fluam através de minha consciência de modo suave, fácil e desimpedido,
para se transformarem em formas puras e belas. Estou aberto e receptivo à verdade interior. A
verdade interior ajuda-me a caminhar para a ação adequada a cada momento, em todos os
lugares onde estou.
Bibliografia:
O Mestre Silencioso
Kim, Tae Yun
Editora Best Seller
Pág.: 131
Semeia um pensamento,
colhe um ato;
Semeia um ato,
colhe um hábito;
Semeia um hábito,
colhe um caráter;
Semeia um caráter,
colhe um destino.
Marion Lawrence
As perguntas mais simples são as mais profunda.
Onde você nasceu ?
Onde é o seu lar ?
Para onde vai ?
O que está fazendo ?
Pense sobre isso de vez em quando, e
observe as suas respostas se modificarem.
Bibliografia:
Ilusões
Bach, Richard
Editora Record
14a Edição
Pág. 51
Auto-Estima
O que é auto-estima ?
...
auto-estima é a opinião que você tem sobre si mesmo. Uma vez considerado isto, está no
caminho certo para o fortalecimento dessa auto-estima.
Em seguida, pergunte-se por que tem uma opinião desfavorável sobre si mesmo em qualquer
área de sua vida. Um motivo pode ser que você se compara com outras pessoas. Se você sai
perdendo nessa comparação, a opinião sobre si mesmo cai e gera problemas.
O que você tem que fazer é elevar a opinião sobre si mesmo. Mas como ?
...
Quando sua auto-estima é elevada, você está em constante competição com a única pessoa com
a qual faz sentido competir - você mesmo.
...
Então, a primeira etapa em sua técnica para melhorar a auto-estima é observar o que você sabe
fazer bem e dispor-se a melhorar.
...
Visualize, crie uma imagem de si mesmo exercendo essa atividade, e então aumente o quadro
mental. Torne a imagem mais clara; torne-a maior e mais colorida. Dê-lhe profundidade,
coloque-a em três dimensões. Ponha os outros sentidos em ação. Após examinar inteiramente
os seus talentos, saia ... e pense como você pode competir consigo mesmo para ser ainda
melhor naquilo que faz. Ajuda muito se você tiver escolhido algo que possa ser aperfeiçoado,
seja em termos de qualidade, quantidade ou tempo.
Agora, para competir consigo mesmo a fim de aperfeiçoar seu talento, comece estabelecendo o
aperfeiçoamento como meta. Em primeiro lugar, estabeleça uma linha de base: determine
como você faz isso atualmente. Então determine de que maneira quer fazer isso melhor - fazê-
lo mais ou menos, mais rápida ou lentamente, maior ou menor, seja como for.
Agora ... veja-se a si mesmo exercendo melhor essa essa atividade. Examine em que você tem
talento, como fez antes, mas imagine-se fazendo isso melhor. Por fim, estabeleça o objetivo de
fazê-lo conforme estabeleceu. Ao voltar ao nível da consciência, atenha-se a esta imagem,
trabalhe em prol deste objetivo e mantelha-o até obter êxito. Você ira competir consigo mesmo
e obterá esse êxito. Logo irá desenvolver o hábito do sucesso, o hábito de vencer, e aumentará
a auto-estima.
Bibliografia:
O Método Silva de Controle Mental para mudar a sua vida
Silva, José
Goldman, Burt
Editora Record
1995
4a Edição
Pág's : 82, 83, 84, 86 e 87
Reposta de Deepak Chopra para a pergunta : O que é cura quântica ?
É curar o contínuo corpo-mente a partir de um nível quântico. Esse nível não se manifesta para
nossos sentidos. Nossos corpos são, em última instância, campos de informações, inteligência
e energia. A cura quântica envolve mudanças nos campos energéticos de informação para
corrigir uma idéia que se deturpou. É curar uma parte da consciência que é a mente, para
modificar outra, que é o corpo.
Bibliografia:
Revista : Sexto Sentido - No. 3
Artigo : mente sem fronteiras
Pág. 9
Nada na vida deve ser temido, somente compreendido.
Agora é a hora de compreender mais, para temer menos.
Marie Curie
O importante é não parar de questionar.
A curiosidade tem sua própria razão para existir.
Uma pessoa não pode deixar de se sentir reverente ao contemplar os mistérios da eternidade,
da vida, da maravilhosa estrutura da realidade.
Basta que a pessoa tente apenas compreender um pouco mais desse mistério a cada dia.
Nunca perca uma sagrada curiosidade.
Albert Einstein
O provérbio "Os semelhantes se atraem" expressa uma das leis mentais. É preciso manter a
mente o mais alegre possível. A felicidade visita os lares onde reina a mente alegre.
Bibliografia:
Palavras de Sabedoria
Taniguchi, Masaharu
Seicho-No-Ie
1999
Pág. 30
Se você me der um peixe, terei comida por um dia;
se você me ensinar a pescar, terei alimento para toda vida.
Ghandi
Deixe que as forças da Luz tragam iluminação para a humanidade.
Deixe que o espírito da Paz seja propagado.
Que homens e mulheres de boa-vosntade possam, em todas as partes, encontrar-se no espírito
de cooperação.
Que o Perdão por parte de todas as pessoas possa ser a tônica nesta época.
Deixe que o poder acompanhe os esforços dos grandes.
Deixe que assim seja e ajude-nos a fazer nossa parte.
Bibliografia:
Amor Incondicional e Perdão
Stauffer, Edith R.
Totalidade Editora
1997
Pág. 166
"É praticamente uma lei na vida que quando uma porta se fecha para nós, outra se abre. A
dificuldade está em que, freqüentemente, ficamos olhando com tanto pesar a porta fechada,
que não vemos aquela que abriu."
Andrew Carnegie
“Eu quero saber como Deus criou este mundo. Não estou interessado neste ou naquele
fenômeno, no espectro deste ou daquele elemento, eu quero saber seus pensamentos, o resto é
detalhe.”
Albert Einstein
Roteiro imaginário, por Samuel e Bennet do livro BE WELL
Feche os olhos. Inspire e expire profunda e lentamente. Relaxe o corpo todo, seguindo o
método que melhor lhe convenha. Deixe então que todas as suas idéias relacionadas com os
sintomas da doença ... se tornem bolhas em sua consciência. Imagine agora que essas bolhas
estão sendo sopradas para fora de sua mente, de seu corpo, de sua consciência, por uma brisa
que as afasta de você, para bem longe, até que não consiga mais vê-las ou senti-las. Observe-as
desaparecendo no horizonte.
Agora imagine que está em um lugar de que gosta muito. Pode ser a praia, a montanha, o
deserto ou onde quer que você se sinta vivo, saudável, à vontade. Imagine que o espaço em
torno de você está repleto de luz brilhante, clara. Deixe que a luz flua para seu corpo, tornando
você mais brilhante e preenchendo-o com a energia da saúde. Goze o fato de balhar-se nessa
luz.
Bibliografia:
Imaginação na Cura
Achterberg, Jeanne
Summus editorial
1996
Pág. 201
"Um ser humano é parte de uma totalidade chamada por nós de Universo ... uma parte limitada
em tempo e espaço.
Experimenta seus pensamentos e sentimentos como separados do resto - um tipo de ilusão de
ótica de sua consciência.
Esta ilusão é um tipo de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos próprios desejos e à
afeição pelas poucas pessoas próximas a nós.
Nossa tarefa deve ser libertarmo-nos desta prisão ampliando nosso círculo de compaixão para
abraçar todas criaturas vivas e a totalidade da natureza em sua beleza."
Albert Einstein
A mente é criativa
O homem criou veículos para transporte rápido, prédios que alcançam o céu, meios de
comunicação eletrônicos, maravilhas artísticas e científicas. Todas esta criações envolveram as
máquinas e mãos do homem, mas primeiramente envolveram sua mente.
Nada que existe em nosso mundo civilizado estaria aqui se não existisse primeiro como uma
imagem na mente de alguém. Somente de tal imagem pode emergir um esboço, uma planta de
loja, um padrão, um diagrama, uma fórmula, um molde ou uma cópia heliográfica.
Qual é a fonte da criatividade ?
Essa é a eterna pergunta. Felizmente, não precisamos conhecer a resposta para penetrar na
fonte. A mente é o canal para ela. Tudo que temos de fazer é permitir que a mente perfure esta
fonte, de forma que a idéia criativa possa ser trazida dos recessos do grande inconsciente (o
hemisfério cerebral direito) para o consciente sensorial (o hemisfério cerebral esquerdo).
Isto acontece a dez ciclos por segundo da frequência da onda cerebral. Alfa é o centro de
extensão de frequência do cérebro. Esta é a frequência em que o cérebro é centralizado e em
que os dois hemisfério trabalham de comum acordo.
A ação combinada dos dois hemisférios cria soluções para os problemas. Nosso cérebro se
torna uma ponte de "lá" para "aqui". Sabemos muito sobre "aqui", mas só podemos teorizar em
relação a "lá". O que quer que seja ou onde esteja, "lá" é abundante em soluções criativas.
Bibliografia:
O Método Silva de Controle Mental para Executivos
Silva, José
Stone, Robert B.
Editora Record
1995
4a Edição
Pág. 31 e 32
Cedo ou tarde você vai perceber ...
que há uma diferença entre conhecer o caminho ...
e percorrer o caminho.
Filme Matrix
O Princípio da Não-Resistência

No Judô Mental, mover-se contra a direção do impulso adversário (entrar em discusão com
ele) fechar-lhe-á a mente ao criar reações emocionais negativas. Movimentar-se na mesma
direção do impulso do adversário dissipará a força de sua arremetida e deixar-lhe-á a mente
aberta à nossa estratégia posterior. Se o oponente disser que algo é preto e insistirmo em
afirmar que é branco, teremos traçado linhas para um conflito que, provavelmente, não terá
solução.
Se, ao contrário, nós nos movermos na mesma direção que ele, replicando "Posso entender por
que você diz que é preto", estaremos neutralizando sua investida e poupando nossa própria
energia. O que é mais importante: manteremos seu estado de mente aberta. Isto não significa
que tenhamos que concordar com ele. Simplesmente não discordamos, pois do contrário
estaríamos resistindo à sua investida. Mantermos em aberto nossa oportunidade de persuadi-lo
de que, na verdade, o preto é branco. Conseguiremos isso após lançarmos os fundamentos
adequados, essenciais para que ele aceite nossa opinião.
Bibliografia:
Judô Mental
Lager, Lance
Kraft, Dra. Amy L.
Editora Nordica
Rio de janeiro
1981
Pág. 41
Ponha um Sorriso no Seu Dia

Recentemente, os pesquisadores descobriram que o ato de colocar um sorriso no rosto


estimula o cérebro a liberar substâncias químicas como as endorfinas, por exemplo, que o
fazem sorrir. ... Quando você se sente bem, sorri. ... quando sorri, isso também o faz se sentir
bem.
Estudos feitos em Harvard demonstraram que a longevidade está relacionada com a capacidade
de manejar os estados psicológicos. Essa capacidade aumenta a resistência geral do
organismo às doenças, pelo melhor desempenho do sistema imunológico.
As endorfinas são substâncias produzidas no hipotálamo, no sistema nervoso central. O
hipotálamo fabrica as endorfinas a partir de uma substância precursora chamada pró-ópio-
mela-nocortina (POMC). Trata-se de um polipeptídeo formado por determinados aminoácidos
que conferem às B-endorfinas um poder analgésico. É um efeito semelhante ao da morfina,
porém, 300 vezes superior. Além disso, como vimos, as endorfinas têm a capacidade de
estimular as células T dos glóbulos brancos e as células "matadoras", que destroem até células
malignas. A morfina que se aplica como analgésico não tem nenhum efeito positivo sobre as
células imunológicas.
Um fato que chama a atenção dos estudiosos é que a substância mencionada, que dá origem às
B-endorfinas, pode, em outras circunstâncias, ser transformada em substância diferente.
As endorfinas são formadas sob a influência de estímulos positivos como esperança, alegria e
amor. Esse estado atua sobre o hipotálamo, que determina a formação de endorfinas.
Sentimentos negativos promovem o fracionamento da molécula POCT em outra região,
produzindo outra substância : ACTH. Esta substância atuará sobre a supra-renais, produzindo
hormônios de estresse, que diminuem a função do sistema imunológico.
Portanto, ponha um Sorriso no Seu Dia.
Bibliografia:
O Método Silva de Controle Mental para alcançar a cura
Silva, José
Stone, Robert B.
Editora Record
Rio de janeiro
1995
Pág. 183
Saúde - Novo Estilo de Vida - A melhor maneira de fortalecer o organismo e livrar-se da
doenças
Lee, Dr. Sang
Casa Publicadora Brasileira
Tatuí
São Paulo
Pág. 150 e 151
"E conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres."
João, 8:32
Se eu pedisse aos pacientes que aumentassem os níveis de imunoglobulina
sanguínea ou de linfócitos T, ninguém saberia como fazê-lo.
Mas se eu puder ensiná-los a amar os outros e a si mesmos totalmente,
as mesmas mudanças ocorrerão automaticamente.
A verdade é : o amor cura.
Bibliografia:
Love, medicine and miracles
Siegel, Bernie
Harper and Row
1986
Arquitetura da Expressão
Da mesma forma que uma planta de construção será incompleta a menos que contenha janelas
e portas, assim também, nenhuma vida será plenamente vivida sem os meios de expressão
objetiva e subjetiva.
Olhamos pelas janelas, que deixam entrar luz e ar. Entramos e saímos pelas portas. Em nossa
vida a memória é a única janela que contempla o passado, enquanto que a imaginação serve
como porta através da qual penetramos no futuro.
A realização, no presente, e a antecipação para o futuro, contribuem para completar o ciclo de
acontecimentos de nossa vida.
Na verdade, os olhos são as janelas da alma.
Quando compreendemos pouco do que vemos ou o interpretamos falsamente, interpretamos
mal os motivos e intenções das pessoas ou acontecimentos.
Somos como a mulher que criticava a lavagem de roupa de sua vizinha ao observá-la através
de janelas cobertas de pó e fumaça.
Nossas recordações podem estar tão anuviadas como estavam suas janelas quando deixamos de
contemplar o verdadeiro significado de viver harmoniosamente com nós mesmos e com outros.
O amar a nós mesmos como ao próximo mantém nossas janelas claras como cristal; o
conservar as dobradiças de nossas portas bem lubrificadas nos permitirá abri-las e fechá-las
sem ruído. Fechamos nossas janelas e portas para evitar criaturas indesejáveis.
Há, também, pensamentos indesejáveis que não devemos permitir entrar em nossa mente.
Colocamos cortinas nas janelas para garantir a intensidade de luz. Quando abrimos nossa porta
devemos ter algum objetivo em mente. Porta aberta é como mente aberta, com entrada e saída
à vontade. Depende de nós, fechar a porta de nossa mente contra qualquer tentação para não
desperdiçar tempo em atividades triviais e inúteis.
Podemos penetrar num meio ambiente para exercitar nossas faculdades sensoriais ao passar
por experiências marcantes. Ou podemos fechar a porta de nossa mente e permanecer em nosso
próprio interior, para refletir, contemplar e meditar sobre as experiências para adquirir as lições
necessárias que proporcionarão sabedoria para a ação futura. Uma porta com vidro é como a
compreensão clara. Não necessitamos nos expor a acontecimentos exteriores.
Devemos ser semelhantes a uma porta de vai-e-vem tendo capacidade de girar livremente para
fora ou para dentro na medida em que surja a necessidade de ajuste, ou semelhantes a uma
porta giratória com seu ajuste mais completo a modificações. Ainda mais moderna é a porta
acionada por células fotoelétricas que se abre sem esforço quando desejamos entrar para
descansar ou refletir ou sair para enfrentar as experiências e servir.
Esta beleza é necessária como entrada no Divino portal no interior de nosso Ser.
Isto por sua vez nos impelirá a criar maior beleza no interior de nossa alma assim como
proporcionar prazer a outros. Podemos, por nosso amor à beleza, instilar e inspirar o mesmo
amor em outros.
Quando todas as portas se abrem para um mundo de beleza e todas as janelas para paisagens
lindas, tornamo-nos seres humanos mais felizes e saudáveis.
Este artigo "Arquitetura da Expressão" foi desenvolvido pela equipe de marketing da Ordem
Rosacruz AMORC para ser usado na divulgação da Filosofia Rosacruz.
Para obter maiores informações sobre este artigo "Arquitetura da Expressão" e receber
gratuitamente o Domínio da Vida, mande um e-mail para marketing@amorc.org.br e receba
mais informações sobre a Ordem Rosacruz AMORC.
“... apresentar à criança as leis do universo reveladas nas obras da natureza em suas formas
mais simples, embasar o caminho rumo a uma compreensão da verdade existente em todas as
coisas, através do amor, da harmonia, da justiça, da caridade, e da Lei e da ordem."
H. Spencer Lewis
A natureza revela poucos de seus segredos para aqueles que olham e ouvem apenas com os
olhos e ouvidos externos. A condição de toda visão válida, em qualquer plano da consciência,
não está no aguçamento dos sentidos, mas numa atitude peculiar da personalidade como um
todo: numa atenção profunda, numa intensa concentração, numa fusão consigo mesmo,
efetuando-se uma verdadeira comunhão entre o observador e a coisa observada ...
Evelyn Underhill
Só é possível enxergar direito com o coração.
O essencial é invisível para os olhos.
Antonie de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe
O que é Alfa ?
Alfa é um nível onde as ondas cerebrais diminuem de velocidade até mais ou menos a metade
da frequência normal de uma pessoa quando acordada. Emitimos de 14 a 21 pulsações
cerebrais de energia por segundo quando despertos. Os pesquisadores definen isso como nível
beta. Quando você se deita à noite e adormece, torna mais lentas estas pulsações cerebrais.
Quando relaxa na cama de olhos fechados, o eletroencefalógrafo que mede tais pulsações
demonstra um decréscimo para a metade da velocidade. Os pesquisadores apontam 7 a 14
como o nível alfa, um leve nível de sono ...
É um estado natural, confortável, pacífico, relaxado, pelo qual todos nós passamos antes de
dormirmos à noite e acordamos de manhã. Mas agora, em vez de passarmos por isto, queremos
ficar nele, de modo a podermos usá-lo em nosso benefício.
O que o nível alfa tem a ver com tais benefícios ?
Trabalhando com equipamento de biofeedback, pesquisadores vieram a compreender que, no
nível alfa, coisas boas estavam acontencendo com o corpo. Órgão e sistemas estressados eram
capazes de se recuperar e se revitalizar. A pressão sanguínea tendia a normalizar-se. A
pulsação tornava-se mais estável.
Quando em Laredo, Texas, estávamos pesquisando como colocar uma parte maior da nossa
mente para trabalhar por nós, descobrimos que, no nível alfa, adquirimos o controle de funções
antes incontroláveis. O que consideramos que fossem faculdades inconscientes ou
subconscientes se tornou mais consciente.
Hábitos ficaram sob um controle mais consciente. As funções automáticas do corpo também
ficaram mais controláveis. Faculdades da mente semelhantes às dos gênios, que só de vez em
quando nos dão lampejos de extraordinária compreensão, agora podiam ser acionadas à
vontade da pessoa no nível alfa para solucionar problemas à maneira de uma supermente.
Bibliografia:
O Método Silva de Controle Mental para alcançar a Cura
Silva, José
Stone, Robert B.
Editora Record
1995
2a Edição
Pág. 23 e 24
"Eu não me envergonho de corrigir os meus erros e mudar as minhas opiniões, porque não me
envergonho de raciocinar e aprender."
Alexandre Herculano
"No fundo de cada homem residem esses poderes adormecidos; poderes que o assombrariam,
que ele jamais sonhou possuir; forças que revolucionariam sua vida se despertadas e postas em
ação."
Orison Swett Marden
Rir muito e com frequência;
ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças;
merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos;
apreciar a beleza,
encontrar o melhor nos outros;
deixar o mundo um pouco melhor,
seja por uma saudável criança,
um canteiro de jardim ou uma redimida condição social;
saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu.
Isso é ter sucesso.
Ralph Waldo Emerson
Meditação e Perspectiva Clara
Uma pessoa que anda pelas montanhas e encontra uma rocha enorme bloqueando o caminho,
perde tempo e energia tentando tirar o obstáculo. Se não consegue remover a rocha, desanima-
se e reclama do seu azar. Para um piloto sobrevoando o local num avião, aquela rocha não
representa nenhuma dificuldade. Ela ainda existe, mas porque ele vê a situação de uma
perspectiva diferente, e o seu modo de transporte é outro, prossegue sem o mínimo sentimento
de que algo grave aconteceu.
Qualquer situação, por mas difícil que pareça, pode ser encarada sob uma perspectiva
diferente. O estado meditativo é o avião de onde posso ver os passos que dei para chegar num
determinado local, e enxergar também o que está me esperando à frente. A visão do passado,
presente e futuro de cada circunstância ajuda a manter-me despreocupado, sereno e
principalmente a tomar as decisões certas.
Bibliografia:
A Última Fronteira
O'Donnell, Ken
Editora Gente
8a Edição
Pág. 34 e 35
Todas as forças curadoras devem partir de dentro, e não de fora ! Aquilo que aplicamos
externamente é para criar internamente uma força mental e espiritual conjunta.
Edgar Cayce
A auto-sugestão é um instrumento do qual precisamos saber utilizar-nos como acontece com
qualquer instrumento. Um ótimo fuzil, em mãos inexperientes, dá péssimos resultados, mas,
quanto mais hábeis vão ficando essas mãos, mais facilmente as balas atingem o alvo.
Émile Couê
Autodomínio Através da Auto-Sugestão
Emile Coué ... é famoso por causa de uma frase ... : "A cada dia, e de todas as formas, estou
ficando melhor e melhor." Essas palavras já curaram milhares de pessoas, e de doenças sérias !
Dizia que nunca curou ninguém, apenas ensinava as pessoas a se curar. Não há duvida de que
as curas aconteceram - elas estão bem documentadas - mas o método Coué praticamente
desapareceu desde a sua morte em 1926. Se esse método fosse tão complexo que apenas alguns
especialistas pudessem aprender a praticá-lo, certamente continuaria sendo usado até hoje. Mas
é um metodo simples. Todos podem aprender a praticá-lo. Sua essência está no Controle
Mental.
Nele há dois princípios básicos:
1 - Só podemos pensar numa coisa de cada vez, e
2 - Quando nos concentramos num pensamento, esse pensamento se torna verdade porque
nosso corpo o transforma em ação.
Portanto, se você quiser ativar os mecanismos curativos de seu corpo, que podem estar
bloqueados por pensamentos negativos (conscientes ou inconscientes), apenas repita vinte
vezes seguidas "A cada dia, e de todas as formas, estou ficando melhor e melhor." Faça isso
duas vezes por dia, e estará pondo em prática o método do Dr. Coué.
Bibliografia:
O Método Silva de Controle Mental
Silva, José
Miele, Philip
Editora Record
1977
9a Edição
Pág. 62 e 63
O Processamento de dados mentais e a Atitude Positiva
Algumas teorias interessantes, elaboradas pelo Dr. Gordon H. Bower, da Universidade de
Stanford, foram desenvolvidas. Sua pesquisa salienta três áreas do processamento mental.
1. As sensações de uma pessoa agem como um filtro seletivo que é sintonizado ao material que
entra, que apóia ou justifica essas sensações. O filtro deixa entrar o material que está de acordo
com o estado de espírito da pessoa, e rejeita o que não está. O processo de filtragem é
importante, pois determina como o material é inicialmente armazenado nos bancos de
memória.
2. As sensações emocionais afetam os dados que a pessoa pode recuperar da memória. A
melhor forma de as pessoas recuperarem os eventos que aprenderam originalmente em
determinado estado de espírito é voltando ao mesmo estado de espírito.
3. Existem fortes influências emocionais agindo sobre nossos pensamentos e julgamentos. As
percepções sociais das pessoas, assim como suas fantasias imaginativas, são subjetivas; elas
são essencialmente influenciadas pelo estado de espírito do momento. Essas influências
ocorrem sempre que as pessoas avaliam seus amigos, se auto-avaliam, avaliam sua situação de
trabalho e seu futuro.
Com a pesquisa do Dr. Bower em mente, parece que armazenamos informações de acordo com
nossos sentimentos. Para evocar efetivamente essas lembranças, precisamos restabelecer esses
sentimentos ...
Seguindo a indicação do Dr. Bower, poderíamos dizer que o processamento do cérebro poderia
ser comparado a dois compartimentos separados; um para armazenar sentimentos negativos, e
um totalmente diferente para conter sentimentos positivos. Abrir cada compartimento, ou
chegar a eles com mais facilidade, exigem que sintamos a emoção associada a esse sistema de
armazenamento ...
Pela primeira vez temos alguma comprovação científica e compreendemos por que uma atitude
mental positiva funciona. Quando você está pensando positivamente, com uma base de
confiança, você tem acesso a todas as suas experiências bem-sucedidadas. Quando está
pensando positivamente e se depara com um problema, irá evocar todas as soluções bem-
sucedidas para problemas semelhantes no passado, aumentando portanto as chances de uma
solução eficaz.
Quando está numa fase negativa e se depara com um problema, você procura na memória uma
solução, mas só vai ter acesso a lembranças de fracasso. As chances de uma solução eficaz são
duvidosas.
As mudanças de atitudes ocorrem em todas as condições sociais. Desde a idade de sete anos
até a morte, somos governados por nossas atitudes.
Bibliografia:
O Método Silva de domínio da mente
Powell, Tag
Powell, Judith
Editora Record
1996
3a Edição
Pág. 124, 125 e 126
O mecanismo da Mente
Parece que tudo acontece ao contrário daquilo que pensamos ...
Há uma explicação para isso. Analisando o mecanismo da mente, percebemos que existe uma
dualidadade. Percebendo isto, compreendemos por que ocorre a situação referida, em que tudo
parece acontecer ao contrário daquilo que desejamos. Analise bem o mecanismo da mente.
Existe uma discrepância entre o pensamento da mente superficial (o consciente) e o
pensamento da mente oculta (o subconsciente).
O consciente elabora idéias e julgamentos com base nas informaçoes obtidas por meio dos
cinco sentidos. Por isso, é lógico e racional. Ele manifesta a vontade de fazer isto ou aquilo,
bem como o desejo de que algo aconteça de uma forma ou de outra. É o impulso de procurar
corrigir pela forma exterior: ao ver a criança ociosa, procura obrigá-la a fazer a lição de casa.
O subsconciente não age por si próprio, mas por força das idéias nele arraigadas ao longo dos
tempos; portanto, podemos chamá-lo de "mente do hábito" ou "mente da tendência".
Stanley Hall compara a mente humana a um iceberg: a pequena parte visível corresponde à
mente superficial, denominada consciente e manifesta-se como desejo e anseio; a outra parte,
submersa, é o subconsciente que, segundo estudos de hipnose, age como uma poderosa força,
que abrange 95% da força concretizadora, enquanto a primeira parte representa apenas 5%.
Esta é uma explicação muito sucinta sobre o mecanismo da mente. É indispensáel
conhecermos esse mecanismo para compreendermos por que o esforço dos pais não alcança o
resultado esperado.
Analisemos, por exemplo, o mecanismo da mente dos pais que querem melhorar o
desempenho do filho no estudo. A mente consciente deles tenta, por todos os meios, fazer com
que o filho estude, mas o poder de concretização desse pensamento é de apenas 5%. Já o
subconsciente mantém o pensamento "não adianta, este menino não estuda mesmo", e o poder
de concretização desse pensamento é de 95%. O resultado é obvio. Aquilo que se pensa no
fundo, bem no fundo da mente, é o que se manifesta nos filhos.
Bibliografia:
Educação do Filho de Deus
kanuma, Keiyo
Seicho-No-Ie
1999
6a Edição
Pág. 26, 27 e 28
Lidando com o estresse
A sensação de simplesmente não querer fazer nada é uma das manifestações mais comuns de
estresse - e uma situação que cria grandes danos em relacionamentos, situações familiares e no
ambiente de trabalho.
Qual é, então, a maneira mais eficaz de se lidar com o estresse ? Vamos propor algumas idéias.
Em primeiro lugar, você pode evitar ou diminuir o estresse caso se solte. Para eliminar um
pensamento, pense em outra coisa ...
Quando uma pessoa passa por um período altamente estressante e procura se livrar disso, tem
mais chance de escapar das manifestações de doenças somáticas ...
Uma segunda maneira, mais básica, de lidar com o estresse é perceber que a verdadeira causa
do estresse não são as pessoas, a frustração, a decepção, o medo, os desejos não realizados ou
as expectativas negativas.
Pura e simplesmente a causa do estresse é a sua atitude em relação a essas coisas.
Repito : o estresse não é causado por problemas. É a sua atitude em relação ao problema que
causa o estresse. Fica mais fácil lidar com o estresse quando se conhece a sua causa, pois assim
a pergunta adequada pode ser proposta. A pergunta não é como posso me livrar do estresse,
mas como posso mudar minha atitude em relação ao trabalho, aos acontecimentos, às
decepções, ao medo e às pessoas ...
Uma mudança de atitude, aliada a uma mudança na produção de ondas cerebrais, irá aliviar a
condição estressante, trazendo resultados imediatos. O estresse provoca uma onda cerebral
mais rápida do que o relaxamento. Ao relaxar, você diminui a atividade das ondas cerebrais. E
aí é que está a chave do probrema.
Você pode enfrentar uma situação tão estressante que não pode ver como pode relaxar,
especialmente durante o dia. Ou você pode estar muito estressado sem saber por quê. Em
ambos os casos a resposta é a mesma. Não há outra maneira de sair de um quarto escuro a não
ser deixando entrar a luz. A única maneira de sair de uma situação estressante é entrando em
relaxamento. Você não pode ficar estressado e relaxado ao mesmo tempo. Ao relaxar um
pouco todos os dias, você modera o estresse. Ao moderar o estresse, você reduz o seu efeito
negativo.
Bibliografia:
O método silva de controle mental para mudar a sua vida
Silva, José
Goldman, Burt
Editora Record
Pág. 56, 57 e 58
Os seus amigos o conhecerão melhor no primeiro minuto em que se conhecerem
do que os seus conhecidos o conhecerão em mil anos.
Richard Bach
Um método de autoprogramação humana
Nosso cérebro e nosso sistema nervoso - o nosso hardware (a máquina ) - é mais ou menos
igual em todas as pessoas. A grande diferença que faz a diferença é o que está gravado ou
programado no cérebro, isto é, o nosso software ( o programa ).
Explicando de uma maneira extremamente simplificada, você tem três tipos de programação:
1 - a programação genética ( o instinto );
2 - programação sócio-cultural ( família, amigos, escola, trabalho, líderes espirituais e
políticos, livros, cinema, TVs, etc.);
3 - a auto-programação ou a programaçâo feita por você em você mesmo.
Na primeira programação você não tem nenhum controle; na segunda, tem controle parcial; e
na terceira programação você tem controle total.
É fundamental que você saiba, conscientemente, controlar o terceiro tipo de programação, ou
seja, a auto-programação.
...
Depois de longa pesquisa e vivência - análise e intuição - concluí que há, e sempre houve, um
método simples e seguro de autoprogramação.
As informações adquiridas através da leitura de "historinhas", parábolas, fábulas, metáforas,
aforismos, máximas, pensamentos etc., podem, eventualmente, atingir seu subconsciente sem
parar pelo crivo do consciente analítico e bloqueador. Esta prática permite, sem grande
esforço, implantar em seu sistema automático perseguidor de objetivos uma programação
incrivelmente poderosa e geradora de ação.
Sabemos - grande objetivo da educação não é apenas o saber, mas a ação.
Um dos maiores Mestres de nosso tempo e um gênio na Arte de Viver, formalizou com
incrível simplicidade este princípio quando ensinou: "Pedi e vos será dado; buscai e achareis;
batei e vos será aberto. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, acha; e ao que bate, se
abrirá."
Hoje, em plena era da informática, com a consequente revolução da comunicação, estamos
compreendendo esses eficientes recursos que temos inerentemente dentro de nós.
Bibliografia:
Livros Clipping da Coleção Pensamento de Sabedoria
Editora Martin Claret
1997
Pág. 5, 6 e 7
As pessoas viajam para procurar maravilhas
no topo das montanhas,
nas altas ondas do mar,
nos longos cursos dos rios,
na vasta extensão do aceano,
no movimento circular das estrelas,
e passam por si mesmas sem se maravilhar.
Santo Agostinho

Assim Mesmo
Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusa-lo de egoísta, interesseiro.
Seja gentil, assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.
Se você é honesto e franco as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.
Se você tem paz, é Feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja Feliz assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.
Veja você que no final das contas, é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e outras pessoas.
Madre Tereza de Calcutá
Não se preocupe absolutamente com você, deixe toda a preocupação para Deus: esse parece ser
o mandamento de todas as religiões.
Isso não precisa assustar ninguém.
Aquele que se devota a servir com uma consciência limpa haverá de absorver dia a dia essa
necessidade em grau cada vez maior, tornando-se continuamente mais rico na fé.
O caminho do serviço dificilmente pode ser seguido por quem não esta preparado para
renunciar aos próprios interesses e reconhecer as condições de seu nascimento.
Consciente ou inconscientemente, cada homem presta um serviço a outro.
Se cultivarmos o hábito de prestar serviço deliberadamente, nosso desejo de servir vai se tornar
cada vez mais forte, fazendo não apenas a nossa própria felicidade, mas também a do mundo
em geral.
As Palavras de Gandhi
Editora Record
pág. 77

O homem se torna muitas vezes o que ele próprio acredita que é. Se eu insisto em repetir para
mim mesmo que não posso fazer uma determinada coisa, é possível que eu acabe me tornando
realmente incapaz de fazê-la. Ao contrário, se tenho a convicção de que posso fazê-la,
certamente adquirirei a capacidade de realizá-la, mesmo que não a tenha no começo.
As Palavras de Gandhi
Editora Record
pág. 74
A maioria das pessoas se esforça para manobrar a riqueza e a sua própria capacidade, no
intuito de dominar o mundo externo; mas se esquece de comandar seu mundo interno. De que
adiantará dominar o mundo inteiro, se não conseguir comandar a si próprio ?
Bibliografia:
Palavras de Sabedoria
Taniguchi, Masaharu
Seicho-No-Ie
3a Edição
pág. 123
No céu, aprender é ver.
Na terra, é lembrar-se.
Feliz quem atravessou os Mistérios
E conhece a origem e o fim da vida.
PINDARO
Aprender é descobrir aquilo que você já sabe.
Fazer é demonstrar que você a sabe.
Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você.
Vocês são todos aprendizes, fazedores, professores.
Richard Bach
Pensamento do Conde Leon Tolstoy
"Os homens precisam compreender apenas isto: tão somente deixar de lutar com os assuntos
externos e gerais, onde não são livres, e usar apenas um centésimo dessa energia ... no
reconhecimento e na aceitação da verdade que se desvenda diante deles, na emancipação de si
mesmos ..."
Pensamento de Galileu Galilei
"Não se pode ensinar alguma coisa a um homem; apenas ajudá-lo a encontra-lá dentro
de si mesmo."

"Faça mais do que existir


- viva.
Faça mais do que tocar
- sinta.
Faça mais do que olhar
- observe.
Faça mais do que ler
- absorva.
Faça mais do que escutar
- ouça.
Faça mais do que ouvir
- compreenda."
John H. Rhoades
"Numa sociedade com base no conhecimento, por definição é necessário que você seja
estudante a vida toda."
Tom Peters - Conferencista e consultor empresarial norte-americano na área administrativa e
autor de Em Busca da Excelência e O Círculo da Inovação.
Pensamento de Rudyard Ripling
Se ...
Se és capaz de manter a tua calma quando todo o mundo em redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando e para esses, no entanto, achares uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares, ou enganado, não mentir ao mentiroso ou, sendo
adiado, sempre do ódio te esquivares; e não parecer bom demais nem pretensioso;
Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires, de sonhar - sem fazer dos sonhos teus
senhores;
Se encontrando a desgraça e o triunfo, conseguires tratar da mesma forma a esses dois
impostores;
Se é capaz de sofrer a dor de ver mudadas em armadilhas as verdades que disseste e as coisas,
por que deste a vida, estraçalhadas, e refazê-las com o bem pouco que te reste;
Se é capaz de arriscar numa única parada tudo quanto ganhaste em toda a vida e perder e, ao
perder, sem nunca dizer nada, resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo e dar seja o que for que neles ainda existe, e a
persistir assim quando, exausto, contudo resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste !
Se és capaz de, entre a plebe não te corromperes, entre os reis, não perder a naturalidade, e de
amigos, que bons, quer maus, te defenderes;
Se a todos podes ser de alguma utilidade;
E se és capaz de dar segundo por segundo ao minuto fatal, todo teu valor e brilho, tua é a Terra
com tudo que existe no mundo e - o que ainda é muito mais - és um homem, meu filho !
J. Allen Boone, Kinship With All Life
"Se você quiser aprender o segredo dos relacionamentos justos e razoáveis, basta contemplar
ou visualizar o que há de divino em todas as pessoas e coisas, e deixar o resto por conta de
Deus."
SEMÂNTICA GERAL
A Semântica Geral originou-se com Alfred (Habdank Sharbek) Korzybski (1879 - 1950) em
1933.
A Semântica Geral pode ser descrita como uma teoria geral de avaliações baseada nos
conhecimentos científicos modernos e estuda a relação entre linguagem, pensamento e
comportamento para entendermos melhor como nós falamos, como pensamos e como agimos.
Por avaliação, entende-se o processamento de percepções e conclusões como influenciado pela
existência de suposições conscientes e inconscientes. Avaliações, não são, necessariamente
conscientes. Elas envolvem nossos pensamentos, sentimentos, julgamentos, decisões, etc.
A palavra semântica foi introduzida em literatura lingüística por Michel Breal, traduzido do
francês em 1897. É derivado do grego “semainein” (significar) e Breal acentuou o significado
no nível verbal. Alfred Korzybski, em 1933, definiu a Semântica Geral não como uma
filosofia, psicologia ou lógica, no sentido comum. Mas como uma nova disciplina que explica
e nos treina a usarmos nosso sistema nervoso mais eficientemente. Ela trata das reações
nervosas do organismo humano-como-um-todo-no-ambiente, de uma maneira muito mais geral
e fundamentalmente orgânica que os significados somente das palavras e símbolos.
PREMISSAS DA SEMÂNTICA GERAL
As premissas podem ser dadas pela analogia simples da relação de um mapa com o território :
1. Um mapa não é o território.
2. Um mapa não representa tudo de um território.
3. Um mapa é auto-reflexivo no sentido de que um 'mapa' ideal incluiria um mapa do mapa, e
assim por diante, indefinidamente.
Aplicado a vida diária e a linguagem :
1. Uma palavra não é o que representa.
2. Uma palavra não representa tudo sobre um evento.
3. Linguagem é auto-reflexiva no sentido de que na linguagem podemos falar sobre a
linguagem.
EXPLANAÇÕES
O mundo é o que é. Nós podemos fazer todos os tipos de mapas e modelos de como o mundo
funciona, e alguns deles podem ser muito úteis. Mas os modelos e mapas e qualquer palavra
que a pessoa reúna nunca podem fazer mais que se aproximar do mundo atual ou o fenômeno
atual que é examinado. O território atual está além da descrição verbal. Nós fazemos
abstrações todo o tempo. Uma "abstração", como usada aqui, é aquela que simplifica,
condensa, ou simboliza um determinado evento de tal maneira que se pode então, falar melhor
a respeito deste evento ou pensar melhor sobre este evento. Nossas percepções sobre um
evento constituem uma abstração. Pessoas diferentes experimentarão um mesmo evento de
maneira diferente. Dependendo de onde elas percebem o evento e de como funciona a
percepção delas.
Nunca será mais que uma parte do que aconteceu, atravessados certos filtros de percepção.
Assim, nós registramos certas visões, sons, sentimentos que formam nossas representações do
evento, nossos mapas.
Nós poderíamos descrever uma experiência e depois resumirmos (abstrairmos) esta descrição
mais adiante, ou seja, fazermos uma abstração de uma abstração anterior, fazermos um resumo
do nosso resumo anterior.
Por exemplo, eu poderia dizer que vi um avião num céu azul que pousou no meio de uma
quadra de futebol, que tinha um gramado verde e onde estava acontecendo uma partida.
Esta descrição poderia dar para alguém uma idéia do que aconteceu, mas realmente é uma
aproximação muito imprecisa do evento que eu, de fato, percebi que é novamente uma
aproximação imprecisa do evento que de fato aconteceu. No próximo dia, eu poderia criar uma
abstração adicional simplesmente dizendo que vi um avião pousando em uma quadra.
Se alguém levasse minha descrição verbal como o que de fato aconteceu, então todos os tipos
de enganos poderiam acontecer. Mas se percebemos que são só mapas, e que mapas diferentes
podem ser feitos para o mesmo território, então se torna muito mais fácil reconciliar
diferenças. Outro exemplo: tudo o que você pode dizer sobre uma cadeira não é uma cadeira.
O cadeira é o que é, algo fundamentalmente indizível. Se isso é reconhecido, então a
linguagem e os modelos são de fato muito úteis em nossa vida diária. Isso mostra que as
palavras não têm um significado exato. Palavras e símbolos têm significados diferentes para
pessoas diferentes, e significados diferentes em contextos diferentes. Uma palavra ou sentença
em si mesma necessariamente não diz nada finito, a menos que você descubra o que está ligado
a ela.
A maioria das discordâncias, argumentos, brigas, e guerras saem do fracasso em se reconhecer
todos os fatores, todas as visões, e de se confiar em mapas de realidade que não correspondem
ao que de fato é. As pessoas discutem baseando-se nos próprios mapas e não percebem que
outros usam mapas diferentes.
Treinando a si mesmo para reconhecer e superar isso em si mesmo e nos outros, pode-se
formar a base para resolvermos a maioria dos conflitos.
BIBLIOGRAFIA
"Science and Sanity - an introduction to non-aristotelean systems and general semantics"
Alfred Korzybsky (1933, 1947)
O melhor soldado não ataca.
O lutador superior vence sem violência.
O maior dos conquistadores vence sem esforço.
O gerente mais bem sucedido dirige sem impor.
Isso e chamado nao-agressividade inteligente.
Isso e chamado superioridade dos Homens.
Lao-Tse
Tao Te King
TEORIA DO ESTILO
As palavras usadas devem ser as mais expressivas que a língua possa fornecer,
contanto que sejam as mais geralmente entendidas.
Não se deve expressar em duas palavras nada que se possa dizer bem em uma; isto é,
não se deve empregar, senão muito raramente, sinônimos, mas o conjunto deve ser
apresentado de modo a ser agradável ao ouvido e quem lê.
Deve-se, em suma, ser fluente, claro e breve,
pois as qualidades contrárias são desagradáveis
Benjamin Franklin (1706-1790)
Benjamin Franklin - Autobiografia / Co
www.estudodamente.com - Programação Neurolinguística Sistêmica

Aprendizagem generativa
Geralmente, a educação nas escolas pára no primeiro nível de aprendizagem: a lembrança de
fatos ou habilidades. Normalmente, não aprendemos a aprender. Dizem-nos para lembrar, mas
não como lembrar. Essa é a diferença entre dar um peixe para uma pessoa e ensiná-la a pescar.
A Programação Neurolinguística (PNL) tem o seu lugar ... porque fala sobre aprender a
aprender, como usar o que você sabe para aprender mais e mais rápido.
...
No nível organizacional, a aprendizagem generativa criará empresas que aprendem; no nível
individual, ela conduzirá à melhora contínua do desempenho e à crescente satisfação pessoal.
Bibliografia :
Treinando com a PNL
O'Connor, Joseph
Seymour, John
Summus Editorial
São Paulo
1996
pág. 31 e 33

Organização que aprende


Uma efetiva "organização que aprende" é aquela que apóia o processo de aprendizagem em
todas as suas dimensões - incentivando a aprendizagem do aprendizado. Algumas
características importantes das organizações que aprendem foram definidas como :

1. ajudar as pessoas a desenvolver e aplicar pensamento sistêmico básico e técnicas de solução


de problemas;

2. orientar as pessoas a aprenderem mais a respeito dos seus mapas mentais, pressuposições e
estratégias cognitivas, a fim de desenvolver suas habilidades pessoais; e

3. aumentar a coordenação e a aprendizagem em equipe.


Bibliografia :
Enfrentado a Audiência - Recursos de Programação Neurolinguística para Apresentações
Dilts, Robert B.
Summus Editorial
São Paulo
1997
pág. 24
Pessoas hábeis em fazer negociações são muito boas em avaliar a situação a partir de sua
própria posição e, ao fazerem isso, deixam bem claro o que elas querem pessoalmente como
resultado. No entanto, juntamente com isso, elas adquirem a habilidade de avaliar a posição
das outras pessoas, bem como de recuar e observar a situação com distanciamento.

Perguntas

1 Que situações você enfrenta com outras pessoas nas quais você gostaria de ver novas
escolhas e uma maneira de compreender melhor o que está acontecendo ?

2 Como você está influindo na situação: agravando-a, ratificando-a ou estimulando-a ?

3 Como você poderia mudar o seu modo de agir, levando a outra pessoa a despertar para uma
nova maneira de reagir ?

Esta habilidade de se colocar no lugar dos outros e, principalmente, de ser capaz de observar as
coisas de fora da dinâmica da qual você faz parte, está no cerne de sistemas de pensamento e
aprendizagem continuada.

E finalmente...

Os peixes são os últimos a verem a água na qual estão nadando.


Bibliografia :
Introdução à Neurolinguística
Knight, Sue
Nobel
São Paulo
2001
Pág. 32
O Modelo TOTS

TOTS significa Teste-Operação-Teste-Saída. Ele define o ciclo de feedback básico pelo qual
mudamos sistematicamente nossos estados mentais. Segundo o modelo TOTS, geralmente
operamos um estado, modificando-o para atingir um objetivo. Testamos continuamente o
estado atual comparando-o a algum tipo de evidência ou critério, a fim de descobrir se
atingimos o objetivo. Dependendo do resultado deste teste, ajustamos as nossas operações. Isto
é, primeiro testamos nossa relação com o nosso objetivo. Se não estivermos atingindo o
objetivo, passamos a operar variando o nosso comportamento de alguma maneira. Em seguida,
mais uma vez testamos o resultado do movimento e se tivermos sido bem-sucedidos passamos
à próxima etapa. Senão, alteramos nosso comportamento e repetimos o processo.

Portanto, em termos do modelo TOTS, o comportamento inteligente é o organizado ao redor


da capacidade de estabelecer :

1)Um objetivo futuro fixo;


2)os indícios sensoriais necessários para determinar de maneira clara o progresso em direção
ao objetivo;
3)um conjunto variável de meios para atingir o objetivo e a flexibilidade comportamental para
implantar essas escolhas.
Bibliografia :
A estratégia da genialidade - Vol. I
Dilts, Robert B.
Summus Editorial
São Paulo
1998
pág. 63

NOMINALIZAÇÕES
Também chamada de SUBSTANTIVAÇÃO do verbo, trata-se de um processo que transforma
uma ação (verbo) em algo estático (substantivo, nome).

O desafio será transformar o nome, uma coisa estática, novamente em algo dinâmico, isto é,
transformar o substantivo de novo em verbo.

NOMINALIZAÇÃO

Frustação
Alegria
Confiabilidade
Zanga
Relações

DESAFIO

O quê/Quem frusta quem ?


Quem está contente com quê/Quem ?
Quem confia em quem p/ fazer o quê ?
Quem está zangado com quê/Quem ?
Quem se relaciona com quem e como ?

A questão principal aqui é:


"Esta pessoa está usando a palavra como uma coisa estática ou como algo dinâmico ? Houve
alguma informação ?"
"Baseado somente no que vi, ouvi, vou conseguir criar um filme detalhado que represente
aquela frase ?"

Exemplos:
"Sinto falta de amor."
"É uma excitação."
"Não me têm nenhum respeito."
"A felicidade é o mais importante."

Desafios:
"Como você gostaria de ser amado?"
"De que maneira você está excitado?"
"Como você gostaria de ser respeitado?"
"Quem está feliz e de que maneira, especificamente?"
Bibliografia :
Qualidade começa em mim
Chung, Dr. Tom
Editora Maltese
1994
Pág. 195 e 196

Você constrói a realidade


A PNL, como muitos outros sistemas de psicologia e filosofia, sugere que nós não vemos o
mundo como ele realmente é, mas construímos um modelo dele. Nossas percepções são
filtradas pelos sentidos e nossas experiencias são interpretadas à luz de nossas crenças,
interesses, educação, preocupações e estado de espírito. Desenhamos um mapa e navegamos
pela vida com ele. Se for um bom mapa, iremos longe e aproveitaremos a viagem. Um mapa
limitado garante uma viagem limitada. Todos nós viajamos pelo mesmo território, porém, com
diferentes mapas. Através da história, as pessoas lutaram e morreram em discussões para saber
qual o mapa certo. A PNL não dá o mapa "certo", mas pretende lhe mostrar um pouco sobre a
criação de mapas. Ela também pode ampliar o seu mapa, para que você possa fazer uma
viagem mais interessante.
...
Bibliografia :
PNL e Saúde
McDermott, Ian e O'Connor, Joseph
Summus Editorial
1997
Pág. 144

PNL e os Sistemas
As relações entre seres humanos são muito complexas, já que muitas coisas acontecem
simultaneamente. Não se pode prever exatamente o que vai ocorrer, porque a reação de uma
pessoa influencia a comunicação de outra.
O relacionamento é um ciclo, em que estamos reagindo continuamente a feedbacks para saber
o que devemos fazer em seguida.
...
A PNL pensa em termos de sistema. Por exemplo: Gregory Bateson, uma das figuras mais
importantes para o desenvolvimento da PNL, aplicava a cibernética, ou pensamento sistêmico,
à biologia, à evolução e à psicologia, enquanto Virgínia Satir, a mundialmente famosa
terapeuta familiar e também um dos modelos originais da PNL, tratava a família como um
sistema equilibrado de relacionamento, e não como um grupo de indivíduos com problemas.
Cada uma das pessoas era considerada uma parte importante do conjunto. Para ajudar a família
a atingir um equilíbrio melhor e mais saudável, sua arte consistia em saber exatamente em que
ponto intervir e que pessoa precisava mudar para que todos os relacionamentos melhorassem.
Como um caleidoscópio, não é possível modificar uma das partes sem modificar o padrão
inteiro. Mas, que parte precisa ser mudada para criar o padrão desejado ? Essa é a arte da boa
terapia.

Para modificar os outros é preciso mudar primeiro. Quando uma pessoa muda seus
relacionamentos, geralmente os outros também mudam. À vezes, passamos muito tempo
tentando mudar uma pessoa em um nível, enquanto em outro nível nos comportamos de forma
a reforçar seu comportamento. Richard Bandler chama essa atitude de padrão "afaste-se... mas
para perto..."

Em física, há uma interessante metáfora conhecida como o efeito borboleta. Em teoria, o


simples movimento das asas de uma borboleta é capaz de provocar mudanças climáticas do
outro lado do globo, pois pode perturbar a pressão do ar num momento e lugar críticos. Dentro
de um sistema complexo, uma pequena modificação pode causar um enorme efeito.
Bibliografia :
Introdução à programação neurolinguística
O'Connor, Joseph e Seymour, John
Summus
2o edição
1995
Pág. 82, 83, 84 e 85

VOCABULÁRIO TRANSFORMACIONAL

Recebemos informações do mundo através dos cinco sentidos. Essas informações (imagens,
sons, sabores, odores, sensações) precisam ser categorizadas, precisam receber uma etiqueta,
um nome, para serem compreendidas.
É como se as palavras que utilizamos fossem pastas de um imenso arquivo. Quando, por
exemplo, vemos uma maçã, comparamos esta imagem com todas as imagens que estão no
arquivo até chegarmos à pasta cujo nome é "maçã". Abrimos a pasta, comparamos as imagens
que estão dentro dela com a imagem captada por nossos olhos e concluímos que aquilo é de
fato uma maçã

O arquivo a que nos referimos acima contém pastas para sons, odores, sabores, imagens,
sensações, sentimentos, e possui particularidades interessantes. Se nós não possuirmos, por
exemplo um sentimento como "amor" em nosso arquivo, não seremos capazes de compreendê-
lo, de experimentá-lo e também não o reconheceremos no mundo e nas pessoas.

Podemos inclusive afirmar que a língua falada num país molda sua cultura, seus valores, seus
habitantes. Exemplo: O que é felicidade para um americano capitalista e para um monge
tibetano? E o que é "levar vantagem" no Brasil? Quando uma nação tem a mesma interpretação
ou tradução para uma palavra ou expressão (como "levar vantagem") esta interpretação
programa a todos da mesma maneira. Um outro exemplo seria a força da palavra
"reconstrução" no Japão do pós-guerra.

As palavras que usamos têm o poder de aumentar, diminuir e modificar nossas reações à
experiência que estamos vivendo. Como você classifica (denomina, representa) a experiência
de ter um pneu furado? "Terrível"? "Um transtorno insuportável"? Ou "Um pequeno
imprevisto"? As palavras que você utilizar definirão a maneira como você vai interpretar a
situação e também como você vai se sentir. Num outro exemplo, três pessoas descrevem sua
situação de desemprego como "Estou desempregado", "Estou procurando uma nova
oportunidade" e finalmente a terceira diz "Estou temporariamente sem ocupação remunerada".
Conseqüentemente, cada uma delas se sente e reage de forma diferente diante da mesma
situação.

A esta altura, você pode estar dizendo "Não é só um jogo de palavras? Que diferença faz?" A
resposta é que se tudo o que você fizer for mudar a palavra, então a experiência não muda. Mas
se o uso da palavra fizer com que você analise a experiência por um outro ângulo, então tudo
muda.

Se você tem o hábito de dizer que odeia as coisas ("odeia" seus cabelos, "odeia" seu trabalho,
"odeia" ter de fazer alguma coisa) aumenta a intensidade de estados emocionais negativos mais
do que se usasse uma frase como "Eu prefiro ..."
Da mesma forma, como muda sua experiência interna se você muda a expressão
"Estou exausto" para "Estou recarregando a bateria"?
Ou "Estou perdido" para "Estou procurando"?
Ou ainda "Estou com ciúmes" para "Estou transbordando de amor"?

Crie seu próprio vocabulário transformacional mudando palavras que comumente você usa e
que acabam por deixá-lo num estado ruim. Encontre palavras que possam colocá-lo numa
direção mais positiva.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.
Neurolinguistíca em busca do espírito

... Robert Dilts e Robert MacDonald ... vêm pesquisando, por exemplo, Jesus Cristo, a maneira
como ele trabalhava, como ajudava as pessoas a se curarem ... e outros místicos e gênios da
humanidade. Eles aperfeiçoaram técnicas para se conhecer o lado "sombra" da nossa
personalidade, como equilibrar esse lado dentro de você ... e muitas outras técnicas para o
desenvolvimento da espiritualidade.
...
Sombra é o nome que damos ao lado negativo dentro de nós. Ela faz parte da polaridade do ser
humano e deve ser equilibrada, não exterminada. Por exemplo, podemos chamar o ódio que
existe dentro de uma pessoa de seu lado sombra, o lado escuro. Então convidamos a pessoa a
entregar esse lado sombra ao seu Eu Superior. Daí ela se equilibra porque entra em contato
com a sua própria Luz. E isso é muito emocionante no trabalho, porque existe uma tendência
de não querer ver esse lado, de negá-lo. E negar é a última coisa que se deve fazer com a
sombra, porque a negação faz com que ela se torne maior e mais incômoda.

Parte do Artigo : Neurolinguistíca em busca do espírito


Entrevista com a Dra Deborah Epelman, Advanced Trainer em Programação Neurolinguística
e uma das ... representantes da P.N.L. no Brasil usando os chamados Instrumentos do Espírito -
técnicas desenvolvidas pelos pesquisadores americanos Robert Dilts e Robert McDonald.
Bibliografia :
Revista Sannyas
Número 2
Agosto/Setembro de 1998
Editora Sannyas Ltda
São Paulo
Pág. 4

AGENDA OCULTA

Uma agenda oculta contém coisas que você sente e pensa em relação a uma pessoa mas não lhe
diz, por vários motivos: ou para não perder a simpatia dela (e para que ela continue tendo uma
boa imagem sua, e continue apoiando você), ou para não lhe dar a chance de rebater uma
acusação sua, para ter um trunfo nas mãos contra ela, uma razão que diga que você está certo
em não gostar dela (apesar de você nunca lhe dizer isso e nunca lhe dar a oportunidade de se
modificar naquele aspecto). Contém também intenções secretas que podem existir em seus
comportamentos.

Entre marido e mulher, é muito comum que, ao longo dos anos, um deles (ou ambos) tenha
uma agenda oculta, constituída de mágoas, sentimentos negativos que jamais são revelados,
mas através dos quais travam-se batalhas silenciosas, inconscientes.

As agendas ocultas afastam as pessoas, porque geram insegurança naquele que percebe que o
outro não está totalmente no relacionamento, está como que "com um pé atrás".
Apesar de o conteúdo de uma agenda oculta não ser revelado, ele é pressentido, "intuído",
através da observação da comunicação não verbal do outro: seu tom de voz, seu olhar, seus
gestos, sua expressão, etc. Esta comunicação não verbal provém do inconsciente de quem fala
(de quem possui a agenda oculta) e é percebida e interpretada pelo inconsciente de quem a
recebe. Quem a recebe sente insegurança, angústia, rejeição, medo ou ansiedade, mas não sabe
explicar por quê, ou apenas tem uma vaga percepção de que o outro está experimentando algo
que não está sendo expresso verbalmente.

É quando alguém pergunta: "O que você tem?", e ouve: "Eu não tenho nada, estou ótimo", dito
num tom de voz ríspido. Ou : "O que eu fiz a você para que me tratasse de forma tão
agressiva?", e o outro diz: "Mas eu não fui agressivo...", com uma expressão furiosa.

Por medo, o outro é obrigado a se proteger e a se afastar também. O relacionamento perde a


espontaneidade, como se as pessoas estivessem sempre em guarda, envolvidas nele apenas pela
metade.

Uma pessoa com uma agenda oculta suga muita energia da outra, que passa a lhe devotar
maior atenção tentando saber o que se passa na cabeça dela. Além de consumir sua energia, faz
com que o relacionamento se deteriore.

Como o marido que chegou em casa e encontrou a esposa com uma expressão angustiada. Na
verdade, a esposa está se sentindo só, e talvez gostasse que o marido a convidasse para um
passeio, mas não lhe diz isso justamente para que o marido fique lhe perguntando
ansiosamente sobre o que está acontecendo. Ela se sente bem com a preocupação do marido e
com a atenção que ele lhe dispensa (a energia que ele lhe dirige). Já o marido, acaba ficando
desanimado, com pensamentos derrotistas, ou então fica se sentindo culpado pelo estado da
esposa .

Ou então aquela pessoa que não esquece um incidente desagradável do passado, que guarda a
mágoa como trunfo contra o outro. Ela não diz nada a respeito, mas sua expressão revela a
mágoa. Isso pode gerar sentimentos de culpa no outro, que acaba sentindo necessidade
constante de reparar o mal cometido, como se fosse uma dívida eterna.

O que se nota em relacionamentos deste tipo é que não existe troca, envolvimento. Um está
querendo só receber, e à força, arrancando do outro o que quer, e não querendo lhe dar nada
em retribuição.

É uma batalha inconsciente, em que quem perde a batalha perde também a energia investida
por ambos, como num jogo.

Há muitas batalhas que são travadas inconscientemente, ou pelo menos, de forma subliminar,
de forma velada.

Paulo começou em seu novo emprego há uma semana. Trabalha na mesma sala que Mário, que
o trata com educação, mas nota que algo não está bem neste relacionamento. Paulo tem a
impressão de que na verdade Mário não gosta muito dele. Percebe isso pelo seu tom de voz,
pelo seu olhar. Paulo esteve comparando estes sinais que Mário apresenta quando está com ele,
com os sinais que observa quando Mário se relaciona com outras pessoas. São muito
diferentes. Paulo começa a perceber até uma certa hostilidade, uma competição. Entra no jogo
e começa a tratar Mário como rival. Ele não diz e não demonstra isto abertamente, mas de
forma indireta. Continua tratando Mário com aparente respeito e educação, mas no fundo
ambos sabem que estão numa batalha. Há dias em que Paulo chega em casa esgotado, sem
energia para fazer nada, com vontade de largar tudo e sumir. Ele não sabe, mas Mário sente as
mesmas coisas.

Um outro exemplo: Sandra conhece Lúcia há alguns anos. Sandra é muito observadora e
perspicaz e está sempre procurando as falhas e dificuldades das outras pessoas, como forma de
ter poder sobre elas, de controlá-las. E em relação a Lúcia, percebeu que ela é insegura, tem
necessidade de agradar as pessoas, não tem uma boa auto-imagem. Sandra usa isso que
percebeu tratando Lúcia com indiferença, pois sabe que este é um comportamento que ela não
é capaz de tolerar. Sempre que Lúcia a encontra, imediatamente começa a se sentir insegura,
desagradável, e se esforça para se comportar da forma que imagina que iria agradar Sandra,
que se mantém distante. E quanto mais ela se distancia, mais Lúcia se esforça para conquistá-
la. Quando se despedem, Sandra se sente "superior". Já Lúcia, está deprimida e esgotada.

Nestes dois exemplos, observamos como as pessoas acabam entrando nestas disputas, nestes
jogos. Reflita: além da energia que é sugada do derrotado, o que mais se ganha?

Penso que no fundo esta necessidade de vencer e dominar sirva apenas e tão somente para
diminuir a própria insegurança e impotência. Porque quando vence outro, o indivíduo se sente
forte (energizado) e nega sua própria fraqueza.

Note que sempre que você trava uma batalha com alguém em sua cabeça, a outra pessoa pode
perceber e entrar nela também. Porque existe uma comunicação inconsciente entre as pessoas,
que é mediada pelos sinais não verbais (gestos, expressão, etc.).

Perceba como isto acontece no trânsito. Um motorista começa a tratar outro como se este fosse
muito ruim ao volante, ou como se estivesse, por exemplo, andando devagar, ou na contra-
mão, ou tentando ultrapassá-lo de propósito, só para irritá-lo, atrapalhá-lo. O outro motorista
percebe e entra no jogo, sentindo raiva também, como quem diz: "Quem ele pensa que é? " O
resultado pode ser desastroso para ambos. O que ambos querem é impor ao outro: "Eu sou
bom, eu estou certo, você não" e também "Saia do meu caminho, não me atrapalhe".

Dentre as estratégias para lidar com situações como esta, você pode adotar a de não entrar no
jogo.

Para perceber este tipo de jogo, observe como se sente. Quando perceber que está se sentindo
sugado, cansado, "lutando", que não se sente bem consigo mesmo, mude seu comportamento.
Pare o que estava fazendo e mantenha-se tranqüilo, recusando-se a tomar parte na disputa, na
batalha, direcionando sua mente para outros estados internos, para outros sentimentos.

Melhor seria se todos nós aprendêssemos a nos relacionar com as pessoas de forma integral,
transparente, com base naquilo que o outro realmente é, de forma que houvesse troca (de afeto,
experiências, energia, etc.) e enriquecimento para ambos, ao invés de disputas em que se tenta
extrair à força o que se deseja, ou nas quais se procura aniquilar o outro.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.

A PNL no autoconhecimento e no desenvolvimento pessoal


A Programação Neurolinguística oferece uma forma diferente de você pensar sobre você
mesmo e sobre o mundo em que vive. Assim você terá mais consciência dos "filtros" que
empobrecem a sua experiência e poderá modificá-los ou ampliá-los. E mais: você poderá
também "entender" os seus sucessos e aprender a repeti-los. Você já ferveu por dentro tentando
detectar o que você havia feito naquela vez que deu tão certo, em detrimento a uma tentativa
frustrada atual ?

Estabelecer objetivos e alcançar resultados, mudar hábitos e comportamentos indesejados,


adquirir novos comportamentos, transformar experiências limitantes e despertar o potencial
criativo são algumas das conquistas que podem ser viabilizadas.
Bibliografia :
Revista VENCER!
Número 31
Abril 2002
Artigo : A Hora e a vez da Programação Neurolinguística
Pág. 50

O seres humanos vivem em um mundo ... Nós, no entanto, não operamos direta ou
imediatamente neste mundo, mas antes operamos através de um mapa ou série de mapas, que
utilizamos para guiar nosso comportamento. Este mapas, ou sistemas representativos, diferem,
necessariamente, do território, que eles modelam, pelos três processos universais de
modelagem dos humanos : Generalização, Eliminação e Distorção. Quando as pessoas chegam
a nós na terapia, expressando sofrimento e insatisfação, as limitações que experimentam estão,
tipicamente, em sua representação do mundo, e não do mundo propriamente dito.
Bibliografia :
A Estrutura da Magia - um livro sobre a linguagem e terapia
Bandler, Richard
Grinder, John
Editora Guanabara Koogan
Rio de Janeiro
1977
Pág. 219

Fórmula do Sucesso Supremo


conhecer seu objetivo, agir, desenvolver a acuidade sensorial para saber o que está
conseguindo e mudar seu comportamento até conseguir o que quer.

... vivemos numa época onde o sucesso fabuloso está à disposição de todos nós, mas que só o
alcançam aqueles que agem.

Conhecimento é importante, mas não é suficiente. Muitas pessoas têm as mesmas informações
que um Steve Jobs ou um Ted Turner. Mas aqueles que agem criam sucesso fabuloso e mudam
o mundo.
Bibliografia :
Poder sem Limites
Robbins, Anthony
Editora Best Seller
São Paulo
1987
5o Edição
Pág. 374
"Quando temos diversos pontos de vista de uma mesma situação, mesmo sem acrescentar
recursos, a experiência já se modifica ...

Ter mais informações a partir de várias perspectivas cria uma mudança de ponto de vista ...

Ter vários pontos de vista é a base da sabedoria para se tomar decisões, resolver conflitos,
fazer negociações e limpar a história pessoal."

Robert Dilts
Bibliografia :
Crenças - Caminhos para a saúde e o bem-estar
Dilts, Robert
Hallbom, Tim
Smith, Suzi
Summus Editorial
2o Edição
São Paulo
1993
Pag. 85 e 86

Fórmula para mudança comportamental

1. Determine o que realmente deseja.

O objetivo deve estar dentro de suas possibilidades reais e ser formulado afirmativamente, ou
seja, algo que você "quer", e não que você "não quer".

Especifique como saberá que atingiu seu objetivo. O que irá ouvir, ver e sentir que lhe servirá
de prova ?

Quais as consequências positivas e negativas de obter o seu objetivo ?

Modifique o objetivo para enfrentar quaisquer consequências negativas internas ou externas.


Estude qualquer reserva que possa surgir em relação à obtenção de seu objetivo.

Escreva as razões por que não pode obter o que quer, permita-se vivenciar plenamente
quaisquer sentimentos negativos que possa ter e crie uma afirmação (uma auto-afirmação
positiva) para liberar qualquer bloqueio que possa estar sentindo.

2. Entre num estado de espírito relaxado e receptivo.

3. Pense em algo que espera que venha a acontecer plenamente e sem reservas. Vá para dentro
de si mesmo e observe as qualidades (submodalidades) de suas imagens internas (cor,
localização, luminosidade, nitidez, número de imagens), de seus sons e vozes (tom de voz,
volume e altura) e de suas sensações (táteis, de movimento e de ação). Escreva essas
qualidades para lembrar-se delas.

4. Imagine que está se vendo depois de já ter atingido seu objetivo. Faça isso como se estivesse
vendo um filme de si mesmo. Se não gostar da imagem que vê, modifique-a, até que ela lhe
agrade.
Quando a imagem parecer "correta"e você não tiver nenhuma reserva sobre ela, entre dentro do
filme e imagine que está vivenciando a experiência de ter atingido seu objetivo, usando as
submodalidades de expectativa(3).

5. Deixe a imagem ir embora, enquanto diz a si mesmo que você merece ter o que deseja.
Bibliografia :
Crenças - Caminhos para a saúde e o bem-estar
Dilts, Robert
Hallbom, Tim
Smith, Suzi
Summus Editorial
2o Edição
São Paulo
1993
Pag. 138

Transformação Essencial

Cada um de nós tem aspectos dos quais não gosta. Muitas vezes vivemos situações em que
ficamos extremamente insatisfeitos com nossa atitude e nossa forma de reagir. Sentimo-nos
inadequados, desorientados e inseguros.

Cada um de nós já tentou mudar algum desses aspectos, certamente mais de uma vez. Em geral
"nos propomos a ser" diferentes. Procuramos agir de modo "correto", mas que não flui
naturalmente. Forçamos-nos e esforçamo-nos. Na maioria das vezes, os esforços são inúteis:
continuamos insatisfeitos.

Isso ocorre porque, em geral, as propostas de mudança são "de fora para dentro". Obrigamo-
nos a "ser" algo que não está em nós.

O método de Transformação Essencial procura reverter esse quadro. São dez passos em busca
de um núcleo pessoal profundo, que servirá como nascente de onde jorrarão as águas de uma
mudança genuína e efetiva.

Connirae Andreas desenvolveu seu método de modo acessível a qualquer leitor interessado, e
não apenas aos profissionais.

Muitas vezes, somos obrigados a enfrentar situações que não podem esperar uma terapia
demorada, e, obviamente, queremos enfrentá-las da forma mais autêntica possível.

Com as técnicas da programação neurolinguística, a autora nos leva a encontrar esse núcleo e
gerar a Transformação Essencial, que nos ajudará a criar relacionamentos mais satisfatórios e
profundos, com paz de espírito e sensação de integridade.
Bibliografia :
Transformação Essencial - Atingindo a nascente interior
Andreas, Connirae
Andreas, Tamara
Summus Editorial
São Paulo
1996
Contracapa

Todo comportamento tem uma Intenção Positiva II


O ser humano é um sistema complexo e organizado. Ele é um todo, um conjunto composto de
várias partes que dependem uma das outras e que buscam o equilíbrio. A esta interdependência
e equilíbrio, em PNL damos o nome de ecologia.

Todos nós temos uma ecologia interna que garante a manutenção e equilíbrio do nosso sistema.
Um exemplo desta ecologia, que sempre atua a nosso favor, são aquelas mudanças que
queremos realizar mas não conseguimos. Nestes casos, é como se sentíssemos que algo nos
impede, nos bloqueia.

Muitas pessoas se revoltam contra si mesmas e chegam a sentir raiva por não conseguirem
efetivar determinadas mudanças. Na verdade, deveríamos ser gratos à nossa ecologia interna,
pois, como explicaremos a seguir, ela sempre nos protege.

Como aquela pessoa que prometeu a si mesma parar de fumar neste ano. Apesar de bem
intencionada, como costuma acontecer quando um novo ano se inicia, é como se uma parte sua
(ou várias) não concordasse e a impedisse de todas as formas. Isto ocorre porque, neste
exemplo, a mudança desejada não seria ecológica. Se fôssemos investigar junto à parte (ou às
partes) que tem objeções à mudança, constataríamos talvez que ela aja assim porque fumar é
uma das poucas alegrias que aquela pessoa tem na vida. Como afirmamos, nosso sistema
possui uma ecologia que nos protege, que busca o equilíbrio. E além disso, todo
comportamento tem uma intenção positiva. Portanto, fumar para esta pessoa tem a intenção
positiva de lhe dar prazer, alegria. E a parte dela que não quer que ela pare de fumar tem a
intenção positiva de garantir que ela continue tendo este prazer.

Pensando de outra maneira, o que seria desta pessoa se de repente ela fosse impedida, por si
mesma ou por outra pessoa, de obter este prazer? Ocorreria um desequilíbrio grave e o sistema
todo seria afetado, ou seja, outras partes suas também seriam prejudicadas. Exagerando um
pouco, poderíamos imaginar que esta pessoa, não tendo mais aquele motivo que a deixava
alegre (o cigarro), não teria também motivação para trabalhar, resolver problemas, sair com os
amigos, etc.

O que fazer então? Desenvolver outras alternativas que garantam o mesmo prazer que o
cigarro, mas que não sejam nocivas à saúde e ao equilíbrio do sistema, ou seja, alternativas
ecológicas. Se alguém se propõe a fazer exercícios ao invés de fumar, sendo que detesta se
exercitar, não funciona, pois a alternativa não é ecológica - gerará objeções na parte que não
gosta de exercícios.

Ou se promete a si mesmo um prêmio ao final de um ano, comprado com o dinheiro que seria
gasto com cigarros, também não funciona, não é ecológico, pois a alternativa deveria
proporcionar prazer imediato, como o cigarro, e não daqui a um ano.

É importante ressaltar que cada um possui sua própria ecologia. Assim, uma alternativa pode
ser ecológica para uma pessoa e não o ser para outra.

Há pessoas que desconsideram sua ecologia, que tentam sabotar suas partes internas que têm
objeções à mudança pretendida. É o caso daqueles que trancam o maço de cigarros à chave,
saem de casa sem levá-lo consigo, numa verdadeira briga interna.

Ou então aquelas pessoas que querem emagrecer e que para isso usam a chamada força de
vontade. Como o próprio nome diz, trata-se de uma força, só que neste caso ela é usada contra
a pessoa, contra aquela parte interna que quer comer. Trava-se uma batalha interna, da qual ora
uma, ora outra parte sairá vitoriosa. E então aquela pessoa engorda e emagrece sucessivas
vezes.

Considerando que nosso sistema busca o equilíbrio, se ele for privado de algo por um certo
tempo, tentará recuperá-lo num outro período.

É como se a parte que quer emagrecer e a parte que quer comer vivessem disputando o poder, e
a cada período uma delas assumisse o controle da situação.

Melhor seria se elas entrassem num acordo, de forma que a intenção positiva de ambas fosse
respeitada e que elas não mais se interrompessem. Neste caso, caberia a pergunta: "O QUE,
QUANTO E QUANDO vou comer para pesar X Kg"? "QUANTO preciso comer para poder
emagrecer X Kg em X DIAS?"

Ou então, que cada uma das partes buscasse uma outra alternativa para conseguir realizar sua
intenção positiva. Poderíamos perguntar às partes: "Existem outras formas de obter prazer e
alegria além de comer?" Ou "Existem outras formas de perder peso além de reduzir a
quantidade de alimentos ingeridos?"

Por exemplo, se a parte que quer comer para satisfazer a intenção positiva de preencher aquele
vazio que sente falta de carinho, de afeto (ou de alegria, de novidades, etc.), se esta parte
concordar em obter este afeto através do contato com amigos de verdade (e não mais do amigo
imaginário que o alimento representava), ela perceberá que não lhe será negado aquilo que
buscava (o afeto), apenas mudará a fonte através da qual o recebe.

Conclui-se que sempre que alguém está diante de uma questão como "Quero mas não consigo
"ou "Quero X, mas Y me impede", está ocorrendo um problema de ecologia. Neste casos, é
necessário conhecer todas as partes envolvidas na questão para que se encontre uma alternativa
que satisfaça a todas elas, uma alternativa que seja ecológica, o que equivaleria a um acordo
entre as partes.

Além disso, é necessário ressignificar (redescobrir o verdadeiro significado, atribuir um novo


significado a) a comida, o cigarro. No caso da comida, será necessário separar afeto e alimento,
de forma que se perceba que afeto é diferente de prazer gustativo - que não deixará de existir e
de ser apreciado. Trata-se desfazer um condicionamento.

Finalizando, gostaríamos de ressaltar que as "partes" a que nos referimos aqui não existem
como tal. Falamos em "partes" assim como poderíamos falar de "lados", sendo este apenas um
modelo que nos ajuda a compreender melhor a questão. O uso de modelos é comum também
em Química, Física (por exemplo, o modelo tridimensional do átomo) e constituem uma
tentativa de ilustrar melhor o funcionamento de algo.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.

O Modelo BAGEL

O modelo BAGEL identifica um certo número de tipos de pistas comportamentais, entre elas
as feições físicas e os olhos, associadas aos processos cognitivos - em particular, os ligados aos
cinco sentidos. As letras que compõem o nome BAGEL identificam as categorias principais de
padrões comportamentais.
...
B = body posture (postura corporal)
A = nom-verbal auditory cues (pistas auditivas não-verbais)
G = gestures (gestos)
E = eye movements (movimentos oculares)
L = language patterns (padrões de linguagem)
...
Pode ser muito valioso do ponto de vista prático aprender a observar esse tipo de pistas. Na
verdade, para que sejam efetivas, muitas das técnicas de PNL baseiam-se na observação destas
pistas. Elas podem fornecer informações importantes sobre a maneira de pensar de outra
pessoa - mesmo quando a pessoa não tem consciência disto. Além de ser um auxílio
importante e poderoso, que pode ser usado por terapeutas, empresários, professores,
advogados, vendedores etc., para entender (ou ler) melhor as pessoas com as quais estão
interagindo.
Bibliografia :
A estratégia da genialidade - Vol. I
Dilts, Robert B.
Summus Editorial
São Paulo
1998
pág. 148, 149 e 151

O Modelo SOAR (State-Operator-And-Result)

O SOAR é um modelo geral de resolução de problemas e aprendizagem desenvolvido


originalmente por Allen Newell, Herbert Simon e Clifford Shaw na década de 1950. Ele foi
empregado para criar programas de jogos de xadrez. Esses programas ensinavam o computador
a se tornar um especialista em xadrez, aprendendo a partir da experiência e lembrando-se da
forma como os problemas que surgiram foram solucionados.
...
SOAR significa Estado-Operador-E-Resultado.
...
A Estrutura SOAR é o núcleo do processo de modelagem da PNL.
...
O SOAR fornece uma estrutura básica com a qual modelar desempenhos efetivos em várias
áreas de atividade.
...
Outro exemplo seria o da preparação de uma refeição. A cozinha define o espaço-problema no
qual se sucedem vários estágios ou etapas da preparação do alimento. Os operadores são os
instrumentos e utensílios de preparação do cozimento que produzem mudanças no estado do
alimento. Cada "operação" leva a um resultado que passa por outra operação, até que seja
produzido o alimento final.
Bibliografia :
A estratégia da genialidade - Vol. I
Dilts, Robert B.
Summus Editorial
São Paulo
1998
pág. 45 e 47

O Segredo do Sucesso

O segredo do sucesso é aprender como usar a dor e o prazer, em vez de deixar que usem você.
Se fizer isto, estará no controle de sua vida. Se não fizer, é a vida quem controla você.
Bibliografia :
Desperte o Gigante Interior
Robbins, Anthony
Editora Record
São Paulo
1993
pág. 57
...
Mais ou menos em 1.987, Robert Dilts, outro co-criador da P.N.L., pesquisou como a
utilização de espaços imaginários, onde a pessoa "coloca " seu problema, ajuda na resolução
do mesmo, principalmente por que fica mais simples para ela olhá-lo de fora, como se não
fosse um problema dela. Esta descoberta foi chamada, na época, de "New Code", ou seja, o
"novo código" da P.N.L..

À partir deste novo código, Dilts continuou suas pesquisas e ajudou sua mãe a curar-se de
câncer (leia em "Crenças", da Editora Summus), e decodificou como podemos transformar
crenças limitantes em possibilitadoras, logo após, descobriu também como transformar
Identidades limitantes.

Também à partir deste novo código, Dilts chegou na chamada "2ª Posição", que tem permitido
que ele pesquise gênios como Einstein, Disney e Seres de Luz como Buda e Cristo. Com estas
pesquisas, a P.N.L. avançou mais no campo espiritual e hoje temos técnicas com as quais
podemos trabalhar este lado.

Dilts se uniu com Robert McDonald para escrever o livro "Tools of the Spirit" (Instrumentos
do Espírito - ainda não traduzido), onde descrevem como trabalhar inclusive com o chamado
lado "sombra". Tanto Dilts quanto McDonald tem se aprofundado cada vez mais no trabalho a
Nível Espiritual.

Dilts também se uniu a outras pessoas: Tim Hallbom e Suzy Smith. Neste caso eles tem
desenvolvido muito o trabalho relacionado com a Cura, com a Saúde. Através da "Formação
em Saúde" - curso desenhado para Master-Practitioners - eles vem ensinando essas técnicas em
todo mundo. Quem faz esta Formação passa a fazer parte da "Comunidade Mundial de P.N.L.
em Saúde para o Século XXI".

Nesta área já temos resultados significativos de Cura em casos de miopia, astigmatismo,


vitiligo, alergias, emagrecimento, vícios, entre outras coisas. O Brasil é o 5º país no mundo a
ter um grupo de terapeutas membros desta Comunidade.
Bibliografia :
Parte do artigo : O Caminho Evolutivo da PNL
Escrito por Deborah Epelman
Extraído do site www.pac.com.br
"A Energia vai onde está a Atenção",

não estamos apenas falando em PNL, pois existem outras linhas de pensamento que também
fazem esta afirmação. Inclusive a Física Quântica já comprova este fato...
Bibliografia :
Mude sua Vida com PNL! Programação Neurolinguística
Com a Apresentação de Robert Dilts "Co-Criador da PNL"
Epelman, Deborah
www.pac.com.br
São Paulo
2001
Pág. 57

A Magia da Harmonia

Pense numa época em que você e outra pessoa estavam em sincronia. Pode ser um amigo, ou
amante ou um membro da família ou alguém que encontrou por acaso. Volte para aquele
tempo e tente pensar o que havia nessa pessoa que fez você sentir-se tão em harmonia com ela.

É bem provável que você descubra que pensavam da mesma forma ou sentiam-se do mesmo
jeito sobre um certo filme, livro ou experiência. Você pode não ter notado, mas talvez tivessem
tipos semelhantes de respiração ou fala. Talvez tivessem antecedentes ou crenças semelhantes.

Qualquer coisa que você descobrir será o reflexo do mesmo elemente básico - harmonia.
Harmonia é a habilidade de entrar no mundo de alguém, para fazer esse alguém sentir que você
o entende, que vocês têm um forte vínculo comum. É a habilidade de ir totalmente, de ser
mapa do mundo para o mapa dele, do mundo.

É a essência da comunicação bem-sucedida.


Bibliografia :
Poder sem Limites
Robbins, Anthony
Editora Best Seller
São Paulo
5o Edição
pág. 219

Qual é a chave para estabelecer harmonia ?

Flexibilidade.

Lembre-se, a maior barreira para a harmonia é pensar que outras pessoas têm o mesmo mapa
que você, e que por você ver o mundo de uma forma, elas também o vêem assim.
...
Harmonia não é estática; não é alguma coisa que permanece estável, uma vez conseguida. É
um processo dinâmico, fluido, flexível.

... a chave para estabelecer um relacionamento verdadeiramente ressonante, duradouro, é a


habilidade de mudar-se e ajustar-se ...
Bibliografia :
Poder sem Limites
Robbins, Anthony
Editora Best Seller
São Paulo
5o Edição
pág. 234 e 233

O Processo de Harmonia
...
Uma congruência total como ser humano significa em PNL, uma harmonia entre diversos
níveis neurológicos. Falamos de “congruência” quando a maneira como me comporto no
mundo está em harmonia com as minhas capacidades e em harmonia com os meus valores e as
minhas crenças e convicções e em harmonia como eu sinto a minha identidade e como
experimento a minha transcendência, quer dizer, a minha missão em relação aos meus amigos,
à minha família, ao meu trabalho, e ao resto do mundo.

O processo de harmonia, a busca de sentido, o encontro com a minha fonte interior, com o Eu
mais profundo, ou Deus, ou como lhe queiram chamar, de modo que eu possa funcionar de
forma congruente na minha vida privada em casa ou com os amigos ou no meu ambiente
profissional são, hoje em dia, uma preocupação cada vez maior na PNL. E claro que estes
aspectos não se resolvem simplesmente com uma dose de pensamento positivo.

A questão complica-se ainda mais porque não temos a ver com uma pessoa única. Eu não sou
simplesmente “eu”. Eu sou um aglomerado de personalidades. Quantas vezes não tomamos a
decisão de fazer ou não fazer isto ou aquilo e o “outro”, em nós, age precisamente como uma
personalidade autônoma, como se fosse independente de nós? E quanto mais o queremos
subjugar, mais ela age de forma autônoma e poderosa. A estas sub personalidades chamamos
em PNL, de “partes”.

Habituamo-nos na nossa cultura, desde muito pequenos, a tentar subjugar as partes que não nos
agradam ou que socialmente são menos aceitáveis, os nossos “demônios”. Cada parte possui
em si determinadas recordações, convicções e valores próprios, programas especiais. É um
conjunto de “outros” dentro de nós. Lutar com estes “outros”, que afinal de contas somos nós
mesmos, significa “perder”.

Mas estes “outros” têm, segundo a PNL, uma hierarquia de intenções positivas conosco. Não
só há técnicas para dialogar com estas partes a caminho duma maior congruência pessoal,
como é unicamente através destas partes que, empregando as mais modernas técnicas da PNL,
se atingem estados de Ser profundos que permitem transformações individuais a um nível
superior.

...
Em PNL pensa-se em termos de totalidades, isso significa uma atenção extraordinária para a
ecologia. A ecologia adquire em PNL um significado muito maior que o habitual - todo o
comportamento e transformação devem ter em conta a harmonia global, as relações internas
entre as nossas “partes” e a nossa relação harmoniosa com os outros e o mundo.
Bibliografia :
Parte do Artigo : Programação Neurolinguística - Introdução detalhada (II)
Autor : José Figueira
Master-Practitioner e Trainer com certificado internacional da NTI-NLP (Instituto Holandês de
Programação Neuro-Línguistica), reconhecido pela ABNLP (The American Board of Neuro-
Linguistic Programming)

As pessoas com maior variedade de opções eficazes estarão no controle

Esta é lei das Variedades Requisitivas, da Cibernética. Este princípio demonstra que num
sistema de elementos inter-relacionados, aquele que tiver maior quantidade de funções, isto é,
mais flexibilidade, é o elemento no controle. E isto é válido também para relações humanas.
Bibliografia :
Qualidade começa em mim: Manual neurolinguístico de liderança e comunicação
Chung, Tom
Editora Maltese
São Paulo
1994
pág. 106
Pensamento de Richard Bandler
"Construa esperança a partir de experiências,

pois a realidade é criada a partir de idéias.

Em algum momento no passado não existiam nem avião, nem automóvel.

Em algum momento no passado não existiam nem dinheiro, nem linguagem.

Apenas através das idéias é que todos essas coisas se tornaram realidade."
Bibliografia :
Mude sua Vida com PNL! Programação Neurolinguística
Com a Apresentação de Robert Dilts "Co-Criador da PNL"
Epelman, Deborah
https://www.lojafunarte.com.br/exibeproduto_fra.asp?IDProduto=8687
São Paulo
2001
Pág. 11
Modelagem
Dentro da PNL, existem muitas técnicas de Modelagem, ou seja, de aproveitar como modelo
alguém que faça o que eu quero aprender a fazer, para que eu possa saber utilizar as mesmas
estratégias desta pessoa e consiga fazer tão bem quanto ela, o que ela faz ...

Para fazer uma Modelagem, na forma mais simples dela, que é a de Comportamento, você
pode seguir estes passos :

l. Imagine que você pode se ver em uma tela à sua frente.

2. Selecione um modelo :
a) Pense em alguma pessoa que tem um comportamento que você quer aprender.

b) Veja esta pessoa tendo o comportamento que você quer aprender... perceba como ela se
movimenta, o que ela faz exatamente, qual é a sua postura, o que ela se fala enquanto faz o
comportamento, como ela parece se sentir enquanto faz o comportamento.

3. Veja-se na tela imitando a pessoa, movimentando-se como ela, colocando-se na mesma


postura, falando a si mesmo o que ela fala, sentindo-se como se conseguisse fazer extamente
como ela faz.

4. Teste Ecológico = olhando de fora verifique se este comportamento é realmente adequado


para você... verifique se você realmente quer ter este comportamento.

5. Associação = agora ou ENTRE naquele você da tela ou TRAGA-O para dentro de você para
poder SENTIR como você se sente fazendo o comportamento e verifique se realmente é o que
você quer.

6. Ponte ao Futuro = se você tanto de fora quanto associado achar que é o que você quer,
imagine-se agindo em uma situação no futuro onde este comportamento é adequado.
Bibliografia :
Mude sua Vida com PNL! Programação Neurolinguística
Com a Apresentação de Robert Dilts "Co-Criador da PNL"
Epelman, Deborah
https://www.lojafunarte.com.br/exibeproduto_fra.asp?IDProduto=8687
São Paulo
2001
Pág. 55 e 56

Palavras Processuais
Ao longo do tempo, só temos consciência de uma pequena parte de nossa experiência.

Enquanto lê esta frase, você pode estar atento aos sons à sua volta, à temperatura ambiente, às
letras do texto, ao gosto em sua boca, ou à qualidade do ar que respira. É provável que você
tenha prestado atenção a cada aspecto que foi sendo sugerido aqui e que antes disto não
estivesse atento a todos eles.

Isto acontece porque nós não prestamos atenção a tudo e durante o tempo todo. A consciência
humana é um fenômeno limitado. Nós selecionamos parte da experiência e omitimos o que
resta. E esta seleção é determinada por nossas capacidades sensoriais, motivações atuais e por
aprendizagens ocorridas na infância.

Se estamos atentos a um programa de TV, é provável que não prestemos atenção aos demais
sons existentes no ambiente, mesmo quando alguém nos pergunta algo. Isto porque nossa
motivação dirige e concentra nossa atenção.

Se uma mãe diz a uma criança: "Amo você, meu filho", mas com uma expressão de desdém,
cerrando os dentes e os punhos, em qual das duas mensagens a criança acredita? É bem
provável que ela dê mais atenção à parte visual da experiência, ou seja, que confie no que vê,
muito mais do que no que ouve, e leve consigo esta aprendizagem para toda a sua vida. É desta
forma que as pessoas aprendem a privilegiar a parte visual, auditiva ou cinestésica da
experiência.

Como ouvintes, podemos discernir qual a parte da experiência de uma pessoa que está sendo
representada em sua linguagem verbal prestando atenção às palavras processuais, aos
predicados utilizados: adjetivos, verbos e advérbios.

A tabela abaixo contém exemplos de palavras processuais.

VISUAIS AUDITIVAS CINESTÉSICAS INESPECÍFICAS


Ver Ouvir Aconchegante Acreditar
Imagem Dizer Confortável Aprender
Claro Falar Sentir Estimular
Ponto de Vista Perguntar Sensação "Sacar"
Brilhante Explicar Gosto Estudar
Quadro Estalo Cheiro Saber
Luz Comentário Pesado Igualar
Aparência Boato Macio Detalhe
Observar Tom Doce Decidir
Obscuro Barulho Bloqueio Pensar

Tomemos o seguinte diálogo entre um vendedor e um cliente:

- Eu quero comprar um carro que seja confortável, em que eu me sinta muito bem, e que seja
macio para dirigir.

- Pois não, senhor. Acabo de ter uma idéia brilhante. Eu imagino que o senhor gostaria muito
de um carro de estilo jovem, como este aqui. Veja que linda cor...

É bastante provável que a venda não se efetue. É como se o cliente e o vendedor estivessem
falando línguas diferentes. O cliente fala usando predicados que indicam que ele está num
acesso cinestésico de sua experiência ("confortável", "sinta", "macio"), e também que ele
privilegia critérios cinestésicos ao comprar um carro. Já o vendedor responde utilizando
palavras processuais (predicados) visuais ("brilhante", "imagino", "estilo jovem" , "veja",
"cor"). O cliente está pedindo uma coisa e o vendedor está lhe mostrando outra.

Isto acontece também com casais. Se a mulher usa predominantemente o canal sensorial
auditivo e o marido o visual, ela poderá se queixar: "Meu marido não me ama. Ele nunca diz
que me ama". E neste caso, o marido não diz porque para ele não é importante dizer, mas
mostrar, visualmente, que ama a esposa, talvez levando-a a passeios, trazendo-lhe flores. O
marido poderá ter a mesma queixa em relação à esposa porque ela não demonstra
(visualmente) que o ama. Para o marido, não é importante que ela diga, mas que ela mostre que
o ama (talvez deixando a casa mais bonita, cuidando de sua própria aparência ou preparando-
lhe pratos que sejam visualmente atraentes).

Cada palavra processual usada (visual, auditiva, cinestésica) indica que a experiência interna
daquele que fala está sendo representada num determinado sistema sensorial. O uso habitual de
uma categoria de palavras processuais em detrimento de outra é indicativo de um sistema
representacional primário. Este é o que é mais desenvolvido e usado com mais freqüência do
que outros. Resultará no fato de que o indivíduo perceberá o mundo primordialmente através
deste sistema.

Predicativos que não apontam nenhuma das partes da experiência (visual, auditiva, cinestésica)
são chamados de inespecíficos. Isto é, não indicam como o processo está sendo representado.

E qual a utilidade em saber o sistema sensorial predominante de uma pessoa? A utilidade está
diretamente relacionada à capacidade de relacionar-se com alguém de modo eficaz. Significa
saber "falar a mesma língua" que o outro. Significa saber compreender e se fazer
compreendido.

O ideal seria que todos nós tivéssemos todos os canais sensoriais igualmente desenvolvidos.
Isto poderia ser comprovado através do uso equilibrado das palavras processuais, sem que
houvesse predomínio de uma classe sobre outra. Em geral, não é isto que acontece com a
maioria das pessoas.

Todavia, é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Sugerimos para isto a seguinte
experiência: reserve um dia da semana para treinar cada canal sensorial. Por exemplo, às
segundas-feiras, proponha-se a treinar seu olfato. Neste dia, esteja disposto a ampliar sua
capacidade olfativa e a sentir o maior número possível de odores. Faça o mesmo com o paladar
e com os canais cinestésico (sensações: quente, frio, áspero), auditivo e visual.

Sugerimos ainda ao leitor que treine a identificação de palavras processuais ouvindo


programas de entrevistas. Observe o que acontece quando o entrevistado está usando palavras
processuais auditivas e o entrevistador lhe pergunta algo usando palavras visuais. Muitas
discussões acontecem pelo simples fato de que as pessoas não conseguem entender umas às
outras porque estão utilizando canais sensoriais diferentes.

E para saber qual é seu canal sensorial predominante, conte as palavras processuais que você
utiliza ao escrever um texto neutro, ou seja, um texto que não se refira especificamente a
experiências apenas visuais (um texto que falasse sobre fotografia, por exemplo), auditivas
(um concerto) ou cinestésicas (a comida de seu restaurante favorito).

Se em seu texto existirem mais palavras auditivas, isto quer dizer que seu canal auditivo é mais
desenvolvido e utilizado em relação aos demais. Quer dizer que você dá preferência à parte
auditiva das situações. E as palavras processuais menos utilizadas, aquelas que você usou em
menor número em seu texto, correspondem ao canal menos utilizado e que poderia ser mais
explorado.

Há pessoas que são tão visuais que são capazes de falar durante meia hora sobre um almoço
delicioso usando apenas palavras visuais (Falando sobre a beleza dos pratos, da louça, dos
talheres, etc.).

Já outras, são mais cinestésicas e estão sempre dizendo "Eu sinto...". Geralmente são pessoas
que gostam de tocar nas demais, gostam de abraçar.

Pessoas predominantemente auditivas dizem muito "E então eu disse... Daí ele falou... Eu falo
que isto não dá certo!"

E você? Já sabe qual é sua predominância? Ou você é uma dessas raras pessoas que são
equilibradas quanto ao uso dos canais sensoriais?
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.
Como descobrir a intenção positiva da criança
A ser usado quando a criança se "comporta mal" - correndo o risco de se ferir, machucar
alguém ou de cometer um ato de vandalismo.

1. Antes de mais nada, limite ou interrompa o comportamento indesejado tão rapida e


calmamente quanto possível.

2. Descubra a intenção positiva do comportamento indesejado:


"O que você está tentando fazer ?"
"O que você deseja ?"

3. Concorde ou reconheça a intensão positiva da criança:


"É importante proteger os seus brinquedos."

4. Ajude a criança a encontrar outras formas de atingir sua intenção positiva:


"De que outro maneira você poderia obter o mesmo resultado ?"
Com crianças menores, deve-se mencionar outras possibilidades que a criança possa levar em
consideração.
Bibliografia:
A Essência da Mente - Usando o seu Poder Interior para mudar
Andreas, Connirae
Andreas, Steve
Summus Editorial
São Paulo
1993
Pág. 98

O seminário de três minutos


Se a PNL fosse apresentada em um semínario de três minutos, ocorreria mais ou menos o
seguinte :

O apresentador diria: "Senhoras e senhores, para ter sucesso na vida, uma pessoa só precisa ter
em mente três coisas."

"Primeiro, saber o que quer. Ter uma idéia clara do objetivo desejado em qualquer situação."

"Segundo, estar alerta e receptiva para observar o que está conseguindo."

"Terceiro, ter flexibilidade para continuar mudando até conseguir o que quer."

Depois, escreveria na lousa :

RESULTADO
ACUIDADE
FLEXIBILIDADE

e sairia da sala. Fim do seminário.


Bibliografia :
Introdução à programação neurolinguística
O'Connor, Joseph e Seymour, John
Summus
1995
Pág. 26
Uma das coisas das quais sempre me lembro é:

"Quais as palavras que fazem surgir imagens nas pessoas ?"

Então, as pessoas seguem o sentimento criado pela imagem.


Virginia Satir
Em essência, toda a PNL baseia-se em duas premissas fundamentais :
1 - O mapa não é o território.

No seu primeiro livro, A estrutura da magia - Volume I, Richard Bandler e John Grinder
(Criadores da Programação Neurolingüística), nos falam sobre esta primeira premissa:

"Na história da civilização vários pessoas já expressaram esta idéia - a de que há uma diferença
irredutível entre o mundo e a nossa experiência sobre ele. Nós, seres humanos, não agimos
diretamente no mundo. Cada um de nós cria uma representação do mundo em que vivemos -
isto é, criamos um mapa ou modelo que usamos para determinar o nosso comportamento. A
nossa representação do mundo define em grande parte como será a nossa experiência do
mundo, de que forma perceberemos o mundo, que escolhas teremos à nossa disposição
enquanto vivermos nesse mundo... Não existem dois seres humanos que tenham exatamente as
mesmas experiências. O modelo que criamos para nos guiar no mundo baseia-se nas nossas
experiências. Portanto, cada um de nós pode criar um modelo diferente do mundo que
compartilhamos e assim vivenciar uma realidade de certa forma diferente."

2 - A vida e a "mente" são processos sistêmicos.


No livro, A estratégia da genialidade - Volume I, Robert B. Dilts (Criador de várias técnicas e
modelos, trainer, autor e consultor no campo da Programação Neurolingüística desde 1975),
nos fala sobre a segunda premissa:

"Os processos que ocorrem dentro do ser humano e entre os seres humanos e o ambiente em
que vivem são sistêmicos. Nosso organismo, as sociedades em que vivemos e o nosso universo
formam uma ecologia de sistemas e subsistemas complexos que interagem e influenciam-se
mutuamente. Não é possível isolar totalmente uma parte do sistema. Tais sistemas baseiam-se
em alguns princípios 'auto-reguladores' e naturalmente procuram estados de equilíbrio
perfeitos, ou homeostase."

O que é Rapport ?
Rapport é harmonia, é estabelecer sintonia, confiança com as pessoas com quem estamos nos
comunicando. E portanto, é encontrar e comunicar-se com essa pessoa dentro do seu mapa
representativo da realidade exterior, isto é, ter a acuidade sensorial para reconhecer como é o
modelo subjetivo das experiências dessa pessoa e de como este modelo é formado dentro dela,
comunicando assim, no ritmo dela, e nos processos internos que constitui este mapa. É como
se falasse a mesma linguagem da pessoa, no mesmo ritmo e na mesma sequência estratégica
que esta pessoa tem para formar as suas experiências subjetivas.

Rapport é a habilidade de entrar no mundo de alguém, e fazer este alguém sentir que você o
entende, que vocês têm um forte vínculo comum e um relacionamento de compreensão. É a
habilidade de ser o mapa do mundo para o mapa dele. É a essência da comunicação bem-
sucedida.

Você pode ter algo muito importante para dizer a alguém ou pode ser a comunicação mais
adequada no momento para se dizer, no entanto, se não tiver criado um clima de simpatia e de
confiança, a sua comunicação será algo ineficaz.

Criar um clima de confiança e de aceitação por parte das pessoas potencializa a sua
comunicação.
Bibliografia :
Magia da mente em ação
Chung, Dr. Tom
São Paulo
Double Tree Editora
1991
Pág. : 60, 61 e 93
Virginia Satir em The new peoplemaking escreveu :
Os seres humanos têm uma natureza superior.

Se conhecermos e aceitamos todas as nossas partes,

podemos chegar a essa natureza superior.


Problemas sempre existirão.

O problema não é o problema.

O problema é como lidamos com eles.

É isso que destrói as pessoas, não o problema em si.

Quando aprendemos a enfrentar os problemas de outra maneira,

lidamos com eles de maneira diferente e eles se tornam diferentes.


Virginia Satir

Reimpressão (Reimprint)
Uma impressão (imprint) ocorre quando um indivíduo passa por uma experiência significativa,
à qual associa forte emoção e a partir dela forma uma ou mais crenças.

Para a PNL, o que importa não é o conteúdo da experiência, mas sim a crença ou impressão
gerada a partir da mesma. Dito de outra forma, importa o significado que o indivíduo atribuiu à
experiência, as conclusões a que chegou.

O conceito de impressão foi proposto por Konrad Lorenz, que estudou o comportamento dos
patos no momento em que saíam do ovo. Neste momento, eles imprimiam a figura materna, de
forma que o que quer que fosse que se movesse, e que estivesse perto no momento em que
saíam do ovo, passava a ser seguido e "se tornava" a mãe dos patinhos.

Lorenz verificou que os patinhos "imprimiram" as botas que ele usava no momento em que
saíram do ovo. Os patinhos passaram então a segui-lo. Ele tentou apresentá-los à mãe-pata,
mas eles a ignoravam e continuavam a segui-lo.

Lorenz acreditava que as impressões ocorriam em momentos importantes do desenvolvimento


neurológico e que não era possível alterá-las posteriormente.

Timothy Leary estudou o fenômeno da impressão nos seres humanos e descobriu que estes
possuem um sistema nervoso mais sofisticado que o dos patos, e por este motivo o conteúdo
das impressões poderia ser acessado e reprogramado (reimpresso).

Leary também identificou períodos críticos no desenvolvimento dos seres humanos. As


impressões ocorridas nestes períodos geravam crenças básicas, que moldavam a personalidade
e inteligência do indivíduo: crenças sobre ligações sentimentais, bem-estar, destreza
intelectual, papel social, etc.

As impressões podem ser experiências "positivas", que geram crenças úteis, ou experiências
traumáticas, que conduzem a crenças limitantes. Na maioria das vezes, elas incluem pessoas
significativas, que inconscientemente podem ter servido de modelo.

A diferença entre uma impressão e uma lembrança ruim, tal como uma fobia, é que na
impressão associa-se uma crença à lembrança, em geral uma crença de identidade ( do tipo "eu
sou": fraco, forte, capaz, incapaz, etc.).

A técnica da reimpressão (reimprint) utilizada pela PNL parte da crença e da sensação


associada à impressão, como forma de guiar o indivíduo de volta ao passado, até o momento
em que passou pela experiência de impressão. Esta é uma forma de regressão que, ao contrário
de certas intervenções feitas por outras abordagens terapêuticas, é feita conscientemente, com
o o indivíduo "acordado" e totalmente no controle da situação. De volta ao fato, ele pode
descobrir que recursos ele e as demais pessoas envolvidas teriam precisado naquela época para
que ele não se sentisse daquela maneira.

A reimpressão é usada no tratamento de traumas, crenças limitantes, sentimentos e


comportamentos persistentes na vida adulta (como timidez, insegurança, agressividade, etc.) e
em alguns casos de fobia.

Ela permite retroceder no tempo e descobrir a experiência geradora de tais crenças,


sentimentos e comportamentos, os quais o indivíduo não consegue alterar pelo simples esforço
consciente e compreensão intelectual.

O indivíduo não poderá apagar os fatos que compõem a sua história, mas poderá mudar seu
ponto de vista a respeito deles. Seria como reviver aquela experiência só que agora levando
consigo toda a vivência e os recursos obtidos ao longo dos anos.

Para um aprofundamento no tema recomendamos o livro CRENÇAS: CAMINHOS PARA A


SAÚDE E O BEM-ESTAR, de Robert Dilts, Tim Halborn e Suzi Smith (Editora Summus).
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.

Como Mudar
Todos as conquistas pessoais começam com uma mudança nas convicções. Sendo assim,
como mudamos ? O meio mais eficaz é fazer seu cérebro associar uma dor maciça à antiga
convicção. Você deve sentir lá no fundo que não apenas essa convicção lhe custou dor no
passado, mas também está custando no presente, e vai lhe custar no futuro. Depois, associe um
tremendo prazer à idéia de adotar uma convicção nova e fortalecedora. Este é o padrão básico,
que analisaremos muitas e muitas vezes, para criar mudança em nossas vidas. Lembre-se: não
podemos esquecer que tudo o que fazemos é por necessidade de evitar a dor ou pelo desejo de
obter prazer, e se associarmos bastante dor a qualquer coisa, vamos mudá-la. O único motivo
para termos uma convicção sobre qualquer coisa é o fato de vincularmos uma dor maciça a não
acreditarmos.
Bibliografia :
Desperte o Gigante Interior
Robbins, Anthony
Editora Record
Rio de Janeiro
1993
pág. 91
PNL
A Programação NeuroLingüística (PNL) é a arte e a ciência aplicada da excelência humana.
Utiliza-se de um conjunto de procedimentos específicos de comunicação verbal e não verbal
que levam o indivíduo à uma maior harmonia com o meio e consigo mesmo.

A PNL é o estudo da experiência subjetiva do ser humano, um estudo do funcionamento da


mente, permitindo portanto que as pessoas possam conhecer melhor o pensamento e os padrões
comportamentais e lingüísticos. Com isso habilita às pessoas, a modelá-los de acordo com seus
objetivos e conseguirem os resultados desejados de maneira eficiente e eficaz.

A Programação Neurolingüística, foi desenvolvida por Richard Bandler ( Analista de sistemas


e Matemático ) e John Grinder ( Lingüista ) na década de 70.

A Programação Neurolingüística abrange 3 pontos específicos :

Neurologia, Lingüística e Programação.

Neurologia : através do sistema neurológico existe a ligação entre o cérebro e os demais órgãos
dos sentidos do nosso corpo.

Lingüística : a nossa comunicação, seja em pensamento, seja com os outros, é feita através da
linguagem verbal e não verbal.

Programação : nosso cérebro utiliza estratégias ("programas"), seqüências de padrões de


pensamento e comportamento orientados para obter resultados.

Um dos pressupostos básicos da PNL é :

O mapa não é o território.

O ser humano não vive no território que o cerca ( "Realidade" ), mas sim, na representação
interna ("Mapa da Realidade") que ele tem desse território. Portanto, um problema nunca é o
fato em si, e sim, o significado atribuído a esse fato, pela mente da pessoa.

As pessoas não reagem à realidade em si mesma, mas sim, ao que elas representam
internamente de suas experiências, aos seus "Mapas da Realidade".

A PNL é a ciência que estuda a estrutura destes mapas.


Bibliografia :

Introdução à Programação Neurolingüística - Joseph O'Connor e John Seymour

Poder sem Limites - Anthony Robbins

Qualidade começa em mim - Dr. Tom Chung

"Se você continuar a fazer o que está fazendo, vai continuar a obter os mesmos resultados.
Se você quer mudar os resultados, mude o que está fazendo."

Um dos Pressupostos básicos da PNL

Resumo de : Como criar Ressignificados


O significado que damos aos acontecimentos são mais importantes do que os acontecimentos
em si.

Podemos escolher os melhores significados, alterando nossas atitudes em relação a esses


mesmos acontecimento.

Isto pode ser feito da seguinte maneira: em vez de nos perguntarmos: "Por que isto aconteceu
comigo ?" devemos dizer: "Ok, aconteceu. O que eu posso fazer de bom agora ?"

Pessoas reativas acham que suas emoções e comportamentos se devem a uma causa externa.

As pessoas pró-ativas se permitem a liberdade de escolher a reação desejada,


independentemente dos estímulos externos.

Pois estas são as pessoas que têm o dom de transformar as dificuldades em oportunidades !
Bibliografia :

Qualidade começa em mim: Manual neurolinguístico de liderança e comunicação


Chung, Tom
Editora Maltese
São Paulo
1994
pág. 278

Como podemos avaliar as situações de Forma Positiva


Nada é bom ou mau em si mesmo. Tudo depende da forma como avaliamos cada situação.

Há pessoas para as quais um pequeno contratempo significa uma catástrofe e outras que
conseguem não se abalar em demasia diante de fatos realmente desagradáveis. A diferença
entre ambas está na maneira pela qual representam as situações, no ''filme" que vêem em sua
imaginação.

Imagine duas mães esperando seus filhos à noite. Eles estão atrasados e já é tarde. A primeira
imagina o seguinte "filme": Ela vê um acidente e o filho todo sujo de sangue, à morte. Ou
então imagina que ele foi seqüestrado, o vê em poder de perigosos assaltantes, sendo torturado.
Esta mãe então começa a ficar ansiosa e apavorada. Já a segunda mãe imagina o filho se
divertindo com os amigos. Talvez ele esteja num cinema ou numa festa. Conseqüentemente,
ela fica tranqüila até que o filho chegue (ou pelo menos não fica apavorada).

Perceba que nenhuma delas sabe o que realmente aconteceu ao filho e cada uma imagina um
tipo diferente de ''filme", que não é real, mas tem o poder de determinar como elas vão se
sentir.

Assim também acontece conosco, no dia-a-dia. Se você está num estado interno ruim (se está
ansioso, deprimido, etc. ), mude o "filme" que está vendo em sua imaginação e o seu estado
interno também mudará.

Tudo pode ser visto e entendido sob vários ângulos. E então o leitor poderá se perguntar se isto
não é o mesmo que se iludir, que negar os fatos, negar a realidade. Nós então lhe diríamos que
também a realidade é um conceito relativo. Como saber se algo é de fato real?

Para exemplificar o que dissemos acima sobre realidade, citaremos os críticos de cinema.
Quantas vezes você já não se surpreendeu achando horrível um filme que a crítica elogiou? O
inverso também costuma ser freqüente: a crítica diz que aquele filme que você adorou é
péssimo! E a pergunta que se faz então é. Quem está com a razão? O filme na realidade é bom
ou ruim? A resposta seria: Depende. Depende dos critérios e do ponto de vista adotados.
Talvez sob o ângulo da originalidade, da direção, dos atores, o filme seja ruim, mas sob o
ângulo da diversão que ele lhe proporcionou, das gargalhadas que ele provocou, ele seja
excelente.

Realidade é algo sobre o que duas ou mais pessoas concordam. Desta forma, se algumas
pessoas vêem no céu uma luz e concluem que se trata de um disco voador, isto é real para elas.
Pode não ser real para você, que está presente no local da aparição e acredita que aquela luz no
céu é apenas um avião.

Sempre que você ouvir alguém afirmar que algo é péssimo, bom, feliz, infeliz, real ou irreal,
questione: Do ponto de vista de quem? Comparado com quê?

Os "filmes" que vemos em nossa imaginação têm ainda a característica de serem dirigidos por
nós. Somos nós quem escolhemos as cenas que vão compô-lo. Numa situação difícil, é você
quem escolhe se focaliza a dificuldade ou as possíveis saídas. Ou ainda, qual parte da situação
é mais importante para você. Como a mãe que comenta com a filha sobre um pretendente
desta: "Minha filha, ele é feio, mas é tão rico!" E a filha responde: "Sim, mamãe, ele é rico,
mas é tão feio."

As perguntas que você se faz determinam qual a parte da experiência que você vai focalizar e
também como vai se sentir. Se você se pergunta "Por que comigo nada dá certo?" sua mente se
esforçará para encontrar uma resposta, mesmo que precise "fabricar" uma. Agora, se você se
perguntar "O que eu posso fazer para conseguir o resultado que desejo?" as respostas indicarão
alternativas.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.

"Em todo tipo de arte existem níveis de habilidades que a pessoa tem que possuir e, uma vez
aprendidas as habilidades necessárias, você conhece as funções, e quando você conhece as
funções, você pode misturá-las e então temos a arte. Portanto, à medida que você caminha para
além da técnica, você se move em direção à arte, porque você se move em direção da ecologia,
para a representação profunda e para múltiplas representações ..."
Judith DeLozier

"Para nos comunicarmos efetivamente, devemos compreender que somos todos diferentes na
maneira como vemos o mundo, e usar este entendimento como guia para nossa comunicação
com os outros."
Anthony Robbins

Como podemos deixar as pessoas num estado melhor do que quando as encontramos
Sugerimos a seguinte experiência: observe atentamente os objetos de cor verde que existem no
local onde você está. Agora responda: quantos objetos azuis existem neste local? As perguntas
que nos são feitas direcionam o foco da nossa atenção. Como se esta fosse um farol que
ilumina apenas o local para onde é apontado. Por exemplo, você está consciente da sensação
em suas mãos neste momento? É provável que agora esteja, porque direcionou sua atenção a
elas. Imagine dois amigos conversando num restaurante. Um deles diz:

- Você reparou nas cores das paredes? Que mau gosto, não acha?
- Sabe que eu nem tinha visto...
- E o uniforme do garçom, então...
- O que há com ele?
- Está enorme, deve ser uns dois números maior que o dele.
- É. Pode ser.
- Este molho não está com um gosto estranho?
- Como assim?
- Sei lá... Acho que não vou comer.
- Não percebi nada.
- Comida apimentada como esta não lhe dá azia?
- ...

As perguntas que nos são feitas direcionam não só a nossa atenção mas também a maneira
como nos sentimos num dado momento. Com pessoas como a do exemplo citado, há que se ter
firmeza e determinação para não voltar do almoço com azia e com a impressão de ter ido ao
pior restaurante do mundo.

Dois cuidados são necessários neste aspecto. Primeiro, cuidado com o que você anda
focalizando em relação à vida. Se você focalizar apenas defeitos, maldade, desgraças e pontos
negativos, você os encontrará em profusão. É como diz o ditado: "Quem procura, acha".

Como aquela pessoa que foi mandada a Paris para fotografar cenas de violência urbana. Ao
voltar de lá, perguntaram-lhe o que ela havia achado da culinária francesa, da arquitetura, dos
museus, etc., ao que ela não soube responder, pois havia focalizado apenas a violência.

Há pessoas que são capazes de achar horríveis lugares maravilhosos. Por outro lado, há
também pessoas que se encantam com lugares simples e singelos. Tudo depende do que se
busca, do que se observa quando se olha para algo.

O segundo cuidado que se deve ter é com relação às perguntas que fazemos às pessoas.
Devemos nos lembrar de que nossas perguntas têm o poder de dirigir a atenção do outro para
aquilo que lhe estamos sugerindo.

Imagine que você conhece alguém que um dia você viu passar por um grande vexame (ele
escorregou e caiu, ou bebeu demais numa festa). Toda vez que o encontra, você não consegue
deixar de lhe perguntar: "Lembra-se daquele dia?" de forma que, depois de um certo tempo, só
o fato de vê-lo já é suficiente para que ele se sinta mal.

Num outro exemplo, uma pessoa diz: "Nossa, como você está pálido! Você está doente?" Ou
então: "Você está preocupado com alguma coisa? Você está triste?" Para poder responder a
perguntas como estas, a pessoa precisará verificar como se sente e se perguntará: "Eu, triste?
Deixe-me ver...É, eu estou um pouco aborrecido porque estou sem dinheiro". Perceba que é
possível que ela estivesse bem até então, que não estivesse pensando na falta de dinheiro, mas
o fato de alguém tê-la lembrado disto foi suficiente para mudar seu estado interno.

Melhor seria se nós sempre deixássemos as pessoas num estado interno mais agradável do que
quando as encontramos. Há pessoas que já fazem isto conosco, inconscientemente, sem que
nem se dêem conta disto, pois a repetição, a prática, automatiza esta estratégia. São pessoas
que gostamos de encontrar, que nos deixam com um sorriso no rosto quando vão embora.
Como elas fazem isto?

Inicialmente, observa-se que estas pessoas procuram perguntar apenas sobre os assuntos que
sabem que deixam o outro feliz, motivado, curioso, orgulhoso, etc.. Também, são pessoas que
sabem observar e buscar interesses em comum. Por exemplo, J. adora cinema e encontra S.,
que é um expert em filmes de suspense. J. aproveita então para pedir-lhe algumas indicações e
os dois conversam animadamente sobre o assunto. J. também adora pescar, de forma que ao
visitar uma ilha de pescadores, tem muito o que conversar com os habitantes da ilha.

Pode-se notar que é necessário possuir flexibilidade de comportamento, que significa ser capaz
de variar o próprio comportamento para se adaptar às várias situações e pessoas. Além disto, é
necessário também ter interesses variados, ou pelo menos curiosidade a respeito das coisas que
não se conhece.

Sendo um bom observador, não é difícil perceber o que motiva a vida de alguém atualmente.
Se uma pessoa está muito empolgada com seu novo emprego, apreciará que lhe perguntem
sobre ele. Mas se ela está insatisfeita, fazer-lhe perguntas sobre ele poderá deixá-la num estado
ruim (que poderá ser constatado pela simples observação de sua linguagem não verbal: a
expressão de seu rosto, sua postura, seu tom de voz, etc.).

Sempre há algo positivo a ser lembrado sobre a vida de uma pessoa, algo de que ela sinta
orgulho, algo que a deixe feliz, apesar de às vezes ela não estar consciente disto (como você
não estava consciente da sensação em seus pés até este momento, após ter lido esta frase). Nós
então poderíamos dirigir o foco de sua atenção para estes aspectos positivos que até então
estavam inconscientes. E com isto a deixaríamos num estado interno muito melhor.
Estamos sugerindo aqui que todo relacionamento pode ser uma troca. Em todo relacionamento
é possível descobrir afinidades, interesses em comum, assuntos que interessem a ambas as
pessoas. Nós sempre poderemos aprender algo, quer nosso interlocutor seja um pescador, um
menino ou o Presidente da República. Basta saber procurar, lembrando-nos de que
encontramos aquilo que focalizamos.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.

Como se tornar um bom comunicador


Vocês precisam apenas de três coisas para serem comunicadores profissionais absolutamente
únicos.

Descobrimos que existem três padrões principais no comportamento de todos os mágicos da


terapia com quem conversamos, e também no de executivos e de vendedores.

O primeiro é saber qual resultado se deseja.

O segundo é que precisa-se flexibilidade de comportamento. Necessitamos ser capazes de


gerar grandes quantidades de comportamento diferentes para encontrar as respostas emitidas.

O terceiro é que precisamos ter experiências sensoriais suficientes para reparar quando
tivermos obtido as respostas desejadas.

Se você conta com esta três habilidades, então só precisa alterar seu comportamento até
alcançar as respostas que quer.
Bibliografia :

Sapos em Príncipes : programação neurolinguística


Bandler, Richard
Grinder, John
Summus Editorial
São Paulo
1982
pág. 69 e 70

Todo comportamento tem uma Intenção Positiva


Todo comportamento tem uma intenção positiva. Sempre. Pelo menos do ponto de vista de
quem o pratica. Reconhecer este fato pode ser a solução para a maioria dos problemas de
relacionamento.

Imagine uma criança que finge estar com dor de barriga para não ir à escola. Provavelmente,
ela está tentando se proteger de algo (uma prova, uma briga) ou buscando algum ganho
(assistir T.V., jogar futebol). Para resolver o impasse, o primeiro passo é conhecer qual é a
intenção positiva que está por trás do comportamento da criança. Conversar com ela para saber
o que ela ganha se ficar em casa e o que poderia perder se fosse à escola. Imagine que a criança
afirma que não quer ir à escola porque alguns colegas prometeram bater nela. Neste ponto,
poderíamos lhe dizer algo como: "Entendo que você não quer apanhar. É muito ruim apanhar".
(Dizendo isto, estamos mostrando à criança que reconhecemos a intenção positiva de seu
comportamento e que damos valor a ela). "E o que você poderia fazer para poder ir à escola e
não apanhar?" (Aqui estamos buscando alternativas com a criança).

Reconhecer a intenção positiva, dar valor a ela e buscar alternativas. Esta seqüência pode
resolver a maioria dos problemas entre as pessoas, desde a briga entre um casal, até problemas
com funcionários, com filhos, alunos, etc. Talvez um dia, quando formos capazes de
reconhecer a intenção positiva que existe no comportamento de todas as pessoas, nós sejamos
realmente capazes de amá-las.

Fica mais fácil entender o outro quando nos colocamos em seu lugar, olhamos a situação com
os olhos dele e conhecemos o porquê dele fazer o que faz. Desta forma, é possível desaprovar
o comportamento de uma pessoa mas ainda assim continuar gostando dela. Agindo assim,
diríamos que alguém "está" (chato, agressivo, desanimado, etc.), mas não que "é". Separamos a
pessoa, seu valor, de seu comportamento.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.

Pedagogia do Amor
Encerramos o artigo anterior com a pergunta: "Se eu não me criticar, se eu parar de ficar me
questionado sobre o que deveria fazer, como vou melhorar, crescer como pessoa?" Para
responder esta pergunta, analisaremos o que acontece com as crianças.

A cada vez que se diz a uma criança: "Você não deveria (fazer ou sentir algo), é como se lhe
fosse dito: "Se você for você mesma, ninguém vai gostar de você, pois você é muito má. Mas
se você se esforçar e for diferente, então poderá encontrar pessoas que gostem de você".

Isto é uma violência contra a criança, talvez comparável a um assassinato. Está-se dizendo à
ela para eliminar aquele "eu" (que é ela mesma) e construir um novo em cima. E ela seguirá
pela vida profundamente infeliz, tentando fabricar um "eu" que agrade às pessoas, ou então
assumindo uma identidade que corresponda àquele monstro que um dia disseram que ela era,
tornando-se uma pessoa de difícil convivência, ou até mesmo um delinqüente.

Há muitas pessoas que optaram pelo caminho da marginalidade porque não conseguiram
construir aquele "eu" que agradaria às pessoas. Talvez ninguém as odeie mais do que elas
mesmas. Foi em virtude de muitos DEVERIAS, aos quais elas não conseguiram corresponder,
que elas chegaram aonde estão. Elas se sentem tão em débito com esses deverias que é como
se imaginassem uma dívida que jamais conseguirão saldar, pois a cada dia ela aumenta - a cada
dia elas acrescentam algo que deveriam/não deveriam ter feito.

Uma outra maneira de educar as crianças é através do que chamarei de Pedagogia do Amor. E
do amor incondicional. Aquele que não espera que o outro mude para começar a amá-lo.
Aquele que não diz que a criança deveria ser diferente, mas que valoriza todos os seus
sentimentos, comportamentos, iniciativas. Aquele amor que não tem a intenção de ter nenhum
tipo de controle sobre a criança, que não quer manipular suas reações e comportamentos e
moldá-los de acordo com um padrão, ou de acordo com um objetivo que não foi traçado por
ela.

Aquele amor que permite que ela simplesmente SEJA ELA MESMA. Que "deixa o rio correr",
sem apressá-lo. Que acompanha o fluir livre e leve da criança. Que jamais diz que ela não
deveria sentir raiva de alguém, mas que procura compreender seus sentimentos e ensiná-la que
quando não se luta contra os mesmos, eles passam por nós bem mais depressa. Deixar o rio
correr... Sempre...

Ensiná-la a reconhecer que todo comportamento tem uma intenção positiva. Se ela aprender a
reconhecer isto em si mesma, terá muito mais facilidade em reconhecê-lo nos outros. Se ela
aprender a ser compreensiva e paciente consigo mesma, também o será com as demais pessoas.

Se ela está sentindo inveja de alguém, ajudá-la a reconhecer que provavelmente ela tem dentro
de si uma parte (um "lado") que acredita que ela também merece ser como aquela pessoa, ou
ter o que ela tem, e que não há nada de errado nisso. Se ela está com raiva de alguém que
brigou com ela, talvez seja porque possui uma parte que acha que ela merecia ser tratada de
uma maneira melhor. E assim por diante. Não é difícil saber a intenção positiva de nossas
partes internas e aprender a valorizá-las.

Ajudá-la a confiar em seus sentimentos, sensações, intuições, em seu julgamento interno, em


sua voz interior, na "voz do seu coração". Ao invés de ficar lhe dizendo o que deveria fazer,
perguntar-lhe : "O que você acha disso?" "O que você sente em relação a isso?" Ajudá-la a
formar seus próprios valores incentivando a reflexão, fazendo-lhe perguntas que ajudem-na a
confiar em sua sabedoria interna. Esta é a maior herança que os pais podem deixar aos filhos,
já que pais não são eternos.

Mas talvez você, leitor, esteja dizendo: "Ótimo, entendi o que você disse em relação às
crianças. Mas o que eu faço comigo? Com os meus DEVERIAS?"

Sugiro que você imagine uma criança bem pequena, indefesa, que estivesse sofrendo em
virtude dos mesmos DEVERIAS que você, que estivesse passando por dificuldades
semelhantes às suas. O que você faria com esta criança? O que você diria a ela? Você diria a
ela novos DEVERIAS? Você seria tão severo com ela como provavelmente é consigo? Você a
ameaçaria? Você diria a ela algo como: "Se você não emagrecer, eu não levo você à praia"?

Acredito que você gostaria de conversar com ela, de tratá-la com carinho, compreensão, talvez
de tomá-la nos braços, abraçá-la, confortá-la, dizendo-lhe coisas animadoras.

Geralmente, por mais severos que tenham sido nossos pais, a tendência é que sejamos mais
severos conosco do que eles o foram, e um pouco mais compreensivos e benevolentes em
relação aos filhos.

Por este motivo, sugiro que você faça com você o que faria com a criança que citei acima.
Releia o texto e empregue as sugestões consigo mesmo. Imagine que dentro de você há uma
criança e que você terá de cuidar dela pelo resto de sua vida. Você escolhe: ou você vai ser um
repressor que controla, critica, diz DEVERIA a toda hora, ou você vai procurar fazê-la feliz,
diverti-la, amá-la.

Só conseguimos amar, entender, aceitar as outras pessoas quando somos capazes de fazer tudo
isso conosco. Quem não consegue aceitar o comportamento de alguém, quem não consegue
gostar de alguém, certamente descobrirá que não consegue aceitar a si mesmo, talvez até não
aceite em si aquele mesmo comportamento que não aceita no outro.

É um fato que você poderá constatar: quando paramos de lutar CONTRA nós, contra nossos
sentimentos, desejos, quando passamos a ser A FAVOR de nós mesmos, o mundo responde da
mesma maneira. A sua vida é o reflexo daquilo que acontece dentro de você. Se você não gosta
de si mesmo, se você não se aprova, não se trata com carinho e respeito, não espere que os
outros o façam. É o que se chama de AUTO-ESTIMA.

Para isso, você poderá começar a aprender a substituir o DEVERIA pelo EU PREFIRO, EU
ESCOLHO, EU APRECIO, EU ME PERMITO.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.

Eu deveria ...
A Programação Neurolingüística, como o próprio nome diz (Lingüística), estuda como a
linguagem influencia nosso modo de perceber o mundo. Em outras palavras, ela nos mostra
que de acordo com as palavras que usamos, perceberemos o mundo de uma determinada
forma, classificaremos as informações que nos chegam pelos cinco sentidos (Neuro) de uma
determinada maneira.

Duas pessoas percebem um mesmo acontecimento de formas diferentes, pois cada uma delas
usa um tipo de filtro (ou de lente) para observar o fato. Este filtro é constituído pelas palavras,
pelo vocabulário.

Imaginando que o vocabulário é um imenso arquivo de pastas e que cada pasta é uma palavra,
uma pessoa poderá arquivar a experiência "está chovendo agora" na pasta das alegrias, e uma
outra pessoa poderá arquivá-la na pasta dos aborrecimentos. A chuva é a mesma, mas cada
uma a percebe de uma forma. Para uma delas a chuva poderia ser classificada como uma
tempestade e para a outra, como uma chuva fraca.

Através de uma análise das palavras e dos tipos de construção de frases mais usados por uma
pessoa, é possível saber muito sobre ela, tal como num teste de personalidade.

E se uma pessoa modificar as palavras e frases que usa com mais freqüência, a partir de um
questionamento das mesmas, modificará a maneira como vê o mundo, as pessoas, a maneira
como se sente e se comporta.

Analisaremos hoje a palavra DEVERIA.

Quando alguém nos pede esmola na rua e nós não damos, às vezes ficamos pensando coisas
como: "Eu DEVERIA ajudar o próximo". Ou então quando alguém fica magoado com algo
que dissemos, ficamos nos culpando com frases do tipo "Eu DEVERIA ter ficado calado".

Na maioria das vezes a palavra DEVERIA está relacionada a culpas que nos foram incutidas
desde quando éramos bem pequenos.

Quando você diz que DEVERIA (fazer, pensar, sentir) alguma coisa, é como se estivesse
afirmando a si mesmo que você não DEVERIA ser você mesmo, que ser você mesmo é muito
perigoso e que não deve jamais confiar em seus sentimentos, crenças e intenções.

Que você DEVERIA ser uma outra pessoa, tal como quando se derruba uma casa para
construir outra melhor em seu lugar.

Pessoas que utilizam com muita freqüência a palavra DEVERIA costumam dar muito valor à
opinião que os outros têm dela. São capazes de passar por cima de si mesmas para não
desagradarem as demais. O que os outros pensam e acham a respeito delas costuma ser mais
importante do que aquilo que elas mesmas pensam a respeito de si próprias.

Entretanto, só se pode dar o que se tem. Você não oferece às visitas que vieram para o jantar
uma bebida que você não tem em casa. Da mesma forma, você só pode ser verdadeiramente
você mesmo com as demais pessoas.

Se você diz: "Ah! Mas eu DEVERIA ter ficado quieto, não DEVERIA ter dito aquilo...",
reflita que, provavelmente, se tivesse ficado quieto, não teria sido você. Talvez teria sido um
ator e representado um papel.

Os tímidos costumam ter muitos deverias. Às vezes, são pessoas tão exigentes consigo mesmas
a ponto de jamais admitirem errar. Então acabam ficando inseguros sobre a melhor forma de
agir, que nunca é a deles mesmos. Estão sempre se esforçando ao máximo para serem melhores
do que são. Não ficam à vontade nunca porque estão sempre estudando o que deveriam fazer.
E têm concepções idealizadas e irreais sobre as características que procuram reproduzir, ou
seja, têm objetivos tão altos que provavelmente são impossíveis de se alcançar.

A educação, recebida tanto em casa como na escola, igreja, etc., contribuiu para a
disseminação dos deverias quando difundiu a crença de que as crianças são seres primitivos,
quase como animais selvagens que precisam ser domesticados. Que emoções como raiva,
ciúme, dentre outras, são "ruins", e devem ser combatidas, dominadas e eliminadas. E em seu
lugar, as pessoas deveriam se esforçar para ter apenas "sentimentos bons". E principalmente,
quando procurou uniformizar os comportamentos das pessoas, moldá-los de acordo com uma
norma ou padrão.

Foi assim que aprendemos a lutar contra nós mesmos. Nos tornamos nosso próprio inimigo ou
repressor. Aprendemos a ter força de vontade, o que em muitos casos significa ser capaz de
vencer a si mesmo. Aprendemos a ser tão severos conosco como o foram talvez nossos
professores, pais e familiares.

Mas como diz aquela frase, "Não importa o que fizeram de mim. Importa é o que eu vou fazer
com o que fizeram de mim". Temos escolha. Podemos mudar.
Em relação à palavra DEVERIA, podemos nos questionar a cada vez que a usamos. Como no
exemplo, "Eu deveria ter ficado calado", podemos nos perguntar: "O que aconteceria se eu
ficasse calado?" Talvez a resposta seja algo como "A outra pessoa não teria ficado magoada,
porém eu não teria sido espontâneo, verdadeiro".

Podemos nos perguntar também: "Por que eu deveria ter ficado calado?" A resposta a um
porquê geralmente é uma crença. E questionar nossas crenças é um processo de atualização,
afinal, muitas delas foram adquiridas quando não tínhamos idade suficiente para entendê-las e
julgá-las.

"Eu deveria ter ficado calado porque é errado uma pessoa dizer o que sente". Podemos nos
perguntar então: "É errado do ponto de vista de quem?" "De acordo com quem?"

Quando valorizamos aquilo que somos, quando nos apoiamos, quando gostamos de nós
mesmos, criamos um ambiente positivo ao nosso redor, como se fosse um campo de energia
positiva, que por sua vez atrai coisas positivas, bons relacionamentos, etc.

Da mesma forma, quando nos criticamos e nos reprimimos, criamos um ambiente negativo, e
provavelmente atrairemos problemas e relacionamentos complicados.

Quando você se valoriza, você está valorizando seus próprios sentimentos, seu julgamento
interno, sua "voz interior", sua intuição. Você está centrado em si mesmo.

Quando você se critica, o seu centro está fora de você, talvez esteja nas pessoas à sua volta.

Então você pergunta: "Mas se eu não me criticar, como vou melhorar como pessoa, como vou
progredir?"

Falaremos sobre isto na próxima semana.


Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.

Estratégias Mentais
Estratégia é a maneira como a pessoa organiza seus pensamentos e comportamentos para levar
a cabo uma tarefa. As estratégias sempre visam um objetivo positivo(*). Elas podem ser
acionadas ou desligadas pelas nossas crenças. Para ter sucesso numa tarefa, você precisa
acreditar que pode fazê-la. Caso contrário, você não se empenhará completamente nela. Você
também precisa acreditar que merece aquilo que deseja e estar disposto a dedicar um certo
tempo à prática ou à preparação. Finalmente, é necessário acreditar que a tarefa vale a pena.
Ela deve despertar seu interesse ou a sua curiosidade.
...
Para compreender o que são estratégias, pense num mestre-cuca. Se você usar sua receita,
provavelmente será capaz de cozinhar tão bem quanto ele, ou pelo menos chegará a um
resultado muito próximo. Uma estratégia é uma receita bem-sucedida. Para fazer um prato
saboroso, é necessário conhecer três coisas básicas: os ingredientes, as quantidades de cada
ingrediente e a qualidade desses ingredientes. E também é necessário saber a ordem correta das
etapas. Faz uma grande diferença acrescentar os ovos antes, durante ou depois de ter colocado
o bolo no forno. A ordem que você segue para fazer uma coisa é muito importante, mesmo que
tudo aconteça em questão de segundos.

(*) Todos os comportamentos, mesmo que lhe pareçam estranhos ou condenáveis segundo seus
valores, têm um significado maior e uma intenção positiva quando analisados dentro do
contexto e da experiência da pessoa que os exibiu. Mesmo que não possamos aceitar,
inicialmente, esta intenção, podemos ter a capacidade de entendê-la. Esta é uma das mais
árduas tarefas de amadurecimento pessoal.
Bibliografia :

Introdução à programação neurolinguística


O'Connor, Joseph
Seymour, John
Summus Editorial
São Paulo
1995
pág. 196 e 197

Qualidade começa em mim: Manual neurolinguístico de liderança e comunicação


Chung, Tom
Editora Maltese
São Paulo
1994
pág. 103 e 104

Como Processamos Informações


Recebemos informações do mundo através dos cinco sentidos: visual, auditivo, gustativo,
olfativo, táctil-proprioceptivo. Ocorre que a informação recebida precisa ser processada
internamente, precisa ser representada, e este processo é individual, personalizado, o que
equivale a dizer que dois indivíduos representarão um mesmo fato de formas diferentes.

Isto acontece porque há três processos envolvidos na representação de informações: omissão,


distorção e generalização.

A omissão ocorre quando omitimos parte da informação recebida. É ela que, por exemplo, nos
permite prestar atenção no que uma pessoa está dizendo e ignorar todos os demais sons
existentes num local de muitos ruídos. Ou então, quando estamos bem humorados e não
prestamos atenção às pequenas contrariedades de nossa experiência, como por exemplo os
semáforos que estavam todos fechados, o trânsito lento.

A distorção é freqüente nos casos de mal-entendidos, em que uma pessoa disse ou fez uma
coisa e a outra pessoa percebeu algo completamente diferente. Ou também nas chamadas
"fofocas", em que um fato é aumentado ou deturpado.

A generalização consiste no fato de que ao recebermos uma informação, temos a tendência de


generalizá-la para outros contextos. É ela que nos permite aprender, por exemplo, a andar de
bicicleta e a partir desta aprendizagem generalizar para outros tipos de bicicleta.

A generalização também acontece nos casos de preconceito. Por exemplo, se uma pessoa teve
uma experiência negativa com um indivíduo de determinada raça, religião ou nacionalidade,
poderá generalizar achando que todos os indivíduos semelhantes no aspecto que está sendo
considerado (raça, religião, etc.) são iguais.

Após analisarmos os três processos através dos quais as informações são representadas,
podemos entender melhor por que dois indivíduos representam um mesmo fato de formas
diferentes e também por que o mapa não é o território que representa.

Nós sempre reagiremos às representações que fazemos das coisas (aos mapas) e nunca às
coisas propriamente ditas.

Convidamos o leitor a tomar qualquer experiência de que goste, como por exemplo saborear
um determinado tipo de alimento. Analisando minuciosamente por que gosta deste alimento,
verá que gosta dele porque faz imagens que são atraentes, enfatizando a cor, o brilho, incluindo
talvez a sensação da consistência, do contato do alimento com a boca, o cheiro, e
possivelmente associando tudo isso a emoções como felicidade, aconchego, alegria, festa, etc.
Tudo isto (imagem, associações com alegria, etc.) é representação. É da representação que
você gosta, e não propriamente do alimento. Você já deve ter observado que enquanto você
adora um alimento, outras pessoas o detestam. A representação que elas têm do alimento em
questão é bem diferente da sua. E se elas aprenderem a representá-lo da mesma maneira que
você, passarão a gostar dele!

Não é por acaso que as propagandas exploram estes aspectos em larga escala. Em geral, elas
contêm apelos aos cinco sentidos e uma ou mais associações a sentimentos de paz, sucesso,
felicidade, etc.

Nós aprendemos por repetição e rapidez. Portanto, uma associação feita rapidamente e
repetidas vezes, como é o caso da propaganda, tende a se estabelecer em nosso sistema
neurológio. Trata-se de um condicionamento.

O que dissemos acima também se aplica a experiências marcantes em nossas vidas, capazes de
influenciar nossa auto-imagem. Tomemos por exemplo o caso de duas crianças ridicularizadas
na escola por terem errado um exercício na lousa. A primeira associa à experiência uma grande
carga de emoção (vergonha, humilhação, incapacidade), representando a situação à sua
maneira (talvez com grandes imagens dos colegas rindo, com o som de suas gargalhadas mais
alto do que o som ouvido na realidade, etc.) . Já uma outra criança talvez nem se lembre do
fato depois de um certo tempo e não lhe atribua maior importância.

O que faz a diferença aqui é a maneira através da qual cada criança representa a situação, o
tipo de "etiqueta" que colocam ao organizarem seu arquivo de lembranças. Como já dissemos,
é à representação que reagimos e não à situação, ao fato real, e na representação entram os
processos de omissão, distorção e generalização. Portanto, é provável que a primeira criança
tenha omitido dados da experiência, tenha distorcido outros e que ela generalize o ocorrido a
todas as situações que envolvam os mesmos elementos (situações em que se exponha à opinião
alheia).

As técnicas da PNL visam dar um outro significado (ressignificar) ao ocorrido, já que não é
possível alterar os fatos. Visa ainda desfazer o condicionamento, a associação, através da
manipulação de aspectos específicos da representação da experiência (mudanças sutis nas
características da imagem, som, sensação/sentimento. etc.).
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.
"Se você se aflige com qualquer coisa externa, o sofrimento não é causado pela coisa em si,
mas por sua própria avaliação a respeito; e isso você tem o poder de revogar a qualquer
momento."

Marco Aurélio

Ressignificação
O que significa uma tempestade ? Algo ruim, se estivermos fora de casa sem uma capa de
chuva. Algo bom, se você for um fazendeiro e tiver passado por um período de seca. Também
pode ser uma má notícia se você tiver organizado uma festa ao ar livre; ou uma boa notícia se
seu time estiver perdendo e o jogo for suspenso. E como você reage a cada uma dessas
situações ?

O significado de todo acontecimento depende da moldura que colocamos ao seu redor.

Ressignificar é mudar essa moldura para vermos os mesmos acontecimentos sob uma outra
ótica. E quando o significado muda, as reações emocionais e os comportamentos
automaticamente também mudam.

Cada pessoa pode escolher o significado para sua vida ou para as coisas que acontecem ela.
Isto é o que se chama livre-arbítrio. E se não escolhermos conscientemente, alguém o fará por
nós, inconscientemente, e podemos acabar aceitando significados inadequados vindos de
outras pessoas.

O significado que damos aos acontecimentos são mais importantes do que os acontecimentos
em si. Portanto sempre devemos escolher o melhor significado, o que nos seja mais adequado e
útil , alterando nossas atitudes em relação a esses mesmos acontecimentos para vivermos uma
vida melhor, mais consciente e com mais liberdade.
Bibliografia :

Qualidade começa em mim: Manual neurolinguístico de liderança e comunicação


Chung, Tom
Maltese
1994

Introdução à programação neurolinguística


O'Connor, Joseph e Seymour, John
Summus
1995

Estados Internos
Você já passou pela experiência de estar em "maré alta"? Aquele dia ou período em que tudo é
bonito, as pessoas são gentis e você é feliz?

Você já passou por um dia em que nada dá certo? Aquele dia em que você "acordou com o pé
esquerdo"?

Você é a mesma pessoa nas duas situações. A diferença está no estado neurofisiológico em
questão - o estado interno.

A maioria de nossos estados internos acontece de forma automática - sem controle consciente -
porque estamos "acostumados" (programados) a reagir daquela maneira.

Você já percebeu como muda o seu estado interno quando você vê uma pessoa de quem não
gosta? Se você estava alegre, imediatamente aquela alegria é temporariamente interrompida
para dar lugar a um outro tipo de estado interno.

Uma outra experiência comum é estarem várias pessoas num domingo à noite, conversando
animadamente, quando então ouvem pela T.V. a música de abertura do Fantástico. É o anúncio
do final do domingo e do início de uma nova semana. Imediatamente alguns param de
conversar, ficam pensativos, outros desanimados. Este é um exemplo de como um estímulo
externo (a música) é capaz de alterar um estado interno.

Um estado interno é criado a partir da nossa representação interna e das condições e uso de
nossa fisiologia.

Imaginemos uma mulher numa festa. Ela se divertiu muito durante quatro horas. No último
minuto da festa, ela derruba um copo de vinho em sua roupa e sai arrasada. Quando lhe
perguntam se a festa estava agradável, ela responde que não, que foi horrível. Um minuto foi
suficiente para acabar com a representação interna formada em quatro horas. E por este
motivo, esta mulher mudou seu estado interno de alguém que estava se divertindo para alguém
que saiu arrasado.

Imaginemos agora uma esposa esperando pelo marido à noite. Ele está atrasado. Mas a esposa
está num estado interno tranqüilo, despreocupado, e por isso o atraso do marido não a
preocupa. Em suas representações internas, ela o imagina trabalhando.

Agora, se ela estivesse num estado interno de preocupação ou desconfiança, sua representação
interna do atraso do marido talvez incluísse um caso extraconjugal. Ela poderia então imaginá-
lo com outra mulher, o que a deixaria ainda mais desconfiada. Quando o marido chegasse, ela
provavelmente discutiria com ele e lhe perguntaria quem é a "outra"...

Portanto, nossa representação interna dos fatos determina o estado em que nos colocamos.
A maior utilidade para este conhecimento está relacionada a estados de capacidade e de
incapacidade (estados de recursos e estados limitantes).

Quando vamos realizar algo e acreditamos que somos incapazes, nós entramos no estado de ser
incapaz e nossa fisiologia responde prontamente como se fôssemos incapazes. Nosso cérebro
envia um comando às partes de nosso corpo envolvidas na ação.

Imaginemos um jogador de futebol cobrando um pênalti. Se ele se considera incapaz, naquele


momento seu cérebro obedece a esta ordem e envia um comando para seus músculos, que
executam a cobrança como se ele fosse de fato um incapaz, ou seja, ele não faz o gol.

É o mesmo que andar numa corda-bamba. Descobriu-se que para um equilibrista ter sucesso
nesta ação, é necessário que ele tenha apenas uma imagem: a imagem de si mesmo andando
com sucesso. Se ele tiver duas imagens, uma de sucesso, outra de fracasso, uma ao lado da
outra, ele provavelmente cairá porque seu cérebro não sabe qual a representação interna que
deverá realizar.

Conclui-se que a dúvida nos atrapalha com relação aos nossos objetivos porque é como se ela
nos colocasse diante de dois caminhos. A PNL adotou uma frase que resume bem isto: "Quer
você acredite que pode (realizar algo), quer acredite que não pode, de qualquer forma você está
certo".

Nossa fisiologia também influencia nossas representações internas. Se estamos tensos, se nos
alimentamos mal, se dormimos mal, se estamos sentindo dor, tudo isto influencia diretamente
nossas representações internas. Por este motivo, não é recomendável fazer compras no
supermercado quando se está com fome. A fome, que é um estado interno causado por
condições fisiológicas, faz com que representemos todos os alimentos encontrados como muito
mais saborosos do que na verdade são.

Percebe-se, portanto, que representação interna e fisiologia são interdependentes: alterando-se


uma, a outra também muda.

...

Nada é bom ou mau intrinsecamente. Tudo depende da forma como representamos uma
situação.

Podemos representar os fatos de uma forma que fiquemos num estado de recursos ou podemos
fazer o oposto. Como já afirmamos numa outra ocasião, "O mapa não é o território". Nossas
representações a respeito dos fatos jamais corresponderão exatamente a eles.

Desta forma, uma pessoa pode representar a si mesma como alguém insignificante e incapaz, e
esta representação vai colocá-la num estado de poucos recursos - um estado limitante. Na
verdade, esta pessoa pode não ser nada disso - pode até ser alguém com muitas capacidades -
mas ela se tornou naquele momento exatamente aquilo que julgou ser.

A diferença entre as pessoas que falham em realizar suas metas e aquelas que são bem
sucedidas é que estas conseguem se colocar num estado de apoio e segurança (um estado de
recursos). Isto é muito diferente de entrar e sair de estados automaticamente, sem controle
consciente, sendo controlado por outras pessoas, pela mídia, etc. Imagine que seu cérebro é um
veículo que, se você não dirigir, se você não estiver ao volante, será guiado por outros ou pelas
situações - como um barco ao sabor do vento.

Quando formamos uma imagem interna de que seremos capazes de realizar algo, criamos os
recursos internos de que precisamos para conseguir o estado que nos apoiará.

Para alcançar seus objetivos, é necessário que você focalize o que você quer - e não o que não
quer. Há inúmeras pessoas que afirmam que não querem ser pobres, não querem ser
depressivas, não querem ser inseguras, etc. Com este tipo de afirmação, fornecem ao cérebro a
imagem do que não querem ( e é isso que acabam conquistando em suas vidas).

Para que nosso cérebro possa entender e processar uma informação como "Eu não quero
fracassar", ele primeiro necessita de uma imagem do que não se quer (fracassar) para então
negá-la.

É como quando se diz a uma criança "Não deixe cair este copo" e então ela o derruba, pois
para que ela entendesse a mensagem, precisou representar internamente aquilo que não deveria
fazer.

Portanto, é melhor nos dirigirmos às coisas que queremos (Por exemplo: "Eu quero ser feliz,
seguro, etc." e, no caso da criança, "Segure o copo com cuidado").

A cada estado interno corresponde uma fisiologia externa observável. As mães conhecem bem
este fato: uma criança não consegue mentir, pois sua fisiologia (sua postura, expressão facial,
respiração, voz, cor da pele, etc.) a denuncia.

Temos fisiologias correspondentes a cada estado interno que experimentamos. Provavelmente,


as pessoas que nos conhecem bem sabem disso melhor que nós, pois conseguem identificar
nosso estado interno pela simples observação de alguns aspectos de nossa fisiologia.

Um empregado pode adiar um pedido de promoção pela observação da fisiologia de seu chefe:
"Ummm! Hoje o chefe está ..."

Se nos treinarmos nesse tipo de observação, seremos capazes de verificar como a linguagem
não verbal (os gestos, a postura, o tom e ritmo da voz, a respiração, etc.) nos informa muito
mais do que a linguagem verbal (o que uma pessoa diz).

Como quando alguém nos fala "Eu estou muito feliz", todavia com uma expressão
melancólica, ombros para frente, olhos para baixo, etc. Neste caso, há uma incongruência entre
as duas linguagens (verbal e não verbal) e em geral se dá muito mais importância e significado
à linguagem não verbal.

Quando alguém nos diz algo mas seu corpo revela mensagens opostas, o resultado será que
esta pessoa não nos convencerá, pois suscita dúvidas em nós com relação a qual das duas
mensagens é verdadeira.
Há maneiras de provocar estados internos em outras pessoas. Uma delas é muito usada por
pessoas que costumam ser bastante desagradáveis e inadequadas: "O que você tem? Você está
passando mal?" "Está nervoso?" ou "Você está preocupada porque seu marido está
demorando?", etc. Nestes casos, para que se possa responder à pergunta, é necessário primeiro
entrar no estado sugerido para então saber se ele se aplica ou não a nós. Às vezes as pessoas
acabam entrando de fato no estado em virtude do poder da sugestão. Daí acabam se sentindo
mal, ficando nervosas, preocupadas, etc. Melhor seria se as pessoas colocassem umas às outras
em estados de recursos, estados agradáveis.

Por exemplo, ao se perguntar a alguém doente "Você melhorou?", coloca-se a pessoa numa
outra direção - em direção à saúde, à recuperação. Ou a alguém que está : "Você está mais
calmo?"

Com a certeza de que não esgotamos o assunto, citaremos uma estória que ilustra o que são
representações internas e como estas causam estados internos.

Um homem andava por uma estrada deserta quando o pneu de seu carro furou. Como ele não
tinha macaco para trocar o pneu, pôs-se a caminhar pela estrada a fim de procurar alguém que
pudesse ajudá-lo.

Avistou uma casa e para lá se dirigiu. Enquanto caminhava, começou a pensar: "E se o dono da
casa não me atender?" "E se ele achar que eu sou um assaltante?" "E se ele for grosseiro
comigo?".

Quando ele finalmente chegou lá, um senhor abriu a porta e, com um amável sorriso, disse-lhe:
"Pois não, em que posso ajudá-lo?" O homem então respondeu, visivelmente transtornado:
"Pode ficar com a porcaria deste macaco porque eu não o quero mais". E foi embora. Inúmeras
vezes nos comportamos como se nossas representações internas fossem reais. E na maioria das
vezes elas não são.
Artigos publicados no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é
Psicóloga e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.

O Meta Modelo de Linguagem


Todos nós possuímos um modelo de linguagem que nos permite interagir com o mundo.
Linguagem aqui quer dizer tudo o que utilizamos para representar a experiência: imagens,
sons, palavras, sensações, sentimentos. Não há como pensar em algo sem usar pelo menos um
dos elementos acima.

Por exemplo, se tomarmos a palavra "pipoca", veremos que ela nos traz a imagem que fazemos
de uma ou várias pipocas, talvez a lembrança do sabor e até do som ao mastigá-las.

Todavia, a linguagem não é a experiência, mas uma representação da experiência, assim como
um mapa não é o território que representa. Como seres humanos, sempre vivenciaremos
somente o mapa, e não o território. Isto quer dizer que nós não reagimos às coisas em si, mas
às representações que fazemos delas. Para exemplificar o que dissemos acima, citaremos os
esquimós, que têm cerca de doze palavras para designar neve: neve que cai, neve no chão, neve
que serve para construir casas, etc. Para outras pessoas, a neve será sempre a mesma. Mas para
os esquimós, o fato de possuírem palavras diferentes para a neve significa que eles são capazes
de fazer distinções muito sutis entre os tipos de neve, o que lhes permite agir com maior
número de escolhas em seu mundo.

Um outro exemplo seria o de duas pessoas recusadas para uma vaga numa empresa. A primeira
representou o fato como decorrente de sua incapacidade, de sua falta de experiência e de sua
inadequação ao cargo.

A segunda representou o mesmo fato como algo corriqueiro, podendo até ter achado que não
foi escolhida por estar superqualificada para o cargo. Nenhuma das duas sabe o real motivo
pelo qual foi recusada, mas cada uma delas representou a recusa a seu modo, de acordo com o
seu "mapa", que é produto de experiências, emoções e aprendizagens passadas.

Como pudemos constatar nos dois exemplos, um mapa amplia ou reduz as possibilidades de
alguém. As pessoas formam seus mapas a partir de suas experiências, tanto internas como
externas. Sendo assim, se não é possível mudar os fatos, a PNL nos ensina como mudar a
experiência subjetiva, a representação que as pessoas têm do mundo e de si mesmas. Isto é
possível através do Meta Modelo de Linguagem, que vai reconectar a linguagem à experiência,
vai buscar a mensagem oculta, as crenças que existem por trás de palavras e frases.

Retomando o exemplo da recusa para um emprego, imaginemos que a primeira pessoa disse:
"Eu fui rejeitada porque sempre fico com medo nessas situações". Alguém experiente no uso
do Meta Modelo de Linguagem perceberia as lacunas existentes na frase, ou seja, há omissões,
generalizações e distorções nela que o emissor provavelmente não percebe conscientemente.
Para ele, as coisas são da maneira como afirmou e ele talvez não veja como poderiam ser
diferentes. As informações suprimidas poderiam ser recuperadas com perguntas como: "Você
tem medo do quê?" "Você sempre fica com medo?" "Em algumas dessas ocasiões você não
sentiu medo?" "Então você acredita que se não sentisse medo, não seria recusado?" e assim por
diante.

À medida em que se vai questionando, vai-se modificando o mapa da outra pessoa, que é
obrigada a completá-lo, a preencher suas lacunas, a atualizá-lo. Como conseqüência, ela
passará a ter um outro tipo de representação, que por sua vez levará a um resultado
comportamental diferente.

O Meta Modelo compreende um conjunto de instrumentos com os quais se pode construir uma
comunicação melhor. Ele pergunta o que, como e quem, em resposta à comunicação do
emissor. Ao utilizar o Meta Modelo é necessário estar atento às próprias representações
internas. Assim, se alguém nos diz: "Meus filhos me aborrecem", não é possível formar um
quadro completo da situação. É necessário perguntar "como": "Como especificamente seus
filhos o aborrecem?"

Por outro lado, se assumirmos que conhecemos o significado preciso de "aborrecem", com
base apenas em nossa experiência, então na verdade estaremos encaixando tal pessoa em nosso
modelo de mundo, em nosso mapa, esquecendo-nos do mapa dela.
Lembramos que o objetivo do Meta Modelo é reconectar a representação à experiência, o que
equivale a dar nome às coisas e fatos.

Ao questionarmos, por exemplo, a palavra "medo", procuraremos reconectar a palavra


(representação) à experiência real de sentir medo. Imaginando que as palavras são como pastas
de um imenso arquivo, há pessoas que arquivam na pasta "medo" experiências que seriam
melhor arquivadas em outras pastas . Não se trata de abordar teoricamente e dissociadamente
as situações e sensações, como em algumas abordagens terapêuticas, mas sim de um
instrumento que nos permite modificar as representações internas de uma pessoa, nos permite
clarear pontos, completar mapas.

Todos os padrões do Meta Modelo estão descritos no livro A Estrutura da Magia, de Richard
Bandler e John Grinder (Editora Guanabara-Koogan), cuja leitura recomendamos.
Artigo publicado no Jornal Tribuna de Indaiá por Nelly Beatriz M. P. Penteado que é Psicóloga
e Master Practitioner em Programação Neurolinguística.

Uma visão de Sócrates pela PNL


Sócrates foi um mestre na arte de perguntar. Uma das importâncias do perguntar está no fato
de criar no ouvinte múltiplos pontos de vista e, com isso, ampliar suas percepções sobre
determinado tema ou conceito. As perguntas de Sócrates obedeciam a uma metodologia e
padrões muito bem constituídos para explorar múltiplas possibilidades sobre um conceito,
definição ou valor ético proferido por um interlocutor.

As perguntas tinham como objetivo o exato saber. Levar o interlocutor a novas percepções, e
obter dentro de si o conhecimento e aprimoramento no modo de pensar.

Um padrão utilizado por Sócrates para estabelecer sintonia com o ouvinte era o de aceitar as
definições e conceitos, não indo contra as crenças do interlocutor. Isso era feito pelo menos
com os seguintes itens :
A - Repetindo em parte o que o interlocutor dizia.
B - Demonstrando o desejo e a importância de conhecer a opinião do interlocutor.
C - Procurando saber o que o interlocutor queria dizer exatamente com o termo que utilizava.
D - Demonstrando que entendeu o ponto de vista do interlocutor.

Alguns dos Desafios utilizados por Sócrates, segundo o livro Repensando Sócrates :

Para Eliminações :
Gostaria que me esclarecesse como...
Ficaria feliz se me esclarecesse quem...
Analogias comparativas

Para Generalizações :
Analogias e Metáforas
Afirmações óbvias(comparativas)
Contra-exemplos
Para Distorções
A pessoa disse isso especificamente ?
Você é adivinho ? Senão, como poderia saber ?

Diálogo sobre a Virtude :

Sócrates :- E portanto, também dizes que há certas pessoas que desejam o bem, e outras que
desejam o mal ? Mas não te parece, meu amigo, que todos os homens desejam unicamente o
que é bom ?

Mênon :- Não, não me parece.

Sócrates :- Afirmas, então, que alguns homens desejam o mal ?

Mênon :- Sim.

Sócrates :- E crês que estes desejam as coisas más porque as acham boas ? ou dizes, então, que
sabem que são más e não obstante isso as desejam ?

Mênon :- Creio que há os dois casos.

Sócrates :- Acreditas, pois, caro Mênon, que alguém que sabe que o mal é mal pode ainda
desejá-lo ?

Mênon :- Creio.

Sócrates :- Que entendes tu por desejar uma coisa má. Que nos aconteça algo de mau ?

Mênon :- Exatamente.

Sócrates :- Mas os que desejam o mal, crêem que ele é vantajoso ou pernicioso ?

Mênon :- Há os que pensam que as más coisas fazem o bem; mas há os outros, também, que
sabem perfeitamente que as coisas más só produzem o mal.

Sócrates :- Quanto as que pensam que o mal é vantajoso, o conhecem como sendo verdadeiro o
mal ?

Mênon :- Eu não ousaria afirma isso.

Sócrates :- Por consequinte: estes não desejam o mal como tal, pois não o conhecem; desejam
apenas o que lhes parece um bem, bem que neste caso é mal. Donde podemos concluir que os
que desejam o mal e o consideram como bem, estão de fato a desejar unicamente o que é bom.
Não é o que pensa ?
Bibliografia :

Repensando Sócrates : padrões cognitivos do pensamento socrático modelados pelo método da


programação neurolinguística
Mazzilli, José Carlos
Ícone Editora

Edward T. Hall, The silent Language, 1959


"Como compositores criativos, algumas pessoas são mais bem-dotadas para viver do que
outras. Elas exercem influência sobre aqueles que as rodeiam, mas o processo para se chegar a
isto, porque não há uma maneira de descrever em termos técnicos o que elas fazem, está em
grande parte fora de sua consciência. Em algum momento no futuro, num tempo longíquo,
quando a cultura for completamente explorada, haverá um equivalente das notas musicais que
poderá ser aprendido por cada um dos vários tipos de homens e mulheres, em diferentes
espécies de trabalho, de relacionamento, no tempo espaço etc. Vemos pessoas que são bem-
sucedidas e felizes hoje, que têm trabalho compensador e produtivo. Quais são os instrumentos
, os dados, e os padrões que diferenciam a sua vida da de outras pessoas menos afortunadas ?
Temos que buscar um meio, um método, para fazer a vida menos acidental e mais proveitosa."

Dicas para uma Boa Formulação de Objetivos


1. Objetivos devem ser formulados em termos positivos.

Muitas vezes costumamos ter em mente aquilo que não queremos ter ou ser, e por isso temos
necessariamente que passar pelo estado negativo antes de atingir o Objetivo.

Portanto deve-se indicar o Objetivo na afirmativa.

2. Objetivos devem ser formulados no presente e serem específicos.

Imagine comportando-se como se já o tivesse alcançado, quanto mais ricas suas descrições,
mais o cérebro terá dados para se direcionar.

3. Objetivos devem ser iniciados e mantidos por você.

Todo objetivo cuja base for colocada no outro tende a fracassar, você não pode esperar que o
outro faça você feliz.

4. Objetivos devem ter seu tamanho definido.

Se o Objetivo for muito genérico, seja mais específico, procure fazer uma lista de prioridades.

Se o Objetivo for muito grande, divida-o em etapas, para saber se está caminhando na direção
certa.

Especifique o tempo a ser gasto em cada uma das partes.

5. Verifique : se esta indo em direção ao seu Objetivo, em qual contexto você quer o
Objetivo, como reconhecer que alcançou o Objetivo.
Quais os primeiros passos que indicaram que você está indo em direção ao seu Objetivo?

Onde, quando e com quem vai querer estar quando atingi-lo ?

O que você vai ver, ouvir e sentir quando tiver alcançado o Objetivo ?

6. Limitações

O que lhe impede de alcançar o Objetivo desejado ?

Quais são suas crenças limitantes ?

Existe alguma parte dentro de você que se opõe a que você alcance seu Objetivo ?

Converta as limitações em Objetivos intermediários.

7. Recursos

Quais as crenças, as capacidades, habilidades e recursos internos e externos você já possui ?

Que recursos adicionais serão necessários para você alcançar seus Objetivos ?

8. Flexibilidade

Que maneiras você tem para alcançar seu Objetivo ?

Quais as alternativas mais viáveis ou importantes ?

9. Verificação Ecológica

Para que você quer este Objetivo ?

O que você ganhará quando realizar este Objetivo ?

Este Objetivo poderia trazer prejuízos a você ou a outras pessoas ?

De que maneira o fato de você alcançar este Objetivo vai afetar sua Vida ?

  Algumas Definições
Ancoragem : processo de estímulo-resposta no qual algum estímulo é associado a um
estado interno ou a um conjunto de representações internas. As ancoras podem ocorrer
naturalmente ou serem criadas de maneira intencional. Uma ancora que ocorre naturalmente é,
por exemplo, uma canção que nos leva de volta a uma experiência anterior sempre que a
ouvimos. Um estado interno pode ser associado a um som, a um toque externo ou algo que a
pessoa possa ver. A partir desse momento a pessoa pode vivenciar a experiência sempre que a
ancora for acionada.
Capacidade : uma estratégia bem-sucedida para realizar uma tarefa.
Comportamento : conjunto de atitudes e reações (verbais e não verbais) pela quais
interagimos com as pessoas e o ambiente ao redor.

Congruência : estado no qual todos os níveis neurológicos da pessoa, crenças, estratégias e


comportamentos estão totalmente de acordo e orientados para a obtenção de um resultado
desejado. É a ausência de conflitos de pensamentos e de intenções na proposta de atingir um
objetivo.

Crenças : são generalizações profundas sobre causas, significados, limites no mundo que
nos rodeia, em nossos comportamentos, nossas capacidades e em nossa identidade.

Distorção :  processo mental pelo qual algo dentro da experiência interior é representado de
maneira incorreta e limitadora.

Eliminação : é o processo mental através do qual excluímos, omitimos dados ou


informações de uma experiência.

Estado interno : A maneira como a pessoa se sente, o seu humor. A soma de todos os
processos neurológicos e físicos de uma pessoa num determinado momento. O estado interno
em que nos encontramos afeta nossas capacidades e nossa interpretação da experiência.

Estratégia : uma seqüência de pensamentos e comportamentos usados para atingir um


objetivo específico.

Estrutura profunda : a representação lingüística completa que criamos, baseados nas


nossas experiências individuais. Esta representação é consciente e inconsciente e é a que
utilizamos para organizar e direcionar comportamentos. Dela deriva-se a estrutura superficial.

Estrutura superficial : são as palavras ou linguagens usadas para descrever ou expressar


uma representação interna mental ou mapa.

Identidade : a auto-imagem ou o auto-conceito. Quem a pessoa acha que é.


Generalização : processo mental pelo qual uma experiência específica passa a representar
toda uma classe de experiências.

Mapa, Modelo de Mundo, Modelo Representativo ou Mapa da


Realidade : é a representação interna mental da realidade exterior que cada um gera de
acordo com as generalizações, eliminações e distorções mentais proporcionadas pelas
percepções e experiências individuais.
Metamodelos :  modelo que identifica os padrões de linguagem que impedem ou
obscurecem o significado da comunicação. Utiliza a distorção, a eliminação, a generalização e
perguntas específicas que vão esclarecer e colocar em questão a linguagem imprecisa, para
ligá-la a uma experiência sensorial e à estrutura profunda.

Modelagem :  processo de discernir a seqüência das idéias e comportamentos que


permitem a alguém fazer uma tarefa. É a base da aprendizagem acelerada.

Rapport : termo da língua francesa que significa harmonia, vínculo, relacionamento,


empatia, cooperação, confiabilidade. Condições fundamentais para uma boa comunicação.

Recurso : tudo o que se pode usar para atingir um objetivo: fisiologia, estados,
pensamentos, estratégias, experiências, pessoas, acontecimentos ou bens materiais.

Representações internas : padrões de informação que criamos e armazenamos em


nossa mente, combinando imagens, sonhos, sensações, cheiros e paladares.
Lembre-se, você se movimenta em direção àquilo em que

pensa constantemente.

Anthony Robbins
Não somos perturbados pelas coisas,

mas pelas opiniões que temos sobre elas.

Epíteto

www.estudodamente.com - Filosofia

Do mesmo modo que as coisas visíveis são iluminadas pelo Sol, as idéias o são por uma Idéia
Suprema, a do Bem.
...
É necessário portanto saber elevar-se a essa Idéia Suprema pela dialética e para isso é
necessário o auxílio de hipóteses (indução platônica). É mister, depois, recorrer à divisão e à
dedução para conhecer a hierarquia das idéias, sem nunca apelar, todavia, para o mundo da
sensação. Esta dupla marcha opõe-se à atividade que considera as cousas como imediatamente
verdadeiras.
Bibliografia:
Os Grandes Iniciados : Platão
schuré, Édouard
Ediouro
1987
Pág. 64
Quando a alma se serve do corpo para considerar algum objeto, seja pela visão, seja pela
audição, seja por qualquer outro sentido, pois examinar alguma coisa com um sentido é servir-
se do corpo, ela é então atraída pelo corpo na direção daquilo que muda, ela se extravia, se
pertuba, tornando-se presa da vertigem como se estivesse embriagada, porque está em contato
com coisas que estão nesse estado (Fédon, 79 c).

Mas quando [a alma] examina algo sozinha e por si própria, ela se projeta em direção às coisas
puras, eternas, imutáveis, imortais e, como é aparentada a elas, mantém-se sempre com elas
porque está só consigo própria e nada a impede disso; a partir desse momento, ela cesa de se
extraviar ..., e esse estado de alma é o que se chama de pensamento (Fédon, 79 d).
Bibliografia:
Platão
Manon, Simone
Martins Fontes
São Paulo
1992
Pág. 77 e 83
Os olhos e os ouvidos são maus testemunhos dos homens, se as almas destes não
compreendem a linguagem daqueles.
Fragmentos de Heráclito
Uma pessoa que não se pertuba com o incessante fluxo de desejos - que entram como rios no
oceano, o qual está sempre sendo enchido mas permanece sempre estável - é a única que pode
alcançar a paz, e não o homem que luta para satisfazer tais desejos.
(Bhagavad-gita, 2.70)
A palavra Buddha quer dizer "aquele que foi despertado".

Dentro da sabedoria difundida pelo budismo, está "ver o sofrimento como um sinal que
desperta". Os ensinamentos do Buda baseavam-se, portanto, na experiência da verdade do
sofrimento e de como é possível cessá-lo.

De acordo com Buda, a essência dos seus ensinamentos sobre "viver o sofrimento e aproveitar
o que esse sinal quer dizer ou despertar" está em quatro verdades:

1. A verdade do sofrimento - encarar seu sofrimento; saber que a dor física poder vir de um
sofrimento mental; verificar qual é o sofrimento que você está tendo e aceitá-lo. Sofrimento
significa uma tristeza, uma angústia, o desejo por alguém ou algum objeto, ou uma condição
que não esteja presente.

2. A verdade da causa do sofrimento - o desejo é visto como a raiz do sofrimento e não como a
incapacidade de atingir o objeto dos nossos desejos.

3. A verdade de como cessar o sofrimento - se a causa do sofrimento é desejar as coisas,


resistir ao impulso de desejar o inatingível, esfriar o querer, gera paz, assim como passar a
desejar algo que você pega aqui e agora.

4. A verdade da vida livre de sofrimento - viver de uma maneira que valoriza o momento como
ele é, livre de desejos e de sofrimentos. É o mais difícil de atingir, mas pare e pense. É simples:
curtir cada minuto de sua vida integralmente, ver a beleza de cada momento, estar presente em
cada coisa que acontece na sua vida; o passado ficou para trás; o futuro ainda virá, mas o
presente é seu, ele está com você.
Bibliografia:
Síndrome do Pânico - um sinal que desperta
Bauer, Sofia
Caminhos Editorial
Pág. 9 e 10
Uni o que é completo e o que não é, o que concorda e o que discorda,
o que está em harmonia e o que está em desacordo.
Heráclito
Reiki Tradicional

Reiki, é uma terapia energética vibracional que estimula a cura através das mãos. O Reiki se
encontra ao alcance de todos. Não é um sistema religioso, não tem preconceitos e nem
restrições.

A História do Reiki Tradicional começa na metade do século XIX com Mestre Mikao Usui,
que era diretor da Universidade Doshisha, em Kyoto, Japão, quando também era um pastor
cristão. Durante uma de suas aulas seus alunos lhe pediram que mostrasse o método de cura de
Jesus. Desde aquele momento Mestre Mikao Usui iniciou uma busca que durou dez anos para
encontrar e aprender a técnica.

Quando autoridades cristãs do Japão lhe disseram que essa cura não devia ser assunto de
discussão e muito menos conhecida, Usui buscou informações no Budismo.

Os Monges Budistas disseram a Usui que o antigo método de cura espiritual fora perdido e que
a única maneira de se aproximar dele era por meio dos ensinamentos budistas, o Caminho da
Iluminação. Após vários anos de pesquisa, Mikao Usui voltou ao Japão e fixou residência num
mosteiro Zen-Budista: aí encontrou os textos que revelaram a fórmula de cura que, agora ele
podia ler no original, em sânscrito. Entretanto os textos não incluíam a informação de como
ativar a energia e fazê-la funcionar, para se manter os poderosos ensinamentos longe do
alcance de mãos não preparadas para conhecê-los e usá-los corretamente.

Mestre Mikao Usui tinha encontrado toda a teoria, mas, a prática, não lhe havia sido revelada.
Devido a isso ele se propôs a fazer um teste, o qual foi realizado pelo período de três semanas
de meditação, de jejum e oração no monte Koriyama, no Japão. Ele escolheu o local da
meditação e reuniu 21 pedras pequenas à sua frente para marcar o tempo, jogando fora uma
pedra ao final de cada dia. Na última manhã dessa busca, um pouco antes de clarear o dia, Usui
viu um projétil de luz vindo na sua direção. Sua primeira reação foi fugir do projétil: mas então
ele pensou novamente. Decidiu aceitar o que estava vindo em resposta à sua meditação. A luz
atingiu o seu terceiro olho e ele perdeu a consciência por certo tempo. Então viu um milhão de
bolhas de arco-íris e finalmente, os símbolos do Reiki como numa tela. Ao ver os símbolos foi
lhe dada a informação de cada um deles para ativar a energia de cura. Essa foi a primeira
iniciação de Reiki e a redescoberta de um método antigo por meio de vidência.

O Reiki continua até os dias de hoje, sendo ensinado e praticado no Japão.

Tenho certeza que o Reiki poderá levá-lo a um novo, caminho de paz, abundância, auto-
conhecimento e prosperidade Divinas.

Que a Luz de Deus esteja com todos vocês!

Celi Olivieri
Mestra de Reiki Tradicional
Extraído do Site www.saintgermain.org.br

Palavras atribuídas a Pitágoras por Eliano


"Deus, em sua providência, deu ao homem duas coisas admiráveis: a faculdade de abraçar a
verdade e a de fazer o bem a seus semelhantes; uma e outra podem ser comparadas às obras de
Deus."
Bibliografia:
Pitágoras e o tema do número
Santos, Mário Ferreira dos
São Paulo
2000
Ibrasa
Pág. 184
...
2.CONVIVER COM O OUTRO

É reconhecer e aceitar o outro como um legítimo ser humano, que chora, que ri, que guarda
seus segredos, que tem seus sonhos, desejos e anseios. Quanto mais fácil a convivencialidade
consigo, mais fácil será a convivencialidade com o outro, pois eu trato o outro como eu
costumo me tratar. As mesmas qualidades desenvolvidas por você para se auto-aceitar aqui são
bem vindas em relação ao outro.

Desenvolvendo uma boa dose de abertura, ouvindo o outro, percebendo e não julgando as
diferenças. Sair da postura vertical onde alguém tem que ser melhor que o outro e cair na
horizontalidade. Somos todos iguais em essência, com diferença no grau de percepção da
humanidade de cada um. Ser convivencial com o outro é respeitá-lo, exatamente onde ele está
na sua caminhada de evolução. É permitir que o outro seja e se comporte da forma como ele
escolheu.

Para isto, vamos nos apoiar no conceito de relação dialógica de Buber para esclarecer duas
formas de relações interpessoais:

Diagrama de Convivencialidade criado a partir do conceito de relação dialógica de M. Buber:


...
(pensamentos, sentimentos, desejos)EU <---> TU (pensamentos, sentimentos, desejos)
...

Diagrama de Instrumentalização criado a partir do conceito de relação dialógica de M. Buber:


...
(pensamentos, sentimentos, desejos)EU <---> ISSO (OBJETO)
...

Tratamos o outro como um real ser, quando o vemos exatamente como ele é. Com seus
desejos, pensamentos, sentimentos. Pode ser que desejemos ao outro algo que julgamos ser
melhor para ele segundo nosso ponto de vista. Porém somente o outro pode saber o que é
melhor para ele. Por mais que vejamos que o outro está sofrendo, pode ser que isto seja
importante para o seu caminho. Poupar alguém de alguma dor pode significar não lhe dar a
chance de viver a sua verdade. Por mais difícil que isto possa parecer, precisamos lhe dar este
direito de liberdade. Cada um tem o direito de sentir a sua própria dor.

Aqui tudo precisa ser relativizado, até porque quando falamos de seres humanos, não existe
certo nem errado, existe o que é bom ou não para determinada pessoa ou situação. Você pode
querer ajudar alguém e este alguém não querer ser ajudado. Ajudar, aí, pode ser considerado
instrumentalização. Passar por cima da vontade do outro. Por outro lado, por exemplo, ajudar
alguém a sair das drogas, pode precisar de uma atitude radical de quem ajuda, pois muitas
vezes respeitar sua vontade de fazer uso de drogas é não ser convivencial com outro. Neste
caso, por exemplo, o outro não está sadio o suficiente para tomar suas próprias decisões.

Será então, que poderíamos, definir como termômetro, que quando envolve risco de vida,
poderíamos nos meter mais? Cada caso é um caso e chegar a uma norma de conduta pode não
ser o mais indicado. Prefiro deixar aqui a noção de convivencialidade e que cada um poderá se
auto-consultar e pelo bom senso e intuição chegar a uma resolução muito própria e singular de
como é exercê-la.
Autora : Silvia Rocha
Parte do Artigo : Convivencialidade: Será que Estamos Preparados ?
Extraído do Site : www.conviver.org.br
"Eis o que há quanto à natureza e à harmonia: a essência das coisas é uma essência eterna: é
uma natureza única e divina, cujo conhecimento não pertence ao homem; contudo, não seria
possível que nenhuma das coisas que são, e por nós conhecidas, chegassem ao nosso
conhecimento, se essa essência não fosse o fundamento interno dos princípios de que o mundo
foi formado; ou seja, dos elementos limitados e dos elementos ilimitados. Ora, já que esses
principíos não são semelhantes entre si, nem de natureza semelhante, seria impossível que a
origem do mundo fosse formada por eles, se a harmonia não tivesse intervindo, seja de que
modo essa intervenção tenha sido produzida. Com efeito, as coisas semelhantes e de natureza
semelhante não tiveram necessidade da harmonia; mas as coisas dissemelhantes, que não têm
nem uma natureza semelhante, nem uma função igual, para poderem ser colocadas no conjunto
ligado do mundo, devem estar encadeadas pela harmonia."
Filolau
Aquele que sabe muito sobre os outros pode ser instruído, mas aquele que se compreende é
mais inteligente. Aquele que controla os outros pode ser forte, mas aquele que se domina é
ainda mais poderoso.
Lao-Tse, Tao Te-King
É preciso saber que existe em cada um de nós dois princípios que nos governam e nos dirigem
e que seguimos para onde eles nos levam: um é o desejo inato do prazer, outro, a ídeia
adquirida de que é preciso buscar o bem (Fedro, 237 d).
Bibliografia:
Platão
Manon, Simone
São Paulo - 1992
Editora Martins Fontes
Pág. 127
Deus inventou e deu-nos a visão a fim de que, ao contemplarmos as revoluções da inteligência
no céu, pudéssemos aplicá-las às revoluções de nosso próprio pensamento que, ainda que
desordenadas, são parentes das revoluções imperturbáveis do céu; e a fim de que, após termos
estudado a fundo esses movimentos celestes e participado da retidão natural dos raciocínios,
pudéssemos, imitando os movimentos absolutamente invariáveis da divindade, estabilizar os
nossos ... (Timeu, 47 b-c)
Bibliografia:
Platão
Manon, Simone
São Paulo - 1992
Editora Martins Fontes
Pág. 107

O caminho da realização pela percepção direta


Sabe-se que a percepção total ocorre espontaneamente entre os adeptos que possuem os
raríssimos dons da sabedoria e da serenidade ... a serenidade é essencial. Só com ela se podem
dispersar os miasmas da paixão e da ignorância e atingir essa calma maravilhosa pela qual o
adepto se torna gloriosamente imune a qualquer desgosto ou dor, a qualquer choque ou horror
que a vida pode oferecer.
Bibliografia:
TAOÍSMO - A busca da Imortalidade
Blofeld, John
São Paulo
Círculo do Livro
Pág. 178
Cada ser do universo volta à fonte comum.
O retorno a fonte significa Serenidade.
LAO-TSE
Platão

Filósofo grego nascido em 427a.C., teve como maior influência Sócrates, que foi o primeiro a
reconhecer sua ignorância e desenvolver um método que consiste em realizar um esforço para
conseguir uma definição, pois se compreendermos o conceito de algo, a justiça por exemplo,
poderemos entender todas as características que a constituem. O ponto de partida de Platão é a
morte de Sócrates em 399a.C., considerando injusta a condenação, Platão escreveu em sua
sétima carta: - “Reconheço que todos os estados são mal governados... É somente pela filosofia
que se pode discernir todas as formas de justiça política e individual”. “A justiça reinará no dia
em que os filósofos forem reis ou os reis forem filósofos”. Platão tentou realizar este sonho em
Siracusa, mas foi traído pelo tirano Dion que colocara no poder, foi preso e vendido como
escravo. Foi resgatado por Anikeris de Cítera e retornou a Atenas onde fundou sua escola às
portas da cidade, nos jardins de Academos.

Platão acreditava que tudo que podemos tocar e sentir na natureza “flui” e é feito de material
sujeito a corrosão do tempo. Ao mesmo tempo, tudo tem origem em uma “forma” que é eterna
e imutável. Ele admirou-se com a semelhança entre todos os fenômenos da natureza e chegou à
conclusão de que “por cima” e “por traz” de tudo o que existe, há um número limitado de
formas, às quais deu o nome de IDÉIAS. À realidade por traz do mundo dos sentidos ele deu o
nome de MUNDO DAS IDÉIAS. Nele estão as imagens padrão; imagens primordiais , eternas
e imutáveis que encontramos expressas na natureza. O mundo das idéias, segundo Platão só
pode ser conhecido através da razão. – “Do mesmo modo que as coisas visíveis são iluminadas
pelo Sol, as idéias o são por uma Idéia Suprema”. Ele ressalta a importância do “mito”, na
medida em que ele traduz para uma linguagem poética as verdades filosóficas, permitindo
assim seu acesso com maior facilidade.

A teoria do “Belo” de Platão, baseia-se na superação da aparência sensorial. O belo é visto


como algo divino. O belo em sua essência só pode ser objeto de sua filosofia, pelo fato de que
essa se propõe a contemplar o mundo em sua essência ideal. Platão representa uma forma de
consciência que não consegue ver o valor e a importância do mundo passageiro.Vive numa
aspiração voltada para o eterno, pois a idéia de algo é sua essência e não sofre alterações. O
desenvolvimento filosófico consiste em desvendar tal essência. A realização deste caminho
não é só um exercício intelectual, exige a transformação da alma, propensa ao mundo material.

Em Platão existe uma unidade entre Ciência, religião e Ética. O processo leva à comunhão com
o Divino e a irradiação desta comunhão é o Belo. A realização do homem é alcançar a
Verdade, o Bom e o Belo. Platão pensa que a emoção amorosa, que arrebata a alma diante da
beleza, é de todas as Idéias a mais fácil de reconhecer. É através do amor por um belo corpo,
em seguida por belos corpos, depois por belas almas e belas virtudes que conduz a
redescoberta do Belo em si. – “Mau, com efeito, é o amante vulgar que prefere o corpo ao
espírito, pois seu amor não é duradouro por não dirigir-se a um objeto que perdure”. “O amor é
a causa do movimento do Universo”.

A doutrina das Idéias o leva a crer na imortalidade da alma, uma vez que a alma é feita para as
Idéias, eternas...

Uma vez que as Idéias constituem referencias absolutos, Deus, e não o homem é a medida de
todas as coisas.
Extraído do Site www.saintgermain.org.br

Reflexão Serena
Estranhamente refletora é esta brilhante consciência,
maravilhosa é esta pura reflexão.

O orvalho e a lua,
as estrelas e os rios,
a neve sobre os picos,
e as nuvens que flutuam sobre os picos de montanhas
eram escuras e se tornam claras e refulgentes,
eram sombrias e se tornam claras e resplandecentes.

Uma infinita maravilha habita essa serenidade


nesta reflexão todo esforço intencional se desvanece.
A serenidade é a palavra final (de todo ensinamento)
a reflexão é a resposta a tudo (o manifestado).
Livre de todo esforço,
esta resposta é natural e espontânea.

A desarmonia surgirá,
se não há serenidade na reflexão,
e tudo se tornará inútil e secundário,
se não há serenidade na reflexão.
A verdade da reflexão serena
é perfeita e completa.

Olha! Os cem rios fluem


em torrentes tumultuosas
até o grande oceano.

Silenciosa e serenamente esquece todas as palavras;


clara, nitidamente, aparece ante ele.
Quando entendemos, é vasto e sem limites;
em sua essência, somos claramente conscientes.

Hung Chih
Bibliografia:
Edições Planeta - ZEN-BUDISMO
Número 136-A / Janeiro de 1984
Severino, Roque Enrique (Argentino e professor de Filosofia Oriental)
Editora Três
Pág. 11
Os Taoístas e a Serenidade
Um taoísta é alguem que procura viver o mais possível de acordo com a natureza: conteplação
de seus caminhos, reconhecimento de sua adequação e consciência de que tudo nela é "bom"
porquanto essencial ao todo.
...
Quando se toma a natureza por guia, por amigo, o viver se torna fácil, calmo, alegre até: as
preocupações se vão, a serenidade se instala.
...
Se algum vocábulo tem preeminência entre os taoístas, é: "serenidade".

Quem indagar sobre o Caminho pode estar certo de ouvir algo assim:

"Para voltares à condição original, deves tornar-te mestre da serenidade. Uma atividade
saudável, jamais levada ao ponto de exaustão, pode alternar-se com a perfeita serenidade.
Senta-te imóvel como uma rocha e volta a mente para a paz. Fecha as portas dos sentidos.
Concentra-te num objeto ou, melhor ainda, penetra num estado de vigília sem objetivo. Olha
com a mente para dentro de ti e contempla o brilho interior".
Bibliografia:
TAOÍSMO - A busca da Imortalidade
Blofeld, John
São Paulo
Círculo do Livro
Pág. 24 e 25

Harmonia
A harmonia é a "unidade do múltiplo e a acordância do discordante", o que é manifesto em
toda parte. Assim, o universo é harmônico, porque nele vemos o discordante acordar-se em
uma norma que predomina. Não é o universo um feixe de perfeições absolutas secundum quid,
mas um feixe de discordâncias que se acordam; é a multiplicidade pré-harmônica que se
harmoniza.
Bibliografia:
Pitágoras e o tema do número
Santos, Mário Ferreira dos
São Paulo
2000
Ibrasa
Pág. 162

O Caminho do Meio e o Madhyamika


O caminho de Buda, o caminho do meio, foi reformulado e sistematizado em termos
filosóficos, no século III, pelo filósofo hindu Nagarjuna, em seu sistema de pensamento
Madhyamika(Caminho do Meio), considerado a filosofia central do Budismo Mahayana.

... Nagarjuna, dialético brilhante, valia-se do método dialético e sustentava que a verdade não
se encontra em nenhum ponto de vista ou conceito, em nenhum sistema de entendimento.

A verdade, o Absoluto, que são inexprimíveis, só podem ser compreendidos, elevando-se


acima de qualquer tipo de particularidade.

O conflito gerado pela razão e por posições polêmicas resolve-se ... através da conscientização
do todo, e não das partes separadas.

Vai-se além, chegando à intuição, considerada uma faculdade mais elevada: o conhecimento
não-dual, o conhecimento do Real, do Absoluto.
Bibliografia:
A Psicologia de Jung e o Budismo Tibetano
Moacanin, Radmila
São Paulo
Cultrix/Pensamento
Pág. 96 e 97

O que é essa dialética ... ?

É uma ciência que pode se pronunciar a respeito da verdade final, da natureza e da relação de
todas as coisas. Pode dizer o que cada coisa é, como difere das outras, que qualidade comum
têm, a qual espécie cada coisa pertence, onde cada espécie reside, e se sua existência é em ato
ou em potência. A dialética também trata do Bem e do não-Bem, e das coisas que são
classificadas como boas ou como seu contrário, e do que é eterno e do que não é eterno - não
como uma mera opinião mas com uma ciência autêntica. Ela detém nossos desgarramentos do
Mundo dos sentidos e nos fixa no Mundo Inteligível, onde tem seu ato próprio, afastando
assim a mentira e alimentando a nossa alma, como diz Platão, "nas pradarias da Verdade".
Bibliografia:
Plotino - Tratados das Enéadas
Tradução de Américo Sommerman
Polar Editorial & Comercial
2000
Pág. 48
O despertar da Vida é feito com o despertar da Mente que, usando a sua virtude, a Meditação,
faz com que o homem perceba que está vivo, como parte integrante da Vida.
DR. CELSO CHARURI
COMO VAI A SUA MENTE

Ainda existem pessoas que acreditam num Mundo Melhor.

Desde o início da história da humanidade, muitos e muitos homens apareceram e fizeram


proposições para a melhoria da sociedade, para que se melhorasse o mundo, na tentativa de
trazer a felicidade a todos. Observamos isso.
Mas ocorreu-nos que existe uma grande diferença entre os seres humanos, e que se
continuássemos tentando fazer colocações dentro de uma verdade que satisfizesse apenas a um
grupo, a uma parcela, nós teríamos que percorrer, por milhares e milhares de anos, todos os
campos do conhecimento, um por um, para então trazer a felicidade.

(...) Sabemos que vivemos num mundo de diferenças. Nada é igual; tudo é diferente. Então,
trabalhar com relativos, para se conseguir a felicidade, no mínimo demoraria muito e muito
tempo! Então resolvemos trabalhar com o Absoluto, com aquele fator que existe em todos, que
é comum a todos os diferentes.

(...) Assim, tendo também observado que durante muito tempo na humanidade o homem vem
se baseando na premissa de que "o homem é produto do meio", e observado ainda que o
homem, encapsulado como é, junta-se, forma família e as famílias, sociedades, concluímos que
se ele pretende mudar o meio para trazer felicidade, ele não vai alterar a estrutura íntima. Ele
só vai conseguir modificações no meio, se um homem melhor aparecer - um homem
desencapsulado, livre, feliz. E é o homem feliz que faz o meio feliz, porque o meio é produto
do homem.

Portanto, se você também pretende um Mundo Melhor, saiba que o trabalho é um trabalho de
cada um dentro de si. Sinta o que você já sabe. Use a Paciência: ela sedimenta. Medite sobre os
pontos do Conhecimento. Olhe dentro de você. Sabedoria é conhecer-se. Se você reconhece
seus limites, se você reconhece seus pontos vulneráveis, então você já sabe qual é a sua
posição. Não pense que no estágio de homem comum o homem poderá construir um Mundo
Melhor. Não pode! Pensando como pensa...?! O máximo que o homem conseguiu, com as suas
idéias, foi esse mundo. É necessário mais!

Logo, se você quiser alguma coisa melhor, você terá que começar por reconhecer-se,
observando seus pontos vulneráveis, o que o prende, quem é você, o que você tem feito, qual é
o meio que você freqüenta, como é o meio que você freqüenta, quem são os elementos desse
meio, como são os elementos do meio que você freqüenta, com quem você conversa, que
tempo você gasta conversando, se houve proveito nesse tempo, não houve proveito...Você deu
alguma coisa ou só tirou alguma coisa? Na verdade, o que você está fazendo no mundo?

Se você chegar à conclusão de que é muito pouco, é por isso que o mundo "é muito pouco". E
se disser a si mesmo que já sabe tudo, pergunte-se se você é tudo que você sabe. Afinal, cada
um aciona aquilo que pensa.

DR. CELSO CHARURI


(trechos de palestra proferida em 05.10.81)
Extraído do Site www.saintgermain.org.br
Se submetermos nossa vontade consciente permitindo que ela se unifique com a vontade do
eterno,

então,

mas só então,
poderemos alcançar a verdadeira liberdade.
Bibliografia:
Sri Aurobindo
La Sintesi dello Yoga
Volume I
Pag. 90
O homem deve criar as oportunidades e não somente encontrá-las.
Francis Bacon

O centro de toda resistência é o egoísmo, devemos descobri-lo, especificá-lo, seja qual disfarce
use para esconder-se, e trazê-lo à luz para destruí-lo.
Bibliografia:
Sri Aurobindo
La Sintesi II
Pag. 48

Nosso espírito cansa das superfícies do ser, transcendido é o esplendor da forma; ele se volta
para poderes encobertos e estados mais fundos.

É dentro de nós que a Realidade deve ser encontrada e a fonte e fundação de uma vida
aperfeiçoada; nenhuma formação exterior pode substituí-la: deve haver o verdadeiro si dentro,
se é para haver a verdadeira vida realizada no mundo e na Natureza.

Este movimento de ir para dentro e viver dentro é uma tarefa difícil a colocar sobre a
consciência normal do ser humano; no entanto não há nenhum outro caminho de
autodescoberta.
Bibliografia:
Sri Aurobindo
Revista Ananda, Caderno Especial II
Abril de 1974
Pág. 1
Quando a flor se desenvolve em fruto, as pétalas desaparecem por si mesmas. Assim, quando a
divindade se intensificar em você, a fraqueza da natureza humana que existe em você
desaparecerá de modo espontâneo.
Bibliografia:
Sayings of Sri Ramakrishna
Ramakrishna
Madras
India:Sri Ramakrishna Math
1965
Pág. 139
A Verdade Suprema está no interior como no exterior, no mutável como no imutável. Ela
supera os poderes de percepção e compreensão ligados aos sentidos materiais. Infinitamente
longínqua, está também muito próxima. E embora pareça dividido, o Princípio Supremo
permanece indivisível.
Bhagavad Ghita, XII, vol. 16-17

Mito da Caverna
Como é nosso sentido de percepção?

Até que ponto o que observamos é mesmo o real?

Platão chamou a atenção sobre este ponto ao dizer que éramos como um grupo de homens
sentados em uma caverna, sempre voltados para seu fundo.

Nesse fundo os homens só percebem as sombras causadas pelo que se passa lá fora, e não o
que realmente se passa.

Observamos reflexos e crentes de que esta é a única realidade possível, não nos damos ao
trabalho de mudar de posição.

Vez ou outra, experimente, ouse, mude de posição!


Extraído do Site www.saintgermain.org.br/filosofia.html

Pensamento de Filolau
"A essência das coisas é uma essência eterna; é uma natureza única e divina, cujo
conhecimento não pertence ao homem; contudo, não seria possível que nenhuma das coisas
que são, e por nós são conhecidas, chegassem ao nosso conhecimento, se essa essência não
fosse o fundamento interno dos princípios de que o mundo foi formado, ou seja, dos elementos
limitados e dos ilimitados."
Bibliografia:
Pitágoras e o tema do número
Santos, Mário Ferreira dos
São Paulo
2000
Ibrasa
Pág. 147

Platão
Filósofo grego nascido em 427a.C., teve como maior influência Sócrates, que foi o primeiro a
reconhecer sua ignorância e desenvolver um método que consiste em realizar um esforço para
conseguir uma definição, pois se compreendermos o conceito de algo, a justiça por exemplo,
poderemos entender todas as características que a constituem. O ponto de partida de Platão é a
morte de Sócrates em 399a.C., considerando injusta a condenação, Platão escreveu em sua
sétima carta: - “Reconheço que todos os estados são mal governados... É somente pela filosofia
que se pode discernir todas as formas de justiça política e individual”. “A justiça reinará no dia
em que os filósofos forem reis ou os reis forem filósofos”. Platão tentou realizar este sonho em
Siracusa, mas foi traído pelo tirano Dion que colocara no poder, foi preso e vendido como
escravo. Foi resgatado por Anikeris de Cítera e retornou a Atenas onde fundou sua escola às
portas da cidade, nos jardins de Academos.

Platão acreditava que tudo que podemos tocar e sentir na natureza “flui” e é feito de material
sujeito a corrosão do tempo. Ao mesmo tempo, tudo tem origem em uma “forma” que é eterna
e imutável. Ele admirou-se com a semelhança entre todos os fenômenos da natureza e chegou à
conclusão de que “por cima” e “por traz” de tudo o que existe, há um número limitado de
formas, às quais deu o nome de IDÉIAS. À realidade por traz do mundo dos sentidos ele deu o
nome de MUNDO DAS IDÉIAS. Nele estão as imagens padrão; imagens primordiais , eternas
e imutáveis que encontramos expressas na natureza. O mundo das idéias, segundo Platão só
pode ser conhecido através da razão. - “Do mesmo modo que as coisas visíveis são iluminadas
pelo Sol, as idéias o são por uma Idéia Suprema”. Ele ressalta a importância do “mito”, na
medida em que ele traduz para uma linguagem poética as verdades filosóficas, permitindo
assim seu acesso com maior facilidade.

A teoria do “Belo” de Platão, baseia-se na superação da aparência sensorial. O belo é visto


como algo divino. O belo em sua essência só pode ser objeto de sua filosofia, pelo fato de que
essa se propõe a contemplar o mundo em sua essência ideal. Platão representa uma forma de
consciência que não consegue ver o valor e a importância do mundo passageiro.Vive numa
aspiração voltada para o eterno, pois a idéia de algo é sua essência e não sofre alterações. O
desenvolvimento filosófico consiste em desvendar tal essência. A realização deste caminho
não é só um exercício intelectual, exige a transformação da alma, propensa ao mundo material.

Em Platão existe uma unidade entre Ciência, religião e Ética. O processo leva à comunhão com
o Divino e a irradiação desta comunhão é o Belo. A realização do homem é alcançar a
Verdade, o Bom e o Belo. Platão pensa que a emoção amorosa, que arrebata a alma diante da
beleza, é de todas as Idéias a mais fácil de reconhecer. É através do amor por um belo corpo,
em seguida por belos corpos, depois por belas almas e belas virtudes que conduz a
redescoberta do Belo em si. - “Mau, com efeito, é o amante vulgar que prefere o corpo ao
espírito, pois seu amor não é duradouro por não dirigir-se a um objeto que perdure”. “O amor é
a causa do movimento do Universo”.

A doutrina das Idéias o leva a crer na imortalidade da alma, uma vez que a alma é feita para as
Idéias, eternas... Uma vez que as Idéias constituem referencias absolutos, Deus, e não o
homem é a medida de todas as coisas.
Extraído do Site www.saintgermain.org.br
"Se quiser conversar comigo", dizia Voltaire, "defina seus termos."

Quantos não seriam os debates que teriam ficado reduzidos a um parágrafo se os contendores
tivessem tido a ousadia de definir seus termos!

O alfa e o Ômega da lógica, seu coração e alma, estão em que termo importante num discurso
sério deve submetido, com o maior rigor, ao escrutínio e à definição.
Bibliografia:
A História da Filosofia
Durant, Will
Editora Nova Cultural
São Paulo
2000
Pag. 77
Percebi que tudo aquilo que me provocava ansiedade e medo não possuía, em si mesmo, coisa
alguma de boa ou má, exceto na medida em que a mente se deixava influenciar.
Spinoza

A Sabedoria Interna

Para conhecer o mundo.


Não é necessário viajar pelo mundo.
Posso conhecer os segredos do mundo
Sem olhar pela janela do meu quarto.
Quanto mais longe alguém divaga,
Menor é seu saber.
O sábio atinge sabedoria
Sem erudição;
Alcança a sua meta
Sem esforço;
Termina a sua jornada
Sem viajar.

Explicação:

Toda a fonte da sabedoria está no interior do homem. O mundo externo pode apenas servir de
estímulo para despertar a realidade interna do homem: mas não é fonte e causa de sabedoria. O
íntimo Ser do homem é infinitamente maior do que o externo ver, ouvir, sentir e ter. Por isto,
deve o homem concentrar-se no seu interno ser - e conhecerá todos os mundos externos. Sem
essa interiorização, pode o homem ver todas as coisas externas sem compreender nada - assim
como um analfabeto pode folhear os maiores livros da humanidade sem entender nada.
Bibliografia:
Tao Te King
Lao-Tse
Tradução e Notas: Huberto Rohden
Alvorada
Pag. 126 e 127
Será que você deixará que sua cabeça sobrepuje a sabedoria de seu coração ?
Lao-Tsé
O pior pecado de todos ... foi a omissão das filosofias chinesa e hindu. Até mesmo uma
"história" da filosofia que comece com Sócrates e nada tenha a dizer sobre Lao-Tsé e
Confúcio, Mencius e Chuang-Tsé, Buda e Shankara está provincianamente incompleta.
Bibliografia:
A História da Filosofia
Durant, Will
Editora Nova Cultural
São Paulo
2000
Pag. 12
Procurem, primeiro, as boas coisas da mente e o resto lhes será proporcionado, ou, então, a
falta do resto não será sentida.
Francis Bacon
“Se o Mestre for verdadeiramente sábio, não convidará o aluno a entrar na mansão de seu
saber, e sim, estimulará o aluno a encontrar o limiar da própria mente."
Com estas palavras Khalil Gibran define a postura mais adequada do professor para com seus
alunos.

Platão e a Educação
Os elementos da instrução ... devem ser apresentados à mente na infância, mas sem nenhum
grau de coação; porque um homem livre deve ser livre também na aquisição do
conhecimento. ... O conhecimento que é adquirido sob coação não se fixa na mente. Por isso,
não usem a coação, mas deixem que a educação inicial seja mais uma espécie de diversão; isso
lhes permitirá mais a descoberta da tendência natural da criança.
Bibliografia:
A História da Filosofia
Durant, Will
Editora Nova Cultural
São Paulo
2000
Pag. 50
A ação deve culminar em sabedoria.

Bhagavad-Gita

O que é Intuição ?
Enquanto o raciocínio é um conhecimento mediato, no sentido de que se faz por meio de
conceitos e juízos que, encadeados, levam a uma conclusão, a intuição é um tipo de
conhecimento imediato, isto é, feito sem intermediários, um pensamento atualmente presente
no espírito. Como a própria palavra indica (tueri em latim significa "ver"), intuição é uma
visão súbita. Enquanto o raciocínio é discursivo e se faz por meio da palavra, a intuição é
inefável, inexprimível: como poderiamos explicar em que consiste a sensação do vermelho ?
Se a lógica organiza o pensamento, a intuição, por outro lado, é importante por ser o ponto de
partida do conhecimento, a possibilidade da invenção, da descoberta, dos grandes "saltos" do
saber humano.
Bibliografia:
Filosofando: Introdução à filosofia
Aranha, Maria Lúcia de Arruda
martins, Helena Pires
Editora Moderna
São Paulo
1986
pág. 104

Dando maior exatidão ao conceito de justiça individual, Sócrates faz notar que se deve
distinguir a alma em três partes : a cognitiva, a irascível e a apetitiva. Cada uma destas almas
tem virtudes que lhes são próprias assim como às classes que formam o Estado. A verdadeira
justiça consiste na harmonia destas três partes e classes. Harmonia que exige a subordinação da
segunda à primeira e da terceira às duas outras. A injustiça consiste, ao contrário, no desacordo
delas e aparece quando alguma dessas classes vai além dos limites que lhe são impostos.
Bibliografia:
Os Grandes Iniciados : Platão
Schuré, Édouard
Ediouro
1987
Pág. 63

Palavras de Platão, no Górgias :

"Os sábios, ó Cálicles, dizem que a amizade, a ordem, a razão e a justiça mantém
conjuntamente o céu e a terra, os deuses e os homens; eis porque chamam a esse conjunto o
Cosmos, quer dizer boa ordem."

Palavras de Sócrates
Sabedoria é vencer-se a si mesmo;

ignorância, em compensação, é ser vencido por si mesmo,

por um si mesmo inferior que prevalece e triunfa sobre o superior.

Em Platão - Diálogos - A República, temos que o conhecimento e a verdade são semelhantes


ao bem, mas não que sejam o próprio bem; este tem um lugar de honra ainda mais elevado.
- Não dirias do Sol que ele não é apenas a fonte da visibilidade em todas as coisas visíveis, mas
também da geração, do crescimento e da nutrição, embora ele mesmo não seja geração ?

- Por certo.

- Do mesmo modo podes afirmar que o bem não é apenas causa da inteligibilidade de todas as
coisas inteligíveis, mas ainda de seu próprio ser e essência, e contudo o bem não é essência,
mas está acima dela em dignidade e poder.
Em Platão - Diálogos - A República, temos a maneira de chegarmos a verdade :

Assim como os objetos visíveis só são vistos quando o Sol brilha sobre eles, a verdade só é
apreendida quando iluminada pela idéia do bem.
Fragmento 6o de Filolau, discípulo de Pitágoras

"... O homem nasceu, foi criado para conhecer a essência da natureza universal; e a função da
sabedoria é precisamente possuir e contemplar a inteligência que se manifesta nos seres.

A sabedoria não tem por objeto um ser qualquer determinado, mas absolutamente todos os
seres, e é mister que ela se inicie, não pela busca dos princípios de um ser individual, mas sim
pelos princípios comuns a todos os seres. A sabedoria tem por objeto todos os seres, como a
visão tem por objeto todas as coisas visíveis. Ver no seu conjunto, e conhecer os atributos
universais de todos os seres, é próprio da sabedoria, e eis como a sabedoria descobre os
princípios de todos os seres.

Aquele que é capaz de analisar todos os gêneros, e de os relacionar e os reunir, por uma
operação inversa, num só e mesmo princípio, me parece ser o mais sábio, o mais próximo da
verdade e que parece ter encontrado esse observatório sublime, do alto do qual poderá ver
Deus, e todas as coisas que pertencem a série do divino: senhor desse caminho real, seu
espírito poderá galgar direto para a frente e chegar ao ápice da carreira, ligando os princípios
aos fins das coisas, e a conhecer que Deus é o princípio, o meio, o fim de todas as coisas, feitas
segundo as regras da justiça e da reta razão."
Bibliografia:
Pitágoras e o tema do número
Santos, Mário Ferreira dos
São Paulo
Ibrasa
Pág. 96

Instrui-te com vagar, aprende com paciência:


Do tempo e da constância é que vem a sapiência

Trecho de "Os Versos de Ouro de Pitágoras"

O método da filosofia de Sócrates e de Platão


Sócrates (séc. V a.C.) usa um método que se divide em duas partes. a ironia (em grego
significa perguntar), que é destrutiva, pois conclui pela descoberta da própria ignorância; a
maiêutica (em grego significa parto) é o "dar à luz" novas idéias e é, portanto, construtiva.
Assim, Sócrates, por meio de perguntas, destrói o saber constituído, para depois reconstruí-lo
na procura da definição do conceito.

Platão, seu discípulo, aperfeiçoa a maiêutica e a transforma em dialética, segundo a qual as


intuições sucessivas se contrapõem umas às outras até se aproximarem o mais possível das
essências ideias que constituem a verdade absoluta: é a marcha realizada pelo pensamento, ...
até o mundo das idéias.
Bibliografia:
Filosofando: Introdução à filosofia
Aranha, Maria Lúcia de Arruda
martins, Helena Pires
Editora Moderna
São Paulo
1986
pág. 49
A verdadeira filosofia, para Pitágoras, é a Metamatemática, a arte que consiste em alcançar os
conteúdos do saber supremo, e que demonstra suas afirmações (teses) por meio de juízos
apodíticos (universalmente válidos), a verdadeira ciência em suma.

Para que uma disciplina se torne epistêmica deve afastar-se da doxa, das opiniões, da matéria
sobre qual todos opinam e apresentam pontos de vista diametralmente opostos, a ponto de o
que é afirmado com convicção de certeza e de verdade por um, ser considerado falso por outro,
como sucede no âmbito das chamadas ciências culturais. A avaliação de um conhecimento só
pode ser obtida epistêmicamente, se o critério que serve de avaliação fundar-se realmente em
bases objetivas. E como se obterão tais bases senão nas demonstrações apodíticas, como as que
nos oferece a matemática ?
...
A Mathesis, a suprema instrução, é algo ativo, que o homem deve afanar-se em consquistar.
Esse afanar-se pelo saber é um apetite, um amor ao conhecimento da mathesis, é a filosofia. O
conteúdo desse conhecimento é um mathema, cuja arte em alcança-lo é a mathematika, arte de
obter os conteúdos do saber supremo. Nesse sentido, a matemática é o saber supremo dos
pitagóricos, e não o sentido tomado comumente de disciplina que estuda as abstrações de 2o
grau.
Bibliografia:

Pitágoras e o tema do número


Santos, Mário Ferreira dos
São Paulo
Ibrasa
Pág. 74 e 73

Em Platão - Diálogos - A República, temos uma definição do verdadeiro conhecimento :


O verdadeiro conhecimento é a capacidade de distinguir entre a unidade e a pluralidade, entre a
idéia e os objetos que dela participam.

Em Fedro, Socrates nos dá uma idéia de qual processo utiliza para chegar ao conhecimento :
Sócrates :- O primeiro passo é este: abarcar num só relance todas as idéias esparsas de um lado
e de outro reuni-las em uma só idéia geral a fim de poder compreender, graças a uma definição
exata, o assunto que se deseja tratar.
Fedro :- Mas qual é o processo ?

Sócrates :- É saber dividir novamente a idéia geral nos seus elementos, nas suas articulações
naturais, evitando, porém, mutilar qualquer dos elementos primitivos como faz um mau
trinchador. O terceiro passo seria: Estabelecer como cada elemento influencia uns aos outros,
de modo a perceber como se ajustam.

Assim como realmente a medicina em nada beneficia se não liberta dos males do corpo, assim
também sucede com a filosofia se não liberta as paixões da alma.
Bibliografia:

O Epicurismo
Lucrécio
Coleção Universidade de Bolso
Ediouro

Como Sócrates raciocina sobre as intenções das pessoas, no diálogo com Mênon sobre a
Virtude :
Sócrates :- E portanto, também dizes que há certas pessoas que desejam o bem, e outras que
desejam o mal ? Mas não te parece, meu amigo, que todos os homens desejam unicamente o
que é bom ?

Mênon :- Não, não me parece.

Sócrates :- Afirmas, então, que alguns homens desejam o mal ?

Mênon :- Sim.

Sócrates :- E crês que estes desejam as coisas más porque as acham boas ? ou dizes, então, que
sabem que são más e não obstante isso as desejam ?

Mênon :- Creio que há os dois casos.

Sócrates :- Acreditas, pois, caro Mênon, que alguém que sabe que o mal é mal pode ainda
desejá-lo ?

Mênon :- Creio.

Sócrates :- Que entendes tu por desejar uma coisa má. Que nos aconteça algo de mau ?

Mênon :- Exatamente.

Sócrates :- Mas os que desejam o mal, crêem que ele é vantajoso ou pernicioso ?

Mênon :- Há os que pensam que as más coisas fazem o bem; mas há outros, também, que
sabem perfeitamente que as coisas más só produzem o mal.

Sócrates :- Quanto aos que pensam que o mal é vantajoso, o conhecem como sendo verdadeiro
o mal ?

Mênon :- Eu não ousaria afirmar isso.

Sócrates :- Por conseguinte : estes não desejam o mal como tal, pois não o conhecem; desejam
apenas o que lhes parece um bem, bem que nesse caso é mal. Donde podemos concluir que os
que desejam o mal e o consideram como bem, estão de fato a desejar unicamente o que é bom.
Não é o que pensa ?

Pensamento de Epicuro
Deves servir à Filosofia para que possas alcançar a verdadeira liberdade.

Nunca se protele a filosofar quando se é jovem, nem canse o fazê-lo quando se é velho, pois
que ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma.
E quem diz que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou, assemelha-se ao que diz que
ainda não chegou ou já passou a hora de ser feliz.
Bibliografia:

O Epicurismo
Lucrécio
Coleção Universidade de Bolso
Ediouro
pág. 47
Estude sua própria personalidade.

De nada nos valerá o conhecimento de todas as ciências do mundo,

de tudo o que está fora de nós, se não conhecermos a nós mesmos.

Estude a sua alma, que é seu verdadeiro eu,

que se reflete em sua personalidade exterior.

Nosso corpo é a projeção de nossa alma.

Conheça a si mesmo, para viver uma vida consciente e feliz.


Bibliografia:

Minutos de Sabedoria
Pastorino, C. Torres
Editora Vozes
18a Edição
pág. 151

O que é ser um filósofo e o que o diferencia dos demais homens ?


Pitágoras responde:
"A vida humana pode ser comparada a um grande espetáculo, como o das competições
atléticas, celebradas com enorme pompa e freqüentadas por todo o mundo grego, isto é, os
Jogos Olímpicos. Alguns para lá se dirigem em busca da glória e da notoriedade que o esforço
físico de seus corpos puder lhes trazer. Outros vão ali para comprar e vender, na expectativa do
ganho e do lucro. Há também aqueles, mais nobres, que não buscam aplausos, tampouco
lucros, mas desejam apenas assistir e observar atentamente de que forma as coisas acontecem.
Nós também estamos presentes, por assim dizer, num grande espetáculo, e viemos, como todo
mundo, de alguma cidade; dessa maneira, com seu modo de vida e seu padrão alterados, uns
vêm em busca da glória, outros em busca do dinheiro, mas há alguns que vieram contemplar o
Universo e não têm outro interesse a não ser esse. Tais pessoas chamam-se a si mesmos de
amantes da sabedoria, ou, em outras palavras, filósofos. Assim como nos Jogos Olímpicos o
mais nobre expectador é aquele que nada busca para si mesmo, a contemplação e o
conhecimento da natureza estão, na vida, acima de qualquer outra atividade".
Bibliografia: Cícero, Marcus Tulius: Tusculanae Disputationes, V, 3, 8

Quanto você quer o que deseja ?


Um jovem perguntou a Sócrates como podia alcançar a sabedoria. Sócrates disse-lhe que o
acompanhasse e levou-o a um rio, onde mergulhou a cabeça do jovem dentro da água e assim a
manteve até que ele se estivesse agitando para respirar, soltando o então. Quando o jovem se
recuperou, Sócrates perguntou-lhe: "O que você mais quis quando estava com a cabeça dentro
da água ?"

"Eu queria respirar.", disse o jovem.

E Sócrates declarou : "Quando você quiser a sabedoria tanto quanto queria respirar quando
estava mergulhado na água, então a receberá."

Da mesma forma, quando você possui realmente um desejo intenso de superar qualquer
obstáculo em sua vida e chega à conclusão definida de que há uma saída e de que vai encontrá-
la, então a vitória e o triunfo estão assegurados.

Se você realmente deseja paz de espírito e serenidade interior, você as terá.

...

Sinta um rio de paz fluindo através de você nesse momento. Seu pensamento é o poder
imaterial e invisível e você escolhe que ele o abençoe, o inspire e lhe proporcione paz.
Bibliografia:

O Poder do Subconsciente
Murphy, Dr. Joseph
Editora Record
32a Edição
pág. 225 e 226

Lao-Tse
Aquele que conhece os outros homens é inteligente, enquanto aquele que se conhece é
verdadeiramente sábio.
Aquele que sobrepuja os outros é forte, enquanto aquele que sobrepuja a si mesmo conhece o
verdadeiro poder.
Henry David Thoreau disse :
Ser filósofo não é meramente ter pensamentos sutis, nem mesmo fundar uma escola, mas amar
de tal modo a sabedoria que se passe a viver, de acordo com seus ditames, uma vida de
simplicidade, independência, magnanimidade e confiança.

Filosofia: etimologia
Os antigos gregos tinham inicialmente uma consciência mítica, cuja manifestação maior foram
os poemas de Homero e Hesíodo ...

Quando se deu a passagem do mundo mítico para a consciência racional, apareceram os


primeiros sábios, sophos, como se diz em grego. Um deles, chamado Pitágoras (séc. VI a.C.) -
também conhecido como matemático - usou pela primeira vez a palavra filosofia (philos-
sophia), que significa "amor à sabedoria". É bom observar que a própia etimologia mostra que
a filosofia não é puro logos, pura razão: ela é a procura amorosa da verdade.
Bibliografia:

Filosofando: Introdução à filosofia


Aranha, Maria Lúcia de Arruda
martins, Helena Pires
Editora Moderna
São Paulo
1986
pág. 44

Sabedoria
"Sócrates ensinava, e Platão seguia o seu ensino, que o objeto da Filosofia não era
simplesmente a obtenção do conhecimento, nem mesmo a obtenção do conhecimento do
mundo real, mas a aquisição de qualquer coisa mais preciosa do que o conhecimento -
nomeadamente, a sabedoria. Ora, a sabedoria é o conhecimento em ação, isto é, o
conhecimento aplicado à vida. A aplicação à vida tem um duplo aspecto: primeiro, o
conhecimento pode ser usado para disciplinar os desejos (ou apetites), por conseguinte,
conduzindo para uma vida feliz; em segundo lugar, o conhecimento pode ser utilizado em
benefício da sociedade. E esta duas metas - a vida feliz e o beneficio da sociedade - não são
metas distintas e separadas, mas formam as duas metades de uma unidade, pois o homem é um
ser social e não pode alcançar a sua plena estatura e realizar tudo quanto é em potencial, a
menos que viva em contato com os seus semelhantes. A excelência do ser humano, que
envolve o pleno desenvolvimento e a relação devida de todos as facêtas da nossa natureza é,
portanto, essencialmente, a excelência da criatura social, a excelência do cidadão."
Bibliografia:

Aprenda Sòzinho Filosofia


Joad, C. E. M.
Livraria Pioneira Editora
Pág. 67 e 68
Na República, Livro II, Platão nos diz que, a educação do futuro filósofo começa cedo, já na
infância :
"Começamos por contar fábulas às crianças. Estas são fictícias, por via de regra, embora haja
nelas algo de verdade... O princípio é o mais importante em toda a obra, sobretudo quando se
trata de criaturas jovens e tenras; pois neste período de formação do caráter é mais fácil deixar
nelas gravadas as impressões que desejarmos. Não poderemos então permitir, levianamente,
que as crianças escutem quaisquer fábulas, forjadas pelo primeiro que apareça... pois os
meninos não são capazes de distinguir o alegórico do literal e as impressões recebidas nesta
idade tendem a tornar-se fixas e indeléveis. Portanto, é da mais alta importância que as
primeiras fábulas que escutarem sejam de molde a despertar nelas o amor da virtude."
Resposta de Sócrates à Glauco sobre o que é um filósofo, contida no Livro V da República
(Platão)
"Será preciso, para entende-lo, recordar-te ou que te recordes tu mesmo que aquele de quem
dissemos que ama alguma coisa deve, para que a expressão seja correta, amar não apenas uma
parte do objeto amado, mas a sua totalidade. Assim também não podemos dizer que o filósofo
é aquele que ama a sabedoria apenas em parte, mas na sua totalidade. Aquele que, com as
melhores disposições, saboreia todo gênero de ensinamento, aquele que está sempre pronto
para aprender sem mostrar-se nunca cansado, a este chamaremos com justiça de filósofo."

"Os verdadeiros filósofos são aqueles que gostam de contemplar a verdade."

A Filosofia de Sócrates
A filosofia é, para Sócrates, o caminho da purificação... A purificação da alma implica,
todavia, uma condição sine qua non: o conhecimento de si mesmo. A purificação da alma
afirma-se no “conhece-se a ti mesmo”, que é a máxima sobre a qual Sócrates baseia toda a sua
vida de sábio.

O conhecimento de si mesmo implica o conhecimento das próprias faltas e carências e a


verdadeira sabedoria consiste em admitir a própria ignorância, em eliminar as falsas opiniões e
os conceitos errôneos, em abrir o espírito para chegar ao conhecimento verdadeiro. A
presunção do saber, sem o possuir, origina os erros que nós cometemos com a nossa
inteligência. Porém, como deixar o erro e atingir a verdade ? Como purificar as almas ? Como
eliminar-lhes a falsa opinião ?

Sócrates utiliza para tanto um método que tem caráter purificador, purgativo : a maiêutica.
Através da refutação, desperta-se nos outros a consciência da sua ignorância e estimula-se-os a
realizar uma investigação reconstrutiva para se chegar a uma opinião mais próxima da
verdade... A refutação tem efeitos tanto intelectuais quanto morais.

Depois de haver refutado o êrro de um escravo interrogado sôbre o teorema de Pitágoras,


Sócrates observa : “O escravo cria saber e respondia como quem sabe e não tinha a menor
dúvida; agora a tem: não sabe e nem crê saber... Mas, não sabe agora mais do que antes ? E ao
enchê-lo de dúvidas e de aturdimento, causamo-lhes dano ? Não. Mas parece-me que o
encaminamos ao descobrimento de como é o problema; pois embora não saiba, pode procurar
com prazer, enquanto antes, sem refletir e convencido de que falava com razão, afirmara que
um quadrado duplo deve ter duplo lado”.

No que tange à tange alma, a missão do filósofo iguala-se à do médico: assim como o corpo
deve expelir as impurezas, os males que o acometem para que o alimento ingerido seja
aproveitado, a alma deve expelir a falsa opinião e o erro através da refutação, que adquire,
assim, natureza purgativa, purificadora. Destarte, entre o médico e o educador há estreita
distância. Neste caso, todavia, o enfermo deve participar ativamente da cura e da purificação
de si mesmo.

A refutação produz em relação ao conhecimento uma dúvida metódica, transformando-a em


estímulo para a investigação.

“Olha como este jovem responde procurando comigo - diz Sócrates, Mémn., 84 e seguintes - e
como consegue encontrar... enquanto eu não faço mais do que interrogá-lo, sem nada ensinar-
lhe. Observa se alguma vez achas que o ensino ou lhe mostro algo em lugar de perguntar-lhe,
simplesmente, a respeito do que por si mesmo pensa. E por isso acontece que tem ciência, se
lhe perguntarmos de modo verdadeiro, e a extrai do seu interior, sem que ninguém lhe ensine.”

Nesta tarefa, o papel do filósofo assemelha-se ao de uma parteira, que faz nascer o rebento
depois de longa gestação. A gestação seria a refutação em que nos encaminhamos em direção a
verdade pela eliminação do erro e da falsa opinião, e a parturição seria a maiêutica, que
representa o momento alto nesse processo que leva ao conhecimento verdadeiro.

A forma própria do ensino socrático é o diálogo (diá=através; lógos=palavra) onde o mestre


pergunta mais do que responde, excita a reflexão ativa do discípulo e provoca a sua resposta
obrigando-o a procurar para descobrir; ou seja: é um despertador de consciências e
inteligências, não um provedor de conhecimentos.

Todo o conhecimento já está no interior do homem, porém ele está adormecido, esquecido.
Cumpre fazê-lo vir à tona, através de uma provocação que, ao mesmo tempo em que faz
emergir o conhecimento verdadeiro, realiza um autêntico ato de purificação da opinião falsa.

A maiêutica pressupõe que o conhecimento já está no homem, que já exista no interrogando


uma potência intelectual intríseca que deve passar da potência ao ato pela provocação, pela
refutação, pela “parturição”, que é o desfecho do processo.

Para Sócrates, não se pode agir racionalmente enquanto se permanecer preso às opiniões
particulares.

Sócrates não realiza, propriamente falando, a apresentação de definições verdadeiras, mas sim,
a refutação das definições errôneas que lhe são apresentadas. Ele sugere um caminho para se
encontrar a definição verdadeira, ao invés de dá-la pronta.
Bibliografia Sugerida :

O Pensamento Vivo de Sócrates


Martin Claret Editores

Sócrates
Editora Mestre Jou
Mondolfo, Rodolfo

Epíteto
"É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe."

Adaptação de : O Mito da Caverna ( Diálogo : A República - Platão )


Imaginemos uma caverna provida de uma vasta entrada que se abre para a luz em toda a sua
largura. Imaginemos que esta caverna seja habitada, e seus habitantes sejam homens que lá
dentro se acham desde meninos, amarrados pelas pernas e pelo pescoço de tal maneira que não
possam mudar de posição e tenham de olhar apenas para o fundo da caverna, onde há uma
parede. Imaginemos ainda que, bem em frente da entrada da caverna, exista um pequeno muro
da altura de um homem e que, por trás desse muro, se movam homens carregando sobre os
ombros estátuas trabalhadas em pedra, madeira e outros materiais variados, cuja altura
ultrapassa a do muro e que representem os mais diversos tipos de objetos.

Imaginemos também que, por lá, no alto, brilhe o Sol. Finalmente, imaginemos que a caverna
produza ecos e que alguns homens que passam por trás do muro estejam falando de modo que
suas vozes ecoem no fundo da caverna. Neste caso, certamente os habitantes da caverna nada
poderiam ver além das sombras das pequenas estátuas projetadas no fundo da caverna e
ouviriam apenas o eco das vozes. Entretanto, por nunca terem visto outra coisa, eles
acreditariam que aquelas sombras, que eram cópias imperfeitas de objetos reais, eram a única e
verdadeira realidade e que o eco das vozes seria o som real das vozes emitidas pelas sombras.

Suponhamos, agora, que um daqueles habitantes se liberte das correntes que o prendem. Com
muito esforço, dificuldade e sentindo-se freqüentemente atordoado, ele se voltaria para a luz e
começaria a subir até a entrada da caverna. Com dificuldade, com os olhos ofuscados pela luz
e sentindo-se perdido, ele começaria a se acostumar à nova visão com a qual se deparava.
Acostumando os olhos e os ouvidos, ele veria as estatuetas moverem-se por sobre o muro e,
após formular várias hipóteses, por fim compreenderia que elas possuem mais detalhes e são
muito mais belas que as sombras que antes via na caverna, e que agora lhes parece algo irreal
ou limitado. Suponhamos que alguém o traga para o outro lado do muro. Primeiramente ele
ficaria ofuscado e amedrontado pelo excesso de luz; depois, acostumando-se, veria as várias
coisas em si mesmas; e, por último, veria a própria luz do Sol refletida em todas as coisas.
Compreenderia, então, que estas e somente estas coisas seriam a realidade e que o Sol seria a
causa de todas as coisas. Mas ele se entristeceria se seus companheiros da caverna ficassem
ainda em sua obscura ignorância acerca das verdadeiras causas das coisas. Assim, ele, por
amor, retornaria à caverna a fim de libertar seus companheiros da ignorância e das correntes
que os prendem ainda. Ao retornar seus olhos se encheriam de trevas como os de quem deixa
subitamente a luz do Sol e por não se ter acomodado a vista, enxergaria com dificuldade. Seus
companheiros o receberiam como um louco que não se adapta à realidade que eles pensam ser
a verdadeira (a realidade das sombras) e então diriam que ele voltara lá de cima sem enxergar
quase nada e que não valia a pena pensar sequer em fazer semelhante escalada.
Bibliografia Sugerida :

- Reale, Giovanni & Antiseri, Dario. - "História da Filosofia", vol. I, Ed. Paulus, 1990

- Platão, Coleção Os Pensadores, Nova Cultural, 1988

- Platão - Diálogos - A Republica, Ediouro, 1996

GALILEU GALILEI
O  Livro da filosofia é o livro da natureza, livro que aparece aberto constantemente diante dos
nossos olhos, mas que poucos sabem decifrar e ler, porque está escrito com sinais que diferem
do nosso alfabeto, em triângulos e quadrados, em círculos e esferas, em cones e pirâmides.

 PLATÃO  428/427 A.C - 348/347 A.C


      Platão expõe uma nova maneira de pensar, perceber e sentir o mundo, estabelece
uma hierarquia entre razão e sentidos, mostrando que a razão atinge com dificuldade
o verdadeiro conhecimento por causa da deformação que os sentidos inevitavelmente
provocam. Por isso, cabe à razão "depurar" os enganos que os sentidos nos levam
a cometer e à mente atingir a verdadeira contemplação da idéias.

     Para Platão, se o homem permanecesse dominado pelos sentidos, só poderia ter um


conhecimento imperfeito, restrito ao mundo dos fenômenos, das coisas que são mera
aparências e que estão em constante mudança.  A esse conhecimento Platão chama de doxa
(opinião). O verdadeiro conhecimento, a episteme (ciência) é, ao contrário, aquele pelo qual a
mente ultrapassa o mundo perceptível ou material e atinge o mundo da idéias, lugar dos
verdadeiros modelos de todas as coisas (arquétipos). Este é o único mundo verdadeiro, e o
mundo perceptível só existe na medida em que participa do mundo das idéias, do qual é apenas
sombra ou cópia imperfeita e transitória. Uma cadeira, por exemplo só é cadeira na medida em
que participa da idéia de "cadeira em si".

      O Processo do Conhecimento representa a progressiva passagem das sombras e imagens


turvas ao luminoso universo das idéias, atravessando etapas intermediárias, através de
sucessivas intuições que nós aproximam o mais possível da verdade absoluta.
Bibliografia Básica :
Os Pensadores : Platão - Nova Cultural

Filosofando - Introdução à Filosofia - Editora Moderna


A posse do Conhecimento sem ser acompanhada de uma manifestação

ou expressão em Ação é como o amontoamento de metais preciosos,

uma coisa vã e tola. O Conhecimento é, como a riqueza, destinado ao Uso.

A Lei do Uso é Universal, e aquele que viola esta lei sofre

por causa do seu conflito com as forças naturais.

O Caibalion

www.estudodamente.com - Psicologia

O sentido do símbolo não é o de um sinal que oculta algo de geralmente conhecido, mas é a
tentativa de elucidar mediante a analogia alguma coisa ainda totalmente desconhecida e em
processo.
Bibliografia :
O Eu e o Inconsciente
Jung, C.G.
Editora Vozes
14o Edição
Pág. 145
A educação na psicossíntese

"É axiomático que a prevenção de qualquer desordem é melhor que sua cura. Se as técnicas da
psicossíntese constituem uma terapia efetiva - o que de fato são - não é muito melhor prevenir
a necessidade de uma terapia no futuro, usando as técnicas da psicossíntese na educação o mais
cedo possível? Perguntamo-nos, então, quais são as implicações de uma declaração destas?
Tendo em vista o tipo de educação que prevalece no Mundo Ocidental, é preciso: primeiro,
produzir um ser humano que funciona harmoniosamente, alegremente e de maneira produtiva
em relação à sua própria capacidade; e segundo, estabelecer as condições nas quais tal ideal
pode ser realizado".

"...um método de educação integral que tende não só a favorecer o desenvolvimento das várias
habilidades da criança ou do adolescente, mas também a ajuda a descobrir e a perceber a sua
verdadeira natureza espiritual e a desenvolver, com a orientação desta, uma personalidade
harmoniosa, brilhante e eficiente."
Autor : Roberto Assagioli, M.D.
Extraído do Site : www.psicossintese.org.br
Que é a consciência ?
...
Na realidade, a consciência no homem é uma espécie muito particular de "tomada de
conhecimento interior" ... é antes de tudo, uma tomada de conhecimento de si mesmo,
conhecimento de quem ele é, de onde está e, a seguir, conhecimento do que sabe, do que não
sabe, e assim por diante.
...
Devemos compreender agora que "psicologia" significa verdadeiramente o estudo de si.
Bibliografia :
Psicologia da Evolução Possível ao Homem
Ouspensky, P.D.
Editora Pensamento
Pág. 12 e 16
... serei capaz de ver esse outro indivíduo como uma pessoa em processo tornar-se ela mesma,
ou estarei prisioneiro do meu passado e do seu passado ? Se, no meu encontro com ele, o trato
como uma criança imatura, como um aluno ignorante, como uma personalidade neurótica ou
um psicopata, cada um desses conceitos limita o que ele poderia ser na nossa relação. Martin
Buber, o filósofo existencialista da Universidade de Jerusalém, emprega a expressão
"confirmar o outro", expressão que teve para mim um grande significado. Disse ele:
"Confirmar significa (...) aceitar todas as potencialidades do outro (...) Eu posso reconhecer
nele, conhecer nele a pessoa que ele foi (...) criado para se tornar (...) Confirmo-o em mim
mesmo e nele em seguida, em relação a essas potencialidades (...) que agora podem se
desenvolver e evoluir"... Se aceito a outra pessoa como alguma coisa definida, já diagnosticada
e classificada, já cristalizada pelo seu passado, estou assim contribuindo para confirmar essa
hipótese limitada. Se a aceito num processo de tornar-se quem é, nesse caso estou fazendo o
que posso para confirmar ou tornar real as suas potencialidades.

... Se eu considerar uma relação apenas como uma oportunidade para reforçar certos tipos de
palavras ou de opiniões no outro, tendo a confirmá-lo como um objeto - um objeto
fundamentalmente mecânico e manipulável. E se vejo nisso a sua potencialidade, ele tende a
agir de modo a confirmar esta hipótese. Mas se, pelo contrário, considero uma relação pessoal
como uma oportunidade para "reforçar" tudo o que ele é, a pessoa que ele é com todas as suas
possibilidades existentes, ele tende então a agir de modo a confirmar esta segunda hipótese.
Neste caso eu o confirmei - para empregar a expressão de Buber - como uma pessoa viva,
capaz de um desenvolvimento interior e criador.
Bibliografia :
Tornar-se Pessoa
Rogers, Carl R.
Editora Martins Fontes
Pág. 65 e 66
A vida passa depressa... de repente você está passando... o que você pode fazer para si próprio,
neste instante, que seja agradável?... Mesmo que você esteja num cubículo, numa prisão ou
num parque... não importa... importa a liberdade que a sua mente pode criar... crie um espaço
neste minuto... ilumine... inspire... abra o peito... sinta o ar entrando... sinta seu corpo se
soltando... expire... solte a raiva... a desilusão... se dê um momento inteiro só com você... abra
o peito... crie sua proteção... um som... um pássaro cantando... ou uma música suave... ou o
som do silêncio, de dentro de você... sintonize seu corpo... pés no chão... cabeça
acompanhando essas palavras... solte o peso do corpo... solte a imaginação... calma/mente...
protegida/mente... pense que coisa boa lhe virá à mente agora... uma praia?... uma montanha?...
uma rosa?... qualquer coisa que lhe traga a sensação de paz... relaxe e sinta o prazer de ter um
momento de liberdade...
Você está aprendendo a sair do sufoco. Faça isso sempre que o peito apertar. Você terá
aprendido a viver um minuto inteiro no presente... e bem positivo...
Bibliografia :
Síndrome do Pânico - um sinal que desperta
Bauer, Sofia
Caminhos Editorial
Pág. 11
Métodos Utilizados pela Psicossíntese

Há uma grande variedade de tecnicas utilizadas na psicossíntese para atender à diversidade de


necessidades apresentadas por situações diversas e pessoas diversas.

Cada pessoa é tratada como um indivíduo, e um esforço é feito para achar os métodos mais
adequados à situação existencial, ao tipo psicológico, às metas individuais, às necessidades e
ao caminho de desenvolvimento da pessoa.

Algumas das técnicas mais comumente usadas são: a imaginação dirigida, a consciência e o
movimento do corpo, o trabalho com símbolos, o trabalho com a arte, manter um diário, o
treinamento da vontade, a fixação de meta, o trabalho sobre os sonhos, o desenvolvimento da
imaginação e da intuição, a gestalt, os modelos ideais e a meditação.

A abordagem principal da psicossíntese é o tratamento da pessoa como um todo, embora em


cada sessão se possa focalizar um nível ou um aspecto particular da pessoa.

Tendo como objetivo a integração do corpo, dos sentimentos e da mente, a psicossíntese tem
como meta promover um processo de crescimento contínuo, onde aplicamos as atitudes e
técnicas básicas da psicossíntese na vida cotidiana para promover uma atualização mais jovial,
harmoniosa e plena de nossas vidas.
Extraído do Site : www.psicossintese.org.br
Eu e Tu-Aqui-e-Agora

O trabalho fenomenológico da GT (Gestalt-Terapia) é feito por meio de um relacionamento


baseado no modelo existencial do Eu e Tu-Aqui-e-Agora, de Martin Buber. De acordo com
este modelo, a pessoa se envolve total e completamente com a pessoa ou com a tarefa à mão,
ambas tratadas como Tu, um fim em si mesmo, não um "isto", coisa ou meio para um fim. Um
relacionamento se desenvolve quando duas pessoas, cada uma com sua existência própria e
necessidades pessoais, contatam uma a outra reconhecendo e permitindo as diferenças entre
elas.

Cada um é responsável por si, por sua parte do diálogo. Isso significa que cada um é
responsável por se permitir influenciar o outro, ou permitir ser influenciado, se a energia é
trocada. Se ambos permitem, o encontro pode ser como uma dança, com um ritmo de contato e
afastamento. Então, é possível haver o conectar e o separar, em vez de isolamento (perda de
contato) ou confluência (fusão ou perda da distinção).

Para acontecer essa dança, ambos devem poder se auto-regular sem ser dominados, salvos ou
suprimidos. Cada um regula a si em resposta à dança do outro, sem tentar coreografar a dança
do outro. Isso exige uma confiança no que poderia acontecer, caso o conteúdo rígido de uma
interação for relaxado, em favor do que emerge. Isso também requer confiança de que o outro
pode se regular e apoiar-se frente a um diálogo honesto.
...
Bibliografia :
Processo, Diálogo e Awareness - Ensaios em Gestalt-Terapia
Yontef, Gary M.
Summus Editorial
1998
Pág. 221
Eu-Tu

O segundo sentido no qual a Gestalt-terapia é existencial refere-se à sua atitude especial para
com o relacionar-se, que é uma característica que dá à Gestalt-terapia sua feição (Simkin,
1976). No nível filosófico ele é chamado de Existencialismo Dialógico. No nível de
relacionamento pode ser igualmente chamado Diálogo Eu-Tu, Encontro ou Encontro
Existencial. Martin Buber é um proponente eloquente e persuasivo do Existencialismo
Dialógico (Friedman, 1976a, 1976b).
...
O Eu é sempre o Eu do Eu-Tu ou do Eu-Isto. O Eu do Eu-Isto diz "ele", "ela" ou "isto". Não se
está dirigindo ao outro como pessoa. O "Eu" do "Eu-Tu" diz "você", e a outra pessoa está
sendo abordada como pessoa. A atitude do Tu é a de que o outro é digno de respeito, não é
tratado como meio para outros fins. Uma pessoa consegue tratar a outra unilateralmente com a
atitude Eu-Tu, mas a mais alta forma de Eu-Tu é entre duas pessoas, cada uma dizendo "você".
Esse "Tu" é o evento relacional ou um "encontro" que capacita o homem a tornar-se inteiro. Na
Gestalt-terapia, relacionamo-nos com uma atitude Eu-Tu e com uma esperança de que um Tu
mútuo e completo se desenvolva.
...
No Eu-Isto existe um relacionar-se, mas com o outro sendo objeto de manipulação. O outro
não está sendo diretamente abordado como pessoa. O aspecto pessoal e especialmente humano
de outra pessoa ainda não tem permissão de se conectar com a a mesma parte de outra pessoa.
Isto é um contatar Eu-Isto congelado, que não flui de, ou para Eu-Tu.

Uma pessoa com a atitude Eu-Tu pode dirigir-se a outra pessoa (Eu-Tu), e não tratá-la como
um objeto a ser manipulado (Eu-Isto) e ainda assim o Eu-Tu não ser completado, isto é, um Eu
e Tu mútuo ainda não desenvolvido. Ou o outro não confia o suficiente, ou ambos têm uma
atitude Eu-Tu, mas ainda não há suporte suficiente para um Tu entre, ou seja, não acontece
mutualidade. Esse contato também pode ser considerado como um Eu-Isto, no qual um Eu-Tu
está latente.
...
Bibliografia :
Processo, Diálogo e Awareness - Ensaios em Gestalt-Terapia
Yontef, Gary M.
Summus Editorial
1998
Pág. 241 e 242
Relacionamentos
por Andrée Samuel

Há várias formas de relacionamentos e há também várias qualidades de relacionamentos. O


que a Psicossíntese nos convida a fazer quando questionamos nossas relações com o mundo à
nossa volta e com os outros é fazermos uma pausa, respirar, para entrar em contato com o
nosso espaço sagrado interior e assim ter uma oportunidade de contato conosco num nível que
transcenda o do consciente imediato e dos nossos condicionamentos.

Esta atitude promove e favorece, de início, o reconhecimento da multiplicidade de EUs que


habitam o nosso Ser e que, no mais das vezes, se relacionam de modo conflitante - uma parte
querendo eliminar a outra! À medida que tomamos consciência destas nossas várias vozes
internas e que as reconhecemos, podemos então começar o trabalho de aceitação de sua
presença ouvindo qual é a sua necessidade e procurando atender a esta necessidade de um
modo mais satisfatório e pleno. Assim ajudamos estes vários EUs a trabalhar em conjunto,
colaborando uns com os outros em prol de um maior equilíbrio da personalidade como um
todo visando a uma harmonia do Ser.

Este é o trabalho que a Psicossíntese propõe como um primeiro passo para a viagem do auto-
conhecimento.

Quanto mais pudermos desenvolver um contato íntimo conosco mesmos, mais e melhor
poderemos estabelecer relações com o mundo à nossa volta.

Por que isto? Simplesmente porque, se não nós conhecermos naquilo que se constitui como um
limite para a nossa expressão no mundo e também naquilo que temos como potencialidades e
qualidades já reconhecidas a oferecer ao mundo, teremos uma visão muito limitada e limitante
de nós mesmos e, conseqüentemente, dos outros. Ao aprendermos a conhecer-nos, a saber
melhor de nossa dinâmica interior, tomando consciência daquilo que fazemos "contra" nós
mesmos - não porque queremos, mas porque ainda não sabemos fazer diferente - podemos
então resgatar nossa responsabilidade a respeito de nós mesmos e de nossas vidas, retomando
as rédeas de nossas vidas em nossas mãos e não mais sendo um objeto passivo dos
condicionamentos familiares, sociais, culturais, religiosos, etc.. Neste reconhecimento de como
funcionamos na vida, é fundamental também reconhecermos aquilo que fazemos "a favor" de
nós mesmos - assim abrimos o leque de nossa manifestação no mundo de modo mais concreto
e mais honesto conosco mesmos.

O que a Psicossíntese propõe é uma re-educação à Luz da consciência. É a possibilidade de


conectarmo-nos com o nosso Eu Maior, o Eu Superior, para ouvir esta voz de sabedoria e
direcionar a vida a partir de escolhas mais genuínas do Ser e não mais para atender àquilo que
imaginamos ser a expectativa do outro a nosso respeito. Esta relação de maior clareza e de
respeito conosco mesmos, expande-se naturalmente em nossas relações com os outros. Quanto
mais nós nos abrimos para uma compreensão de nossos processos internos e colocamo-nos
disponíveis para trabalhar na transformação daquilo que nos emperra na vida, que bloqueia a
nossa expressão natural e espontânea, mais nos abrimos para aceitar os outros do modo como
eles se apresentam a cada momento da vida. Aprendemos assim a conviver com as diferenças
de uma maneira mais construtiva e mais saudável. O exercício a que o processo de auto-
conhecimento nos remete é exigente quanto à nossa atenção e observação de como estamos a
cada momento, como estamos respirando, o que estamos pensando, fazendo, sentindo - são
estas perguntas, acompanhando-nos em nosso dia a dia, que nos dão a chave para a ampliação
da consciência em relação ao nosso relacionamento conosco mesmos e com os outros.
Autora : Andrée Samuel é Psicoterapeuta com formação em Psicossíntese e 26 anos de prática
clínica; é practitioner e trainer do Bach Centre, UK; coordena cursos de formação em
Psicossíntese e grupos de auto-conhecimento. Presidente-fundadora do Centro de Psicossíntese
de São Paulo, é membro do Instituto de Psicossíntese, Florença, Itália.
Extraído do Site : www.psicossintese.org.br
As Deusas Gregas e o Feminino
"Não será verdade que cada ciência, no final das contas, se reduz a um certo tipo de
mitologia?" (S. Freud)

A reflexão sobre a totalidade do feminino nos remete aos nossos arquétipos, a todas as deusas
que nos oferecem modelos e necessitam de expressão - para que possamos amar
profundamente, trabalhar significativamente e também sermos sensuais e criativas.

Somos impulsionadas como mulheres da atualidade a questionar sobre o nosso papel no mundo
e a responsabilizar-nos por cada aspecto de nós, vivido ou negligenciado.

Os deuses olímpicos tinham muitos atributos humanos: o comportamento, as reações


emocionais e nos parecem familiares porque são arquetípicos, isto é, representam modelos de
ser que reconhecemos e compartilhamos.

Esses poderosos padrões internos, ou arquetípicos, são responsáveis pelas diferenças entre as
mulheres que nem sempre estão conscientes das poderosas forças que atuam no seu íntimo. O
conhecimento das deusas proporcionam informações que são úteis não só às mulheres, mas
também aos homens na compreensão das afinidades e dificuldades que se fazem presente nas
suas relações.

Bolen Shinoda, em seu estudo das deusas gregas que mais influenciam as mulheres, selecionou
sete e as distribuiu em três categorias: as deusas virgens, as deusas vulneráveis e as deusas
alquímicas.
As deusas virgens representam a qualidade de independência e auto-suficiência das mulheres.
São elas: Ártemis, Atenas e Héstia. Os apelos emocionais não as desviam daquilo que
consideram importante. Ártemis e Atenas representam meta direcionada e pensamento lógico.
Héstia é o arquétipo que enfatiza a atenção interior para o centro espiritual da personalidade da
mulher.

Essas três deusas desenvolveram uma "percepção enfocada", isto é, a habilidade de concentrar
a atenção naquilo que lhes importava. A capacidade de enfoque consciente leva à realização
naquilo que se propõe o fazer. No caso deste enfoque ser interior, em direção a um centro
espiritual, a mulher pode, à semelhança de Héstia, meditar por longos períodos sem se
perturbar com o mundo que a cerca.

As três deusas vulneráveis são: Hera, deusa do casamento, do compromisso e esposa; Deméter,
deusa mãe; Perséfone ou Coré, permite à mulher parecer eternamente jovem. Elas representam
os papéis tradicionais das mulheres - esposa, mãe e filha: são deusas orientadas para o
relacionamento e suas recompensas: casar (Hera), alimentar (Deméter), ser dependente
(Perséfone).

A qualidade de consciência é o da "percepção difusa". Essa espécie de consciência, também


chamada receptiva, pode levar à abrangência de uma situação. É a atitude que leva uma mãe a
ouvir o choro de uma criança em meio a todos os rumores. O arquétipo de Hera proporciona
capacidade de estabelecer vínculos profundos de ser leal e fiel, de suportar e passar pelas
dificuldades exigidas no casamento.

A mulher tipo Deméter é principalmente maternal, nutridora, prestativa e doadora. É descrita


como tendo os "pés no chão", entusiasmo e espírito prático.

Perséfone ou Coré representa a garota jovem que ainda está inconsciente de seus desejos e
forças, pois ainda não sabe em o que é.

Na terceira categoria, temos a deusa alquímica Afrodite, deusa do amor, da beleza, da


criatividade. Através dela há grande força para a mudança que fluem com atração, união,
fertilização e paixão que dão vida.

Todas as deusas encerram qualidades positivas e negativas, e nossa tarefa constante é crescer
além das limitações de cada um. Ora conciliando vários aspectos de diferentes deusas, ora
priorizando uma.

Se tivermos vivenciado o arquétipo feminino positivo através de nossa mãe ou de uma figura
maternal, isso significa que estivemos no reino materno da imaginação, do amor incondicional,
da eternidade e fidelidade aos instintos e à natureza benevolente do feminino.
Autora : Adélia Souza Sanches é Psicóloga clínica, Psicoterapeuta junguiana (especialização
Sedes), Sistêmica (pós-graduação PUC/SP); especializada em sonhos, mitos, símbolos e
histórias.
Extraído do Site : www.mentehumana.com.br/adelia

A vida psicológica pode ser considerada como a polarização e tensão contínuas de diferentes
tendências e funções, e também como um esforço constante, consciente ou não, para
estabelecer o equilíbrio.

Roberto Assagioli
Bibliografia :
Elementos da Psicossíntese
Parfitt, Will
Ediouro
1994
Pág. 34
Ao se aceitar o prazer sem suplicar por ele e sem se tornar dependente,e ao se aceitar o
sofrimento, quando inevitável, sem temê-lo e sem se rebelar contra ele, consegue-se aprender
muito mais tanto com o prazer como com o sofrimento, e torna-se possível "destilar a
essência" que ele contêm.
Roberto Assagioli
Bibliografia :
Elementos da Psicossíntese
Parfitt, Will
Ediouro
1994
Pág. 90
Conhecimento, compreensão e o uso sábio de elementos contrastantes são princípios
fundamentais, não só na pintura e na música, mas também na arte da vida. Cada um de nós
pode e deve modelar, do material vivo de sua personalidade, seja prata, mármore ou ouro, um
objeto de beleza que possa adequadamente manifestar seu Eu Transpessoal.
Bibliografia :
Os 7 Tipos Humanos
Assagioli, Roberto
Totalidade Editora
1997
Pág. 16
As origens remotas da Psicologia Transpessoal
Os pergaminhos do Mar Morto, descobertos em 1945, lançaram luz sobre o conhecimento dos
Essênios, como viviam, seus valores, suas imensas contribuições para nossas tradições
espirituais. Eles eram conhecidos por suas habilidades em curar e em viver vidas harmoniosas
em suas comunidades, numa época em que prevaleciam a guerra e a luta. Pesquisavam
diariamente as escrituras e mantinham as leis, reunidas em seu Código, as quais lhes
ensinavam como se relacionar com a vida, com todas as pessoas e com a Fonte - Deus.

Os essênios expressavam um conhecimento excepcional da Psicologia, em sua prática de


comunhão com forças naturais e cósmicas. Eles compreendiam tanto o subconsciente quanto a
mente consciente e tinham bastante conhecimento do poder de cada um ...

Os essênios acreditavam que o Universo é regido por leis definitivas e irrefutáveis - elas regem
planta, animais, pessoas, comunidades - e que essas leis estão disponíveis para aqueles que se
disciplinam para ouvi-las e segui-las. Eles acreditavam que as leis da natureza não podem ser
mudadas e que a interferência, nessas leis, com certeza resultaria em desarmonia, ruptura e
negatividade.

Chamavam a lei natural que governa a mente humana de Leis das Atitudes. De modo
simplificado, a Lei diz que se deve expressar amor incondicional com relação ao eu, aos outros
e à Fonte de Vida - com toda a mente, em toda ação e pensamento.
Bibliografia :
Amor Incondicional e Perdão
Stauffer, Edith R.
Totalidade Editora
2o Edição
1997
Pág. 18 e 19
Pensamento de Carl G. Jung :
O encontro de duas personalidades é como o contato de duas substâncias químicas : se há
alguma reação, ambas são transformadas.
Psicologia : Objeto de Estudo e Áreas de Atuação

A Psicologia é ciência que gera uma prática profissional. Enquanto ciência tem por objetivo
explicar como o ser humano pode conhecer e interpretar a si mesmo e como pode interpretar e
conhecer o mundo em que vive ( aí incluídas a interação dos indivíduos entre si, a interação
com a natureza, com os objetos e com os sistemas sociais, econômicos e políticos dos quais
façam parte). Enquanto prática profissional, a psicologia coloca o conhecimento por ela
acumulado a serviço de indivíduos e instituições.

É uma ciência que tem como objeto de estudo os seres vivos que estabelecem trocas simbólicas
com o meio ambiente. Está relacionada às ciências humanas (filosofia, teoria do
conhecimento) e biológicas (biologia, neurofisiologia, psicofarmacologia) e apresenta
elementos comuns às ciências sociais (sociologia, antropologia) e exatas (ergonomia,
psicofísica).

Decorre daí a diversidade das abordagens e áreas de estudo na psicologia, bem como o grau de
interdisciplinariedade e convergência dos seus temas. As pesquisas no Instituto de Psicologia
abrangem desde o nível molecular, na psicofarmacologia, ou biofísico, na psicofisiologia, ao
epistemológico, na epistemologia genética, ao subjetivo, na interpretação dos sonhos e
motivações inconscientes, mantendo-se como fio condutor o interesse pelo comportamento e
pela experiência do indivíduo.

O bacharel em Psicologia pode atuar em atividades de pesquisa e magistério superior,


necessitando, para tanto, realizar estudos de pós-graduação. O licenciado dedica-se ao ensino
de nível médio.

A área de atuação do psicólogo estende-se a hospitais, ambulatórios, centros e postos de saúde,


consultórios, creches, escolas, associações comunitárias, empresas, sindicatos, fundações,
juizados de menores e da família, penitenciárias, associações profissionais e esportivas,
clínicas especializadas, núcleos rurais e comunitários etc.

Os quatro Departamentos (Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da


Personalidade; Psicologia Clínica; Psicologia Experimental e Psicologia Social do Trabalho)
deste Instituto expressam essa diversidade e aquela convergência e buscam, de vários modos, a
explicação do sujeito psicológico.
Extraído do Site do Instituto de Psicologia da USP ( www.usp.br/ip )
Psico-Oncologia
Entrevista - Elisa P. Campos - A Força da Mente contra o Câncer - Professora do
Departamenteo de Psicologia Clínica da USP, Elisa Campos desenvolve no Brasil um trabalho
de psico-oncologia, que visa dar ao paciente de câncer e à sua família subsídios para enfrentar
e até vencer a doença. Por fatima afonso e Eduardo Araia.

Planeta - Antes de mais nada, nós gostaríamos que a senhora definisse o que é psico-oncologia
e que técnicas ela utiliza para atingir os seus objetivos.

Elisa - Definir psico-oncologia é falar um pouco do trabalho psicológico de atendimento a


pacientes de câncer, que se desenvolve há muitos tempo em termos de mundo. A primeira
pessoa que eu tenho conhecimento que começou a publicar trabalhos nessa área foi Lawrence
LeShan, o qual tem vários livros editados no Brasil pela Editora Summus. LeShan começou a
fazer um trabalho com pacientes de câncer e descobriu que a sobrevida daquelas pessoas
trabalhadas psicologicamente era maior e diferente. Ele desenvolveu as primeiras pesquisas
nessa área utilizando teste psicólogicos, entrevistas, histórias de vida. Criou inclusive o que
depois denominou padrões de personalidade da pessoa que tem câncer. Esses padrões dizem
basicamente que a pessoa que tem câncer é do tipo boazinha, que deixa todo mundo passar na
frente, que nunca reage, especialmente nunca expressa raiva. Embora essas pesquisas de
LeShan tenham acontecido alguma década atrás, com o avanço da psiconeuroimunologia,
sabemos hoje que isso é real. Uma pessoa que tem raiva ou esta deprimida acaba lançando um
tipo de neurotransmissor no organismo que pode ocasionar uma série de doenças, à medida que
deprime o sistema imunológico.
Você pergunta que técnicas a psico-oncologia usa para atingir seus objetivos. Eu diria que a
psico-oncologia é uma visão do câncer, do homem e uma interface entre a medicina e a
psicologia. Nessa medida, as técnicas de psico-oncologia não existem como tais, mas são todas
as maneiras que os psicólogos utilizam para trabalhar com seus pacientes: entrevistas,
desenhos, etc. Os americanos criaram programas específicos para trabalhar com pacientes de
câncer e o exio nessas abordagens é aquilo que agente chama de visualização. O grupo de
psico-oncologia a que eu pertenço utiliza uma técnica do Milton Erickson - é um tipo de
visualização também, mas no início você faz um relaxamento, depois começa a fazer um
trabalho com imagens. Já está provado, por exemplo, que, visualizando alterações fisiológicas,
você consegue fazer com que elas aconteçam. Já sabemos de pacientes cardíacos que podem
alterar a própria pressão através do autocontrole, da auto-sugestão. Numa visualização, o
paciente é convidado, por exemplo, a imaginar as células cancerosas sendo atacadas pelas
células saudáveis, pelos glóbulos brancos. Tenho um paciente que realmente conseguiu
aumentar o número de células do sistema imunológico a partir da visualização.
...

Serviço
...
Cora: Rua Madalena, 99, Vila Madalena, São Paulo, SP, Fone (011)3813-3340

O que há para se ler

Albert Kreinheder, Conversando com a Doença;

Bernie Sigel, Paz, Amor e cura;

Carl Simontom, Stephanie Matthews-Simontom e James L. Creighton, Com a vida de Novo;

Jeanne Achterberg, A Imaginação e a cura;

Lawrence LeShan, Brigando pela vida e O Câncer como ponto de mutação;

Maria Margarida M. J. de Carvalho(org.), Psico-oncologia no Brasil - Resgatando o viver;

Rachel Naomi Remem, O Paciente como ser humano e Histórias que curam,

todos da Summus Editorial

Veja também : http://sites.uol.com.br/chronos_usp


Bibliografia :
Revista Planeta - Edição 310 - Ano 26 - No 7 - Julho 98
Editora Três
Pág. 18, 19 e 23
Pensamento de Virginia Satir :
Gostaria que todos pudéssemos viver da maneira mais plena possível.

A única coisa que realmente me deixa péssima é ver pessoas que não viveram sua autencidade.

Essas pessoas viveram com todos os seus deveres e obrigações, e culpas e desculpas e tudo o
mais.

Então eu penso: "Que pena!"


Exercício: O Valor da Vontade
Relaxe. Interiorize-se, busque o seu centro. Pense nas ocasiões em que perdeu uma
oportunidade, nos momentos em que provocou seu próprio sofrimento ou que magoou outras
pessoas devido à sua falta de determinação, de propósito, devido à sua incapacidade de fazer
escolhas bem-definidas, ou mesmo por não conseguir assumi-las e realizá-las.

Recrie essas situações na sua tela mental. Reviva os acontecimentos, deixe os sentimentos
associados a cada um desses fatos ressurgirem. Agora, faça uma lista, relacione todos os
acontecimentos de que conseguiu se lembrar. Reafirme para si mesmo seu desejo de mudar, de
fortalecer a sua vontade.

Reflita sobre todas as oportunidades e benefícios que você teria adquirido, no bem que você
poderia ter proporcionado a outras pessoas, se a sua vontade tivesse atuado com maior
intensidade. Pense claramente nas vantagens que poderiam ter sido obtidas, escreva-as. Deixe
os sentimentos associados às possíveis vantagens emergirem. Sinta a satisfação que essas
oportunidades poderiam ter lhe proporcionado, a satisfação que você obteria se tivesse mais
força de vontade. Procure sentir realmente o seu desejo de se tornar mais forte, mais
determinado.

Finalmente, procure se retratar como alguém que possui uma enorme força de vontade.
Imagine-se atuando em cada uma dessas situações, tomando decisões firmes, sua intenção
bem-definida, completamente consciente. Visualize-se andando, conversando; veja-se de uma
forma que exiba sua forte ligação com a sua vontade. Você é forte, perspicaz, firme e
determinando. E, mesmo assim, continua sendo gentil, consegue agir com critério e habilidade.

Observe que essa técnica pode ser empregada para fortalecer sua vontade sempre que você
achar necessário.
Bibliografia :
Elementos da Psicossíntese
Parfitt, Will
Ediouro
1990
Pág. 48
Psicossíntese
A psicossíntese é um método de desenvolvimento psicológico e auto-realização para aqueles
que se recusam a permanecer escravos dos seus próprios fantasmas interiores ou das
influências externas, que não se deixam submeter passivamente à atuação das pressões
psicológicas que se carregam dentro de si, e que estão determinados a se tornarem os mestres
de sua própria vida.
Roberto Assagioli
O Caminho da Individuação
Individuação significa tornar-se um ser único, na medida em que por "individualidade"
entendermos nossa singularidade mais íntima, última e imcomparável, significando também
que nos tornanos o nosso próprio si-mesmo.

Podemos pois traduzir "individuação" como "tornar-se si-mesmo" (Verselbstung) ou "o


realizar-se do si-mesmo" (Selbstverwirklichung)...

O Egoísta ("salbstisch") nada tem a ver com o conceito de si-mesmo, tal como aqui o usamos.

Por outro lado, a realização do si-mesmo parece ser o contrário do despojamento do si-mesmo.

Este mal-entendido é geral, uma vez que não se distingue corretamente individualismo de
individuação.

Individualismo significa acentuar e dar ênfase deliberada a supostas peculiaridades individuais,


em oposição a considerações e obrigações coletivas.

A individuação, no entanto, significa precisamente a realização melhor e mais completa das


qualidades coletivas do ser humano; é a consideração adequada e não o esquecimento das
peculiaridades individuais, o fator determinante de um melhor rendimento social...

A individuação, portanto, só pode significar um processo de desenvolvimento psicológico que


faculte a realização das qualidades individuais dadas; em outras palavras, é um processo
mediante o qual um homem se torna o ser único de que de fato é.
Bibliografia :
O Eu e o Inconsciente
Jung, C. G.
Editora Vozes
14o Edição
Pág. 49 e 50
Jung e os Sonhos I
A função usual dos sonhos é a de procurar restaurar o nosso equilíbrio psicológico de modo a
produzir um material onírico que restabelece ... o equilíbrio psíquico total.
Bibliografia :
O Homem e Seus Símbolos
Doubleday
1964
Pág. 50
Jung e a Intuição III
A intuição, tal como a sensação, é uma experiência dada imediatamente e não produzida como
resultado do pensamento ou do sentimento.
...
A intuição é por vezes denominada sexto sentido ou percepção extra-sensorial.
Bibliografia :
Introdução à Psicologia Junguiana
Hall, Calvin S. e Nordby, Vernon J.
Editora Cultrix
São Paulo
Pág. 87
Exercício de Desidentificação e Auto-Identificação
Eu tenho um corpo, mas eu não sou o meu corpo.
Eu tenho emoções, mas eu não sou as minhas emoções.
Eu tenho uma mente, mas eu não sou a minha mente.

Que sou eu, então ? Depois de eu me ter desidentificado do meu corpo, de minhas sensações,
de meus sentimentos, de meus desejos, de minha inteligência, de minhas ações, o que é que
resta ? Resta a essência do "eu" - um centro de pura consciência. É este o fator permanente no
sempre variável fluxo da minha vida pessoal. Isso é o que me dá o senso de ser, o senso da
permanência, do equilíbrio interior. Afirmo minha identidade com este centro, e compreendo a
sua permanência e energia.

Reconheço e afirmo que sou um centro de pura autoconsciência e de energia criativa e


dinâmica. Compreendo que a partir deste centro de real identidade, posso aprender a observar,
a dirigir e a harmonizar todos os processos psicológicos e o corpo físico. Quero ter consciência
constante deste fato, em meio à minha vida cotidiana, e empregá-la para me ajudar a dar um
significado sempre crescente e uma direção à minha vida.
Bibliografia:
O Ato da Vontade
Assagioli, Dr. Roberto
Editora Cultrix
São Paulo
Pág. 173
Assagioli escreveu :
A meditação pode ser criativa pois ela é "ação interior".
À vezes faz-se um contraste entre a meditação e a ação, pórem isto é errado.
O domínio e a aplicação das energias espirituais e psicológicas são ações, pois exigem
vontade, treinamento e o desenvolvimento de técnicas apropriadas; e acima de tudo, porque
elas são eficientes - elas produzem resultados.
Bibliografia:
"Meditation"
Assagioli, Dr. Roberto
San Francisco, California: Psychosynthesis Institute
1973
Experiências Individuais
"Cada indivíduo mescla com as experiências individuais originais, uma série de estrutura
pessoais inexatas as quais está fortemente apegado tanto mental como emocionalmente. Aqui
está a causa da origem das confusões, os falsos conceitos e as dúvidas diante a realidade."
Bibliografia:
Ser Transpessoal
Assagioli, Dr. Roberto
Gaia Ediciones
( R. Assagioli: Venenos e remédios psicológicos.)
"Nós somos como uma câmera cinematográfica que funciona ininterruptamente, de modo que,
a todo momento, um novo trecho de filme virgem é impressionado por imagens que se
encontram à frente da objetiva. E as impressões assim formadas não são inertes; elas operam
em nós, são forças vivas que estimulam e provocam outras forças interiores e que tendem a
produzir os estados de espírito, os estados físicos e os atos exteriores que lhe correspondem."
Bibliografia:
O Eu e o Inconsciente
Batà, Angela Maria La Sala
Editora Pensamento
São Paulo
Pág. : 80
Pensamento de Perls :
Prefiro trabalhar especialmente com sonhos. Eu creio que, em sonhos, nós recebemos uma
clara mensagem existencial do que está faltando na nossa vida, o que evitamos fazer e viver; e
nós temos material de sobra para reassimilar e recuperar as partes alienadas de nós mesmos.
Bibliografia:
Gestalt Terapia Explicada
Perls, Frederick S.
Summus Editorial
São Paulo
1976
Pág. 109 e 110
Leis do Inconsciente
I - Lei da atenção concentrada :
"A idéia que tende a realizar-se no subconsciente é sempre uma idéia sobre a qual a atenção
espontânea se concentrou."

II - Lei da emoção auxiliar :


"Quando, por uma razão ou outra, uma idéia é envolvida por uma poderosa emoção, a
realização dessa idéia tem maior probabilidade de sucesso."

III - Lei do esforço convertido :


"Quando uma idéia se impõe à mente a ponto de provocar o surgimento de uma 'sugestão' ao
inconsciente, todos os esforços conscientes que o sujeito faz para combater essa sugestão não
só não tem efeito, como tendem a intensificar a própria sugestão."

IV - Lei da finalidade subconsciente :


"Quando o fim é sugerido ao inconsciente ele encontra os meios para realizá-lo sozinho."
Bibliografia:
O Eu e o Inconsciente
Batà, Angela Maria L. S.
Editora Pensamento
São Paulo
Pág. 84 e 85
Método das sugestões ao inconsciente
I - Primeira fase.
Alcançar um certo relaxamento físico, colocando-se numa posição cômoda que permita a todos
os músculos, articulações e nervos de nosso corpo se distenderem, se soltarem, se relaxarem
completamente.

II - Segunda fase.
Procurar preencher a nossa natureza emocional com um estado de confiança, de abandono, de
calma espera. A confiança é extremamente importante para produzir uma condição de abertura
e de receptividade, enquanto um estado de dúvida, de ceticismo ou de ansiedade produziria o
efeito contrário.

III - Terceira fase.


Formular uma frase que exprima da maneira mais clara, concisa e simples a idéia que veremos
que o nosso inconsciente realize e, em seguida, pronunciá-la de forma audível, em voz baixa,
lenta, docemente, mas com firmeza, imaginando "entregá-la" ao nosso subconsciente. ...
aconselha-se a repetir umas três ... vezes a frase que se deseja ver realizada, sempre lenta e
docemente.

IV - Quarta fase.
Não prestar mais atenção e deixar que o inconsciente aja sem ser perturbado.

Para não mais prestar atenção e esquecer, pelo menos durante um certo período de tempo, a
idéia sugerida, aconselha-se a prática deste exercício à noite, antes de adormecer, para
possibilitar às forças inconscientes agirem sem ser perturbadas enquanto dormimos.

... podemos perguntar tudo ao nosso inconsciente, desde a solução de problemas práticos até a
ajuda para o desenvolvimento de qualidades que nos faltam; desde a colaboração em trabalhos
intelectuais e criativos até a inspiração necessária às decisões importantes a serem tomadas ...
Bibliografia:
O Eu e o Inconsciente
Batà, Angela Maria L. S.
Editora Pensamento
São Paulo
Pág. 87 e 88
Medo
Eis outro veneno largamento difundido. Além dos medos e angústias pessoais, invadem-nos a
atmosfera psíquica ondas de medos e pânico coletivos. O medo da guerra global e da
consequente destruição em larga escala da vida humana suscita uma dessas ondas. Difunde-se
também largamente a apreensão a respeito das crises econômicas, do desemprego, das
epidemias, da violência civil, e assim por diante.

Também neste caso, a primeira e a mais urgente coisa a fazer é evitar a exacerbação e a
alimentação de tais medos, por meio de profecias infundadas de catástrofes, e voltar a atenção
firme e propositadamente para áreas positivas e construtivas.

Só na medida em que nos libertarmos do esmagador ritmo do pânico coletivo no tocante a


todos esses assuntos fatais é que nos tornaremos realmente aptos a fazer algo nesse sentido.
Assim, paradoxalmente, a pessoa que se preocupar profunda e sinceramente com a melhoria
das condições econômicas, com o fim das guerras e com assuntos semelhantes, será tanto mais
eficaz quanto menos se abrir - mesmo em nome da compaixão - a todas essas influências, e
quanto mais for capaz de, com calma e concentração, manter-se atenta a questões específicas,
de modo que possa ver claramente o que é preciso fazer.
Bibliografia:
O Ato da Vontade
Assagioli, Dr. Roberto
Editora Cultrix
São Paulo
Pág. 59 e 60
Agressão e Violência
A agressão e a violência, hoje tão disseminadas, são por demais evidentes para que seja preciso
chamar a atenção para elas. O primeiro passo no sentido de lhes dar remédio é deixar de
intensificá-las focalizando, sem necessidade, a atenção e o interesse sobre elas.

Ainda assim os jornais, revistas e programas de televisão competem para apresentar relatos
vívidos e dramáticos de acontecimentos e cenas de agressão e violência.

Toda essa ênfase só serve para intensificar a agressividade, mediante a intervenção do que foi
chamado de "o poder de alimentação da atenção". Seria, pois, medida elementar de higiene
psicológica, de proteção à saúde mental, evitar ou pelo menos limitar grandemente a exposição
a esses relatos sensacionalistas e às ilustrações do mesmo tipo.

Isto não significa fechar os olhos à agressão e à violência, ou ignorar a sua existência. Uma
coisa é lidar com informações objetivas sobre essa situações com um objetivo útil, e outra,
muito diferente, é submeter-se desnecessária e indiscriminadamente a uma enxurrada de
descrições e quadros sensacionalistas.
Bibliografia:
O Ato da Vontade
Assagioli, Dr. Roberto
Editora Cultrix
São Paulo
Pág. 59
Vocação
Jung :

Em última análise, o que induz uma pessoa a escolher seu próprio caminho e elevar-se acima
da identidade com as suas massas inconscientes, como quem emerge de uma nuvem de neblina
...

É o que se chama "Vocação" ...

Quem tem vocação ouve uma voz interior; ele é chamado ...

Caso histórico é o daimon de Sócrates ...

Ter vocação significa, num sentido original, ouvir uma voz que nos é dirigida.

Os mais claros exemplos deste fato podem encontrar-se nas Confissões dos Profetas do Antigo
Testamento ...

Ora, vocação, ou o sentimento da vocação, não é decerto uma prerrogativa de grandes


personalidades, mas pertence também às pequenas ...
Bibliografia:
O Ato da Vontade
Assagioli, Dr. Roberto
Editora Cultrix
São Paulo
Pág. 94
Técnica de Substituição

Muitas pessoas já passaram, numa ou noutra ocasião, pela experiência de ter a atenção captada
por algum pensamento, verso ou melodia, durante longo espaço de tempo, às vezes horas, a
despeito dos esforços feitos para ser livre deles. Nas suas formas externas, essa experiência
pode tornar-se até patológica. Se, na tentativa de não pensar em determinada coisa, nos
concentrarmos intensamente em "não pensar nessa coisa", ela tenderá perversamente a tornar-
se ainda mais dominante e viva em nossa consciência. Não obstante, se escolhermos outro
assunto qualquer e dirigirmos para ele a nossa atenção, veremos que o pensamento indesejado
se tornará gradualmente mais periférico e tênue para, afinal, desaparecer por completo.
Bibliografia:
O Ato da Vontade
Assagioli, Dr. Roberto
Editora Cultrix
São Paulo
Pág. 56
Forças internas e externas do homem

Se um homem de uma civilização anterior à nossa - um grego da Antiguídade, digamos, um


romano - aparecesse de súbito entre os seres humanos do presente, suas primeiras impressões o
levariam a considerá-los uma raça de mágicos, de semideuses. Mas fosse um Platão ou um
Marco Aurélio e se recusasse a ficar deslumbrado ante as maravilhas materiais criadas pela
tecnologia avançada e examinasse a condição humana com mais cuidado, suas primeiras
impressões dariam lugar a uma grande consternação.

Notaria logo que o homem, não obstante o imponente grau de domínio sobre a natureza, possui
um controle muito limitado sobre o seu interior. Perceberia que esse mágico moderno, capaz
de descer ao fundo do oceano e de projetar-se até a lua, é, em larga medida, ignorante do que
se passa nas profundezas do próprio inconsciente e incapaz de se elevar aos luminosos níveis
da supraconsciência, tornando-se cônscio de seu próprio self. Verificar-se-ia que esse pretenso
semideus que controla grandes forças elétricas com o mover de um dedo e inunda o ar de sons
e imagens para divertimento de milhões de pessoas - é incapaz de lidar com as próprias
emoções, impulsos e desejos.
Bibliografia:
O Ato da Vontade
Assagioli, Dr. Roberto
Editora Cultrix
São Paulo
Pág. 7
Uma técnica apresentada por William James para treinar a vontade
Mantenha a faculdade do esforço viva em si por um pequeno exercício gratuito cotidiano. Quer
dizer, seja sistematicamente heróico em pequenos pontos desnecessários; faça todos os dias
alguma coisa, sem nenhuma outra razão a não ser a sua dificuldade, de modo que, quando se
aproximar a hora da necessidade avassaladora, não o encontre acovardado e destreinado para
enfrentar o teste.

O ascetismo desse tipo é como o seguro que um homem paga por sua casa e seus bens. O
prêmio não lhe traz vantagem alguma de momento e, possivelmente, nunca terá reembolso.
Mas, se ocorrer um incêndio, estando o prêmio pago, ele será a sua salvação da ruína.

O mesmo acontece com o homem que se afez a hábitos de atenção concentrada, volição
enérgetica e desprendimento em coisas desnecessárias. Ele resistirá como uma torre quando
tudo treme à sua volta, e seus semelhantes mais brandos são varridos como farelo num pé-de-
vento.
Bibliografia:
Talks to Teachers
James, William
Henry Holt
New York
1912
Pág. 75 e 76
Um princípio psicológico fundamental - (Psicossíntese)

Somos dominados por tudo aquilo com que o nosso eu se identificou.


Podemos dominar e controlar tudo aquilo de que nos desidentificamos.

Neste princípio reside o segredo de nossa escravização ou de nossa liberdade. Sempre que nos
"identificamos" com uma fraqueza, um defeito, um medo ou qualquer emoção ou impulso
pessoal, limitamo-nos e paralisamo-nos. Toda a vez que admitimos "Estou desencorajado" ou
"Estou irritado", ficamos mais e mais dominados por depressão ou ira. Aceitamos essas
limitações; colocamos em nós mesmos os nossos grilhões. Se, pelo contrário, na mesma
situação, dizemos, "Uma onda de desencorajamento está tentando submergir-me" ou "Um
impulso de cólera está tentando subjugar-me", a situação é muito diferente. Temos então duas
forças que se defrontam; de um lado o nosso eu vigilante e do outro o desânimo ou a ira. E o
eu vigilante não se submete a essa invasão; ele pode, objetiva e criticamente, examinar esses
impulsos de desânimo ou ira; pode averiguar a origem deles, prever seus efeitos deletérios e
perceber até que ponto são infundados. Isto é muitas vezes suficiente para sustar um ataque de
tais forças e vencer a batalha.

Mas, mesmo quando essas forças em nosso íntimo são temporariamente mais fortes, quando a
personalidade consciente é, no começo, sobrepujada pela violência delas, o eu vigilante nunca
é realmente conquistado. Ele pode retirar-se para um reduto interior e aí preparar-se e aguardar
o momento favorável ao contra-ataque. Ele pode perder algumas batalhas mas, se não se
render, o resultado final não está comprometido e a vitória será obtida no fim.
Bibliografia:
Psicossíntese: Manual de Princípios e Técnica
Assagioli, Dr. Roberto
Editora Cultrix
São Paulo
Página 36
A oração da Gestalt-terapia
Eu faço minhas coisas, você faz as suas

Não estou neste mundo para viver de acordo com suas expectativas

E você não está neste mundo para viver de acordo com as minhas.

Você é você, e eu sou eu

E se por acaso nos encontramos, é lindo

Se não, nada há a fazer.


Bibliografia:
Gestalt Terapia Explicada
Perls, Frederick S.
Summus Editorial
São Paulo
1976
Pag. 13-17
Pensamento de Jung :
"... a finalidade única da existência humana é a de acender uma luz na escuridão do ser."
Dr. Joseph Murphy em seu livro "O Poder do Subconsciente" disse :
William james, o pai da psicologia americana, disse que a maior descoberta do século XIX não
era no reino da ciência física. A maior descoberta, afirmou, era a força do subconsciente
sustentada pela fé. Em cada ser humano existe esse reservatório ilimitado de força, capaz de
superar qualquer problema do mundo.

A felicidade verdadeira e duradoura chegará a sua vida no dia em que conseguir compreender
claramente que pode superar qualquer fraqueza - isto é, no dia em que compreender que o seu
subconsciente pode resolver todos os seus problemas, curar seu corpo e fazer com que prospere
além do que imaginava em seus sonhos mais otimistas.

Vou descrever agora um processo e uma técnica que ensino há muitos anos. ... Tente-a !

Suponha que você tem medo da água, de montanhas, de uma entrevista, do público ou de
lugares fechados. Se você tem medo de nadar, comece agora a sentar-se tranquilamente
durante uns cinco a dez minutos, três a quatro vezes por dia, e imagine que está nadando. É
uma experiência subjetiva. Mentalmente você se está projetando como se estivesse dentro da
água. Você sente a friagem da água e o movimento dos seus braços e pernas. É tudo tão real e
vívido, constituindo uma alegre atividade da mente. Não é um devaneio inútil, pois você sabe
que está experimentando em sua imaginação o que depois se desenvolverá em sua mente
consciente. Você será compelido a expressar a imagem e representação do quadro que
imprimiu em sua mente mais profunda. Essa é a lei do subconsciente. Você pode aplicar a
mesma técnica se tem medo de montanhas ou de lugares altos. Imagine que está escalando uma
montanha, sinta a realidade desse ato, aprecie o cenário, sabendo que, fazendo-o mentalmente,
o fará depois fisicamente com facilidade e segurança.
Bibliografia:

O Poder do Subconsciente
Murphy, Dr. Joseph
Editora Record
32a Edição
pág. 185, 237 e 238
Jung e a Intuição II
A intuição decorre de um processo inconsciente, dado que o seu resultado é uma idéia súbita, a
irrupção de um conteúdo inconsciente na consciência. A intuição é, portanto, um processo de
percepção, mas, ao contrário da atividade consciente dos sentidos e da introspecção, é uma
percepção inconsciente.

Mas, na realidade, a intuição é um fator dos mais naturais, dos mais normais e necessários,
pois nos coloca em contacto com o que não podemos perceber, pensar ou sentir, devido a uma
falta de manisfestação concreta.

Vejamos: o passado já não existe e a realidade do futuro não é tão manifesta quanto o
possamos imaginar; aí está por que devemos agradecer aos deuses pela existência de uma
função que esclarece um pouco sobre as coisas que se escondem ...

Médicos, frequentemente surpreendidos por situações imprevistas e sem antecedentes, têm que
contar com o auxílio desta função cheia de mistérios, sobre a qual repousa um grande número
de diagnoses perfeitas.
Bibliografia:

Fundamentos de Psicologia Analítica


Jung, C. G.
Editora Vozes
1988
Pág. 11 e 12

A natureza da Psique
Jung, C. G.
Editora Vozes
1991
Pág. 68
Pensamento de Virginia Satir :
"Tento ajudar as pessoas (...) a experimentar a conexão com a sua espiritualidade, levando-as a
entrar em contato com a sua ternura e com a sua força. Para tanto (...) precisamos entender que
nascemos para evoluir. (...) É um crescimento - e não há por que ter medo. Já ouvimos essa
mensagem antes. É sobre isto que falavam Jesus, Buda e tantos outros. Mas, no passado, a
maioria das pessoas (...) dizia: "Eles estão acima de nós, eles são divinos (...) somos apenas
humanos, portanto não podemos estabelecer a mesma conexão." Mas agora, começamos a
perceber que podemos.
James e a Confiança
Suponha, por exemplo, que você esteja escalando uma montanha e colocou-se numa posição
da qual a única saída é um terrível salto. Tenha fé de que você pode fazê-lo com sucesso e seus
pés serão enervados para esta façanha. mas desconfie de si mesmo e pense em todas as doce
coisas que você ouviu os cientistas dizerem sobre os talvez e você hesitará por tanto tempo
que, ao final, totalmente nervoso e trêmulo ao se lançar num momento de desespero, você
rolará no abismo. Em tal caso (e ele pertence a uma enorme classe), a questão de sabedoria,
assim como a de coragem, é acreditar no que está na linha de suas necessidades, pois só com
esta fé a necessidade será preenchida. Recuse-se a acreditar e você poderá de fato estar certo,
pois poderá irrecuperavelmente perecer. Mas acredite, e novamente você talvez esteja certo,
pois poderá salvar-se. Você torna um ou outro dos universos possíveis verdadeiro por sua
confiança ou desconfiança.
Bibliografia:
The Will to Believe and Other Essays in Popular Philosophy
James, William
Longmans, Green and Company
New York e London
1896
Pág. 59
Palavras de William James
É muito importante que os professores compreendam a importância do hábito e a Psicologia
pode ajudar-nos muito neste ponto. Falamos, é verdade, de bons e maus hábitos; mas, quando
as pessoas usam a palavra "hábito", na maioria das vezes têm em mente um mau hábito. falam
do hábito de fumar e do hábito de praguejar e de beber, mas não do hábito de abstenção ou do
hábito da moderação ou da coragem. Mas os fato é que nossas virtudes são hábitos, assim
como nossos vícios. Toda nossa vida, na medida em que tem uma forma definida, não é nada
mais que um conjunto de hábitos - práticos, emocionais e intelectuais - sistematicamente
organizados para o nosso prazer ou pesar, que nos levam de forma irresistível em direção a
nosso destino, seja este qual for.
Bibliografia:
Talks to Teachers on Psychology and to Students on Some of Life's Ideas
James, William
Dover
New York
1962
Pág. 33
Palavras de Jung
Tudo o que nos acontece,

corretamemte compreendido,

leva-nos de volta a nós mesmos;

é como se houvesse um guia inconsciente cujo propósito é livrar-nos de tudo isto,

fazendo-nos depender de nós mesmos.


Palavras de Roberto Assagioli - Fundador da Psicossíntese
"A personalidade do indivíduo é como uma orquestra. Cada parte dela, chamada de sub-
personalidade, é um músico e o EU é o maestro. Não se pode eliminar um músico, mas fazer
com que todos atuem em harmonia. O maestro determina quem vai tocar e a que horas. O
compositor é o lado transpessoal do indivíduo, o que cria. O importante é a ligação harmoniosa
entre todos para a boa execução da sinfonia. A Psicossíntese não é mais uma teoria criada, mas
um processo natural de desenvolvimento humano. É o princípio da síntese que há no Universo
aplicado à psicologia."
Palavras de William James
"A mente engendra a verdade sobre a realidade . . .
Nossa mentes não estão aqui simplesmente para copiar uma realidade que já esta completa.
Estão aqui para completá-la, para acrescentar-lhe importância por seu próprio remodelamento,
para decantar seus conteúdos, por assim dizer, numa forma mais significativa. De fato, a
utilidade da maior parte de nosso pensamento é ajudar-nos a modificar o mundo."
Bibliografia:
The Thought and Character of William James - 2o Vol.
Perry, Ralph Barton
Harvard University Press
1935
Pág. 479
Palavras de Jung
"Ocorre um fato notável na psicoterapia: você não pode decorar nenhuma receita e aplicá-la
mais ou menos adequadamente, mas só é capaz de curar a partir de um ponto central; este
consiste em compreender o paciente como um todo psicológico e chegar a ele como um ser
humano, deixando de lado toda a teoria e ouvindo atentamente o que quer que ele venha a
dizer."
Bibliografia:
Letters
Jung, C. G.
Edited by G. Adler
Princeton University Press
1973
Pág. 456
Ouvir e Compreender
Este exercício é de Rogers (1952a). Ele o sugere como uma forma de avaliar a qualidade de
sua compreensão em relação aos outros.

Da próxima vez que você tiver uma discussão com sua esposa ou com seu amigo, ou com um
pequeno grupo de amigos, simplesmente para de discutir por um momento e, como um
experimento, institua esta regra: "Cada pessoa só pode falar por si mesma depois de ter
reafirmado com exatidão as idéias da pessoa que falou anteriormente, de forma satisfatória
para essa pessoa." Você pode entender o que isto significa. Significa que antes de apresentar
seu próprio ponto de vista, será necessário colocar-se realmente no ponto de referência da outra
pessoa que falou - compreender seus pensamentos e sentimentos o bastante para ser capaz de
resumi-los para ela. Parece simples, não ? Mas se você o tentar, descobrirá que é uma das
coisas mais difíceis que você já tentou fazer. Entretanto, desde que você seja capaz de enxergar
o ponto de vista do outro, seus próprios comentários terão de ser revistos de modo drástico.
Você também descobrirá que a emoção se esvai da discusão, que as diferenças são reduzidas e
que aquelas que permanecem são racionais e compreensíveis.
Bibliografia:
Teorias da Personalidade
Fadiman, James
Frager, Robert Editora Harbra
1979
Pág. 254
Jung e a Intuição
A intuição é a função pela qual se antevê o que se passa pelas esquinas, coisa que
habitualmente não é possível. Entretanto encontramos pessoas que fazem isso e acabamos
acreditando nelas.

É uma função que normalmente fica inativa se vivemos trancados entre quatro paredes, numa
vidinha de rotina. Mas se trabalharmos na Bolsa de Valores ou na África Central, então esses
"palpites" e "impressões" serão as mais eficazes armas de trabalho.

É impossível prever, por exemplo, se, ao passar por um arbusto, toparemos com um leão ou
um tigre - mas podemos ter uma "impressão", e isso é o que, no fim de contas, pode salvar a
pele. Através desse exemplo, se vê que as pessoas normalmente expostas a condições normais
têm que ser valer constantemente da intuição, assim como aqueles que se arriscam num campo
desconhecido e os que são pioneiros em qualquer empreendimento. Inventores bem como
juízes são auxiliados por ela.

Sempre que se tiver de lidar com condições para as quais não haverá valores preestabelecidos
ou conceitos já firmados, esta função será o único guia.

Tentei descrever tudo na melhor maneira possível, mas pode ser que as coisas não tenham
ficado tão claras. O que quero dizer é que a intuição é um tipo de percepção que não passa
exatamente pelos sentidos; registra-se ao nível do inconsciente, e é onde abandono toda
tentativa de explicação dizendo-lhes: "Não sei como isso se processa". Não sei o que se passa
quando um homem se inteira de fatos como ele, em absoluto, não tem meios de conhecer. Não
consigo dizer como essas coisas acontecem, entretanto a realidade aí está, e tais fenômenos são
comprovados ...

Continuamente, venho presenciando esses fatos, e estou convencido de sua existência. Entre os
primitivos, eles ocorrem com frequência, e se prestarmos atenção, registraremos em todo lugar
percepções que, de certa forma, trabalham através de dados subliminares, como percepções
sensoriais tão sutis que escapam à nossa consciência.
Bibliografia:
Fundamentos de Psicologia Analítica
Jung, C. G.
Editora Vozes
1988
Pág. 10 e 11
O caminho da auto-aceitação e da aceitação dos outros
"Ninguem, se queixa da água por ser úmida, nem das rochas por serem duras ...

Como a criança olha para o mundo com uns grandes olhos inocentes e que não criticam,
limitando-se simplesmente a observar e a reparar no que se passa, sem raciocinar nem
perguntar se poderia ser de outra maneira, assim o indivíduo auto-realizado olha para a
natureza humana tanto em si como nos outros."
Bibliografia:
Motivation and Personality
Maslow, A. H.
Harper and Bros.
1954
Pág. 207
Psicossíntese
A Psicossíntese é uma proposta de trabalho de tipo psicológico e educacional que tem por
objetivo facilitar tanto o reconhecimento quanto a manifestação do potencial criativo do
indivíduo, potencial esse que se acha presente no conflitos e nas crises pessoais.

Na prática, a Psicossíntese assume a concepção da pessoa como um todo que transcende os


dualismos indivíduo/sociedade, sujeito/objeto, mente/corpo, espiritualidade/sexualidade, para
deslocar-se em direção à experiência consciente do Self, centro unificador do ser. Enfatiza a
importância do desenvolvimento e do uso da vontade hierarquizadora e coordenadora da
manifestação do indivíduo em seu cotidiano, possibilitando-lhe contatar-se com o significado
mais profundo da vida.

A Psicossíntese utiliza grande variedade de métodos, entre os quais se realçam a análise e a


integração das subpersonalidades, a identificação/desidentificação, o treinamento da vontade, o
desenvolvimento da intuição, a meditação, a imaginação dirigida, além de incorporar a seus
recursos as técnicas provinientes da Gestalt, da Bionergética, do Psicodrama etc.

A aplicação de seus princípios e métodos vem sendo feita em vários campos profissionais: na
psicoterapia, na educação, na medicina, em política, na ação pastoral, no desenvolvimento
organizacional etc. Sua abordagem tem sempre como ponto de referência e experiência do
sujeito, buscando-se clarificar, a partir dos sintomas ou indicadores específicos, o padrão
emergente - novo -. que surge para ampliar a consciência e as possibilidades de manifestação
do ser.
Bibliografia:
Psicossíntese: Manual de Princípios e Técnica
Assagioli, Dr. Roberto
Editora Cultrix
São Paulo
Contra capa
Teoria Paradoxal da Mudança
"... a mudança pode ocorrer quando o paciente abandona, pelo menos de momento, aquilo em
que gostaria de se tornar e tenta ser aquilo que é. A premissa é que a pessoa deve permanecer
em seu lugar, a fim de ter um terreno firme para se deslocar, e que é difícil ou impossível
qualquer movimento sem essa base sólida."
A teoria da mudança da Gestalt-terapia
As crianças absorvem ( introjetam ) idéias e comportamentos. Isso resulta em moralidade
forçada, e não numa moralidade organismicamente compatível. Em decorrência disso, as
pessoas frequentemente sentem culpa quando se comportam de acordo com sua vontade, em
contraste com seu(s) deveria(s). Algumas investem uma enorme quantidade de energia na
manutenção da separação entre seu(s) deveria(s) e suas vontades - cuja resolução exige o
reconhecimento de uma moralidade própria, em contraste com uma moralidade introjetada.
O(s) deveria(s) sabota(am) tais pessoas, e quanto mais elas procuram ser quem não são tanto
mais resistência se organiza e a mudança não ocorre.

Beisser defendeu a teoria de que a mudança não ocorre por meio da "tentativa coercitiva do
indivíduo ou de outro de mudá-lo", mas acontece se a pessoa gasta seu tempo e esforço para
ser "o que é", para estar integralmente em sua posição atual ( The paradoxal theory of change,
1970 , p. 70 ). Quando o terapeuta rejeita o papel de agente da mudança , mudanças ordenadas
e significativas também podem ocorrer.

A noção da Gestalt-terapia é a de que a awareness (abrangendo aceitação, escolha e


responsabilidade ) e o contato trazem mudanças naturais e espontâneas. A mudança forçada é
uma tentativa de concretizar uma imagem, em vez de concretizar o self. Com awareness, a
auto-aceitação e o direito de existir como é, o organismo pode crescer. A intervenção forçada
retarda esse processo.

... os Gestalt-terapeutas acreditam que as pessoas tem um impulso natural em direção à saúde.
Essa propensão é encontrada na natureza e as pessoas são parte da natureza. A awareness do
óbvio, o continuum de awareness, é um instrumento que a pessoa pode usar deliberadamente
para canalizar esse impulso espontâneo para a saúde.

(Veja também o artigo Gestalt-Terapia abaixo)


Bibliografia:
Processo, Diálogo e Awareness
Yontef, Gary M.
Summus Editorial
São Paulo
1998
pag. 33, 34
O que é Psicologia ?
Nas palavras de William James, um de seus maiores nomes, é a ciência da vida mental. A
psicologia trata do funcionamento da mente, tanto nos seus aspectos normais quanto nas
disfunções e distúrbios, ao passo que a psiquiatria lida apenas com os últimos.
...
A psicologia encontra aplicações na indústria, publicidade, educação geral e infantil e, através
da psicologia clínica, no diagnóstico e tratamento de doenças psiquiátricas.
Bibliografia: Nova Enciclopédia Ilustrada da Folha, 1996
A vivência do eu potencial
Um dos aspectos do processo terapêutico que se torna evidente em todos os casos pode
designar-se como a consciência da experiência ou mesmo como "a vivência da experiência".

Empreguei nesse ponto a expressão "a vivência do eu", embora essa expressão não seja
completamente exata. Na segurança da relação com um terapeuta centrado no cliente, na
ausência de qualquer ameaça presente ou possível contra o eu, o cliente pode permitir-se
examinar diversos aspectos da sua experiência exatamente da mesma maneira que os sente, tal
como os apreende através do seu sistema sensorial e visceral, sem os distorcer para adaptá-lo
ao conceito existente de eu. Muitos desses aspectos revelam-se em extrema contradição com o
conceito de eu e não poderiam normalmente ser experimentados plenamente, mas, nessa
relação de confiança, o cliente pode permitir que se manifestem na consciência sem sofrerem
uma deformação.

Seguem então muitas vezes o seguinte esquema: "Eu sou isso e aquilo, mas experimento esse
sentimento que não tem qualquer relação com aquilo que sou"; "Gosto dos meus pais, mas
sinto um surpreendente rancor em relação a eles, de tempos em tempos", "Realmente não
valho nada, mas às vezes tenho a impressão de ser melhor que qualquer um". Assim, de início,
a expressão é: "Sou um eu que é diferente de uma parte da minha experiência". Mas tarde, isso
se transforma num esquema provisório: "Talvez eu seja alguns eus muito diferentes, ou talvez
o meu eu encerre mais contradições do que aquelas que eu imaginava". Mas tarde ainda, o
esquema é: "Tinha certeza de de que eu não podia ser a minha experiência - era demasiado
contraditória - mas agora começo a acreditar que posso ser o todo da minha experiência".
...
Procurei lhes contar o que pareceu ocorrer nas vidas das pessoas com as quais tive o privilégio
de compartilhar uma relação à medida que lutavam para se tornarem elas mesmas.
...
Tenho ressaltado que cada indivíduo parece estar fazendo uma pergunta dupla: "Quem sou
eu ?" e "Como posso tornar-me eu mesmo ?". Tenho afirmado que num clima psicológico
favorável um processo de tornar-se ocorre; que o indivíduo deixa cair as máscaras defensivas
com as quais vinha encarando a vida, uma após a outra; que ele vivencia plenamente os
aspectos ocultos de si mesmo; que descobre nessas experiências o estranho que vinha vivendo
por detrás destas máscaras, o estranho que é ele mesmo.
Tentei exibir o meu quadro dos atributos característicos da pessoa que aflora; uma pessoa que
está mais aberta a todos os elementos de sua experiência orgânica; uma pessoa que está
desenvolvendo uma confiança em seu próprio organismo como um instrumento de vida
sensível...
Bibliografia:
Tornar-se Pessoa
Rogers, Carl R.
Editora Martins Fontes
São Paulo
1999
pag. 88, 89, 139 e 140
Afirmação de Carl R. Rogers :
Se eu posso criar uma relação caracterizada da minha parte:

por uma autenticidade e transparência, em que eu sou meus sentimentos reais;


por uma aceitação afetuosa e apreço pela outra pessoa como um indivíduo separado;
por uma capacidade sensível de ver seu mundo e a ele como ele os vê;

Então o outro índivíduo na relação :

experienciará e compreenderá aspectos de si mesmo que havia anteriormente reprimido;


dar-se-á conta de que está se tornando mais integrado, mais apto a funcionar efetivamente;
tornar-se-á mais semelhante à pessoa que gostaria de ser;
será mais autodiretivo e autoconfiante;
realizar-se-á mais enquanto pessoa, sendo mais único e auto-expressivo;
será mais compreensivo, mais aceitador com relação aos outros;
estará mais apto a enfrentar os problemas da vida adequadamente e de forma tranquila.
Bibliografia:
Tornar-se Pessoa
Rogers, Carl R.
Editora Martins Fontes
São Paulo
1999
pag. 43
Pensamento de Carl Rogers sobre aprender :
"Cheguei à conclusão de que a única coisa que se aprende de modo a influenciar
significativamente o comportamento é um resultado da descoberta de si, de algo que é captado
pelo indivíduo. Um conhecimento desse tipo, descoberto pelo indivíduo, essa verdade que foi
captada e assinalada na experiência de um modo pessoal, não se pode comunicar diretamente à
outra pessoa."
Pensamento de Huang Po
"Se buscar o conhecimento durante mil dias, isso valerá menos para você do que um dia de
estudo sério das verdadeiras atividades da mente. Se não a estudar, você será incapaz de dirigir
até mesmo uma simples gota de água."
O que pensava Carl Ranson ROGERS sobre a Capacidade do indivíduo :
"O ser humano tem a capacidade, latente ou manifesta, de compreender-se a si mesmo e de
resolver seus problemas de modo suficiente para alcançar a satisfação e eficácia necessárias ao
funcionamento adequado."
Bibliografia:

Psicoterapia e Relações Humanas


Rogers, C. R. & Kinget, G. M.
Interlivros
BH
1977
2ª ed. vol.I, II
Pág. 39
Adaptado de Carl R. Rogers, On Becoming a Person (Boston: Houghton Mifflin,1961),
pp.18ss. :
"Descobri que permitir-me compreender uma outra pessoa é de enorme valia.

A maneira com que expressei esse pensamento talvez lhe pareça estranha.

Será necessário alguém permitir-se compreender o outro ? Acredito que sim.

Nossa primeira reação à maioria das afirmações (que ouvimos as outras pessoas fazerem) é
uma avaliação ou um julgamento, mas não uma compreensão delas.

Quando alguém expressa sentimentos, atitudes ou crenças, nossa tendência é quase


imediatamente sentir que 'isto é certo', 'isto é tolice', 'isto é anormal', 'isto é insensato', 'isto é
incorreto', 'isto não é bom'.

Raramente, e muito raramente, permitimo-nos compreender precisamente o que signifacam as


afirmações para a outra pessoa."

Um pouco do que pensava Carl Gustav Jung (1875-1961) sobre Mitos e Lendas :
"No Oriente, grande parte da terapia prática se constrói sobre o princípio de
elevar o caso pessoal a uma situação geral válida. A medicina grega também
trabalhava com o mesmo método. É evidente que a imagem coletiva ou sua
aplicação deve estar de acordo com a condição particular do paciente. O mito
ou a lenda emerge do material arquetípico que está constelado pela doença, e
o efeito psicólogico consiste em conectar o paciente com o sentido geral de
sua situação.
...
A moderna terapia espiritual usa o mesmo princípio: a dor ou doença é comparada com o
sofrimento de Cristo na Cruz, e essa idéia dá consolação. O indivíduo é elevado acima de sua
miserável solidão e colocado como quem suporta um destino heróico e significativo que,
finalmente, reverte em bem para o mundo, como o martírio e a morte de um Deus.
...
Isto provocava tal libertação de energia que se torna perfeitamente compreensível por que a
dor diminuía.
...
E é bem provável que um símbolo adequado e impressionante possa mobilizar as forças do
inconsciente a tal ponto que até o sistema nervoso seja afetado, levando o corpo a reagir de
maneira normal novamente."
Bibliografia:
Fundamentos de psicologia analítica
Jung, Carl Gustav
Editora Vozes
1985
Pag. 96 e 97
Pensamento de Carl Gustav Jung
"Nosso objetivo é a melhor compreensão possível da vida assim como a encontramos na alma
humana. O que aprendemos através da compreensão não vai, espero sinceramente, petrificar-se
em teoria intelectual, mas se tornar um instrumento que, através de sua aplicação prática,
melhore em qualidade até poder servir seu propósito com o máximo de perfeição possível."
"Estou convencido de que a verdadeira meta da análise é atingida quando o
paciente adquire um suficiente conhecimento dos métodos, mediante os quais
poderá ficar em contato com o inconsciente, e um saber psicológico
satisfatório, que lhe permita compreender razoavelmente o desenvolvimento
do seu traçado vital ... Neste sentido, a análise não é um método que possa ser
monopolizado pela medicina; é também uma arte, uma técnica ou uma ciência
da vida psicológica, que devemos cultivar depois da cura, para o próprio bem
e para o bem de todos ... e quanto mais conscientes nos tornamos de nós
mesmos através do autoconhecimento, atuando consequentemente, tanto mais se reduzirá a
camada do inconsciente pessoal que recobre o inconsciente coletivo. Desta forma, vai
emergindo uma consciência livre do mundo mesquinho, suscetível e pessoal do eu, aberta para
a livre participação de um mundo mais amplo"
Bibliografia :
O Eu e o Inconsciente
Carl Gustav JUNG
Editora vozes
Pág. 53 e 148

Gestalt-Terapia
Gestalt-Terapia é uma terapia experiencial e do presente, fundada por Frederick (Fritz) e Laura
Perls na década de 1940. Ela ensina a terapeutas e pacientes o método experiencial da
"awareness", no qual perceber, sentir e agir são distinguidos da interpretação e das atitudes
evasivas preexistentes. A ênfase está em observar, descrever e explicar a estrutura exata do que
está sendo experienciado no aqui e agora.

Interpretações, especulações, classificações são consideradas menos confiáveis do que são


diretamente percebidas e sentidas. Pacientes e terapeutas na Gestalt-Terapia dialogam, ou seja,
comunicam suas perspectivas experienciais.
Diferenças nas perspectivas tornam-se o foco da experimentação e da continuação do diálogo
existencial, focado na existência das pessoas, nos relacionamentos, nas alegrias e sofrimentos,
como são experienciados diretamente.

Os dados disponíveis para observação direta pelo terapeuta são estudados pelo foco
fenomenológico, com experimentos, relatos dos participantes e diálogo.

O foco fenomenológico ajuda as pessoas a ficarem distantes da sua maneira usual de pensar,
portanto elas podem constatar a diferença entre o que está atualmente sendo percebido e
sentido na experiência vivenciada no aqui e agora e o que é resíduo do passado.

O objetivo é de que os pacientes se tornem conscientes do que eles estão fazendo, como eles
estão fazendo isso, e como eles podem mudar-se, e ao mesmo tempo, aprenderem a
reconhecer-se, a aceitar-se e a ter auto-estima.

Embora o foco do processo terapêutico seja o presente (aqui e agora), a experiência passada
tem sua importância a partir da forma como afeta o "agora", surgindo como situações
inacabadas, hábitos e crenças.

A Gestalt-Terapia foca mais o processo ( o que está acontecendo ) do que o conteúdo ( o que
está sendo discutido/questionado/examinado ). A ênfase é no que está sendo experienciado,
pensado e sentido no momento, antes do que, foi, poderia ser ou deveria ser.

O gestalt-terapeuta trabalha com estes elementos no aqui-agora criando condições para o


paciente conscientizar-se dos mesmos, experimentar novas possibilidades de comportamentos,
reformular sua existência. Aprendendo a acompanhar o seu próprio processo, o paciente
poderá escolher e desenvolver seus próprios caminhos.
Bibliografia :
Awareness, Dialogue, and Process
The Gestalt Journal Press
1993
Gary Yontef, Ph.D.

PENSAMENTO DE FREUD
A interpretação dos sonhos é, de fato, a estrada real para o
conhecimento
do inconsciente, a base mais segura da psicanálise.
É campo onde cada trabalhador pode por si mesmo chegar a adquirir
convicção própria, bem como atingir maiores aperfeiçoamentos.
Quando me perguntam como pode uma pessoa fazer-se psicanalista,
respondo que é pelo estudo dos próprios sonhos.
SIGMUND FREUD (1856-1939)
O Pensamento vivo de Freud
Martin Claret Editores
A PSICOLOGIA JUNGUIANA

Carl Gustav Jung, psicólogo e psicanalista suíço (1875-1961)


Teoria da Personalidade

Para Jung, a personalidade como um todo é denominada PSIQUE.


Esta palavra latina significava originalmente "espírito" ou "alma",
tendo porém passado, nos tempos modernos, a significar "mente",
como em psicologia, a ciência da mente.

A psique abrange todos os pensamentos, sentimentos e


comportamentos, tanto os conscientes como os inconscientes.

Podem-se distinguir três níveis na psique. São eles :


a consciência, o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo.

A CONSCIÊNCIA é a parte da mente conhecida diretamente pelo


indivíduo. Esta consciência se amplia com o uso de 4 funções
mentais que Jung denominou de :
pensamento, sentimento, sensação e intuição.

E existem 2 atitudes que orientam a mente consciente :


A atitude EXTROVERTIDA, orienta a consciência para
o mundo externo, objetivo.
E a atitude INTROVERTIDA, orienta a consciência para
o mundo interior, subjetivo.

O processo pelo qual a consciência de uma pessoa se


individualiza é conhecido pelo nome de INDIVIDUAÇÃO.

A meta da individuação é CONHECER A SI MESMO.

Do processo de individuação da consciência aparece


um novo elemento a que Jung denominou de EGO.

O ego é o nome dado por Jung à organização da


mente consciente; e que se compõem de percepções
conscientes, de recordações, pensamentos e sentimentos.

O ego atua como um filtro para a personalidade, tendo


como função constante a seleção e eliminação das
experiências recebidas.

As experiências recebidas que são eliminadas, não


desaparecem da psique, pelo contrário, ficam
armazenadas no que Jung denominou INCONSCIENTE
PESSOAL.

No inconsciente pessoal ficam armazenadas todas as


atividades psíquicas reprimidas e os conteúdos que não
se harmonizam com a individuação.

Existe a possibilidade da formação de um aglomerado de


sentimentos, pensamentos, lembranças do inconsciente , a
isto, Jung chamou COMPLEXOS.

Para Jung os complexos não são necessariamente um obstáculo


ao ajustamento de uma pessoa. Na verdade eles podem ser e
freqüentemente o são, fontes de inspiração e de impulso,
essenciais para a superação de limites.

Na procura da origem dos complexos, Jung descobriu outro nível


da psique a que deu o nome de INCONSCIENTE COLETIVO.

O inconsciente coletivo é a parte da psique que se pode distinguir


do inconsciente pessoal pelo fato da sua existência não depender
da experiência pessoal. O inconsciente pessoal compõem-se de
conteúdos que foram em certo momento conscientes, ao passo
que os conteúdos do inconsciente coletivo jamais o foram no
período de vida dum indivíduo.

O inconsciente coletivo é um reservatório de imagens latentes,


em geral denominadas "imagens primordiais" por Jung, que
dizem respeito ao desenvolvimento mais primitivo da psique.

O homem herda tais imagens do passado ancestral, passado que


inclui todos os antecessores humanos, bem como os antecessores
pré-humanos ou animais. Estas imagens não são herdadas no
sentido de uma pessoa lembrar-se delas conscientemente, ou de
ter visões como as dos antepassados. São antes predisposições
ou potencialidades no experimentar e no responder ao mundo
tal como os antepassados. Por exemplo o medo do escuro,
não lhe foi preciso aprender este medo através de experiências
com a escuridão, herdamos isso porque nossos ancestrais
experimentaram este medo ao longo das gerações.

Os conteúdos do inconsciente coletivo denominam-se


ARQUÉTIPOS. A palavra arquétipo significa um modelo
original que conforma outras coisas do mesmo tipo.

Jung escreveu :
"Existem tantos arquétipos quantas as situações típicas na vida.
Uma repetição infinita gravou estas experiências em nossa
constituição psíquica, não sob a forma de imagens saturadas
de conteúdo, mas a princípio somente como formas sem conteúdo
que representavam apenas a possibilidade de um certo tipo de
percepção e de ação". (vol. 9i, p. 48)

Os arquétipos são universais, isto é, todos herdam as mesmas


imagens arquétipicas básicas.
Bibliografia :
Introdução à Psicologia Junguiana
Calvin S. Hall e Vernon J. Nordby
Editora Cultrix

www.estudodamente.com - Metáforas

Conta uma popular lenda do Oriente Próximo, que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um
povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:

- Que tipo de pessoa vive neste lugar ?

- Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem ?" - perguntou por sua vez o ancião.

- Oh, um grupo de egoístas e malvados - replicou o rapaz - estou satisfeito de haver saído de lá.

A isso o velho replicou: - A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui.

No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:

- Que tipo de pessoa vive por aqui?

O velho respondeu com a mesma pergunta: - Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?

O rapaz respondeu: - Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito
triste por ter de deixá-las.

- O mesmo encontrará por aqui - respondeu o ancião.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:

- Como é possível dar respostas tão diferente à mesma pergunta?


Ao que o velho respondeu :

- Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom
nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos
ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa
vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.
Autor Desconhecido
Olimpíadas Especiais

Certa vez, em uma das provas das Olimpíadas Especiais, nos Estados Unidos, nove participantes, todos
com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos.

Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si,
terminar a corrida e ganhar.

Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar.

Os outros oito ouviram o choro.

Diminuíram o passo e olharam para trás.

Então eles viraram e voltaram. Todos eles.

Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou e deu um beijo no garoto, dizendo:

- Pronto, agora vai sarar.

E os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada.

O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos.

E você?

Tem voltado para ajudar os outros a vencer?


Autor Desconhecido
GRATIDÃO

O homem por detrás do balcão, olhava a rua de forma distraída.

Um garotinha se aproximava da loja e amassou o narizinho contra o vidro da vitrina. Os olhos da cor
do céu, brilhavam quando viu determinado objeto. Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesa
azuis.

- É para minha irmã. Pode fazer um pacote bem bonito ?

O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou :

- Quanto dinheiro você tem ?

Sem exitar ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o
sobre o balcão, e feliz disse :

- Isto dá, não dá ?

Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa.

- Sabe, continuou. Eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa
mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É aniversário dela e tenho certeza que ela ficará feliz
com o colar que é da cor dos seus olhos.

O homem, foi para o interior da loja. Colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel
vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.

- Tome! Disse para a garota. Leve com cuidado.

Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo. Ainda não acabara o dia, quando uma linda jovem de cabelos
loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou à loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho
desfeito e indagou :

- Este colar foi comprado aqui?

- Sim senhora.

- E quanto custou?

- Ah! Falou o dono da loja. O preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto
confidencial entre o vendedor e o freguês.

A moça continuou:

- Mas minha irmã somente tinha algumas moedas. O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro
para pagá-lo.

O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e o devolveu à jovem.

- Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo que tinha!

O silêncio encheu a pequena loja, e duas lágrimas rolaram pelas faces jovens. Enquanto suas mãos
tomavam o embrulho ela retornava ao lar emocionada ...
Autor Desconhecido
FLORES RARAS

Conta-se que havia uma jovem que tinha tudo, um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego
que lhe rendia um bom salário e uma família unida.

O problema é que ela não conseguia conciliar tudo.

O trabalho e os afazeres lhe ocupavam quase todo tempo e ela estava sempre em débito em alguma
área. Se o trabalho lhe consumia tempo demais, ela tirava dos filhos, se surgiam imprevistos, ela
deixava de lado o marido...
E assim, as pessoas que ela amava eram deixadas para depois até que um dia, seu pai, um homem
muito sábio, lhe deu um presente: Uma flor muito rara, da qual só havia um exemplar em todo o
mundo.

A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza sem igual.

Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o trabalho consumia todo o seu tempo, e a sua vida,
que continuava confusa, não lhe permitia cuidar da flor.

Ela chegava em casa, e as flores ainda estavam lá, não mostravam sinal de fraqueza ou morte, apenas
estavam lá, lindas, perfumadas.

Então ela passava direto.

Até que um dia, sem mais nem menos, a flor morreu. Ela chegou em casa e levou um susto! A planta,
antes exuberante, estava completamente morta, suas raízes estavam ressecadas, suas flores murchas e
as folhas amareladas.

A jovem chorou muito, e contou ao pai o que havia acontecido. Seu pai então respondeu: eu já
imaginava que isso aconteceria, e, infelizmente, não posso lhe dar outra flor, porque não existe outra
igual a essa.

Ela era única, assim como seus filhos, seu marido e sua família.

Todos são bênçãos que o senhor lhe deu, mas você tem que aprender a regá-los, podá-los e dar atenção
a eles, pois assim como a flor, os sentimentos também morrem.

Você se acostumou a ver a flor sempre lá, sempre viçosa, sempre perfumada,e se esqueceu de cuidar
dela.

Por fim, o pai amoroso e sábio concluiu: Filha! Cuide das pessoas que você ama!
Autor Desconhecido
Um casal de idosos comemora suas Bodas de Ouro após longos anos de matrimônio.

Enquanto tomavam juntos o café da manhã a esposa pensou:

- Por cinqüenta anos tenho sempre sido atenciosa para com meu esposo e sempre lhe dei a parte
crocante de cima do pão. Hoje desejo, finalmente, degustar eu mesma essa gostosura.

Ela espalhou manteiga na parte de cima do pão e deu ao marido a outra metade.

Ao contrário do que ela esperava, ele ficou muito satisfeito, beijou sua mão e disse:

- Minha querida, tu acabas de me dar a maior alegria do dia. Por mais de cinqüenta anos eu não comi a
parte de baixo do pão, que é minha preferida. Sempre pensei que eras tu que deverias tê-la, já que tanto
a aprecias.
(Do livro O Mercador e o Papagaio, de Nossrat Peseschkian, Papirus Editora)
"As coisas não precisam continuar sendo feitas como sempre foram feitas"
(autor desconhecido)

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e,
sobre ela, um cacho de banana.

Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançaram um jato de água
fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros
enchiam-no de pancadas. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da
tentação das bananas.

Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada,
dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo
integrante do grupo não mais subia a escada.

Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com
entusiamo, da surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o
o último dos veteranos foi substituído.

Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um
banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza
a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."

Você não deve perder a oportunidade de passar esta história para seus amigos, para que, vez por outra,
questionem-se porque estão batendo...
"É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito". Albert Einstein
A Lição do Bambu Chinês

(sabedoria chinesa)

Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada, por aproximadamente 5 anos
exceto lento desabrochar de um diminuto broto, a partir do bulbo.

Uma maciça e fribosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra está sendo
contruída.

Então, no final do 5o Ano, o bambu chinês, cresce até atingir a altura de 25 metros.
Um escritor de nome Covey escreveu: Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu
chinês.

Você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e, às vezes não
vê nada por semanas, meses, ou anos.

Mas se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5o Ano chegará, e,
com ele, virão um crescimento e mudanças que você jamais esperava ...

O bambu chinês nos ensina que não devemos facilmente desistir de nossos projetos, e de nossos
sonhos...

Em nosso trabalho, especialmente, que é um projeto fabuloso, que envolve mudanças... de


comportamento, de pensamento, de cultura e de sensibilização, devemos sempre lembrar do bambu
chinês, para não desistirmos facilmente diante das dificuldades que surgirão.

Procure cultivar sempre dois bons hábitos em sua vida: a Persistência e Paciência, pois você merece
alcançar todos os seus sonhos!!!

É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao
chão.
Extraído de um Folheto da : ANIMAVERSUM - 22/02/2002
A importância Univxrsal dx Cada Um

(autor dxsconhxcido)

Apxsar dx minha máquina dx xscrxvxr sxr um modxlo antigo, xla funciona bxm, com xxcxção dx uma
txcla. Há quarxnta x duas txclas qux funcionam bxm, mxnos uma, x isto faz uma grandx difxrxnça.

Txmos qux txr cuidado para qux nosso grupo funcionx como xsta máquina dx xscrxvxr x qux todos os
sxus mxmbros trabalhxm como dxvxm.

Ninguxm txm o dirxito dx pxnsar: "Afinal, sou apxnas uma pxssoa x sxm dúvida não faz muita
difxrxnça a minha participação dxntro do grupo." Comprxxndxmos qux, para um grupo podxr
progrxdir xficixntxmxntx, nxcxssário sx faz qux todos participxm ativamxntx.

Sxmprx qux vocx pxnsar qux não prxcisam dx vocx, lxmbrx-sx da minha vxlha máquina dx xscrxvxr x
diga a si próprio: "Xu sou uma das txclas importantxs xm todas as atividadxs dx qux participo x os
mxus sxrviços são nxcxssários. - Txnho importância Univxrsal."
Extraído do Site : www.stgermain.org.br
Você já observou bem de perto, um cristal de rocha ?

À primeira vista, ele não passa de um simples mineral, frio, servindo apenas como objeto de decoração.
Porém, essa frieza é só aparente. Pesquisando, estudando, perquirindo até o cerne, o homem descobriu
que uma minúscula partícula do cristal de rocha - ou quartzo - possui vibrações suficientes para
alimentar com espantosa precisão aparelhos de alta tecnologia.

O surpreendente poder do quartzo, durante séculos protegido no interior da terra, guardando em suas
entranhas o mistério da cristalização da força, é hoje amplamente empregado pela ciência nos mais
avançados e engenhosos empreendimentos em benefício da humanidade.

No lugar da aparente frieza do quartzo o que existe, na verdade, além de uma sonora transparência e
rara limpidez, é uma forte, poderosa e pura energia.

O homem sabe disso, hoje, porque não se contentou com o que simplesmente via no cristal em seus
aspectos externos, mas penetrou fundo e amadureceu na realidade do valioso mineral.

Assim como no quartzo, também dentro de você lateja uma energia imensa, concentrada, a ser
pesquisada e desenvolvida para que possa movimentar mais precisamente esse majestoso e supremo
engenho que é sua própria existência.
Extraído do Folheto : Descubra em você essa Energia da Ordem Rosacruz (www.amorc.org.br)
Uma história do Talmude
Encontrava-se Rabi Meir na Casa de Estudos quando morreram seus dois filhos. Era shabat, dia de
descanso, e Brúria, sua esposa, não quis interromper-lhe a reza para avisá-lo. Quando Rabi Meir
retornou a casa, Brúria lhe disse que precisava de um conselho para um problema que a afligia:

"Há muito tempo emprestaram-me duas jóias preciosas para que eu as cuidasse. Eram tão lindas que
me apeguei muito a elas. Agora vieram pedi-las de volta. Mas ficaram comigo tanto tempo que as sinto
minhas. Que devo fazer?"

"Mas como?", respondeu Rabi Meir, "você ficaria com o que não lhe pertence? Se foram emprestadas,
têm que ser devolvidas."

"Foi o que aconteceu", contou-lhe então Brúria:


"Deus nos emprestou aquelas duas jóias preciosas, e agora as quis de volta".

Adaptada do Talmude
Livro de sabedoria judaico
Bibliografia:
Revista Thot
Uma publicação da Associação Palas Athena
Número 60
1995
Pág. 40
Quando Richard Bandler e John Grinder estavam fazendo terapia particular, eram conhecidos como os
mestres da interrupção de padrões. Bandler contou-me uma história sobre uma visita a uma instituição
para doentes mentais e o procedimento com um homem que insistia que era Jesus Cristo, não
metaforicamente, não em espírito, mas em carne. Um dia Bandler foi lá para encontrar esse homem.

"Você é Jesus ?", perguntou.

"Sim, meu filho", respondeu o homem.

Bandler disse: "Voltarei em um minuto".

Aquilo deixou o homem um pouco confuso. Em três ou quatro minutos, Bandler voltou trazedo uma
fita métrica. Pedindo ao homem que abrisse os braços, Bandler mediu a largura de seus braços e a
altura da cabeça ao dedo do pé. Depois disso, Bandler saiu. O homem que dizia ser Jesus ficou um
pouco preocupado. Um pouco mais tarde, Bandler voltou com um martelo, alguns pregos grandes e
afiados e uma porção de tábuas. Começou a prendê-los em forma de uma cruz.

O homem perguntou: "O que está fazendo ?"

Enquanto Richard punha os últimos pregos na cruz, perguntou: "Você é Jesus ?"

Outra vez o homem respondeu: "Sim, meu filho".

Bandler disse: "Então você sabe por que estou aqui".

De alguma forma, o homem subitamente lembrou-se quem ele era na realidade. Seu velho padrão já
não parecia uma idéia boa.
"Eu não sou Jesus ! Eu não sou Jesus !" começou o homem a gritar.

Caso encerrado.
Bibliografia:
Poder sem Limites
Robbins, Anthony
Editora Best Seller
5o Edição
1987
Pág. 264 e 265
Uma reunião dos Alcoólicos Anônimos, Estados Unidos. O monitor faz um breve discurso: “palavras
são só palavras, cada um interpreta de um jeito. Mas hoje, nada de palavras. Vocês vão travar contato
direto com a realidade, nua e crua”. Ele pega então dois frascos de vidro, enche um com água e outro
com álcool. Pega um pequenino verme e deixa-o cair no frasco com água. O verme afunda, alguns
segundos depois começa a movimentar-se, chega à superfície e nada até a borda.

O monitor apanha novamente o verme, deixando-o cair desta vez no frasco com álcool. Ele novamente
afunda, só que dessa vez permanecendo inerte. Instantes depois ele começa a se desintegrar. Depois de
algum tempo, dele só resta um borrão acinzentado turvando a cristalinidade do líquido.

O monitor pergunta: “todos viram?”. Sim, todos. “E a que conclusão podemos chegar?”. Uma mão se
levanta: “Entendo que, se bebermos álcool, não teremos vermes”.
Autor : Ruben Bauer
Parte do Artigo : Convivencialidade, Autopoiesis e Aprendizagem Organizacional
Extraído do Site : www.bauer.pro.br
A LAGOSTA

A lagosta cresce formando e largando uma série de cascas duras, protetoras. Cada vez que ela se
expande, de dentro para fora, a casca confinante tem de ser mudada. A lagosta fica exposta e
vulnerável até que, com o tempo, um novo revestimento vem substituir o antigo.

A cada passagem de um estágio de crescimento humano para outro, também temos de mudar uma
estrutura de proteção. Ficamos expostos e vulneráveis, mas também efervescentes e embriônicos
novamente, capazes de nos extendermos de modo antes ignorado.

Essas mudanças de pele podem durar vários anos; entretanto, se sairmos, de cada uma dessas
passagens, entramos num período mais prolongado e mais estável, no qual podemos esperar relativa
tranquilidade e uma sensação de reconquista de equilibrio.
Citado em "Passagens" de Gail Sheehy
O HOMEM QUE NÃO SE IRRITAVA

Em uma cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém.

Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas.

Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido.

Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa
determinada noite em que o levariam a um jantar.

Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para
a ocasião. Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, que o homem
gostava muito.

A garçonete chegou próximo a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado,
a fim de facilitar a tarefa.

Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi embora para outra mesa.

Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela
direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se
distanciou, ignorando-o.

Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando
saboroso aroma, como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha.

Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam discretamente, para ver sua reação.

Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse: o que o senhor
deseja?

Ao que ele respondeu, naturalmente: a senhora não me serviu a sopa.

Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o: servi, sim senhor!

Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos...

Todos pensaram que ele iria brigar... Suspense e silêncio total.

Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranqüilamente: a senhorita serviu sim, mas eu aceito
um pouco mais!

Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar com a moça, terminaram o jantar,
convencidos de que nada mais faria com que aquele homem perdesse a compostura.

Bom seria se todas as pessoas agissem sempre com discernimento em vez de reagir com irritação e
impensadamente.

Ao protagonista da nossa singela história, não importava quem estava com a razão, e sim evitar as
discussões desgastantes e improdutivas.

Quem age assim sai ganhando sempre, pois não se desgasta com emoções que podem provocar sérios
problemas de saúde ou acabar em desgraça.

Muitas brigas surgem motivadas por pouca coisa, por coisas tão sem sentido, mas que se avolumam e se
inflamam com o calor da discussão.

Isso porque algumas pessoas têm a tola pretensão de não levar desaforo para casa, mas acabam
levando para a prisão, para o hospital ou para o cemitério.
Por isso a importância de aprender a arte de não se irritar, de deixar por menos ou encontrar uma
saída inteligente como fez o homem no restaurante.

Pense nisso!
Autor Desconhecido
GRATIDÃO

O homem por detrás do balcão, olhava a rua de forma distraída.

Uma garotinha se aproximava da loja e amassou o narizinho contra o vidro da vitrina. Os olhos da cor
do céu, brilhavam quando viu determinado objeto. Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquezas
azuis.

- É para minha irmã. Pode fazer um pacote bem bonito?

O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou:

- Quanto dinheiro você tem?

Sem exitar ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o
sobre o balcão, e feliz disse:

- Isto dá, não dá?

Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa.

- Sabe, continuou. Eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa
mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É aniversário dela e tenho certeza que ela ficará feliz
com o colar que é da cor dos seus olhos.

O homem, foi para o interior da loja. Colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel
vermelho e fez um laço caprichado com um fita verde.

- Tome! Disse para a garota. Leve com cuidado.

Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo. Ainda não acabara o dia, quando uma linda jovem de cabelos
loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou à loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho
desfeito e indagou:

- Este colar foi comprado aqui?

- Sim senhora.

- E quanto custou?

- Ah! Falou o dono da loja. O preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto
confidencial entre o vendedor e o freguês.

A moça continuou:

- Mas minha irmã somente tinha algumas moedas. O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro
para pagá-lo.

O homem, tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e o devolveu à jovem.

- Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar.

Ela deu tudo que tinha! O silêncio encheu a pequena loja, e duas lágrimas rolaram pelas faces jovens.
Enquanto suas mão tomava o embrulho ela retornava ao lar emocionada.

Verdadeira doação, é dar-se por inteiro sem restrições. Gratidão de quem ama não coloca limites para
os gestos de ternura.

E a gratidão, é sempre a manifestação de Deus para com pessoas que tem riqueza de emoções e
altruísmo.

Sê sempre grato, mas não espere pelo reconhecimento de ninguém. Gratidão como Amor é também
dever que não apenas aquece quem recebe, como reconforta quem oferece.
Autor Desconhecido
O HOMEM É FRUTO DE SI MESMO

Existiu, há muito tempo, um velho guerreiro e seu discípulo. Estre discípulo não conseguia
compreender que tudo o que acontecia com ele era fruto de seu próprio apego às coisas inventadas por
ele mesmo em seu dia-a-dia.

Uma vez, depois de muito pensar, o discípulo perguntou ao mestre:


- Diga-me, mestre, o que é o vento ?

O mestre esperou um pouco e lhe respondeu:


- A idéia que você faz dele.

O discípulo voltou a perguntar-lhe:


- Mestre, o que são nossos medos ?

Ao que o mestre disse:


- Os fantasmas criados por você mesmo ao longo das idades.

E outra vez o discípulo perguntou ao mestre:


- Porque eu sou isto (um homem).

- Você é o que é, porque diz a si mesmo que é assim (um homem).

Depois o mestre riu às gargalhadas e saiu cavalgando numa nuvem, até desaparecer.
Bibliografia:
Edições Planeta - ZEN-BUDISMO
Número 136-A / Janeiro de 1984
Severino, Roque Enrique (Argentino e professor de Filosofia Oriental)
Editora Três
Pág. 18
"Se pode aprender algo de qualquer coisa", disse um sábio aos seus discípulos.

"Cada coisa pode ensinar-nos algo. E não somente o que Deus fez, o que o homem fez também pode
ensinar-nos."

- "O que podemos aprender com um trem ?", perguntou um dos estudantes duvidando do Mestre.

- "Que num segundo podemos perder tudo.", respondeu o sábio.

- "E do telégrafo ?", outro duvidou.

- "Que cada palavra se conta e se cobra."

- "E do telefone ?"

- "Que o que dizemos aqui, se ouve lá."


Bibliografia:
O Novo Cérebro
Spritzer, Dr. Nelson
L & PM Editores
1995
Pág. 181

Perguntaram a um sábio :

- "Nossos mestres sempre nos ensinaram que não há nada neste mundo que não tenha o seu respectivo
lugar.

Assim, também o homem tem o seu devido lugar.

Por quê, então, as pessoas se sentem tão oprimidas ?"

- "Ora, simples : porque cada um quer ocupar o lugar do outro", respondeu o sábio.
Bibliografia:
O Novo Cérebro
Spritzer, Dr. Nelson
L & PM Editores
1995
Pág. 48

Um dia, disse o olho :


- "Vejo, além destes vales, uma montanha velada pela cerração azul. Não é bela ?"

O ouvido pôs-se à escuta e, depois de ter escutado atentamente por algum tempo, disse :
- "Mas onde há montanha ? Não ouço nada !"

Então, a mão falou :


- "Estou tentando em vão senti-la ou tocá-la e não encontro montanha alguma !"

E o nariz disse :
- "Não há montanha alguma. Não sinto o cheiro !"

O olho voltou-se para o outro lado e todos começaram a conversar sobre a estranha alucinação do Olho
e diziam :
- "Há qualquer coisa errada com o Olho ..."

Khalil Gibran
SINTONIA

Para aprender a viver na freqüência Divina é preciso dar 3 passos: sintonizar, afinar e refinar.

Se está um pouquinho fora da estação, você ouve, mas não ouve bem.

Se você afina as cordas do violão fora do tom do diapasão, o som não fica bom.

Estar em sintonia é estar perfeitamente ajustado e afinado na forma de pensar com a divindade.

Estando em perfeita sintonia com Deus você cresce todo dia.


(Ken O`Donnell - Brahma Kumaris)
PEDRAS GRANDES

Um professor de ciências de um colégio queria demonstrar um conceito aos seus alunos.

Pegou um vaso de boca larga e colocou algumas pedras dentro.

Então, perguntou à classe:

- Está cheio?

Unanimemente, os alunos responderam:

- Sim!

O professor então pegou um balde de pedregulhos e virou dentro do vaso.

Os pequenos pedregulhos se alojaram nos espaços entre as rochas grandes.

Então, perguntou aos alunos:

- E agora, está cheio?

Desta vez alguns estavam hesitantes, mas a maioria respondeu:

- Sim!

- O professor então levou uma lata cheia de areia e começou a derrama-la dentro do vaso.

A areia preencheu os espaços entre os pedregulhos.


Pela terceira vez, o professor perguntou:

Então, está cheio?

Agora a maioria dos alunos estava receosa, mas novamente muitos responderam:

- Sim!

O professor então mandou buscar um jarro de água e jogou- a dentro do vaso.

A água saturou a areia.

Neste ponto, o professor perguntou à classe:

- Qual o objetivo dessa demonstração?

Um jovem e brilhante aluno levantou a mão e respondeu:

- Não importa quanto a “agenda” da vida de alguém esteja cheia, ele sempre conseguirá “espremer”
dentro mais coisas!

- Não - respondeu o professor - o ponto é o seguinte:

A menos que você coloque as pedras grandes em primeiro lugar dentro do vaso, nunca mais conseguirá
coloca-las lá dentro.

As pedras grandes são as coisas importantes de sua vida: seu relacionamento com Deus, sua família,
seus amigos, seu crescimento pessoal e profissional.

Se você preencher sua vida somente com coisas pequenas, como demonstrei com os pedregulhos, com
areia e a água, as coisas realmente importantes nunca terão tempo nem espaço em sua vida.
Autor Desconhecido
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ARRASTE JESUS para o seu DIRETÓRIO PRINCIPAL.
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Que Ele seja seu MODELO.

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JUSTIFIQUE-A e ALINHE-A
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Que JESUS não seja apenas
Um ÍCONE, um ACESSÓRIO
uma FERRAMENTA, um RODAPÉ, mas o CABEÇALHO,
a LETRA CAPITULAR, a BARRA DE ROLAGEM de seu caminhar.

Que Ele seja a FONTE da graça


para sua ÁREA DE TRABALHO,
o PAINT para COLORIR seu sorriso,
a CONFIGURAÇÃO de sua simpatia,
a NOVA JANELA para VISUALIZAR
o TAMANHO de seu amor,
o PAINEL DE CONTROLE,
para CANCELAR seus RECUOS
COMPARTILHAR seus RECURSOS e
ACESSAR o coração de suas amizades...
COPIE tudo que é bom
DELETE seus ERROS.

ABRA as BORDAS de seu coração


REMOVA dele o VIRUS do egoísmo,
Antes de FECHAR,
Coloque JESUS nos seus FAVORITOS
CLIQUE agora em OK
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Autor Desconhecido

Instalando um programa
Num departamento de "Atendimento ao Cliente"...

Atendente: Boa tarde Senhora. Em que posso ser útil?

Cliente: Comprei o seu programa AMOR, mas até agora não consegui instalar. Eu não sou técnica no
assunto, mas acho que posso instalar com a sua ajuda. O que eu devo fazer primeiro?

Atendente: O primeiro passo é abrir o seu CORAÇÃO. A senhora encontrou seu CORAÇÃO?

Cliente: Sim, encontrei. Mas há diversos programas funcionando agora. Tem algum problema em
instalar o AMOR enquanto outros programas estão funcionando?

Atendente: Quais programas estão funcionando, senhora?

Cliente: Deixe-me ver... Eu tenho BAIXAESTIMA.EXE, RESSENTIMENTO.COM, ODIO.EXE e


RANCOR.EXE funcionando agora.

Atendente: Nenhum problema. O AMOR apagará automaticamente RANCOR.EXE do seu sistema


operacional atual. Pode ficar em sua memória permanente, mas não vai causar problemas por muito
tempo para outros programas. O AMOR vai reescrever BAIXAESTIMA.EXE em uma versão melhor,
chamada AUTOESTIMA.EXE. Mas a senhora tem que desligar completamente ODIO.EXE e
RESSENTIMENTO.COM. Esses programas impedem que o AMOR seja instalado corretamente. A
senhora pode desligá-los?

Cliente: Eu não sei como desligá-los. Você pode me dizer como?

Atendente: Com prazer! Vá ao Menu e clique em PERDAO.EXE. Faça isso quantas vezes for preciso,
até o ODIO.EXE e RESSENTIMENTO.COM serem apagados completamente.

Cliente: Ok! Terminei! O AMOR começou a instalar-se automaticamente. Isso é normal?


Atendente: Sim, é normal. A senhora deverá receber uma mensagem dizendo que reinstalará a vida de
seu coração. A senhora tem essa mensagem?

Cliente: Sim, eu tenho. Está completamente instalado?

Atendente: Sim. Mas lembre-se a senhora só tem o programa de modelo básico. A senhora precisa
começar a se conectar com outros CORAÇÕES a fim de obter melhorias.

Cliente: Oh! Meu Deus! Eu já tenho uma mensagem de erro. Que devo fazer?

Atendente: O que diz a mensagem?

Cliente: Diz "ERRO 412 - O PROGRAMA NÃO FUNCIONA EM COMPONENTES INTERNOS". O


que isso significa?

Atendente: Não se preocupe, senhora. Este é um problema comum. Significa que o programa do
AMOR está ajustado para funcionar em CORAÇÕES externos, mas ainda não está funcionando em
seu CORAÇÃO. É uma daquelas complicadas coisas de programação, mas em termos não-técnicos,
significa que a senhora tem que "AMAR" sua própria máquina antes que possa amar outra.

Cliente: Então, o que devo fazer?

Atendente: A senhora pode achar o diretório chamado "AUTO-ACEITACAO"?

Cliente: Sim, encontrei.

Atendente: Excelente! A senhora está pegando prática nisso!

Cliente: Obrigada!

Atendente: De nada. Faça o seguinte: clique nos arquivos BONDADE.DOC, AUTOESTIMA.TXT,


VALORIZE-SE.TXT, PERDAO.DOC e copie-os para o diretório "MEU CORAÇÃO". O sistema irá
reescrever todos os arquivos em conflito e começará a consertar a programação defeituosa. Também a
senhora precisa apagar AUTOCRITICA.EXE de todos os diretórios e depois esvazie a sua lixeira para
certificar-se de que nunca voltem.

Cliente: Consegui! Meu CORACAO está cheio de arquivos realmente puros! Eu tenho no meu monitor,
agora, o SORRISO.MPG e está mostrando que PAZ.EXE, CONTENTAMENTO.COM e
BONDADE.COM foram instalados automaticamente no meu CORAÇÃO.

Atendente: Então, terminamos! O AMOR está instalado e funcionando, Ah! Mais uma coisa antes de
eu ir.

Cliente: Sim?

Atendente: O AMOR é um freeware (programa grátis). Faça o possível para distribuir uma cópia de
seus vários modelos a quem a senhora encontrar e, dessa forma, a senhora receberá de volta dessas
pessoas novos modelos verdadeiramente puros.

Cliente: Obrigada pela sua ajuda!

Atendente: Que tal agora fazer um up-grade no seu coração e colocar uma versão mais moderna do
AMOR? Não perca tempo, pois você deve saber que essas coisas precisam ser atualizadas quase que
diariamente.

Autor e fonte desconhecidos

... Isto me trouxe uma memoria ... de quando eu era menino.

Veio uma tempestade e milhares de estrela-do-mar foram jogadas na praia.

Uma linda menina estava pegando as estrela-do-mar ... jogando-as de volta no oceano.

Eu perguntei: - "Para que isso ?"

"Você só conseguirá salvar umas poucas. Que diferença faz ?"

Ela olhou para mim e disse: - "Para aquela ali faz diferença."

"Para aquela ali, faz diferença." - disse a menininha.

Ela fez uma diferença ali, para aquela estrela-do-mar.

Fez diferença para ela, porque estava conectada com outro ser.

A vida consiste de conexões.

Você só esta vivo quando se conecta.


Extraído da fita de vídeo : SANTO HOMEM

"A mente é como um pára-quedas, só funciona quando aberta."

Lorde Thomas Dewar

O inconsciente é como uma terra fértil que recebe uma semente; depois de um determinado tempo, faz
que ela germine e amadureça. Há nele uma parte que já semeamos, e frequentemente com sementes
nocivas, e uma outra parte que deve ainda ser revolvida e cultivada que está sempre ao nosso alcance e
pronta para ser fertilizada, sendo, portanto, da máxima importância fecundá-la com sementes positivas
e construtivas.
Bibliografia:
O Eu e o Inconsciente
Batà, Angela Maria L. S.
Editora Pensamento
São Paulo
Pág. 34

Estabelecer uma comunicação eficaz é como fazer uma viagem. Primeiro você decide para onde quer ir,
isto é, o destino desejado. Então imagina como vai fazer essa viagem e a quem convidar para ir junto. E
você pode viajar, de carro, de bicicleta ou a pé.

Digamos que você decida ir de carro. Você precisa então definir qual o melhor caminho, o que mais lhe
agrada, e enquanto faz isso, precisa lembrar ou procurar saber dos pontos e sinais que lhe indicarão se
você esta na estrada certa. E se seu companheiro de viagem tiver um destino diferente do seu, você
precisa saber em que ponto ele vai ficar. Então, quando chegar a seu destino, você precisa decidir onde
quer ficar e certificar-se de que está fazendo tudo aquilo que deseja fazer.

Portanto, assim como uma viagem começa pela decisão sobre o destino que se quer tomar, o processo
de uma comunicação eficaz se inicia com a definição do resultado desejado.
Bibliografia :
Qualidade começa em mim: Manual neurolinguístico de liderança e comunicação
Chung, Tom
Editora Maltese
São Paulo
1994
pág. 107 e 108
A águia e as galinhas

"Um camponês criou um filhotinho de águia junto com suas galinhas. Tratando-a da mesma maneira
que tratava as galinhas, de modo que ela pensasse que também era uma galinha. Dando a mesma
comida jogada no chão, a mesma água num bebedouro rente ao solo, e fazendo-a ciscar para
complementar a alimentação, como se fosse uma galinha. E a águia passou a se portar como se galinha
fosse.

Certo dia, passou por sua casa um naturalista, que vendo a águia ciscando no chão, foi falar com o
camponês:

- Isto não é uma galinha, é uma águia!

O camponês retrucou: - Agora ela não é mais uma águia, agora ela é uma galinha!

O naturalista disse: - Não, uma águia é sempre uma águia, vamos ver uma coisa...

Levou-a para cima da casa do camponês e elevou-a nos braços e disse: - Voa, você é uma águia,
assuma sua natureza !

- Mas a águia não voou, e o camponês disse: - Eu não falei que ela agora era uma galinha !

O naturalista disse: - Amanhã, veremos...

No dia seguinte, logo de manhã, eles subiram até o alto de uma montanha.

O naturalista levantou a águia e disse: - Águia, veja este horizonte, veja o sol lá em cima, e os campos
verdes lá em baixo, veja, todas estas nuvens podem ser suas. Desperte para sua natureza, e voe como
águia que és...

A águia começou a ver tudo aquilo, e foi ficando maravilhada com a beleza das coisas que nunca tinha
visto, ficou um pouco confusa no inicio, sem entender o porquê tinha ficado tanto tempo alienada.
Então ela sentiu seu sangue de águia correr nas veias, perfilou, de vagar, suas asas e partiu num vôo
lindo, até que desapareceu no horizonte azul."
James Aggrey em "A águia e a galinha" de Leonardo Boff.
Buda ia fazer, certa vez, um discurso muito especial e milhares de seguidores vieram de milhas de
distância.

Quando Buda apareceu, ele estava segurando uma flor. Ele sentou-se debaixo de uma árvore e olhou
para a flor. O tempo passava, mas Buda não dizia nada. A mutidão esperou e esperou e ele não falava.
Ele nem mesmo olhava para eles, apenas continou olhando para a flor. Os minutos se passavam, depois
horas, e as pessoas se tornavam impacientes. Então Mahakashyap, um de seus discípulos, sorriu.

Buda chamou-o com um gesto, colocou a flor nas mãos dele e disse :

"Seja o que for que pode ser dito, através das palavras, eu lhes disse, e aquilo que não pode ser dito
através das palavras dou a mahakashyap. A chave não pode ser comunicada verbalmente."

Assim nasceu o Zen, de um sorriso, espontâneo.

Buda foi a fonte, mahakashyap foi o primeiro, o mestre original do Zen.

A chave foi passada para outros e ainda hoje está viva, ainda abre a porta.
Célebre episódio sobre o nascimento do Zen
Lembranças

Um velho sábio chinês estava caminhando por um campo de neve, quando viu uma mulher chorando.
Dirigiu-se a ela e perguntou? - Porque choras?

- Porque me lembro do passado, da minha juventude, da beleza que via no espelho...Deus foi cruel
comigo por me fazer lembrar. Ele sabia que, ao recordar a primavera da minha vida, eu sofreria e
acabaria chorando.

O sábio, então, em silêncio ficou contemplando o campo de neve, com o olhar fixo em determinado
ponto...

A mulher, intrigada com aquela atitude, parou de chorar e perguntou: O que estás vendo aí?

- Eu vejo um campo florido, disse o sábio. Deus foi generoso comigo por me fazer lembrar. Ele sabia
que, no inverno, eu poderia sempre recordar a primavera e sorrir.

(Dr. CELSO CHARURI)


Extraído do Site www.saintgermain.org.br

Frase de Amir Klink, navegador e iatista brasileiro :


"Já ancorado na Antartida, ouvi ruídos que pareciam de fritura. ...

Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando entravam em contato com a água
salgada.

O efeito visual era belissimo.

Pensei em fotografar, mas falei para mim mesmo: calma, você terá muito tempo para isso ...
Nos 367 dias que se seguiram o fenômeno não se repetiu.

Algumas oportunidades são únicas."

Atitude é Tudo
Jerry é o tipo de cara que você adora odiar. Ele estava sempre de bom humor e tinha sempre algo de
positivo para dizer. Quando alguém lhe perguntava como ele estava, ouvia a resposta:" Melhor,
impossível !".

Ele era um gerente único, porque tinha vários garçons que o seguiam de restaurante para restaurante.
A razão porque eles o seguiam era devido a sua atitude. Ele era um motivador natural. Se algum
funcionário estava num mau dia, lá estava Jerry dizendo para ele o lado positivo da situação.

Ver este estilo realmente me deixou curioso, então, um dia fui até ele e perguntei: "Eu não entendo,
você não pode ser otimista o tempo todo. Como você consegue?". Ele respondeu: "A cada manhã eu
acordo e digo para mim mesmo: Jerry, você tem duas escolhas hoje: você pode escolher estar de bom
humor ou pode escolher estar de mau humor. Eu escolho estar de bom humor".

E cada vez que algo de ruim acontece, eu posso escolher ser uma vítima ou eu posso escolher aprender
com a situação. Eu escolho aprender. Todas as vezes que alguém me vem com reclamações, eu posso
escolher aceitar as reclamações ou eu posso apontar o lado positivo da vida. Eu escolho o lado positivo
da vida.

"É, tudo bem, mas não é tão fácil", eu protestei.

"Sim, é", disse Jerry. A vida se refere a escolhas. Quando você descarta o superficial, toda situação é
uma escolha. Você escolhe como reagir à situação. Você escolhe como as pessoas vão afetar o seu
humor. Você escolhe estar de bom ou mau humor. Em conclusão: é uma escolha sua, como você vive a
vida".

Eu refleti sobre o que Jerry me disse. Pouco tempo depois, eu deixei o ramo de restaurante para
começar o meu próprio negócio.

Nós perdemos contato, mas freqüentemente pensava nele, quando eu fazia uma escolha sobre a vida, ao
invés de simplesmente reagir impulsivamente.

Muitos anos depois, eu soube que Jerry havia feito algo que você nunca poderia fazer no ramo de
restaurantes: ele deixou a porta dos fundos aberta. Pela manhã, ele estava cercado por três assaltantes
armados e enquanto ele tentava abrir o cofre, suas mãos, tremendo pelo nervosismo, erraram a
combinação. Os assaltantes ficaram em pânico e atiraram nele.

Por sorte, Jerry foi encontrado logo e levado para o hospital. Após 18 horas de cirurgia e semanas na
UTI, Jerry teve alta do hospital, mas com alguns fragmentos de bala em seu corpo.

Eu encontrei Jerry após seis meses do acidente. Quando eu lhe perguntei como ele estava, ouvi a
resposta: "Melhor impossível, quer ver as cicatrizes?"

Não quis ver seus ferimentos, mas perguntei o que havia lhe passado pela cabeça quando os assaltantes
apareceram.

"A primeira coisa que me veio à cabeça foi que eu deveria ter trancado a porta dos fundos", ele
respondeu, "então, quando estava no chão, eu me lembrei que eu tinha duas escolhas: eu poderia viver,
ou poderia morrer. Eu escolhi viver"

"Você não ficou com medo? Você perdeu a consciência?", perguntei.

Jerry continuou: "Os paramédicos foram ótimos. Eles me diziam que eu ia ficar bem. Mas quando eles
me levaram para a sala de emergência e eu via a expressão dos médicos e enfermeiras, eu fiquei com
muito medo. Nos olhos deles eu podia ler - esse é um homem morto. - Assim, eu soube que eu precisava
reagir".

"O que você fez ?", perguntei.

"Bem, havia uma enfermeira grandona, robusta, me fazendo perguntas. Ela me perguntou se eu era
alérgico a alguma coisa. Eu disse que sim. Os médicos e enfermeiras pararam tudo e esperaram a
minha resposta. Eu respirei fundo e gritei: Balas ! Em meio às gargalhadas, eu gritei que estava
escolhendo viver e que devia ser tratado como se eu estivesse vivo, não morto".

Jerry viveu graças as habilidades dos médicos, mas também por causa da sua surpreendente atitude. Eu
aprendi com ele que todos os dias, nós temos a escolha de viver plenamente.

Enfim, atitude é tudo!

Francie Baltazar-Schwartz

Se lembre do principal
Conta a lenda que certa mulher pobre com uma criança no colo, passando diante de uma caverna
escutou uma voz misteriosa que lá dentro lhe dizia :

"Entre e apanhe tudo o que você desejar e se lembre do principal. Lembre-se, também, de uma coisa:
Depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite a oportunidade e se lembre do
principal. ..."

A mulher entrou na caverna e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a
criança no chão e começou a juntar, ansiosamente, tudo o que podia no seu avental. A voz misteriosa
falou novamente :

"Você só tem oito minutos."

Esgotados os oito minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas, correu para fora da caverna
e a porta se fechou ... Lembrou-se, então, que a criança ficara lá e a porta estava fechada para sempre!
A riqueza durou pouco e o desespero, sempre. O mesmo acontece, às vezes, conosco. Temos uns oitenta
anos para viver, neste mundo, e uma voz sempre nos adverte :

"Se lembre do principal !!!"

Adaptada de um Autor desconhecido

Um orfanato vietnamita foi atingido por um bombardeio ...


Entre os feridos, uma menina de 8 anos. Os médicos precisavam fazer uma transfusão, mas como?
Reuniram as crianças e, entre gesticulações, esbarradas no dialeto local, tentavam explicar que
precisavam de um voluntário para doar sangue.

Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se. Era um menino chamado
Heng. Ele foi preparado e espetaram-lhe uma agulha na veia.

Passado algum momento, ele deixou escapar um soluço. O médico perguntou se estava doendo e ele
negou.

Mas não demorou muito e voltou a soluçar, contendo as lágrimas. Os soluços ocasionais deram lugar a
um choro silencioso, mas ininterrupto.

Era evidente que alguma coisa estava errada. Foi então que apareceu uma enfermeira da região e
começou a conversar com o garoto.

Seu rostinho se aliviou e ficou novamente tranqüilo. A enfermeira então explicou aos americanos: “
Ele pensou que ia morrer. Não tinha entendido direito o que vocês disseram e estava achando que ia
Ter que dar todo o seu sangue para a menina não morrer”.

O médico se aproximou dele e perguntou: “Mas se era assim, porque você se ofereceu para doar seu
sangue?”

E o menino respondeu simplesmente: “Ela é minha amiga”.

Autor desconhecido

Sufi Bayazid nos conta, o seguinte de si mesmo :


"Na juventude, eu era um revolucionário e assim rezava: 'Dai-me energia, ó Deus, para mudar o
mundo!'

Mas notei, ao chegar à meia-idade, que metade da vida já passara sem que eu tivesse mudado homem
algum.

Então, mudei minha oração, dizendo a Deus: 'Dai-me a graça, Senhor, de transformar os que vivem
comigo dia a dia, como minha família e meus amigos; com isso já ficarei satisfeito ...'

Agora que sou velho e tenho os dias contados, percebo bem quanto fui tolo assim rezando.

Minha oração, agora, é apenas esta: 'Dai-me a graça, Senhor, de mudar a mim mesmo'

Se eu tivesse rezado assim, desde o princípio, não teria esbanjado minha vida."
O Soldado Japonês

Durante a Segunda Guerra Mundial, no ápice da expansão japonesa no Pacífico, havia guarnições
japonesas em praticamente todas as pequenas ilhas espalhadas por uma grande extensão do aceano.
Quando os japoneses começaram a perder a guerra, muitas dessa ilhas foram tomadas e derrotadas,
mas algumas simplesmente passaram despercebidas. Nessa ilhas, pequenos grupos de soldados ou
sobreviventes isolados esconderam-se em cavernas, em lugares inacessíveis. Quando a guerra acabou,
muitos desses sobreviventes não souberam disso. Continuaram a lutar, mantendo da melhor forma
possível suas armas enferrujadas e seus uniformes estraçalhados, totalmente isolados, desejando
profundamente poder entrar de novo em contato com o comando geral.

Vamos imaginar a posição de tal soldado. Seu governo o chamou, treinou-o e enviou-o para uma ilha
selvagem para defender e proteger seu povo contra a grande ameaça externa. Como cidadão obediente
e leal, ele sobreviveu a muitas privações e batalhas durante todos os anos da guerra. Quando a
intensidade da batalha diminuiu, ele ficou sozinho, ou com uns poucos outros sobreviventes. Durante
todos esses anos levou adiante a batalha da melhor maneira que podia, sobrevivendo as mais terríveis
circunstâncias. Apesar do calor dos insetos e das chuvas tropicais, continuou leal às instruções que lhe
tinham sido dadas pelo seu governos tanto tempo atrás. Como deveria ser tratado este soldado ao ser
encontrado ? Seria fácil rir dele, chamá-lo de estúpido por continuar a lutar uma guerra que já
terminado há mais de trinta anos.

Em vez disso, sempre que um desses soldados era localizado, o primeiro contato era feito com todo o
cuidado. Um oficial de alta patente do exército japonês colocava seu velho uniforme, tirava sua espada
de samurai do armário e, num antigo barco militar, partia para a ilha onde o soldado perdido havia
sido encontrado. Lá, penetrava na mata, chamando o soldado até que ele respondesse. Quando
encontrava, o oficial agradecia-lhe, com lágrimas nos olhos, por sua lealdade e coragem.

Em seguida, pedia que lhe contasse as experiências por que havia passado e lhe dava as boas-vindas.
Somente algum tempo depois, com toda a delicadeza, o soldado era informado de que a guerra havia
terminado e seu país estava novamente em paz, e por isso ele não precisava mais continuar lutando.
Quando chegava em casa era recebido como herói, com desfiles e medalhas, por uma multidão que lhe
agradecia e comemorava sua árdua luta e sua volta para junto do seu povo.

(Esta história foi contada no livro Heart of the mind, de Connirae e Steve Andreas. Reproduzimo-la
aqui, com nossos agradecimentos a Greg Brodsky.)
Bibliografia:
Transformação Essencial
Andreas, Connirae
Andreas, Tamara
Summus Editorial
1996
Pág. 79 e 80
Nasrudim às vezes levava as pessoas para viajar em seu barco. Um dia, um pedagogo exigente
contratou-o para transportá-lo ao outro lado de um rio muito largo.

Assim que se lançaram à água, o sábio perguntou-lhe se faria mal tempo.

"Não me pergunte nada sobre isto", disse Nasrudim.

"Você nunca estudou gramática ?"

"Não", disse o Mulla.

"Neste caso, metade de sua vida foi desperdiçada."

O Mulla não disse nada.

Logo desabou uma terrível tempestade. O pequeno e desorientado barco de Mulla começou a encher de
água.
Ele se inclinou para o companheiro.

"Alguma vez você aprendeu a nadar ?"

"Não", disse o pedante.

"Neste caso, caro mestre, TODA sua vida foi perdida, pois estamos afundando."
Bibliografia:
The exploits of the Incomparable Mulla Nasrudim
Shah, Indries
Dutton
New York
1972
Pág. 18

A Vaquinha
Um Mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo quando avistou ao longe um
sitio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita. Durante o percurso ele falou ao aprendiz
sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também com as pessoas
que mal conhecemos. Chegando, constatou a pobreza do lugar, sem calçamento, casa de madeira, os
moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas. Então se aproximou do senhor,
aparentemente o pai daquela família, e perguntou:

-Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e a sua família
sobrevivem aqui ?

E o senhor calmamente respondeu:

-Meu amigo, nos temos uma vaquinha que nos da vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse
produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos e a outra parte
nos produzimos queijo, coalhada, etc, para o nosso consumo e assim vamos sobrevivendo.

O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi
embora. No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou:

-Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a, jogue-a lá em baixo.

O jovem arregalou os olhos espantado e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio
de sobrevivência daquela família, mas, como percebeu o silêncio absoluto do seu mestre, foi cumprir a
ordem. Assim empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer. Aquela cena ficou marcada na
memória daquele jovem durante alguns anos e um belo dia ele resolveu largar tudo o que havia
aprendido e voltar naquele mesmo lugar e contar tudo aquela família, pedir perdão e ajuda-los. Assim
fez, e quando se aproximava do local avistou um sitio muito bonito, com árvores floridas, todo murado,
com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou triste e desesperado imaginando
que aquela humilde família tivera que vender o sitio para sobreviver. Apertou o passo e chegando lá,
logo foi recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobre a família que ali morava ha uns
quatro anos e o caseiro respondeu:

-Continuam morando aqui.


Espantado ele entrou correndo na casa e viu que era mesmo a família que visitara antes com o mestre.
Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha) :

-Como o senhor melhorou este sitio e esta muito bem de vida?

E o senhor entusiasmado, respondeu:

-Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Dai em diante tivemos que fazer outras
coisas e desenvolver habilidades, que nem sabíamos que tínhamos. Assim alcançamos o sucesso que
seus olhos vislumbram agora.

Texto de autor desconhecido.


O purgatório e o paraíso

A um rabino muito justo foi permitido que visitasse o purgatório (Gehena) e o paraíso (GanEden).

Primeiramente foi levado ao purgatório, de onde provinham os gritos mais horrendos dos rostos mais
angustiados que já virá. Estavam todos sentados numa grande mesa. Sobre ela, se viam iguarias,
comidas das mais deliciosas que se possa imaginar, com a prataria e a louça mais maravilhosa que
jamais se vira. Não entendendo porque sofriam tanto, o rabino prestou mais atenção e viu que seus
cotovelos estavam invertidos, de tal forma que não podiam dobrar os braços e levar aquelas delícias às
suas bocas.

O rabino foi levado ao paraíso, onde se ouvia deliciosas gargalhadas e onde reinava um clima de festa.
Porém, ao observar, para sua surpresa, encontrou o mesmo ambiente: todos sentados à mesma mesa
que vira no purgatório, contendo as mesmas iguarias, as mesmas louças e os mesmos cotovelos
invertidos.

Mas ali havia um detalhe muito especial: cada um levava a comida à boca do outro.
Bibliografia:
A Cabala do Dinheiro
Bonder, Nilton
Editora Imago
10a Edição

Trem da Vida
Um amigo falou-me de um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma comparação
extremamente interessante, quando bem interpretada. Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de
trem, cheia de embarques e desembarques alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques
e grandes tristezas em outros.

Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que, julgamos, estarão
sempre nessa viagem conosco: Nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles
descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível....

Mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes, e que virão a ser super especiais
para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos,amigos e amores maravilhosos. Muitas pessoas tomam
esse trem, apenas a passeio, outros encontrarão nessa viagem somente tristezas, ainda outros circularão
pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos
passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes
dos nossos.Portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles. O que não impede, é claro,
que durante a viagem, atravessemos, com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles... . Só
que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar.
Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas.... Mas,
jamais, retornos.

Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os
passageiros. Procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor. Lembrando, sempre, que, em
algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso.
Porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.

O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos
companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.

Eu fico pensando, se, quando descer desse trem, sentirei saudades.... Acredito que sim. Me separar de
alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido. Deixar meus filhos continuarem a viagem
sozinhos, com certeza será muito triste. Mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei
na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham
quando embarcaram....E o que vai me deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha
crescido e se tornado valiosa.

Amigos Sorridentes, façamos com que a nossa estada, nesse trem, seja tranqüila. Que tenha valido à
pena. E que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas
recordações para aqueles que prosseguirem.

Texto de autor desconhecido.

Uma Lição para refletir


Numa grande empresa trabalhava Álvaro, um funcionário sério, cumpridor de suas obrigações e, por
isso mesmo, já com 20 anos de casa.

Um belo dia, Álvaro vai ao presidente da empresa fazer uma reclamação: - Tenho trabalhado durante
estes 20 anos em sua empresa com toda a dedicação, e agora me sinto um tanto injustiçado. Juca, que
esta conosco ha somente três anos, esta ganhando mais que eu.

O patrão fingiu não ouvi-lo e, cumprimentando, falou:

- Foi bom você ter vindo aqui. Tenho um problema para resolver e você podera ajudar-me. Estou
querendo dar ao nosso pessoal uma sobremesa para o almoço de hoje. Aqui na esquina tem uma
barraca de frutas. Vá até lá e verifique se tem abacaxi.

Álvaro, sem entender, saiu da sala e foi cumprir a missão a ele designada. Em cinco minutos estava de
volta.

- Como foi ? - disse o patrão.

- Verifiquei como o senhor mandou e a barraca tem o abacaxi, disse Álvaro.


- E quanto custa cada? - perguntou o patrão.

- Isto eu não perguntei! - respondeu Álvaro.

- Eles tem quantidade suficiente para atender todos os funcionários? - perguntou o patrão.

- Não sei. - respondeu Álvaro.

- Muito bem, Álvaro, sente-se ali naquela cadeira e me aguarde um pouco. Pegou o telefone e mandou
chamar o Juca. Quando Juca entrou na sala o patrão foi logo dizendo:

- Juca estou querendo dar ao nosso pessoal uma sobremesa para o almoço hoje. Aqui na esquina tem
uma barraca de frutas, vá até lá e verifique se tem abacaxi.

Em oito minutos Juca estava de volta.

- E então, Juca? - perguntou o patrão.

- Tem abacaxi, sim. Tem quantidade suficiente para todo o pessoal e se o senhor quiser eles tem
também laranja e banana.

- E o preço? - perguntou o patrão.

- Bom o abacaxi eles estão vendendo a R$1,00 o quilo, a banana a R$0,50 o quilo e a laranja a R$20,00
o cento, já descascada. Mas como eu disse que a quantidade era grande eles me concederam um
desconto de 15%. Deixei reservado o abacaxi. Caso o senhor resolva, eu confirmo. Agradecendo a Juca
pelas informações o patrão dispensou-o e voltou-se para Álvaro na cadeira ao lado e perguntou-lhe:

- Você perguntou alguma coisa quando entrou em minha sala hoje. O que era mesmo?

- Nada sério, patrão - respondeu Álvaro.

Texto de autor desconhecido.


Dois vendedores, Tom e Jerry, esquiavam nas montanhas quando avistaram um urso que andava à
procura de alimento. Ao mesmo tempo, aparentemente, o urso os avistou e, virando-se, começou a
caminhar em sua direção.

- Olha lá aquele urso - disse Tom. - O que ele come ?

Jerry, que se orgulhava de sempre saber tudo, respondeu:

- Alguns ursos preferem frutas silvestres e mel, mas aquela espécie ali é carnívora.

- O que significa isso ?

Jerry sempre suspeitara que Tom não fosse muito inteligente. Achava que ele deveria estudar mais e
observar mais os fatos, mas Tom preferia ouvir o que seus clientes diziam e imaginar novas formas
pelas quais poderiam beneficiar-se com seus produtos.

- Carnívoros significa que o urso come carne - disse Jerry.


- Quer dizer que ele come gente ?

- É.

- Não tem nenhuma árvore aqui por perto; é melhor corrermos.

Jerry então começou a fazer um sermão :

- Aquele urso é capaz de correr a uma velocidade de trinta quilômetros por hora, e suas pernas são tão
fortes que ele pode acelerar muito mais depressa do que um ser humano; portanto, não vai adiantar
nada tentar fugir correndo.

Tom sentou-se, descalçou as botas de alpinismo, tirou os tênis da mochila e começou a calçá-los.

- Por que é que você esta fazendo isso ? - perguntou Jerry. - Acabei de dizer que você não vai conseguir
correr mais do que o urso.

- Não preciso correr mais que o urso. Basta eu correr mais do que você !
Bibliografia:
Força de venda : o Método Silva de controle mental para profissionais de vendas Silva, José
Bernd Jr., ED
Editora Record
1996
2a Edição
Pág. 198, 199
O acaso e a coincidência são o resultado de causa não-reconhecida.

Uma breve história irá ilustrar esse princípio. Um dia uma folha caiu em uma floresta da Califórnia.
Caiu ao solo, e uma lagarta verde, que avançava aos poucos pelo caminho, teve que se desviar
bruscamente da folha. A lagarta subiu em uma tora de árvore. Quando ela atingiu o topo da tora, um
homem se aproximou e ali sentou-se, esmagando-a. Ele deu um pulo e sentiu a gosma na calça. Ao
voltar para casa, ele mudou de roupa e levou a calça para a lavanderia local. Lá encontrou uma jovem,
começaram a conversar, e depois foram juntos até a cafeteria mais próxima. Passaram a se encontrar,
se apaixonaram, casaram e tiveram um filho. Esta criança, por ser muito inteligente, foi um ótimo
aluno na escola, formou-se em advocacia e entrou para a política, crescendo em seu partido.

Assim, porque um dia uma folha caiu na floresta, Richard Nixon, tornou-se o 37o presidente dos
Estados Unidos. Causa e efeito.
Bibliografia:
O Método Silva de Controle Mental para mudar a sua vida
Silva, José
Goldman, Burt
Editora Record
1995
4a Edição
Pág. 42
A lenda do monge e do escorpião
Monge e discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo
arrastado pelas águas.

O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão.

Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no
rio. Foi então à margem tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou
no rio, colheu o escorpião e o salvou.

Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam
perplexos e penalizados.

" Mestre, deve estar doendo muito! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse!
Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua
compaixão! "

O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu: "Ele agiu conforme sua natureza, e eu de
acordo com a minha."

Autor desconhecido
Esta parábola nos faz refletir a forma de melhor compreender e aceitar as pessoas com que nos
relacionamos. Não podemos e nem temos o direito de mudar o outro, mas podemos melhorar
nossas próprias atitudes, sabendo que cada um dá o que pode. Devemos fazer a nossa parte
com muito amor e respeito ao próximo. Cada qual conforme sua natureza, e não conforme a do
outro.
A criança é como o Sol

Sobre a superfície da Terra ocorrem chuvas, ventos e tempestades. Isso é comparavel aos diversos
aspectos do comportamento das crianças.

mesmo quando a superfície da Terra encontra-se fustigada pela tempestade, acima das nuvens o céu
continua azul e o Sol permanece brilhando.

A superfície da Terra, nesta comparação, é a aparência fenomênica, enquanto o Sol, que brilha
permanentemente sobre as nuvens, é a natureza verdadeira ou a Imagem Verdadeira do ser humano.

Da mesma forma que o Sol brilha sem cessar, independentemente das intempéries fenomênicas, a
natureza verdadeira da criança, é sempre de bem absoluto, independentemente da imagem de criança
boa ou má que se manifesta na forma.
Bibliografia:
Educação do Filho de Deus
kanuma, Keiyo
Seicho-No-Ie
6a Edição
1999
Pág. 36

Pontos de vista
Uma vez uma companhia enviou um vendedor de sapatos a uma cidade na África aonde ele nunca
tinha vendido. Ele era um dos vendedores mais antigos e experientes, e esperavam grandes resultados.
Logo após sua chegada à Africa, o vendedor escreveu para a companhia dizendo :

- É melhor vocês me chamarem de volta. Aqui ninguém usa sapatos.

Foi chamado de volta.

A companhia decidiu então enviar um outro vendedor que não possuía muita experiência, mas era
dotado de grande entusiasmo. A companhia achava que ele seria capaz de vender alguns pares de
sapatos.

Pouco depois de sua chegada ele enviou um telegrama urgente para a firma dizendo :

- Por favor, enviem todos os sapatos disponíveis. Aqui ninguém usa sapatos!

Nó górdio
Há centenas de anos existia o pequeno reinado asiático de Frígia.

O seu único motivo de fama residia numa carroça especial estacionada em um dos pátios. A carroça
estava presa a uma canga por um espantoso nó, chamado de nó górdio.

Diziam as profecias que quem o desfizesse conquistaria o mundo. Mas, durante mais de 100 anos, o nó
górdio desafiara todos os esforços de inteligentes reis e guerreiros.

Alexandre, o jovem Rei da Macedônia, viajou até Frígia para experimentá-lo.

No dia designado, o pátio encheu-se de curiosos. Todos haviam falhado, pensavam, e dessa forma, com
que novo método poderia Alexandre ter êxito ?

Sacando da espada, Alexandre cortou, sem dificuldade, o nó em dois.


Há uma estória antiga de um caldeireiro que foi contratado para consertar um enorme sistema de
caldeiras de um navio a vapor que não estava funcionando bem.

Após escutar a descrição feita pelo engenheiro quanto aos problemas, e de haver feito umas poucas
perguntas, dirigiu-se à sala de máquinas.

Olhou para o labirinto de tubos retorcidos, escutou o ruído surdo das caldeiras e o silvo do vapor que
escapava, durante alguns instantes; com as mãos apalpou alguns dos tubos.

Depois, cantarolando suavemente só para si, procurou em seu avental alguma coisa e tirou de lá um
pequeno martelo com o qual bateu apenas uma vez numa válvula vermelha brilhante.

Imediamente, o sistema inteiro começou a trabalhar com perfeição e o caldeireiro voltou para casa.

Quando o dono do navio recebeu uma conta de $1000 queixou-se de que o caldeireiro só havia ficado
na sala de máquinas durante quinze minutos e pediu uma conta pormenorizada.

Eis o que o caldeireiro lhe enviou:

Conserto com o martelo......$0,50


Saber onde martelar......$ 999,50
--------------------------------------------
.......................................$1000,00
Bibliografia:
Sapos em Príncipes
Bandler,Richard
Grinder, John
Summus Editorial
7a Edição
Pág. 13 e 14

A Arte de Deus
Um homem havia pintado um lindo quadro. No dia de apresentá-lo ao público, convidou todo mundo
para vê-lo. Compareceram as autoridades do local, fotógrafos, jornalistas, e muita gente, pois o pintor
era muito famoso e um grande artista.

Chegado o momento, tirou-se o pano que velava o quadro. Houve caloroso aplauso.

Era uma impressionante figura de Jesus batendo suavemente à porta de uma casa. O Cristo parecia
vivo. Com o ouvido junto à porta, Ele parecia querer ouvir se lá dentro alguém respondia.

Houve discursos e elogios. Todos admiravam aquela obra de arte. Um observador curioso porém, achou
uma falha no quadro: a porta não tinha fechadura. E foi perguntar ao artista:

- Sua porta não tem fechadura! Como se fará para abri-la?

- É assim mesmo - respondeu o pintor - Esta é a porta do coração humano. Só se abre do lado de
dentro.

(Autor desconhecido)

Hospital do Senhor
Fui ao Hospital do Senhor fazer um "check-up" de rotina e constatei que estava doente. Quando Jesus
mediu minha pressão, verificou que estava baixa de ternura.

Ao tirar a temperatura, o termômetro registrou 40 graus de egoísmo. Fiz um eletrocardiograma e foi


diagnosticado que necessitava de uma ponte de amor, pois, minha veia estava bloqueada e não estava
abastecendo meu coração vazio.

Passei pela ortopedia, pois, estava com dificuldade de andar lado a lado com meu irmão e não
conseguia abraçá-lo por Ter fraturado o braço ao tropeçar na minha vaidade.

Constatou-se miopia, pois não conseguia enxergar além das aparências. Queixei-me de não poder ouvi-
lo e diagnosticou bloqueio em decorrência das palavras vazias do dia a dia.

Obrigado Senhor, por não Ter me cobrado a consulta, pela sua grande misericórdia. Prometo, ao sair
daqui, somente usar remédios naturais que me indicou e que estão no receituário de seu evangelho.

Vou tomar, diariamente, ao me levantar, chá de AGRADECIMENTO; ao chegar ao trabalho, beber


uma colher de sopa de BOM DIA e, de hora em hora, um comprimido de PACIÊNCIA, com um copo
de HUMILDADE.

Ao chegar em casa, Senhor, vou tomar, diariamente, uma injeção de AMOR e ao me deitar, duas
capsulas de CONSCIÊNCIA TRANQUILA.

Agindo assim, tenho certeza de que não ficarei mais doente e todos os dias serão de confraternização e
solidariedade.

Prometo prolongar esse tratamento preventivo por toda a minha vida, para que, quando me chamar,
seja por morte natural.

Obrigado, Senhor, e perdoe-me por Ter tomado o seu tempo.

Do seu eterno cliente.

(Autor desconhecido)

A importância do Perdão
O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa.

Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o
menino para uma conversa. Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai
dissesse alguma coisa, fala irritado:

- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.

Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a
reclamar:

- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem
poder ir à escola.

O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão.
Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e
antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:

- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca
e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o
carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.

O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pois mãos à obra. O varal com a camisa estava
longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.

Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do
menino e lhe pergunta:

- Filho como está se sentindo agora?

- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:

- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.

O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu
corpo todo. Que susto! Zeca só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então, lhe diz
ternamente:

- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você. O mau que desejamos aos
outros é como o lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos
pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.

(Autor desconhecido)
Certa noite no mar, o capitão de um navio achou que estava vendo luzes de outra embarcação que
vinha em sua direção. Pediu a um de seus homens que sinalizasse para o outro navio.

"Mude sua rota para 10 graus sul."

A resposta veio: "Mude sua rota para 10 graus norte."

O Capitão do navio respondeu : "Sou o capitão. Mude sua rota para o sul."

Outra resposta: "Bem, sou marinheiro de segunda classe. Mude sua rota para o norte."

O Capitão agora estava irritado. "Eu disse para mudar sua rota para o sul. Este é um navio de combate
da Marinha do Estados Unidos !"

E a resposta veio: "E eu digo - mude sua rota para o norte. Este é um farol terrestre."
Bibliografia:
Qualidade começa em mim
Chung, Tom
Editora maltese
São Paulo
1994
pág. 245
Um casal de idosos comemora suas Bodas de Ouro após longos anos de matrimônio.

Enquanto tomavam juntos o café da manhã a esposa pensou:

- Por cinqüenta anos tenho sempre sido atenciosa para com meu esposo e sempre lhe dei a parte
crocante de cima do pão. Hoje desejo, finalmente, degustar eu mesma essa gostosura.

Ela espalhou manteiga na parte de cima do pão e deu ao marido a outra metade.

Ao contrário do que ela esperava, ele ficou muito satisfeito, beijou sua mão e disse:

- Minha querida, tu acabas de me dar a maior alegria do dia. Por mais de cinqüenta anos eu não comi a
parte de baixo do pão, que é minha preferida. Sempre pensei que eras tu que deverias tê-la, já que tanto
a aprecias.
Bibliografia:
O Mercador e o Papagaio
Peseschkian, Nossrat
Papirus Editora
O Segredo do Poder sobre os Estados de Espírito

Um rei muito poderoso percebeu que lhe faltava o poder sobre todos os poderes: o Poder sobre seus
Estados de Espírito. Convocou uma reunião com seus ministros e ordenou-lhes que resolvessem o
problema.

Um deles disse:
- Ouvi falar que há, em algum lugar do reino, uma Mulher, conhecida como A Sabedoria, que possui
um anel dentro do qual há uma mensagem, que é o segredo do Poder sobre os Estados de Espírito.

- Pois eu lhe ordeno que encontre este anel e traga-o para mim !

O ministro partiu e depois de muito procurar encontrou-se frente a frente com a Sabedoria.

Disse:
- Soube da existência de um anel que contêm a sabedoria em forma de uma mensagem que dá a quem a
possui o poder sobre os Estados de Espírito. E meu rei quer possuir tal poder.

Diz a Mulher:
- O anel existe e eu o possuo. Presenteio ao seu rei com o anel, com uma condição: que só o abra e leia
a mensagem poderosa depois de ter esgotado todos os seus recursos, quando já não tenha o que fazer
por já ter feito tudo o que sabe e pode.

O assessor levou o anel para o rei que ficou muito satisfeito e o recompensou regiamente.

O rei colocou o anel e aguardou o momento de abrí-lo e conhecer o SEGREDO DO PODER SOBRE
OS ESTADOS DE ESPÍRITOS.

Algum tempo depois o rei ficou muito IRRITADO com seus vizinhos, que invadiram seu reino. Pensou
em abrir o anel.

- Não. Posso lutar.

Perdeu a luta e sentiu muita TRISTEZA.

Pensou em abrir o anel.

- Não. Posso recuperar o que perdi.

Os invasores chegaram ao castelo para matá-lo e sentiu muito MEDO.

- Abro o anel agora? Não, posso fugir.

Fugiu e foi perseguido. Ao chegar ao penhasco, vendo que leões o aguardavam caso saltasse, com o
exército inimigo em seus calcanhares, ATERRORIZADO, pensou: "Já não há o que fazer, meus
recursos se esgotaram. Esta é a hora!"
Abriu o anel e nele estava escrito:

ISTO PASSARÁ!

Reconfortado, encontrou um lugar para esconder-se e sobreviveu. Sobreviveu e voltou. Reconquistou


seu castelo e seu reino. Sentia-se muito ALEGRE. Ficou tentado a abrir de novo o anel, mas pensou:
"Vou dar uma festa para estravasar tanta alegria".

Durante a festa ficou sabendo que seus exércitos haviam tomado o reino inimigo. Seu coração disparou
a ponto dele pensar que iria ter um ataque cardíaco, de tão FELIZ. Sentindo-se morrer de felicidade,
sem saber mais o que fazer, abriu de novo o anel.

E no anel estava escrito:

ISTO TAMBÉM PASSARÁ!


Bibliografia:

É TEMPO DE MUDANÇA
Guilhermino, Clô
Editora Gaia
São Paulo
1996
pág. 37 e 38
Comande o Seu Destino

Em certa ocasião, perguntei ao comandante de um navio qual era o recurso ou instrumento mais
importante do qual se valia para manter seu curso em alto mar. A posição do Sol e das estrelas, a
bússola, ou um GPS, aparelho que utiliza os satélites para determinar a posição exata em que se
encontra. Sua resposta foi muito diferente da que eu imaginara. Todos os recursos existentes são
importantes, disse ele, mas não garante que o navio chegue ao seu destino. O que determina, então,
uma viagem segura para seu objetivo?

O comandante ponderou que as variações nas ocorrências diárias da vida no mar constituem-se
grandes problemas na navegação. As tempestades podem, subitamente, se desencadear e obrigar o
navio a lutar pelo seu privilégio de navegar na direção certa. O nevoeiro espesso do mar pode retardar a
marcha e desviar o navio da rota. Pode haver pane nos instrumentos e recursos disponíveis. O vento
forte e outras tantas condições que estão em constante mutação são mais ou menos inesperadas, mas,
que devem ser antecipadas, devendo o comandante estar sempre preparado para enfrenta-las.

O comandante deve esperar mudanças nas condições e saber tirar vantagens. Deve saber que o
nevoeiro não é eterno. Os ventos podem ajuda-los a sair da tempestade. Deve saber como se proteger e
ao seu navio e como cooperar com as manifestações da natureza para manter viagem. Sem o
conhecimento de como a natureza se manifesta, a compreensão profunda das Leis Naturais, ele estaria
incapacitado para manter o curso e salvar seu navio. “Devo espera que o pior aconteça, ser capaz de
compreender e interpretar tudo que aconteça e preparar-me para todas as situações”, disse o
comandante. Pude perceber o quão versado no conhecimento das Leis Naturais deva ser um
comandante e sua tripulação, para garantir uma viagem segura.

Fiz, imediatamente, uma analogia com os seres humanos que somos, comandantes de nosso próprio
navio, e que estamos tentando seguir o curso da vida em direção a uma definida meta ou porto, onde
esperamos realizar a plenitude de nossa viagem. Nem todos temos uma meta ou um porto definido em
mente o qual rumamos. Aqueles que estão passando pela vida sem ter qualquer porto como objetivo não
precisam entender esta analogia porque têm muitas outras lições a aprender antes. Para sermos
comandante de um navio precisamos primeiro traçar uma carta e determinar um porto como ponto de
chegada de nossa viagem.`

Para a maioria, todavia, o mar da vida é como a vastidão do oceano. A meta estabelecida não é mais
visível do que o porto distante na costa. Não são as tempestades, o nevoeiro e as demais condições
mutantes do oceano mais, desencorajadoras e cheia de problemas sérios, do que as tribulações de nossa
jornada pela vida. Qual o preparo que tem a média das pessoas para manter seu curso tão positivo, tão
definido, e tão seguramente, como faz o comandante bem preparado, para levar seu navio a salvo ao
porto distante?

Precisamos ter capacidade de antecipar e enfrentar as emergências da vida e manter nosso navio,
firmemente no curso certo para vencer tempestades, compreender e desenvolver, mais e mais, as
potencialidades interiores, aperfeiçoando-nos como seres humanos com dotes especiais. A maioria
daqueles que tem uma meta na vida, muitas vezes, não sabe com desviar de uma súbita tribulação, ou
como sair das trevas que os envolveram, exatamente, como as tempestades e o nevoeiro para aquele
comandante do navio.

É preciso que tenhamos conhecimento das leis da natureza e dos mistérios do universo. É preciso
desenvolver dons e faculdades interiores, ainda, não disponíveis nas escolas de formação, em sua
grande parte preocupadas apenas com o desenvolvimento do intelecto ou das habilidades exteriores do
ser humano, ou seja, apenas preocupados com a leitura dos instrumentos. É preciso que saibamos
interpretar, compreender e aceitar cada acontecimento da vida, com serenidade, confiança e capacidade
de analisar as condições de uma maneira construtiva. É preciso que saibamos discernir, das coisas que
nos cercam, as que são crenças supersticiosas e ignorantes e que devem ser deixadas de lado, das
ocorrências que merecem crédito.

A compreensão que o indivíduo tem da vida e seus problemas e o preparo que possui para enfrentar
emergências, encorajam-no e permitem que ele conduza o seu navio corretamente. Esta luz de
iluminação dota-o de calma e equilíbrio, de segurança e paz que ultrapassam toda a compreensão. Esta
capacidade torna o ser humano capaz de alcançar maior sucesso e felicidade na vida. Saber como
vencer os problemas da vida e adaptar-se às situações que poderiam, de outro modo, torna-los
perturbados, desencorajados e incapazes de controlar a sua caminhada com segurança e sucesso.
Utilizando o recurso da alegoria, este texto explica o significado d'O Domínio da Vida. Um
dos grandes benefícios da Filosofia Rosacruz é justamente seu caráter eclético e ecumênico. Os
ensinamentos aqui contidos são interessantes para estudantes rosacruzes ou para qualquer
pessoa que esteja precisando de inspiração em determinado momento da vida, portanto, uma
forma excelente de servir ao próximo. Este material foi desenvolvido para ser usado na
divulgação da Filosofia Rosacruz. Para mais informações sobre este texto entre em contato
com : marketing@amorc.org.br .

As Três Peneiras de Sócrates


Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu
interesse:

- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!

- Espera - disse o sábio. Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três
peneiras.

- Três peneiras? Que queres dizer?

- Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a
peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?

- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.

- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da
bondade. Ou não? Envergonhado, o homem respondeu:

- Devo confessar que não.

- A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu
amigo?

- Útil? Na verdade, não.

- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é
melhor que o guardes apenas para ti.

PEGADAS NA AREIA
Uma noite eu tive um sonho...

Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e através do Céu passavam cenas de minha vida.

Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia; um era o meu,
e o outro, do Senhor.

Quando a última cena de minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e
notei que muitas vezes no caminho da minha vida havia apenas um par de pegadas na areia.

Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos da minha vida. Isso
aborreceu-me deveras, e então perguntei ao Senhor:

- "Senhor, Tu me disseste que, uma vez que eu resolvi Te seguir, Tu andarias sempre comigo, em todo o
caminho. Contudo, notei que durante as maiores atribulações do meu viver, havia apenas um par de
pegadas na areia. Não compreendo porque nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixaste
sozinho."

O Senhor me respondeu:

- "Meu querido filho. Jamais te deixaria nas horas de prova e de sofrimento. Quando vistes na areia, só
um par de pegadas, eram as minhas. Foi exatamente aí que EU TE CARREGUEI EM MEUS
BRAÇOS.

(Autor desconhecido)

Um grupo de homens anda pelo campo. Um deles pensa que vê uma cobra. No seu pavor, rouba a
bengala do companheiro para matá-la. Mas, ao esclarecer-se sua visão, compreende que, afinal de
contas, não era uma cobra, mas apenas um pedaço de corda. Não rouba mais, pois não precisa de
bengala.
No momento em que se identifica como falsas as falsas aparências, percebe-se que, a falsa
interpretação produz a falsa necessidade, que, por sua vez, produz o falso comportamento.
Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa feita, um sultão sonhou que havia perdido todos os
dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.

- Que desgraça, senhor! Exclamou o adivinho.

- Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.

- Mas que insolente - gritou o sultão, enfurecido. Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora
daqui! Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites.

Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho. Este, após ouvir o sultão com
atenção, disse-lhe:

- Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a
todos os vossos parentes.

A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo
adivinho. E quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:

- Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo
porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.

- Lembra-te meu amigo - respondeu o adivinho, tudo depende da maneira de dizer.


Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação
depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser
dita em qualquer situação, não resta dúvida. Mas a forma com que ela é comunicada é que tem
provocado, em alguns casos, grandes problemas. A verdade pode ser comparada a uma pedra
preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta. Mas se a
envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceita com
facilidade.
Uma velha lenda hindu nos conta que houve um tempo em que todos os homens na Terra eram deuses,
mas que eles pecaram e abusaram tanto do Divino, que Brahma, o deus dos deuses, decidiu que a
"cabeça de deus" seria tirada dos homens e escondida em algum lugar onde eles jamais pudessem
encontrá-la e abusar dela.

Um dos deuses disse: "Vamos enterrá-la bem fundo no chão."

Brahma disse: "Não, o homem vai cavar a terra e encontrá-la."

Outro deus então disse: "Vamos colocá-la no mais fundo oceano."

Brahma disse: "Não, o homem aprenderá a mergulhar e poderá encontrá-la algum dia."

Um terceiro deus sugeriu: "Porque não a escondemos na mais alta montanha ?"
Brahma disse: "Não, o homem pode escalar a mais alta montanha. Tenho um lugar melhor. Vamos
escondê-la no próprio homem. É um lugar onde ele jamais pensará procurá-la."
Todo o conhecimento já está no interior do homem, que necessita reconhecê-lo e usá-lo para o
bem comum.

O que é uma metáfora ?


Sempre que explicamos ou comunicamos um conceito pela comparação com outra coisa,
estamos usando uma metáfora. As duas coisas podem ter pouca semelhança concreta entre si,
mas nossa familiaridade com uma permite adquirir uma compreensão da outra. As metáforas
são símbolos, e como tais podem criar intesidade emocional ainda mais depressa, e de forma
mais completa, do que as palavras tradicionais que usamos. As metáforas podem nos
transformar instantaneamente.

Um dos meios primários de aprendizado é através das metáforas. Apreender é o processo de


fazer novas associações na mente, criar novos significados, e as metáforas são idealmente
apropriadas para isso. Quando não compreendemos algo, uma metáfora proporciona um meio
de perceber como o que não compreendemos é parecido com algo que compreendemos. A
metáfora ajuda-nos a vincular um relacionamento. Se X é como Y, e compreendemos X,
subitamente compreendemos Y.

As metáforas vão desde simples comparações ou similaridades até histórias mais longas,
alegorias e parábolas.

A maioria das pessoas adora ouvir histórias. Contar um caso ou uma história faz o tema se
tornar ainda mais interessante e significativo, permitindo também uma maior fixação de um
conceito.

Ao contar uma história, caso, conto, vivência, mito, exemplo, alegoria, parábola, promove-se
na mente do sujeito um contato com experiências que vão muito além do que foi dito.

As metáforas irão funcionar para cada pessoa de uma forma diferente, e isso lhes dá um grande
poder.

Metáforas simples fazem simples comparações : branco como leite, ela brilha como as estrelas.

Metáforas complexas são histórias com muitos níveis de significado.

Todos os grandes mestres - Jesus Cristo, Buda, Maomé, Confúcio, Lao-tsé, entre outros -
usaram metáforas para transmitir suas mensagens ao homem comum. Independente de crença
religiosa, a maioria concorda que Jesus Cristo foi um mestre extraordinário, cuja mensagem de
amor perdurou, não apenas por causa do que Ele disse, mas também pela maneira como disse.

Ele procurou os pescadores, e lhes disse que queria que se tornassem "pescadores de homens".
No instante em que Jesus usou esta metáfora, eles compreenderam o que precisavam fazer.
Essa metáfora lhes proporcionou um processo por analogia, passo a passo, sobre o modo de
atrair outros para a fé. Ao apresentar suas parábolas, Jesus transmitiu idéias complexas em
imagens simples, que transformavam qualquer um que absorvesse a mensagem no coração.
Mas na verdade Jesus não apenas foi um mestre como contador de histórias, mas também usou
toda a sua vida como uma metáfora para ilustrar a força do amor de Deus.

Uma metáfora é composta de mensagens conscientes (ou superficiais) e insconscientes (ou


profundas). Isto quer dizer que ao ouvir uma metáfora, uma parte de nós, o nossa mente
consciente, estará ocupada em interpretar o conteúdo superficial, e para isso usará processos
lógicos, racionais. Já outra parte, nossa mente inconsciente, que trata a informação de maneira
mais holística, intuitiva, estará recebendo uma mensagem que nos mobilizará num nível muito
mais profundo, uma mensagem que nos "toca o coração", ou nos dá "uma luz", e amplia nossa
compreensão.

As fábulas e contos infantis são construídos segundo estes princípios e causam fascínio nas
crianças e também nos adultos pelo poder que têm de chegar a mente insconsciente.

Contos de fadas são metáforas. A frase "Era uma vez ..." localiza essas metáforas num tempo
interior. Embora possam não ser útil na vida real, a informação que vem a seguir é processada
pela mente inconsciente.

Contar histórias é uma arte muito antiga. As histórias entretém, transmitem conhecimento,
expressam verdades, indicam possibilidades que estão além das maneiras habituais de agir.
Bibliografia :

Desperte o Gigante Interior


Robbins, Anthony
Editora Record
1993

Artigo sobre Metafóras


Penteado, Nelly Beatriz M. P.
Jornal Tribuna de Indaiá

Introdução à Programação Neurolinguística


O'Connor, Joseph e
Seymor, John
Summus Editorial
1995

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