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MED – PEDIATRIA 06/04/2016 Liz Yumi

IMUNIZAÇÕES
VACINAS – PNI: FALSAS CONTRAINDICAÇÕES:
BCG Doenças comuns benignas (resfriado, diarreia não grave,.)
Hepatite B Desnutrição (ainda que grave)
Pentavalente Relato de alergia não grave à dose prévia
Pnm-10 (contraindicação = anafilaxia prévia)
MnC Uso de corticoide em dose baixa (prednisona <2mg/kg/dia)
VORH História familiar de eventos adversos
VIP
VOP CALENDÁRIO VACINAL
Febre amarela
Tríplice viral
Ao nascer BCG, hepatite B
Hepatite A
2 meses Pentavalente
Tetraviral (tríplice + varicela)
Poliomielite – VIP
HPV
Pneumocócica – 10
Rotavírus – VORH
Composição:
3 meses Meningococo sorogrupo C – MnC
AGENTES VIVOS BCG
4 meses Pentavalente
Agentes autorreplicativos VORH
Poliomielite – VIP
Agentes de baixa patogenidade, mas VOP
Pneumocócica – 10
eventualmente podem causar doença Febre amarela
Rotavírus – VORH
Contraindicação: Tríplice viral
5 meses Meningococo sorogrupo C – MnC
- Imunodeprimidos Tetraviral
- Gestantes (risco teórico de infecção fetal) 6 meses Pentavalente
Poliomielite - VIP
Obs.: Exceções:
Febre amarela, tríplice viral e tetraviral = eventualmente podem 9 meses Febre amarela (em áreas recomendadas)
ser administradas em pacientes infectados pelo HIV. Antes, deve 12 meses Tríplice viral
ser considerada a situação imunológica de cada um. Pneumocócica – 10
Eventualmente, a vacina contra febre amarela poderá ser Meningococo sorogrupo C – MnC
administrada em gestantes. 15 meses DTP (difteria, tétano e coqueluche)
Poliomielite – VOP
AGENTES NÃO VIVOS Hepatite B Hepatite A
Não causam doença (o que podemos Pentavalente Tetraviral
ter é a apresentação de efeitos Pnm-10 4 anos DTP
adversos) MnC Poliomielite – VOP
VIP Febre amarela (em áreas recomendadas)
Obs.: vacina contra influenza – agente não Hepatite A VOP e Influenza durante as campanhas
vivo HPV
BCG
REGRAS M. bovis atenuado
PERÍODO DE LATÊNCIA = intervalo de tempo entre a Proteção contra FORMAS GRAVES (TB miliar e meningite
administração da vacina e a produção de anticorpos (nesse tuberculosa)
período o indivíduo ainda não está protegido) Administração = via intradérmica (inserção inferior do
Febre amarela = período de latência de 10 dias deltoide direito)  a administração de forma errada
NÃO HÁ INTERVALO MÁXIMO (algumas vacinas são aumento o risco de eventos adversos
administradas em várias doses >> quando somos vacinados Contraindicação/ adiamento:
pela primeira vez, são formadas céls de memória >> nas o Peso < 2 kg
administrações subsequentes, o objetivo é a estimulação o Doença de pele disseminada (pode não conter a
das céls de memória – que permanecem no organismo por replicação do M. bovis >> doença disseminada pelo
tempo indefinido >> logo, não há necessidade de se agente)
reiniciar o esquema vacinal a partir da primeira dose em o Contato domiciliar com bacilífero >> nesse caso ele não
casos de esquemas incompletos) recebe a BCG, e inicia tratamento com isoniazida
AS VACINAS PODEM SER ADMINISTRADAS RN de mãe com HIV = deve ser vacinado !!
SIMULTANEAMENTE (exceto: febre amarela e tri/ Revacinar: ausência de cicatriz seis meses após!
tetraviral >> intervalo de 30 dias entre as vacinas é Criança <5 anos e que não tenha cicatriz  revacinar!
recomendado)
HEPATITE B
Composição = Ag de superfície (HBsAg)
CORIZA? Indivíduo vacinado = anti-HBs (marcador de vacinação)
Aplicação: nas primeiras 12h de vida  objetivo: reduzir o
TOSSE SECA? risco de transmissão vertical (independente da situação da
mãe)
Mãe sabidamente portadora crônica do vírus da hepatite B
Mãe HBsAg(+)
RN = vacina e imunoglobulina (ideal: é que sejam feitas
simultaneamente; se não for possível, a imunoglobulina pode
ser feita até o 7º. Dia de vida)
MED – PEDIATRIA 06/04/2016 Liz Yumi
> 5 anos se a criança não foi vacinada: 3 doses (0-1m-6m) = Crianças não vacinadas 1-4 anos = dose única
lembrar que não reiniciamos o esquema vacinal
ANAFILAXIA A OVO – contraindicações:
PENTAVALENTE Febre amarela
(DTP + Hib + hepatite B) Influenza
DTP (difteria + tétano + coqueluche): tríplice bact. celular
o Toxoide diftérico e tetânico FEBRE AMARELA
o Bacilos mortos da coqueluche Composição: vírus atenuados
Haemophilus influenzae tipo B - Hib (proteção contra Eventos adversos:
doença invasiva por hemófilo tipo B) = sacarídeo capsular o Doença neurológica
conjugado o Doença visceral (pode levar ao óbito)
Hepatite B Contraindicação:
Eventos adversos = tipicamente relacionados com a DTP o < 6 meses
(componente Pertussis): o Anafilaxia a ovo
o Febre alta (>39,5º.C) ou choro persistente (por mais o Mulheres amamentando crianças < 6 meses
de 3 horas)/ incontrolável = não modifica esquema o Imunodeprimidos/ gestantes
vacina subsequente (continuará recebendo a DTP) Em casos de surtos: pode-se antecipar a doença (mas nunca
o Episódio hipotônico-hiporresponsivo e/ou convulsão antes dos 6 meses)
= embora seja um evento benigno, essa criança não irá Indivíduo > 5 anos que nunca foram vacinados = a partir
mais receber a DTP, mas sim a DTPa (tríplice bacteriana dos 5 anos a recomendação é que seja feita uma dose e um
acelular) - muito menos reatogênica reforço 10 anos depois
o Encefalopatia: a criança não receberá mais o
componente Pertusis, mas continuará o esquema com a TRÍPLICE VIRAL
dupla tipo infantil (DT)
Composição: vírus atenuados do SARAMPO, RUBÉOLA e
** Essas vacinas podem ser feita até < 7 anos
CAXUMBA
Observações:
VIP (Salk) o Anafilaxia a ovo: não é contraindicação
Poliovírus inativado o Intervalo com hemoderivados – intervalo varia de 3 a 6
Eventos adversos: reação local meses (ao administrar a vacina, ela é administrada por
via SC e o vírus será liberado na corrente sanguínea,
VOP (Sabin) estabelecendo uma viremia, para que uma resposta
imune suscitada, o vírus deve sofrer replicação >> logo, a
Poliovírus atenuados
vacina deve ser adiada se houver uso recente de Ig,
Eventos adversos: poliomielite pelo vírus vacinal
sangue ou derivados >> enquanto o indivíduo tiver acs
Vantagens em relação à VIP:
circulantes, estes irão impedir a replicação do vírus
o Indivíduo vacinado excreta o vírus vacinal no meio
vacinal)
ambiente
o Adiar se uso recente de imunoglobulina, sangue ou
o Quando o paciente recebe a vacina inativada caso ele
derivados
entre em contato com o vírus selvagem, embora não
o Revacinar se IG, sangue ou derivados em até 15 dias após
desenvolva a doença, ele continuará a eliminar o vírus
a vacinação
selvagem (perpetua o ciclo de transmissão); já com VOP,
desenvolve-se uma imunidade de mucosa em que ele não
eliminará o vírus selvagem HEPATITE A
Contraindicações: Vírus inteiro inativado
o Imunodeficientes Pelo PNI: dose única aos 15 meses !
o Contactantes de imunodeficientes e hospitalizados
Revacinar se a criança cuspir, vomitar ou regurgitar TETRAVIRAL
(revacinar apenas 1x)
TRÍPLICE VIRAL + VÍRUS VARICELA ATENUADO
Pelo PNI: aos 15 meses após tríplice viral
VOHR
Rotavírus atenuados G1
Objetivo: reduzir incidência de formas graves (das
hospitalizações por diarreia por rotavírus)
Cuidado: essa vacina só tem sua segurança validade até
uma determinada idade bem específica
1ª. dose: só pode ser feita até 3meses e 15 dias
2ª. dose: só pode ser feita até 7meses e 29 dias
Contraindicações:
o Invaginação intestinal prévia
o Malformação intestinal não corrigida
NUNCA REAPLICAR (mesmo que a criança cuspa, vomite ou
regurgite)

PNEUMOCÓCICA 10-VALENTE
Sacarídeos de 10 sorotipos (conjugada)

MENINGOCÓCICA C
Sacarídeos capsular (conjugada)
MED – PEDIATRIA 06/04/2016 Liz Yumi

INFECÇÃO URINÁRIA
MECANISMO: ASCENDENTE TRATAMENTO:
O aparelho urinário (com exceção da porção distal da uretra) é
estéril CISTITE PIELONEFRITE
Duração: 3-5 dias Duração: 7-14 dias
ETIOLOGIA: Tratamento: Tratamento: hospitalar
E. coli ambulatorial = ou < 1 mês
Outros gram-negativos (Proteus)* Sulfametoxazol- Sepse
Gram-positivos (S. saprophyticus)** trimetropim Não ingere líquidos,
Vírus (adenovírus = cistite hemorrágica) Nitrofurantoína desidratação, vômitos,
(*) Proteus = tem a capacidade de alcalinizar a urina (produz Amoxicilina prostração
uma urease que converte ureia e amônia e alcaliniza a urina,
favorecendo a formação de cálculos) Hospitalar:
(**) Quando pensar = adolescentes sexualmente ativas Ampicilina +
aminoglicosídeo
FORMAS CLÍNICAS: CISTITE ; PIELONEFRITE Cefalosporina 3ª. geração
Cistite (bact. ascende pela uretra >> replica-se no interior (ceftriaxona)
da bexiga >> inflamação da mucosa vesical >> geralmente é
autolimitada; porém, essa bactéria pode refluir para o Ambulatorial:
parênquima renal, levando a um quadro de pielonefrite) Cefixima
Pielonefrite (infecção potencialmente mais grave – pode Ceftriaxone
levar a uma sepse de foco urinário; repetidos episódios de Ciprofloxacino
pielonefrite podem levar a uma doença renal crônica)
O que não pode:
QUADRO CLÍNICO: nitrofurantoína! (não alcança
Manifestações específicas: em pacientes mais velhos ! níveis adequados no
o Disúria, urgência, polaciúria, incontinência, urina turva e parênquima renal)
fétida
o Retorno da incontinência (criança que já tinha alcançado
Um % significativo de crianças com pielonefrite apresentam
o controle esfincteriano – principalmente noturno e que
REFLUXO VESICOURETERAL – a forma mais comum é o RVU
volta a apresentar incontinência – investigar infecção
primário idiopático (alteração congênita que pode estar
como causa de enurese secundária)
presente em até 1% da população – essas crianças podem ter
Manifestações inespecíficas: baixo ganho ponderal,
refluxos de intensidades variáveis; aqueles que apresentam
recusa alimentar,..
graus mais leves, têm maior chance de evoluir com cura
A FEBRE PODE SER A ÚNICA MANIFESTAÇÃO – a febre é
espontânea).
um marcador clínico de pielonefrite !

EXAMES DE IMAGEM:
DIAGNÓSTICO:
USG de rins e vias urinárias: permitem identificar de
EAS = procurar por marcadores de inflamação e de
malformações grosseiras e repercussões de refluxos mais
presença de bactérias
graves
o Inflamação: esterase leucocitária, piúria (≥5), nitrito,
Uretrocistografia miccional: quando há refluxo – o
bacteriúria e gram
contraste ascende pelo ureter chegando até a pelve renal.
URINOCULTURA = obrigatória para confirmação!
Confirma a presença do refluxo e permite avaliação do grau
Ao realizar urinocultura = existe possibilidade de contaminação
do refluxo.
da amostra pelas bactérias presentes na porção distal da uretra/
Cintilografia renal com DMSA: DMSA liga-se às células
períneo. Como interpretar o resultado:
tubulares renais – na fase aguda da doença temos o padrão
ouro para o diagnóstico de pielonefrite (alteração de
BACTERIÚRIA SIGNIFICATIVA:
captação do DMSA na região do parênquima renal
Jato médio ≥ 100.000 UFC/ mL inflamado); após várias semanas do episódio agudo temos
Saco coletor Valorizar o resultado se: ausência de captação em caso de cicatriz renal (parênquima
Resultado (-) renal substituído por tecido fibroso)
≥100.000 UFC/mL + EAS
alterado + sintomatologia (pelo QUANDO INVESTIGAR:
Nelson) Nelson:
Punção suprapúbica Qualquer (maioria dos autores) 1º. Episódio de pielonefrite:
≥50.000UFC/mL (Nelson) o USG – se normal = parar investigação
Cateterismo ≥ 50.000 UFC/mL o USG alterada = uretrocistografia miccional
Após 2º. Episódio de pielonefrite = uretrocistografia
Deve-se coletar urinocultura antes de iniciar o tratamento, mas miccional
não se deve aguardar o resultado do exame para iniciar o ------------------------------------------------------------------------
tratamento! Sociedade Brasileira de Pediatria
<2 anos com ITU confirmada = USG + uretrocist. Miccional
A partir dos 2 anos = a princípio somente USG

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