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SAUDE VOCAL DO PROFESSOR

Heidi Mara De Mare

Graduação: Fonoaudiologia PUC/SP

Instituição: Secretaria de Educação e Cultura de São Bernardo do Campo

UF: São Paulo

Email: heididemare1963@hotmail.com
SAÚDE VOCAL DO PROFESSOR
Heidi Mara De Mare

A voz faz parte de toda a nossa existência e está presente nos momentos mais decisivos. É
veículo de nossos sentimentos e emoções e modifica-se constantemente de acordo com a idade, saúde
física, história pessoal de vida, condições ambientais, situação e contexto de comunicação.
Os profissionais da voz, aí incluídos os professores, devem ter um cuidado especial com esse
instrumento particularmente eficaz na comunicação humana.

FISIOLOGIA:
A voz é produzida pelo trato vocal a partir de um som básico gerado na laringe. A laringe
localiza-se no pescoço e é um tubo alongado no interior do qual ficam as pregas vocais (conhecidas
popularmente como cordas vocais). As pregas vocais são duas dobras, formadas por músculo e mucosa,
em posição horizontal dentro da laringe, ou seja, paralelas ao solo, como se estivessem deitadas.
Quando respiramos silenciosamente, as pregas vocais ficam abertas, ou seja, afastadas entre si,
para permitir a entrada e saída livres do ar.
Quando produzimos a voz, as pregas vocais devem se aproximar e vibrar.
A prática vocal bem estruturada não fadiga em absoluto a voz. Pelo contrário, os músculos e os
órgãos vocais se desenvolvem e se fortificam com o exercício. Quem exerce uma profissão que obriga a
usar muito a voz deve saber tirar o máximo de seu potencial vocal, sem comprometer o delicado
aparelho fonador.
As disfonias profissionais preocupam aqueles que têm a voz como instrumento de trabalho e a
incidência tem atingido níveis alarmantes. Os sintomas de cansaço e fadiga vocal, perda da intensidade,
ensurdecimento do timbre, que os indivíduos tentam superar provocando um esforço ainda maior da
musculatura faríngea, aliados ao fator psicológico, causam as rouquidões e até as afonias. Com o
decorrer do tempo, ao exame otorrinolaringológico, são encontrados freqüentemente nódulos, edemas,
hiperemia e pólipos.
Alterações na voz do professor levam a modelos lingüísticos e psicológicos inadequados, uma
vez que a piora do estado de saúde dos professores, tanto física (rouquidão, dor de garganta, perda de
voz, etc) quanto emocional (fadiga geral, tensão pela dificuldade em falar, etc) interfere em sua atuação
em sala de aula.
Qualquer pessoa precisa cuidar de sua voz, mas o professor deve ter uma preocupação maior em
relação a ela, já que a docência exige o uso contínuo e sistemático do aparelho fonador.
Os distúrbios da voz e o esforço vocal no professor produzem ansiedades bastante óbvias devido
aos graves problemas profissionais e econômicos envolvidos (Greene, 1983)
Um dos aspectos imprescindíveis para a prevenção de problemas vocais e até diminuição destes
assim que percebidos são os hábitos do docente. O fumo, por exemplo, é um fator de risco significativo.
Quando a fumaça quente é inalada, ela agride todo o sistema respiratório e, principalmente, as pregas
vocais, podendo causar irritação, pigarro, edema, tosse, aumento da secreção e infecções. Observamos,
nos indivíduos que usam intensa e prolongadamente o cigarro, uma voz mais grave (grossa) e pouca
capacidade respiratória, resultando em uso do ar residual para terminar uma frase, por exemplo. Quando
se faz uso deste ar residual, forçam-se as pregas vocais para que elas se encostem, ocasionando, após
repetidas vezes, lesões nas mesmas.
Outro hábito já instalado na prática docente é o ato de pigarrear quando percebe-se a voz
“sumindo”. Este ato oferece a sensação de que se elimina um corpo estranho da laringe, aliviando o
sintoma de pressão na garganta, com eventual melhora da voz. Quando houver secreção persistente e a
necessidade de eliminá-la for muito grande, recomenda-se beber água ou inspirar profundamente pelo
nariz e deglutir logo a seguir, o que auxilia a deslocar a secreção da área vibratória das pregas vocais,
pois o pigarreio é uma agressão para as pregas vocais, piorando a condição da laringe. Nos fumantes,
esse ato é mais comum e corriqueiro do que nos professores não fumantes.
Outro hábito que possui, em sua ação, um risco para a boa voz, é a tosse. Obviamente, não é
possível evitar a tosse em algumas situações, tais como o início da aspiração de algum alimento ou
quando há um processo virótico ocorrendo no organismo, onde a tosse funciona como um processo de
eliminação do muco. De qualquer forma, o ato de tossir provoca irritação e descamação do tecido. Por
esse motivo, garantir uma boa imunidade orgânica é extremamente importante para o professor.
Outro fator que potencializa o desgaste vocal é o aumento de intensidade vocal com o
objetivo de fazer-se entender pela fala, apesar dos barulhos e ruídos externos. Quando estamos em um
local barulhento, por um comportamento reflexo, imediatamente elevamos a voz em um esforço para
nos comunicarmos, tentando vencer o ruído de fundo. Chamamos isso de competição sonora. Neste
sentido, a sala de aula deve ser afastada do ruído advindo de ruas movimentadas, onde o trânsito de
automóveis é intenso. Se isso não for possível, alternativas de impedir a entrada destes sons no ambiente
escolar como tratamento acústico de portas, janelas, teto e paredes devem ser uma realidade. Outra
variável que aumenta a sensação de ruído é aquele produzido pela própria dinâmica de sala, onde os
estudantes aumentam sua voz a ponto de não ouvirem uns aos outros e muito menos ao professor. Esse
barulho pode e deve ser diminuído, com estratégias próprias do professor com seus alunos.
A poluição do ar, uma realidade de nossas cidades, também é um fator que dificulta a
manutenção de uma boa voz. Ela pode produzir alterações vocais e laríngeas agudas ou crônicas, como
por exemplo: rouquidão, sensação de irritação na garganta, tosse, dificuldade na respiração e irritação
dos tecidos da boca, língua e nariz.
Alergia é uma resposta de sensibilidade elevada a determinadas substâncias. Um indivíduo
alérgico é, portanto, um indivíduo hipersensível. Quanto à voz, particularmente apresentam maior
interesse as alergias manifestadas nas vias respiratórias, tais como bronquite, asma, rinite e laringite.
Indivíduos com reações alérgicas nessas regiões são mais propícios a desenvolverem problemas de voz,
numa relação direta com o grau de alergia. Profissionais da voz alérgicos devem fazer todo o esforço
para evitar o contato com as substâncias que desencadeiam suas crises. Um problema adicional refere-se
aos medicamentos utilizados no tratamento da alergia, descongestionantes e anti-histamínicos, que
apresentam um efeito ressecante, prejudicando a produção de voz.
Falemos agora da postura corporal. Comunicamo-nos utilizando não somente a
voz, mas todo o corpo. Um indivíduo que fala sem movimentação corporal geralmente causa
desconforto no ouvinte. Para uma comunicação efetiva, o corpo e a voz devem expressar a mesma
intenção. Os desvios de postura que devem ser evitados, principalmente durante a fala, pois limitam a
boa produção de voz, são: cabeça elevada ou inclinada para os lados, tensão de face com boca contraída,
olhos excessivamente abertos, elevação ou contração de sobrancelhas, pescoço com músculos saltados e
veias túrgidas, peito comprimido, ombros erguidos ou posicionados para a frente e bloqueio da
movimentação corporal, principalmente da cabeça e dos braços. Assim sendo, a postura ideal durante a
fala pode ser resumida da seguinte forma: o corpo deve estar livre para que acompanhe o discurso
espontaneamente sem movimentação excessiva, o que cansa o ouvinte e gera ansiedade, mas também
sem rigidez, como se o indivíduo estivesse paralisado. O corpo deve ser mantido reto, sem zonas de
tensão.
Quanto à alimentação - alimentos pesados e muito condimentados lentificam a digestão e
dificultam a movimentação livre do músculo diafragma, essencial para a respiração. Alimentos leves,
verduras e frutas bem mastigadas, além dos nutrientes adequados que oferecem, também relaxam a
musculatura da mandíbula, da língua e da faringe, melhorando a dicção e dando sensação de leveza ao
corpo. Sugerimos evitar chocolate, leite e derivados antes do uso intensivo da voz. Estes alimentos
aumentam a secreção do muco no trato vocal, prejudicando a ressonância e induzem à produção de
pigarro. Convém esclarecer que balas, pastilhas e sprays locais podem atenuar sensações desagradáveis
durante a emissão de voz, porém acabam por mascarar a dor do esforço vocal, prejudicando ainda mais
o estado das mucosas.
Na limpeza do trato vocal, são indicados a maçã, que por sua propriedade adstringente, auxilia a
limpeza da boca e da faringe, favorecendo uma voz com melhor ressonância; e os sucos cítricos, como
os de laranja e limão que auxiliam a absorção do excesso de secreção. Goles de água fresca, em
temperatura ambiente, também são recomendados. Lubrificação é essencial para uma boa voz.
Alimentos e bebidas muito geladas são sempre nocivos, pois o choque térmico causa uma
descarga imediata de muco e edema das pregas vocais. Desta forma, os primeiros goles de líquidos
gelados ou as primeiras colheradas de sorvete devem ser mantidos na boca por alguns segundos antes de
serem deglutidos.
Nosso organismo precisa, em média, de 8 horas de sono por noite para recuperar as energias.
Uma noite mal dormida pode significar uma voz rouca e fraca pela manhã.
Além do repouso corporal, devemos também considerar o repouso vocal. Após o uso intensivo
de voz é ideal um período de descanso ou de uso limitado, com o mesmo número das horas de emprego
da voz. Em situações onde o repouso vocal completo não é possível, recomendamos o repouso vocal
relativo, ou seja, restringir a quantidade de fala e evitar a grande intensidade.
Outro fator de risco é o refluxo gastresofágico, que é a passagem do suco gástrico para o esôfago
que sobe em direção à boca. Esse retorno de líquido estomacal pode atingir a boca, o nariz e até mesmo
banhar a laringe e as pregas vocais. Apenas recentemente reconheceu-se a associação entre o refluxo e
problemas de voz. Quando o refluxo atinge a laringe, ele é chamado de refluxo laringo-faríngeo e, neste
caso, o suco gástrico, altamente irritativo, produz lesões na delicada mucosa das pregas vocais e das
outras estruturas da laringe. Este refluxo é favorecido por uma série de substâncias, tais como alimentos
muito gordurosos e condimentados, cafeína, leite e achocolatados, refrigerantes, bebidas gasosas, álcool
e frituras. Estes alimentos e bebidas devem ser consumidos em doses reduzidas.
O clima frio e úmido pode afetar o trato respiratório, favorecendo inflamações e infecções que
impedem a livre função vocal. O clima mais indicado é frio e seco, desde que o indivíduo mantenha sua
hidratação corporal, ingerindo, em média, 8 copos de água por dia.
O vestuário pode interferir de três modos negativos na produção da voz: compressão, alergias e
postura.
a) Compressão – recomenda-se não usar roupas ou adereços apertados
na região do pescoço (golas, gravatas, colares e lenços) e na cintura,
onde se encontra o músculo diafragma, importante para o apoio
respiratório da fonação.
b) Alergias – se você tem sintomas alérgicos, prefira os tecidos de
fibras naturais. Além disso, os sabões e amaciantes empregados na
lavagem das roupas também podem provocar reações alérgicas, uma
associação que pode levar algum tempo para ser percebida.
c) Postura – os sapatos devem ser preferencialmente baixos e de
material natural, como o couro.

Alguns esportes favorecem mais a nossa produção vocal do que outros. A natação e o
caminhar são muito indicados, ativam todo o corpo e melhoram nossa respiração. São
aconselhados ioga e exercícios de estiramento muscular que oferecem flexibilidade da
musculatura e controle dos movimentos. Esportes como tênis, basquete, vôlei, peso, boxe e
musculação são contra-indicados porque centralizam a tensão muscular nas regiões do pescoço,
costas, ombros e tórax e acabam por aumentar também a tensão na área da laringe, favorecendo a
produção de uma voz mais comprimida e tensa. Não se deve, também, falar enquanto praticamos
algum esporte, pois há uma sobrecarga no aparelho fonador.
A água é um componente vital para todas as funções de nosso corpo e a produção vocal
também depende dela. O ideal seria que bebêssemos 2 litros de água por dia, ou seja, 8 a 10
copos, para garantirmos a reposição das perdas pela urina e pela transpiração. Convém lembrar
que o líquido não passa pela laringe, por sobre as pregas vocais, mas sim pelo esôfago, um
tubo atrás da laringe que leva os líquidos e alimentos para o estômago. Portanto, essa
hidratação se faz de forma indireta.
Indivíduos que usam suas vozes profissionalmente necessitam ainda mais de hidratação,
pois pertencem aos grupos de alto risco de problema vocal. Quando é necessária uma hidratação
muito rápida, pode-se tomar um copo de Gatorade, composto isotônico que favorece a hidratação
dos tecidos. Pode-se também auxiliar a hidratação da laringe por via direta, aspirando gotículas
de água pelo nariz através de uma gaze ou um lenço de algodão, embebido em água filtrada e
posicionado próximo às narinas. As gotículas de água são carregadas conjuntamente com o
fluxo de ar e atingem as pregas vocais, oferecendo alívio imediato aos sintomas de ressecamento
e muco viscoso.
Esforço para falar, pigarro persistente e saliva grossa podem ser sinais de hidratação
insuficientes.
Embora acredite-se que apenas 12% da população idosa sofra de envelhecimento vocal, o
que é chamado de presbifonia, quando as manifestações tornam-se muito evidentes, aconselha-se
o ingresso em um programa de reabilitação vocal.
Distúrbios vocais também podem ser observados de forma repetida no período pré-
menstrual, nos primeiros dias da menstruação, na gestação e mediante o uso de pílulas
anticoncepcionais.
Partindo-se do pressuposto que os medicamentos são ministrados por seu médico, vamos
agora ressaltar os remédios que devem ser evitados, principalmente pelos indivíduos que usam
suas vozes profissionalmente. São eles:
- O ácido acetilsalicílico, componente de vários analgésicos, como aspirina, provoca
sangramentos e pode favorecer uma hemorragia nas pregas vocais. Leia a bula e opte por
medicações que contenham dipirona, como o Tilenol ou a Novalgina.
- Antibióticos – profissionais da voz com dores de garganta podem se sentir tentados a
tomar antibióticos na tentativa de melhorar suas vozes. Antibióticos errados podem piorar
a infecção e causar uma série de efeitos colaterais indesejáveis, como reações alérgicas.
- Sprays nasais – devem ser usados ocasionalmente nas crises alérgicas, rinites ou gripes.
O uso prolongado provoca o chamado “efeito rebote”, que é um edema (inchaço) da
mucosa quando a medicação é interrompida, provocando uma obstrução nasal ainda mais
intensa.
- Medicações antitussígenas são supressoras da tosse, altamente irritativa para as pregas
vocais.
- Descongestionantes, anti-histamínicos e corticosteróides, empregados nas alergias e
inflamações, também devem ser utilizados excepcionalmente, pois provocam uma
diminuição das secreções de todo o trato respiratório.
- Antidiarréicos também reduzem a produção das secreções e podem provocar secura na
laringe.
- Diuréticos reduzem a saliva, provocam ressecamento da boca e da garganta, produção de
secreções densas e viscosas e pigarros persistentes.
- Vitamina C, consumida em alta dosagem, pode ressecar o trato vocal.
- Hormônios – embora muitas vezes usados no tratamento de disfunções da menopausa ou
em alguns tipos de câncer, podem ocorrer mudanças vocais profundas e nem sempre
reversíveis, o que pode limitar o uso profissional da voz.
- Tranqüilizantes, calmantes e remédios para dormir – sua ação no sistema nervoso central
pode afetar o controle da produção da voz.

IMPOSTAÇÃO VOCAL
Impostação vocal é a utilização de todo o potencial da produção sonora, favorecendo a
amplificação e dando qualidade à voz.
Para uma boa impostação vocal, é importante que o professor desenvolva todo o seu
potencial de voz, através de relaxamento, exercícios respiratórios, coordenação pneumofônica,
ressonância, altura, intensidade e articulação.

DICAS BÁSICAS PARA UMA BOA EMISSÃO

Podemos desenvolver hábitos e atitudes positivas para uma boa voz e fala.
Observe algumas sugestões:
Mantenha-se sempre hidratado, bebendo pelo menos dois litros de água (8 a 10
copos) ao longo do dia. Para o professor, o segredo é levar uma garrafinha de
água para onde quer que vá, mesmo que não esteja dando aula.
Evite o álcool destilado e o fumo; fumo e uso de voz profissional são
incompatíveis. Modere também o consumo de cafeína (café e chá preto). Na
escola, é quase inevitável não bebericar um cafezinho. Não tem problema, desde
que o professor tome água em temperatura ambiente logo após o café.
Evite alimentos pesados e excessivamente condimentados, principalmente à noite,
antes de dormir.
Reduza o uso da voz quando em condições de saúde limitadas, especialmente nos
quadros de gripes, resfriados ou alergias das vias respiratórias.
Monitore sua voz para verificar se você não está falando mais forte (com muita
intensidade) que o necessário.
Evite usar voz muito grave (grossa) ou muito aguda (fina) fora de seu tom
habitual.
Evite excessivas e longas ligações telefônicas, principalmente quando há ruídos
de fundo.
Evite conversas em ambiente ruidoso. Se a sua sala estiver ao lado da rua ou do
pátio onde há vários recreios, crie novas dinâmicas para dar uma aula com
qualidade para você e para os alunos. Por exemplo, trabalhos em grupo auxiliam o
professor, pois ele dá as comandas próximo ao grupo, evitando o esforço vocal.
Evite falar enquanto faz exercícios físicos ou carrega peso.
Articule corretamente as palavras, abrindo bem a boca para amplificar os sons.
Evite falar rapidamente por longo tempo.
Aqueça a voz com exercícios específicos, antes de usá-la de forma intensiva.
Reconheça e evite as sensações de esforço vocal, tais como ardor, tensão no
pescoço e falta de ar na fala.
Deixe o corpo movimentar-se livremente, acompanhando a fala com gestos e
expressões faciais.
Use roupas confortáveis que não apertem a região do pescoço, do tórax e do
abdômen.
Permaneça o menor tempo possível em lugares com muita poluição atmosférica,
fumaça, pouca ventilação, poeira ou mofo.
Reduza o uso da voz quando em condições de saúde limitadas, especialmente nos
quadros de gripes, resfriados ou alergias das vias respiratórias. Se estiver dando
aula nesses dias, converse com a classe sobre sua condição física.
Evite mudanças bruscas de temperatura e vista-se sempre adequadamente ao
clima.
Reduza sua permanência em locais com ar condicionado.
Faça um período de repouso vocal após o uso intensivo da voz.
Nunca se automedique.
Mantenha-se sempre hidratado, bebendo pelo menos dois litros de água (8 a 10
copos) ao longo do dia. Para o professor, o segredo é levar uma garrafinha de
água para onde quer que vá, mesmo que não esteja dando aula.

ESTRATÉGIAS DE AQUECIMENTO VOCAL

- Alongamentos de pescoço, ombros e braços, acompanhados de práticas respiratórias.


- Exercícios de vibração de língua ou lábios.
- Mastigação do ar com e sem sonorização, com movimentação exagerada da musculatura
da face.
- Bocejar e espreguiçar com emissão de vogais associada ao movimento de expiração.
- Emissão exagerada das vogais i, é, ê, ó, ô e u.
- Combinações de sílabas usando diferentes zonas de articulação: “morango”, “lápis”,
“cruzamento”, “complicado”, “família”, “taxativo” (articulando exageradamente).
- Abrir e fechar a boca sem parar durante um tempo, com língua relaxada.
- Exercícios de expiração de fricativas (surdas e sonoras).
- Combinações de sons nasais (manamanamanamana).
- Rotação de língua dentro da boca e lábios fechados.
- Exercícios combinando consoantes e vogais (caracaracara-cra, calacalacala-cla).

BIBLIOGRAFIA:

Behlau, Mara – Pontes, Paulo. “Higiene Vocal: cuidando da voz”, Livraria e Editora Revinter
Ltda, 2001.

Ferreira, Leslie Piccolotto (org.). “Trabalhando a voz: vários enfoques em Fonoaudiologia”,


Summus editorial, 1988.
Giroto, Claudia Regina Mosca (org.). “Perspectivas atuais da fonoaudiologia na escola”, Plexus
editora, 2001.

Greene, Margaret C. L. “Distúrbios da voz”, Editora Manole Ltda, 1983.

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