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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

Terapia nutricional em crianças com APLV nos primeiros anos de vida

Antonieta Oliveira Lima - Turma 9041


Bárbara Letícia Dias da Silva Nascimento - Turma 9040
Cássia Nathiele de Souza Alves - Turma 9042
Queliane Marins Deiró Santos - Turma 9041

Orientadores: Profa.: Maria Cristina Gaspar Lontro


Prof. Ricardo Laino Ribeiro

Salvador
2022
SUMÁRIO

Página
INTRODUÇÃO .............................................................................................. 03
OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 04
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 04
MATERIAIS E 04
MÉTODOS .............................................................................
CRONOGRAMA ........................................................................................... 05
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 06
INTRODUÇÃO
A alergia à proteína do leite de vaca, APLV, é assim denominada por envolver
mecanismos imunológicos que causam reações adversas a alimentos, mais
especificamente à proteína do leite. Diferente da intolerância à lactose, que é
desenvolvida por causa de desordens metabólicas como a deficiência da enzima
lactase, que degrada a lactose em monossacarídeos para absorção eficaz no
intestino (PINTO et al., 2014).
As manifestações clínicas da APLV são mais comuns na pele e no trato
gastrintestinal, apesar de também afetar os sistemas respiratório e cardiovascular
(considerada mais grave). Dessa forma, a avaliação da condição nutricional deve ser
realizada após testes comprobatórios, com o objetivo de planejar e adequar o
consumo alimentar às necessidades nutricionais dos alérgicos (CASTRO et al.,
2012).
Desde o diagnóstico, obstáculos em relação à APLV são experienciados, pois
muitos profissionais desconhecem algumas particularidades deste agravo ou têm
dificuldade. Enfatiza-se que, apenas a alergia mediada por imunoglobulinas e ou IgE
(reação alérgica imediata) pode ser identificada por exames laboratoriais, o que
exclui os casos de alergia mediada por células. Outro fator, são as mães das
crianças com esta alergia também experimentarem uma diversidade de sentimentos
e dificuldades, por tratar-se de condição, na maioria das vezes, desconhecida. Além
delas também necessitarem passar por adequação na alimentação por causa da
amamentação (REIS et al., 2020).
Como se pode observar, o tratamento da APLV é essencialmente nutricional e
torna-se necessário o acompanhamento do lactente, sobretudo nos primeiros anos
de vida quando, possivelmente, a maioria poderá desenvolver maior tolerância às
proteínas do leite de vaca (BAHIA, 2022).
Ressaltando que a priorização do aleitamento materno exclusivo pelas
lactentes deve ser mantida até os seis meses, pois a introdução da alimentação
complementar deve ser posterior a esta idade. Caso seja identificada alguma alergia
alimentar, a mãe deve se submeter à dieta de exclusão de alimentos alergênicos,
com orientação nutricional adequada para ela e para a criança, inclusive na ocasião
da introdução dos alimentos complementares e uso de fórmulas isentas de proteínas
do leite (SOLÉ et al. 2018).
A limitação para a ampla utilização de fórmulas hipoalergênicas, como
prevenção, em crianças de alto risco para atopia (predisposição genética pessoal ou
familiar que leva à produção de anticorpos chamados de imunoglobulina E ou IgE)
em resposta ao contato com alérgenos reside principalmente, no custo elevado.
Porém, o uso de fórmulas extensamente hidrolisadas à base de caseína, as de base
de aminoácidos e as parcialmente hidrolisadas à base de proteínas do soro do leite
confirmam o maior efeito protetor em crianças com risco elevado para doença
atópica. Já a fórmula da proteína de soja não é tão recomendada, pelo risco de
desenvolver alergias concomitantes. (SOLÉ, et al. 2007).
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Segundo o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de Dois Anos,


publicado pelo Ministério da Saúde, os dois primeiros anos de vida são importantes
para o crescimento e desenvolvimento da saúde, porque os benefícios da
alimentação nessa fase repercutirão por toda vida (BRASIL, 2019). Dessa forma, a
orientação nutricional aliada à dieta de substituição de alimentos com leite da vaca,
utilizando fórmulas e introdução alimentar corretas que atendam às necessidades
energético-proteicas, de macro e micronutrientes recomendadas são fundamentais
para evitar o impacto negativo da APLV no estado nutricional das crianças
acometidas (ALVES, et al. 2017).
O presente estudo contribui e amplia o entendimento sobre APLV,
evidenciando a importância do consumo alimentar adequado e seus respectivos
resultados para o estado clínico das crianças menores de dois anos em terapia
nutricional.

OBJETIVO GERAL
Avaliar a importância da terapia nutricional no tratamento da APLV em
crianças com até dois anos de idade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Descrever as características da APLV e as dificuldades enfrentadas pelos
profissionais da saúde e pelas mães das crianças em tratamento.
Mostrar os resultados da terapia nutricional no estado clínico e nutricional das
crianças com APLV.
Confirmar que o consumo dietético adequado contribui para a qualidade de
vida atual e futuro das crianças com APLV.

MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo trata de uma pesquisa bibliográfica, realizada através de
buscas em sites governamentais, científicas, como Google Acadêmico, e em bases
de artigos eletrônicos como Scielo e Lilacs.
Foram utilizadas as seguintes descrições na busca ativa: alergia à proteína do
leite, conduta nutricional em APLV, sensibilidade ao leite, avaliação nutricional,
consumo dietético em crianças com APLV.
Os critérios de inclusão dos guias governamentais, protocolos, consensos e
artigos originais na pesquisa, foram conteúdos explicativos, experimentais e de
revisão, todos de língua portuguesa, envolvendo as características da alergia e o
tratamento de crianças de 0 a 2 anos com APLV, consumo dietético e/ou estado
nutricional.
Os materiais de pesquisa acima selecionados, no momento, foram publicados
entre os anos de 2007 e 2022. Foram no total 20 materiais: 2 protocolos de
atendimento em APLV na rede pública, 3 guias alimentares (sendo 2 do Ministério
da Saúde sobre alimentação em crianças e 1 sobre diagnóstico e tratamento de
APLV, da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia), 2 consensos e 13
artigos sobre APLV e terapia nutricional (2 deles estão como referências usadas).
Os materiais explicativos serão utilizados como apoio na definição e
características da APLV, enquanto que artigos de revisão e experimentais, através
das práticas em unidades de saúde, trarão os resultados e discussões a respeito da
terapia nutricional em crianças alérgicas.
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CRONOGRAMA
Agosto Setembro Outubro Novembro
Atividades do
PTCC S S S S S S S S S S S S S S S S
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

Definição do
X X X
tema

Revisão de
X X
Literatura

Elaborar o
Projeto para
X
primeira
correção

Entregar o
Projeto para
X
primeira
correção

Entrega
definitiva do X
Anteprojeto

S: Semana

Março Abril Maio Junho


Atividades do
TCC S S S S S S S S S S S S S S S S
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

Adequação do
projeto às X X
exigências do
Comitê de Ética
Coleta de
Dados, e
X X X X X
análise
Discussão de
dados e
X X X X X
conclusão
Convite da
Banca
X X
Examinadora
Entrega do TCC X X
para a Banca
Defesa do TCC X

Entrega do
Final TCC
X
corrigido
S: Semana
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REFERÊNCIAS

ALVES, Jordana Q. N. et al. Perfil nutricional e consumo dietético de crianças


alérgicas à proteína do leite de vaca acompanhadas em um hospital infantil de
Brasília/DF, Brasil. Com. Ciências Saúde. 2017; 28(3/4):402-412. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/ccs_artigos/v28_3_perfil_nutricional_cons
umo.pdf. Acesso em 24/09/2022.

BAHIA, Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Protocolo para atendimento


ambulatorial à criança com alergia às proteínas do leite de vaca no estado da
bahia. Salvador, 2022. Disponível em
http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2022/04/Versao_protocolo_APLV_c
onsulta_publica-1.pdf. Acesso em 24/09/2022.

Brasil. Ministério da Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2


anos. Secretaria de Atenção Primaria à Saúde. Guias do Departamento de
Promoção da Saúde. Brasília, 2019. Disponível em:
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_alimentar_2anos.pdf.
Acesso em 24/09/2022.

CASTRO, Ana Paula M. et al. Guia prático de diagnóstico e tratamento da Alergia às


Proteínas do Leite de Vaca mediada pela imunoglobulina E. ASBAI & SBAN. Rev.
bras. alerg. imunopatol. – Vol. 35. N° 6, 203-231, 2012. Disponível em http://aaai-
asbai.org.br/imageBank/pdf/v35n6a03.pdf. Acesso em 24/09/2022.

PINTO, Jorge et al. Alergia à proteína do leite de vaca. Revista Médica de Minas
Gerais. 24(3): 374-380. 2014. Disponível em
http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/1658. Acesso em 20/09/2022.

REIS, Pamela et al. Repercussões da alergia ao leite de vaca sob a ótica materna.
Rev. Rene. 2020; 21: e 42929. Disponível em: https://doi.org/10.15253/2175-
6783.20202142929. Acesso em 20/09/2022.

SOLÉ, D. et al. Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2018 - Parte 2-


Diagnóstico, tratamento e prevenção. Documento conjunto elaborado pela
Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.
Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia (2018). Disponível em:
http://dx.doi.org/10.5935/2526-5393.20180005. Acesso em: 24/09/2022.

SOLÉ, D. et al. Sociedade Brasileira de Pediatria; Associação Brasileira de Alergia e


Imunologia (Brasil). Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2007. Rev.
Brasileira alergia. Imunopatologia., vol. 31, nº2, 2008. Disponível em:
http://www.precisionlab.com.br/downloads/Consenso_Brasileiro_sobre_alergia_alime
ntar_2007.pdf. Acesso em: 20/09/2022.

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