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A HISTÓRIA DO IBÍRI DE NANÃ

Desde os primeiros dias de seu nascimento, Nanã possui um opá (cetro). O nome deste opá é
ibíri. Ela nasceu com ele; não foi dado a ela por ninguém. Foi chamado ibíri e, quando ela nasceu,
a placenta trouxe também esse opá.
Depois que o opá nasceu, encaracolou-se com búzios e finos ornamentos. Então cortaram o opá
da placenta e ele foi enterrado dentro da terra.
Surpreendentemente enquanto a criança crescia o opá também crescia. Foi esse opá que ela usou
quando foi guerrear em Tejúadé e foi seu filho quem o desenterrou. É por isso que é chamado
ibíri: meu filho encontrou-o e trouxe de volta para mim. Ela usou seu ibíri para conquistar
vitórias.
Esse opá serve para trabalhos rituais. Há muitas maneiras de usá-lo. Se o povo de uma cidade
conhecer o uso do opá, poderá prevenir a guerra. Se souber como cultuá-lo, eles terão muitos
benefícios.
Texto : Mestre Didi Asipa. Arte sacra e rituais da África ocidental no Brasil. Editado.
Terra de Ancestrais

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