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Rosiana Neves Valentim | Reginaldo Donizete Valentim

GESTÃO DE RISCOS
TRABALHISTAS
BOAS PRÁTICAS
E COVID-19
Rosiana Aparecida
das Neves Valentim

Advogada, pós graduada em direito


tributário, pós-graduada em direito
previdenciário e direito do trabalho.

Reginaldo
Donizete Valentim

Consultor tributário, contador,


administrador de empresas, pós
graduado em controladoria.
GESTÃO DE RISCOS TRABALHISTAS
BOAS PRÁTICAS E COVID-19
GESTÃO DE RISCOS TRABALHISTAS
BOAS PRÁTICAS E COVID-19

O governador do estado, juntamente com os prefeitos de cada cidade,


definiram um plano de retorno das atividades empresariais. Importan-
te destacar que ainda existe o risco de contaminação pelo covid 19 e
para tanto, sugerimos a adoção de medidas preventivas, no combate a
contaminação.

Tão importante quanto implantar as medidas preventivas e de boas


práticas, é registrar o plano de ação a ser adotado pela empresa, a
fim de apresentar em casos de fiscalização ou ainda em possíveis
ações judiciais.

O presente material foi elaborado pela Organização Internacional do


Trabalho em conjunto com a Secretaria de Inspeção do Trabalho e segue
abaixo com formatação e inclusões/fundamentações realizadas pela
Valentim Advocacia. Focado para pequenas e médias empresas, cada
uma poderá adequar as suas necessidades e caso necessário, estamos à
disposição.

Trata-se de um questionário com perguntas e respostas, com objetivo


de gerenciar riscos trabalhistas, para uso dos empresários e a fim de
identificar os pontos de conformidade e aqueles que precisam ser
implantados nas empresas, e ainda orientar para tomada de decisão.

Este trabalho apresenta ainda 6 anexos, com os documentos necessários


para implementação das medidas na empresa.

Aproveite a leitura e nos colocamos a disposição para maiores


esclarecimentos.

Dra. Rosiana Neves Valentim


Advogada – Valentim Advocacia

Reginaldo Donizete Valentim


Administrador de Empresas

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BOAS PRÁTICAS E COVID-19

1. Existe um protocolo na empresa que estabelece regras e procedimentos para


identificar trabalhadores com sinais ou sintomas relacionados à COVID-19,
como tosse, dor de garganta, dores no corpo, falta de ar ou febre, assim como
acompanhamento e encaminhamento do trabalhador para avaliação médica?

Orientações Gerais:

Criar e divulgar protocolos para identificação e encaminhamento de


trabalhadores com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus antes
de ingressar no ambiente de trabalho. O protocolo deve incluir o
acompanhamento da sintomatologia dos trabalhadores no acesso e durante as
atividades nas dependências das empresas; Instituir mecanismo e
procedimentos para que os trabalhadores possam reportar aos empregadores
se estiverem doentes ou experimentando sintomas.

2. Os trabalhadores foram orientados para a adoção de procedimentos para a


adequada higienização das mãos?

Orientações Gerais:

Orientar todos trabalhadores sobre prevenção de contágio pelo


coronavírus (COVID-19) e a forma correta de higienização das mãos e demais
medidas de prevenção.
Adotar procedimentos contínuos de higienização das mãos, com
utilização de água e sabão em intervalos regulares. Caso não seja possível a
lavagem das mãos, utilizar imediatamente sanitizante adequado para as mãos,
como álcool 70%.

3. São adotadas medidas para redução da possibilidade de contaminação


entre os trabalhadores durante a jornada de trabalho, tais como
manutenção de distância segura entre eles e diminuição do contato
pessoal com o público externo?

Orientações Gerais:

Evitar tocar a boca, o nariz e o rosto com as mãos;


Manter distância segura entre os trabalhadores, considerando as
orientações do Ministério da Saúde e as características do ambiente de
trabalho;
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Emitir comunicações sobre evitar contatos muito próximos, como abraços,


beijos e apertos de mão;
Adotar medidas para diminuir a intensidade e a duração do contato pessoal
entre trabalhadores e entre esses e o público externo;
Adotar procedimentos para, na medida do possível, evitar tocar superfícies
com alta frequência de contato, como botões de elevador, maçanetas,
corrimãos etc.

4. Existem ações para a redução do fluxo de pessoas e redistribuição da força


de trabalho, como agendamentos de atendimento ao público externo e
distribuição da força de trabalho ao longo da jornada?

Orientações Gerais:

Priorizar agendamentos de horários para evitar a aglomeração e para


distribuir o fluxo de pessoas.

Priorizar medidas para distribuir a força de trabalho ao longo do dia, evitando


concentrá-la em um turno só.

5. Os procedimentos para a higienização e desinfecção das superfícies, postos


de trabalho, sanitários e áreas comuns, específicos para a prevenção da
COVID-19, estão sendo adequadamente realizados?

Orientações Gerais:

Limpar e desinfetar os locais de


trabalho e áreas comuns no intervalo
entre turnos ou sempre que houver a
designação de um trabalhador para
ocupar o posto de trabalho de outro;

Reforçar a limpeza de sanitários e


vestiários, caso tenha;

Reforçar a limpeza de pontos de


grande contato como corrimões,

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banheiros, maçanetas, terminais de pagamento, elevadores, mesas,


cadeiras etc.

6. Está sendo privilegiada a ventilação natural nos locais de trabalho?

Orientações Gerais:

Privilegiar a ventilação natural nos locais de trabalho. No caso de aparelho de


ar-condicionado, evite recirculação de ar e verifique a adequação de suas
manutenções preventivas e corretivas.

7. Foram implementados procedimentos especiais de higienização e


desinfecção das cozinhas e refeitórios para a preparação e para o serviço
das refeições?

Orientações Gerais:

Limpar e desinfetar as superfícies das mesas após cada utilização;


Proibir o compartilhamento de copos, pratos e talheres não higienizados;

Também se orienta:

Realizar a higienização frequente de outros utensílios de cozinha de uso


compartilhado, como conchas, pegadores e colheres.

8. Estão sendo adotadas medidas para redução da possibilidade de contágio


da COVID-19 durante as refeições, tais como maior espaçamento entre as
pessoas nas filas e entre cadeiras no refeitório, assim como a realização de
maior número de intervalos para as refeições?

Orientações Gerais:

Promover nos refeitórios maior espaçamento entre as pessoas na fila,


orientando para que sejam evitadas conversas.

Espaçar as cadeiras para aumentar as distâncias interpessoais. Considerar


aumentar o número de turnos em que as refeições são servidas, de modo a
diminuir o número de pessoas no refeitório a cada momento.
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9. SESMT e CIPA, quando existentes, estão realizando e divulgando planos de


ação com políticas e procedimentos de orientação aos trabalhadores para a
prevenção e combate da COVID-19?
SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho. A obrigação de constituir SESMT depende do número
de empregados e do grau de risco da empresa, conforme Norma
Regulamentadora n° 4.

CIPA - Comissões Internas de Prevenção de Acidentes. A obrigação de


constituir CIPA está prevista na Norma Regulamentadora n° 5.

Orientações Gerais:

As comissões internas de prevenção de acidentes - CIPA existentes poderão


ser mantidas até o fim do período de estado de calamidade pública, podendo
ser suspensos os processos eleitorais em curso;

Realizar as reuniões da CIPA por meio de videoconferência;

SESMT e CIPA, quando existentes, devem instituir e divulgar a todos os


trabalhadores um plano de ação com políticas e procedimentos de orientação
aos trabalhadores;

Os trabalhadores de atendimento de saúde do SESMT, como enfermeiros,


auxiliares e médicos, devem receber Equipamentos de Proteção
Individual - EPI de acordo com os riscos, em conformidade com as orientações
do Ministério da Saúde.

10. O empregador avaliou a necessidade/obrigatoriedade de utilização de


máscaras de proteção pelos trabalhadores e, quando obrigatório o uso,
estabeleceu critérios de fornecimento para a utilização correta dessas
proteções, para a prevenção da COVID-19 na empresa?

Orientações Gerais:

Recomendamos a leitura da cartilha elaborada pelo ministério da saúde. O


uso incorreto da máscara pode prejudicar sua eficácia na redução de risco de
transmissão.
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A máscara nunca deve ser compartilhada entre trabalhadores;


Pode-se considerar o uso de respiradores ou máscaras PFF2 ou N95, quando
indicado seu uso, além do prazo de validade designado pelo fabricante ou
sua reutilização para atendimento emergencial aos casos suspeitos
ou confirmados da COVID-19, conforme NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA
Nº 04/2020.

11. Estão sendo privilegiados o teletrabalho ou trabalho remoto para


trabalhadores pertencentes a grupo de risco da COVID-19 ou, na
impossibilidade dessas medidas, o trabalho interno na empresa, sem contato
com os clientes?

Orientações Gerais:

Os trabalhadores pertencentes a grupo de risco (com mais de 60 anos ou


com comorbidades de risco, de acordo com o Ministério da Saúde) devem ser
objeto de atenção especial, priorizando sua permanência na própria residência
em teletrabalho ou trabalho remoto;

Caso seja indispensável a presença na empresa de trabalhadores


pertencentes a grupo de risco, deve ser priorizado trabalho interno, sem
contato com clientes, em local reservado, arejado e higienizado ao fim de cada
turno de trabalho.

12. Foram identificadas as funções que podem ser efetuadas por meio de
teletrabalho ou trabalho remoto e priorizadas, sempre que possível, essas
modalidades de trabalho?

Orientações Gerais:

Promover o teletrabalho ou trabalho remoto.


Evitar deslocamentos para viagens e reuniões presenciais, com uso de
recurso de áudio e/ou videoconferência.

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Se adotado o teletrabalho ou trabalho


remoto, foi firmado contrato escrito,
previamente ou no prazo de 30 dias,
tratando da aquisição, manutenção
ou fornecimento dos equipamentos
e infraestrutura de tecnologia e
reembolso de despesas arcadas pelo
empregado?

Medida Provisória n° 927:


Art. 4º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o empregador
poderá, a seu critério, alterar o regime de trabalho presencial para o teletrabalho, o
trabalho remoto ou outro tipo de trabalho a distância e determinar o retorno ao
regime de trabalho presencial, independentemente da existência de acordos
individuais ou coletivos, dispensado o registro prévio da alteração no contrato
individual de trabalho.

§ 1º Para fins do disposto nesta Medida Provisória, considera-se teletrabalho, trabalho


remoto ou trabalho a distância a prestação de serviços preponderante ou totalmente
fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias da
informação e comunicação que, por sua natureza, não configurem trabalho externo,
aplicável o disposto no inciso III do caput do art. 62 da Consolidação das Leis do
Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.

§ 2º A alteração de que trata o caput será notificada ao empregado com antecedência


de, no mínimo, quarenta e oito horas, por escrito ou por meio eletrônico.

§ 3º As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, pela manutenção ou


pelo fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e
adequada à prestação do teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho a distância e ao
reembolso de despesas arcadas pelo empregado serão previstas em contrato escrito,
firmado previamente ou no prazo de trinta dias, contado da data da mudança do
regime de trabalho.

§ 4º Na hipótese de o empregado não possuir os equipamentos tecnológicos e a


infraestrutura necessária e adequada à prestação do teletrabalho, do trabalho
remoto ou do trabalho a distância:
I - o empregador poderá fornecer os equipamentos em regime de comodato e pagar
por serviços de infraestrutura, que não caracterizarão verba de natureza salarial; ou
II - na impossibilidade do oferecimento do regime de comodato de que trata o inciso I,
o período da jornada normal de trabalho será computado como tempo de trabalho à
disposição do empregador.

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§ 5º O tempo de uso de aplicativos e programas de comunicação fora da jornada de


trabalho normal do empregado não constitui tempo à disposição, regime de
prontidão ou de sobreaviso, exceto se houver previsão em acordo individual ou coletivo.

Art. 5º Fica permitida a adoção do regime de teletrabalho, trabalho remoto ou


trabalho a distância para estagiários e aprendizes, nos termos do disposto
neste Capítulo.

13. Nos casos de teletrabalho ou trabalho remoto, os salários e benefícios,


inclusive aqueles decorrentes de negociação coletiva, continuam sendo pagos
integralmente?

Orientações Gerais:

Durante o teletrabalho/trabalho remoto, o vale-transporte poderá ser suspenso


pela empresa, somente nas hipóteses em que não haja deslocamento dos
empregados para realização de trabalho presencial. Importante registrar que, se
houver a necessidade de deslocamentos ao local de trabalho ou para o
atendimento de algum cliente, por exemplo, será devido o vale transporte
nesses dias.

Quanto ao vale-refeição ou alimentação, caso o benefício esteja previsto em


norma coletiva, a possibilidade de sua supressão será apenas no caso de haver
essa previsão na norma, ou seja, se constar na norma coletiva que, em caso de
trabalho remoto, o auxílio não seria devido. Deve-se observar, por analogia, o art.
8º, parágrafo 2º, da Medida Provisória 936, que obriga os empregadores durante
o período de suspensão temporária do contrato de trabalho a manterem os
benefícios já concedidos aos empregados.

O mesmo se aplica a outros benefícios estabelecidos em acordo individual ou


norma (acordo ou convenção) coletiva.

14. Caso tenham sido antecipadas as férias individuais dos trabalhadores ou con-
cedidas férias coletivas, em razão do estado de calamidade pública, foram respei-
tados os parâmetros estabelecidos na legislação vigente?

Parâmetros estabelecidos na legislação vigente:


Comunicação ao empregado com antecedência mínima de 48 horas.
Período de férias não inferior a 5 dias, no caso de férias individuais.
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Priorização, para o gozo de férias, dos trabalhadores que pertençam ao grupo de


risco do coronavírus (COVID-19).

14.1. Principais alterações promovidas pela MP 927/2020 sobre as férias


individuais: comunicação prévia do empregado com 48 horas de antecedência;
mínimo de 5 dias de férias; possibilidade de concessão antes do término do
período aquisitivo e de antecipação de períodos futuros por meio de acordo indi-
vidual escrito; pagamento até o quinto dia útil do mês subsequente; pagamento
do adicional de um terço de férias até a data de 20/12/2020.

14.2. Principais alterações promovidas pela MP 927/2020 sobre as férias coletivas:


comunicação prévia aos empregados com 48 horas de antecedência; sem limite
máximo de períodos, nem limite mínimo de dias; dispensada a comunicação
prévia ao órgão local do Ministério da Economia e aos sindicatos representativos
da categoria profissional.

Medida Provisória n° 927:


Art. 6º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o empregador
informará ao empregado sobre a antecipação de suas férias com antecedência de, no
mínimo, quarenta e oito horas, por escrito ou por meio eletrônico, com a indicação do
período a ser gozado pelo empregado.

§ 1º As férias:
I - não poderão ser gozadas em períodos inferiores a cinco dias corridos; e
II - poderão ser concedidas por ato do empregador, ainda que o período aquisitivo a
elas relativo não tenha transcorrido.

§ 2º Adicionalmente, empregado e empregador poderão negociar a antecipação de


períodos futuros de férias, mediante acordo individual escrito.

§ 3º Os trabalhadores que pertençam ao grupo de risco do coronavírus (covid-19) serão


priorizados para o gozo de férias, individuais ou coletivas, nos termos do disposto neste
Capítulo e no Capítulo IV.

Art. 7º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o empregador
poderá suspender as férias ou licenças não remuneradas dos profissionais da
área de saúde ou daqueles que desempenhem funções essenciais, mediante
comunicação formal da decisão ao trabalhador, por escrito ou por meio eletrônico,
preferencialmente com antecedência de quarenta e oito horas.

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Art. 8º Para as férias concedidas durante o estado de calamidade pública a que se


refere o art. 1º, o empregador poderá optar por efetuar o pagamento do adicional de
um terço de férias após sua concessão, até a data em que é devida a gratificação
natalina prevista no art. 1º da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.

Parágrafo único. O eventual requerimento por parte do empregado de conversão de


um terço de férias em abono pecuniário estará sujeito à concordância do empregador,
aplicável o prazo a que se refere o caput.

Art. 9º O pagamento da remuneração das férias concedidas em razão do estado de


calamidade pública a que se refere o art. 1º poderá ser efetuado até o quinto dia útil do
mês subsequente ao início do gozo das férias, não aplicável o disposto no art. 145 da
Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.

Art. 10. Na hipótese de dispensa do empregado, o empregador pagará, juntamente


com o pagamento dos haveres rescisórios, os valores ainda não adimplidos relativos às
férias.

Art. 11. Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o empregador
poderá, a seu critério, conceder férias coletivas e deverá notificar o conjunto de
empregados afetados com antecedência de, no mínimo, quarenta e oito horas, não
aplicáveis o limite máximo de períodos anuais e o limite mínimo de dias corridos
previstos na Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei
nº 5.452, de 1943.

Art. 12. Ficam dispensadas a comunicação prévia ao órgão local do Ministério da


Economia e a comunicação aos sindicatos representativos da categoria profissional,
de que trata o art. 139 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.

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15. Caso tenha ocorrido a antecipação do gozo de feriados, houve comunicação


aos empregados com antecedência prévia mínima de 48 horas e, no caso de
feriados religiosos, foram celebrados acordos individuais por escrito?

Medida Provisória n° 927:


Art. 13. Durante o estado de calamidade pública, os empregadores poderão antecipar
o gozo de feriados não religiosos federais, estaduais, distritais e municipais e deverão
notificar, por escrito ou por meio eletrônico, o conjunto de empregados beneficiados
com antecedência de, no mínimo, quarenta e oito horas, mediante indicação
expressa dos feriados aproveitados.

§ 1º Os feriados a que se refere o caput poderão ser utilizados para compensação do


saldo em banco de horas.

§ 2º O aproveitamento de feriados religiosos dependerá de concordância do


empregado, mediante manifestação em acordo individual escrito.

16. Em caso de constituição de banco de horas decorrente de interrupção das


atividades em razão do estado de calamidade pública relacionado ao
coronavírus (COVID-19), foi celebrado previamente, por escrito, acordo coletivo
ou individual?

Medida Provisória n° 927:


Art. 14. Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, ficam
autorizadas a interrupção das atividades pelo empregador e a constituição de regime
especial de compensação de jornada, por meio de banco de horas, em favor do
empregador ou do empregado, estabelecido por meio de acordo coletivo ou individu-
al formal, para a compensação no prazo de até dezoito meses, contado da data de
encerramento do estado de calamidade pública.

§ 1º A compensação de tempo para recuperação do período interrompido poderá ser


feita mediante prorrogação de jornada em até duas horas, que não poderá exceder
dez horas diárias.

§ 2º A compensação do saldo de horas poderá ser determinada pelo empregador


independentemente de convenção coletiva ou acordo individual ou coletivo.

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17. Caso tenha sido acordada a redução proporcional da jornada de trabalho e


de salário, foram respeitados os parâmetros estabelecidos na legislação vigente?

Parâmetros estabelecidos na legislação vigente:


Período máximo de noventa dias para redução da jornada e salário.

Preservação do valor do salário-hora de trabalho.

Encaminhamento da proposta de acordo individual ao empregado com


antecedência mínima de dois dias corridos.

Comunicação ao Ministério da Economia, por meio do sistema Empregador


Web, da redução de jornada e de salário pactuada, no prazo de 10 dias.

Comunicação ao respectivo sindicato dos trabalhadores dos acordos


individuais de redução de jornada de trabalho e de salário, no prazo de até
dez dias corridos, contados da data de sua celebração.

Redução da jornada de trabalho e de salário nos percentuais de 25%, 50% e


70%, ou em percentual diverso previsto em convenção ou acordo coletivo de
trabalho.

Medida Provisória n° 936:


Art. 5°, § 2º, I. O empregador informará ao Ministério da Economia a redução da
jornada de trabalho e de salário ou a suspensão temporária do contrato de trabalho,
no prazo de dez dias, contado da data da celebração do acordo.

Art. 5°, § 3º Caso o empregador não preste a informação dentro do prazo previsto no
inciso I do § 2º:

I - ficará responsável pelo pagamento da remuneração no valor anterior à redução da


jornada de trabalho e de salário ou da suspensão temporária do contrato de trabalho
do empregado, inclusive dos respectivos encargos sociais, até a que informação seja
prestada.

Art. 7º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o empregador
poderá acordar a redução proporcional da jornada de trabalho e de salário de seus
empregados, por até noventa dias, observados os seguintes requisitos:

I - preservação do valor do salário-hora de trabalho;

II - pactuação por acordo individual escrito entre empregador e empregado, que será
encaminhado ao empregado com antecedência de, no mínimo, dois dias corridos; e

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III - redução da jornada de trabalho e de salário, exclusivamente, nos seguintes


percentuais:
a) vinte e cinco por cento;
b) cinquenta por cento; ou
c) setenta por cento.
Parágrafo único. A jornada de trabalho e o salário pago anteriormente serão
restabelecidos no prazo de dois dias corridos, contado:

I - da cessação do estado de calamidade pública;

II - da data estabelecida no acordo individual como termo de encerramento do


período e redução pactuado; ou

III - da data de comunicação do empregador que informe ao empregado sobre a sua


decisão de antecipar o fim do período de redução pactuado.

17.1. Sobre a ajuda compensatória mensal:

Medida Provisória n° 936:


Art. 9º O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda poderá ser
acumulado com o pagamento, pelo empregador, de ajuda compensatória mensal,
em decorrência da redução de jornada de trabalho e de salário ou da suspensão
temporária de contrato de trabalho de que trata esta Medida Provisória.

§ 2º Na hipótese de redução proporcional de jornada e de salário, a ajuda


compensatória prevista no caput não integrará o salário devido pelo empregador e
observará o disposto no § 1º.

17.2. Sobre a garantia provisória no emprego:

Medida Provisória n° 936:


Art. 10. Fica reconhecida a garantia provisória no emprego ao empregado que receber
o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, de que trata o art.
5º, em decorrência da redução da jornada de trabalho e de salário ou da suspensão
temporária do contrato de trabalho de que trata esta Medida Provisória, nos
seguintes termos:
I - durante o período acordado de redução da jornada de trabalho e de salário ou de
suspensão temporária do contrato de trabalho; e

II - após o restabelecimento da jornada de trabalho e de salário ou do encerramento


da suspensão temporária do contrato de trabalho, por período equivalente
ao acordado para a redução ou a suspensão.

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17.3. Sobre o acordo ou a convenção coletiva:

Medida Provisória n° 936:


Art. 11. As medidas de redução de jornada de trabalho e de salário ou de suspensão
temporária de contrato de trabalho de que trata esta Medida Provisória poderão ser
celebradas por meio de negociação coletiva, observado o disposto no art. 7º, no art.
8º e no § 1º deste artigo.

§ 1º A convenção ou o acordo coletivo de trabalho poderão estabelecer percentuais


de redução de jornada de trabalho e de salário diversos dos previstos no inciso III do
caput do art. 7º.

Regras para o tipo de acordo a ser celebrado com vistas à redução da jornada de
trabalho:

Valor do Benefício
Redução Emergencial de Preservação Acordo individual Acordo
do Emprego e da Renda coletivo

Todos os
25% 25% do seguro desemprego Todos os empregados empregados

Empregados que recebem até três salários mínimos Todos os


50% 50% do seguro desemprego empregados
(R$ 3.117) ou mais de dois do RGPS (R$ 12.202,12)*

Empregados que recebem até três salários mínimos Todos os


70% 70% do seguro desemprego (R$ 3.117) ou mais de dois do RGPS (R$ 12.202,12)* empregados

17.4. Sobre a comunicação ao sindicato laboral:

Medida Provisória n° 936:


Art. 11, § 4º Os acordos individuais de redução
de jornada de trabalho e de salário ou de
suspensão temporária do contrato de
trabalho, pactuados nos termos desta Medida
Provisória, deverão ser comunicados pelos
empregadores ao respectivo sindicato laboral,
no prazo de até dez dias corridos, contado da
data de sua celebração.

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18. Sobre o tempo máximo das medidas de redução e suspensão, combinadas:

Medida Provisória n° 936:


Art. 16. O tempo máximo de redução proporcional de jornada e de salário e de
suspensão temporária do contrato de trabalho, ainda que sucessivos, não poderá
ser superior a noventa dias, respeitado o prazo máximo de que trata o art. 8º.

Instruções para informar a redução de jornada no EmpregadorWeb:


h t t p s : //s d . m a i s e m p r e g o . m t e . g o v . b r /s d w e b / v a l i d a d o r / M a n u a l _ E m -
pregadorWeb_BEM.pdf

Acesse também:
h t t p s : // w w w . g o v . b r/e c o n o m i a /p t - b r/c e n t r a i s - d e - c o n t e u d o /a p r e -
sentacoes/2020/apresentacaompemprego.pdf

h t t p : // t r a b a l h o . g o v . b r / i m a g e s / D o c u m e n t o s /c o r o n a v i r u s / P e r g u n -
tas_e_respostas_MP936-2020.pdf

18.1. Caso tenha sido acordada a suspensão do contrato de trabalho em razão


do estado de calamidade pública relacionado ao coronavírus (COVID-19), foram
respeitados os parâmetros estabelecidos na legislação vigente?

Parâmetros estabelecidos na legislação vigente:


Suspensão pelo prazo máximo de sessenta dias, ou por até dois períodos de trinta dias.

Encaminhamento da proposta de acordo individual ao empregado com antecedência


mínima de dois dias corridos.

Comunicação ao Ministério da Economia, por meio do sistema Empregador Web, da sus-


pensão contratual pactuada, no prazo de 10 dias.

Comunicação ao respectivo sindicato dos trabalhadores dos acordos individuais de sus-


pensão temporária do contrato de trabalho, no prazo de até dez dias corridos, contados
da data de sua celebração.

Cessação completa das atividades de trabalho por parte do empregado, inclusive


daquelas que possam ser realizadas por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou
trabalho a distância.

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Medida Provisória n° 936:


Art. 5°, § 2º, I. O empregador informará ao Ministério da Economia a redução da
jornada de trabalho e de salário ou a suspensão temporária do contrato de trabalho,
no prazo de dez dias, contado da data da celebração do acordo.

Art. 5°, § 3º Caso o empregador não preste a informação dentro do prazo previsto no
inciso I do § 2º:

I - ficará responsável pelo pagamento da remuneração no valor anterior à redução da


jornada de trabalho e de salário ou da suspensão temporária do contrato de trabalho
do empregado, inclusive dos respectivos encargos sociais, até a que informação
seja prestada.

Art. 8º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o empregador
poderá acordar a suspensão temporária do contrato de trabalho de seus
empregados, pelo prazo máximo de sessenta dias, que poderá ser fracionado em até
dois períodos de trinta dias.

§ 1º A suspensão temporária do contrato de trabalho será pactuada por acordo


individual escrito entre empregador e empregado, que será encaminhado ao
empregado com antecedência de, no mínimo, dois dias corridos.

§ 2º Durante o período de suspensão temporária do contrato, o empregado:

I - fará jus a todos os benefícios concedidos pelo empregador aos seus empregados; e
II - ficará autorizado a recolher para o Regime Geral de Previdência Social na
qualidade de segurado facultativo.

§ 3º O contrato de trabalho será restabelecido no prazo de dois dias corridos, contado:

I - da cessação do estado de calamidade pública;


II - da data estabelecida no acordo individual como termo de encerramento do
período e suspensão pactuado; ou
III - da data de comunicação do empregador que informe ao empregado sobre a sua
decisão de antecipar o fim do período de suspensão pactuado.

§ 4º Se durante o período de suspensão temporária do contrato de trabalho o


empregado mantiver as atividades de trabalho, ainda que parcialmente, por meio de
teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho à distância, ficará descaracterizada a
suspensão temporária do contrato de trabalho, e o empregador estará sujeito:

I - ao pagamento imediato da remuneração e dos encargos sociais referentes a todo


o período;
II - às penalidades previstas na legislação em vigor; e
III - às sanções previstas em convenção ou em acordo coletivo.
19
GESTÃO DE RISCOS TRABALHISTAS
BOAS PRÁTICAS E COVID-19

18.2. Sobre a ajuda compensatória mensal

Medida Provisória n° 936:


Art. 8º § 5º A empresa que tiver auferido, no ano-calendário de 2019, receita bruta
superior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais), somente poderá
suspender o contrato de trabalho de seus empregados mediante o pagamento de
ajuda compensatória mensal no valor de trinta por cento do valor do salário do
empregado, durante o período da suspensão temporária de trabalho pactuado,
observado o disposto no caput e no art. 9º.

Art. 9º O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda poderá ser


acumulado com o pagamento, pelo empregador, de ajuda compensatória mensal,
em decorrência da redução de jornada de trabalho e de salário ou da suspensão
temporária de contrato de trabalho de que trata esta Medida Provisória.

§ 2º Na hipótese de redução proporcional de jornada e de salário, a ajuda


compensatória prevista no caput não integrará o salário devido pelo empregador e
observará o disposto no § 1º.

18.3. Sobre a garantia provisória no emprego:

Medida Provisória n° 936:


Art. 10. Fica reconhecida a garantia provisória no emprego ao empregado que receber
o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, de que trata o art.
5º, em decorrência da redução da jornada de trabalho e de salário ou da suspensão
temporária do contrato de trabalho de que trata esta Medida Provisória, nos
seguintes termos:

I - durante o período acordado de redução da jornada de trabalho e de salário ou de


suspensão temporária do contrato de trabalho; e
II - após o restabelecimento da jornada de trabalho e de salário ou do encerramento
da suspensão temporária do contrato de trabalho, por período equivalente ao
acordado para a redução ou a suspensão.

18.4. Sobre o acordo ou a convenção coletiva:

Medida Provisória n° 936:

Art. 11. As medidas de redução de jornada de trabalho e de salário ou de suspensão


temporária de contrato de trabalho de que trata esta Medida Provisória poderão ser
celebradas por meio de negociação coletiva, observado o disposto no art. 7º, no
art. 8º e no § 1º deste artigo.

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GESTÃO DE RISCOS TRABALHISTAS
BOAS PRÁTICAS E COVID-19

18.5. Sobre a comunicação ao sindicato laboral:

Medida Provisória n° 936:


Art. 11, § 4º Os acordos individuais de redução de jornada de trabalho e de salário ou de
suspensão temporária do contrato de trabalho, pactuados nos termos desta Medida
Provisória, deverão ser comunicados pelos empregadores ao respectivo sindicato
laboral, no prazo de até dez dias corridos, contado da data de sua celebração.

18.6. Sobre o tempo máximo das medidas de redução e suspensão,


combinadas:

Medida Provisória n° 936:


Art. 16. O tempo máximo de redução proporcional de jornada e de salário e de
suspensão temporária do contrato de trabalho, ainda que sucessivos, não poderá ser
superior a noventa dias, respeitado o prazo máximo de que trata o art. 8º.

Instruções para informar a suspensão temporária do contrato de trabalho no


EmpregadorWeb:

https: //sd.m aisemprego.mte.gov.br/sdweb/validador/Manual_ Em-


pregadorWeb_BEM.pdf

Acesse também:
h t t p s : //w w w. g o v. b r/e c o n o m i a /p t - b r/c e n t r a i s - d e - c o n t e u d o /a p r e -
sentacoes/2020/apresentacaompemprego.pdf

h tt p : //t ra b a l h o.g ov. b r/ i m a g e s / D o c u m e n to s /c o ro n a v i r u s / Pe rg u n -


tas_e_respostas_MP936-2020.pdf

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BOAS PRÁTICAS E COVID-19

19. Caso tenha havido suspensão de contratos de trabalho para participação do


empregado em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo
empregador, foram respeitados os parâmetros estabelecidos na legislação
vigente?

Orientações básicas complementares

Parâmetros estabelecidos na legislação vigente:

Duração da suspensão contratual não inferior a um mês e nem superior


a três meses.

Duração do curso equivalente ao período de suspensão contratual.

Previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho e concordância formal do


empregado.

Notificação ao respectivo sindicato, com antecedência mínima de quinze dias da


suspensão contratual.

Medida Provisória n° 936:


Art. 17. Durante o estado de calamidade pública de que trata o art. 1º:

I - o curso ou o programa de qualificação profissional de que trata o art. 476-A da


Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943,
poderá ser oferecido pelo empregador exclusivamente na modalidade não presencial,
e terá duração não inferior a um mês e nem superior a três meses.

CLT. Art. 476-A. O contrato de trabalho poderá ser suspenso, por um período de dois a
cinco meses, para participação do empregado em curso ou programa de
qualificação profissional oferecido pelo empregador, com duração equivalente à
suspensão contratual, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de
trabalho e aquiescência formal do empregado, observado o disposto no art. 471 desta
Consolidação.

§ 1o Após a autorização concedida por intermédio de convenção ou acordo coletivo, o


empregador deverá notificar o respectivo sindicato, com antecedência mínima de
quinze dias da suspensão contratual.

§ 3o O empregador poderá conceder ao empregado ajuda compensatória mensal,


sem natureza salarial, durante o período de suspensão contratual nos termos do
caput deste artigo, com valor a ser definido em convenção ou acordo coletivo.

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GESTÃO DE RISCOS TRABALHISTAS
BOAS PRÁTICAS E COVID-19

§ 4o Durante o período de suspensão contratual para participação em curso ou


programa de qualificação profissional, o empregado fará jus aos benefícios
voluntariamente concedidos pelo empregador.

§ 5o Se ocorrer a dispensa do empregado no transcurso do período de suspensão


contratual ou nos três meses subseqüentes ao seu retorno ao trabalho, o empregador
pagará ao empregado, além das parcelas indenizatórias previstas na legislação em
vigor, multa a ser estabelecida em convenção ou acordo coletivo, sendo de, no
mínimo, cem por cento sobre o valor da última remuneração mensal anterior à
suspensão do contrato.

§ 6o Se durante a suspensão do contrato não for ministrado o curso ou programa de


qualificação profissional, ou o empregado permanecer trabalhando para o
empregador, ficará descaracterizada a suspensão, sujeitando o empregador ao
pagamento imediato dos salários e dos encargos sociais referentes ao período, às
penalidades cabíveis previstas na legislação em vigor, bem como às sanções previstas
em convenção ou acordo coletivo.

20. No caso de rescisões contratuais durante o período de calamidade pública


relacionado ao coronavírus (COVID-19), as dispensas estão sendo comunicadas
ao eSocial e estão sendo quitadas integralmente todas as verbas trabalhistas?

20.1. Sobre as informações ao eSocial:

De acordo com o art. 1° da Portaria nº 1.127, de 2019, o eSocial substituiu a


obrigação de comunicação ao CAGED. Além disso, a informação ao eSocial é a
forma de “dar a baixa” na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) na
extinção do contrato de trabalho (art. 29, §7º, CLT c/c art. 477, caput e §10º, CLT).
Sem essa informação, o trabalhador fica impedido de acessar o
seguro-desemprego. Assim, toda dispensa de trabalhador deve ser comunicada
ao eSocial.

23
GESTÃO DE RISCOS TRABALHISTAS
BOAS PRÁTICAS E COVID-19

20.2. Sobre o banco de horas:


No caso de constituição de banco de horas, sendo o empregado demitido
antes de fazer a compensação dessas horas, poderá ser descontado o saldo do
banco negativo da rescisão, até o limite de um salário do empregado. O que
extrapolar esse limite não poderá ser descontado.

CLT. Art. 477 Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à


anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos
órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na
forma estabelecidos neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não
poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado. (Redação
dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970)

20.3. Sobre as férias:

Medida Provisória 927:


Art. 10. Na hipótese de dispensa do empregado, o empregador pagará, juntamente
com o pagamento dos haveres rescisórios, os valores ainda não adimplidos relativos
às férias.

20.4. Sobre o FGTS:

Medida Provisória 927:


Art. 19. Fica suspensa a exigibilidade do recolhimento do FGTS pelos empregadores,
referente às competências de março, abril e maio de 2020, com vencimento em abril,
maio e junho de 2020, respectivamente.

Art. 21. Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho, a suspensão prevista no art. 19


ficará resolvida e o empregador ficará obrigado:

I - ao recolhimento dos valores correspondentes, sem incidência da multa e dos


encargos devidos nos termos do disposto no art. 22 da Lei nº 8.036, de 1990, caso seja
efetuado dentro do prazo legal estabelecido para sua realização; e
II - ao depósito dos valores previstos no art. 18 da Lei nº 8.036, de 1990.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, as eventuais parcelas vincendas


terão sua data de vencimento antecipada para o prazo aplicável ao recolhimento
previsto no art. 18 da Lei nº 8.036, de 1990.

Art. 22. As parcelas de que trata o art. 20, caso inadimplidas, estarão sujeitas à multa
e aos encargos devidos nos termos do disposto no art. 22 da Lei nº 8.036, de 1990
24
GESTÃO DE RISCOS TRABALHISTAS
BOAS PRÁTICAS E COVID-19

20.5. Sobre a garantia provisória de emprego:

Medida Provisória 936:


Art. 10. Fica reconhecida a garantia provisória no emprego ao empregado que
receber o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, de que
trata o art. 5º, em decorrência da redução da jornada de trabalho e de salário ou da
suspensão temporária do contrato de trabalho de que trata esta Medida Provisória,
nos seguintes termos:

I - durante o período acordado de redução da jornada de trabalho e de salário ou de


suspensão temporária do contrato de trabalho; e
II - após o restabelecimento da jornada de trabalho e de salário ou do encerramento
da suspensão temporária do contrato de trabalho, por período equivalente ao
acordado para a redução ou a suspensão.

§ 1º A dispensa sem justa causa que ocorrer durante o período de garantia provisória
no emprego previsto no caput sujeitará o empregador ao pagamento, além das
parcelas rescisórias previstas na legislação em vigor, de indenização no valor de:

I - cinquenta por cento do salário a que o empregado teria direito no período de


garantia provisória no emprego, na hipótese de redução de jornada de trabalho e de
salário igual ou superior a vinte e cinco por cento e inferior a cinquenta por cento;
II - setenta e cinco por cento do salário a que o empregado teria direito no período de
garantia provisória no emprego, na hipótese de redução de jornada de trabalho e de
salário igual ou superior a cinquenta por cento e inferior a setenta por cento; ou
III - cem por cento do salário a que o empregado teria direito no período de garantia
provisória no emprego, nas hipóteses de redução de jornada de trabalho e de salário
em percentual superior a setenta por cento ou de suspensão temporária do contrato
de trabalho.

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica às hipóteses de dispensa a pedido ou por


justa causa do empregado.

25
ANEXOS

ANEXO I
ORIENTAÇÕES - CORONAVÍRUS: PROTOCOLO COLABORADORES

ANEXO II
PROTOCOLO - ENTREGA DE MÁSCARAS E ALCOOL EM GEL

ANEXO III
TELETRABALHO - ADITIVO AO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO

ANEXO IV
SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - MP936-2020
ADITIVO AO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO

ANEXO V
REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO - MP
ADITIVO AO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO

27
ANEXO I
ORIENTAÇÕES - CORONAVÍRUS
PROTOCOLO COLABORADORES

28
ORIENTAÇÕES - CORONAVÍRUS:
PROTOCOLO COLABORADORES

Prezado colaborador,

Apresentamos as medidas para enfrentamento da pandemia covid 19 e pedimos


atenção no atendimento do passo a passo do presente protocolo, que serão adotados
enquanto perdurar o estado de calamidade pública.
Contamos com a colaboração de todos.

1. Cartilha Coronavírus – Informações Ministério da Saúde


Você está recebendo uma cartilha elaborada pelo Ministério da Saúde contendo
informações sobre o coronavirus. Leia atentamente.

A cartilha contém informações importantes, tais como:


Como é transmitido;
Sintomas;
Se tiver sintomas, o que deve fazer;
Como se proteger;
Uso de máscara;
Cuidados ao chegar em casa;
Procedimentos em caso de viagem;
Casos de isolamento domiciliar;
Informações gerais.
Leia atentamente e em caso de dúvidas, procure seu supervisor.

2. Uso de máscara e álcool em gel 70%:


A empresa está disponibilizando mascaras e álcool em gel 70% para higienização e
uso frequente.
Na cartilha elaborada pelo ministério da saúde contém a forma de uso e assepsia.
Entendemos necessário o uso nos casos de atendimentos e contato com outros
colaboradores e/ou clientes. Muito embora, prezamos neste período, pelo
distanciamento mínimo de um metro.

3. Sintomas
Diariamente, os funcionários deverão estar atentos aos sintomas do novo
coronavirus.
Caso apresente algum sintoma como: tosse, dor de garganta, dores no corpo, falta
de ar ou febre, deverá comunicar seu supervisor, que o orientará e tomará todas
as providências.

29
ORIENTAÇÕES - CORONAVÍRUS:
PROTOCOLO COLABORADORES
4. Familiares
Caso algum familiar apresente sintomas de contaminação pelo novo coronavírus, o
funcionário deverá comunicar a empresa imediatamente, que tomará todas as
medidas necessárias.
Neste caso, apresentar à empresa, comprovante de afastamento do familiar.

5. Distanciamento
Os colaboradores deverão realizar seus trabalhos respeitando o distanciamento
mínimo de um metro dos demais colaboradores, evitando assim aglomerações.

6. Uso de objetos
Os objetos deverão ser utilizados de forma pessoal, sem compartilhamento.

7. Instalações com pias e sabão


As instalações da empresa possuem pias e sabão a disposição dos colaboradores,
que deverão fazer sua higienização com frequência.

8. Limpeza
A empresa reforçou a limpeza de pontos de grande contato como corrimões,
banheiros, maçanetas, mesas, cadeiras, etc.

9. Priorizar a ventilação natural


A empresa está priorizando a ventilação natural nos locais de trabalho.

10. Intervalos para alimentação e descanso


Todos os colaboradores deverão manter os procedimentos adotados pela empresa
nos horários de intervalo para refeição e descanso.
Os procedimentos acima destacados são obrigatórios e devem ser cumpridos por
todos os colaboradores.

Em caso de dúvidas, procure imediatamente a empresa.

Local/SP., 2020.

Empresa:
Ciente em ____ /____ /_____

Nome:
CPF/MF

30
ANEXO II
PROTOCOLO - ENTREGA DE MÁSCARAS
E ALCOOL EM GEL

31
PROTOCOLO - ENTREGA DE MÁSCARAS
E ÁLCOOL EM GEM

Ficha Pessoal de Entrega de


Equipamentos de Proteção

Eu _________________________________________________________________________________,
CTPS/SERIE_______________________Recebi da EMPRESA___________________________,
CNPJ___________________________ os Equipamentos de Proteção Individual ( E.P.I. ),
abaixo relacionados:

MASCARA ( ) Unidades para troca constante


ALCOOL GEL ( ) Frascos para uso individual

Estou ciente da necessidade do uso para minha segurança.


Comprometo-me a fazer uso constante e adequado conforme orientação da
Segurança do Trabalho, responsabilizando-me pela guarda e conservação, inclusive
pelos extravios dos equipamentos de segurança a mim confiados.

DATA ____ /____ /______


Nome: ______________________________________________________________

Fundamentação legal: NR 6, ítem 6.7.1. – Determina o uso obrigatório dos E.P.I´s,


Portaria 3.214/78:

a) Uso obrigatório para a finalidade a que se destina ;


b) Responsabilizar –se por sua guarda e conservação;
c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio
para o uso.

32
ANEXO III
TELETRABALHO - ADITIVO AO CONTRATO
INDIVIDUAL DE TRABALHO

33
TERMO ADITIVO AO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO
TELETRABALHO - MP 927/2020

De um lado a empresa xxx, inscrita no CNPJ/MF xxx, situada na xxx, CEP: xxx, neste
ato representada pelo seu diretor, xxx, doravante denominado EMPREGADOR, e, de
outro lado xxx, nacionalidade, estado civil, carteira de identidade nº xxx, CPF xxx,
portador da Carteira Profissional nº xxx, série xxx, residente e domiciliado na xxx, CEP
xxx, doravante denominado EMPREGADO, têm como justo e acertado o presente
Termo Aditivo ao Contrato de Trabalho que se regerá através das cláusulas abaixo.

CLÁUSULA PRIMEIRA: As partes acordam em razão da pandemia do novo


coronavírus, como medida emergencial, a partir da assinatura do presente
instrumento, o Contrato de Trabalho em epígrafe passa a ser regido pelas normas do
Teletrabalho previstas na lei nº 13.467/2017, artigos 62, III, 75 A, 75, B, 75 C, 75 D e 75 E,
Art. 4. e seguintes da MP 927/2020, observando ainda as cláusulas a seguir dispostas.

CLÁUSULA SEGUNDA: A partir da assinatura do aditivo contratual em epígrafe, o


contrato de trabalho por prazo indeterminado passa a ser Contrato de Teletrabalho,
com a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências da
empresa e com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação.

CLÁUSULA TERCEIRA: Caso seja necessário o comparecimento do Empregado nas


dependências da empresa, para a realização de atividades específicas que exijam a
presença do mesmo, não fica descaracterizado o regime de teletrabalho.

CLÁUSULA QUARTA: O empregado continuará a exercer a função de xxx, contudo o


trabalho será realizado fora das dependências da empresa.

CLÁUSULA QUINTA: Fica estabelecido que a responsabilidade pela aquisição,


manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura
necessária e adequada à prestação do trabalho remoto (home office) é de
responsabilidade do Empregador.

PARÁGRAFO ÚNICO: Qualquer outra despesa necessária ao desempenho do


trabalho deverá ser aprovada previamente pela empresa, e a mesma procederá ao
reembolso mediante prévia apresentação de nota fiscal pelo empregado.

CLÁUSULA SEXTA: O Empregado fica isento de controle de jornada, nos moldes do


artigo 62, inciso III, acrescentado à CLT através da lei nº 13.467/2017. (na análise de
riscos, avaliar se o empregado tem condições de manter controle de horário)

CLÁUSULA SÉTIMA: Poderá ser realizada a alteração do regime de tele trabalho para
o presencial por determinação do empregador.

34
CLÁUSULA OITAVA: O Empregador e empregado declaram que estão ciente das
precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho, mediante análise
de riscos e comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo Empregador.

CLÁUSULA NONA: O contrato de trabalho fica ratificado em todos os seus termos,


cláusulas e condições não expressamente alteradas por este documento, que àquele
se integra formando um todo, único e indivisível para todos os efeitos legais.

CLÁUSULA DÉCIMA: Para dirimir quaisquer conflitos ou controvérsias oriundas do


contrato de tele trabalho em apreço, será competente o foro da Comarca de
Campinas/SP.

Assinado por ambas as partes em duas vias de igual teor, na presença das
testemunhas abaixo assinadas.

Campinas/SP, 2020.

Assinatura do empregado Assinatura do empregador

Testemunhas:

35
ANEXO IV
SUSPENSÃO DO CONTRATO
DE TRABALHO - MP936-2020
ADITIVO AO CONTRATO INDIVIDUAL
DE TRABALHO

36
ADITIVO AO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO
SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DO CONTRATO DE TRABALHO
MP 936/2020

Entre (razão social), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob
n° XXXXXXXXXX, com sede na (endereço), doravante denominado Empregador,
adiante assinado por seu representante legal, e, de outro lado o empregado,
xxxxxxxxxxxxx, com CTPS nº ______ / _________, doravante denominado Empregado, é
celebrado o presente Acordo Individual de Trabalho com o fim de suspender de forma
temporária o Contrato de Trabalho.

CLÁUSULA PRIMEIRA: Em razão do estado de calamidade pública causado pelo Coro-


navírus, as partes acordam que o respectivo Contrato de Trabalho será suspenso pelo
período de XX dias (máximo de 60 dias, podendo ser fracionado em dois de 30 dias),
conforme a MP 936/2020.

PARÁGRAFO PRIMEIRO: Durante o período de suspensão, o empregado terá direito


aos benefícios concedidos anteriormente pelo empregador, quais sejam (plano de
saúde, vale alimentação, etc.):_____________________________________________

PARÁGRAFO SEGUNDO: A fim de minimizar os prejuízos, a empresa pagará ao


empregado (facultativo), ajuda compensatória mensal no valor de R$ XXXX, que não
terá caráter salarial, enquanto perdurar a redução.

CLÁUSULA SEGUNDA: A alteração será a partir do dia XX/XX/XXXX, respeitado o


período mínimo de dois dias corridos, a partir da assinatura do presente acordo.

CLÁUSULA TERCEIRA: O contrato de trabalho será restabelecido no prazo de dois


dias, contado da cessação do estado de calamidade pública, ou do prazo do presente
acordo, ou da data que o empregador comunique o fim antecipado aqui pactuado.

CLÁUSULA QUARTA: Em caso de eventual descumprimento de dispositivos legais, no


que se refere à formalidade e materialidade do presente aditivo, se levará em
consideração a pandemia causada pelo Coronavírus, que obrigou diversas relações
contratuais a alterações em regime de exceção.

CLÁUSULA QUINTA: Permanecem em vigor as demais cláusulas e condições do


contrato de trabalho aqui não modificadas, sendo que o empregado manifesta
expressa concordância, nos termos do artigo 468, da CLT.
E por estarem de pleno e comum acordo, as partes assinam o presente ACORDO
INDIVIDUAL em duas vias, ficando a primeira em poder as EMPREGADORA, e a
segunda com o EMPREGADO que dela dará o competente recibo.
Campinas, XX de XXXXXXXXXX de 2020.

Empregado Empresa 37
ANEXO V
REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO - MP
ADITIVO AO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO

38
ADITIVO AO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO
REDUÇÃO PROPORCIONAL DA JORNADA DE TRABALHO E DE SALÁRIO
(CONFORME MP 936/2020)

A empresa: XXXXXXXXXXXX LTDA, cadastrada no C.N.P.J. sob nº XXXXXXXXXXXXXX


, sito a Rua XXXXXXXXXXXXXXXXX – Cidade de XXXXXXX / PR, doravante
denominada EMPREGADORA e de outro lado a Sra:
____________________________________________________________________________________,
portador(a) da Carteira Profissional nº_____________, série:____________, nacionalidade
Brasileira, natural de:_______________________ ,estado:________, admitida
em:_____ /_____ /________, residente e domiciliada na Rua____________________________
______________________________________, doravante denominada(o) EMPREGADA(O);

As partes acima qualificadas, pelo presente instrumento e nos termos do artigo


468 da CLT, vêm por mútuo acordo promover as seguintes alterações contratuais
visando garantir a saúde do empregado e da coletividade em razão da pandemia
enfrentada pelo país.

Cláusula Primeira: Por mútuo acordo entre as partes, por ocasião da pandemia
do novo Corona Vírus (COVID – 19), seguindo as instruções contidas na Medida
Provisória 936 /2020, durante o estado de calamidade pública, as partes
pactuaram por **** (até noventa) dias a redução da jornada de trabalho e de salário
em ***** (25, 50 ou 70) por cento.

Transcrever nova jornada e salário

Cláusula Segunda: O presente acordo passa a vigorar a partir de ***** (no mínimo
dois dias depois da assinatura) e encerrará no dia **** ou dois dias após a cessação do
estado de calamidade, o que ocorrer primeiro.

Cláusula Terceira: O empregador poderá antecipar o fim da redução aqui pactuada,


bastando comunicar o empregado de sua decisão. Nessa hipótese o
reestabelecimento da jornada e salário se dará após o prazo de dois dias.

Parágrafo Primeiro: Aditivamente à remuneração aqui pactuada entre as partes,


enquanto durar a redução a União custeará o benefício emergencial de preservação
do emprego e renda, nos termos da MP nº 936, de 1º de abril de 2020. Para tanto, o
empregador se compromete a informar os termos do presente acordo ao Ministério
da Economia no prazo de dez dias da assinatura, sob pena de ficar responsável pelo
salário integral.

Parágrafo Segundo: Em contrapartida, o empregador se compromete a manter o


emprego pelo prazo da redução e por período equivalente ao acordado após o
reestabelecimento da jornada de trabalho e de salário, exceto por justa causa ou a
pedido do empregado.
39
Cláusula Quarta: O contrato de trabalho fica ratificado em todos os seus termos,
cláusulas e condições alteradas por este documento, que àquele se integra, formando
um todo, único e indivisível para todos os efeitos legais.

Assinado por ambas as partes em duas vias de igual teor, na presença de duas
testemunhas abaixo assinadas.

Loca/SP, ________, de _____________________ de 2020.

Ciente Empregado: Ciente empregador:

Testemunhas:

Nome: Nome:

RG: RG:

Conteúdo não pode ser reproduzido.* 40


GESTÃO DE RISCOS
TRABALHISTAS
BOAS PRÁTICAS
E COVID-19

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