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TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Quinta Câmara Cível
ACÓRDÃO
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PROCURADOR(A) DE JUSTIÇA
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RELATÓRIO
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Seguem aduzindo que a barraca onde aconteceu o corte de energia não está
desativada pela Secretaria do Município e nem deveria porquanto o imóvel está sujeito a uma
ação de usucapião nº 0000035-80.2009.8.05.0146 que tramita na 1ª Vara Cível de Juazeiro.
(fl. 139).
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VOTO
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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(…) § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Até mesmo nas obras públicas empreitadas com empresas particulares prevalece a
regra constitucional da responsabilidade objetiva da Administração, porque ainda
aqui o dano provém de uma atividade administrativa ordenada pelo Poder Público
no interesse da comunidade, colocando-se o executor da obra na posição de
preposto da Administração. (Tratado de Responsabilidade Civil. 6 ed. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 1143 ).
Nesse sentido:
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Além disso, o art. 6º, § 3º, II, da Lei n. 8.987/95, preceitua que não se
caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou
após prévio aviso, quando por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da
coletividade, ipsis litteris:
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aos Autores, sendo vítima de transtornos sofridos, legalmente, caberia a prévia notificação
antes da suspensão do fornecimento.
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In casu, o Autor não fez prova inequívoca dos danos materiais suportados.
Desta forma, ainda que objetiva a responsabilidade da Acionada, caberia ao Acionante fazer
prova documental do quanto alegado, através de laudo técnico, demonstrando que
efetivamente ocorreu o dano alegado.
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(...) por se tratar de algo imaterial ou ideal a prova do dano moral não pode ser feita
através dos mesmos meios utilizados para a comprovação do dano material. Seria
uma demasia, algo até impossível, exigir que a vitima comprove a dor, a tristeza ou
a humilhação através de depoimentos, documentos ou perícia; não teria ela como
demonstrar o descrédito, o repúdio ou o desprestígio através dos meios probatórios
tradicionais, o que acabaria por ensejar o retorno à fase da irreparabilidade do dano
moral em razão de fatores instrumentais. Em outras palavras, o dano moral existe in
re ipsa; deriva inexoravelmente do próprio fato ofensivo, de tal modo que, provada
a ofensa, ipso facto está demonstrado o dano moral à guisa de uma presunção
natural, uma presunção hominis ou facti, que decorre das regras de experiência
comum.
Com efeito, não se paga a dor, porque seria profundamente imoral que esse
sentimento íntimo de uma pessoa pudesse ser tarifado em dinheiro. Em verdade, a prestação
pecuniária vem somente suavizar a lesão provocada à dignidade do lesado, buscando, ainda
que inviável, uma reparação propriamente dita, restaurar o equilíbrio anterior das coisas, ou,
ao menos, suavizar o sofrimento.
Assim, para que a reparação por dano moral possa cumprir suas funções
pedagógica e punitiva, devem ser consideradas as condições social, econômica e cultural da
parte lesada, bem como as condições da parte lesante.
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tese ensejaria a aplicação da Súmula nº 385 do STJ, insta esclarecer que o débito
objeto da primeira negativação está sendo questionada judicialmente pelo Apelante
(processo nº 0527237-75.2016.805.0001). III – No tocante ao quantum
indenizatório, levando-se em consideração os princípios da proporcionalidade e
da razoabilidade, fixa-se no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). IV –
Honorários advocatícios que deverão ser suportados pelo Apelado, no
percentual de 20% do valor da condenação. RECURSO DE APELAÇÃO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO (TJBA, Apelação nº
0527239-45.2016.8.05.0001, Quinta Câmara Cível, Relatora: Desª. CARMEM
LUCIA SANTOS PINHEIRO, publicado em: 25/07/2017). (Grifos nossos).
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