1) O documento analisa como a cisnormatividade influencia as definições de gênero nos protocolos que regulam o acesso a tratamentos de afirmação de gênero.
2) Esses protocolos frequentemente exigem a validação médica dos gêneros dissidentes, mas não dos gêneros cis.
3) O trabalho busca entender como as noções de identidade de gênero e corpo são definidas nesses protocolos e quais tecnologias são consideradas centrais para a "adequação corporal".
Descrição original:
Título original
PERSEGUINDO A CISNORMATIVIDADE NO ACESSO ÀS TECNOLOGIAS DE GÊNERO - Resumo (1)
1) O documento analisa como a cisnormatividade influencia as definições de gênero nos protocolos que regulam o acesso a tratamentos de afirmação de gênero.
2) Esses protocolos frequentemente exigem a validação médica dos gêneros dissidentes, mas não dos gêneros cis.
3) O trabalho busca entender como as noções de identidade de gênero e corpo são definidas nesses protocolos e quais tecnologias são consideradas centrais para a "adequação corporal".
1) O documento analisa como a cisnormatividade influencia as definições de gênero nos protocolos que regulam o acesso a tratamentos de afirmação de gênero.
2) Esses protocolos frequentemente exigem a validação médica dos gêneros dissidentes, mas não dos gêneros cis.
3) O trabalho busca entender como as noções de identidade de gênero e corpo são definidas nesses protocolos e quais tecnologias são consideradas centrais para a "adequação corporal".
Título: PERSEGUINDO A CISNORMATIVIDADE NO ACESSO ÀS TECNOLOGIAS
DE GÊNERO
O direito à autodeterminação, atrelado à maior autonomia na decisão de
acessar certas tecnologias, é uma reivindicação atual dos coletivos organizados de pessoas trans frente à “necessidade” de validação de seus gêneros por especialistas. Inseridos em relações de poder assimétricas, o gênero de pessoas cis é tomado como natural e autoevidente, na medida em que as dissidências são entendidas como deturpações de um ideal e, portanto, mais aptas à análise. Assim como no caso de outros direitos, o acesso a tecnologias médicas, como os hormônios sexuais ou cirurgias, por vias institucionalizadas, é frequentemente condicionado à autorização médica ou psi e mediado por um diagnóstico. O presente trabalho visa analisar de que maneira a cisnormatividade atravessa as definições de gênero utilizadas nos documentos oficiais que regulam o acesso institucionalizado a essas substâncias e procedimentos, em suas diferentes atualizações. De que maneiras as reconfigurações das fronteiras de gênero, incluindo as da cisgeneridade, e do natural/artificial se desdobram nas definições da transgeneridade e nos critérios de validação das identificações dissidentes? Quais tecnologias aparecem como centrais no processo de “adequação” corporal? Quais noções de sujeitos e identificações estão previstas e prescritas nos protocolos? Este trabalho, que atualmente está em fase inicial de busca e análise dos documentos, se insere nas problematizações da pesquisa mais ampla intitulada: Produção de subjetividade, tecnologias de governo e as relações com a cisheteronorma. Até o momento, foram localizadas cinco das sete versões dos “Standards Of Care” da World Professional Association for Transgender Health, tendo sido analisada a terceira versão do compêndio. As análises indicam ser estabelecida uma hierarquização entre dados do corpo tidos como essenciais ao gênero e, articulado a isso, quais procedimentos estão sujeitos a terem o acesso controlado.
Palavras-chave: trans; estudos de gênero; cisheteronorma, hormônios,
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