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I SÉRIE - Número 18

Quinta-feira, 3 de Maio de 2006


,
BOLETIM DA REPUBUCA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

Art. 3. A presente Lei entra em vigor cento e oitenta dias após


IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE a sua publicação.
Aprovada pelaAssembleia da República, aos 24 de Novembro
AVISO
de 2005.
A matéria a publicar no «Boletim da República» O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Joaquim
deve ser remetida em cópia devidamente autenticada,
Muiémbwé
uma por cada assunto, donde conste, além das indi-
cações necessárias para esse efeito, o averbamento Promulgada em 6 de Março de 2006.
seguinte, assinado e autenticado: Para publicaçAo no Publique-se.
«Boletim da República».
............................. ~ .. O Presidente da República, ARMANDO EMluo GUEBUZA

SUMÁRIO Estatuto da Ordem dos Médicos


Assembleia da República:
de Moçambique

Lei n.' 312006: CAPITuLO I


Cna a Ordem dos Médicos de MoçambIque e aprova o seu Definição, natureza, sede e âmbito
Estatuto.
ARTIOO I
Conselho de Ministros:
(DellnlçAo e natureza)
Decreto-Lei n.' 112006:
I. A Ordem dos Médicos de Moçambique, adiante designada
Cria o Registe de Entidades Legais e aprova o seu Regulamento,
e revoga o Decreto-Lei n." 42644 e o Decreto n' 42645, por Ordem dos Médicos, é uma pessoa colectiva de direito pUblico,
ambos de 14 de Novembro de 1959. desenvolvendo serviços de interesse público, sem quaJquervinculo
funcional ou hierárquico com os órgãos da administração pública,
Decreto-Lel n.' 212006: representativa dos licenciados em Medicina e licenciados em
Estabelece os termos e procedimentos para a constituição. Medicina Dentária, que em conformidade com os preceitos deste
reconhecimento e registo das associações agro-pecuárias.
Estatuto, e demais disposições legais, exerçam ou tenham exercido
•••••••••••••••••••••••••••••••• em qualquer regime de trabalho a profissão Médica ou de
Medicina Dentária.
ASSEMBLEIA DA REPúBLICA 2. A Ordem dos Médicos é independente dos órgãos do Estado,
formações politicas, religiosas ou outras organizações, regendo-
Lei n.' 312006 -se por normas próprias.
de 3 de Maio 3. A Ordem dos Médicos tem personalidade jurldica e goza
Havendo necessidade de regular a actividade médica em de autonomia administrativa, fmanceira e patrimonial, cientifica
Moçambique, através do registo e certificaçao do exercício, da acção e regulamentar.
disciplinar e do controlo sobre os profissionais do ramo, ao abrigo
do n," I do artigo 179 da Constituição, a Assembleia da República ART1G02
determina (Sede)
Artigo I. É criada a Ordem dos Médicos de Moçambique
I.A Ordem dos Médicos tem a sua sede na cidade de Maputo,
e aprovado o seu Estatuto, em anexo e que faz parte integrante da
podendo abrir, sempre que o entenda necessário à prossecução
presente Lei. dos seus fins, delegações ou outras formas de representação, em
Art. 2 - I.A Ordetn dos Médicos de Moçambique é uma pessoa
todo o território nacional.
colectiva de direito público representativa dos licenciados em
Medicina e licenciados em Medicina Dentária, desenvolvendo 2. A Ordem dos Médicos é constituída por dez secções, com
serviços de interesse público sem qualquer vinculo funcional ou sede nas capitais provinciais.
hierárquico com os órgãos da administração pública. 3. A área geográfica de cada secção coincide com a divisão
2. A inscrição e reconhecimento pela Ordem dos Médicos são administrativa do território nacional, excepto acidade de Maputo
condições obrigatórias para o exerclcio da actividade médica em e provincia do Maputo que constituem uma mesma secção.
~If •.••
,. ••n'\l<.••••••••.
---- -- ----------
ISÉRJE-NÚMERO 18
136
e) velar pelo rigoroso cumprimento da Lei, do presente
ARTIGO 3 Estatuto e respectivos regulamentos, Jarticularmente
(Repr •• enteçlo) no que se refere ao titulo e à profis Ião de médico,
promovendo procedimento judicial co ntra quem o use
A Orqom dos Médicos é representada pelo Bastonário e, no
seu ímpedímento, por quem o substitui nos termos do presente ou a exerça ilegalmente;

Estatuto.
f) emitir o cartão de identificação proftssior ai;
g) promover a qualificação profissional dos médicos,
CAPiTULO II pela concessão de títulos de diferenciação e pela
Prlnclplos fundamentaIs e fins participação activa na educação médi:a contínua.
2. A Ordem dos Médicos exerce a sua jurisdição disciplinar
ARTIGO 4
sobre os seus membros.
(prlnclploa)
ARTIGO 7
1. A Ordem dos Médicos promove a defesa dos legítimos (Finalidade)
Interesses dos médicos e a prossecução de uma medicina
Para a prossecução dos seus fins, a Ordem dos Médicos deve:
humanizada que respeite o direito à saúde de todos os cidadãos.
a) informar os médicos de tudo quante diga respeito
2. A Ordem dos Médicos exerce a sua acção com independência às necessidades e aos interesses d as populações
em relação ao Estado, formações políticas, religiosas pu outras
no campo da saúde;
organizações. b) criar e dinamizar estruturas que vel em pela ética,
3. O S/stema democrático norteia a orgânica e a vida interna deontologia e qualíflcação profissiom I médicas;
da Ordem dos Médicos, constituindo o seu controlo um dever c) criar e dinamizar departamentos que directa
e um direito de todos os membros, nomeadamente no que respeita ou indirectamente possam interessar Ios médicos;
à eleição Idos seus órgãos e à livre discussão de todas as questões
d) assegurar uma gestão correcta dos seus fundos.
da sua v~a associativa.
4. A liberdade de opínião e o livre exercício democrático previstos
no númoro anterior e garantidos no presente Estatuto não CAPiTULO III
justificam a constituição de quaisquer organismos autónomos Inscrição, direitos e deveresl
dentro da Ordem dos Médicos que possam influenciar
negativamente as regras normais da democracia e possam SECÇÃO I

conduzir ,à divislo entre os seus membros. Inscrição

ARTIOO~ ARTIGO 8
(FlllavAo) (Requlaltoa para o exerclclo da medicina privada
I. A <prdem dos Médicos pode aderir a quaisquer uniões em MOçemblque)
ou fedCl'l\ções de associações médicas. 1. O exercício da medicina privada em Maçar ibíque depende
2. A Ordem dos Médicos colabora com os demais técnicos da inscrição prévia na Ordem dos Médicos I obtenção do
de saúde, através das respectivas organizações profissionais, respectivo cartão de identificação profissional.
no ínteresee da defesa e promoção da saúde de todos os cidadãos. 2. A inscrição na Ordem dos Médicos rege-s I pelo presente
ARTIGO 6 Estatuto e pelo respectivo regulamento.
(AtrlbulçO•• ) ARTIGO 9
1. A ordem dos Médicos tem as seguintes atribuições: (Requlaltoa pera Inacrlçlo)
a) defender a ética, a deontologia, a dignificaçlo da classe
Podem inscrever-se na Ordem dos Médicos:
e a qualificaçfio profissional médicas, a fim de assegurar
a) os moçambicanos e estrangeiros, Iicenciadi)s em Medicina
e fazer respeitar o direito dos cidadlos a uma medicina
ou licenciados em Medicina Dentá/ia, por escola
qualificada;
superior moçambicana.
b) tbmentar o defender os interesses da profissão médica b) os moçambicanos licenciados em Medioína ou licen-
a todos os níveís, nomeadamente no respeitante ciados em medicina Dentária, por e rcoía superior
à promoção sócio-profissional, à segurança social e às estrangeira, desde que tenham obtido equivalência
relações de trabalho; oficial do curso e devidamente reconhec ida pela Ordem
c) IIromover o desenvolvimento da cultura médica dos Médicos;
e concorrer para o estahelecimento e aperfeiçoamento c) os estrangeiros licenciados em Medicina ou licenciados
constante do Serviço Nacional de Saúde, participando em Medicina Dentária, por escola super ior estrangeira,
na implementação da política nacional de saúde, desde que tenham obtido equivalência, .ficial do curso
nomeadamente na educação médica e nas carreiras e devidamente reconhecida pela Orden l dos Médicos,
segundo critérios de reciprocidade e n scessídade.
médicas;
á) 4.r parecer sobre os assuntos relacionados com ARTloolO
h educaçlo médica. com o exercício da medicina e com (competinclea Inatrumentala)
a organização dos serviços que se ocupem da saúde,
A ínscrição 6 requerida pelo interessado ao Cal' :olho Directivo
sempre que julgue conveniente junto das entidades
Nacional em cuja área o requerente pretender ter", seu domicilio
Ilficiais competentes ou quando por estas for
nrnficcl1nnal
I'.nneultslIl.'
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3 DE MAIO DE 2006
h) agir solidariamente em todas as circunstâncias na defesa
ARTIGO II dos interesses colectivos;
(Suspensão de InscrlÇlio)
l) comunicar à Ordem dos Médicos, no prazo máximo de 30
Fica suspenso do pleno gozo dos direitos estatutârios quem, dias, a mudança de residência, a reforma e os
depois de avisado com 30 dias de antecedência, não pagar as impedimentos por doença prolongada ou serviço
quotas durante 6 meses. militar;
ARTIGO 12 j) pagar as quotas e demais débitos regulamentares.
(Interdição de InscrlÇlio)
ARTIGO 15
É anulada a inscrição na Ordem dos Médicos: (VlolaÇlio dos oev_)
a) aos que estejam em situação de incompatibilidade ou
inibição do exercício de medicina; Pela violação dolosa ou culposa dos deveres referidos no artigo
b) aos que hajam sido punidos com pena de proibição do anterior ficam' os médicos sujeitos às sanções disciplinares
exercício da profissão; previstas no artigo 50 deste Estatuto, sem prejuizo do
c) aos que o solicitarern, porterem deixado, voluntariamente, procedimento criminal e ou cível a que houver lugar.
de exercer a actividade profissional.
ARTIGO 16

SECÇÃOJl (DeIlllrBl especiais do médicO)

Olreltos 8 deveres I.Constitui dever do médico o exercício de funções nos órgãos


ARTIGO 13 da Ordem dos Médicos para que tenha sido eleito ou designado,
(DireitoS)
considerando-se falta disciplinar a recusa de tomada de posse,
salvo no caso de escusa fundamentada, aceite pelo órgão para o
São direitos dos médicos: qual foi eleito ou designado.
a) eleger e ser eleitos para os órgãos da Ordem dos Médicos, 2. Quando sobrevenha motivo relevante, pode o médico titular
nas condições fixadas no presente Estatuto; de cargo da Ordem dos Médicos solicitar ao respectivo órgão
b) participar na vida da Ordem dos Médicos, nomeadamente a aceitação da sua renúncia ou suspensão temporária do exercício
nas reuniões dos seus órgãos, nas reuniões das de funções. O pedido é sempre fundamentado e o motivo apre-
assembleias, discutindo, votando, requerendo e ciado pelo respectivo órgão.
apresentando as moções e propostas que enfenderem
3. Sem prejulzo do competente processo disciplinar, perde
convenientes; o cargo o médico que, sem motivo justificado, não exerça as
c) frequentar as instalações da Ordem dos Médicos; respectivas funções com assiduidade ou dificulte o funcionamento
á) solicitar o patroclnio da Ordem dos Médicos sempre que
do órgão da Ordem dos Médicos a que pertença. A perda do
cargo é determinada pelo próprio órgão, mediante deliberação
dele careça para a defesa dos seus interesses
tomada por maioria simples dos votos dos respectivos membros.
profissionais ou quando haja ofensa dos seus direitos
e garantias, enquanto médicos; 4. No caso de escusa, renúncia, perda de mandato, bem como
nOS casos de impedimento permanente ou temporário dos
e) requerer a convocação dos conselhos, nos termos
membros dos órgãos, com excepção dos presidentes, são
do presente Estatuto;
substituidos pelos membros eleitos pelos restantes membros em
j) possuir o cartão de identificação profissional; exercício do respectivo órgão, de entre os médicos elegíveis.
g) requerer os demais documentos necessários ao exercieio 5. Os substitutos exercem funções até ao termo do mandato ou
da sua profissão. perlodo de impedimento do antecessor.
ARTIGO 14 ARTIGO 17
(De'l8res) (Categoria de membros)

São deveres dos médicos: Os membros da Ordem dos Médicos distribuem-se pelas
a) cumprir o presente Estatuto e respectivos regulamentos; seguintes categorias:
a) membro efectivo;
b) cumprir as normas deontológicas que regem o exercício
b) membro associado;
da profissão médica;
c) membro estagiário;
c) guardar segredo profissional;
á) membro honorãrio;
á) participar nas actividades da Ordem dos Médicos e
'e) membro colectivo.
manter-se informado;
e) desempenhar as funções para que for eleito ou desi- ARTIGO 18

gnado; (Membro electivo)

j) cumprir e fazer cumprir as deliberações e decisões dos Considera-se membro efectivo o médico nacional licenciado
órgllos da Ordem dos Médicos, tomadas de acordo em Medicina ou Medicina Dentária que tenha prestado com
com o presente Estatuto; sucesso as provas ou estágíos para o efeito, realizados pela
Ordem dos Médicos.
g) defender o bom nome e prestigio da Ordem dos Médicos;
ISÉRlE-MÚMERO 18
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c) o Conselho Directivo Provincial;
ARTloo19
ti)o Conselho Fiscal Provincial;
(Membro •• soclldo)
e) o Conselho Provincial Disciplinar.
J. É membro associado o cidadão estrangeiro licenciado em
3. São órgãos consultívos de competência espedlfica:
Medicina 0\ Medicina Dentária, que se inscreva nos termos do
presente Eslatuto. a) O Conselho Nacional para Deontologia e Ética Médica;
2. O menbro associado goza de todos os direitos estatutários b) o Conselho Nacional para Educação Médica;
do membro efectivo, excepto o direito de eleger e ser eleito. c) o Conselho Nacional para o Serviço Nacional de Saúde;
ARTIGO 20 ti) o Conselho Nacional para o Exercicio da Medipina Privada;

(Membro •• lluI6rlo) e) o Conselho Nacional para Segurança Social dos Médicos;


É admitid o na qualidade de membro estagiário, o estudante do j) o Conselho Nacional para Colégios de Espeqialidades.
curso de licenciatura em Medicina ou Medicina Dentária quando
ARTIGO 25
no último ano do curso e no período de estágio.
(Tllulsres di Ordem dos Médicos)
ARTlGo21
Os titulares da Ordem dos Médicos são:
(Membro honor6rlo)
a) O Bastonário;
É admitido na qualidade de membro honorário o individuo b) o Presidente da Assembleia Geral;
ou coleétivi4ade que, exercendo ou tendo exercido actividade
c) o Presidente do Conselho Jurisdicional e Discilllinar.
de reconhecido ínteresee público ou contribuído para a digni-
ficação e prestigio da Medicina, seja considerado merecedor de tal ARTIGO 26
distinção. (Ourlçlo do msndalo)
ARTIGO 22 1. O mandato dos órgãos eleitos é de quatro anos,
(Membro Colecllvo)
2. É permitida a reeleição, mas o mesmo cargo nlio pode ser
Como membro coleclivo é inscrilo na Ordem dos Médicos, exercido, consecutivamente, por mais de dois mandatos.
a pessoa colectiva que com ela estabeleça acordo escrito e que
desenvolva actividades de formação, investigação, aplicação ou ARTIGO 27
difusão do conhecimento em área directamente relacionada com a (Fim do mlndalo)
medicina, o u tenha a medicina como uma das suas áreas
1. O mandato dos órgãos pode terminar por deliberação das
profissionais.
respectivas assembleias, desde que convocadas exp ressamente
CAP!TuLOIV para apreciação da actuação dos mesmos, e quando o número
O~lIanlzac;ãoda Ordem dos Médicos total de votantes seja superior a dois terços do: membros
presentes.
SECÇÃO!
2. A Assembleia que dissolver um dos seus órgãos íeve eleger
Principias gerlll
uma comissão provisória que, transi-toriamente, os s lbstitua até
ARTI<KÍ23 à eleições, que se devem realizar no prazo máximo de fías,
(A•.••• de jurlsdlç4o) 3. O mandato do órgão eleito nas condições do númere anterior
A fim de permitir a particip'ação real dos médicos inscritos na termina com o termo normal do órgão substituído.
resolução, quér de problemas locais específicos, quer de problemas
SEcçÀOllI
de carácter nacional, a Ordem dos Médicos exerce a sua acção
através de órllãos a nível nacional e provincial. 6rglol naCIOnais
sECÇÃO II ARTIGO 28
6rglol (B.slOn6rlo da Ordem doe Médloo.)
ARTIGO 24 I. O Bastonário é o Presidente da Ordem dos Mé4icos e, por
inerência, do Conselho Directivo Nacional e do Conselho Nacional
(6rgIOS em ueral)
de Representantes.
I.São órgãos de competência genérica da Ordem dos Médicos,
2. O Presidente da Ordem dos Médicos deve ter, pi ,lo monos,
a nível nacional: dez anos de exercício da profissão e é eleito por voto 9ecreto, em
a) a Assembleia Geral;
sufrágio directo e universal.
b) o Baslonário da Ordem; 3. O Presidente da Ordem dos Médicos tem voto de qualidade,
c) o Corlselho Nacional de Representantes;
ti) o Conselho Directivo Nacional; ARTIGO 29

e) o Conselho Fiscal Nacional; (compellnclas do B.slOn6rlo di 0_ dos M6cllcol)


j) o Cons elho Jurisdicional e Disciplinar. Compete ao Bastonário da Ordem dos Médicos:
2. Anlvel piovíacíe]: a) dirigir e representar a Ordem dos Médicos. podendo
a) aAssembleia Provincial; delegar essas funções, ouvido o Conselho Directivo
Nacional;
b) o Con selho Provincial
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g) eleger o Bastonário;
b) convocar e presidir, com voto <lequalidade, às reuniões
do Conselho Directivo Nacional e do Conselho Nacional h) eleger o Conselho Directivo Nacional;
de Representantes; i) eleger o Conselho Fiscal Nacional;
c) convocar e presidir aos Conselhos Consultivos; jl ratificar, sob,proposta do Conseího Directivo Nacional,
á) homologar o concurso público da admissão do assessor o «Dia Nacional do Médico»;
jurídico do Conselho Jurisdicional e Disciplinar, sob k) criar, sob proposta do Conselho Directivo NaCIOnal,
proposta do Conselho Directivo Nacional; conselhos consultivos.
e) fazer cumprir as deliberações da Assembleia Geral e do 2. Compete ainda a Assembleia Geral:
Conselho Directivo; a) aprovar o Regulamento Interno da Ordem dos Médicos;
j) zelar pelo cumprimento do presente Estatuto, regulamentos b) aprovar os regulamentos dos Conselhos Directivo
e demais legislação respeitante à Ordem dos Médicos; e Fiscal Nacionais e demais conselhos de competência
g) autorizar as despesas previstas no orçamento e outras. especifica;
c) aprovar o regulamento de funcionamento da Assembleia
ARTIGO 30
Geral.
(CompetênciaS do Vice-Presidente)
ARTIGO 34
Compete ao V.ice-Presidente:
(Periodicidade)
a) coadjuvar o Bastonário nas suas funções, substituindo-
o nas suas ausências ou impedimentos; Assembleia Geral reúne-se ordinariamente uma vez por ano
b) executar as competências do Bastonário que por ele lhe para os fins previstos no n." I do artigo anterior, por iniciativa do
forem delegadas. Presidente da Mesa.
ARTIG035
ARTIG031
(funcionamento)
(Substituição do Bastonário da Ordem dos Médicos em caso
de Impedimento) 1. A Assembleia Geral reúne-se em sessão extraordinária
I. O Bastonário da Ordem dos Médicos é substituído, pelo quando os superiores interesses da Ordem o aconselham, por
Vice-Presidente e, no impedimento temporário deste, por um iniciativa de:
membro do Conselho Directivo Nacional, pela ordem de prece- a) o Presidente da Mesa de Assembleia Geral;
dência estabelecida pelo presente Estatulo. b) o Conselho Directivo Nacional;
2. O impedimento pennanente do Bastonário é resolvido nos c) o Conselho Nacional de Representantes;
termos do presente Estatuto quanto à vacatura do cargo.
o Conselho Fiscal Nacional;
á)
ARTIGO 32 e) um terço dos membros efectivos no pleno gozo dos seus
(COmposlçlo da Assemblela Geral) direitos estatutários.
I. A Assembleia Geral é constituída por todos os presidentes 2. Os requerentes faltosos ficam impedidos de exercer
dos órgãos nacionais, de competência genérica ou específica, de novo o direito de convocação da Assembleia Geral, até final
membros do Conselho Nacional de Representantes e do Conselho de mandato.
Directivo Nacional, Presidentes das Assembleias Provinciais,
Presidentes dos Conselhos Directivos Provinciais e por uma repre- ARTIGO 36
sentação provincial igualitária de quatro membros eleitos. (Calendarlzaç.lo)
2. A Mesa da Assembleia Geral é" dirigida pelo próprio A Assembleia Geral reúne-se ordinariamente em Fevereiro
presidente, coadjuvado pelo Vice-Presidente e dois secretários de cada ano, e extraordinariamente sempre que convocada pelo
eleitos de acordo com o presente Estatuto. Presidente da Assembleia Geral, por solicitação do Consellio
ARTIGO 33 DirectivóNacional, Conselho Fiscal Nacional, ou a requerimento
(Competências da Assembleia Geral) de um terço ou mais dos conselhos provinciais.

I. Compete àAssemblela Geral: ARTIGO 37


a) apreciar e aprovar o relatório de actividades e contas (convocaçlo)
do Conselho Directivo Nacional relativo ao ano civil 1.A Assembleia Geral é convocada nos termos deste Estatuto,
transacto, tendo em conta o parecer do ConselhoFiscal; para o local, dia e hora, fixados com a antecedência mínima de 30
b) apreciar e aprovar os relatórios anuais de actividade, dias, ou de 10 dias nos casos de comprovada urgência, por carta
contas, planos de actividades e o orçamento registada ou por aviso publicado no jornal diário de maior circu-
do Conselho Directivo para o ano seguinte; lação no País, e dela deve constar a ordem de trabalhos.
c) deliberar sobre todos os assuntos que por este lhes sejam 2. Se, na hora marcada, não houver quorum, aAssembleia Geral
submetidos; reúne-se com qualquer número, uma hora depois da hora marcada
á) aprovar o tipo e o montante das contríbuíções financeiras na convocatória, mas sem carácter deliberativo, se persistir a
dos médicos, ouvidas as assembleias provinciais; situação inicial.
e) deliberar sobre as propostas de alteração dos Estatutos; 3. Aos delegados que não puderem comparecer por motivos
justificados, pode ser-lhes facultado pela Assembleia Geral, o voto
j) deliberar, em caso de dissolução, sobre o destino do seu
DOrcorresoondência. nos termos do n," 3 do artiao 87.
natrim6nio:
I SÉRiE.-J- NÚMERO 18
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d) aprovar ou recusar os pedidos de ínscr'ção na Ordem
ARTIGO 38
dos Médicos;
(Dellberaçlo Mpeclal) e) cumprir e fazer cumprir o presente Estat.to e os regula-
I. A Msembleia Geral s6 pode propor a alteração dos Estatutos mentos, bem como as deliberações d<tl seus 6rgãos;
da Qrdell( dos Médicos estando presentes, pelo menos, dois terços j) elaborar e apresentar anualmente a Assembleia Geral os
dos memêros da Assembleia Geral. relatórios de actividade e de contas t os planos de
2. A Assemblele Geral s6 pode deliberar sobre ti díssolução actividade e orçamentos;
dos ôrgãos da Ordem dos Médicos com a maioria de três quartos g) administrar o patrim6nio da Ordem dos JIltédicos e zelar
de todos <Ismembros da Assembleia Geral. pelos bens e valores da mesma;
3. As demais disposições de funcionamento são estipuladas h) proceder à inventariaçlo dos bens da Ordem dos Médicos,
que é conferido e assinado no acto de iransmíssso de
em regulamento próprio, desde que não contrariem o presente
poderes;
Estatuto.
I) submeter à apreciação da Assembleia Qleral todos os
ARTIGO 39 assuntos sobre os quais ela deve esütutariamente
(DallberaçOes da Asaemblela Geral) pronunciar-se e requerer a sua convoca ção extraordi-
nária sempre que o julgue conveniente
I. As deliberações da Assembleia Geral são válidas, desde que
J) elaborar os regulamentos dos ôrgãos de âr nbíto nacional
aprovadas'pela maioria simples dos seus membros. da Ordem dos Médicos e o regulamento disciplinar e
2. As dilliber8ÇÕes a serem votadas s6 podem ser as relativas submetê-los à aprovação da Assembleia Geral;
a assuntos constantes da respectiva ordem de trabalhos.
k) manter ligações com instituições médicas ou outras,
ARTIGO 40
nacionais e estrangeiras e credenciar às mesmas os
seus delegados;
(Conaelho Dlrec\lvo NacIonal)
I) contratar pessoal, se neeessário, e t\ixar as suas
I. O C01lselho Directivo Nacional é constituldo pelo Presidente remunerações de harmonia com as díspesíções legais;
da Ordem, o Vice-Presidente, o Secretário, o Tesoureiro e três m) executar e fazer cumprir as deliberaçdes aprovadas
Vogais eleitos nos termos deste Estatuto. na Assembleia Geral;
2. Podem participar, quando convocados, em reuniões n) propor o montante des quotas e submeter a $ua aprovação
do Conselllo Directivo Nacional os coordenadores dos conselhos .pela Assembleia Geral, de acordo com o disposto
Consultivds Nacionais, o Presidente do Conselho Jurisdicional
na alínea d) do n," I do artigo 33;
e Disciplinar e o Presidente do Conselho Fiscal com direito a voto.
o) assegurar, com a colaboração dos Conselhos Directivos
3. O Bl\stonário pode, ainda, quando julgar aconselhável, Provinciais, a publicação periódica e regular de um
convocar para as reuniões do Conselho Directivo Nacional os órgão oficial de lnformação da Ordem dos Médicos e
presidentes das assembleias provinciais e presidentes dos nomear o respectivo conselho de redacção;
conselhos dírectivos provinciais, sem direito a voto.
p) coordenar as relações da Ordem dos Méllicos com os
4. O moilo de funcionamento interno do Conselho Directivo meios de comunicação social através d~ um gabinete
Nacional é fixado por regulamento pr6prjo, aprovado nos termos
de relações públicas,
da allnea b) do n.· 2 do artigo 33 do presente Estatuto.
ARTloo44
ARTIGO 41 (Competência para Interdlçllo do exercfclo da madlclna)
(1WlbaraçOM do Conselho 'Dlrecllvo Nacional)
I. Por deliberação unllnime do Conselho Directi~o Nacional,
As deliberações do Conselho Directivo Nacional são tomadas mediante parecer de uma comissão de peritos e~pecialmente
por maioria simples. nomeada para o efeito, podem ser Impedidos de exercer, total ou
parcialmente, a sua profissão, os m~dicos para ela inabilitados
ARTloo42 flsíca ou mentalmente.
(Perlodlclciada dQ I'8\lnlOea do Conaelho DIrectivo Nacional) 2. A comisslo de peritos ~ constitulda por clnéo membros,
sendo dois nomeados pelo conselho provincial a qpe o médico
O Conselho Directivo Nacional reúne-se, em principio, uma
pertença, dois pelo interessado e um pelo Consel\lo Directivo
vez por mês,
Nacional.
ARTIOo43 3. Se o interessado não estiver em condiçôes de fazer a
(Compet6aclaa do conselho Dlrecllvo Nacional) nomeação a que se refere o número anterior, deve' I mesma ser
feita pela pessoa a quem legalmente caberia a tutell, ou curatela
Compete ao Conselho Directivo Nacional: nos casos de interdiçlo ou inabilitaçllo judicialment< I declaradas.
a) nomear os membros dos conselhos consultivos 4. Da deliberação do Conselho Directivo Nacional ;:abe recurso
nicionais; para o TribunalAdministrativo.
b) propor os trabalhos para estudo aos conselhos consul- ARTJoo45
tívos nacionais e avaliar os pareceres apresentados;
(Conaalho NacIonal ele Repreaentantea)
c) pOr em execução a todos os niveis os planos de trabalho
I. O Conselho Nacional de Representantes é codstituído por
apJlOvados, depois de ouvido ou não os conselhos
todos os Presidentes e Vice-Presidentes dos órgãos de
di\'ectlvos provinciais, conforme o grau de importância
competêncili genérica, os presidentes das assembleias IProvinciais,
dos assuntos em causa;
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3 DE MAIO DE 2006
á) instruir os processos disciplinares para a decisão
os presidentes dos conseu os directivos provinciais e por mais do Conselho Directivo Nacional, de acordo com
40 membros efeitosiguahtariamentepelas assembleiasprovinciais,
o estipulado no presente Estatuto;
por um mandato de quatro anos.
e)julgar os recursos interpostos das deliberações dos vários
2. O Conselho Nacional de Representantes tem igual número
de suplentes, eleitos nOSmesmos termos. órgãos;
3. O Conselho Nacional de Representantes reúne no intervalo
f> deliberar sobre os requerimentos dos membros da Ordem
de duas sessões daAssembleia Geral, uma vez por ano, e é dirigido dos Médicos de renúncia dos seus cargos e de
suspensão temporária das suas funções;
pelo Bastonário da Ordem dos Médicos.
4. O Conselho Nacional de Representantes delibera sobre as g) deliberar sobre a perda de cargos na Ordem dos MédiCOS;
matérias da vida da Ordem dos Médicos que não sejam reserva da h) deliberar sobre a substituição dos seus membros;
Assembleia Geral, excepto à do n," 2 do artigo 33 do presente i) instaurar procedimento de execução aos membros
Estatuto, se tal se mostrar necessário. com quotas em divida à Ordem dos Médicos;
ARTlOO46 j) exercer o poder disciplinar relativamente a todos
(Conselho FIscal Nacional) os membros da Ordem dos Médicos;
1. O Conselho Fiscal Nacional é constitufdo por um Presidente k) elaborar os pareceres que lhe sejam cometidos pelo
e dois Vogaiseleitospela Assembleia Geral e integra os presidentes Presidente do Conselho Directivo Nacional sobre
dos conselhos fiscais provinciais. o exerclcio profissional e deontológico.
2. O Conselho Fiscal Nacional aprecia os orçamentos 6. O Conselho Jurisdicional Disciplinar é assistido por um
e relatórios de contas de âmbito nacional. assessor jurídico, admitido mediante concurso público.
3. Compete ao Conselho Fiscal Nacional: 7. O Conselho Jurisdicional e Disciplinar, a funcionarem pleno,
a) apreciar trimestralmente a contabilidade de âmbito nacional organiza-se em secções de assunto a fixar.
da Ordem dos Médicos; 8. Das deliberações das secções do Conselho Jurisdicional
b) emitir parecer sobre o relatório, contas e orçamentos e Disciplinar cabe recurso para o plenário deste.
anuais elabot'ill\ospelo Conselho Directivo Nacional
para serem apresentados à Assembleia Geral; ARTlGo48
c) apresentar à Assembleia Geral as sugestões que entender (competências aapeclals)
de interesse para a vida da Ordem dos Médicos; I.Compete, em exclusivo,ao conselhoJurisdicionale Disciplinar,
á) apresentar propostas ao Conselho Directivo Nacional em sessão plenária:
que considere adequadas para melhorar a situação
a) proceder à substituição do Bastonário, em caso
patrimonial e financeira da Ordem dos Médicos; de impedimento permanente, a ratificar em Assembleia
e) fiscalizar as actas lavradas nas reuniões do Conselho Geral da Ordem dos Médicos, na sessão ordinária
Directivo.Nacional; seguinte, ouvido o Conselho Nacional de
f> elaborar e aprovar o seu próprio regimento. Representantes;
4. O Conselho Fiscal pode solicitar uma auditoria independente, b) conferir o titulo de membro honorário nos termos
quando tal se mostrar necessário. regulamentares;
ARTIG047
c) julgar os recursos interpostos das decisões das secções;
(COnselho Jurisdicional e Disciplinar) á) elaborar e propor, para apresentaÇãoàAssembleia Geral,
a alteração do presente Estatuto e do Código
1. O Conselho Jurisdicional e Disciplinar constitui o supremo
órgão jurisdicional da Ordem dos Médicos e é composto por um Deontológico;
Presidente, Vice-Presidente,um Secretário e tantos vogais quantos e) elaborar e propor, alterações ao regulamento disciplinar,
colégios de especialidade existirem. para apresentação e aprovação da Assembleia Geral;
2. O Presidente, o Vice-Presidente e o Secretário, são eleitos f> elaborar e apresentar à votação da Assembleia Geral o
por sufrágio directo e universal, numa só lista. seu regulamento interno.
3. Os vogais são eleitos nos seus respectivos colégios 2. Das decisões do plenário cabe recurso à Assembleia Geral
de especialidade de nlvel nacional. e deste ao tribunal AdministrativO.
4. O Presidente do Conselho Jurisdicional e Disciplinar é eleito
3. As sessões do Conselho Jurisdicional e Disciplinar,
de entre os presidentes dos conselhos nacionaiS dos colégios de são convocadas com o conhecimento do Bastonário, que indica
especialidade. um membro do Conselho Directivo Nacional, como observador
S. Compete ao Conselho Jurisdicional e Disciplinar: dos trabalhos da sessão, mas sem direito ao uso da palavra.
a) zelar pelo cumprimento do presente Estatuto, dos
respectivos regulamentos e das decisões tomadas pelos ARTlOO49
órgãos competentes; (Regulamento Disciplinar)
b) dar parecer sobre os regulamentos ou suas alterações, O Conselho Jurisdicional e Disciplinar propõe para aprovaçãO
propostas pelos órgãos competentes; pela Assembleia Geral o regulamento dísciplinar da Ordem dos
c) dar apoio ao Conselho Directivo Nacional na arbitragem Médicos, que fixa as normas para a instrução e apreciação dos
de conflitos de jurisdição e de competência; processos.
t'sÉRIe-NÚMERO 18
142
!J apreciar os relatórios de actividades do Conselho Directivo
ARTIGOSO Provincial, do Conselho Provincial de Disciplina e o
(slnçOII ,m caiO d. Inlr.cçO•• dlsclplln••.•• ) relatório de contas do Conselho Fiscàl Provincial;
I. Consoante a sua gravidade, as sanções correspondentes g) apreciar e deliberar sobre os planos de actividades
às infra4ções disciplinares são as seguintes: e o orçamento da Ordem dos Médicos na província,
a) iadvertência;
proposto pelo respectivo Conselho P -ovlncial.
b) repreensão registada; ARTIGOSS
c) inulta de um a dez salários mlnimos nacionais; (perlodlcldada daa reunia•• da A•• embl.la Provincial)
á) suspensão até seis meses; A Assembleia Provincial reúne-se ordinariamente uma vez
e) $uspensão por.mais de seis meses até doze meses; por ano.
!J &Uspensãopor mais de doze meses até cinco anos., ARTIGoS6
g) proibição do exercício da profissão. (R.unllo da •••• 10 extraordln6rlada Aaa.mbl~"aProvincial)
2. Os valores mencionados na alínea c) são ajustados por 1.A Assembleia Provincial reúne-se extraordbariamente, por
deliberaÇ\1loda Assembleia Geral. iniciativa do Presidente da mesa ou quando lhe seja requerido
pelo Conselho Directivo Provincial, ou por um número de médicos
ARTIGO SI igual a um terço dos médicos inscritos na respecl;iva província.
(Recurlo dll d.llb.raç611 do Con•• lho 2. O Presidente convoca a Assembleia no crazo máXimo
Jurlldlclonal • DI.clpllnar)
de 30 dias após a recepção do requerimento ou s'i,licitaçãO.
Das deliberações proferidas pelo Conselho Jurisdicional e 3. Os pedidos de convocação daAssembleiaPr'JVincial devem
Disciplinar cabe recurso para o Tribunal Administrativo. ser feitos por escrito, devidamente fundamentadcs e dirigidos ao
SOCÇÃOIV Presidente da Mesa da Assembleia Provincial, deles constando
Orglos ProvlnclslS obrigatoriamente uma proposta de ordem de trabulhos, o nome e
assinatura de todos os requerentes.
ARTlGoS2
4. As reuniões requeridas não se realizam sem a presença de
(Aaa.mbl.la provincial) pelo menos dois terços do número de requerentles, pelo que é
1.A Assembleia Provincial é constitulda por todos os médicos feita uma chamada no início da reunião pela ordem que constam
inscritos lia província, os respectivos nomes no requerimento.
2. Cada médico só pode pertencer a uma provlncia. S, Os requerentes faltosos ficam impedidos de exercer de novo
o direito de convocação da Assembleia Provinci,l, até final de
ARTlGOS3 mandato.
(M_ da Aleemb'.I. Provlncl.l)
ARTlGoS7
1. A mesa da Assembleia Provincial é constitulda por um (Convocaçlo)
Presidente, um Vice-Presidente e dois Secretários. 1. A Assembleia Provincial é convocada pe'.o Presidente
2. Nas suas faltas ou impedimentos, o Presidente é substituído da Mesa ou, no seu impedimento, por quem o substit ia legalmente,
pelo Vice-i'residente. através de aviso convocatório dirigido aos membros e publicado
3. O Presidente da Mesa é, por inerência do cargo, membro emjomal diário com maior circulação na provlnc a, e com uma
de pleno direito da Assembleia Geral e do Conselho Nacional antecedência mínima de 15 dias, devendo a convoce tória indicar a
de Representantes. hora e local da reunião, bem como a respectiva order 1de trabalhos.
2. As reuniões dá Assembleia Provincial têm i~lCiOna hora
ARTIGoS4 marcada, com a presença da maioria dos membros ir scrítos e, uma
I(Compet'nclas da A••• mbl.la Provincial) hora depois com qualquer número, mas sem carácte deliberativo,
se tal situação persistir.
Compete àAssembleia Provincial:
ARTlGOS8
a) pr~nunciar-se sobre todos os assuntos que interessem
<ilsmédicos, desde que constem da respectiva ordem (DlllberaçO" da Ala.mbl.'. provincial)
<letrabalhos; I. As deliberações são tomadas por maioria simiPlesde votos.
b) analísar as propostas de alteração do presente Estatuto, Em caso de empate, proceder-se-á a uma nova votação, e caso o
quando expressamente convocada para tal fim; empate se mantenha, ao Presidente da Mesa é conferido um voto
de qualidade.
c) elegere fazer substituir a mesa da Assembleia Provincial, 2. As deliberações só são vinculativas quando njlas participe
qs membros executivos do Conselho Directivo um número de votantes superiora 10% dos médiccls inscritos.
Ilrovincial, o Conselho Provincial de Disciplina e o
(j:onselho Fiscal Provincial, nos termos legais, em lista 3. A Assembleia Provincial só pode deliberar soblieos assuntos
constantes na respectiva ordem de trabalhos.
única;
á) elel~er e fazer substituir os membros consultivos para ARTlGOS9
o Conselho Provincial, de acordo com a proporção de (Coneelho Directivo provincial)
um por cada 20% dos médicos inscritos; 1. O Conselho Directivo Provincial é constítdído por um
e) apreeiar todos os assuntos da Ordem dos Médicos a Presidente, dois Vogais e um Secretário, eleitos em sullágio directo,
n vel provincial e comparticipar no estudo dos de secreto e universal, de entre os médicos Inscritos na respectiva
âmbito nacional; provlncia.
143
3 DE,MAIO DE 2006
c) apresentar ao Conselho Provincial as sugestões que
2. OPresiden\e do Conselho Directivo Provincial é, por inerência entender de interesse para a vida da Ordem dos
do cargo, membro de pleno direito da Assembleia Geral e do
Médicos;
Conselho Nacional de Representantes.
à) fiscalizar as actas do Conselho Provincial.
ARTIGO 60
(Perlocllcl__ reunlOes) ARTIG064

I. O Conselho Directivo Provincial reúne-se, pelo menos, uma (conselho provlncla' de Dlaclpllna)
vez por mês. A nivel provincial, a competência disciplinar da Ordem dos
2. As deliberações do Conselho Provincial silo tomadas por Médicos é exercida pelo respectivo Conselho Provincial
maioria simples de votos de todos os seus membros. de Disciplina.
3'. Em cada reunião é lavrada uma acta.
ARTIGO 65
ARTIGO 61 (COnaUtulçlo do COnaelho ProvInela' de Disciplina)
(Competênclaa do COnselho Directivo provlnclal)
I. O Conselho Provincial de Disciplina é constituído por um
Compete ao Conselho Provincial: presidente, dois Vogais eleitos, por um mandato de quatro anos,
a) orientar e dinamizar os médicos da sua provincia, de pela Assembleia Provincial, nos termos gerais, numa lista única.
acordo com as caracterlsticas locais e as resoluções 2. O Conselho Provincial de Disciplina pode ser assistido
daAssembleia Provincial, do Conselho Directivo e do na sua função por um assessor jurídico admitido por concurso
Conselho Nacional;
público.
b) nomear as comissões provinciais de deontologia médica,
educação médica, Serviço Nacional de Saúde, exercício ARTIGO 66
da medicina privada e segurança social dos médicos; (COmpetlnclaa do conselhO Provlnclal de Dlaclpllna)
c) receber, informar e enviar ao Conselho Directivo Nacional I. São competências do Conselho Provincial de Disciplina julgar
o pedido de ínscrlção dos médicos; as infracções à deontologia e ao exercício da profissão médica
à) dirigir e coordenar a actividade da Ordem dos Médicos a previstas no Estatuto e Regulamentos da Ordem dos Médicos e
nível provincial, de acordo com os princlpios definidos no Código de Deontologia, praticadas voluntariamente ou por
no presente Estatuto; negligência, por qualquer médico.
e) elaborar e apresentar anualmente ao Conselho Directivo 2. As infracções cometidas por qualquer membro de um dos
Nacional, o relatório anual de actividades, o relatório Conselhos Provinciais de Disciplina silo instruldas e julgadas
anual de contas, o plano de actividades e o orçamento pelo Conselho jurisdicional e Disciplinar, nos termos previstos
do ano seguinte; no regulamento disciplinar.
f! administrar os bens e gerir os fundos da Ordem dos
Médicos a nlvel provincial; SECÇÃOv
g) elaborar o inventário dos bens da Ordem dos Médicos CngAosConsuffivos
a nlvel provincial, que é conferido e assinado no acto
de posse do novo Conselho Provincial; ARTIGO 67
(Dlspoalç6eS genéricas)
h) proceder ao registo dos médicos da província;
í) elaborar os regulamentos internos necessários à boa Para além dos Conselhos Consultivos Nacionais previstos e
organização da Ordem dos Médicos a nivel provincial; estabelecidos no presente Estatuto, pode o Conselho Directivo
;J contratar, se necessário e por um perlodo não superior ao Nacional, sempre que o desenvolvimento da medicina ou a acção
seu mandato, um consultor jurídico, mediante concurso a desenvolver pela Ordem dos Médicos o justifique, propor
à Assembleia Geral a criação de novos conselhos consultivos.
público, que chefia o serviço de contencioso;
k) velar pelo cumprimento dos preceitos deontológicos ARTIGO 68
e fazer aplicar as normas recebidas e sugerir normas (Composlçlo)
a executar.
1. Cada Conselho Nacional Consultivo é constituldo por cinco
ARTIGO 62 membros sendo:
(Conselho Fiscal Provincial) a) um coordenador designado pelos seus membros, que
tem assento no Conselho Directivo Nacional, com
O Conselho Fiscal Provincial é composto por um Presidente,
dois Relatores eleitos pela Assembleia Provincial, nos termos funções consultivas;
gerais, numa lista única. b) um secretariado, designado de entre médicos com
reconhecida competência no respectivo sector,
ARTIGO 63 constituldo por um secretário e três vogais.
(competlnclaa do COnselho Fiscal Provlnclal) 2. Pode o Conselho Directivo Nacional, por proposta do
Compele ao Conselho Fiscal Provincial: respectivo Conselho Consultivo Nacional, designar assessores
a) examinar, pelo menos trimestralmente, a contabilidade do técnicos, se considerados necessários.
3. O mandato dos membros do Conselho Consultivo Nacional
Conselho Provincial;
é de quatro anos e são apresentados em lista que integra
b) dar parecer sobre o reiatório de contas e o orçamento,
apresentados pelo Conselho Provincial; a candidatura do Bastonário.
ISÉRlE-NÚMERO 18
144
I) representar, por delegação do Consel~o Directivo
Al\TIo069 Nacional, a Ordem dos Médicos junto das entidades
(periodicidade e convocatória) oficiais e dos organismos relacionados c xn a educação
O Con$lllio Consultivo Nacional reúne-se sempre que o coorde- médica;
nador o considere necessário ou seja requerido, pelo menos por m) cooperar no quadro do regime legal apl'cável com os
organismos responsáveis pela orientaç lo, programas
um terço, lias membros do Conselho.
ou esquemas de educação médica e pai amédica;
Al\TIo070 n) participar na elaboração dos Curricu a dos cursos
(Impoa,lblldade de comparincla) de licenciatura em Medicina e em Médi, :ina Dentária.
Em casos de manifesta impossibilidade de comparência, Al\TIGo74
e desde que o assunto da reunião o permita, é facultado aos (Aaae •• orla técnica)
membros de qualquer conselho darem o seu parecer por escrito,
Os Presidentes dos colégios de especialidades ~ão assessores
enviando-i> sob registo e com a devida antecedência ao Presidente.
técnicos do Conselho Nacional de Educação Médica.
Al\TIG071 .
ARTloo7S
(Corieelho Naclllnal para DlIlnlCllIIgla e Ética Médica) (Cllnaelho Naclllnal para o ServiçO Neclllnel ~e Sa~de)
Compele ao Conselho Nacional para Deontologia e ÉticaMédica Compete ao Conselho Nacional para o Serviço Nai:ional de Saúde:
velar pela observância das normas deontológicas que regem a) aprovar ou recusar fundamentando Q'S pedidos de
tradicion~mente a ética médica, no que se refere aos deveres para inscrição dos médicos do Serviço Nacional de Saúde
com os doentes, para com a comunidade e dos médicos entre si.
na Ordem dos Médicos;
Al\TIoo72 b) planificar o esquema do Serviço Nacional de Saúde a ser
(CompeÍ6nclaa do Conaelho Nacional para DlIlntologla proposto pela Ordem dos Médicos às entidades
a Ética Médica) oficiais;
É comllCtência do Conselho Nacional para Deontologia e Ética c) estudar as bases das carreiras médicas n,cionais;
Médica, dm conformidade com o Estatuto, elaborar e propor ao d) dar parecer sobre todos os assuntos relacionados com o
Conselho Nacional o Código DeontolQgico da Ordem dos Serviço Nacional de Saúde;
Médicos. e) representar, por delegação do Cons~lho Directivo
ARTIGO73 Nacional, a Ordem dos Médicos junto das entidades
(Conaelho Nacional para Educação Médica) oficiais e organismos orientadores do Serviço Nacional
Compete ao Conselho Nacional para Educação Médica: de Saúde;
a) colaborar com o Conselho Directivo Nacional na /) ter participaçlio efectiva em todos ds organismos
elaboração do plano cientifico da Ordem dos Médicos; responsáveis pela orientação, program~s ou esquemas
do Serviço Nacional de Saúde,
b) dlaborar relatórios e pareceres sobre o ensino de pós-
-graduação a apresentar pela Ordem dos Médicos às ARTIGO76
entidades oficiais; (Coneelho Naclonel para o Exerelclo de Medldtna Privada)
c) planiãcar cursos de actualização e aperfeiçoamento com
a eventual eolaboração das escolas de educação Compete ao Conselho Nacional para o ExerclQio da Medicina
médica, hospitais, serviços e outras instituições Privada:
públicas ou particulares; a) dar parecer ao Conselho Directivo Nacional sobre os
d) eodiãcer, para efeitos de actividade profissional, pedidos de inscrição na Ordem dos Médicos que
a qualificação médica no que se refere aos curricula pretendam o exercício de medicina privada;
mlnima, tempo de estágio e idoneidade dos serviços, b) propor ao Conselho Directivo Nacional Umregulamento
exames,júris e exercício profissional e parâmetros das que fixe a tabela de honorários a serem praticados no
diferentes especializações médicas e elaborar os exercício de medicina privada;
respectivos regulamentos, podendo fazer em c) dar parecer sobre os diferendos nas relaçõds entre médicos
colaboração com os colégios de especialidades e as e entre estes com outros proflsslonals ou com
sociedades médicas moçambicanas; instituições oficiais ou particulares da medicina privada;
e) organizar uma biblioteca nacional médica em colaboração d) dar parecer sobre legitimas interesses dos tnédicos quanto
com os Conselhos Directivos Provinciais; à tributação e quanto a laudos de honpJ:ários.
fJ manter um centro de documentação e ínformaçãc médica
naeíenal e de divulgação bibliográfica cientifica; Al\TIGo77
g) dar parecer sobre bolsas de estudo e prémios cientificas (Cona.lho Naclonel para a S8llUrançe SOcial doe Médlcoe)
a atribuir; Compete ao Conselho Nacional para Segunlnça Social dos
h) assegueer a realização de um congresso nacional Médicos:
de medicina, regular e periódico; a) estudar e propor ao Conselho Dírectívb Nacional um
f) promover o intercâmbio com as sociedades médicas; plano de segurança social dos médíeos na doença,
f) pnopor a constituição de comissões de trabalho ou invalidez e reforma, extensivo aos 'eus familiares
Ide estudo; dependentes, sem prejulzo da sua lnse~ num sistema
n",.~nnQlt4A ~,.nn"""'''. e,..,.; ••I.
k) nllmificar a educacAo médica das nnnuJacl\e.·
145
3 DE MAIO DE 2006
ARTIGO 83
b) representar a Ordc n dos Médicos, por delegação do
Conselho Directivo Nacional, junto das entidades (ReqUlsltoa para uso elo titulo)
oficiais e organismos relacionados com a segurança Só os médicos inscritos no quadro de espécialistas da Ordem
social; dos Médicos podem usaro respectivo titulo e fazer parte do
c) ter participação efectiva nos organismos responsáveis respectivo colégio.
pela orientação, programas ou esquemas de segurança ARTIGO 84
social, quando tal for legalmente determinado,
(Inscrição nos COlégios de Especialidade)
ARTIGO 78
I. A inscrição nos Colégios das Especialidades da Ordem dos
(Assessoria técnica) Médicos é requerida ao Conselho Directivo Nacional e condi-
O Conselho Nacional para a Segurança Social dos Médicos cionada pela aprovação em provas da especialidade em referência
tem como assessor um consultor técnico de questões de segurança prestadas perante júri proposto pelo respectivo colégio, ou por
social designado pelo Conselho Directivo Nacional, mediante qualificação considerada equivalente pela Ordem dos Médicos,
comparecer favorável de um júri nacional da respectiva especia-
concurso público. lidade, nomeado pelo Conselho Directivo Nacional.
ARTIGO 79 2. A equivalência por apreciação curricular é feita por umjúri
(COnselho Nacional para Colégios de Especialidades) nacional devendo o candidato preencher, pelo menos um dos
1. Os Colégios de Especialidades são órgãos profissionais seguintes requisitos:
da Ordem dos Médicos congregando os médicos qualificados a) possuirtftulo de especialização obtido através de provas
equivalentes, prestadas ou reconhecidas por
nas diferentes especialidades.
instituição médica estrangeira congénere;
2. Há tantos colégios quantas as especialidades ou grupos de
b) ter prestado provas de nlvel técnico equivalente perante
especialidades afins. júri de âmbito nacional ou intemacional, em que a
3. Compete ao Conselho Directivo Nacional, por iniciativa maioria dos seus membros seja estranha à instituição
própria ou sob proposta dos médicos interessados ou do hospitalar do candidato.
Conselho Nacional para Educação Médica, a criação de novas
especializações, nos termos regulamentares. ARTIGOS5
(Oblectlvos gerais)
ARTIGO 80
São objectivos gerais do Conselho Nacional para os Colégios
(Composição)
de Especialidades:
I. Cada colégio é dirigido por um Presidente e tem um secre- a) comparticipar na actividade cientifico-profissional das
tariado que integra quatro membros, sendo um Secretário e três V sociedades médicas existentes ou que venham a ser
ogaís. criadas;
2. O mandato de cada direcção deum colégio é de quatro anos b) diligenciar para que, na admissão dos seus associados
e a sua candidatura integra a lista de candidaturas do Bastonário. efectivos, elas observem o mesmo critério que o estabe-
3. Os Presidentes dos colégios são assessores técnicos do lecido regularmente pelo correspondente colégio para
Conselho Nacional para a Educação Médica. 'os seus membros efectivos;
c) estimular a integração voluntária na Ordem dos Médicos
ARTlGOSI
através das mesmas com total manutenção da indepen-
(COmpet6nclas dos Colégios de Especlelldades) dência quanto aos planos próprios de actividade, aos
fins especlficos propostos e às conexões cientificas
Compete aos Colégios de Especialidades:
de âmbito nacional e internacional a que as mesmas se
a) promover o estreitamento das relações cientificas
proponham.
e profissionais;
b) velar pela valorização técnica e a promoção nos quadros; CAPtruLOV
c) zelar pela observância das normas básicas a exigir, Eleições
regulamentarmente, para a qualificação; ARTIGO 86
ti) propor os júris dos exames de especialidades; (Elegibilidade)
e) participar no Conselho Nacional para a Educação Médica; I. Só podem eleger e ser eleitos os membros efectivos que se
J) dar pareceres ao Conselho Directivo Nacional; encontrem no pleno gozo dos seus direitos estatutários.
g) servir de elemento de ligação entre a Ordem dos Médicos 2. Não podem eleger nem serem eleitos os que:
e as sociedades médicas correspondentes; a) não tenham pago as respectivas quotas até 72 horas
h) elaborar os seus regulamentos e propô-los ao Conselho antes da data fixada, para a realização do acto eleitoral;
Directivo Nacional. b) sejam membros das comissões eleitorais.

ARTIGO 82 ARTIGO 87
(Eleição)
(COmpetência exclusiva da Ordem dos Médicos)
É da única e exclusiva competência da Ordem dos Médicos o I. A eleição dos membros para os órgãos da' Ordem dos
reconhecimento da individualização das especialidades e compe- Médicos, a qualquernlvel, é sempre feita por voto secreto, igual e
tências médicas e cirúrgicas e da correspondente qualificação pessoal, em assembleia convocada para o efeito, sem o prejulzo
de voto de qualidade, quando necessário, do titular do órgão em
profissional médica, bem como a atribuição do respectivo titulo
cada escalão.
de especialista.
I SÉRIE - NÚMERO 18
146
b) elaborar relatórios sobre o decurso do processo eleitoral
2. NIO iladmitido o voto por represen~o. a entregar a correspondente Mesa da AIsembleia.
3. É admitido o voto por correspondência, desde que seja 4. O pr~sidente da Comissão de FiscalizaçlO Ele itoml é eleito
salvaguard\ldo o sigilo do voto e garantida a identificação do pelos membros designados nos termos do n.· Ido pt esente artigo.
votánte.
ARTIGO88 ARTIGO92
(Volllçao) (Normaa •••• tor.I.)
I. A eleIção dos órgãos é feita por listas. As normas eleitorais são definidas em regulantento próprio,
2. Um c~ndidato só pode figurar numa das listas. que regula a apresentação de candidaturas e demais aspectos.
3. Cadarlísta é proposta por um mínimo de 10% dos médicos ARTloo93
inscritos na área. (R,cUrlo)
4. Devem ser asseguradas iguais oportunidades a todas as
1l6tasconcclrrentes,devendo constituir-se, para fiscalizar a eleíção, Pode ser interposto o recurso com fundamento !em irregulari-
uma comissão eleitoral integrando a mesa da assembleia respectiva dade, junto do Tribunal Judicial onde a mesma foi verificada.
e um delegado de cada uma das listas. ARnoo94
5. Com '1$ candidaturas devem ser apresentados os respectivos (Po•• a do. membro. a'alto.)
programas de acção, dos quais o presidente da mesa da assembleia
correspon~ente dá a conhecer a todos os médicos do nível em I. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral ou seu Vice-
eleíção. .Presidente confere posse ao Bastonário.
2. O Bastonário eleito, confere posse aos membtos dos demais
ARTIGO89
órgãos.
(Cendld.tUI'1I1 • BI.tonárlo)
ARTIoo95
I. As candidaturas para Presidente da Ordem dos Médicos
(Melaa da voto.)
devem ser pubscritaspor um mínimo de 10"/0dos médicos inscritos,
e apresentadas ao Presidente do Conselho Nacional ou seu Para a eleição do Presidente da Ordem dos M~dicos pode ter
substituto legal, acompanhadas do curriculum vttae e de termo tantas assembleias de voto quantas as provínc ias, sendo as
individua~de aceitação da candidatura, até 30 dias antes da data respectivas mesas de voto constituldas pelas clirrespondentes
designadllipara a eleição. mesas de assembleias provinciais.
2. Os mandatos iniciam-se com a tomada de posse do
ARTIGO96
Bastonári\).
(Vacatura)
ARTloo90
I. Nos casos de demissão, exoneração, incapacidade
(Pro •••• 1O eleltol'1ll)
prolongada, alheamentodo cargo ou perda da qualidlde de membro
1. A oifllanização do processo eleitoral compete a Mesa da efectivo do Bastonário e do Vice-Presidente ou dos Presidentes e
AssemblejaGeral que deve, nomeadamellte: os Vice-Presidentes dos Conselhos Directivou Provinciais,
a) promover a constituição da comissão de fiscalização simultaneamente ou sucessivamente, os lugares s~~preenchidos,
eleitoral; por eleição, nos três meses seguintes à veriticaçlli>das referidas
b) organizar os cadernos eleitorais e apreciar as respectivas situações.
reclamações; 2. Se idêntica situação se verificar para outro cargo, o lugar
c) verificar a regularidade das candidaturas; vago pode ser preenchido por escolha, com a aprnvação de pelo
menos dois terços dos membros em exercício do rei:pectivo órgão,
ti) ~ecidir sobre reclamações do acto eleitoral que sejam
procedendo-se à eleição se tal maioria não for atingi da, bem como,
apresentadas; quando o número de lugares a preencher seja supdrior a um terço
2. A CllmisslO é constitufda por cinco membros, sendo um do número de membros previstos para cada órgãJ..
Presidente, um Secretário e três Vogais eleitos pela Assembleia
Geral
3. Os membros eleitos ou nomeados em c0l'sequência do
disposto nos números anteriores terminam o mand uo do membro
3. CoJ11peteà Assembleia Geral aprovar o regulamento do
substituldo.
processo eleitoral,
ARTloo91 CAPITULO VI
(Coml."o de FlfC.UZ.çlO Eleltorel) Meios financeiros
I. Pari o processo eleitoral é constituída uma comissão de ARTIGOn
rlSCalizaç~oeleitoral composta por um representante de cada urna (ReceitaI)
das listaà concorrentes ou proponentes, a qual inicia as suas
funçlles do dia seguinte ao da abertura do processo de eleições. Constituem receitas da Ordem dos Médicos:
a) as jóias, quotas e demais obrigações doa associados;
2. Os representantes de cada lista concorrente devem ser
Indicados conjuntamente com apresentação das respectivas b) quaisquer subsldios ou donativos;
candidawas c) doações, heranças ou legados que ~enham a ser
3. Compete a Comissão de Fiscalização Eleitoral: instituldos em seu favor;
ti) outras receitas de serviços e bens próprlos.
a) tblcalizar o processo eleitoral;
147
3 DE MAIO DE 2006
AIffIGO 105
ARTIGO 98
(Entrada em vigor)
(Despesas)
1. A eleição e enlrada em funções dos órgãos constantes deste
Constituem despesas da Ordem dos Médicos as de instalação Estatuto, tem lugar até 12 mesesa contar da data de criação da
e pessoal, manutenção, funcionamento e todas as demais
Ordem dos Médicos.
necessárias à prossecução dos seus objectivos. 2. Compete à Direcção da Associação Médica de Moçambique
ARTIGO 99 criar todas as condições necessárias à eleição dos órgãos da
Ordem dos Médicos, no prazo referido no número anterior.
(FUndos)

1. Os fundos da Ordem dos Médicos dividem-se em:


a) fundos de reserva: jóias pagas pelos associados, parte CONSELHO DEMINISTROS
do saldo das quotas anuais susceptlvel
o de ser
capitalizada, legados, donativos e receitas não
Decreto-Lel n.o 112006
consignadas;
de 3 de Maio
b) fundos disponlveis: quotas dos associados, rendimentos
dos fundos de reserva, legados, juros, donativos e A recente promulgação de medidas legislativas em diversas
receitas destinados especialmente a este fundo. áreas atingiu importantes sectores da vida económIca e da
2. Com a autorização daAssembleia Geral, os fundos de reserva administração pública.
Na área do registo comercial mostra-se igualmente neces-
podem ser mobilizados para fins especificas.
sário adoptar um instrumento legal moderno e consentâneo
com o processo de simplificação de procedimentos e conse-
ARTIGO 100
quentemente proceder à revisão da orgânica funcional dos
(Orçamento) serviços do Registo e Notariado tornando-o mais adestrado
1. São elaborados orçamentos a nível nacional e provincial de para a eficiente implementação dos novos procedimentos.
acordo com os fundos disponiveis e as despesas ordinárias e Nestes termos, e ao abrigo do disposto na alinea d) do
extraordinárias previstas. n." I do artigo 204 da ConstituiçliO, nos termos do disposto
2. Aprovados os orçamentos a nível nacional, as despesas do no artigo 1 da Lei n," 11/2005, de 23 de Dezembro. o Con-
Conselho Directivo Nacional são distribuidas pelos Conselhos selho de Ministros decreta:
Directivos Provinciais. ARTIGO 1
(Registo de Entldadea Legeia)
CAPiTULO VI
É criado o Registo de Entidades Legais e aprovado o seu Re-
Disposições finais e transitórias gulamento, em anexo e parte integrante do presente Decreto- Lei.
ARTIGO 101 ARTloo2
(patroclnlo judiciário) (Âmbito. e obJectlvoa)

I. Para defesa dos seus membros em todos os assuntos 1. O Registo de Entidades Legais rege-se pelas normas gerais
relativos ao desempenho das respectivas funções, quer se trate previstas e prescritas neste diploma, e será executado em todo o
de responsabilidades que lhe sejam exigidas, quer de ofensas território nacional.
contra eles praticadas, pode a Ordem dos Médicos conceder-lhes 2. O Registo de Entidades Legais tem por objectivo geral a
patrocínio judiciário em processos penais ou civis. materialização prática e efectiva do processo de desburocratização
2. A Ordem dos Médicos é representada em juizo de acordo e simplificação de procedimentos, visando:
com a competência conferida por este Estatuto aos seus órgãos. a) Introduzir procedimentos de registo simples e uniformes;
b) A introdução do sistema informatizado de registo;
ARTIGO 102 c) Implementação do conceito de balcão único para o registo;
(Slmboloa da Ordem dos Médicos) d) O acesso mais rápido e fácil à informação segura e
Compete a Assembleia Geral aprovar o emblema, estandarte actualizada;
e) Uma organização de registo mais eficiente.
e sinete da Ordem dos Médicos.
ARTIGO 3
ARTIGO 103 (Organização doa aervlços)
(poder de regulamentar) I. Os serviços do registo de entidades legais serão exercidos,
em todo o território nacional, de maneira uniforme, através do
Compete a Assembleia Geral aprovar os regulamentos gerais
sistema informatizado em rede, com uma única base de dados
e especiais que constituirão o regimento da Ordem dos Médicos,
centralmente gerida.
de acordo com o preceituado no presente Estatuto. 2. Os serviços do registo de entidades legais integram-se na
DirecÇão Nacional dos Registos e do NotariadO e contam com as
ARTIGO 104
seguintes unidades de implementação:
(Direito anterior) a) Unidade Central de Coordenação e Gestão do Sistema,
Enquanto não forem aprovados os regulamentos e o Código órgão da Direcção Nacional dos Registos e Notariado,
com funções de supervisão, orientação e coo! denação,
Deontológico da Ordem dos Médicos previstos neste Estatuto,
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