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Discente:
Cheila Felizberto Jorge
4. A Liderança
A Teoria Clássica não se preocupou com a liderança e suas implicações. Os autores
clássicos apenas se referiram superficialmente à liderança pois ela não chegou a
constituir um assunto de interesse. A Teoria das Relações Humanas constatou a
influência da liderança sobre o comportamento das pessoas. Enquanto a Teoria Clássica
enfatizava a autoridade formal considerando apenas a chefia nos níveis hierárquicos
superiores sobre os níveis inferiores nos aspectos relacionados com as actividades do
cargo - a Experiência de Hawthorne teve o mérito de demonstrar a existência de líderes
informais que encarnavam as normas e expectativas do grupo e mantinham controle
sobre o comportamento do grupo, ajudando os operários a actuarem como um grupo
social coeso e integrado.
5. A Comunicação
Comunicação é a troca de informações entre pessoas. Significa tornar comum uma
mensagem ou informação. Constitui um dos processos fundamentais da experiência
humana e da organização social. A comunicação requer um código para formular uma
mensagem e enviá-la na forma de sinal (como ondas sonoras, letras impressas,
símbolos), por meio de um canal (ar, fios, papel) a um receptor da mensagem que a
decodifica e interpreta seu significado.
Na comunicação pessoal directa falada, ou seja, na conversação, a linguagem funciona
como código e é reforçada por elementos de comunicação não-verbal (como gestos,
sinais, símbolos). A comunicação interpessoal também se pode dar a distância, por meio
da escrita, do telefone ou da internet como meio de transmitir as mensagens.
O enfoque das relações humanas mostrou que as comunicações dentro das organizações
são terrivelmente falhas e alertou os administradores a:
a. Assegurar a participação das pessoas dos escalões inferiores na solução dos
problemas da empresa.
b. Incentivar franqueza e confiança entre indivíduos e grupos nas empresas
A comunicação é uma actividade administrativa que tem dois propósitos principais:
1. Proporcionar informação e compreensão necessárias para que as pessoas
possam se conduzir em suas tarefas.
2. Proporcionar as atitudes necessárias que promovam a motivação, a cooperação e
a satisfação nos cargos.
Esses dois propósitos promovem um ambiente que conduz a um espírito de equipe e a
um melhor desempenho das tarefas.
6. A Organização Informal
Os conceitos fundamentais da Teoria das Relações Humanas foram expostos por
Roethlisberger e Dickson que relatam detalhadamente a Experiência de Hawthorne.
Verificaram que o comportamento dos indivíduos no trabalho não pode ser
compreendido sem se considerar a organização informal da fábrica.
O conjunto de interacções e relacionamentos que se estabelecem entre as pessoas
denomina-se organizações informais, em paralelo à organização formal, que é
constituída pela estrutura organizacional de órgãos, cargos, relações funcionais, níveis
hierárquicos etc. O comportamento dos grupos sociais está condicionado a dois tipos de
organização: a organização formal (ou racional) e a organização informal (ou natural).
A organização formal é conduzida pelas práticas estabelecidas pela empresa, pelas
especificações e padrões para atingir objectivos e que podem ser modificados pela
empresa. A organização formal tem um carácter essencialmente lógico.
Por outro lado, há processos espontâneos de evolução social que se exercem no seio de
toda actividade humana organizada, sem qualquer objectivo determinado, consciente ou
preciso, e que conduzem à organização informal. A organização informal concretiza-se
nos usos e costumes, nas tradições, nos ideais e nas normas sociais. Ela se traduz por
meio de atitudes e disposições baseadas na opinião, no sentimento e na necessidade de
"associar-se" e não se modifica rapidamente e nem procede da lógica.
7. A Dinâmica de Grupo
A dinâmica de grupo é um dos assuntos preferidos da Teoria das Relações Humanas.
Kurt Lewin, o fundador da Escola da Dinâmica de Grupo, introduziu o conceito de
equilíbrio "quase-estacionário" nos processos grupais para significar o campo de forças
existentes dentro dos grupos e que conduzem a processos de auto-regulação e
manutenção de equilíbrio. Da mesma forma que o nível fisiológico do corpo se mantém
em um nível relativamente constante por meio de processos reguladores, um grupo pode
compensar a ausência de um colega pela contribuição aumentada dos outros membros.
Os processos grupais e os hábitos sociais não são estáticos; ao contrário, são processos
vivos e dinâmicos.
O grupo não é apenas um conjunto de pessoas, mas envolve a interacção dinâmica entre
pessoas que se percebem psicologicamente como membros de um grupo. Os membros
de um grupo se comunicam entre si de maneira directa e face a face, razão pela qual
cada membro influencia e é influenciado pelos outros membros do grupo. Além disso, o
grupo apresenta as seguintes características: uma finalidade, ou seja, um objectivo
comum; uma estrutura dinâmica de comunicações e uma coesão interna.