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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
GOVERNO DA CIDADE DE MAPUTO
DIRECÇÃO DE SAÚDE DA CIDADE DE MAPUTO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE DE INFULENE
TEMA: RECÉM-NASCIDO
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ÍNDICE
1. CAPÍTULO I.......................................................................................................................................3
1.1. Introdução....................................................................................................................................3
1.2. Objectivos....................................................................................................................................4
1.2.1. Objectivo Geral....................................................................................................................4
1.2.2. Objectivos Específicos.........................................................................................................4
2. CAPÍTULO II......................................................................................................................................5
2.1. Parto e trabalho de parto..............................................................................................................5
2.1.1. Cuidados imediatos no momento do nascimento/trabalho de parto......................................7
2.2. Recém-nascido...........................................................................................................................11
2.2.1. Características do recém-nascido normal.................................................................................11
2.3. Higiene do recém-nascido..........................................................................................................13
2.3.1. Modalidades de banho.......................................................................................................14
2.3.1.1. Banho de Imersão..........................................................................................................14
2.3.1.2. Tummy Bath (Banho de Ofurô).....................................................................................14
2.3.1.3. Banho no leito................................................................................................................14
2.3.2. Intervenções de enfermagem..............................................................................................14
2.4. Hipotermia.................................................................................................................................15
2.4.1. Definição de Hipotermia....................................................................................................16
2.4.2. Prevenção...........................................................................................................................16
2.4.2.1. Ao nascimento...............................................................................................................16
2.4.2.2. Controle térmico durante o transporte............................................................................17
2.4.2.3. Cuidados térmicos na unidade neonatal.........................................................................17
2.4.2.4. Recomendações práticas nos cuidados neonatais para prevenirem a perda de calor......18
2.5. Hipoglicemia.............................................................................................................................18
2.5.1. Prevenção...........................................................................................................................19
2.5.1.1. Efetividade do tipo de alimentos na prevenção hipoglicemia.........................................19
3. CAPÍTULO III..................................................................................................................................21
3.1. Conclusão..................................................................................................................................21
Referências bibliográficas.....................................................................................................................22
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1. CAPÍTULO I
1.1. Introdução
O nascimento é um evento que requer ações de cuidado por parte da equipe de enfermagem,
as quais precisam ser realizadas com atenção e qualidade, pois é um momento de vulnerabilidade
para a mulher e principalmente para o neonato (BRASIL, 2014).
Idealmente, todo nascimento deveria ser atendido por um provedor de serviços médicos
habilitado, com formação e equipado para lidar com complicações. Infelizmente, isso está longe
de ser possível no presente momento. Muitos países sofrem com uma séria falta de profissionais
com formação em cuidados maternos e para o recém-nascido. Os cuidados imediatosrealizados
especialmente nas primeiras duas horas de vida do recém-nascido (RN) visam manter sua
integridade no momento do nascimento e na sua adaptação ao meio extrauterino, (BECK, ET
AL, 2004, p.18).
A maioria dos partos normais e cuidados ao recém-nascido acontecem em casa, sem
profissionais habilitados e em centros de assistência médica básica. Independentemente do local
do nascimento, todos funcionários que ajudam em nascimentos e cuidam de recém-nascidos
devem empregar práticas de parto limpo e ter o conhecimento e as habilidades para oferecer
cuidados essenciais para todos os bebés, incluindo reconhecimento e transferência de casos
problemáticos, (BECK, ET AL, 2004, p.18).
Com o presente trabalho que tem como tema “recém-nascido” pretende apresentar as
características do recém-nascido normal, a prevenção de hipotermia no recém-nascido, a
prevenção de hipoglicemia (amamentação precoce), a higiene da mãe e do recém-nascido, definir
parto e os cuidados imediatos no trabalho de parto e por fim descrever o parto e os cuidados
imediatos ao recém-nascido e da mãe.
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1.2. Objectivos
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2. CAPÍTULO II
2.1. Parto e trabalho de parto
Parto é a expulsão de um feto vivo ou morto e seus anexos. Em condições trabalho de parto
normal ocorre quando o feto completou completamente o ciclo de sua vida intra-uterina e a
gestante chegou ao fim de sua gravidez.
O parto (também chamado nascimento) é a saída do feto do útero materno. Pode ser visto
como o oposto da morte, dado que é o início da vida de um indivíduo fora do útero. A idade de
um indivíduo é definida em relação a este acontecimento na maior parte das culturas. “O parto é
considerado como a expulsão ou extração completa do produto da concepção do corpo da mãe”,
sem, entretanto perder de vista os aspectos afetivos e sócioculturais também estão presentes e
influenciam neste momento importante do início de uma família. Estudos antropológicos
demonstram que em nenhuma sociedade o parto é tratado apenas de forma exclusivamente
fisiológica, é também um acontecimento biopsicossocial, rodeado de fatores sócio-culturais,
emocionais e afetivos, (BRANDÃO, 1998) apud (CALDEIRA, ET AL, 2011).
A OMS define parto normal como “aquele cujo início é espontâneo e sem risco identificado
no início do trabalho, assim permanecendo até o parto. A criança nasce espontaneamente, em
posição de vértice, entre 37 e 42 semanas completas de gestação. Após o parto, mãe e filho estão
em boas condições”.
Nascimento: Nascimento completo de um bebé em qualquer estágio da gravidez, depois do
qual o bebé respira e mostra sinais evidentes de vida, (BECK, ET AL, 2004, p.225).
Nascimento/Parto limpo: Nascimento atendido por um profissional de saúde que segue os
princípios de limpeza (mãos limpas, superfície limpa, corte limpo do cordão umbilical), (BECK,
ET AL, 2004, p.225).
Bebé: Um bebé do nascimento até completar um ano, (BECK, ET AL, 2004, p.18). Bebé ou
bebê, também designado por lactente, é a denominação clínica usada em Pediatria dada a todas
as crianças desde o 28º dia após o nascimento até atingirem os 24 meses de idade. Até aos 28
dias de vida tem a designação de recém-nascido e a partir dos 2 anos a designação é de criança.
Outras terminologias são: infante (criança que não fala), infante novo-nascido, neonato, recém-
nato e nenê/nené/neném. Estas pequenas pessoas, possuem uma característica muito curiosa,
logo ao nascer, pois nascem com cerca de 300 ossos, enquanto um adulto possui apenas cerca de
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206. Isso ocorre, porque, ao longo da vida, alguns ossos de um recém-nascido vão se fundindo
com outros.
O Trabalho de parto é uma função da mulher pela qual os produtos de conceção (feto,
líquido amniótico e placenta), são descolados e expelidos do útero, através da vagina para o
exterior. Processo através do qual um útero gravídico, por meio de atividade contrátil, expulsa
um feto com idade gestacional igual ou superior a 20 semanas e/ ou peso igual ou superior a
500g e/ou tamanho igual ou superior a 25 cm.
Pode ser:
» Pré-termo – se iniciado de 20 a 36 semanas e seis dias de gestação;
» Termo – 37 a 41 semanas e seis dias de gestação;
» Pós-termo > idade gestacional superior a 42 semanas.
Ressalta-se que didaticamente o parto pode ser dividido em 4 períodos: 1º período: Dilatação:
Inicia-se com as primeiras contrações uterinas dolorosas que modificam a cérvix e termina com
dilatação completa (divido em fase latente e ativa); 2º período: Expulsão: Inicia-se com dilatação
completa e se encerra com a saída do feto; 3º período: Dequitação: inicia-se após o nascimento e
termina com expulsão completa da placenta e 4º período: 1 hora após o parto, (CALDEIRA, ET
AL, 2011).
Do ponto de vista funcional o fenômeno do parto pode ser dividido em três períodos:
preparatório, dilatatório e pélvico (Friedman, 1978). Nos tratados clássicos de obstetrícia, os
fenômenos maternos do parto compreendem a dilatação do colo e a formação completa do
segmento inferior, cuja evolução clínica é dividida em 4 períodos: Dilatação, Expulsão,
Dequitação e 4° período de Greenberg, a correlação entre os trabalhos clássicos e a proposta de
Friedman.
A diferença fundamental é que no entender Friedman a dilatação do colo compreende os
períodos preparatório e dilatatório, e denomina o período expulsivo de período pélvico. As
divisões funcionais são importantes no trabalho de parto, pois estão relacionados com fatores
específicos que influenciam a evolução e os tipos de anormalidades que podem aparecer:
1º. Período preparatório, (Friedman, 1978): Compreende o início das contrações regulares
(fase latente) até o fim da fase de aceleração da dilatação. Aqui a contratilidade miometrial vai
adquirindo Orientação - Polarização - Coordenação. Pouco se observa em termos de dilatação do
colo ou descida da apresentação.
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Funções : amolecimento, apagamento e início da dilatação do colo uterino.
Duração : 16 - 20 h - NULÍPARA
12 - 16 h - MULTÍPARA
Disfunção : Fase latente prolongada
2º. Período dilatatório: Inicia no momento em que se modifica a velocidade de dilatação, o colo
está totalmente apagado e a dilatação é de 3 cm, com contratilidade efetiva. Aqui ocorre a maior
parte da dilatação e a descida da apresentação começa pouco antes do término da dilatação e
prossegue até que a apresentação force o períneo (período pélvico).
Função : Dilatação ativa do colo
Velocidade Dilatação : 0,8-1,5 cm/h (média = 1 cm/h)
Duração : 4,9 ± 3,4 h - Nulípara
2,2 ± 1,5 h - Multípara
Disfunção : Fase ativa prolongada. Parada secundária da dilatação.
3. Período pélvico: Compreende a fase de desaceleração com a descida fetal e o delivramento. A
característica desse período é a exploração, pela apresentação fetal, do trajeto pélvico (embora
parte dessa possa ocorrer no período dilatatório).
Usualmente, a descida da apresentação se inicia no trabalho de parto ativo (durante a fase
ativa do T.P.), atinge seu máximo na fase de desaceleração e ocorre progressivamente até a
distensão do períneo.
Função : Exploração do trajeto pélvico
Descida - Delivramento
Duração : 1 - 2 horas
Disfunção : Período pélvico prolongado
Parada secundária da descida
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assegurar que as necessidades básicas de saúde de todos os bebés estão sendo atendidas, (BECK,
ET AL, 2004, p.18).
A maioria dos bebés respiram e chora sem ajuda no momento do nascimento. A atenção ao
recém-nascido oferecida imediatamente depois do nascimento é simples, porém importante.
Lembre que o bebé acabou de sair do útero da mãe. O útero era quente e quieto, e o líquido
amniótico e as paredes do útero tocavam gentilmente no bebé. Você também deve ser gentil com
o bebé e mantê-lo aquecido. O contacto pele a pele com a mãe mantém o bebé na temperatura
ideal, (BECK, ET AL, 2004).
A seguir encontram-se os passos dos cuidados imediatos que devem ser oferecidos a todos os
bebés no momento do nascimento. Os passos 3 e 4 serão interrompidos pela reanimação se o
bebé precisar de ajuda para começar a respirar. Os cuidados imediatos à mãe incluem eliminar a
placenta logo que possível depois de amarrar e cortar o cordão umbilical. Monitore atentamente
as condições da mãe durante os minutos e as horas depois do parto, (BECK, ET AL, 2004):
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grampo ou amarre o cordão umbilical, deixando um coto de pelo menos 10 cm de comprimento.
Coloque o bebé em uma superfície plana e quente e inicie a reanimação rapidamente. Peça ajuda,
pois é preciso mais uma pessoa para cuidar da mãe (ver capítulo 4, Reanimação do Recém-
Nascido).
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mínimo de seis horas, de preferência 24 horas, o bebé pode ter um primeiro banho de esponja, se
sua temperatura estiver estabilizada.
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2.2. Recém-nascido
Recém-nascido: Um bebé do nascimento até 28 dias; um neonato, (BECK, ET AL, 2004,
p.226).
1. Avaliar o bebé
Avalie o bebé a cada 30 minutos a uma hora por pelo menos seis horas ou até o recém-
nascido estar estável e ficar aquecido e rosado. Verifique o bebé durante o primeiro dia acerca do
seguinte, (BECK, ET AL, 2004):
a) Respiração: O bebé normal respira 30 a 60 vezes por minuto sem dificuldade (quando o bebe
não está a chorar), grunhido, nem retração do peito. Pode ser irregular, isto é, respiração pesada
e, então, até 20 segundos sem uma respiração:
Respiração sem barulho.
Não deve haver retração do peito nem batimento das asas do nariz.
O peito e o abdómen se mexem com cada respiração
b) Aquecimento: Verifique se o bebé está aquecido:
Use um termómetro para medir a temperatura axilar ou
Sinta o abdómen ou as costas do bebé com sua mão e compare a temperatura dele com a
de uma pessoa saudável. O abdómen ou as costas do bebé estão quentes (se a temperatura
do bebé estiver baixa, faça o exame mais tarde, depois de aquecer novamente
c) Cor: Verifique se a língua, lábios e membranas mucosas (dentro da boca) estão rosadas.
Rosto, peito, língua e lábios estão rosados.
Mãos e pés podem estar azulados durante as primeiras 48 horas.
d) Sangramento: Verifique se o cordão umbilical está sangrando. Conforme o cordão umbilical
seca, o cordão que o prende pode ficar solto. Se ficar solto, coloque as luvas e amarre o cordão
apertado novamente.
e) Actividade: O bebé mexe as pernas e os braços igualmente. O bebé abre a boca e vira a
cabeça para procurar o mamilo quando sua bochecha é acariciada levemente.
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f) Pele: Pode haver pequenas bolinhas brancas na pele do bebé (acne de bebé). Pode haver uma
área azulada na parte inferior das costas. Pode haver alguma exfoliação da pele (pele a
descamar).
g) Cabeça: Formato alongado ou assimétrico devido à moldagem da pressão do canal de
nascimento é normal. Geralmente desaparece de dois a três dias depois do nascimento. Caput
succedaneum, um inchaço macio na parte da cabeça que saiu primeiro pelo canal de nascimento
pode estar presente no momento do nascimento. Desaparece em 48 horas. A fontanela anterior
(um ponto mole em formato de losango bem acima da testa) é plana e pode inchar quando o bebé
chorar.
h) Postura e flexibilidade: Braços e pernas estão dobrados (flexionados). Bebés pré-termo
(Bebé nascido antes de 37 semanas de gestação.) são menos flexíveis.
i) Frequência cardíaca: Conte os batimentos cardíacos do bebé por um minuto completo:
100 à 160 batimentos em um minuto.
Período curto de mudança na frequência cardíaca é normal (quando dormindo, chorando
ou amamentando).
j) Olhos: Sem secreção e os olhos não estão viscosos.
k) Boca: Quando o bebé chorar, olhe dentro da boca e coloque um dedo com luva dentro da boca
e sinta o céu-da-boca para ver se há aberturas.
Lábios, gengivas e céu-da-boca estão intactos e iguais dos dois lados.
O bebé chupa vigorosamente no seu dedo.
l) Peito: O peito mexe igualmente com a respiração. O abdómen levanta com cada respiração.
Nódulos da mama podem estar aumentados. Meninos e meninas podem apresentar mamas
inchadas no nascimento.
m) Abdómen: Arredondado, macio. O cordão umbilical está amarrado firmemente, está seco e
não está sangrando. Uma pequena hérnia umbilical é normal durante o primeiro ano.
n) Costas e espinhas: A pele sobre a espinha não apresenta aberturas. A espinha não apresenta
defeitos.
o) Ânus: Não insira instrumentos nem o dedo para examinar o ânus. O recém-nascido evacua
fezes cerca de 24 horas depois do nascimento.
p) Órgãos genitais externos femininos: Separe as pernas com cuidado.
Um corrimento vaginal branco é normal.
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Um corrimento vaginal com sangue que começa no segundo ou terceiro dia e continua até
o sétimo dia é normal.
q) Órgãos genitais externos masculinos: O prepúcio pode ser retraído facilmente (a menos que
tenha sido feita circuncisão). A uretra abre na extremidade do pénis. Um ou dois testículos
podem ser apalpados no escroto. n Se o bebé foi circuncisado, não há sinal de infecção nem de
sangramento.
r) Temperatura: 36º C a 37 ºC (96,8º F a 98,6 ºF) axilar (em baixo do braço do bebé). Se não
houver um termómetro à disposição: apalpe o peito ou as costas com a parte de trás de sua mão;
a temperatura deve estar igual à de uma pessoa saudável.
s) Peso: 2, 5 kg a 3, 99 kg é a faixa normal de peso no nascimento. Recém-nascidos geralmente
perdem de 5% a 10% do peso de nascimento nos primeiros dias de vida e, a seguir, começam a
ganhar peso. Até o décimo quarto dia, o bebé deve ter voltado ao peso de nascimento.
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O banho não é um procedimento inócuo e pode causar: Hipotermia. Choro intenso. Aumento
do consumo de oxigênio. Alteração do pH cutâneo. Estresse respiratório. Dor. Desestabilização
de sinais vitais. Irritação e trauma na pele.
Portanto antes do banho é necessário: Avaliar a condição da pele, atentando para sua
integridade. Observar estabilidade dos sinais vitais e estado comportamental do recém-nascido.
Verificar a temperatura corporal do recém-nascido, do ambiente e da água utilizada para evitar
perda de calor.
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Ao nascimento aguardar estabilização clínica e dos sinais vitais. Manter o recém-nascido
aquecido na UCR (Centro Obstétrico) ou em cueiros (Alojamento Conjunto) com gorro e
controlar a temperatura de pele. Realizar a primeira higiene corporal apenas após 2-6h de vida.
Evitar friccionar a pele e não remover todo o vérnix caseoso. Realizar higiene corporal de rotina
apenas de duas a três vezes por semana.
O primeiro banho deve ser realizado imediatamente após o nascimento somente quando o
recém-nascido for filho de mãe portadora de HIV, hepatite B e herpes-vírus, com o objetivo
de remover resíduos maternos e diminuir a exposição do recém-nascido a estes agentes
etiológicos.
Precauções universais devem ser mantidas até o primeiro banho.
Recém-nascido com peso> 1500g: banho de imersão.
Recém-nascido com peso <1500g: banho no leito.
Utilizar somente sabão com pH neutro.
2.4. Hipotermia
A temperatura corporal é o resultado do balanço entre os mecanismos de produção e de
eliminação do calor. No Recém-nascido (RN), sobretudo no pré-termo, pode ocorrer
desequilíbrio desses mecanismos, com aumento nas perdas e limitação na produção, (BRASIL,
2011).
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A capacidade de manter constante a temperatura corporal quando a temperatura ambiental
varia (homeotermia) é limitada no RN, e o estresse do frio ocorre quando a perda de calor excede
a capacidade de produção, (BRASIL, 2011).
O controlo térmico depende da idade gestacional e pós-natal, do peso de nascimento e das
condições clínicas do RN. Quanto menor a idade gestacional e pós-natal e
pior o estado clínico do RN pré-termo, maior será a necessidade de
suporte térmico ambiental para mantê-lo normotérmico, (BRASIL, 2011).
A hipotermia no RN prematuro é motivo de grande preocupação. Além de ocorrer
frequentemente, é fator de risco para pior prognóstico, aumentando a morbidade e a mortalidade
neonatais. Assim, estratégias que previnam a perda de calor podem ter impacto na morbidade e
mortalidade do RN, especialmente do pré-termo, e podem melhorar seu prognóstico. Por outro
lado, a hipertermia, apesar de muito menos frequente, também pode ocorrer, e suas
consequências serão comentadas mais adiante, (BRASIL, 2011).
2.4.2. Prevenção
Todos os esforços devem ser feitos no sentido de prevenir a hipotermia, o que pode ser
feito adotando-se várias medidas, geralmente simples, ao nascimento, no transporte e na unidade
neonatal.
2.4.2.1. Ao nascimento
Os cuidados de rotina incluem, (BRASIL, 2011):
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Manter a temperatura da sala de parto maior ou igual a 25°C.
Ligar a fonte de calor radiante antes do nascimento e preaquecer os campos.
Recepcionar o RN em campos aquecidos e colocá-lo sob calor radiante.
Secar e remover os campos húmidos.
É desejável que no final da assistência em sala de parto a temperatura axilar do RN esteja em
torno de 36,5ºC.13 Entretanto, apenas com os cuidados rotineiros o risco de hipotermia é elevado
nos RN de muito baixo peso. Nesses casos, são necessárias intervenções adicionais para prevenir
a perda de calor, que englobam duas categorias: barreiras contra perda de calor e fonte externa de
calor, (BRASIL, 2011)
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gestacional e pós-natal, atingindo 35ºC ou mais para RN prematuros de muito baixo peso nos
primeiros dias de vida, (BRASIL, 2011).
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2.5. Hipoglicemia
A definição de hipoglicemia neonatal é controversa, devido à falta de correlação significante
entre concentração de glicose, sintomas e sequelas a longo prazo.
2.5.1. Prevenção
Início precoce de amamentação (Iniciar nos primeiros 30-60 minutos de vida:
amamentação ou leite materno extraído se o RN está relutante em mamar ou LA (se a
mãe optou por leite adaptado), ou LM/LA por gavagem nos RN abaixo das 34 semanas)
Alimentação enteral (Se alimentação entérica não é possível infusão de glicose ev com
aporte de 4 a 6 mg/min/Kg.)
Monitorização da glicemia nos grupos de risco (busca ativa).
O estudo que investigou a prática de administrar água com glicose no primeiro dia após o
nascimento encontrou níveis médios de glicemia consideravelmente mais baixo em lactentes
exclusivamente amamentados,12 horas após o nascimento do que em crianças amamentadas que
receberam suplementação de água glicosada a 5% à vontade. Na 24ª e 48ª hora essas diferenças
foram insignificantes. Houve alguma evidência de que, a longo prazo, a prática de
suplementação com água com glicose diminui a duração do aleitamento materno, possivelmente
como resultado de produção insuficiente de leite, (BEST PRACTICE, 2006).
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3. CAPÍTULO III
3.1. Conclusão
Para a conclusão dos objectivos do presente trabalho, conclui-se que: parto é a expulsão de
um feto vivo ou morto e seus anexos. Em condições trabalho de parto normal ocorre quando o
feto completou completamente o ciclo de sua vida intra-uterina e a gestante chegou ao fim de sua
gravidez. Os cuidados imediatos essenciais do recém-nascido dizem respeito ao cuidado básico
que todos bebés devem receber para ajudar sua sobrevivência e bem-estar. Esse cuidado
essencial inclui cuidado imediato após o nascimento, assim como durante o primeiro mês de
vida. Apesar de alguns bebés (por exemplo, bebés doentes ou prematuros) precisarem de cuidado
especial, o cuidado essencial do recém-nascido ajuda a assegurar que as necessidades básicas de
saúde de todos os bebés estão sendo atendidas.
Recém-nascido é um bebé do nascimento até 28 dias; um neonato. Hipotermia é a Baixa
temperatura axilar, abaixo de 36ºC (96.8 ºF) a prevencao da hipotermia todos os esforços devem
ser feitos no sentido de prevenir a hipotermia, o que pode ser feito adotando-se várias medidas,
geralmente simples, ao nascimento, no transporte e na unidade neonatal.
Hipoglicemia é uma alteração metabólica frequente, e presente em várias condições
endócrino-metabólicas. Ocorre também em situações de défice de aporte ou aumento do
consumo, em crianças aparentemente saudáveis. Para a prevenção da hipoglicemia devem ser
considerados as seguintes medidas; Início precoce de amamentação, Alimentação entérica e
Monitorização da glicemia nos grupos de risco (busca ativa).
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Referências bibliográficas
BECK, Diana. GANGES, Frances. GOLDMAN, Susan. LONG, Phyllis. Save the Children
Federation . Cuidados ao Recém-Nascido: Manual de Consulta, 2004. Acessado no dia
09/05/2020, pelas 23:04. Disponivel na internet em
-https://www.healthynewbornnetwork.org/hnn-content/uploads/Cuidados-ao-Recem-Nascido-
Manual-de-Consulta.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de
saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações
Programáticas e Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.
CALDEIRA Karla Adriana, Márcia Rovena de Oliveira, Roberto Márcio Fonseca Vianna,
Marina Carvalho Paschoini – UFTM de Uberaba, Camila Ferraz Quaresma. Atendimento
Multidisciplinar à Gestante em Trabalho de Parto. Belo Horizonte, fevereiro de 2011
WILLIAMS, Anthony. F. Hipoglicemia no recem-nascido.
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