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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
GOVERNO DA CIDADE DE MAPUTO
DIRECÇÃO DE SAÚDE DA CIDADE DE MAPUTO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE DE INFULENE
 

CURSO DE TÉCNICO DE MEDICINA PREVENTIVA E SANEAMENTO DO MEIO

CADEIRA DE SAÚDE MATERNO INFANTIL

TEMA: RECÉM-NASCIDO

DISCENTE: ROSA JOÃO TAIBO SABE NR: 714, TURMA: 3

DOCENTE: DR ESTENIA ALMEIDA SALHA

MAPUTO, MAIO DE 2020

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ÍNDICE
1. CAPÍTULO I.......................................................................................................................................3
1.1. Introdução....................................................................................................................................3
1.2. Objectivos....................................................................................................................................4
1.2.1. Objectivo Geral....................................................................................................................4
1.2.2. Objectivos Específicos.........................................................................................................4
2. CAPÍTULO II......................................................................................................................................5
2.1. Parto e trabalho de parto..............................................................................................................5
2.1.1. Cuidados imediatos no momento do nascimento/trabalho de parto......................................7
2.2. Recém-nascido...........................................................................................................................11
2.2.1. Características do recém-nascido normal.................................................................................11
2.3. Higiene do recém-nascido..........................................................................................................13
2.3.1. Modalidades de banho.......................................................................................................14
2.3.1.1. Banho de Imersão..........................................................................................................14
2.3.1.2. Tummy Bath (Banho de Ofurô).....................................................................................14
2.3.1.3. Banho no leito................................................................................................................14
2.3.2. Intervenções de enfermagem..............................................................................................14
2.4. Hipotermia.................................................................................................................................15
2.4.1. Definição de Hipotermia....................................................................................................16
2.4.2. Prevenção...........................................................................................................................16
2.4.2.1. Ao nascimento...............................................................................................................16
2.4.2.2. Controle térmico durante o transporte............................................................................17
2.4.2.3. Cuidados térmicos na unidade neonatal.........................................................................17
2.4.2.4. Recomendações práticas nos cuidados neonatais para prevenirem a perda de calor......18
2.5. Hipoglicemia.............................................................................................................................18
2.5.1. Prevenção...........................................................................................................................19
2.5.1.1. Efetividade do tipo de alimentos na prevenção hipoglicemia.........................................19
3. CAPÍTULO III..................................................................................................................................21
3.1. Conclusão..................................................................................................................................21
Referências bibliográficas.....................................................................................................................22

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1. CAPÍTULO I
1.1. Introdução
O nascimento é um evento que requer ações de cuidado por parte da equipe de enfermagem,
as quais precisam ser realizadas com atenção e qualidade, pois é um momento de vulnerabilidade
para a mulher e principalmente para o neonato (BRASIL, 2014).
Idealmente, todo nascimento deveria ser atendido por um provedor de serviços médicos
habilitado, com formação e equipado para lidar com complicações. Infelizmente, isso está longe
de ser possível no presente momento. Muitos países sofrem com uma séria falta de profissionais
com formação em cuidados maternos e para o recém-nascido. Os cuidados imediatosrealizados
especialmente nas primeiras duas horas de vida do recém-nascido (RN) visam manter sua
integridade no momento do nascimento e na sua adaptação ao meio extrauterino, (BECK, ET
AL, 2004, p.18).
A maioria dos partos normais e cuidados ao recém-nascido acontecem em casa, sem
profissionais habilitados e em centros de assistência médica básica. Independentemente do local
do nascimento, todos funcionários que ajudam em nascimentos e cuidam de recém-nascidos
devem empregar práticas de parto limpo e ter o conhecimento e as habilidades para oferecer
cuidados essenciais para todos os bebés, incluindo reconhecimento e transferência de casos
problemáticos, (BECK, ET AL, 2004, p.18).
Com o presente trabalho que tem como tema “recém-nascido” pretende apresentar as
características do recém-nascido normal, a prevenção de hipotermia no recém-nascido, a
prevenção de hipoglicemia (amamentação precoce), a higiene da mãe e do recém-nascido, definir
parto e os cuidados imediatos no trabalho de parto e por fim descrever o parto e os cuidados
imediatos ao recém-nascido e da mãe.

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1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo Geral


 Descrever o recém-nascido e o trabalho de parto.

1.2.2. Objectivos Específicos


 Definir os principais conceitos de parto e recém-nascido;
 Identificar os cuidados imediatos no trabalho de parto;
 Identificar as características de um recém-nascido normal;
 Estabelecer a prevenção de hipotermia e hipoglicemia nos recém-nascidos;
 Descrever a higiene da mãe e do recém-nascido.

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2. CAPÍTULO II
2.1. Parto e trabalho de parto
Parto é a expulsão de um feto vivo ou morto e seus anexos. Em condições trabalho de parto
normal ocorre quando o feto completou completamente o ciclo de sua vida intra-uterina e a
gestante chegou ao fim de sua gravidez.
O parto (também chamado nascimento) é a saída do feto do útero materno. Pode ser visto
como o oposto da morte, dado que é o início da vida de um indivíduo fora do útero. A idade de
um indivíduo é definida em relação a este acontecimento na maior parte das culturas. “O parto é
considerado como a expulsão ou extração completa do produto da concepção do corpo da mãe”,
sem, entretanto perder de vista os aspectos afetivos e sócioculturais também estão presentes e
influenciam neste momento importante do início de uma família. Estudos antropológicos
demonstram que em nenhuma sociedade o parto é tratado apenas de forma exclusivamente
fisiológica, é também um acontecimento biopsicossocial, rodeado de fatores sócio-culturais,
emocionais e afetivos, (BRANDÃO, 1998) apud (CALDEIRA, ET AL, 2011).
A OMS define parto normal como “aquele cujo início é espontâneo e sem risco identificado
no início do trabalho, assim permanecendo até o parto. A criança nasce espontaneamente, em
posição de vértice, entre 37 e 42 semanas completas de gestação. Após o parto, mãe e filho estão
em boas condições”.
Nascimento: Nascimento completo de um bebé em qualquer estágio da gravidez, depois do
qual o bebé respira e mostra sinais evidentes de vida, (BECK, ET AL, 2004, p.225).
Nascimento/Parto limpo: Nascimento atendido por um profissional de saúde que segue os
princípios de limpeza (mãos limpas, superfície limpa, corte limpo do cordão umbilical), (BECK,
ET AL, 2004, p.225).
Bebé: Um bebé do nascimento até completar um ano, (BECK, ET AL, 2004, p.18). Bebé ou
bebê, também designado por lactente, é a denominação clínica usada em Pediatria dada a todas
as crianças desde o 28º dia após o nascimento até atingirem os 24 meses de idade. Até aos 28
dias de vida tem a designação de recém-nascido e a partir dos 2 anos a designação é de criança.
Outras terminologias são: infante (criança que não fala), infante novo-nascido, neonato, recém-
nato e nenê/nené/neném. Estas pequenas pessoas, possuem uma característica muito curiosa,
logo ao nascer, pois nascem com cerca de 300 ossos, enquanto um adulto possui apenas cerca de

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206. Isso ocorre, porque, ao longo da vida, alguns ossos de um recém-nascido vão se fundindo
com outros.
O Trabalho de parto é uma função da mulher pela qual os produtos de conceção (feto,
líquido amniótico e placenta), são descolados e expelidos do útero, através da vagina para o
exterior. Processo através do qual um útero gravídico, por meio de atividade contrátil, expulsa
um feto com idade gestacional igual ou superior a 20 semanas e/ ou peso igual ou superior a
500g e/ou tamanho igual ou superior a 25 cm.
Pode ser:
» Pré-termo – se iniciado de 20 a 36 semanas e seis dias de gestação;
» Termo – 37 a 41 semanas e seis dias de gestação;
» Pós-termo > idade gestacional superior a 42 semanas.
Ressalta-se que didaticamente o parto pode ser dividido em 4 períodos: 1º período: Dilatação:
Inicia-se com as primeiras contrações uterinas dolorosas que modificam a cérvix e termina com
dilatação completa (divido em fase latente e ativa); 2º período: Expulsão: Inicia-se com dilatação
completa e se encerra com a saída do feto; 3º período: Dequitação: inicia-se após o nascimento e
termina com expulsão completa da placenta e 4º período: 1 hora após o parto, (CALDEIRA, ET
AL, 2011).
Do ponto de vista funcional o fenômeno do parto pode ser dividido em três períodos:
preparatório, dilatatório e pélvico (Friedman, 1978). Nos tratados clássicos de obstetrícia, os
fenômenos maternos do parto compreendem a dilatação do colo e a formação completa do
segmento inferior, cuja evolução clínica é dividida em 4 períodos: Dilatação, Expulsão,
Dequitação e 4° período de Greenberg, a correlação entre os trabalhos clássicos e a proposta de
Friedman.
A diferença fundamental é que no entender Friedman a dilatação do colo compreende os
períodos preparatório e dilatatório, e denomina o período expulsivo de período pélvico. As
divisões funcionais são importantes no trabalho de parto, pois estão relacionados com fatores
específicos que influenciam a evolução e os tipos de anormalidades que podem aparecer:
1º. Período preparatório, (Friedman, 1978): Compreende o início das contrações regulares
(fase latente) até o fim da fase de aceleração da dilatação. Aqui a contratilidade miometrial vai
adquirindo Orientação - Polarização - Coordenação. Pouco se observa em termos de dilatação do
colo ou descida da apresentação.

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Funções : amolecimento, apagamento e início da dilatação do colo uterino.
Duração : 16 - 20 h - NULÍPARA
12 - 16 h - MULTÍPARA
Disfunção : Fase latente prolongada
2º. Período dilatatório: Inicia no momento em que se modifica a velocidade de dilatação, o colo
está totalmente apagado e a dilatação é de 3 cm, com contratilidade efetiva. Aqui ocorre a maior
parte da dilatação e a descida da apresentação começa pouco antes do término da dilatação e
prossegue até que a apresentação force o períneo (período pélvico).
Função : Dilatação ativa do colo
Velocidade Dilatação : 0,8-1,5 cm/h (média = 1 cm/h)
Duração : 4,9 ± 3,4 h - Nulípara
2,2 ± 1,5 h - Multípara
Disfunção : Fase ativa prolongada. Parada secundária da dilatação.
3. Período pélvico: Compreende a fase de desaceleração com a descida fetal e o delivramento. A
característica desse período é a exploração, pela apresentação fetal, do trajeto pélvico (embora
parte dessa possa ocorrer no período dilatatório).
Usualmente, a descida da apresentação se inicia no trabalho de parto ativo (durante a fase
ativa do T.P.), atinge seu máximo na fase de desaceleração e ocorre progressivamente até a
distensão do períneo.
Função : Exploração do trajeto pélvico
Descida - Delivramento
Duração : 1 - 2 horas
Disfunção : Período pélvico prolongado
Parada secundária da descida

2.1.1. Cuidados imediatos no momento do nascimento/trabalho de parto


Cuidados essenciais ao recém-nascido: (…) o cuidado essencial do recém-nascido (CERN)
diz respeito ao cuidado básico que todos bebés devem receber para ajudar sua sobrevivência e
bem-estar. Esse cuidado essencial inclui cuidado imediato após o nascimento, assim como
durante o primeiro mês de vida. Apesar de alguns bebés (por exemplo, bebés doentes ou
prematuros) precisarem de cuidado especial, o cuidado essencial do recém-nascido ajuda a

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assegurar que as necessidades básicas de saúde de todos os bebés estão sendo atendidas, (BECK,
ET AL, 2004, p.18).
A maioria dos bebés respiram e chora sem ajuda no momento do nascimento. A atenção ao
recém-nascido oferecida imediatamente depois do nascimento é simples, porém importante.
Lembre que o bebé acabou de sair do útero da mãe. O útero era quente e quieto, e o líquido
amniótico e as paredes do útero tocavam gentilmente no bebé. Você também deve ser gentil com
o bebé e mantê-lo aquecido. O contacto pele a pele com a mãe mantém o bebé na temperatura
ideal, (BECK, ET AL, 2004).
A seguir encontram-se os passos dos cuidados imediatos que devem ser oferecidos a todos os
bebés no momento do nascimento. Os passos 3 e 4 serão interrompidos pela reanimação se o
bebé precisar de ajuda para começar a respirar. Os cuidados imediatos à mãe incluem eliminar a
placenta logo que possível depois de amarrar e cortar o cordão umbilical. Monitore atentamente
as condições da mãe durante os minutos e as horas depois do parto, (BECK, ET AL, 2004):

Passo 1. Secar e estimular o bebé


Seque o bebé, incluindo a cabeça, imediatamente. Esfregue as costas do bebé de cima
para baixo, usando um pano limpo e quente. Tente ao máximo possível não remover o verniz (a
substância cremosa e branca que pode estar na pele do bebé), pois ele protege a pele e pode
ajudar a prevenir infecção.

Passo 2. Avaliar a respiração e a cor do bebé


Conforme você seca o bebé, verifique se ele: 1) está respirando, 2) está tendo dificuldade
em respirar, ou 3) não está respirando. Observe a cor do bebé. O rosto e o peito devem estar
rosados, não acinzentado nem azulados. Em bebés de pele mais escura, você pode avaliar a cor
da língua, lábios e membranas mucosas; eles devem estar rosados, não acinzentados nem
azulados. A cor rosada da pele do bebé é um bom sinal de respiração e circulação adequadas.
Uma cor azulada da língua, lábios e tronco é um sinal de falta de oxigênio no sangue. Uma cor
azulada somente das mãos e pés pode ficar presente por um a dois dias depois do nascimento e
geralmente não indica falta de oxigênio.

Passo 3. Decidir se o bebé precisa de reanimação


Se o bebé não estiver respirando, estiver respirando menos de 30 incursões por minuto ou
tiver dificuldade em respirar, ele precisa de reanimação. Nesse caso, rapidamente prenda com

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grampo ou amarre o cordão umbilical, deixando um coto de pelo menos 10 cm de comprimento.
Coloque o bebé em uma superfície plana e quente e inicie a reanimação rapidamente. Peça ajuda,
pois é preciso mais uma pessoa para cuidar da mãe (ver capítulo 4, Reanimação do Recém-
Nascido).

Se o bebé não precisar de reanimação, prossiga com os próximos passos.


Passo 4. Amarrar e cortar o cordão umbilical
1. Amarre (ou prenda com grampo) o cordão umbilical firmemente em dois locais:
 Amarre primeiro a dois dedos do abdómen do bebé.
 Amarre depois a quatro dedos do abdómen do bebé.
2. Corte o cordão entre os nós.
 Use uma lâmina nova ou uma fervida, se já foi usada, ou tesoura estéril.
 Use um pequeno pedaço de pano ou gaze para cobrir a parte do cordão umbilical que
você está cortando para que não respingue sangue em você nem nos outros.
 Tenha cuidado para não cortar nem ferir o bebé. Corte longe do bebé ou coloque sua mão
entre o instrumento cortante e o bebé.
3. Não coloque coisa alguma no coto do cordão umbilical.

Passo 5. Colocar o bebé em contacto pele a pele com a mãe


O calor da mãe passa facilmente para o bebé e ajuda a estabilizar sua temperatura.
1. Coloque o bebé sobre o peito da mãe para aquecimento pele a pele.
2. Cubra a mãe e o bebé com um pano ou cobertor quente. 3. Cubra a cabeça do bebé.

As vantagens do contacto pele a pele são:


 A mãe mantém o bebé aquecido. O corpo da mãe tem a temperatura ideal.
 A proximidade entre a mãe e o bebé ajuda a mãe a criar um vínculo com o bebé.
 O contacto contribui com o sucesso da amamentação imediata.
Se a mãe não quiser contacto directo pele a pele, seque e embrulhe o bebé. Certifique-se de
que a cabeça do bebé está coberta e coloque o bebé ao lado da mãe.
É importante aguardar para, ou atrasar, o primeiro banho do bebé. O bebé não deve tomar
banho no momento do nascimento, pois o banho pode esfriá-lo de modo perigoso. Depois de um

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mínimo de seis horas, de preferência 24 horas, o bebé pode ter um primeiro banho de esponja, se
sua temperatura estiver estabilizada.

Passo 6. Fazer a mãe começar a dar de mamar


Se tudo estiver normal:
1. Não separe a mãe e o bebé para pesá-lo até o bebé já ter amamentado.
2. Ajude a mãe a começar a amamentar dentro da primeira hora depois do nascimento. Um
estudo sobre amamentação imediata descobriu que a maioria dos recém-nascidos está pronta para
amamentar entre 15 e 55 minutos depois do nascimento.
3. Ajude a mãe com a primeira amamentação. Certifique-se de que o bebé está bem posicionado
e preparado para mamar. Não limite o tempo para o bebé mamar; a amamentação imediata e
ilimitada dá mais energia ao recém-nascido para ficar aquecido, nutrição para crescer e
anticorpos para combater infecção.

Passo 7. Cuidar dos olhos


Logo depois da amamentação e dentro de uma hora depois do nascimento, cuide dos
olhos do recém-nascido com medicamento antimicrobial. O cuidado aos olhos protege o bebé
contra infecção ocular grave.

Passos para o cuidado aos olhos


1. Lave as mãos
2. Use um dos seguintes medicamentos para olhos:
 Solução de nitrato de prata 1% ou
 Solução de iodo polividone 2,5% ou
 Pomada de tetraciclina 1% para olhos
3. Segure um olho aberto e deixe uma gota do medicamento cair nele. Se estiver usando uma
pomada, ponha uma linha de pomada ao longo da parte de dentro da pálpebra inferior.
Certifique-se de não deixar que o conta-gotas ou o tubo do medicamento toque no olho do bebé
ou em qualquer outro lugar.
4. Repita este passo para colocar o medicamento no outro olho.
5. Não enxague o medicamento dos olhos.

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2.2. Recém-nascido
Recém-nascido: Um bebé do nascimento até 28 dias; um neonato, (BECK, ET AL, 2004,
p.226).

2.2.1. Características do recém-nascido normal


O primeiro dia de vida é um momento de muitas mudanças dentro do corpo do bebé. Por
isso, é importante observar o bebé e cuidá-lo com atenção, (BECK, ET AL, 2004).

1. Avaliar o bebé
Avalie o bebé a cada 30 minutos a uma hora por pelo menos seis horas ou até o recém-
nascido estar estável e ficar aquecido e rosado. Verifique o bebé durante o primeiro dia acerca do
seguinte, (BECK, ET AL, 2004):
a) Respiração: O bebé normal respira 30 a 60 vezes por minuto sem dificuldade (quando o bebe
não está a chorar), grunhido, nem retração do peito. Pode ser irregular, isto é, respiração pesada
e, então, até 20 segundos sem uma respiração:
 Respiração sem barulho.
 Não deve haver retração do peito nem batimento das asas do nariz.
 O peito e o abdómen se mexem com cada respiração
b) Aquecimento: Verifique se o bebé está aquecido:
 Use um termómetro para medir a temperatura axilar ou
 Sinta o abdómen ou as costas do bebé com sua mão e compare a temperatura dele com a
de uma pessoa saudável. O abdómen ou as costas do bebé estão quentes (se a temperatura
do bebé estiver baixa, faça o exame mais tarde, depois de aquecer novamente
c) Cor: Verifique se a língua, lábios e membranas mucosas (dentro da boca) estão rosadas.
 Rosto, peito, língua e lábios estão rosados.
 Mãos e pés podem estar azulados durante as primeiras 48 horas.
d) Sangramento: Verifique se o cordão umbilical está sangrando. Conforme o cordão umbilical
seca, o cordão que o prende pode ficar solto. Se ficar solto, coloque as luvas e amarre o cordão
apertado novamente.
e) Actividade: O bebé mexe as pernas e os braços igualmente. O bebé abre a boca e vira a
cabeça para procurar o mamilo quando sua bochecha é acariciada levemente.

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f) Pele: Pode haver pequenas bolinhas brancas na pele do bebé (acne de bebé). Pode haver uma
área azulada na parte inferior das costas. Pode haver alguma exfoliação da pele (pele a
descamar).
g) Cabeça: Formato alongado ou assimétrico devido à moldagem da pressão do canal de
nascimento é normal. Geralmente desaparece de dois a três dias depois do nascimento. Caput
succedaneum, um inchaço macio na parte da cabeça que saiu primeiro pelo canal de nascimento
pode estar presente no momento do nascimento. Desaparece em 48 horas. A fontanela anterior
(um ponto mole em formato de losango bem acima da testa) é plana e pode inchar quando o bebé
chorar.
h) Postura e flexibilidade: Braços e pernas estão dobrados (flexionados). Bebés pré-termo
(Bebé nascido antes de 37 semanas de gestação.) são menos flexíveis.
i) Frequência cardíaca: Conte os batimentos cardíacos do bebé por um minuto completo:
 100 à 160 batimentos em um minuto.
 Período curto de mudança na frequência cardíaca é normal (quando dormindo, chorando
ou amamentando).
j) Olhos: Sem secreção e os olhos não estão viscosos.
k) Boca: Quando o bebé chorar, olhe dentro da boca e coloque um dedo com luva dentro da boca
e sinta o céu-da-boca para ver se há aberturas.
 Lábios, gengivas e céu-da-boca estão intactos e iguais dos dois lados.
 O bebé chupa vigorosamente no seu dedo.
l) Peito: O peito mexe igualmente com a respiração. O abdómen levanta com cada respiração.
Nódulos da mama podem estar aumentados. Meninos e meninas podem apresentar mamas
inchadas no nascimento.
m) Abdómen: Arredondado, macio. O cordão umbilical está amarrado firmemente, está seco e
não está sangrando. Uma pequena hérnia umbilical é normal durante o primeiro ano.
n) Costas e espinhas: A pele sobre a espinha não apresenta aberturas. A espinha não apresenta
defeitos.
o) Ânus: Não insira instrumentos nem o dedo para examinar o ânus. O recém-nascido evacua
fezes cerca de 24 horas depois do nascimento.
p) Órgãos genitais externos femininos: Separe as pernas com cuidado.
 Um corrimento vaginal branco é normal.

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 Um corrimento vaginal com sangue que começa no segundo ou terceiro dia e continua até
o sétimo dia é normal.
q) Órgãos genitais externos masculinos: O prepúcio pode ser retraído facilmente (a menos que
tenha sido feita circuncisão). A uretra abre na extremidade do pénis. Um ou dois testículos
podem ser apalpados no escroto. n Se o bebé foi circuncisado, não há sinal de infecção nem de
sangramento.
r) Temperatura: 36º C a 37 ºC (96,8º F a 98,6 ºF) axilar (em baixo do braço do bebé). Se não
houver um termómetro à disposição: apalpe o peito ou as costas com a parte de trás de sua mão;
a temperatura deve estar igual à de uma pessoa saudável.
s) Peso: 2, 5 kg a 3, 99 kg é a faixa normal de peso no nascimento. Recém-nascidos geralmente
perdem de 5% a 10% do peso de nascimento nos primeiros dias de vida e, a seguir, começam a
ganhar peso. Até o décimo quarto dia, o bebé deve ter voltado ao peso de nascimento.

2. Oferecer cuidados ao recém-nascido normal


a) Mantenha o bebé aquecido:
 Contacto com a pele da mãe.
 Cubra a mãe e o bebé com um cobertor.
 Cubra a cabeça do bebé com um pano ou chapéu.
b) Apoie a amamentação:
 Continue a apoiar e a instruir a mãe sobre como amamentar.
c) Instrua a mãe e a família:
 Como verificar se o bebé está respirando, está aquecido e sua cor;
 Como examinar se há sangramento do cordão umbilical;
 Como cuidar do cordão umbilical;
 Como manter o bebé aquecido

2.3. Higiene do recém-nascido


A pele do recém-nascido é mais fina e possui pouca camada do estrato córneo,
consequentemente oferece menor proteção contra agressões externas. O banho é uma atividade
que visa à higiene, estimula a circulação geral da pele e promove sensação de conforto. A
modalidade de banho e a periodicidade do mesmo serão determinadas pela idade gestacional,
peso e condições de saúde do recém-nascido.

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O banho não é um procedimento inócuo e pode causar: Hipotermia. Choro intenso. Aumento
do consumo de oxigênio. Alteração do pH cutâneo. Estresse respiratório. Dor. Desestabilização
de sinais vitais. Irritação e trauma na pele.
Portanto antes do banho é necessário: Avaliar a condição da pele, atentando para sua
integridade. Observar estabilidade dos sinais vitais e estado comportamental do recém-nascido.
Verificar a temperatura corporal do recém-nascido, do ambiente e da água utilizada para evitar
perda de calor.

2.3.1. Modalidades de banho

2.3.1.1. Banho de Imersão


Deverá acontecer somente após a estabilidade clinica do recém-nascido de 2 a 6 horas
após o nascimento, com peso superior a 1500g. Esta técnica de banho visa reduzir a instabilidade
térmica, promover menor irritabilidade e uma maior organização comportamental. Consiste na
higienização do rosto e cabeça, com recém-nascido envolto em um cueiro, em seguida a imersão
do corpo envolto na banheira, contendo água morna à 37º Celsius e iniciando o banho por partes.

2.3.1.2. Tummy Bath (Banho de Ofurô)


Consiste na imersão do recém-nascido em uma banheira que se assemelha ao útero
materno, permitindo ao bebê ficar com o corpo submerso em água, em posição flexionada,
mantendo a cabeça fora da água, apoiado pelo cuidador. Este tipo de banho tem como finalidade
principal promover o relaxamento do recém-nato. O banho de ofurô é contra-indicado para os
prematuros, pois apresentam um sistema musculo-esquelético em desenvolvimento e tônus
muscular diminuído.

2.3.1.3. Banho no leito


Consiste na higiene mínima realizada no interior da incubadora ou, excepcionalmente em
Unidade de Calor Radiante (UCR), nos casos em que o recém-nascido tem risco de instabilidade
térmica e/ou clínica. Este tipo de banho deve ser realizado com algodão embebido em água
morna à 37°C e visa principalmente a higienização perineal e das áreas com maior sujidade.

2.3.2. Intervenções de enfermagem


Recém-nascido a termo ou com >32 semanas

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Ao nascimento aguardar estabilização clínica e dos sinais vitais. Manter o recém-nascido
aquecido na UCR (Centro Obstétrico) ou em cueiros (Alojamento Conjunto) com gorro e
controlar a temperatura de pele. Realizar a primeira higiene corporal apenas após 2-6h de vida.
Evitar friccionar a pele e não remover todo o vérnix caseoso. Realizar higiene corporal de rotina
apenas de duas a três vezes por semana.

Recém-nascido com <32 semanas


Realizar a higiene no leito apenas com algodão embebido em água morna, sem sabão, nas
primeiras duas semanas de vida. Após as duas primeiras semanas de vida, a pele do recém-
nascido prematuro se comporta de maneira semelhante a do RN a termo.  Aplicar
rotineiramente emolientes (Ácido Graxo Essencial) 2-3 vezes ao dia durante as duas primeiras
semanas de vida, ou nos casos de ressecamento, fissuras ou lesões, conforme indicação.

Recém-nascidos com instabilidade clínica, independente do peso


Mínimo manuseio, realizar higiene sumária no leito e apenas quando extremamente indicado.

 O primeiro banho deve ser realizado imediatamente após o nascimento somente quando o
recém-nascido for filho de mãe portadora de HIV, hepatite B e herpes-vírus, com o objetivo
de remover resíduos maternos e diminuir a exposição do recém-nascido a estes agentes
etiológicos.
 Precauções universais devem ser mantidas até o primeiro banho.
 Recém-nascido com peso> 1500g: banho de imersão.
 Recém-nascido com peso <1500g: banho no leito.
 Utilizar somente sabão com pH neutro.

2.4. Hipotermia
A temperatura corporal é o resultado do balanço entre os mecanismos de produção e de
eliminação do calor. No Recém-nascido (RN), sobretudo no pré-termo, pode ocorrer
desequilíbrio desses mecanismos, com aumento nas perdas e limitação na produção, (BRASIL,
2011).

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A capacidade de manter constante a temperatura corporal quando a temperatura ambiental
varia (homeotermia) é limitada no RN, e o estresse do frio ocorre quando a perda de calor excede
a capacidade de produção, (BRASIL, 2011).
O controlo térmico depende da idade gestacional e pós-natal, do peso de nascimento e das
condições clínicas do RN. Quanto menor a idade gestacional e pós-natal e
pior o estado clínico do RN pré-termo, maior será a necessidade de
suporte térmico ambiental para mantê-lo normotérmico, (BRASIL, 2011).
A hipotermia no RN prematuro é motivo de grande preocupação. Além de ocorrer
frequentemente, é fator de risco para pior prognóstico, aumentando a morbidade e a mortalidade
neonatais. Assim, estratégias que previnam a perda de calor podem ter impacto na morbidade e
mortalidade do RN, especialmente do pré-termo, e podem melhorar seu prognóstico. Por outro
lado, a hipertermia, apesar de muito menos frequente, também pode ocorrer, e suas
consequências serão comentadas mais adiante, (BRASIL, 2011).

2.4.1. Definição de Hipotermia


A Organização Mundial de Saúde define como faixa de normalidade a temperatura do
RN de 36,5 a 37°C e classifica a hipotermia conforme a gravidade, (BRASIL, 2011):
 Potencial estresse do frio (hipotermia leve): Temperatura entre 36,0 e 36,4°C.
 Hipotermia moderada: temperatura entre 32,0 e 35,9°C.
 Hipotermia grave: temperatura menor que 32,0°C.
Hipotermia: Baixa temperatura axilar, abaixo de 36ºC (96.8 ºF), (BECK, ET AL, 2004,
p.225).
Hipertermia: Febre; quando a temperatura da axila do bebé está acima de 37 ºC (98,6
ºF), (BECK, ET AL, 2004, p.225)

2.4.2. Prevenção
Todos os esforços devem ser feitos no sentido de prevenir a hipotermia, o que pode ser
feito adotando-se várias medidas, geralmente simples, ao nascimento, no transporte e na unidade
neonatal.

2.4.2.1. Ao nascimento
Os cuidados de rotina incluem, (BRASIL, 2011):

16
 Manter a temperatura da sala de parto maior ou igual a 25°C.
 Ligar a fonte de calor radiante antes do nascimento e preaquecer os campos.
 Recepcionar o RN em campos aquecidos e colocá-lo sob calor radiante.
 Secar e remover os campos húmidos.
É desejável que no final da assistência em sala de parto a temperatura axilar do RN esteja em
torno de 36,5ºC.13 Entretanto, apenas com os cuidados rotineiros o risco de hipotermia é elevado
nos RN de muito baixo peso. Nesses casos, são necessárias intervenções adicionais para prevenir
a perda de calor, que englobam duas categorias: barreiras contra perda de calor e fonte externa de
calor, (BRASIL, 2011)

2.4.2.2. Controle térmico durante o transporte


O transporte do RN deve ser realizado em incubadora de transporte previamente
aquecida. Mesmo assim, pode haver perda de calor por radiação, especialmente em clima frio.
As alternativas para diminuir essa perda incluem: cobrir a incubadora, usar colchão aquecido e
manter o RN prematuro no saco plástico. Nos pacientes em ventilação mecânica, recomenda-se
aquecer e umidificar os gases do ventilador, para evitar perda de calor pelo trato respiratório,
(BRASIL, 2011).
No caso do transporte de um serviço para outro, o RN prematuro deve estar
normotérmico antes de ser transportado e sua temperatura deve ser monitorizada durante o
transporte. Para mais detalhes sobre transporte, ver capítulo 8 – volume 1 desta obra, (BRASIL,
2011).

2.4.2.3. Cuidados térmicos na unidade neonatal


A temperatura de admissão dos RN prematuros na unidade neonatal deve ser de pelo
menos 36°C. As primeiras 12 horas de vida são críticas na estabilização térmica do RN pré-
termo, pois, nesse período, geralmente vários procedimentos e manipulações são necessários,
(BRASIL, 2011).
Todo RN deve ser mantido em ambiente de termo-neutralidade, ou seja, na faixa
de temperatura ambiental na quala taxa metabólica é mínima e a temperatura corporalé
mantida sem alteração na produção ou perda de calor, (BRASIL, 2011).
Para RN a termo, o ambiente termo-neutro nas primeiras horas de vida situa-se entre 32–
34ºC, mas a faixa de termo-neutralidade varia em função do peso de nascimento e das idades

17
gestacional e pós-natal, atingindo 35ºC ou mais para RN prematuros de muito baixo peso nos
primeiros dias de vida, (BRASIL, 2011).

2.4.2.4. Recomendações práticas nos cuidados neonatais para prevenirem a perda de


calor
As seguintes recomendações são importantes para o controle térmico do RN prematuro,
(BRASIL, 2011):
 O exame físico do RN prematuro deve ser realizado sob fonte de calor radiante e, se o exame
for demorado, um sensor de temperatura deve ser colocado na pele para monitorização.
 A utilização de gorros é útil para reduzir a perda de calor pela cabeça.
 Deve-se transportar o RN em incubadora aquecida e realizar procedimentos em berço de
calor radiante.
 Na UTI manter o RN prematuro na incubadora, em ambiente termo-neutro. Nas unidades que
adotam o Método Canguru, este deve ser estimulado.
 RN prematuros estáveis devem ser vestidos, exceto quando estiverem em contato pele a pele.
Há uma série de procedimentos que podem ser adotados ao nascimento para prevenir a perda
de calor. Referido como corrente quente, envolvem dez passos, listados a seguir, (BRASIL,
2011):
 Aquecimento da sala de parto (temperatura ambiental de 25ºC).
 Secagem do RN. RN prematuros com menos de 28 semanas: não secar e colocar em saco de
polietleno, que só será retirado na unidade neonatal.
 Contato pele a pele (a depender da idade gestacional e da vitalidade do RN).
 Aleitamento materno (a depender da idade gestacional e da vitalidade do RN).
 Adiamento do banho e da pesagem.
 Uso de roupas e colchão aquecidos.
 Manutenção da mãe e bebê juntos.
 Transporte com aquecimento.
 Ressuscitação com aquecimento.
 Treinamento e consciência da equipe de cuidadores: é fundamental.

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2.5. Hipoglicemia
A definição de hipoglicemia neonatal é controversa, devido à falta de correlação significante
entre concentração de glicose, sintomas e sequelas a longo prazo.

A definição de hipoglicemia neonatal é controversa, devido à falta de correlação


significante entre concentração de glicose, sintomas e sequelas a longo prazo, (BRASIL, 2019).
Mais alguns autores tentaram defini-la.
Definição estatística: define-se hipoglicemia em termos gerais como valor “baixo” qualquer
variável bioquímica com distribuição normal com um valor 2 desvios padrão abaixo da média
para uma população sadia. Lamentavelmente, esse enfoque suscita muitos problemas no que se
refere à glicose no sangue.
Níveis de glicose no sangue cobrem uma ampla gama nos primeiros dias de vida com níveis
menores nas primeiras 24 hora. Sabe-se que a glicemia plasmática até 48 horas (h) de vida deve
ser mantida> 50mg/dl e, mais de 48 horas de vida:> 60 mg/dl, (BRASIL, 2019).
Hipoglicemia define-se como presença de valores de glicose sanguínea abaixo de 45 mg/dl
(<2,6 mmol/L).
Os valores de glicemia abaixo de 55-60mg/dl devem ser considerados suspeitos sobretudo se
a criança apresentar sintomas associados.
A hipoglicemia é uma alteração metabólica frequente, e presente em várias condições
endócrino-metabólicas. Ocorre também em situações de défice de aporte ou aumento do
consumo, em crianças aparentemente saudáveis.

2.5.1. Prevenção
 Início precoce de amamentação (Iniciar nos primeiros 30-60 minutos de vida:
amamentação ou leite materno extraído se o RN está relutante em mamar ou LA (se a
mãe optou por leite adaptado), ou LM/LA por gavagem nos RN abaixo das 34 semanas)
 Alimentação enteral (Se alimentação entérica não é possível infusão de glicose ev com
aporte de 4 a 6 mg/min/Kg.)
 Monitorização da glicemia nos grupos de risco (busca ativa).

2.5.1.1. Efetividade do tipo de alimentos na prevenção hipoglicemia


Três estudos investigaram o aleitamento materno exclusivo, um investigou o aleitamento
materno versus alimentação artificial e um estudo investigou o efeito da amamentação versus
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aleitamento materno suplementado com solução glicosada. Estudos que investigaram o efeito da
demanda por aleitamento materno nos níveis de glicose no sangue encontraram que crianças
amamentadas exclusivamente têm um adequado suprimento de glicose nas primeiras 24 horas de
vida, com as mães produzindo colostro suficiente, uma vez que esta era a única fonte externa de
fornecimento de glicose. Apesar de um aumento médio nos níveis de glicose nos recém-nascidos
alimentados com fórmulas comparado com uma menor média nos níveis de glicose nos recém-
nascidos amamentados ao longo de duas horas do período do estudo, ambos os grupos em
amamentação versus fórmula alimentar mantiveram níveis de glicemia média dentro da faixa
normal, (BEST PRACTICE, 2006).

O estudo que investigou a prática de administrar água com glicose no primeiro dia após o
nascimento encontrou níveis médios de glicemia consideravelmente mais baixo em lactentes
exclusivamente amamentados,12 horas após o nascimento do que em crianças amamentadas que
receberam suplementação de água glicosada a 5% à vontade. Na 24ª e 48ª hora essas diferenças
foram insignificantes. Houve alguma evidência de que, a longo prazo, a prática de
suplementação com água com glicose diminui a duração do aleitamento materno, possivelmente
como resultado de produção insuficiente de leite, (BEST PRACTICE, 2006).

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3. CAPÍTULO III
3.1. Conclusão
Para a conclusão dos objectivos do presente trabalho, conclui-se que: parto é a expulsão de
um feto vivo ou morto e seus anexos. Em condições trabalho de parto normal ocorre quando o
feto completou completamente o ciclo de sua vida intra-uterina e a gestante chegou ao fim de sua
gravidez. Os cuidados imediatos essenciais do recém-nascido dizem respeito ao cuidado básico
que todos bebés devem receber para ajudar sua sobrevivência e bem-estar. Esse cuidado
essencial inclui cuidado imediato após o nascimento, assim como durante o primeiro mês de
vida. Apesar de alguns bebés (por exemplo, bebés doentes ou prematuros) precisarem de cuidado
especial, o cuidado essencial do recém-nascido ajuda a assegurar que as necessidades básicas de
saúde de todos os bebés estão sendo atendidas.
Recém-nascido é um bebé do nascimento até 28 dias; um neonato. Hipotermia é a Baixa
temperatura axilar, abaixo de 36ºC (96.8 ºF) a prevencao da hipotermia todos os esforços devem
ser feitos no sentido de prevenir a hipotermia, o que pode ser feito adotando-se várias medidas,
geralmente simples, ao nascimento, no transporte e na unidade neonatal.
Hipoglicemia é uma alteração metabólica frequente, e presente em várias condições
endócrino-metabólicas. Ocorre também em situações de défice de aporte ou aumento do
consumo, em crianças aparentemente saudáveis. Para a prevenção da hipoglicemia devem ser
considerados as seguintes medidas; Início precoce de amamentação, Alimentação entérica e
Monitorização da glicemia nos grupos de risco (busca ativa).

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Referências bibliográficas
BECK, Diana. GANGES, Frances. GOLDMAN, Susan. LONG, Phyllis. Save the Children
Federation . Cuidados ao Recém-Nascido: Manual de Consulta, 2004. Acessado no dia
09/05/2020, pelas 23:04. Disponivel na internet em
-https://www.healthynewbornnetwork.org/hnn-content/uploads/Cuidados-ao-Recem-Nascido-
Manual-de-Consulta.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de
saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações
Programáticas e Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.
CALDEIRA Karla Adriana, Márcia Rovena de Oliveira, Roberto Márcio Fonseca Vianna,
Marina Carvalho Paschoini – UFTM de Uberaba, Camila Ferraz Quaresma. Atendimento
Multidisciplinar à Gestante em Trabalho de Parto. Belo Horizonte, fevereiro de 2011
WILLIAMS, Anthony. F. Hipoglicemia no recem-nascido.

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