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Apostila VRV PDF
Apostila VRV PDF
Apostila Básica
Santo Agostinho
02 DE JULHO DE 2018
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POR JOÃO AGNALDO FERREIRA
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SOBRE O AUTOR
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O SIGNIFICADO DE VRV e VRF: Tanto um
como outro representa uma sigla do inglês, VRV é
“Variable Refrigerant Volume” e VRF é “Variable
Refrigerant Flow”.
O nome VRV é patente requerida da Daikin, muito
embora também é usado para designar este tipo de
sistema de forma genérica.
Assim, caso ouça VRV ou VRF, saiba que se trata da
mesma coisa.
O controle é alcançado pela variação continua do fluxo de fluido através de uma válvula de
modulação de pulsos nos evaporadores, ou simplesmente válvula de expansão eletrônica. A abertura
ou fechamento, isto é, a modulação da válvula é determinada por sinais micro processados
provenientes de termistores1 instalados em cada unidade evaporadora. Por meio de um cabo de sinal
cada evaporador transmite as informações dos termistores (temperatura, calor) ao condensador, que
corresponde à demanda do grupo de evaporadores acelerando ou desacelerando os compressores.
Os compressores conseguem mudar sua velocidade graças aos chamados “inverter” que modulam
a frequência do compressor e com isso a rotação e quantidade de refrigerante que está circulando.
Já é possível entender que tudo está interligado, sincronizado. Se uma válvula de expansão abre
mais, o compressor está sincronizado, acelera mais e envia vazão de fluido maior, o contrário
também é verdadeiro.
O sistema VRF ou VRV faz isso o tempo todo. Como o compressor nunca desliga, a operação é mais
suave, silenciosa, devido ao controle inverter não há pico de corrente ou tensão. E o melhor, o
consumo de energia cai drasticamente se comparado a um sistema convencional.
Como desvantagem desses sistemas ainda temos o preço mais elevado, principalmente em
pequenos usuários.
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Sensores de temperatura que transformam um sinal térmico (calor) em sinal eletrônico, digital.
QUAIS OS COMPONENTES DE UMA INSTALAÇÃO TÍPICA DE VRV?
Conforme dito anteriormente, VRV ou VRF não deixa de ser um Split ou Multsplit, embora de alta
performance e com características bem próprias.
Então, é claro que teremos unidades externas, que poderão ser formadas em módulos, teremos
unidades internas, atualmente até 13 tipos, bem como tubulação frigorífica e uma particularidade:
Uma peça que a Daikin chama de “Refnet Joint” e outros fabricantes chamam de kit, ou algo assim.
Trata-se de um ramificador da linha frigorífica, já que temos apenas um par de tubos de cobre, a
maneira de “pendurar” um evaporador é assim, instalando uma junta de ramificação, os “refnet”.
Os “refnet” têm uma função importante, são responsáveis pelo escoamento adequado do fluido
refrigerante e sem provocar ruídos estranhos e que podem incomodar o usuário do ambiente
atendido.
Completam o quadro os controles remotos, que podem ser do tipo com fio, sem fio, centralizados,
preparados para automação predial, programadores.
Figura 01
Embora não desenhada, a tubulação frigorífica é formada por duas linhas, a de baixa e a de alta
pressão.
Não nos esqueçamos que apesar de ser um sistema relativamente novo, mais moderno, versátil, e
nobre, não deixa de ser um Split. O que quero dizer com isso?
Toda a sua experiência profissional vale e muito aqui. Como fazer uma boa solda com fluxo de
Nitrogênio, ou mesmo como fazer um bom vácuo, utilizando ferramentas adequadas, etc, tudo isso
é completamente válido e crucial, principalmente neste tipo de sistema.
Assim, podemos enumerar os elementos que compõem uma instalação VRV (ou VRF):
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✓ Unidades de condensação ou condensadores, que vão desde 5 até 66 HP (referência Daikin).
A composição é feita em módulos, isto é, juntam-se módulos condensadores até a capacidade
desejada. Por exemplo: Uma unidade de condensação de 40 HP é formado por um módulo de
22 + 16.
Figura 02
Ref. Daikin
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Figura 03
✓ “Refnet Joint” ou ramificador da linha de cobre, podem ser de 2 tipos, no caso do VRV da
Daikin, conforme ilustrado abaixo. Estes componentes garantem o bom escoamento do fluido
refrigerante para o evaporador, sem ruído. A cada ramificação destas, um evaporador é
conectado na linha e assim por diante.
Figura 04
Quase todos os fabricantes expressam a capacidade dos módulos condensadores em BTU/h, HP,
kcal/h, TR ou ainda kW.
1 hp = 0,8 TR
Por exemplo:
O projeto é parte crucial da instalação, faz parte do prontuário da obra e será necessário para
a realização do Start Up pelo fabricante.
Dito isso, suponha que um grande escritório contratou o projeto que determinou a carga térmica dos
seguintes ambientes:
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O projeto determinou também que as salas de reunião receberiam unidades internas do tipo cassete
4 vias, as demais salas, todas unidades do tipo “High-Wall”.
Tomando-se como base a marca Daikin, para selecionarmos o condensador ou condensadores para
a carga térmica total de unidades internas fazemos assim:
Figura 08
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A princípio, nos parece razoável utilizar o condensador de 16 hp, atende à carga total, porém, em se
tratando de VRV é permitido “pendurar” no mesmo condensador entre 50 e 130% da capacidade
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nominal.
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Quando projetamos sempre consideramos a carga disponível de máquina para o resfriamento. Atendendo ao
resfriamento, certamente atenderá ao aquecimento, visto que neste modo as fontes de calor internas são fontes
positivas, exigindo “menos” máquina para se atingir o conforto no inverno.
Para determinar qual o melhor condensador, de melhor relação custo/benefício, teremos de somar a
carga dos evaporadores e então ficar na faixa entre 100 e 130%. Assim, existe um índice mínimo e
máximo que um condensador pode suportar.
Figura 09
Figura 10
Figura 11
➔ Voltando à tabela de índice dos condensadores, perceba que tem de ser um condensador de
14hp, sim o máximo índice de capacidade para 14 hp é 455, como nossa soma de evaporadores é
395, está correto, estamos em 115,18% (455/395) e o máximo é 130%.
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Em resumo:
Unidades internas/evaporadores
• Sala de diretoria I – FXAQ40AVE
• Sala de diretoria II – FXAQ40AVE
• Sala de gerência – FXAQ40AVE
• Sala de reunião I – FXFQ25AVE RHXY14ATL – Condensador escolhido
• Sala de reunião II – FXFQ32AVE soma ind. Evp = 395/455(ind max cond) = 115,2%
• Sala de reunião III – FXFQ50AVE
• Staff/Escritório – 04 x FXAQ32AVE
• Recepção – FXAQ40AVE
Note que poderíamos utilizar um condensador de 14 ou 16 hp, nesta simples seleção que estamos
fazendo a de 16hp tem melhor custo por TR, no entanto, o projeto básico poderá ainda determinar
uma condensadora de 18hp. Isso pode ocorrer devido as distâncias envolvidas na instalação, que
reduzem a capacidade efetiva disponível. CUIDAD: NÃO DEIXE DE ANALISAR O PROJETO.
Ainda será preciso escolher os controles remotos individuais, com ou sem fio, para cada unidade
evaporadora, e controles centralizados e/ou preparados para automação – Figuras 06 e 07.
Ainda será preciso escolher os “refnet joint” - figuras 04 e 05 – neste caso, somente o projeto pode
calcular e determinar quais são e onde estarão localizados.
Depois disso, projeto e lista de equipamentos prontos, é hora de solicitar o orçamento para o
fabricante, no exemplo que usei, a Daikin.
IMPORTANTE
“O método acima é somente um roteiro e serve para dar uma noção de como
selecionar um sistema VRV. Não é possível dispensar o projeto básico de ar
condicionado. Somente o projetista é que vai calcular a carga térmica dos
ambientes e determinar máquinas e componentes da instalação, bem como se
responsabilizar tecnicamente com a emissão de ART- CREA”
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MANUTENÇÃO, SISTEMA DE DIAGNÓSTICO DE FALHAS
Todos os fabricantes de VRV ou VRF, se preferir, possuem uma forma de mostrar o caminho para a
resolução de uma falha, ou via display na própria máquina ou via controle remoto, resgatando um
código de letra e número que irá dar o encaminhamento para a solução do problema.
Note, eu disse encaminhamento, sua bagagem profissional e principalmente sua experiência com o
produto vai ser determinante para se chegar à solução.
No caso de equipamentos Daikin, existe um sistema de letra e número que identifica um grande
número de falhas, todas elas com fluxograma de resolução, que poderá ser encontrado no manual
de serviços da geração de VRV correspondente.
No caso do VRV da Daikin, será preciso obter o código de falha pelo controle remoto, acessar um
sub-menu que vai nos mostrar um código de letra e número, correspondente à falha naquele
momento.
Se for um controle remoto sem fio, o código de erro que está ocorrendo naquele momento, é obtido
pela instrução do quadro abaixo:
Se encontrarmos por exemplo um código “U1”, já devemos saber de cara que trata-se de um
problema do sistema como um todo, não é de uma unidade evaporadora apenas, ou de um controle
remoto, ou de um componente importante como compressor, inversor, etc..
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Isso porque na sistemática Daikin, a letra significa em que parte do sistema/Máquina está o problema:
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Evaporador = A, C
Condensador = E, F, H, J
Inverter = L, P
Sistema = U
Controles centralizados = UE, MA, MC, M1, M8
O “U1” diz respeito a uma reversão ou falta de fase, ou ainda fase R, S, T, invertida. Esta informação
é obtida na seção “troubleshooting” do Manuel de Serviços Daikin, na geração de VRV
correspondente.
Sim, o condensador VRV possui em sua placa principal um verificador de fases que impede que o
compressor inverter gire ao contrário, acarretando um oneroso dano ao proprietário. Então, quando
detectada a falta de fase, a inversão ou qualquer problema com a alimentação trifásica, temo o “U1”.
Se quiser aprender muito sobre os códigos de erro VRV da Daikin, temos um pequeno e
valioso e-book que descreve, ilustra e tem toda a experiência de uma vida de trabalho com
estes produtos que você poderá adquirir, é o nosso primeiro trabalho, inédito.
Este pequeno trabalho por mais simples que seja, tem o objetivo de transmitir informações mínimas
sobre o sistema VRV.
Mesmo sendo simples, pode conter algum erro ou forma incorreta de interpretação, se você que
acaba de ler, encontra tal inconsistência, por favor entre em contato comigo.
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